Profecias - Um Chamado de Alerta

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PROFECIAS UM CHAMADO DE ALERTA Autor: Gilsonberto

REVISADO

A UTILIZAÇÃO DESTE LIVRO É DE DOMíNIO PÚBLICO, SÓ POSSUI FORMATO EM DIGITAL.

2012


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SUMÁRIO 01 - Prefácio

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02 - Introdução

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03 - A vida e o Livro de Daniel

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04 - Um Livro de História e Profecias

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05 - Daniel e sua obediência a Deus

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06 - Daniel interpreta o sonho de Nabucodonosor

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07 - Porque tanto sofrimento na humanidade

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08 - As setenta semanas de Daniel

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09 - Porque os judeus não acreditam que

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Jesus Cristo é o Messias 10 - O Portão dourado de Jerusalém

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11 - Uma questão de argumentação

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12 - Qual a probabilidade matemática de Jesus Cristo

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cumprir todas essas profecias? 13 - O que são profecias autorrealizáveis

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e como podemos explicá-las. 14 - Em defesa de Cristo

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15 - Referências Bibliográficas

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PROFECIAS Um Chamado de Alerta PREFÁCIO O objetivo primordial deste livro não é trazer novas interpretaçoes das profecias Biblicas e em especial das escritas pelo profeta Daniel, reveladas pelo anjo Gabriel, mas evidenciar através delas que a Bíblia é um livro inspirado por DEUS e que transcede o tempo, razão pela qual continua sempre atualizada e revelando-se ao homem a cada dia independente do seu grau de instrução. É um instrumento utilizado por DEUS para mostrar ao homen que ele é culpado de seus pecados e que carece de seu perdão. A humanidade jamais enfrentou tantas perguntas, tanta ansiedade. Às vezes nossos problemas parecem ser tão grandes, as questões tão complexas que nem queremos perguntar. Mas, quando olhamos para as mudanças que está acontecendo na natureza por todo mundo, é dificil não perguntar para onde está caminhando a humanidade? Será que a natureza estaria nos enviando um sinal de alerta? Com tantas erupções vulcânicas, furacões, terremotos, maremotos, pertilências e fome. Para tudo isso existe uma verdade objetiva onde alguém possa responder todos os anseios e desesperos da humanidade? Estamos vivenciando o final dos tempos? Quando


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olhamos para o mundo hoje com o avanço tecnológico e o conhecimento científico aumentando cada vez mais, e todo o declíneo moral da sociedade, perguntamos – Existem principios morais absolutos? Existe um Deus? E se existe Ele é um Deus de amor? E se é por que tanto sofrimento? E como é que podemos saber que Ele realmente existe? E se está disposto a Se revelar para a humanidade? A única maneira que podemos encontrar respostas para todas essas indagações é na Bíblia, onde Deus se revela constantemente ao homem com respostas e soluções para os mais diversos tipos de questionamentos. Uma das coisas extremamente emocionante a respeito da palavra de Deus são as profecias. Uma das profecias mais impressionantes de toda a Bíblia aconteceu no Velho Testamento no Livro de Daniel. O Anjo Gabriel revelou a Daniel o dia preciso em que Jesus iria se apresentar como rei cinco séculos mais tarde. Em Daniel capitulo 9 versículo 25. Gabriel diz a Daniel. “Sabe e endende, desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalem até a chegada do Ungido, ao Principe sete semanas e 62 semanas”. Essas são as 69 semanas de anos de Daniel, onde os calendarios antigos já usavam anos de 360 dias. Então o que o anjo Gabriel esta dizendo é que haverá 173.880 dias entre o mandamento até o Messias, o rei. O mandamento para restaurar e


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construir Jerusalem foi dado em 14 de março de 445 A.C isto está registrado em Neemias capítulo dois, versículos de cinco a dezoito. A única vez que Jesus permitiu ser apresentado como rei foi no dia denominado de entrada triunfante que ocorreu em 6 de abril de 32 d.C. Então de 14 de março de 445 A.C a 6 de abril de 32 D.C são exatamente 173.880 dias que transformando em anos é exatamente as 69 semanas de anos reveladas pelo anjo Gabriel a Daniel. Tudo isso foi traduzido para o grego três séculos antes de Jesus Cristo haver nascido e permanece até hoje como uma prova irrefutável que Jesus era exatamente o que Ele disse ser. Essa profecia númerica é tão supreendente que os céticos concluiram que o Livro de Daniel deveria ter sido escrito depois do tempo de Cristo. Mais graças à descoberta dos pergaminhos do Mar Morto em 1947, é que podemos saber com certeza de que o Livro de Daniel foi escrito vários séculos antes de Jesus Cristo ter nascido. Essa profecia está amplamente documentada na obra clássica de Sir Robert Anderson “A Chegada do Principe”. De todos os livros do mundo a Bíblia é certamente o livro mais singular, é o único livro que ousa colocar toda sua credibilidade em cheque-mate quando é capaz de dizer com antecedencia às coisas que irão acontecer. Nenhum livro, religioso ou não ousa a fazer profecias do futuro para em seguida basear toda a sua veracidade no acontecimento delas. Além disso, não faz apenas


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algumas profecias, mas centenas delas, das quais muitas já se cumpriram no seu tempo determinado, com precisão de 100%. Os 66 livros que formam a Bíblia foram escritos por 40 homens sendo os 39 do Velho testamento entre 1.445 a 450 A.C e os 27 do Novo Testamento nos anos de 45 a 90 D.C totalizando um período de aproximadamente 1.600 anos e em épocas diferentes e conservando entre si unidade de pensamento, onde na grande maioria os quarentas escritores não se conheciam e não possuiam o mesmo nível social, cultural e econômico. Nenhum deles escreveu um só versículo que venha contradizer a obra dos demais. Alem de ter sido uma obra inspirada por Deus, Podemos observar que os livros contidos na Biblia formam um sistema integrado de mensagens de forma armônica, ou seja, tudo que nela está escrito tem o seu objetivo e cada detalhe do texto foi feito através de uma cuidadosa construção sistemática que transcede o próprio tempo, permanecendo sempre aplicaveis os ensinamentos de Deus para com o homem em qualquer época de sua existência. A mensagem bíblica é uma mensagem de esperança, uma mensagem de salvação e uma mensagem para a humanidade reencontrar-se com DEUS que criou o céu e a terra, afirmando que podemos ter um relacionamento com Ele que irá durar eternamente. Mas, quando Deus se revelou ao homem pela primeira vez na forma escrita? A


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essa altura você pode está pensando – E esse cenário que se desenrola diante de nós? E a destruição que irá acontecer? Como é que eu posso escapar dela? Bem, Jesus Cristo irá nos tirar daqui, mas eu não quero tentar convencê-lo a buscar Jesus Cristo como uma saída de emergência do julgamento desse mundo. É preciso que você tenha motivos melhores do que esse. Você deveria buscá-lo enquanto pode porque é culpado e quer voltar a ter um relacionamento com Ele, agindo de acordo com a vontade de Deus. Você sabia que Deus tem grandes planos pra esse universo? E você quer fazer parte disso? Então aceite o perdão que Ele oferece por seus pecados. Abra seu coração para Jesus Cristo e você estará no caminho certo. Jesus disse que se ele não abreviasse a sua volta o homem aniquilaria a si mesmo, destruindo tudo, mas a nossa grande esperança é a volta do próprio Jesus Cristo. Ele está voltando, Ele vai estabelecer um novo reino nesta terra, onde haverá justiça, paz, alegria e amor na humanidade. Você pode dizer: Como é que vamos ter certeza de que Jesus Cristo voltará e irá me levar com Ele? Como posso saber se Ele me ama? A bíblia declara que Deus não deseja que ninguém venha perecer, mas que todos tenham o conhecimento da salvação em seu filho Jesus Cristo. E todo aquele que nele crer não perecerá, mais terá a vida eterna. Há toda uma nova e maravilhosa Era chegando e Jesus Cristo é quem irá implantá-la e não o homem, você poderá


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fazer parte dela se colocar sua confiança, sua fé e sua esperança no Filho de Deus o Salvador do mundo, Jesus Cristo. Você decide. Desta forma venha como você está, escute o chamar do Espirito, venha saboreie da Água Viva e você nunca mais terá cede e viverá para sempre. Profecias Profecias. “Um Chamado de Alerta”. INTRODUÇÃO Toda a Bíblia é Inspirada por Deus A Revelação é um ato especial de Deus, nela Ele revela ao homem certas verdades, as quais o homem não poderia saber de outra forma. O homem com sua mente finita jamais poderia saber e conter o conhecimento absoluto, a verdade absoluta. Só uma mente infinita pode conter esse conhecimento, a mente de Deus. Então o único aspecto da verdade absoluta que podemos saber é o que Deus decide nos revelar. Assim podemos observar que Revelação é Deus se fazendo conhecer pelo homem. E isso é muito importante, porque se Deus não tivesse tomado a iniciativa de se revelar, o homem por se só jamais teria conhecido a Deus. Mas, Deus ao revelar-se ao homem mostrou-se ser um Deus gracioso. Em primeiro lugar a Revelação é um ato gracioso de


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Deus de se comunicar e se fazer conhecer pelo homem pecador. Em segundo lugar é também um desejo da parte de Deus buscar companheirismo no homem o que é algo maravilhoso porque o homem foi criado à Sua imagem e semelhança. E em terceiro lugar é realmente um processo de comunicação, porque Deus transmite informações que o homem precisa saber. O primeiro registro que temos na bíblia de que Deus se comunicou com o homem está em Gêneses 1: 28, onde Deus diz a Adão e Eva para cuidarem do jardim e povoarem a Terra. Essa é a primeira comunicação verbal registrada. Mas, pode-se dizer facilmente que Deus se revelou antes disso, quando Ele literalmente soprou vida em Adão e este se tornou ser vivente, quando Adão se tornou consciente de seu ambiente e da presença de Deus, Deus já havia comunicado a Adão que Ele é um Deus criador. Um Deus de vida, um Deus de poder, um Deus onipotente. Muito já havia sido comunicado através do ato da criação. Através da historia Deus se revelou ao homem de diferentes maneiras, o que os estudiosos chamam de Revelação Geral e Revelação Especial. No principio Deus criou os céus e a terra. Ele disse: haja luz e houve luz. E não importa para onde se olhe para o universo da criação, existe a marca de Deus como existe em obra de arte em que se pode identificar o artista. Você pode dizer esse é o trabalho do artista X, como também podemos dizer isso é obra da criação de Deus. Assim podemos


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conhecer a Deus pelas coisas que ele criou. Mais isso é muito geral e não há nada de especifico nisso ou pessoal. Quando Deus criou o homem ele começou a conversar com ele e se fez conhecer de uma maneira pessoal. Essa é a chamada Revelação Especial, porque vai além da ideia geral de conhecer a Deus pela criação. E essa Revelação Especial acontece de duas maneiras: a primeira sendo a comunicação verbal de Deus que mais a frente se tornou escrita. Portanto, a Bíblia é a comunicação escrita de Deus. É a Auto-revelação de Deus. E isso é a Revelação Especial. É verdade que quando Deus começou a se comunicar com o homem Ele geralmente fazia de forma individual, mas quando chegamos ao livro de Josué vemos claramente uma mudança de como Deus opera. Depois da morte de Moisés, Josué torna-se o líder da Nação Judaica e Deus lhe disse para consultar a lei de Deus, ou seja, os livros de Moisés. Deus estava ordenando que ele iria guiar seu povo principalmente através de um livro, e não apenas falando com ele. Nós temos esse livro nas escrituras hoje, então temos a direção de Deus, os mandamentos de Deus, a orientação de Deus através de um livro. Mais havia outra questão sobre isso: o próprio Deus veio e nos visitou. Isso não acontece até que Jesus viesse ao mundo, mais foi antecipado pelas profecias, pelas promessas de Deus. Isso aconteceu na Babilônia, quando Deus falou com Eva no jardim do Éden, que estudiosos


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dizem que foi na baixa Mesopotâmia, na região, hoje conhecida como Golfo Pérsico. E Deus disse a Eva: sua semente ferirá a cabeça da serpente. Portanto houve uma antecipação de que Deus teria uma presença física no mundo. Ele viria nos visitar e nós conheceríamos a Deus. Não de uma maneira distante, verbal, mas pessoalmente. O processo usado por Deus para transmitir Sua mensagem escrita ao homem chama-se Inspiração. É um ato de Deus muito miraculoso e misterioso, mas é absolutamente essencial, porque sem inspiração a Bíblia não teria a autoridade divina sobre a vida dos homens para ser a base do que eles acreditam e como vivem. A Bíblia afirma ter sido inspirada. Em II Timótio, 3: 16 – “Toda escritura é inspirada por Deus”. Então de que a Bíblia é inspirada? E como Ele fez isso? Não temos muita informação mais há uma janela muito interessante e está em II Pedro 1: 21 – A profecia não veio da vontade do homem, mas de homens santos inspirados por Deus. Quando falavam alguma mensagem de Deus eram impelidos pelo Espirito Santo. É essa palavra “impelido” que nos da à janela. Ela significa levar adiante. Os escritores usavam seu próprio vocabulário, usavam seu próprio estilo verbal. É possível conhecer pela linguagem original, os escritos de Paulo, distinguiase dos escritos de Pedro por exemplo. Isto prova que Deus não estava ditando, senão seriam todos iguais. Deus permitia que eles usassem seu estilo


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pessoal, mas Deus os influenciou para eles escreverem, o que Ele queria que eles escrevessem. Deus soprou sobre eles de forma que era a Sua expressão, fluindo pela pena da caneta dos escritores de acordo com seu estilo. Deus usou diferentes autores e diferentes estilos para comunicar Sua palavra. Nós acreditamos no que chamamos de Visão Verbal Plena de Inspiração. A palavra plena significa simplesmente totalidade. Nós acreditamos que todas as Escrituras foram Inspiradas por Deus. Isso é importante porque há pessoas hoje em dia que acreditam que a Bíblia é a palavra de Deus só quando ela fala com eles. Em outras palavras nós temos escritos humanos, mas não são necessariamente a palavra de Deus, só o é quando a palavra de Deus fala comigo. Mas, se atinarmos para o que chamamos de Visão Plena da Inspiração, saberemos que toda a escritura é inspirada. Nós também incluímos nessa visão de inspiração o que chamamos de Inspiração Verbal. Isso significa que as próprias palavras são inspiradas. Por exemplo: no livro de Gálatas no capítulo 3 Paulo baseia seu argumento sobre salvação no uso de uma única palavra (fé). Nós acreditamos no que chamamos de Visão Verbal Plena de Inspiração a totalidade da Bíblia em cada palavra. Há duas razões pelas quais podemos acreditar que a Bíblia é verdadeiramente a palavra de Deus.


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A primeira é porque ela testemunha sobre si mesma, no livro de Mateus capítulo cinco, o Senhor falando com os fariseus disse: “Não pensem que eu vim abolir a lei ou os profetas”. Então a primeira razão para acreditarmos nas escrituras é porque elas testificam sobre si mesmas. Há outra razão que chamamos de Testemunho Interno. Esse é o trabalho do Espirito Santo. Ele me convence de que as escrituras falam de si mesma é verdade, não adicionando conteúdo as escrituras. Nem mesmo nos ajuda a interpretar as escrituras. Ele apenas nos convence de que estas palavras são realmente as palavras de Deus. E para ilustrar isso temos como exemplo o Apóstolo Paulo quando ele escreveu sua primeira carta aos Tessalonicenses. (1: 5) Ele disse “porque o nosso evangelho não chegou a vocês somente em palavras mais também em poder no Espirito Santo e em plena convicção”. Este é o trabalho interno do Espirito Santo que estava trabalhando com as palavras de Paulo para convencer os tessalonicenses de que o que ele falava era realmente a palavra de Deus o Evangelho


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CAPÍTULO 1 A Vida e o Livro de Daniel Foto (01)

Daniel na cova dos leões. Daniel (em hebraico: ‫ )דָּ נִיּאֵל‬é um dos vários profetas do Antigo Testamento. A sua vida e profecias estão incluídas na Bíblia no Livro de Daniel. O significado do nome é "Aquele que é julgado por Deus" ou "Deus assim julgou", ou ainda, "Deus é meu juiz". Na narrativa, quando Daniel era um jovem, ele foi levado em cativeiro babilônico, onde foi educado no pensamento caldeu. No entanto, nunca se converteu aos costumes neobabilônicos. Pela Sabedoria Divina de seu Deus, YHVH, ele interpretou os sonhos e visões de reis, tornando-se uma figura proeminente na corte de Babilônia. Eventualmente, ele tinha visões apocalípticas de


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sua autoria que foram interpretadas como as Quatro monarquias. Alguns dos contos mais famosos de Daniel são: Sadraque, Mesaque e Abednego, A escrita na parede e Daniel na cova dos leões. No terceiro ano de Jeoaquim como rei de Judá, o rei Nabucodonosor, da Babilônia, atacou Jerusalém, e os seus soldados cercaram a cidade. Nabucodonosor conquistou a cidade e pilhou objetos de valor que estavam no Templo de Jerusalém. Nabucodonosor levou esses objetos para a Babilônia e mandou colocá-los no templo do seu deus, na sala do tesouro. O rei Nabucodonosor chamou Aspenaz, o chefe dos serviços do palácio, e mandou que escolhesse entre os prisioneiros israelitas alguns jovens da família do rei e também das famílias nobres. Todos eles deviam ter boa aparência e não ter nenhum defeito físico; deviam ser inteligentes, instruídos e ser capazes de servir no palácio. E precisariam aprender a língua e estudar os escritos dos babilônios. Entre os que foram escolhidos estavam Daniel, Ananias, Misael e Azarias, todos da tribo de Judá. Aspenaz lhes deu outros nomes babilônicos, isto é, Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego respectivamente. Daniel ficou no palácio real até o ano em que o rei Ciro começou a governar a Babilônia. Ele sempre foi respeitado, até mesmo pelos governantes, por sua sabedoria. Não existem registros da data e circunstâncias de sua morte. Mas ele possívelmente


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morreu em Susã, com oitenta e cinco anos, onde existe uma provável tumba onde estaria seu corpo, este lugar é conhecido como 'Shush-Daniel'. Daniel escreveu um dos livros do Antigo Testamento da Bíblia. O livro leva o nome de seu protagonista, Daniel. Vários Livros do Antigo Testamento recebem o nome de seu principal atuante como título, como por exemplo, os livros de Josué, Samuel, Ester, Jó etc. Mas tal título não indica necessariamente que essa pessoa foi a autora do livro. No caso de Daniel além de protagonista ele é o provável autor do Livro. O Livro de Daniel contém um registo de certos incidentes históricos da vida de Daniel e de seus três amigos, judeus deportados que estavam ao serviço do governo de Babilônia, e o registro de um sonho profético do rei Nabucodonosor, interpretado por Daniel, juntamente com o registro de visões recebidas pelo mesmo profeta. Mesmo o livro sendo escrito na Babilônia durante o cativeiro, e pouco depois dele, não tinha o propósito de proporcionar uma história do desterro dos judeus nem uma biografia de Daniel. O livro relata as vicissitudes principais da vida do estadista-profeta e de seus colegas, e foi compilado com fins específicos. Antes de tudo, Daniel apresenta uma breve informação a respeito da razão pela qual ele se achava ao serviço do rei de Babilônia (Daniel 1). Depois de terem sido levados para Babilônia no primeiro cativeiro no ano 605


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a.C, durante a primeira campanha do rei Nabucodonosor contra Síria, Daniel e outros príncipes de sangue real foram escolhidos para serem preparados para o serviço governamental. Os primeiros 19 anos da estada de Daniel em Babilônia foram os últimos anos da existência do reino de Judá, ainda que subjugado por Babilônia. A inútil política antibabilônica dos últimos reis de Judá atraiu catástrofe atrás de catástrofe sobre a Nação Judia. O rei Jeoaquim, durante cujo reinado Daniel tinha sido levado cativo, permaneceu leal a Babilônia durante alguns anos. No entanto, mais adiante cedeu à política do partido pró-egípcio de Judá, e se rebelou. Como resultado, o país sofreu invasões militares; seus cidadãos perderam a liberdade e foram levados para o cativeiro, e o rei perdeu a vida. Joaquim, seu filho e sucessor, depois de um breve reinado de só três meses, viu a volta dos exércitos babilônicos para castigar a deslealdade dos judeus. Junto com milhares dos principais cidadãos de Judá, foi levado cativo no ano 597 a.C. Seu sucessor, Zedequias, evidentemente tratou de permanecer leal a Babilônia. No entanto, devido a sua debilidade e vacilação não pôde resistir durante muito tempo às propostas do Egito e os sentimentos antibabilônicos de seus principais conselheiros. Como resultado disto, Nabucodonosor já cansado das repetidas revoltas da Nação Judaíca, decidiu acabar com o reino de Judá. Durante dois anos e meio os exércitos da Babilônia


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assolaram a terra de Judá, tomaram e destruíram as cidades, inclusive Jerusalém com seu templo e seus palácios, e levaram cativos à maioria dos habitantes de Judá no ano 586 a.C. Daniel esteve na Babilônia durante esses dias agitados. Sem dúvida viu os exércitos babilônicos que se punham em marcha para levar a cabo suas campanhas contra a Judéia e foi testemunha de seu regresso vitorioso e da chegada dos cativos judeus. Entre os cativos esteve o jovem rei Joaquim com sua família (II Reis 24:10-16), e mais tarde o rei Zedequias, a quem tinham arrancado os olhos (II Reis 25:7). Durante esses anos Daniel entre os judeus deportados, que fez com que o rei mandasse queimar vivos a alguns dos principais instigadores. Foi esta agitação a que impulsionou a Jeremias a enviar uma carta a seus compatriotas exilados na que os aconselhava a levar uma vida sossegada e calma na Babilônia (Jeremías 29). Durante esses anos Daniel e seus três amigos cumpriram lealmente e sem alardes seus deveres como servidores públicos do rei e súditos do reino. Depois de sua esmerada instrução, chegaram a ser membros de um grupo seleto chamado os sábios, os que serviam ao rei como conselheiros. Foi então quando Daniel teve excepcional oportunidade de explicar a Nabucodonosor o sonho dos impérios futuros. Como resultado Daniel foi nomeado para um cargo importante, que aparentemente reteve durante muitos anos. Esse cargo lhe deu a


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oportunidade de fazer que o rei conhecesse o poder do Deus do céu e da terra, a quem serviam Daniel e seus amigos. Não se sabe quanto tempo permaneceu Daniel nesse importante cargo. Aparentemente o perdeu antes do ano 570 a.C. já que seu nome não se encontra no "Almanaque da Corte e o Estado", escrito em cuneiforme, que contém a lista dos principais servidores públicos do governo de Nabucodonosor nesse tempo. Não existem outros "Almanaques da Corte e o Estado" que sejam do tempo do reinado de Nabucodonosor. Na verdade, não se menciona a Daniel em nenhum documento extra-bíblico da época. A ausência do nome de Daniel neste documento não é estranha, já que não sabemos quanto tempo permaneceu Daniel desempenhando um cargo público. Só se registram no Livro de Daniel quatro acontecimentos principais do reinado de Nabucodonosor, e em três deles figura Daniel: A educação dos príncipes judeus durante os três primeiros anos de seu reinado, o que inclui no ano ascensional. A interpretação do sonho de Nabucodonosor no segundo ano do reinado do monarca. A dedicação da imagem na Planície de Dura e a libertação extraordinária dos amigos de Daniel, num ano não especificado. A interpretação do sonho de Nabucodonosor feita por Daniel, anunciando que o rei perderia a


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razão durante sete anos, o que provavelmente ocorreu durante os últimos anos do monarca. Não se sabe nada das atividades de Daniel durante os anos quando Nabucodonosor esteve incapacitado. Também não sabemos o que fez Daniel depois que o rei recobrou suas faculdades e seu trono, ou se prestou serviços durante os reinados dos reis posteriores: Amel-Marduk, Nergal-sar-usur, Labasi-Marduk, e Nabonido. No entanto, ele pode ver a decadência moral e a corrupção do poderoso império de Nabucodonosor, governado por reis que tinham assassinado a seus predecessores. Daniel também deve ter observado com sumo interesse o rápido crescimento do rei Ciro da Pérsia no oriente, já que o nome 'Ciro' tinha sido mencionado na profecia como libertador de Israel (Isaías 44:28; 45:1). É também possível que no ano 553 a.c. Daniel visse a Nabonido nomear a seu filho Belsasar como rei da Babilônia enquanto Nabonido ia à conquista de Tema, na Arábia. Foi durante os três primeiros anos do reinado de Belsasar que Daniel recebeu grandes visões (Daniel 7-8), e o homem que até então tinha sido conhecido só como intérprete de sonhos e visões se transformou num dos grandes profetas de todos os tempos: Daniel. Os babilônios pediram novamente os serviços de Daniel durante a noite da queda da Babilônia no ano 539 a.C, para que lesse e interpretasse a escritura fatal no muro da sala de banquetes de Belsasar. Depois que os Persas se


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adonaram da Babilônia e de seu império, os novos governadores aproveitaram dos talentos e da experiência do ancião estadista da geração passada. Outra vez Daniel chegou a ser o principal conselheiro da coroa. Foi ele quem mostrou ao rei as profecias de Isaías, as quais influíram sobre o monarca persa para que promulgasse Declaração de Ciro, o decreto que terminava com o desterro dos judeus e lhes dava novamente uma pátria e um templo. Durante esta última parte da atuação pública de Daniel teve um atentado contra sua vida promovido por invejosos, mas o Senhor interveio maravilhosamente e liberou a seu servo (Daniel 6). Ademais recebeu outras visões importantes durante estes últimos anos de sua vida, primeiro durante o reinado de Dario o Medo e depois durante o de Ciro (Daniel 10, 11 e 12) O livro se divide em duas partes fáceis de distinguir. A primeira (Capítulos 1 a 6) é principalmente histórica. A segunda (Capítulos 7 a 12) tem um cunho profético. Apesar disto o livro constitui uma unidade literária. Para defender tal unidade podem apresentar-se os seguintes argumentos: As diferentes partes do livro estão mutuamente relacionadas entre si. Poder-se-á compreender o uso dos copos do templo no banquete de Belsasar se for levado em conta como chegaram a Babilônia (Daniel 5:3; 1:1-2). No verso 3:12 se faz referência a


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uma medida administrativa de Nabucodonosor que se descreve no verso 2:49. No verso 9:21 se faz referência a uma visão prévia (Daniel 8:15-16). A parte histórica contém uma profecia (Daniel 2) estreitamente relacionada com o tema das profecias que se encontram na última parte do livro (Daniel 7 a 12). O capítulo 7 amplia o tema tratado no capítulo 2. Há também uma relação evidente entre elementos históricos e proféticos. A seção histórica (Daniel 1 a 6) constitui uma narração do trato de Deus com uma nação, Babilônia, e o papel desta no plano divino. Este relato tem o propósito de ilustrar a forma em que Deus trata a todas as nações. A semelhança do que ocorreu com Babilônia, cada um dos impérios mundiais sucessivos que se descrevem graficamente na parte profética do livro, recebeu uma oportunidade de conhecer a vontade divina e de cooperar com ela, e cada um teria de ser medido pela fidelidade com que cumpriu o propósito divino. Desta maneira o surgimento e a queda das nações representadas na parte profética devem compreender-se dentro do marco dos princípios expostos na parte histórica, vistos em ação no caso da Babilônia. Este fato converte às duas seções do livro numa unidade e mostrando o papel desempenhado por cada um dos impérios mundiais.


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Foto (02)

Cavernas de Qumran. Aqui foram encontrados os pergaminhos de muitos livros da Bíblia Sagrada. Na primeira gruta de Qumran existiam três fragmentos do Livro de Daniel, os quais foram publicados por D. Barthélemy e J. T. Milik, em

Discoveries in the Judaean Desert I: Qumran Cave I (Descobertas no deserto da Judéia l: Caverna 1 de Qumran), (Oxford, 1955), pp. 150–152. Os fragmentos provêm de dois rolos ou de um mesmo livro, nos quais os capítulos 1 e 2 foram escritos por um escriba e o capítulo 3 por outro. Uma comparação deste texto com o texto massorético mostra 16 variantes, nenhuma das quais afeta o significado da passagem. As diferenças são tão insignificantes que não se notariam numa tradução. Este é um poderoso argumento para sustentar que o texto hebreu de Daniel está agora essencialmente na mesma forma em que estava pelo menos no tempo de Cristo. Também é interessante o fato de que o


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capítulo 2 inclui a passagem na qual ocorre uma mudança do idioma do hebraico para aramaico. Nesse ponto há um espaço em branco entre a última palavra em hebraico e a primeira em aramaico, o que faz uma distinção clara entre as seções dos dois idiomas. É também digno de notar que, da mesma maneira que o texto masorético, estes fragmentos não contêm o canto apócrifo dos três meninos. A quarta gruta de Qumran produziu fragmentos de couro de três manuscritos de Daniel (ainda não publicados em 1984), os quais, segundo se informou, estão em bom estado de conservação e representam porções consideráveis do livro. F. M. Cross, em Biblical Archaeologist, 19 (1956), 85-86; em Revue Biblique, 63 (1956), p. 58. Da sexta gruta de Qumran procedem vários fragmentos de papiros de Daniel, os que representam os versos 8:20-21; 10:816; e 11:33-38 (contêm nove variações ortográficas menores). Foram publicados por M. Baillet em Discoveries in the Judaean Desert III: Les Petites rottes de Qumran (Descobertas no deserto da Judeia III: as pequenas grutas de Qumran), (Oxford, 1962). A opinião tradicional, tanto de judeus como de cristãos, é que o livro foi escrito no século VI a.C., e que Daniel foi realmente o autor. As evidências em favor dessa opinião são as seguintes: Afirmações presentes no próprio livro. O profeta Daniel fala na primeira pessoa em muitas passagens (Daniel 8:1-7 e 13-19, 27; 9:2-22; 10:2-5; etc.).


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Afirma que recebeu pessoalmente a ordem divina de preservar o livro (Daniel 12). O fato de que existam seções nas quais o autor se refira a si mesmo na terceira pessoa não é estranho, já que esse estilo é frequente em obras antigas. O autor conhece bem a história. Somente um homem do século VI a.C., bem versado em assuntos babilônicos, poderia ter escrito quanto a alguns dos fatos históricos que se encontram no livro. O conhecimento desses fatos se perdeu depois do século VI a.C., pois não se registrou em outra literatura antiga posterior. Descobertas arqueológicas mais ou menos recentes trouxeram estes fatos novamente à luz. O depoimento de Jesus Cristo. Jesus mencionou a Daniel como sendo o autor (Mateus 24:15). Para todo cristão este depoimento é uma evidência convincente. Desde que o filósofo Porfírio realizou os primeiros grandes ataques contra a historicidade de Daniel (233-304 d.C.), este livro tem estado exposto aos embates dos críticos, ao princípio só de vez em quando, mas durante os dois últimos séculos o ataque foi constante. Por isso muitíssimos eruditos cristãos de hoje consideram que o Livro de Daniel é obra de um autor anônimo que viveu no século II AC mais ou menos no tempo da revolução macabeia. Estes eruditos dão duas razões principais para localizar o livro de Daniel nesse século:


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Entendem que algumas profecias se referem a Antíoco IV Epífanes (175-163 a.c.), e que a maior parte das profecias - pelo menos daquelas cujo cumprimento foi demonstrado - teriam sido escritas depois de ocorridos os acontecimentos descritos, as profecias de Daniel devem localizar-se com posterioridade ao reinado de Antíoco IV. Segundo seus argumentos, as seções históricas de Daniel contêm o registo de certos acontecimentos que não concordam com os fatos históricos conhecidos de acordo com os documentos disponíveis, estas diferenças podem ser explicadas se o autor não tivesse vivido os acontecimentos e, portanto só possuísse um conhecimento limitado do que tinha ocorrido 400 anos antes, nos séculos VII e VI a.c. Dentre essas incoerências entre relatos do Livro de Daniel e os fatos históricos, pode-se citar. Não houve uma deportação em 605 AC; Beltasar é filho de Nabônides e não de Nabucodonosor; Dário, que é persa e não medo, é um dos sucessores de Ciro e não seu predecessor[9]; O ambiente babilônico é descrito com termos de origem persa; Os instrumentos da orquestra de Nabucodonosor trazem nomes transcritos do grego; Daniel não é mencionado no Eclesiástico, que relaciona os profetas de Israel em 48:22 e 49:7-8.10.


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Além do que, a doutrina sobre os anjos, o costume de evitar o nome de Iahweh e outros elementos não são do período do Exílio na Babilônia, mas bem posteriores. O primeiro dos dois argumentos não tem validade para os que defendem existência concreta de Daniel, porque estes creem que os inspirados profetas realmente faziam predições precisas quanto ao curso da história. O segundo argumento merece um maior atendimento e por isso apresentamos aqui um breve estudo a respeito da validez histórica do Livro de Daniel. É verdade que Daniel descreve alguns acontecimentos que ainda hoje não podem ser verificados por meio dos documentos de que dispomos. Um desses acontecimentos é a loucura de Nabucodonosor, que não se menciona em nenhum registro babilônico que exista hoje. A ausência de comprovação de uma incapacidade temporária do maior rei do Império Neo-Babilônico não é um fenômeno estranho num tempo quando os registros reais só continham narrações dignas de louvor. Darío, o Medo, cujo verdadeiro lugar na história não foi estabelecido por fontes fidedignas alheias à Bíblia, é também um enigma histórico. Encontramse insinuações quanto a sua identidade nos escritos de alguns autores gregos e em informação fragmentaria de fontes cuneiformes. As outras supostas dificuldades históricas que confundiam aos comentaristas conservadores de


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Daniel foram resolvidas pelo aumento do conhecimento histórico que nos proporcionou a arqueologia. Mencionaremos a seguir alguns destes problemas mais importantes que já foram resolvidos: A suposta discrepância cronológica entre Daniel 1:1 e Jeremias 25:1. 25:1 Jeremías, que segundo o critério geral dos eruditos é uma fonte histórica digna de confiança, sincroniza o 4.º ano de Joaquim de Judá com o primeiro ano de Nabucodonosor da Babilônia. No entanto, Daniel fala que a primeira conquista de Jerusalém efetuada por Nabucodonosor ocorreu no terceiro ano de Joaquim, com o que indubitavelmente afirma que o primeiro ano de Nabucodonosor coincide com o terceiro ano de Joaquim. Antes da descoberta de registos dessa época que revelam os variados sistemas de computar nos anos de reinado dos antigos monarcas, os comentaristas tinham dificuldade para explicar esta aparente discrepância. Tratavam de resolver o problema supondo uma corregencia de Nabucodonosor com seu pai Nabopolasar ou pressupondo que Jeremías e Daniel localizavam os acontecimentos segundo diferentes sistemas de datas: Jeremías segundo o sistema judeu e Daniel segundo o babilônico. Ambas as explicações já não são válidas. Resolveuse a dificuldade ao descobrir que os reis babilonios, como os de Judá desse tempo, contavam os anos de seus reinados segundo o método do "ano de


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ascensão". O ano em que um rei babilonio ascendia ao trono não se contava oficialmente como seu primeiro ano, mas como o ano de ascensão ao trono. Seu primeiro ano, é o primeiro ano completo no calendário, não começava até o próximo dia de ano novo, quando, numa cerimônia religiosa, tomava as mãos do deus babilônico Bel. Também sabemos por Josefo e pela Crônica Babilônica (documento que narra os acontecimentos dos onze primeiros anos de Nabucodonosor, descoberto em 1956) que Nabucodonosor estava empenhado numa campanha militar na Judéia contra o Egito quando seu pai morreu e ele tomou o trono. Portanto, Daniel e Jeremías concordam completamente. Jeremías sincronizou o primeiro ano do reinado de Nabucodonosor com o quarto ano de Joaquim, enquanto Daniel foi tomado cativo no ano que subiu ao trono Nabucodonosor, ano que ele identifica como o terceiro de Joaquim. Nabucodonosor Nabucodonosor como grande construtor da Babilonia. Babilonia De acordo com os historiadores gregos, Nabucodonosor desempenhou um papel insignificante na história antiga. Nunca se referem a ele como um grande construtor ou como o criador de uma nova e maior Babilônia. Todo leitor das histórias clássicas gregas reconhecerá que esta honra é dada à rainha Semiramis. No entanto, os registos cuneiformes dessa época, descobertos por arqueólogos durante os últimos cem anos, mudaram inteiramente o quadro


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apresentado pelos autores clássicos e confirmaram o relato do Livro de Daniel que atribui a Nabucodonosor a construção - em verdade reconstrução - da "Grande Babilônia" (Daniel 4:30). Descobriu-se agora que Semiramis era rainha mãe em Assiria, regente de seu filho menor de idade Adad-nirari III (810-782 a.c.), e não reinou em Babilônia como afirmavam as fontes clássicas. As inscrições mostraram que ela não teve nada que ver com a construção da Babilonia. Por outro lado, numerosas inscrições de Nabucodonosor que ficaram nas construções provam que ele foi o criador de uma nova Babilonia, pois reedificou os palácios, templos e a torre-templo da cidade, e adicionou novos edifícios e fortificações. Já que essa informação se tinha perdido completamente antes da época helenística, nenhum autor poderia tê-la, salvo um neobabilônico. A presença de tal informação no Livro de Daniel é motivo de perplexidade para os eruditos críticos que não crêem que o Livro de Daniel foi escrito no século VI, senão no II. Um exemplo típico de seu dilema é a seguinte afirmação de R. H. Pfeiffer, da Universidade de Harvard: "Provavelmente nunca

saberemos como soube nosso autor que a nova Babilonia era criação de Nabucodonosor… como o provaram as escavações" - (Introduction to the Old Testament - New York, 1941). Belsasar, rei da da Babilônia Babilônia. nia O assombroso relato da descoberta feita por orientalistas modernos a


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respeito da identidade de Belsasar. O fato de que o nome deste rei não se tivesse encontrado em fontes antigas alheias à Bíblia, enquanto Nabonido sempre aparecia como o último rei da Babilonia antes da conquista dos persas, usava-se como um dos mais poderosos argumentos na contramão da historicidade do Livro de Daniel. Mas as descobertas efetuadas desde meados do século XIX refutaram a todos os críticos de Daniel neste respeito e têm vindicado de maneira impressionante o caráter fidedigno do relato histórico do profeta com respeito a Belsasar. Os idiomas do livro. livro Como Esdras, uma parte do livro de Daniel foi escrita em hebraico e outra parte em aramaico. Alguns explicaram este uso de dois idiomas supondo que no caso de Esdras o autor tomou documentos aramaicos, acompanhados com suas descrições históricas, e os incorporou a seu livro, o restante estava escrito em hebraico, o idioma nacional de seu povo. Mas tal interpretação não se acomoda com o livro de Daniel, onde a seção aramaica começa com o versículo 2:4 e termina com o último versículo do capítulo 7. A seguir há uma lista parcial das muitas explicações que oferecem os eruditos quanto a este problema, junto com algumas observações entre parênteses que parecem contradizer a validez dessas explicações: a. O autor escreveu os relatos históricos para quem falavam aramaico, e as profecias para os eruditos


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de fala hebréia. (No entanto existe aramaico nos capítulos 2 e 7 - ambos contêm grandes profecias indica que esta opinião não é correta) b. Os dois idiomas mostram a existência de duas fontes. (Esta opinião não pode ser correta porque o livro tem uma unidade marcante, coisa que até mesmo alguns críticos radicais reconheceram). c. O livro foi escrito originalmente em um idioma, e mais tarde algumas partes foram traduzidas. (Este ponto de vista deixa sem contestar a pergunta quanto à razão pela qual se traduziram só algumas seções ao outro idioma e não todo o livro) d. O autor publicou o livro em duas edições, uma em hebreu, outra em aramaico, para que toda classe de pessoas pudessem lê-lo; durante as perseguições no tempo dos Macabeos, algumas partes do livro se perderam, e as partes que se puderam salvar das duas edições foram reunidas num livro sem fazer mudanças (esta idéia tem o defeito de não poder ser comprovada e de basear-se em demasiadas conjecturas). e. O autor começou a escrever em aramaico no ponto onde os caldeos se dirigiram "ao rei em língua aramea" (Daniel 2:4), e continuou neste idioma enquanto escrevia nesse tempo; mas depois, quando voltou a escrever, usou o hebreu (Daniel 8:1). f. A última opinião aparentemente está bem orientada porque parecesse que as diferentes seções do livro foram escritas em diferentes ocasiões. Pelo


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fato de ser um culto servidor público do governo, Daniel falava e escrevia em vários idiomas. Provavelmente escreveu alguns dos relatos históricos e algumas das visões em hebreu, e outras em aramaico. Partindo desta suposição, o capítulo 1 teria sido escrito em hebreu, provavelmente durante o primeiro ano de Ciro, e os relatos dos capítulos 3 ao 6 em aramaico em diferentes ocasiões. As visões proféticas foram registradas na maior parte em hebreu (Daniel 8 a 12), ainda que a visão do capítulo 7 foi escrita em aramaico. Por outro lado, o relato do sonho de Nabucodonosor (Daniel 2) foi escrito em hebreu até o ponto em que se cita o discurso dos caldeos (Daniel 2:4); e desde este ponto até o fim da narração o autor usou o aramaico. g. Ao final de sua vida, quando Daniel reuniu todos seus escritos para formar um só livro, é possível que não tivesse considerado necessário traduzir certas partes para dar ao livro unidade linguística, já que sabia que a maior parte de seus leitores entenderiam os dois idiomas. Aqueles que datam a origem de Daniel no século II a.C. têm também o problema de explicar por que um autor hebreu do período macabeo escreveu parte de um livro em hebreu e outra parte do mesmo em aramaico.


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Foto (03) Rolo de Pergaminhos do Mar Morto.

Também as peculiaridades ortográficas das seções arameas do Livro de Daniel são parecidas às do arameo do Ásia ocidental dos séculos IV e III a.C., devido possivelmente a uma modernização do idioma, há diferenças notáveis. A ortografia não pode dizer-nos muito quanto à data quando se escreveu o livro, bem como a última revisão do texto da RVR não pode tomar-se como prova de que a Bíblia foi originalmente escrita ou traduzida no século XX d.C. No máximo, as peculiaridades ortográficas podem indicar quando se fizeram as últimas revisões da ortografia. Entre os Rolos descoberto no Mar Morto há vários fragmentos de Daniel que provêm do século II a.C. Pelo menos dois deles contêm a seção do capítulo 2 onde se faz a mudança do hebreu ao arameo e mostram claramente o caráter bilingue do livro nessa data.


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CAPÍTULO 2 Um Livro de História e de Profecias Com justiça poderíamos chamar ao Livro de Daniel um manual de história e de profecia. A profecia é uma visão antecipada da história; a história é um repasso retrospectivo da profecia. Segundo a crença cristã o elemento previsivo permite que o povo de Deus veja as coisas transitórias à luz da eternidade, põe-no alerta para atuar com eficácia em determinados momentos, facilita a preparação pessoal para a crise final e, ao cumprir-se a predição, proporciona uma base firme para a fé. Para os cristãos as quatro principais profecias do Livro de Daniel fazem ressaltar num breve esboço, e tendo como marco de fundo a história universal, o futuro do povo de Deus desde os dias de Daniel até o fim do tempo. Cada uma das quatro grandes profecias atinge um pináculo quando "o Deus do céu" levanta "um reino que não será destruído" (Dn 2:44), quando o "filho do homem" recebe "domínio eterno" (Daniel 7:13-14), quando a oposição ao "Príncipe dos Príncipes" será quebrantada "não por mão humana" (Dn 8:25) e quando o povo de Deus será livrado para sempre de seus opressores (Dn 12:1). Portanto para os cristãos, as profecias constituem uma ponte divinamente construída desde o abismo do tempo até as ribeiras sem limites da eternidade, uma ponte sobre a qual aqueles que, como Daniel propõe em seu coração amar e servir


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a Deus, pela fé poderão passar desde a incerteza e a aflição da vida presente à paz e a segurança da vida eterna. A seção histórica do Livro de Daniel revela, em forma surpreendente, a verdadeira filosofia da história. Esta seção serve de prefácio para a seção profética. Ao dar-nos um relato detalhado do trato de Deus com Babilonia, o livro nos capacita para compreender o significado do surgimento e da queda de outras nações cujas histórias estão embaralhadas na porção profética do livro. Na seção histórica do livro encontramos a Daniel, cara a cara ante Nabucodonosor, o gênio do mundo pagão, para que o rei tivesse a oportunidade de conhecer ao Deus de Daniel, árbitro da história, e cooperasse com ele. Nabucodonosor não só era o monarca da nação maior desse, mas também era muito sábio e tinha um sentido inato do direito e da justiça. Em verdade, era a personalidade mais sobressalente do mundo gentio, o "poderoso das nações" (Ez 31:11). Segundo Jeremias, dele Deus disse: "Agora eu pus todas estas terras em mãos de Nabucodonosor rei de Babilônia, meu servo" (Jr 27:6). Ao impor os judeus o cativeiro na Babilônia era desejável que existisse uma mão firme, mas que não fosse cruel, como eram as normas daquele tempo. A missão de Daniel na corte de Nabucodonosor foi a de conseguir a submissão da vontade do rei à vontade de Deus para que se realizassem os propósitos


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divinos. Os primeiros quatro capítulos de Daniel descrevem os meios pelos quais, segundo Daniel, Deus conseguiu a obediência de Nabucodonosor. Em primeiro lugar, Deus precisava de um homem que fosse um digno representante dos princípios celestiais e do plano de ação divino na corte de Nabucodonosor; por isso escolheu a Daniel para que fosse seu embaixador pessoal ante Nabucodonosor. Os recursos que empregou Deus para atrair favoravelmente o atendimento do monarca para o cativo Daniel, e os meios pelos quais Nabucodonosor chegou a confiar primeiro em Daniel e depois no Deus de Daniel, ilustram a maneira em que o Altíssimo usa aos homens hoje para cumprir sua vontade na terra. Deus pôde usar a Daniel porque este era um homem de princípios, um homem que tinha um caráter genuíno, um homem cujo principal propósito na vida era viver para Deus. Daniel "propôs em seu coração" (Daniel 1:8) viver em harmonia com toda a vontade revelada de Deus. Primeiro, Deus o pôs "em graça e em boa vontade" com os servidores públicos de Babilônia. Isto preparou o caminho para um segundo passo, a demonstração da superioridade física de Daniel e de seus parceiros (vv. 12-15). Depois seguiu uma demonstração de superioridade intelectual. "Deus lhes deu conhecimento e inteligência em todas as letras e ciências" (v. 17), com o resultado que os considerou "dez vezes melhores" que a seus


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competidores mais próximos (v. 20). Dessa maneira, tanto em sua personalidade como no aspecto físico e intelectual Daniel demonstrou ser muito superior a seus colegas; e foi bem como ganhou a confiança e o respeito de Nabucodonosor. Estes acontecimentos prepararam ao monarca para que conhecesse ao Deus de Daniel. Uma série de acontecimentos dramáticos: o sonho do capítulo 2, a maravilhosa libertação do forno ardente (Daniel 3) e o sonho do capítulo 4 mostraram ao rei a sabedoria, o poder e a autoridade do Deus de Daniel. A inferioridade da sabedoria humana, exibida no capítulo 2, fez que Nabucodonosor admitisse ante Daniel: "Certamente o Deus vosso é Deus de deuses, e Senhor dos reis, e o que revela os mistérios" (Dn 2:47). Foto (04)

O profeta Daniel feito em pedra sabão por Aleijadinho no adro adro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas do Campo.


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Reconheceu espontaneamente que a sabedoria divina era superior, não só à sabedoria humana, senão ainda à suposta sabedoria de seus próprios deuses. O acontecimento da imagem de ouro e do forno de fogo ardente fez com que Nabucodonosor admitisse que o Deus dos céus "livrou a seus servos" (cap. 3: 28). Sua conclusão foi que ninguém em todo seu reino deveria dizer "blasfêmia contra o Deus" dos hebreus, em vista de que "não há deus que possa livrar como este" (v. 29). Então Nabucodonosor reconheceu que o Deus do céu não era só sábio senão poderoso, que não só era onisciente como também onipotente. O terceiro acontecimento, os sete anos durante os quais sua decantada sabedoria e poder lhe foram transitoriamente tirados, ensinaram ao rei não só que "o Altíssimo" é sábio e poderoso senão que exerce essa sabedoria e poder para reger os assuntos humanos (cap. 4: 32). Tem sabedoria, poder e autoridade. É notável que o primeiro ato de Nabucodonosor depois de que recuperasse a razão foi, engrandecer e glorificar ao "Rei do céu" e reconhecer que Deus "pode humilhar" a "os que estão com soberba" (v. 37), como o tinha feito ele durante tantos anos. Mas as lições que Nabucodonosor aprendeu pessoalmente durante um período de muitos anos não beneficiaram a seus sucessores no trono da Babilônia. O último rei da Babilônia, Belsasar, desafiou abertamente ao Deus do céu (cap. 5:23) apesar de que conhecia o que lhe tinha sucedido a


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Nabucodonosor (v. 22). Em lugar de fazer em harmonia com o plano divino, "Babilônia se converteu em orgulhosa e cruel opressora" e ao recusar os princípios celestiais forjou sua própria ruína. A nação foi pesada e foi achada falta (cap. 5: 25-28), e o domínio mundial passou aos persas. Ao livrar a Daniel do fosso dos leões, Deus demonstrou seu poder e autoridade ante os governantes do Império Persa (cap. 6:20-23) como o tinha feito anteriormente ante os da Babilônia. Um edital de Dario em Média reconhecia ao "Deus vivente" e admitia que ele "permanece por todos os séculos" (v. 26). Ainda "a lei em Média e de Pérsia, a qual não pode ser abrogada" (v. 8) deveu ceder ante os decretos do "Altíssimo" que "tem o domínio no reino dos homens" (cap. 4: 32). Ciro foi favoravelmente impressionado pela milagrosa prova do poder divino exibida na libertação de Daniel do fosso dos leões. As profecias que falam de seu papel na restauração de Jerusalém e do templo (Isa. 44: 26 a 45: 13) também o impressionaram grandemente. Assim é como o Livro de Daniel expõe os princípios de acordo com os quais operam a sabedoria, o poder e a autoridade de Deus através da história das nações, para o cumprimento final do propósito divino. "Deus engrandeceu a Babilônia para que pudesse cumprir seu propósito". Ela teve seu período de prova, "fracassou, sua glória se


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murchou, perdeu seu poder, e seu lugar foi ocupado por outra nação". As quatro visões do Livro de Daniel tratam da luta entre as forças do bem e do mal nesta terra, desde o tempo de Daniel até o estabelecimento do eterno reino de Cristo. Já que Satanás usa os poderes terrenais em seus esforços para frustrar o plano de Deus e destruir seu povo, estas visões apresentam aqueles poderes através dos quais o maligno atuou com muito empenho. A primeira visão (cap. 2) trata principalmente de mudanças políticas. Seu propósito primordial era revelar a Nabucodonosor seu papel como rei da Babilônia e comunicar-lhe "o que tinha de ser no porvir" (v. 29). A segunda visão (cap. 7) aparenta ser um suplemento da primeira visão. Destaca as vicissitudes do povo de Deus durante a hegemonia dos poderes mencionados na primeira visão, e prediz a vitória final dos santos e o juízo de Deus sobre seus inimigos (vv. 14, 18, 26-27). A terceira visão (cap. 8-9) complementa à segunda e faz ressaltar os esforços de Satanás por destruir a religião e o povo de Cristo. A quarta visão (cap. 10-12) resume as visões precedentes e trata o tema em forma mais detalhada do que qualquer das outras. Amplia o


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tema da segunda visão e o da terceira. Põe especial ênfase em "o que tem de vir a teu povo nos últimos dias; porque a visão é para esses dias" (cap. 10: 14), e o "tempo fixado era longo" (v. 1, RVA). A narração bosquejada da história que se encontra em 781 o cap. 11: 2-39 leva a "os últimos dias" (cap. 10: 14) e os acontecimentos "ao cabo do tempo" (cap. 11: 40). As profecias de Daniel estão estreitamente relacionadas com as do livro do Apocalipse. Em grande parte o Apocalipse trata do mesmo tema, mas faz ressaltar em forma especial o papel da igreja cristã como povo escolhido de Deus. Em consequência, alguns detalhes que podem parecer escuros no Livro de Daniel com frequência podem aclarar-se ao compará-los com o livro do Apocalipse. Daniel recebeu instruções de fechar e selar aquela parte de sua profecia referente aos últimos dias até que, mediante um estudo diligente do livro, aumentasse o conhecimento de seu conteúdo e de sua importância (CS 405; cap. 12: 4). Ainda que a porção da profecia de Daniel relacionada com os últimos dias foi selada (cap. 12: 4; HAp 467), o apóstolo João recebeu instruções específicas de não selar "as palavras da profecia" de seu livro, "porque o tempo está perto" (Ap 22:10). De maneira que para obter uma interpretação mais clara de qualquer porção do livro de Daniel do que seja difícil de entender, devêssemos estudar


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cuidadosamente o livro do Apocalipse em procura de luz para dissipar as trevas. CAPÍTULO 3 Daniel e sua obediência a Deus

Na leitura deste livro intitulado Profecias “Um Chamado de Alerta”. Você pode ter certeza que fará as descobertas mais emocionantes de sua vida. Na verdade o livro de Daniel, não é essencialmente um documento histórico, não é um mero documento de datas e fatos. Quanto mais ler, mais encontraremos Deus no controle dos desafios de sua vida. Você não é o único a querer entender as profecias de Daniel. Os matemáticos e físicos John Kepler, Isaac Newton, Nicolaw Kopernico e o jovem navegador Cristóvão Colombo, estudavam as profecias de Daniel e acreditavam que a biblia é a palavra de Deus. Daniel é dividido em dois segmentos: Profecias e Histórias. As profecias tratam dos grandes reinos que surgiriam na história da humanidade e apontam para um periodo de tempo chamado fins dos tempos, e elas revelam periodos de tempo. As historias falam como se preparar para os fins dos tempos, elas falam de fé de coragem de esperança. As profecias revelam quando aconteceram os fatos dentro da historia da humanidade. Jesus mesmo disse, estude Daniel. No livro de Mateus capitulo 24, observe


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que Jesus ressalta eventos dos fins dos tempos, Mateus também é um livro de profecias e aqui em Mateus capitulo 24, nele Jesus ressalta os eventos que acontecerão antes dos fins dos tempos, ele fala sobre guerras e rumores de guerras, ele fala sobre fome, terremotos e desastres da natureza. E Jesus fala sobre as condições sociais de nosso tempo, e ele fala sobre lares serem desfeitos, fala sobre divorcio e conflitos familiares, fala sobre o aumento do crime e da violência. Quando lemos Mateus 24, vemos o senário dos nossos dias. Um dos propósitos da profecia como a de Mateus 24 e as profecias de Daniel é habilitar o povo de Deus a se preparar para o futuro, saber o que vai acontecer, deixa-los alerta e permitir que compreendamos o futuro. Quanto mais estudarmos as profecias e vermos o seu comprimento, mais cresce nossa confiança na bíblia, então a profecia nos permite compreender o fato de que a bíblia é mais do que um mito, é mais do que alegoria, é mais do que um drama histórico, comprova que a bíblia é de fato verdadeira é de fato a palavra de Deus. Existem muitos historiadores eruditos que acreditam que Daniel não foi profeta de verdade, que ele simplesmente inventou aquelas suas visões através de sua imaginação. Eles diziam que as profecias de Daniel eram místicas e alegóricas, não existiam evidências arqueológicas, que as confirmassem. Mas, os historiadores críticos ficaram perplexos, sabe por quê? Porque as profecias de Daniel têm


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sido confirmadas; hoje existe uma abundância de evidência arqueológica e histórica. Eles diziam também que Daniel não foi um profeta porque suas profecias eram muito precisas, e que elas foram escritas depois das coisas terem acontecido. Mas, o próprio Jesus Cristo disse – ler Daniel o Profeta. Se Jesus Cristo alerta em Mateus capitulo 24 que Daniel é um profeta, eu acredito também que Daniel seja um profeta, e você? Daniel tem doze capítulos, os seis últimos são basicamente profecias, olharemos primeiro no ultimo capitulo do maravilhoso livro de Daniel. O livro de Daniel fica após o livro de Ezequiel. Primeiro vamos estudar alguns versículos do último capítulo do livro de Daniel, porque é neles que Deus nos diz para qual período especifico de tempo esta profecia se destina. Daniel capítulo 12, versículos 4, 6, 8, 9 e 13 respectivamente. “Tu, porém Daniel encerra as palavras e cela o livro até o fim”. “Um deles disse ao homem vestido de linho que estava sobre as águas no rio, quando se cumprirão estas maravilhas”. “Eu ouvir porem não entendi, então eu disse meu senhor, qual será o fim destas coisas?


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“Ele respondeu, vai Daniel por que estas palavras estão encerradas e selada ate o fim”. “Tu porém segue o teu caminho até o fim, pois descansarás nos fins dos dias.” Agora quais são as palavras que aparecem repetidas vezes, nesses cinco versos que lemos, quais são elas? O FIM, O FIM, O FIM e O FIM. Então Jesus disse Leia e entenda Daniel. Daniel diz que suas profecias se aplicam em um período de tempo especifico, e qual período de tempo é este? Qual é? O Fim. Então, se de fato, estamos vivendo no fim dos tempos, o tempo quando os conflitos éticos, a promiscuidade, os desastres da natureza, fome, terremoto, fogo enchentes e pestilência estão se proliferando por todo o mundo, um tempo quando o crime está aumentando e a união da família está se acabando, um tempo quando não há estabilidade social. Se de fato estamos vivendo o tempo do fim, você percebe por que Jesus diz leia e entenda o Livro do Profeta Daniel? . Este livro é vital. De todos os 66 livros dá bíblia todos eles são importantes, todos são significativos, todos eles são supremos, mais existe um livro sobre qual Jesus o Salvador, disse Leia isto, entenda isto. Por isso que é tão importante. Vamos ao primeiro capitulo do Livro de Daniel. O que a palavra Daniel significa? . O nome Daniel vem de duas palavras o el no final vem do nome Deus Elohim e Dan era tribo


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dos juízes, então a interpretação literal de Daniel significa Deus da justiça e do julgamento, Deus é meu juiz. Hoje quando nós pensamos no juiz nós imaginamos alguém que vai nos condenar mais este não era o conceito do julgamento, do velho testamento, o juiz era quem concertava tudo, o juiz era quem exigia, o juiz era quem exonerava então, o livro de Daniel significa o Deus do julgamento e da justiça, Deus do universo, que no final fará todas as coisas novas, o Deus que se assenta em seu trono, reino surge e cai, mas o Deus assentado em seu trono segura o destino das noções em suas mãos, e ele vai fazer tudo novo, na desavença entre o bem e o mal, no panorama entre o certo e o errado, na batalha pelo trono do universo o Deus da justiça, o Deus do julgamento, o Deus da honestidade fará tudo novo. Daniel capitulo 1 versículo 1 diz: “No ano terceiro do reinado de Joaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor rei da Babilônia a Jerusalém e a sitiou”. ”. Duas cidades: Babilônia e Jerusalém, dois Reis Joaquim e Nabucodonosor. Babilônia o centro da rebelião contra Deus, o centro de toda confusão, o centro do erro, o centro da apostasia. Babilônia, a cidade poderosa ataca Jerusalém a cidade de Deus, a cidade em que o Profeta Jeremias falou ao povo a verdade e a obediência a Deus. Nabucodonosor, rei da babilônia ataca Jerusalém. O errado ataca o


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certo e Jerusalém cai. Por acaso você já viu alguém dizer: se Deus é tão bom, por que o errado parece triunfar sempre sobre o certo? Se Deus é tão bom, por que será que sua mãe está com câncer? . Por que será, que essa sua bonita família passou pelo divorcio? . Por que será que seu filho de 17 anos, foi atingido por uma bala perdida e veio a óbito. Se Deus é assim tão bom, por que o errado parece estar no trono? Por que a verdade sempre parece está no cadafalso, enquanto que o errado sempre no trono? Mesmo que o cadafalso ameace o futuro, mesmo no meio da incerteza do desconhecido, existe um Deus, que cuida dos seus filhos. O primeiro capitulo de Daniel, termina com uma grande derrota sofrida pelo Deus verdadeiro, a cidade de Deus Jerusalém está em ruinas, o povo de Deus está em cativeiro e escravidão, em Daniel capitulo 1 versículo 1 evidencia esse tema muito polêmico, o conflito entre Cristo e Satanás, o conflito entre o bem e o mal, entre o certo e o errado e este conflito se apresenta por todo o primeiro capitulo. O rei Nabucodonosor escolhe alguns dos jovens notáveis que vieram como escravos de Jerusalém a Babilônia, a fim de serem influenciados e educados de acordo com a cultura da Babilônia, para então depois voltarem para seu local de origem como novos governantes. Algumas nações ainda fazem isto hoje, quando os russos invadiram o Afeganistão, Jovens afegãos foram levados e


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colocados em escolas de ensino especial na Rússia, onde eles aprenderam a filosofia do Marxismo e do Comunismo, depois eles foram enviados de volta como os novos governantes do Afeganistão, Hitler fez isso muitas vezes com as nações que invadiu durante a Segunda Guerra Mundial, o que ele fazia era trazer aqueles jovens, daquelas nações, para a Alemanha, para colocá-los na filosofia do Hitlerismo e da Alemanha nazista, para então voltarem como governantes do seu povo, difundindo essa filosofia entre as massas. O rei Nabucodonosor fez a mesma coisa, Jerusalém fora destruída, Nabucodonosor trouxe todos os jovens. Nabucodonosor escolheu, em Daniel Capitulo 1 versículo 4 que diz. “Jovens sem defeito físico, de boa aparência, cultos, inteligentes, que dominassem os vários campos do conhecimento e fossem capacitados para servir no palácio do rei. Ele devia ensinar-lhes a língua e a literatura dos babilônios”. A palavra jovem quer dizer realmente adolescente, acredita-se que eles tinham entre 17 e 18 anos quando foram levados cativos. Jovens sem nenhum defeito, logos eles eram bonitos, de boa aparência, personalidade agradável, instruídos em toda a sabedoria. E eram versados em conhecimento, os jovens mais brilhantes de toda a Jerusalém, e que fossem competentes para residirem no palácio do rei. Ensinaram a eles a cultura e a língua dos Caldeus, o rei determinou-


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lhes a ração diária das finas iguarias da mesa real e do vinho que eles bebiam e que assim eles fossem mantidos por três anos ao fim dos quais assistiriam diante do rei, portanto eles foram educados em filosofia, eles aprenderam sobre todos os ensinos que existiam na babilônia, eles aprenderam sobre a religião da babilônia, e para completar este grande processo de lavagem cerebral, o rei tentou mudar o nome deles, agora qual a razão por que ele queria mudar seus nomes? Era por que ele queria mudar a identidade deles, na bíblia um nome tem um significado especial. Jacó por exemplo. A Palavra Jacó significa enganador, mais quando Jacó se encontrou com Deus, o nome dele mudou de Jacó para Israel, que significa – Lutando com Deus e prevalecendo, então uma mudança de nome significa uma mudança de caráter. Saulo (pedido a Deus) o perseguidor, que foi trocado pra Paulo o discípulo, logo uma mudança de nome significa uma mudança de caráter. Nós já vimos o que o nome Daniel significa, Daniel significa Deus é o meu juiz, então durante todo o seu cativeiro na Babilônia, durante todo esse processo de lavagem cerebral, durante todo o tempo em que o rei tentou influenciar a sua mente, Daniel apenas dizia, meu nome é Daniel, Deus é o meu juiz, Deus está no trono, Deus consertará todas as coisas e não o rei Nabucodonosor, mais Nabucodonosor tinha que fazer alguma coisa e ele fez mudou os nomes deles.


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Daniel capitulo 1 versículos 6 e 7 respectivamente diz: “Entres eles se achavam uns dos filhos de Judá, Daniel, Ananias, Mizael e Azarias”. “Mas o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel, o de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o de Abednego”.

Daniel Hananias

Hebraico – Deus é meu juiz

Mizael

Hebraico – Quem É igual aDeus?

Azarias Beltessazar

Hebraico – Javé ajuda

Sadraque

Caldeu–Servo do deus Sin (deus sol)

Mesaque Abednego

Caldeu – A sombra do príncipe?

Hebraico – Javé É amor

Caldeu – Bel proteja sua vida?

Caldeu – Servo do deus Nabu

O chefe dos Eunucos, Aspenaz, lhes pôs outros nomes pra mudar a identidade deles. Ele deu nomes que correspondiam aos nomes dos deuses pagãos da Babilônia. O nome Beltessazar também significa o guarda dos tesouros escondidos de Bel. Nabucodonosor ordenou aos seus soldados para que pegassem o candelabro de ouro e outros móveis do santuário do templo de Jerusalém e os colocassem no templo pagão de Bel-Marduque. Essa divindade era o chefe dos treze deuses da Babilônia um tipo de deus dos deuses. Com o intuito de mostrar a


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soberania desse grande deus, o nome de Daniel foi trocado. Em outras palavras estava se dizendo a Daniel que o Deus de Israel não é o seu juiz, que Jerusalém está em ruínas, destruída, e que nós (os babilônios) temos os vasos sagrados, o candelabro, os objetos que vocês usavam na adoração israelita. Bel é o responsável por eles agora. E o seu nome é Beltessazar, você ajuda Bel, você é o guarda dos tesouros escondidos de Bel. Que terrível armadilha para Daniel! Então o chefe dos eunucos disse a Hananias, cujo nome significa o Senhor é bondoso comigo passou a ser chamado de Sadraque. Era o mesmo que dizer que seu nome não mais seria o Senhor é bondoso comigo, mas passaria a ser inspiração do Sol. Seria o deus do Sol que passaria a brilhar bondosamente sobre ele e não o Senhor Deus de Israel. No caso de Misael, que significa ser semelhante a Deus, aquele que se parece com Deus, aquele que tem paciência, bondade, amor como o caráter de Deus, o nome escolhido foi Mesaque que também quer dizer o servo da deusa de Sheba. Era como se alguém lhe tivesse dito: Esqueça que você tem o caráter semelhante ao do Deus vivo e lembre-se de que daqui por diante você é servo de Sheba. Azarias foi o último dos três a receber outro nome de deus pagão. Azarias quer dizer: o Senhor é o meu ajudador. Seria difícil aos mestres babilônios fazer com que Azarias invocasse os novos deuses que lhe estavam sendo apresentados, tendo um nome que exaltava Jeová como o único


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grande ajudador. Se dissessem: Incline-se diante deste ídolo, ele responderia: Azarias é o meu nome, pois o Senhor é meu ajudador. Se ainda fosse dito: Você nunca verá seu pai ou sua mãe novamente, mas morrerá em cativeiro, Azarias se lembraria mais uma vez: Meu nome é Azarias, o Senhor é meu ajudador. Como isso nunca daria certo, então resolveram trocar o nome de Azarias para AbedeNego, que quer dizer o servo de Nebu. A pressão para se conformar com uma situação aparentemente imutável era enorme. Os quatro jovens hebreus estavam sendo seduzidos e forçados a se conformar com ela. Por que você acha que num livro por nome Daniel, Deus começa com uma história e não uma profecia? Porque Deus sabe que no tempo do fim a sociedade tentará fazer lavagem cerebral em Seu povo. Deus não começa esse livro com uma profecia terrível e arrasadora, predizendo eventos futuros. Ele o inicia com a saga de jovens que estão longe de casa, cujos corações não estão postos na sociedade corrompida de um país estrangeiro, sujeitos a toda influência tendente ao mal. Hoje é quase impossível ser cristão e servir a Deus porque fazer sexo antes do casamento, usar drogas, bebidas alcoólicas e festas pagãs são práticas normais da sociedade. É impossível servir a Deus nesse ambiente. Eu trabalho em um ambiente onde todo mundo pragueja e diz palavrões e é comum contar piadas indecentes. No ambiente em que trabalho servir a


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Deus é o contra censo dos padrões culturais normalmente aceitos nesse mundo secular, onde servir a Deus e ser honesto é se auto excluir dos padrões aceitos como corretos. Eles dizem que se você é ambicioso por morar em mansão de condomínio de luxo, carros de ultima geração, viagens com hospedagem em hotéis de cinco estrelas, frequentar grandes restaurantes, tem que ser desonesto só do salário é impossível, eu não estou aqui fazendo apologia a voto de pobreza, mas que sejamos ricos pela graça de Deus, ai sim comeremos do melhor dessa terra. Daniel é o exemplo de um jovem vivendo numa sociedade corrompida e sem Deus, cuja mente poderia ter sido deturpada. Em Daniel, Daniel, capítulo 1, versículo 8 diz: “E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar”. Note que Daniel assentou em seu coração. O que a palavra assentou significa? O termo traz o sentido de decidir, determinar-se, escolher. Daniel decidiu em seu coração, determinou-se em seu coração, Daniel fez a escolha no recôndito de sua mente. No Velho Testamento, em particular, o vocábulo coração é um termo muito especial. Ali, coração é o lugar do intelecto e da emoção, o centro do processo do pensamento. Provérbios 4, versículo 23 diz:


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“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem às saídas da vida”. Provérbios 23, versículo 7 diz: “Porque, como imaginou na sua alma, assim é”. Assim, a batalha nos últimos dias da história, no fim dos tempos (por isso Jesus disse para ler e entender Daniel), é uma batalha na mente, no intelecto, e o diabo fará todo o possível através da mídia, da violência, e imoralidade apresentadas pela televisão, e da cultura alardeada como padrão pela sociedade, para mudar o seu processo de pensamento, a mente. Ele usa como ferramenta a cultura duma sociedade sem Deus e voltada para perversidade, para influenciar o processo de pensamento e as mentes, pois a mente é o lugar de todas as emoções. Nós, humanos, não somos apenas animais pensantes superiores. Temos em nossa mente a semente da decisão, que é à vontade. Ela é o poder que governa a natureza humana, que domina todas as outras faculdades. A estrutura mental dos seres humanos é diferente da dos animais. Por exemplo, cientistas de uma Universidade nos Estados Unidos descobriram alguns anos atrás que no cérebro dos macacos existe o que eles chamam de centro do prazer. Os cientistas implantaram cirurgicamente um sensor dentro do centro de prazer do cérebro de um desses animais. Os


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macacos não têm cérebro anterior, onde estão localizados a consciência, a razão e o juízo. Esses primatas trabalham em nível físico e biológico, e não no nível superior da razão ou escolha. Os cientistas colocaram um botão ao alcance do animal, para que ele eventualmente o pressionasse. Toda vez que o fazia, uma estimulação elétrica gerada dentro de seu cérebro dava ao macaco a ilusão de estar se sentindo feliz. Ele passou a associar o aperto do botão com um estado de felicidade e êxtase. Então os cientistas colocaram o macaco numa jaula. Eles queriam ver quão forte era o impulso do macaco para ser feliz. Colocaram o botão na jaula e também sua fêmea. Ele nem chegou a olhar para ela; tudo que fazia era apertar aquele botão constantemente para sentir-se muito feliz. Depois de seguidos estímulos, ele desmaiou de tanto prazer. Na continuação da experiência, os pesquisadores tomaram os filhotes do macaco e os puseram perto de sua jaula. Os macaquinhos corriam e brincavam, mas ele nem lhes deu atenção. O que realmente desejava era pressionar aquele botão e sentir-se feliz. Foi tanto estímulo que desmaiou novamente. Então, os cientistas puseram bananas, frutas e boa comida do lado de fora da jaula, mas tudo o que aquele macaco fazia era pressionar o botão. E vocês sabem o que aconteceu com ele? Morreu de tanta felicidade. Nós não somos macacos, nem somos evolução dos macacos. Mas algumas pessoas, por causa de uma sensação


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passageira, estão destruindo seu sistema nervoso para ter prazer. E o prazer que experimentam no álcool, no fumo, nas drogas em geral, no estilo de vida imoral. Contudo, inexplicavelmente, eles continuam pressionando o botão vez após vez. Em Daniel, capítulo 1, verso 8 as Escrituras dizem que o profeta tomou uma decisão. Ele o fez não simplesmente para ficar passivo. Ele tomou a decisão de fazer alguma coisa que pudesse protegêlos da decadência. Daniel propôs em seu coração (sua mente) que não iria se corromper. Eu oro para que todos os jovens, adultos e idosos, tomem a decisão de não se corromperem, qualquer que seja a sedução. Meu pedido é para que você não se corrompa com o que lê, pois isso pode poluir sua mente; não se corrompa com o que assiste na tevê isto pode poluir sua mente; não se entregue ao sensualismo que degenera o corpo e os sentidos. Entregue, sim, seu corpo a Jesus para que ele seja a morado do Espirito Santo de Deus! Nos últimos dias da história, Deus está procurando homens e mulheres que tenham uma paixão em seu coração e um desejo em sua vida o de obedecê-Lo e não de se corromper com as pressões e a conformidade do mundo em que vivemos. Agora note que, para Daniel não se corromper, algo teve que ser despojado. Sem isso, ele nunca poderia receber aquilo que Deus lhe desejava conceder. Quando Daniel propôs em seu coração servir a Deus, Deus propôs em Seu coração abençoar a Daniel. As


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Escrituras dizem em Daniel, capítulo 1 versículo 16 diz: “Desta sorte, o despenseiro tirou a porção do manjar deles e o vinho que deviam beber e lhes dava legumes”. Isto é, comida vegetariana. A Bíblia diz que o cozinheiro-chefe tirou algo do cardápio daqueles jovens. Assim também você deve permitir que Deus retire da sua vida, com a atuação do seu Santo Espirito aquilo que está impedindo de você ser abençoado, como por exemplo, a raiva, a maledicência ou outros empecilhos, será impossível receber todas as bênçãos que Ele deseja dar lhe se você não estiver disposto a obedecê-lo. Para Daniel, o obstáculo a ser removido era a carne que tinha sido oferecida aos ídolos do rei, pois naquele salão de banquetes havia um grande ídolo e a carne da mesa real era ofertada ao ídolo como parte do cerimonial idólatra. Em primeiro lugar, Daniel não comeria carne oferecida aos ídolos; em segundo lugar a carne era impura. Sua herança israelita e os valores bíblicos não permitiam que ele participasse de tal alimentação. Finalmente, em terceiro lugar, aquela carne tinha sido escolhida de modo impróprio e não em harmonia com os preceitos das Escrituras ou os métodos indicados na Bíblia para os filhos de Israel. Daniel sabia que comendo daquela carne estaria participando da idolatria. A Palavra de Deus diz em Daniel,


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capítulo 1, verso 16, que o despenseiro tirou a porção do manjar deles e o vinho. A não ser que você permita a Deus retirar a maledicência, a imoralidade, os ciúmes, a inveja, a soberba, raiva de sua vida; se não permitir que Ele retire o que está errado em você, o amigo não poderá receber as bênçãos do verso 17 do capítulo 1 que está na sequência. Veja: “Ora, a esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria”. Para receber as mais ricas bênçãos de Deus em sua vida, você precisa permitir que Ele remova os obstáculos. Existe alguma coisa separando você de Deus? Algum impedimento em sua vida? Como é possível receber as grandiosas bênçãos de Deus? Como é possível receber a abundância que Ele separou para mim? Há dois passos que levam você a receber as bênçãos de Deus. Primeiro: Decida (ponha em sua mente) agradar a Deus em todas as situações. Daniel resolveu agradar a Deus e Deus resolveu abençoar a vida de Daniel. Você já resolveu agradar a Deus? Diga firmemente agora: Eu nada farei em minha vida que conscientemente saiba irá desagradar ao Senhor. Você já está iniciando o caminho do sucesso! Segundo: Permita que Deus retire os obstáculos. Quando Deus coloca Seu dedo e algo ferve em sua vida, não importa o quanto você goste dessa coisa; não importa o


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quanto você a ame; não importa se isso é o seu botão pelo qual você aciona os estímulos de prazer. Diga apenas: Deus me criou, Deus me fez, Deus me formou, Deus me modelou, Deus sabe como me agradar melhor do que eu mesmo. Você acredita nisso? Acredita que Deus sabe como agradá-lo melhor do que você mesmo? Posso assegurar-lhe que se você parar de agradar a si mesmo e deixar que Deus faça isso, você será muito mais feliz na vida. Existem pessoas que passam toda a vida tentando agradar a si mesmas. Às vezes gastam vinte anos tentando agradar a si mesmas e depois de todo esse tempo estão mais infelizes do que antes. Oh, como eu gostaria que todas elas entendessem essa questão! Deixe Deus agradar você; entregue sua vida a Jesus e permita que Ele retire todo e qualquer obstáculo de sua existência, abrindo seu coração para receber as mais ricas bênçãos de Deus. O capítulo 1 de Daniel começou com uma grande derrota do povo do Deus verdadeiro. A cidade de Deus, Jerusalém, estava em ruínas. Os homens de Deus, Daniel e seus amigos estavam em cativeiro. O que era errado parecia segurar o cetro e assentar-se no trono. Mas vamos até o final desse capítulo. Daniel, o homem de Deus, decidiu servi-Lo em seu coração. Capitulo 1, versículo 20 diz: “E em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez


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vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino”. Daniel passou com louvor nas mais difíceis provas. Eles se formaram nas escolas de alto nível da Babilônia em primeiro lugar. Daniel, em especial, o homem de Deus, resistiu como uma corajosa e robusta testemunha de honestidade e integridade. Vamos agora para o verso 21. Nele existem palavras cheias de significado e impregnadas de dinamismo: E Daniel esteve até ao primeiro ano do rei Ciro. Daniel continuou. Impérios surgem e desaparecem, reis ascendem e caem. De 605 a 539 a.C. reinaram Nabucodonosor, seu filho, neto e bisneto. A Bíblia diz que Daniel esteve desde o rei da Babilônia até o rei dos Medos-Persas. Existem hoje em nosso mundo homens e mulheres que têm apenas um desejo em seus corações: servir a Deus. Eles continuarão. A Babilônia deste mundo desabará como um castelo de areia. A filosofia barata, o secularismo, a perversidade deste mundo irão desabar. Existe um novo reino vindo, uma nova sociedade a caminho e os filhos de Deus que decidiram em seu coração servi-Lo, passarão deste reino para o próximo, e viverão para sempre e sempre e sempre. Eu quero fazer parte desse reino, e você? Um mundo novo, uma sociedade nova. Resolva agora em sua mente servir ao Senhor Deus. Tome agora a mais importante, a mais feliz decisão de sua vida!


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Um dos mistérios básicos da vida é onde procurar orientação. Quando enfrentamos uma decisão nos negócios, um pedido de casamento, uma mudança de carreira, em qual conselho você pode confiar? O próximo capitulo apresentará o roteiro seguro para você saber qual a direção certa. Leia-o com a mente aberta e em atitude de oração, pois o Espírito Santo operará em sua vida.

CAPÍTULO 4 Daniel interpreta o sonho de Nabucodonosor Na repartição em que trabalho detive-me o tempo suficiente para ler as manchetes de um jornal. Foi apenas um olhar casual. Então olhei novamente e meus olhos se fixaram nos destaques da primeira página. Permita-me assegurar-lhe que não sou nenhum fã de jornal. A meu ver, os jornais são vulgares, refúgios sensacionalistas para pessoas ingênuas, prontas a ler e aceitar qualquer coisa. Mas, essas manchetes eram diferentes. Letras garrafais, títulos que alcançavam de uma a outra margem da folha, proclamando: Predições do fim do mundo de acordo com o calendário maia que acaba em 2012 e uma estranha série de eventos terríveis (colisão de meteoros e planetas com a Terra, previsões de muitos ‘paranormais’ sobre o fim do mundo em 2012 e problemas de conservação do nosso planeta como o efeito estufa) parecem


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estar convergindo para nos falar sobre a destruição da humanidade naquele ano. Dando destaque também a um ciclo solar que terá seu pico em 2012, e trará tempestades solares que podem deixar boa parte da humanidade na escuridão por meses antes que os reparos sejam efetuados. Durante este período o caos irá se instaurar em várias partes do mundo. Nosso planeta também parece estar sofrendo alguns dos sintomas da nossa ocupação. De acordo com alguns cientistas ‘malucos’ somos uma espécie de parasita para o planeta e ele inevitavelmente irá reagir contra a ‘infecção’. Meteoros gigantescos já caíram na Terra causando muita destruição e isto pode ocorrer novamente. Coincidentemente o calendário maia que era usado no topo daquela civilização também acaba em 2012. Seria esta uma profecia maia? maia Coincidência mesmo? A profecia maia já tomou uma grande proporção na internet pelo mundo todo com milhões de adeptos acreditando firmemente que o mundo vai acabar acabar em 2012. 2012 A profecia maia está vendendo muitos livros e rendendo muitas palestras, documentários e DVDs pelo globo, isto para não falar da venda dos inúmeros abrigos a provas de qualquer desastre da natureza que estão sendo construído em inúmeros locais de diversos paises. Há uma infinidade de teorias diferentes. O calendário de conta longa é apenas um entre os vários que os maias usavam. Assim como os nossos


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meses, anos e séculos, ele se estrutura em unidades de tempo cada vez maiores. Cada 20 dias formam um “mês”, ou uinal. Cada 18 uinals, 1 tun, ou “ano”, cada 20 tuns faziam um katun e assim sucessivamente. Enquanto o nosso sistema de contagem de séculos não leva a um fim, o calendário de conta longa maia dura cerca de 5.200 anos e se encerra na data, que para muitos estudiosos (não há um consenso a respeito) corresponde ao nosso 21/12/2012. Isso não significa que eles esperassem pelo fim do mundo naquele dia. “Os povos ameríndios não tinham apenas uma concepção linear de tempo, que permitisse pensar num fim absoluto”, diz Eduardo Natalino dos Santos, professor de história da América Pré-hispânica da USP. “Em nenhum lugar se diz que o ciclo que estamos vivendo seria o último.” A maioria dos estudiosos acredita que, após chegar à data final, o calendário se reiniciaria. Assim como, para nós, o 31 de dezembro é sucedido pelo 1 de janeiro, para eles o dia 22/12/2012 corresponderia ao dia 0.0.0.0.1. [Revista Galileu]. A realidade é que a profecia maia é do ponto de vista científico, apenas um mito. E mesmo se existisse uma profecia, porque uma cultura que fazia sacrifícios rituais humanos deveria ter qualquer credibilidade em afirmar o que aconteceria séculos depois com o planeta? E as previsões que o próprio [HypeScience] já publicou sobre futuras possíveis catástrofes globais? Essas


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previsões com base científica (das tempestades espaciais, do meteoro, etc.) usam observações, deduções e previsões sólidas e envolvem especialistas de diversas áreas do mundo todo. Mas tudo é apenas conjectura, uma possibilidade que varia de zero a 100%. Inclusive não se sabe se o ano 2012 será mesmo o ano das piores tempestades solares, já que ao final do ciclo solar os dois últimos anos de atividade costumam ser mais fortes. Já houve centenas de profecias na história da humanidade que disseram que o mundo iria acabar e ninguém acertou até agora. Se eu fosse apostar sobre 2012 ser ou não o último ano da humanidade, eu certamente não apostaria nas profecias apócrifas da civilização maia. E você? No segundo capítulo de Daniel, Deus nos revelou mediante o sonho dado a Nabucodonosor, rei de Babilônia, um futuro de 2.500 anos. O que é surpreendente nesse sonho profético, é que nesses últimos 2.500 anos suas predições se têm cumprido minuciosamente. Parte dela já está cumprida. Assim, os eventos cumpridos nos dão segurança de que o que está para acontecer se realizará conforme as revelações divinas. Leiamos agora o capítulo 2: No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, ele teve um sonho; o seu espírito se perturbou, e passou se lhe o sono. Então orou mandou chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros e os caldeus, para que declarassem ao rei quais lhe foram os sonhos; eles vieram e se


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apresentaram diante do rei. Certa noite o rei foi dormir e enquanto repousava em seu aposento, trajado de seu pijama real e entre lençóis de seda, começou a se revolver na cama e não conseguiu dormir a noite toda. Acordou na manhã seguinte e disse: Tive um sonho, mas não tenho certeza sobre o que sonhei. Você já teve um sonho e acordou na manhã seguinte sem saber o que sonhou? Claro. E você confirma: Sonhei, mas não me lembro sobre o que. Dizem que se você comer pizza entre 10 e 11h da noite, ou mesmo uma boa macarronada, o sangue do cérebro é desviado para o aparelho digestivo e você sonha. Posso assegurar-lhe que o rei Nabucodonosor não havia comido massa ou comida mexicana. Garanto-lhe que o sonho foi real e não proveniente de algum fenômeno ou processo físico. Foi o Deus do Céu que concedeu o sonho ao rei. E a Escritura diz que orou chamou magos, astrólogos, feiticeiros, encantadores e caldeus para decifrar o sonho. Quem era esse grupo que o rei mandou chamar? Magos. Magos Eles eram o grupo real de peritos. Existem onze citações sobre eles no Velho Testamento. Geralmente eram elementos obrigatórios nas cortes. Os magos punham óleo na água e olhavam os desenhos formados pelo fluido, tentando prever o futuro pelas imagens aleatoriamente delineadas. Eles também eram quiromantes, pretendendo ler as linhas da palma da mão e predizer o futuro do dono. Ainda dispunham cartas; eram cartomantes


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e liam-nas para fazer adivinhações. Um de seus principais sortilégios era matar uma vaca e olhar as conformações de seu fígado tentando predizer o futuro. Astrólogos. Astrólogos Esses olhavam e estudavam os desenhos formados no céu. É bom que se diga que existe uma diferença abismal entre astronomia e astrologia. Astronomia é a ciência que estuda os movimentos dos corpos celestes. Mas astrologia é uma ciência que observa as várias constelações e pretende adivinhar o destino e futuro das pessoas através dessas formações cósmicas. Talvez você não saiba mais praticamente todos os jornais no Brasil têm uma seção de astrologia. Algumas pessoas procuram viver sua vida e orientá-la segundo os horóscopos. Pouco tempo atrás, recebi uma propaganda do meu cartão de crédito interessante. Você também recebe algumas dessas pelo correio, não é? E dizia o seguinte: Se você adquirir este cartão, daremos de brinde uma assinatura grátis da revista de horóscopos. Sabe o que fiz? Joguei fora o mais rápido possível. Os astrólogos presunçosamente tentam guiar a vida das pessoas através dos movimentos e formações estelares e planetárias. Premonição, telepatia, telecinesia, necromancia, previsões futuristas. Você pode ficar curioso sobre quem eram os chamados caldeus do verso 2. Eles formavam a elite dos eruditos, os PhDs da Babilônia. Então, o rei Nabucodonosor


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deu lugar a todas as crendices daqueles que achavam saber algo. Angustiado, disse: Magos, joguem seu óleo na água, e digam-me o futuro. Astrólogos observam o céu e me revelem o que sonhei ontem à noite. Qual o seu significado? Médiuns pratiquem seus fenômenos e encantamentos mediúnicos. O que sonhei na noite passada? Qual o seu significado? Eles se apresentaram perante o rei e disseram: OK, sua majestade, não há problema. Podemos dizer-lhe o que o sonho significa. O senhor só tem de contar-nos o que sonhou e nós daremos o sentido. Por favor, senhor, não nos olhe desse modo. Podemos acertar ou errar, mas daremos o significado. Mas em sua mente cogitavam: Bem, se algo der errado podemos dizer que não havíamos dito que acertaríamos. Podemos inventar qualquer interpretação, certo? Pois é, tudo bem. Mas o rei não era nada tolo e disse: Sinto muito, caldeus, mas eu não me lembro do que sonhei. E sou mais esperto do que vocês. Se vocês não conseguem me dizer o que aconteceu no meu quarto na noite passada, como conseguirão revelar-me 2.500 anos à frente da história? Isso não é lógico? Ora, se eles não conseguiam nem saber o que o rei sonhara na noite anterior, como conheceriam o que iria acontecer em um, dez, vinte e cinco, cem, mil anos? Ele disse: Muito bem, pessoal! Ou vocês me dizem o que sonhei ontem ou vou mandar cortar seus braços, pernas e cabeça. Apenas me digam o que sonhei. E mandou publicar


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um decreto por todo o império. Enquanto o decreto se tomava público, a notícia chegou até a casa de Daniel. Daniel não era mago, astrólogo ou médium, mas fazia parte da elite de eruditos. Ele não estava presente no salão real quando o rei chamou os sábios. Vamos a Daniel, capítulo 2. Preste bem atenção nos versos 15 a 19. Aqui está um problema sem solução aparente, uma terrível complicação impossível de ser resolvida; uma crise em que a vida de Daniel está em jogo. “E disse a Arioque, encarregado do rei: Porque é tão severo o mandado do rei? Então Arioque explicou o caso a Daniel”. “Foi Daniel ter com o rei e lhe pediu designasse o tempo, e ele revelaria ao rei a interpretação”. “Então Daniel foi para casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias seus companheiros”, “Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério”. “Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu”. Daniel não tinha a solução do problema. Mas ele conhecia Alguém que sabia a solução do problema. Através da oração, Daniel descobriu os mistérios por revelação pessoal de Deus. Na crise final da história deste mundo, haverá muitos problemas que não conseguiremos resolver a não ser que saibamos orar. Enfrentaremos problemas em nosso casamento, em casa com nossos filhos, problemas


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financeiros, de saúde. Vocês sabem que no mundo em que vivemos existe sempre um especialista que pode resolver qualquer problema de saúde de natureza física ou mental. O que quero pôr em destaque é que para qualquer problema que você tenha em nossa sociedade, consegue encontrar alguém que tem condições de lhe dar uma solução. Tudo que estou sugerindo é que não havia nenhum ser humano que pudesse resolver o problema de Daniel. A única solução era buscar a Deus de joelhos, em oração. A única solução era uma solução divina. Quando você chega ao final da estrada; quando o caminho da existência não apresenta soluções; quando você tentou todas as formas humanas e está frustrado, cansado e não tem outro lugar para ir, existe saída sim. Assim como Daniel encontrou resposta em oração para a crise de sua vida, você também pode encontrar solução para sua. Deus revelou o sonho a Daniel e ele foi ter com o rei e disse: Mas há um Deus nos céus. Daniel, capítulo 2, verso 28. Ele não disse: Talvez haja um Deus nos céus, ou quem sabe exista um Deus nos céus, ou ainda, eu acho que existe um Deus no céu. Sua afirmação trazia a certeza da fé: Mas há um Deus nos céus Eu gosto muito dessa certeza, e vocês? Eu gosto desta segurança: “Mas há um Deus nos céus, o qual revela os mistérios”. Existe algum segredo, algum mistério, em sua vida? Você está muito preocupado com o futuro, com os filhos, com suas finanças e dívidas? Há um


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Deus nos céus, o qual revela os segredos. Ele revelou há 2.500 anos e revela ainda hoje. Mas há um Deus nos céus, o qual revela os mistérios; pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias. O teu sonho e as visões da tua cabeça quando estavas no teu leito são estas. As Escrituras dizem: pois te fez saber o que há de ser nos últimos dias. Então, Daniel continua a explanação: Estando tu, ó rei, no teu leito, surgiram-te pensamentos a respeito do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela mistérios te revelou o que há de ser. Agora o verso 31: Foto (05)

Fonte: http://setimodia.wordpress.com/


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“Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua, esta que era imensa e de extraordinário esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível. A cabeça era de fino ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e os quadris de bronze; as pernas de ferro, os pés em parte de ferro, em parte de barro”. Verso 34: “Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no esteio e o vento os levou, e deles não viram mais vestígios”. Daniel, Daniel, foi isso exatamente o que vi em meus sonhos: uma imagem com a cabeça de ouro, peito e braços de prata, ventre e quadris de bronze, pernas de ferro e os pés de ferro e barro. Então vi uma pedra caindo, cortada sem auxílio de mãos, e esmagando os pés da imagem como palha de esteio. E a pedra se tornou uma montanha que encheu toda a Terra. Diga-me: se você fosse Nabucodonosor e Daniel tivesse acabado de explicar o seu sonho o que você lhe diria? Daniel, esse foi o meu sonho, mas o que quero saber agora é o que significa. Pense. Será que as profecias bíblicas são apenas uma questão de interpretação pessoal? Você já ouviu isso? Muita gente diz que qualquer um pode extrair as mais variadas interpretações sobre as profecias. Quem deu essa profecia a


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Nabucodonosor? Mas, há um Deus, Onde? Nos céus. Está claro que foi Deus quem concedeu a profecia. Agora preste atenção no capítulo 2, verso 36: ―Este é o sonho; e também a sua interpretação. Note com mais atenção à sequência do verso: (nós 1° pessoa do plural) diremos ao rei. Quem são “nós”? (sujeito oculto da frase “diremos ao rei”). Esta claro que é Deus e Daniel! Então essa não é uma interpretação humana. Com certeza não é a interpretação da minha imaginação. Mas, a que Deus deu a Daniel e que este deu ao rei. Daniel registrou as palavras da interpretação no livro. Atente bem. “Tu, ó rei, rei dos reis, a quem o Deus do céu conferiu o reino, o poder, a força e a glória cujas mãos foram entregues aos filhos dos homens, onde quer que eles habitem e os animais do campo e as aves dos céus, para que dominasses sobre todos eles, tu és a cabeça de ouro”. Então Daniel olha para o rei Nabucodonosor e diz: ―Tu ó rei, és a cabeça de ouro. Quem, então, representa a cabeça de ouro? Nabucodonosor ou seu reino? Será que temos de interpretar esse detalhe segundo nossa visão particular? Não! Porque a Bíblia diz: ―Tu, Nabucodonosor, és a cabeça de ouro. Nabucodonosor ou seu reino, Babilônia, representa a cabeça de ouro. A cabeça de ouro e leão (um símbolo popular da babilônia) representam o império mundial babilônico (608 a 538 A.C). As asas de águia no leão representam as


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velozes conquistas de Nabucodonosor. representa o segundo metal? Verso 39:

O

que

“Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu, um reino de prata. Um segundo reino se levantará representado pela prata que é inferior em valor ao ouro”. O texto não diz o nome do reino, mas saberemos alguns capítulos à frente. ―E um terceiro reino, de bronze… O quarto reino será forte como o ferro… (verso 40). Agora vamos ao verso 41: “Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro e em parte de ferro, será esse um reino dividido”. Temos quatro tipos de metais: ouro, prata, bronze e ferro. E os dedos eram de quê? Ferro e barro. Cada metal representando, de acordo com a Bíblia, um reino. A Bíblia diz que o primeiro metal é o reino de Nabucodonosor, Babilônia. Você percebe que os metais aparecem em ordem decrescente de valor na estátua (conforme figura acima), cada um representando um império universal. Mas qual é a nação que vem após Babilônia? A Bíblia nos ajuda a descobri-la. Abra-a no quinto capítulo de Daniel. Que nação veio depois da Babilônia? Ela é representada pelo segundo metal que forma o peito e os braços de prata. No ano de 538 A.C, estabeleceu-se o duplo império dos Medos e Persas, as três costelas na boca do Urso representam os


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impérios conquistados da Lídia, Babilônia e o Egito. Os Persas foram mais fortes que os medos e permaneceram mais tempo no poder Daniel cap. 5, versos 1 a 5 e 26 e 28: Esta é a interpretação: O REI Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus senhores, e bebeu vinho na presença dos mil. Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata, que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus príncipes, as suas mulheres e concubinas. Então trouxeram os vasos de ouro, que foram tirados do templo da casa de Deus, que estava em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus príncipes, as suas mulheres e concubinas. Beberam o vinho, e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira, e de pedra. Na mesma hora apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do castiçal, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava escrevendo. “MENE - Contou Deus o teu reino e deu cabo dele”. “TEQUEL - Pesado foste na balança, e achado em falta”. “PARSIM - Dividido foi o teu reino, e dado aos Medos e aos Persas.” “Eu, porém, tenho ouvido dizer de ti que podes dar interpretação e resolver dúvidas. Agora, se


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puderes ler este escrito, e fazer-me saber a sua interpretação, serás vestido de púrpura, e terás cadeia de ouro ao pescoço e no reino serás o terceiro governante”. Para dar continuidade vejamos a genealogia de Belsazar:

Nabopolassar Nabucodonosor Nabonidos (genro de Nabucodonosor) Belsazar (neto de Nabucodonosor) Em Daniel 5, o texto menciona Nabucodonosor como sendo o pai de Belsazar, e algumas pessoas pensam mesmo que o jovem rei seja filho do grande rei caldeu. Você já notou que em Mateus 1, Jesus é chamado filho de Davi? Mas Davi viveu cerca de 1000 anos antes de Jesus. Nós sabemos que Jesus não teve pai terreno, senão José, progenitor adotivo. Ele foi concebido por obra e poder do Espírito Santo e nasceu de modo sobrenatural. Mas a Bíblia chama Jesus de o filho de Davi. Algumas vezes, a Bíblia usa o termo Pai para indicar descendência de alguém. Sempre é necessário saber qual a palavra constante do original hebraico, aramaico ou grego, para a exata compreensão da expressão. Conforme evidências e provas bíblicas e arqueológicas sabemos que Nabopolassar teve um filho que se chamava Nabucodonosor, depois de Nabucodonosor veio seu filho Evilmerodaque. Evilmerodaque foi assassinado por Neriglissar, genro de Nabucodonosor. O filho de Neriglissar, Labashi-Marduque, foi morto ainda criança por


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conspiradores, de cuja gangue fazia parte Nabonidos (que também era genro de Nabucodonosor), posto no trono por seus companheiros. Seu filho Belsazar na época da inscrição na parede era corregente com pai, Nabonidos. Em verdade, inscrições encontradas em Babilônia revelam que ele não era o único monarca do império babilônico, mas general de exército e governador da cidade da Babilônia. Por isso prometeu a quem revelasse o segredo da inscrição na parede, que esse seria o terceiro em autoridade no reino, Dan. 5: 29. Quanto à rainha, os registros históricos dizem que Nabucodonosor tinha uma filha casada com Nabonidos, e que deu à luz Belsazar. Belsazar, em meio ao pavor das afogueadas letras da parede, foi aconselhado pela rainha ou poderíamos chamá-la de rainha-mãe a consultar o sábio Daniel, dos hebreus, porque ela se lembrava das revelações do profeta quando seu pai, o rei Nabucodonosor, teve dois enigmáticos sonhos interpretados da estátua e da árvore. Então, qual nação estava representada pela prata? Medos e os Persas. Agora pergunto: os medospersas reinaram para sempre? Claro que não! Porque um terceiro reino está descrito como sucessor a esse império. Ele é representado pelos quadris de bronze. A Bíblia diz, nome por nome, dos impérios que vieram depois dos Medos e dos Persas. Vamos a Daniel, capítulo 8, verso 20. A maravilhosa profecia do oitavo capítulo do livro


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que estamos estudando exibe uma pequena mudança de simbolismo — de um metal, o bronze, para um bode peludo. E revela o nome da nação que derrotaria aos Medos-Persas, a qual, por sua vez, subtrairia a soberania da Babilônia: “Aquele carneiro que viste com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia”. E que nação tiraria a hegemonia mundial dos Medos-Persas? Verso 21: “Mas o bode peludo é o rei da Grécia…”. O império grego segue-se ao medo-persa. Recapitulando: a cabeça era de ouro e representava a Babilônia. Você leu e confirmou isso na Bíblia. A prata representa a nação que vem em seguida à Babilônia. Os Medos-Persas. E os quadris de bronze representam a nação que sucede aos Medos-Persas. Qual? A Grécia. As vitorias muito rápidas (presentadas pelas quatro asas do leopardo) sob o comando de Alexandre Magno fizeram da Grécia um poder mundial (331 a.C). Depois da morte de Alexandre o império dividiu-se em quatro partes liderados pelos seus quatros generais, a saber: Lísimaco, Cassandro, Selêuco e Ptolomeu. Eles representam as quatro cabeças do leopardo na profecia. Veja mapa a baixo:


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Foto (06)

Fonte: geografia-biblica.blogspot.com/

A história comprovou essa profecia ao pé da letra? Com certeza que sim como veremos adiante. Prosseguindo, a Bíblia diz que o quarto reino representava as pernas de ferro. Vamos voltar ao capítulo 2 de Daniel, verso 40. “O quarto reino será forte como ferro; pois, o ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará. Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, será isso um reino dividido”. Que nação veio depois da Grécia na sucessão de grandes impérios mundiais? Roma. No ano de 168


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a.C. Roma estabeleceu o quarto império mundial. Por causa da severidade e intolerância com a qual subjugaram as outras noções este império foi conhecido como o “reino de ferro”. Devido à imigração maciça no período de 351 a 476 d.C. O império foi divido em dez pequenos reinos europeus. Note os dez chifres do animal e os dez dedos da estatua. Os chifres divididos, mas prósperos e a afirmação de que não se uniriam a mistura de ferro e do barro dos dez dedos representa a impossibilidade de uma Europa unida. Agora vamos verificar a maravilhosa precisão dessa profecia. Babilônia, descrita na cabeça de ouro, governou o mundo de 608 até 538 a.C. Você sabia que o ouro foi um símbolo muito apropriado para Babilônia? Babilônia foi o império mais extenso do mundo e sua riqueza incomparável. Na verdade, o deus de Babilônia, Bel-Marduque, era representado como assentado num trono de ouro, ao lado de uma mesa de ouro, perto de um candelabro de ouro. Ouro era o símbolo perfeito para Babilônia. O profeta Jeremias, no capítulo 51 de seu livro, diz: ―Oh, Babilônia, o império de ouro. Os profetas bíblicos reconhecem a Babilônia como a cabeça de ouro. Babilônia governou o mundo de 608 a.C. até 538 a.C. Mas, então outro império surgiu. A prata, Medo-Persas. Os Medos e os Persas venceram Babilônia em 538 a.C. A cidade da Babilônia, capital do império, era tão poderosa, tão


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fantástica, que tinha muros de mais de 30m de altura. Os muros de Babilônia eram tão largos que duas carruagens podiam correr lado a lado sobre o muro. O rio Eufrates passava por dentro da Babilônia. Naqueles dias, quando uma nação queria sufocar belicamente e derrotar outra, cercava a cidade e bloqueava seus suprimentos. Alguns historiadores famosos dizem que a Babilônia tinha estoque de alimentos para vinte anos armazenados dentro da cidade. Quando os Medos-Persas a sitiaram, os guardas da Babilônia subiram no muro, jogaram alimentos para baixo. Eles podiam jogar alimento pelo muro e desafiar os exércitos inimigos. Como foi então que Babilônia caiu? Como aquele poderoso império desmoronou? Vamos até o livro de Isaías. Esse é um dos livros mais fantásticos de toda as escrituras. Contêm profecias as mais incríveis. Deus não apenas revelou o nome da nação que abateria a Babilônia, como também deu o nome do príncipe persa que comandaria o ataque final à cidade, há mais de 150 anos antes dele nascer. Vejam só foi em 539 a.C. Que Dario, o medo e Ciro, o persa, juntaram suas forças formando o império medo-persa para derrotar a Babilônia. E o Deus de Israel deu o nome de quem prostraria o orgulhoso império de Nabucodonosor, um século e meio antes. Que Deus poderoso! Os médiuns podem adivinhar, os astrólogos consultar seus mapas astrais para tentar descobrir o futuro, os feiticeiros e magos


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podem especular, mas a profecia não adivinha, ela afirma. Ela olha para o futuro com os olhos de Deus. Vejam o que foi escrito 150 anos antes de Ciro vir ao mundo. Isaías capítulo 44, versos 27 e 28: “Que digo à profundeza das águas: Seca-te, e Eu secarei os teus rios; que digo de Ciro: Este é Meu pastor e cumprirá tudo o que Me apraz; que digo também de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado”. Você se lembra que em 605 a.C. Nabucodonosor ataca e Jerusalém é destruída e Daniel e seus amigos são presos. Mais a escravidão está chegando ao final. Enquanto vai terminando, Deus diz em Isaías, 150 anos antes dele nascer: Você será meu pastor, você levará meu rebanho Israel, de volta a Jerusalém. Você reconstruirá Jerusalém novamente. Ele não tinha nascido ainda e Deus diz o nome dele 150 anos antes. Isaías 45 verso 1: “Assim diz o Senhor ao Seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações ante a sua face; e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, que não se fecharão”. Agora note, um persa de nome Ciro, secaria a nascente do rio Eufrates. No grande museu britânico em Londres encontrase o famoso cilindro de Ciro. Veja foto abaixo.


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Foto (07)

Fonte: cilindrodeciro.wordpress.com/

cilindro de Ciro é um documento arqueológico original de pedra, mostrando como os MedosPersas venceram a Babilônia. Assim foi que Ciro penetrou a intransponível fortaleza babilônica: O rio Eufrates passava por dentro da cidade de Babilônia. Estrategicamente, Ciro construiu um grande reservatório ao lado do rio. Desviou seu curso para o reservatório, secando seu leito. Reunindo suas tropas, marchou pelo leito seco do rio e passou por baixo das comportas que regulavam o fluxo de água para a cidade. Mas aos babilônios também construíram muros dentro do rio. Então, para que os medos-persas pudessem


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passar pelos muros internos, tinham antes de ultrapassar os muros externos. Mas os portões dos muros internos não estavam fechados nesse dia, porque houve na cidade um festival de bebidas na noite anterior. Os portões foram deixados abertos e os Medos-Persas destronaram a Babilônia pelas mãos de Ciro, conforme previsto 150 anos antes. O Cilindro de Ciro é um cilindro de argila, atualmente dividido em vários fragmentos, no qual está escrita uma declaração em grafia cuneiforme acadiana, em nome do rei Aquemênida da Pérsia, Ciro, o Grande. Ele data do século VI a.C., e foi descoberto nas ruínas da Babilônia na Mesopotâmia (atual Iraque) em 1879. É possessão do Museu Britânico (British Museum), que patrocinou a expedição responsável pela descoberta do cilindro. O artefato foi criado após a conquista persa da Babilônia em 539 a.C., quando o exército persa, sob Ciro, o Grande, invadiu e conquistou o império caldeu, trazendo-o sob o controle do Império Persa. O texto no cilindro elogia Ciro, o Grande, listando sua genealogia como um rei de uma linhagem de reis. O rei da Babilônia, Nabonidus, que foi derrotado e deposto por Ciro, é denunciado como um ímpio opressor do povo da Babilônia e suas origens humildes são implicitamente contrastadas com a herança de Ciro.


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Foto (08)

Foto (09)

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Porta_de_Ishtar

A Porta de Ishtar da Babilónia na Alemanha em Berlim As profecias não fazem jogos de adivinhação; elas afirmam. Babilônia foi seguida pelos Medos-Persas exatamente como a Bíblia predisse. E a Escritura


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previra o surgimento de outra nação. E assim sucedeu. A Grécia governou o mundo de 331 até 168 A.C. Alexandre Magno, o grande líder grego havia conquistado a hegemonia mundial com 32 anos, e com 33 morreu bêbado, arruinado, pensando haver conquistado o mundo. Jesus morreu pregado numa cruz aos 33 anos, tendo uma dilacerante coroa de espinhos em Sua cabeça e o sangue escorrendo por Sua face. Aos 33 anos, Jesus morreu estabelecendo o verdadeiro domínio sobre o mundo. Jesus e Alexandre, um teve todos os reinos deste mundo, mas morreu sem nada. O outro não tinha nada neste mundo, mas morreu conquistando tudo. Alexandre o grande foi para o túmulo sem conhecer a segurança e a paz que advêm somente de Jesus. Os reinos deste mundo não podem oferecer lhe isso, amigo. A Grécia desapareceria e outro reino surgiria Roma. Ela governou o mundo de 168 AC até 351 DC. Pernas de ferro. Agora preste atenção: Ouro, prata, bronze, ferro. Existe uma escala descendente de valores. Passamos por impérios mundiais da história onde a moralidade esteve cada vez mais em baixa. Onde não existe uma base moral para apoiar a sociedade, o declínio e extinção são inevitáveis. A sociedade finalmente chega apodrecida e desmoronando no tempo dos pés de ferro e barro, prestes a cair. A palavra de Deus tem predito o futuro com precisa exatidão. Retomemos a Daniel, capítulo 2. Já mostramos que


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Deus disse antecipadamente o nome da MedoPérsia. Também disse o nome de Ciro 150 anos antes de ele existir. Deus falou na Grécia 200 anos antes dela surgir. Profecia não é algum misticismo vago e comum. Ela é exata e específica, porque é o Deus dos céus é quem prediz o futuro. Mas o que Deus diz depois das pernas de ferro? Verso 41: “Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, será isso um reino dividido [Roma], contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. Como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil”. Você por certo já percebeu que a profecia afirma indiscutivelmente que não haverá outro império mundial depois de Roma. Ela diz que o domínio romano seria dividido. O processo de divisão do império romano aconteceu entre 351 e 476 DC. Os dez dedos representam a fragmentação do império romano em dez reinos menores, devido às invasões bárbaras realizadas pelos alamanos, Ostrogodos, Visigodos, Anglo-Saxões, Lombardos, Suevos, Francos, Burgúndios, Vândalos e Hérulos. Esses povos se estabeleceram no território da antiga Roma, que se desintegrou política e moralmente, formando as nações hoje conhecidas na Europa. Algumas dessas nações em que se distribuiu o velho império romano eram fortes como ferro e outras


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fracas como o barro. Qualquer criança de primeiro grau sabe que não foi um quinto reino universal que abateu Roma, mas que, na verdade, ela foi dividida em dez grandes segmentos. A história tem seguido a Bíblia como um mapa. Note, o que a Bíblia diz aqui no verso 43. Sim, algumas de suas nações seriam fortes como Alemanha, França e Espanha. Algumas não seriam militarmente poderosas, como Luxemburgo, Mônaco. Mas vamos ao verso 43: “Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro”. Assim como o ferro e o barro não se misturam, haveriam de ser feitos tremendos esforços tentando sua reunião. Nunca mais desde a subdivisão da velha Roma, se uniram eles num só império; nunca formaram unidades, como os Estados Unidos da América. Nenhuma fórmula de orgulhosa ambição que visasse a reunir os fragmentos dispersos, alcançou êxito; sempre que surgiram, foram invariavelmente reduzidos a pedaços. Eles misturar-se-ão mediante casamento. O que significa isso? A história registra fielmente as tentativas de reis e governantes tentando casar seus filhos com as filhas de outros imperadores europeus. As nações tentaram se unir para formar uma grande unidade familiar e dominar toda a Europa. Antes da I Grande Guerra Mundial, a


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maior parte dos reis europeus estava aparentada entre si. Veja: Jorge V da Inglaterra, Nicolau II da Rússia, Constantino Ida Grécia, e os reis da Noruega e Dinamarca eram todos primos-irmãos e netos de Cristiano IX da Dinamarca. Jorge IV, Guilherme II da Alemanha, a rainha da Grécia, a czarina da Rússia e as rainhas de Espanha e Noruega eram netos da rainha Vitória da Inglaterra. Houve várias tentativas de se unir a Europa através de laços familiares a mistura das sementes de sangue. Misturar-se mediante casamento, mas não se ligarão um ao outro. Observe ― não se ligarão. Essa é uma afirmação categórica e irrefutável. Mas, ignorantes da profecia bíblica, reis, imperadores e ditadores promoveram batalhas políticas, conflitos e guerras, na tentativa de reunir toda a Europa. Carlos Magno, Carlos V, Napoleão e Hitler, esforçaram-se para reincorporar toda a Europa. Em 1939, os exércitos alemães já tinham domínio sobre quase toda a Europa. Ainda faltava, porém, a Inglaterra que, apesar de quase arrasada pelos ataques dos mísseis V-1 e V-2, ainda era um baluarte contra as pretensões nazistas. O Führer marcara a invasão da Grã-Bretanha para 16 de setembro de 1940, porque nessa época do ano o mar e as condições atmosféricas eram favoráveis. Mas, estranhamente, houve tormentas e temporais contínuos até o dia 30 do mês. A armada nazista


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teve de atracar e fundear-se ao longo de enseadas, onde foi surpreendida por bombardeiros e caças da RAF (Força Aérea Real). Hitler resolveu adiar a invasão para algum dia dos últimos meses do ano, para aproveitar-se do nevoeiro que camuflaria os vasos de guerra germânicos. Contrariamente às condições rotineiras do tempo, não ocorreram os habituais nevoeiros de inverno. Sem desistir, o ditador alemão marcou nova dada — 15 de fevereiro de 1941. No dia 14, houve um maremoto que assolou as costas europeias. Mais um fracasso. Seria a mão divina, porventura? O sonho de reunificação conheceria sua ruína final quando o Führer ordenou a invasão da Rússia. Com a entrada dos Estados Unidos na guerra e a rendição da Itália e do Japão, Hitler, desesperado e perseguido pelas tropas aliadas, pôs fim à sua própria vida suicidando-se num bunker de Berlim. Era bem possível que toda a Europa viesse a cair nas mãos dos nazistas, mas milagrosamente foi salva. Claro! O sonho do capítulo dois de Daniel diz que não se ligariam um ao outro. Essas palavras têm detido a ambição e as investidas de todos os que pretendiam conquistar a Europa. Por um tempo o comunismo se espalhou além da fronteira da Rússia, engolfando Ucrânia, Hungria, Polônia, Iugoslávia, Estônia, Letônia e Lituânia, Cuba, Albânia, mas foi detido. Por quê? Porque existe um sonho em Daniel, capítulo 2. A história tem-se cumprido ao pé da letra. A profecia não adivinha,


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ela sabe. A profecia não dá palpites ou faz prognóstico. Ela é precisa porque Deus está guiando o destino das nações. Note o que a Bíblia diz nos versos 43 e 44: “Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro. Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído.” Sim a Bíblia profetizou que a Europa nunca mais seria uma nação unificada politicamente e sob um único governante. E profetizou o dia quando eles tentariam unir a Europa econômica, social, política e religiosamente. Mas, o Deus do céu suscitará um reino. Então Daniel olha para a imagem, sua cabeça de ouro, peito e braços de prata, ventre e quadris de bronze, pernas de ferro e pés de ferro e barro. Também olha novamente para uma misteriosa pedra que foi cortada sem intervenção humana. Meu amigo não estamos vivendo no tempo da cabeça de ouro, nem do peito e braços de prata, nem dos quadris de bronze, ou pernas de ferro, nem nos dias quando os dedos estavam juntos. O que a pedra cortada sem auxílio de mãos representa? Versos 44 e 45: “Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído”. Essa pedra representa claramente o eterno e infindável reino de Jesus


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Cristo. Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma surgiram e caíram. Mas então uma pedra cortada sem auxílio de mãos despedaça a imagem. E qual o reino que permanece para sempre? Vamos ao verso 45: “Como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. O Grande Deus fez saber ao rei o que há de ser futuramente. Certo é o sonho. Como é o sonho e fiel sua interpretação”. A interpretação é o quê?―Fiel. Este mundo não chegará ao fim com uma grande guerra nuclear, ou uma avassaladora fome, ou ainda, quem sabe, num terrível terremoto. Não terminará com alguma catástrofe social. Uma pedra, sim, uma pedra, porá fim à infeliz história do pecado na Terra. Por toda Bíblia Jesus Cristo simboliza a grande pedra. Representa aquilo que é sólido, permanente, imutável, resistente, eterno. Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma tiveram seus momentos de glória. Mas esses reinos ascenderam e declinaram. Mas o reino eterno de Cristo está chegando. Não estamos vivendo nos dias de Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia ou Roma. Estamos vivendo no fim dos tempos. A pedra cortada sem auxílio de mãos esmiuçará os reinos deste mundo e o reino eterno de Cristo perdurará para sempre e sempre. Daniel estava cheio de esperança porque os reinos deste mundo não estão alinhados numa corrida política. Os reinos e


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destino deste mundo estão nas mãos de Deus e Seu rosto está voltado para nós. CAPÍTULO 5 Por que tanto sofrimento na humanidade humanidade? ? O mistério do sofrimento e desapontamento deixa todas as pessoas perplexas. Onde está Deus quando estamos abalados, deprimidos, estressados e sofrendo? O terceiro capítulo de Daniel faz-nos conhecer um Deus que sofre por nós, vela por nós e enfrenta as dificuldades conosco. No capítulo anterior estudamos a pedra que destruiu a rica imagem de Nabucodonosor. É certo que não estamos vivendo nos dias de Babilônia, MedoPérsia, Grécia, Roma, ou nos dias da divisão do império romano. Estamos vivendo no final dos tempos. Enfrentando hoje os eventos que ocorrem antes da volta de Cristo. Daniel, capítulo 3, descreve uma história surpreendente nos dias de Daniel, que tem seu paralelo nos últimos dias mostrados em Apocalipse. O livro de Daniel é dividido em duas partes: profecias e histórias. As profecias revelam os acontecimentos históricos ocorrentes antes da volta de Jesus e os grandes eventos que ocorreram desde os dias de Daniel até os nossos. As histórias falam de oração, fé e qualidades de caráter que nos preparam para a volta de Cristo. Daniel, capítulo 3, relata uma história surpreendente. Se você estiver com sua


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Bíblia em mãos, abra-a em Daniel capítulo 3. No capítulo dois mostramos um Deus Salvador que penetra em meio às chamas de nossa vida e é o Revelador do futuro. No capítulo três, Ele é o Redentor de Seu povo, No capítulo quatro, Ele é o Rei, o Soberano ― O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro que tinha sessenta côvados de alto e seis de largo (o côvado real babilônico tinha cerca de 60 cm) levantou-a no campo de Dura, na província de Babilônia. Daniel. 3:1. Foto (10)

Fonte: profeciaetempo.blogspot.com


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Estatua de ouro, construída por Nabucodonosor no campo de Dura Província da Babilônia. Agora, espere um pouco; há uma imagem no capítulo dois (lemos a respeito dela), mas agora surge uma imagem diferente no capítulo três. Quem revelou a imagem para Nabucodonosor no capítulo dois? Daniel fez a revelação. Mas, quem deu a imagem a Nabucodonosor? Deus. Quem fez a imagem do capítulo três? Deus? Não, não era a imagem conferida por Deus. Por quem, então? Nabucodonosor. No capítulo dois, você tem a legítima linha da história: uma imagem com cabeça de ouro, peito e braços de prata, ventre e os quadris de bronze, pernas de ferro, pés em parte de ferro e em parte de barro. Já no capítulo 3, a imagem é toda de ouro, criada pelo homem, exigindo adoração falsa estabelecida por seres humanos. E algo interessante sobre esse capítulo é que a imagem foi feita com sessenta côvados de altura, por seis de largura. Na simbologia numérica bíblica, o número seis sempre representa imperfeição, rebeldia. Sete é símbolo de perfeição. Seis é símbolo de imperfeição, perdição, desobediência. Então, você tem aqui uma imagem feita com dimensões projetadas pelo homem representando o caminho humano em vez do divino. Nabucodonosor fez essa colossal imagem toda de ouro no campo de Dura. Uma imagem falsificada, criada pelo homem e não por Deus ― Então o rei Nabucodonosor mandou ajuntar os


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sátrapas, os prefeitos e governadores, os juízes, os tesoureiros, os magistrados, os conselheiros e todos os oficiais das províncias, para que viessem à consagração da imagem que o rei Nabucodonosor tinha levantado. As Escrituras dizem que todos vieram — prefeitos, militares de alta patente, pessoas importantes como juízes, tesoureiros, políticos. Da sala do trono babilônico promulgou-se um decreto (verso 4): Ordena-se a vós outros, ó povos, nações e homens de todas as línguas: No momento em que ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda sorte de música, vos prostrareis, e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou .Veja agora as implicações da questão. Ali estava uma imagem falsa, toda de ouro, feita por homem e não por Deus, e todos os governadores representando seus povos vieram para o campo de Dura. O campo de Dura estava lotado. Havia pessoas por vários quilômetros pelo campo de Dura e a imagem de ouro num pedestal de sessenta côvados. Um colosso impressionante! Compare com a altura de uma residência térrea? Qual altura? Uns seis metros, talvez. Pois bem, Então 36 metros equivalem a um prédio de mais ou menos dez andares. Imagine-se andando pelas ruas de uma cidade grande e olhando para cima. Você se detém numa esquina e depara com um prédio de dez andares. Enquanto estão observando o edifício, alguém para ao seu


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lado e pergunta: Por que você está olhando para cima? Talvez você responda: Eu só estava pensando no tamanho desse prédio, comparando-o com a imagem que Nabucodonosor ergueu no campo de Dura. Trinta e seis metros incluindo o pedestal! Mas dez andares de altura naquele vasto campo de Dura, no deserto, produzia impressão muito maior do que um prédio perdido em meio a uma floresta de concreto e ferro. O rei a construíra como monumento para sua glória. Entretanto, você está lembrado da imagem verdadeira do capítulo 2 de Daniel? Qual parte era de ouro? A cabeça. Mas agora toda a imagem era de ouro. ―Bem, disse Deus a Nabucodonosor, o seu reino, Babilônia, é representado pelo ouro, mas outro metal, a prata, irá substituí-lo. Então Nabucodonosor retrucou ― Não é bem assim, Senhor. Não pode haver uma imagem com a cabeça de ouro, outro império de prata e outro de bronze. Toda imagem é de ouro. Meu reino permanecerá para sempre. De fato, em recentes pesquisas arqueológicas no sítio da antiga Babilônia, foi descoberto um tablete de barro com a assinatura de Nabucodonosor, que os arqueólogos dizem ser autêntica, com a seguinte inscrição ―Oh! Babilônia, o deleite dos meus olhos, a excelência de todos os reinos. Que meu reino, Babilônia, permaneça para sempre e sempre e sempre. Aí Nabucodonosor está dizendo: ―Nada feito, Deus, não vou aceitar Sua determinação, meu caminho é


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melhor que o Seu. Note a crucial questão sobre o assunto da imagem. Na antiga Babilônia, Nabucodonosor ordenou a todos os mais eminentes líderes das nações que compunham seu império, a se curvarem e adorarem a imagem. Passemos ao verso 6:―Qualquer que não se prostrar e adorar a imagem, será no mesmo instante lançado na fornalha de fogo ardente. Observemos cuidadosamente o que está acontecendo lá no campo de Dura. Você vê um rei corrupto e uma imagem falsa nesse capítulo. Mas ao término do estudo, você verá o compassivo Jesus Cristo. Um tempo de prova, um julgamento sumário, tendencioso e dramático. Um soberano mundialmente poderoso, Nabucodonosor, baixa um decreto universal. É exigida obediência compulsória de todas as nações, povos e tribos. Todos são forçados a adorar, mesmo que não creiam. A questão de ponta é a adoração. Aquela falsa imagem é uma oposição direta à verdade divina. Foi um tempo muito difícil, nunca experimentado ou visto antes, porque a fornalha estava aquecida sete vezes mais. E os três hebreus, como veremos, desafiaram a morte e foram salvos milagrosamente. Fico pensando num soberano poderoso, numa imagem falsa, numa adoração forçada, obrigatória. Igreja e Estado unidos em Babilônia. Nabucodonosor não só comanda a religião política, como também a religião espiritual. Pergunto-me se algo parecido poderá


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acontecer novamente. Pergunto-me se isso é apenas uma bela história ocorrida há 2.500 anos. Será que a Igreja e Estado se unirão novamente no fim dos tempos? Será que vai haver uma imagem falsa no final dos séculos? Será que as pessoas poderão enfrentar a pena de morte? Quais são os dois grandes livros proféticos da Bíblia? O livro de Daniel no Velho Testamento é um. E qual o outro? Apocalipse. O Novo Testamento. Venha comigo para uma viagem pelo livro de Apocalipse, mas deixe Daniel aberto. Apocalipse, capítulo 13. Não vamos responder a todas as perguntas referentes a esse texto agora; apenas quero mostrar o paralelismo de Apocalipse com Daniel. As questões de Daniel hão de se repetir nos finais dos tempos: um soberano poderoso, a união de Igreja e Estado, adoração obrigatória e obediência forçada; um tempo de prova e um livramento miraculoso. Talvez a história de Daniel seja mais do que um simples relato do que aconteceu naquele tempo; talvez a história de Daniel, Sadraque, Mesaque e AbedeNego no campo de Dura seja uma maquete, uma miniatura do que Deus está revelando em nossos dias. Preste atenção no capítulo 13, verso 12, de Apocalipse ― Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Na Bíblia, uma besta representa um rei ou reino. A exemplo de Nabucodonosor, que foi um poderoso, vemos aí outro líder totalitário. ―Faz com que a


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Terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. Vemos novamente o evento de uma adoração universal. Ele faz com que a Terra adore… Daniel Cap. 3 Apocalipse Cap. 13. Governo plenipotenciário (Besta Poderosa). Adoração Compulsória Decreto Universal Imagem Falsa (Poder Real) Imagem Falsa (Poder da Besta). Verso15 ― E lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que, não só a imagem da besta falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. No capítulo 3 de Daniel há uma imagem falsa representando espírito de desobediência a Deus e relacionada com o ato de adoração. Em Apocalipse 13, essa imagem falsa refere-se ao poder da besta. Em Daniel 3, a gigantesca imagem de ouro referiase a um possível reino sempiterno —assim pretendia o rei da Babilônia. A adoração era compulsória. Adorar ou morrer inapelavelmente. Em Apocalipse, uma imagem gerada pelo poder da besta, com direito a adoração imposta por lei. A Bíblia diz, em Apocalipse 13, que aqueles que não se curvassem e adorassem a besta morreriam. Existe um paralelismo distinto entre Daniel 3 e Apocalipse 13. Havia problemas nos dias de Daniel e haverá problemas no final dos tempos. Quando se levantar mais uma vez um poderoso líder mundial, a besta surgirá. Ela emitirá um decreto universal unindo o Estado e a Igreja. O primeiro efeito do


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decreto será um boicote econômico. Apocalipse 13 diz que ninguém poderá comprar ou vender a não ser que tenha a marca da imagem da besta. Haverá uma imagem falsa, um sinal ou marca falsa, representando a autoridade da besta. A imagem de ouro no campo de Dura era um sinal inequívoco da autoridade da Babilônia. A adoração daquela imagem representava culto a Babilônia. Haverá um sinal, marca ou símbolo da autoridade do poder da confederação Igreja-estado perto do fim. Aqueles que não concordarem com essa coligação e permanecerem fiéis a Deus, terão que desafiar a morte mantendo inabalável sua lealdade a Deus. A Bíblia diz que eles terão uma fé similar a de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Nesse capítulo aparece o chefe de Estado mais poderoso do mundo e ordena que se preste um culto à sua estátua. Ele construiu uma imagem em direta oposição, aberta rebeldia e desobediência a Deus. Mandou aquecer a fornalha sete vezes mais. Esse foi um tempo de prova como nunca dantes para os hebreus. Note o que a Bíblia diz no verso 8, do capítulo 3: Nabucodonosor disse ― Bem, quando a banda tocar, quando todos ouvirem o som da música, coloquem-se de joelhos com o rosto no chão e adorem. Mas os judeus ficaram de pé enquanto todos ao seu redor estavam com o rosto colado ao chão, adorando aquela imagem de ouro. ―Ora, no mesmo instante, chegaram alguns homens caldeus, e


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acusaram os judeus; disseram ao rei Nabucodonosor: Ó rei, vive eternamente! Tu, ó rei, baixaste um decreto, pelo qual todo homem que ouvisse o som da trombeta se prostraria e adoraria a imagem de ouro; e, qualquer que não se prostrasse e não adorasse, seria lançado na fornalha de fogo ardente. Há uns homens judeus, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (Cap. 3:8 e 9)― Eles desafiaram a sua majestade e não podemos tolerar isso. Então Nabucodonosor disse ― Está bem, tragam-nos à minha presença e falarei com eles. Então trouxeram Sadraque, Mesaque e AbedeNego. O rei olha fixamente nos olhos deles e diz: ―É verdade, ó Sadraque, Mesaque, Abede-Nego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a imagem de ouro que levantei? O que Nabucodonosor fez? Chamou-os e perguntou se era verdade. Então, Nabucodonosor perguntou: ―É verdade? E acrescentou: ―Vou dar-lhes outra chance. Talvez vocês não estivessem prontos. Agora, estejam dispostos a, quando ouvirem o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, prostrarem-se. Já lhes dei uma chance, mas não abusem, não abusem da minha paciência. Já tolerei uma vez, mas quando a música tocar novamente quero o rosto de vocês no chão. No verso 16 encontramos a resposta dos jovens ― Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego: Quanto a isto não necessitamos de te responder. Há coisas que você, em meio às crises, não precisa


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pensar a respeito. Vou dizer-lhe uma coisa: quando você vai à confraternização de Natal em sua empresa e está em dúvida sobre se vai beber ou não; caso tenha de tomar a decisão na hora, provavelmente acabará bebendo. Se toda vez que estiver vendo TV e aparecem blasfêmias, palavrões e imoralidade, e você pensar se vai ou não assistir ao programa, esteja certo de que continuará a vêlo. Tem coisas que você precisa resolver antecipadamente. Sadraque, Mesaque e AbedeNego foram até onde puderam em sua dedicação ao rei, mas decidiram antes que não submeteriam sua consciência à imposição real. Antes de irem à dedicação da estátua, tomaram firme decisão ― Não vamos submeter às convicções de nossa consciência. Seremos fiéis a Deus, custe o que custar. Disseram mais ― Ó rei, não estamos indecisos. Vossa majestade não precisa dar-nos um dia ou dois para pensarmos na questão. Já fizemos nossa escolha. O verso 17 relata a corajosa decisão dos jovens: ―Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, Ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste. Em outros termos ― Majestade, permita-nos dizer-lhe algo – O Deus a quem servimos é tão poderoso, é tão forte, que se Ele quiser livrar-nos, fá-lo-á. Caso contrário, não nos curvaremos, porque


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preferimos morrer crendo em Deus a submeter nossas convicções. Há gente que faz preces para chover e outras para não chover. Ou vou orar porque estou devendo no cartão de crédito e Deus vai enviar um depósito para cobertura. A ideia que elas têm da fé é como se ela fosse um amuleto, um talismã tipo pé de coelho, trevo de quatro folhas e outros. Pensam que se orarem nunca ficarão doentes, endividados ou depressivos. Como se a fé fosse uma nuvem na qual você se assenta, fazem pedidos a Deus e Ele os defere. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego disseram: Sabemos que nossa fé em Deus pode nos levar à fornalha ardente. Uma coisa é certa: a fé não livra você do fogo, mas leva-o através dele. O cristianismo não é um amuleto da sorte para atrair bons fluidos e fazer com que as coisas vão sempre bem. Fé é uma forte confiança em Deus quando as coisas vão mal. Vamos ler Daniel capítulo 3. Note que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego estão diante de Nabucodonosor. No verso 19 lemos ― Então Nabucodonosor se encheu de fúria e transtornado, o aspecto do seu rosto contra Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, ordenou que se acendesse a fornalha sete vezes mais do que se costumava. Ordenou aos homens mais poderosos que estavam no seu exército, que atassem a Sadraque Mesaque e Abede-Nego, e os lançassem na fornalha de fogo ardente. Então o rei Nabucodonosor se espantou, e


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se levantou depressa e disse aos seus conselheiros: Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo? Responderam ao rei: É verdade, ó rei. Ele não conseguia entender: três homens foram lançados no fogo, mas um quarto homem entrou lá, e ninguém estava se queimando. Eles foram lançados na fornalha maniatados, e a única coisa que se queimou foram as cordas que imobilizavam suas mãos. Agora estavam livres andando dentro do fogo. O aspecto do quarto indivíduo era como do filho de Deus. Quando você passa pelas chamas consumidoras dos embates da vida; quando passa pelo fogo do divórcio e está sozinho, deprimido, estressado e a ponto de desistir; quando os dias difíceis não estão no distante futuro, mas agora, consumindo suas energias físicas e psíquicas; quando os filhos que você educou como cristãos se esqueceram dos princípios da fé; quando seu coração está em pedaços e você está chorando, deitado na cama às duas da manhã porque seu cônjuge foi embora, por causa de um envolvimento amoroso; quando você finalmente se aposenta, compra uma bela casa para morar e sua esposa saiu para fazer compras e não voltou para casa. Você está tenso e preocupado, e recebe um telefonema no meio da noite, avisando que ela morreu em consequência de atropelamento. Quando você passa pelas chamas da vida e parece que vai ser consumido pelo desespero, a depressão e o desânimo. Olhe através de suas lágrimas, porque


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dentro das chamas de sua vida Ele está lá. Nos desapontamentos e crise existencial humana, Ele está lá. Quando Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, confiantes em Deus, passaram pelas chamas ardentes da prova de suas vidas, Deus estava treinando-os a terem fé, ânimo e coragem. Não foi porque Deus não os amava que foram parar na fornalha, mas porque viu neles algo muito valioso que teria de ser refinado pelas chamas do sofrimento. Alguns de vocês poderão estar pensando: ―Não preciso disso agora porque tudo em minha vida está correndo maravilhosamente bem. Não estou passando por nenhuma chama. Pois é, mas o quinhão de sofrimento e dor é inevitável na vida. Enfrentamos agruras, penas, dores em nossa jornada. O mundo em que vivemos não é só feito de felicidades. Todos, em alguma época da vida, passamos pelo fogo. Quando foi a vez de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, eles não passaram sozinhos. Se você hoje estiver passando pelos fogos das dificuldades, por situações muito críticas e se sentindo derrotado, lembre-se de que o fogo queimará apenas as cordas que o algemam a terra. Lembre-se de olhar através da fumaça, das chamas, das lágrimas, e verá o Filho de Deus enlaçando-o com Seus divinos e poderosos braços, sussurrando palavras de coragem ao seu ouvido. Tenha em mente que Deus confia tanto em você que lhe permitiu passar por algumas chamas hoje,


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para que quando a crise final chegar amanhã, quando um grande líder mundial baixar um decreto universal impondo adoração e forçando homens e mulheres a servirem o inimigo das almas em lugar de Deus, você já terá tido experiência com dores, problemas e sofrimentos que o prepararão para os eventos culminantes da história. Daniel, capítulo três conclui com um magnífico cenário de glória. Um rei pagão abalado pela fé de Sadraque, Mesaque e Abe-de-Nego. Nabucodonosor olhou para as chamas e viu o Filho de Deus, Cristo, o Salvador poderoso e Defensor de Seu povo. Quando clamo, Jesus responde, Quando estou em luta, com medo, quando preciso muito dele, o Senhor está presente. Nabucodonosor viu que os jovens hebreus possuíam algo que ele não tinha. Percebeu que tinham um Salvador que ele muito necessitava. A Bíblia diz, em Daniel 13, verso 28 ―Falou Nabucodonosor e disse: “Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego que enviou o seu anjo e livrou os Seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus. Portanto faço um decreto, pelo qual todo o povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, sejam despedaçados”. Perceba que o rei continua com tendências malignas. Ele continua dizendo ― Agora quero


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servir a Deus e não vou forçá-los a servir a imagem, mas os obrigarei a servir a Deus. Sua majestade ainda não entendeu, porém ficou convencido de que Deus salva. As evidências bíblicas mostram no capítulo 3 de Daniel que por causa do testemunho de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, porque eles foram fiéis em meio às chamas de sua vida, o rei Nabucodonosor foi salvo. O maior testemunho de que Cristo vive em você, é quando persevera durante as dificuldades, é o seu próprio testemunho. Na sequência vamos fazer um estudo mais acurado das setenta semanas de Daniel como base para entendermos os estudos que se seguem, principalmente a sua parte arqueológica.

CAPÍTULO 6 As Setenta Semanas de Daniel Entre todas as profecias, da Bíblia, as Setenta Semanas de Daniel merecem destaque especial. Nelas contém um enigma relacionado ao passado, ao presente e ao futuro. Sem ela era impossível desvendar a Escatologia Bíblica. A compreensão destas semanas é indispensável para quem pretende entender a Escatologia Bíblica. Daniel 9 v 24 – 27: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e


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expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e profecia, e ungir o Santo dos santos. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas: as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações. E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre as asas das abominações virá o assolador, e isso até a consumação; e o que estar determinado será derramado sobre o assolador.” A Oração intercessória de Daniel O profeta Daniel lendo e estudando o Livro do profeta Jeremias (Dan 9 v 2), entendeu que os judeus iriam ficar escravizados na Babilônia por setenta anos. E estava vencendo os setenta anos, e nada estava acontecendo para que eles pudessem ser livres daquela terrível escravidão. Então o profeta começou a orar e a jejuar para que Deus viesse a libertar o seu povo. E Daniel quis saber também como seria o futuro da sua nação (Dan 9 v 3 – 19). E a sua interseção durou vinte e um dias. E por três semanas Daniel orou e jejuou (Dan 10 v 2 –


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21). No mesmo momento que Daniel começou a orar, Deus lhe deu a resposta. Mas um demônio detém o anjo que traria a, respectiva, resposta. Mas ele continuou a orar a jejuar, então o Senhor envia outro anjo forte para ajudá-lo. Em fim a sua resposta chega até as suas mãos (Dan 10 v 11 – 14). O anjo que Deus enviara é o anjo Gabriel. E com respeito à escravidão, já estava se findado. Mas, além dos 70 anos da escravidão, Deus tinha mais sete semanas para os judeus (7 x 7 = 490). Que são igual 490 anos. O fundamento das se setenta semanas Semanas do hebraico que dizer, tão somente, sete. E não obviamente, sete dias (Gên 29 v 27; Levt 24 v 8). E quanto a estas semanas são também de anos: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e profecia, e ungir o Santo dos santos” (Dan 9 v 24). E o objetivo destas semanas é que no final delas seis (6) fatores importantes irão acontecer para: a) Extinguir a transgressão, b) Dar fim aos pecados, c) Expiar a iniquidade, d) Trazer a justiça eterna, e) Selar a visão e profecia,


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f) Ungir o Santo dos santos. Somente no Milênio pode dar inicio cumprimento destas imensuráveis bençãos.

ao

Divisão das setenta semanas ou dos 490 dias As setenta semanas de Daniel são divididas em três etapas. A saber: Sete Semanas, Sessenta e duas Semanas E uma Semana. Sete Semanas: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas” (Dan 9 v 25). Sete semanas são iguais: 7 x 7 = 49. Esta parte refere-se a um período de 49 anos que iniciou em 14 de março 445 a.C. com a “saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém” (Neem 2 v 4 – 9); e estendeu até a inauguração da edificação de Jerusalém. Sessenta e duas Semanas: “E sessenta e duas semanas”. Sessenta e duas semanas são iguais: 62 x 7 = 434. E fala a respeito do período que iniciou com a inauguração de Jerusalém e se estendeu até por volta do ano 30 – 33 d.C. na época do batismo de Jesus, que aconteceu aproximadamente, 434 anos. Sete semanas e sessenta e duas semanas: “Sete semanas” são iguais: 7 x 7 = 49. Um período de 49


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anos. Mais “sessenta e duas semanas” são iguais 62 x 7 = 434. Foi um período que durou 434 anos. Unindo os dois períodos, usando a linguagem “anos”, temos: 49 anos, mais 434 anos que é igual a 483 anos (49 + 434 = 483). Justamente nesta época os judeus não receberam a Jesus, mas mandou crucificá-lo (João 1 11, 12); faltando 7 anos para os 490 anos. Usando o linguajar “Semanas”, temos: 7 semanas, mais 62 semanas, que são iguais a 69 semanas (7 + 62 = 69); mas nesta época “Cristo veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (João 1 v 11, 12). Então o Senhor fora aos gentios, e eles o recebeu, com isso nasceu à igreja, faltando uma semana para as 70 semanas. Uma Semana: ”E ele firmará um conserto com muitos por uma semana” [Dan 9 v 27 (a)]. Eis aqui a semana, ou os sete anos que faltavam. Esta semana é dividida em dois períodos. Como os judeus quebraram a Aliança com o Salvador, Ele fez uma Aliança com Igreja. Assim o Deus parou de tratar com os judeus faltando esta semana, ou sete anos. Então, quando Cristo Arrebatar a sua igreja, ou melhor, quando não haver mais a igreja na terra, Deus volta a tratar com os judeus. Como só falta esta semana para eles, portanto, após a tirada a igreja da terra inicia esta semana, a Septuagésima Semana de Daniel, a qual se trata da Grade Tribulação.


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Semana que é dividida em duas partes, ou dois períodos (Dan 9 v 27). Cada período durará cerca de três anos e meio. O primeiro período se chama “O Tempo da Falsa Paz”. E o segundo período é denominado: “O Tempo da Grande Tribulação, ou Aflição”. O termo "semana", referindo-se a um período de sete anos, era comum entre os judeus. Tal termo vem da ordem de Deus em Levítico 25:1-7 para cultivar um campo durante seis anos, permitindo que o mesmo descansasse no sétimo ano. Esse período de sete anos ficou conhecido como "semana de anos". Portanto, setenta semanas são 490 anos. Nas profecias do livro de Daniel, esses 490 anos se subdividem em tres partes: sete semanas de anos (49 anos), sessenta e duas semanas de anos (434 anos) e uma semana de anos (7 anos). O ponto de partida para o cálculo das setenta semanas é o decreto emitido pelo rei medo-persa Artaxerxes em 14 de março de 445 AC, autorizando a reconstrução de Jerusalém. Neste ponto, convém deter-nos para argumentar porque cremos que as semanas devem ser contadas a partir de 445 AC. No ano 538 AC, o rei Ciro, após conquistar a Babilônia, expede um decreto a favor do povo de Israel. Esse decreto de Ciro é destinado ao retorno dos judeus à terra natal para reconstruir o Templo e restituir os utensílios sagrados pertencentes a ele (Esdras 1:1-8, Esdras 5:13-14). Anos depois, em 520 AC, em função de um pedido de ajuda provindo de


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Jerusalém, Dario I, confirma a mesma ordem dada anteriormente por Ciro (Esdras 6:1-13). Mais de 70 anos depois, em 457 AC, o rei Artaxerxes I emite um decreto, registrado em Esdras 7:11-23, objetivando ajudar no funcionamento do Templo em Jerusalém. Esse primeiro decreto de Artaxerxes foi dado pessoalmente a Esdras (Esdras 7:11). Todas essas ordens citadas até aqui se referem ao Templo e ao seu funcionamento. Por último, em 445 AC, o mesmo Artaxerxes I dá uma ordem a Neemias para a reedificação da cidade de Jerusalém e de seus muros (Neemias 2:1-9). É interessante notar que, até essa última ordem dada a Neemias, Jerusalém ainda não havia sido reedificada e ainda estava em ruínas (Neemias 2:5). Então, as 3 primeiras ordens foram expedidas por Ciro, Dario e Artaxerxes, respectivamente, em relação ao Templo e ao funcionamento das cerimônias relacionadas a ele. No entanto, a cidade só começou a ser plenamente reedificada a partir do decreto dado a Neemias em 445 AC. A profecia das setenta semanas se inicia "...Desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém..." (Daniel 9:25). Logo, cremos que as setenta semanas devem ser contadas a partir de 445 AC. Então, entendemos que o primeiro período vai de 445 AC até 396 AC, tempo que durou a reconstrução (49 anos). O segundo período perfaz 483, somando-se os 49 anos das sete primeiras semanas e os 434 das sessenta e duas semanas que


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antecederam a morte do Ungido (Jesus). Esses dados, levando em consideração a dedução entre 1 AC e 1 DC, onde há somente um ano, o ano lunar judeu, que tem apenas 360 dias, os anos bissextos durante o período, que acrescentam mais 119 dias no cálculo e o desconto da pequena diferença que existe entre o calendário juliano e o ano solar (1/128 de diferença), nos revelam um número de 173.880 dias, entre a primeira e sexagésima nona semanas. As semanas já cumpridas De acordo com o que explicaremos depois, cremos que 69 das 70 semanas já se cumpriram. A última semana, um período de sete anos, ainda se cumprirá e esse período é denominado tribulação, do qual faz parte a grande tribulação, a partir da metade da última semana e que durará tres anos e meio. O que é mais interessante de perceber, quando analisamos as primeiras 69 semanas de Daniel, é que o profeta, divinamente inspirado, forneceu detalhes e dados tão específicos que tornaram possível o conhecimento do tempo em que Jesus nasceria e exerceria seu ministério na Terra... Quando vemos a história do nascimento de Jesus, observamos que aqueles que se apresentaram diante do recém-nascido e o reconheceram como Rei, não foram líderes religiosos judeus, nem escribas, nem os sábios e doutores da lei, que liam e estudavam as Escrituras constantemente. Aqueles


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que perceberam a proximidade do nascimento do Messias e viajaram milhares de quilômetros com o objetivo de visitar o Salvador do mundo, eram “magos” vindos do Oriente. Como isso pôde acontecer, já que os judeus tinham um acesso direto e constante às Escrituras e os magos viviam a milhares de quilômetros da terra prometida? A resposta é simples: nos séculos que antecederam o nascimento de Jesus, até mesmo por uma influência das idéias helenizantes, os líderes judeus começaram a defender duas posições errôneas. Em primeiro lugar, ensinavam que as Escrituras não deveriam ser interpretadas literalmente, pois não eram totalmente inspiradas por Deus e, consequentemente, continham erros. Em segundo lugar, tendiam a espiritualizar as profecias expressas nas Escrituras. Logo, as profecias de Daniel eram metaforizadas e a interpretação de todos os dados literais do livro de Daniel foi, paulatinamente, sendo desprezada. Após várias décadas, essa interpretação ficou solidificada. Quando Jesus nasceu, os líderes religiosos judeus não perceberam tão grande acontecimento, que tinha sido profetizado profusamente nas Escrituras e que, de acordo com as setenta semanas de Daniel, poderia ser calculado. Esse cálculo foi feito pelos magos do Oriente. É preciso lembrar que Daniel fora considerado no Oriente (tanto na Babilônia, quanto na Pérsia) o maior de todos os sábios. Toda sorte de magos, prognosticadores e sábios do


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Oriente, tinha o maior respeito por Daniel, pois ele, como instrumento do Senhor, salvou suas vidas de uma morte iminente (Daniel 2:1-19). Apesar desse enorme respeito, o mais provável é que esses sábios do Oriente não tenham abandonado suas práticas pagãs e politeístas. Contudo, a fama de Daniel, como grande sábio, ficou na memória e nos arquivos do Oriente. Os magos que visitaram Jesus recém-nascido, sem dúvidas, ouviram falar dos grandes feitos de Daniel na Babilônia e na Pérsia, e possuíam cópias de suas revelações e profecias, entre elas a profecia das setenta semanas. Quando a estrela apareceu no céu, eles sabiam que estava na época da profecia se cumprir, já que possuíam a revelação concernente às setenta semanas e sabiam aproximadamente o período em que o Messias haveria de nascer. Todas essas constatações nos deixam uma importante lição: as profecias bíblicas não podem ser totalmente metaforizadas nem os dados existentes nessas profecias, principalmente anos, meses, dias e períodos, podem cair no terreno da espiritualização ou alegorização. Devido a uma visão semelhante, os líderes judeus da época do nascimento do Messias não perceberam esse glorioso evento e, consequentemente, não aceitaram Jesus como o Messias prometido. Apesar de lerem as Escrituras, eles não conheceram o tempo de sua visitação. Jesus, ao referir-se ao povo de Jerusalém, lamentou e disse: "... Pois dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de


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trincheiras, e te sitiarão, e te esteitarão de todos os lados; e te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação" (Lucas 19:43-44). As profecias bíblicas expressam todo o cuidado de Deus em situar-nos dentro dos acontecimentos. Para isso temos dados importantíssimos que não podemos desprezar ou alegorizar. Muitas das revelações contidas no livro de Daniel referem-se “ao tempo do fim”. Devemos analisar os dados oferecidos nessas e outras profecias bíblicas de forma literal e estarmos atentos a todos os acontecimentos internacionais, pois na sequência deles poderemos observar o cumprimento real e literal das profecias bíblicas! A Última semana das Profecias do profeta Daniel capitulo 9 versiculos de 24 a 26 nos informa que:

Fonte: geografia-biblica.blogspot.com/


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1. O período existente entre as semanas 69 e 70 2. O cumprimento total da última semana no fim da presente era (volta de Jesus) 3. A identificação do "príncipe que há de vir" com o anticristo A futura reconstrução do Templo em Jerusalém e sua profanação na metade da última semana O propósito da profecia é claro: mostrar as implicações e acontecimentos em função da primeira e segunda vinda de Cristo. São acontecimentos que não podem ser mudados, pois fazem parte da palavra profética e do plano de salvação de Deus para o mundo. Jesus, logo no começo de seu sermão profético no Monte das Oliveiras, disse que não ficaria pedra sobre pedra do Templo de Jerusalém (Mateus 24:1-2). Daniel, no capítulo 9 e versículo 25, revela que "o povo do príncipe que há de vir" destruiria a cidade e o santuário. Posteriormente, o Mestre citou Daniel ao falar da abominação da desolação no santo lugar. Em Daniel 9:27, o profeta declara que na metade da semana, cessará o sacrifício e a oferta de manjares e que sobre as asas das abominações viria "o assolador", até que a destruição determinada se derramasse sobre ele. Isso indica que o Templo, destruído em 70 d.C., voltará a ser erguido. Alguém poderá perguntar: se a profecia das setenta semanas fala sobre um tempo e acontecimentos determinados, porque o espaço existente entre as semanas 69 e 70 não foi também


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fixado e determinado? Jesus nós dá a explicação em Mateus 24:14: "E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim" Em Mateus 28: 18-20, Jesus comissionou seus discípulos a pregarem o evangelho a todas as nações, ensinando todas as coisas que tinham vivido e aprendido. Em Mateus 24: 14, o Mestre esclarece que o fim não virá até que uma condição seja realizada: a pregação do evangelho a nível mundial. Essa profecia tem se cumprido ao longo da história da Igreja, porém não se pode determinar em anos ou meses quando todas as nações ouvirão o testemunho do evangelho ou quando o evangelho atingirá todas as nações e etnias. Cremos que estamos próximos a isso, porém não há como datar tal acontecimento. Consequentemente, o "vácuo" existente entre as semanas 69 e 70 centraliza-se nessa questão. A pregação mundial do evangelho é algo que compete à Igreja, é uma responsabilidade nossa diante de uma ordem de Jesus. Não há como fixar uma data para determinar quando todas as nações ouvirão as boas novas, já que essa realidade depende também da ação da Igreja. Também devemos considerar os efeitos que os acontecimentos profetizados nas setenta semanas geraram, geram e gerarão em todo o mundo. Esses efeitos


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transcendem a duração das semanas. Seis promessas são mencionadas na profecia de Daniel: o fim da transgressão, o fim dos pecados, a expiação da iniquidade, a vinda da justiça eterna,

o selo da visão e da profecia e a unção do Santíssimo. As primeiras três promessas ocorreram simultaneamente à crucificação de Jesus, que ocorreu após a semana 69. Duas dessas três promessas (cessação da transgressão e fim dos pecados) só serão plenamente concretizadas em função da vinda gloriosa de Jesus e suas maravilhosas consequências sobre a raça humana. As outras três promessas se concretizarão no Reino de Jesus, após a última semana (não durante ela). Creio que muitos têm um pensamento equivocado quando afirmam que a atuação de Deus com Israel está limitada às setenta semanas. Também se equivocam quando insinuar que Deus não atuaria com a Igreja ao mesmo tempo em que o faz com a nação israelense. Fica mais do que notório, de acordo com tudo o que temos visto, que Deus continua atuando com Israel, mesmo no espaço existente entre as semanas 69 e 70 (pregação do evangelho). Consequentemente, é óbvio que Deus pode atuar profeticamente com Israel e com a Igreja ao mesmo tempo, pois assim Ele o tem feito durante a história nos últimos séculos!


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O futurismo da ultima semana Respeitando a posição preterista (a qual sustenta que a última semana veio imediatamente depois da 69 e, consequentemente, já se cumpriu) e meiosemanista (a qual sustenta que apenas a metade da última semana teve seu cumprimento, através do ministério de Jesus até o momento de sua crucificação. Aqui relato algumas das razões pelas quais entendo que a semana n° 70 se concretizará num futuro muito próximo: 1. Creio que a semana 69 teve seu fim em 32 d.C. Consequentemente, a cessação dos sacrifícios e da oblação, não pode ser atrelada à metade da semana 70, que cairia em 35 DC, aproximadamente. 2. Jesus não firmou um acordo com muitos por um tempo determinado (uma semana ou 7 anos), e sim eternamente. Consequentemente, neste aspecto, não há razões suficientes para atrelar o acordo de Daniel 9: 27 a Jesus. 3. Um período de 7 anos anterior à volta de Jesus, é um período que comporta todos os prazos citados nas profecias de Daniel e Apocalipse (1260, 1290, 1335 e 2300 dias). 4. A citação da destruição da cidade e o santuário (70 d.C.), é profetizada cronologicamente antes da cessação do sacrifício e da oblação. Portanto, cronologicamente, tal cessação não pode ter ocorrido antes de 70 d.C.


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5. Mesmo após o sacrifício redentor de Jesus, os sacrifícios continuaram sendo oferecidos até 70 d.C (aproximadamente 40 anos após a crucificação). Não houve cessação de sacrifícios e oblações no Templo até 70 d.C. 6. Não há motivos para separar no seu significado "cessação dos sacrifícios e da oblação" de "retirada do holocausto contínuo" (Daniel 9: 27, Daniel 11:31). 7. Jesus, em seu sermão profético, relaciona a abominação desoladora (profanação do santuário do Templo) a uma tribulação sem precedentes na história da humanidade (a grande tribulação), que antecederá sua volta. Ele mesmo afirma que logo após a tribulação daqueles dias (originada pela abominação desoladora), Ele viria (Mateus 24:1531). Como calcular as setenta semanas Durante a história, muitos se sentiram atraídos e maravilhados diante das revelações contidas no livro de Daniel e, em especial, no tocante às setenta semanas. Sem dúvidas, Daniel era um homem de Deus e a ele foram revelados fatos marcantes para a humanidade. Conta-se que o famoso gênio Isaac Newton devotava uma atenção especial ao estudo das setenta semanas de Daniel. Nesse contexto de admiração e estudo, várias pessoas durante a história têm se esmerado em calcular e definir os períodos aos quais as profecias das setenta semanas se referem. Como já comentamos, sustentamos que


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das setenta semanas, 69 já foram cumpridas e a última será cumprida em breve, no período conhecido como tribulação. Não queremos ser conclusivos em relação aos cálculos feitos, porém apresentaremos aqueles que mais se aproximam à nossa concepção e estudo das profecias. O termo "semana" referindo-se a um período de sete anos era comum entre os judeus. Tal termo vem da ordem de Deus em Levítico 25:1-7 para cultivar um campo durante seis anos, permitindo que o mesmo descansasse no sétimo ano. Calculando as primeiras 69 semanas O ponto de partida para o cálculo das 70 semanas é um dia: 14 de março de 445 AC. Naquele dia, o rei medo-persa Artaxerxes emitiu um decreto autorizando a reconstrução de Jerusalém. Daniel determina 7 semanas para o período compreendido entre o decreto e a reconstrução de Jerusalém, e assim ocorreu. A reconstrução culminou em 396 AC, exatamente 49 anos (7 semanas) após o decreto de Artaxerxes. Após a reconstrução de Jerusalem, a profecia determina 62 semanas até a manifestação de Cristo. Quando somamos os anos das sete primeiras semanas e os anos das sessenta e duas semanas seguintes, temos 483 anos (49+434). Transformados em dias, temos 173.880 dias (de acordo com o calendário de 360 dias). Para chegar a essa quantidade de dias em nosso sistema atual


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com 365 dias, é preciso levar em consideração algumas variáveis: a) É preciso deduzir um ano no cálculo, já que no período entre 1 AC e 1 DC, transcorre apenas 1 ano. Quando contamos de 14 de março de 445 AC até 6 de abril de 32 DC, temos 477 anos e 24 dias. Após a dedução de um ano (1 AC – 1 DC), ficam 476 anos e 24 dias, ou 173.764 dias. b) É preciso adicionar 119 dias referentes aos anos bissextos durante o período estudado. Basta dividir 476 por 4. Após esse cálculo, ficam 173.883 dias. c) Existe uma pequena imprecisão do calendário juliano quando o mesmo é comparado ao calendário solar. O Observatório Real de Londres calcula que um ano juliano é 1/128 dias mais longo que o ano judaico solar. Quando se multiplica 476 por 1/128, se obtém o resultado de 3. Subtraindo 3 ao valor anterior (173.883), vamos obter 173.880 dias. Portanto, existem, de acordo com os cálculos feitos, 173.880 dias entre o decreto de Artaxerxes e a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando foi proclamado Rei pela multidão, dias antes de sua crucificação. Este dia cai, de acordo com os cálculos feitos, em 6 de abril de 32 d.C. Os dados obtidos com as revelações bíblicas citadas acima, permitem situar-nos dentro dos últimos acontecimentos. Nossos cálculos não são infalíveis e são passíveis de erros. Porém, a revelação pormenorizada de tantos detalhes proféticos nos


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mostra, mais uma vez, o cuidado de Deus em nos revelar aquilo que precisamos saber, para que não estejamos em trevas. Como membros do corpo de Cristo, devemos estar preparados para viver esses dias que se aproximam, sejamos protegidos da tribulação ou inseridos nela para testemunho e martírio. Que em nossos corações haja um crescente anelo pela volta gloriosa de Jesus, como Rei e Senhor! As setenta semanas é o prazo que Deus dá para…: -

Fazer cessar a transgressão Dar fim aos pecados Expiar a iniquidade Trazer a justiça eterna Selar a visão e a profecia Ungir o Santo dos Santos

Portanto, ao iniciar o serviço sacerdotal no Templo que será reconstruído, faltarão apenas 7 anos (uma semana) para que se cumpra cada um destes itens acima. Porém, esta ultima semana é cheia de detalhes. E, para compreendê-la melhor, precisamos de um estudo mais aprofundado do livro de Daniel, relacionando-o a outros livros da bíblia que se façam necessário.


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CAPÍTULO 7 Porque Judeus udeus não acreditam que Jesus Cristo é Porque os J o Messias. Conforme já foi dito o objetivo primordial deste livro não é trazer novas interpretações às profecias contidas nas Escrituras Sagradas, mas demonstrar a sua veracidade histórica. Após termos estudado as setenta semanas de Daniel, vamos fazer a seguinte pergunta: - Qual a probabilidade estatística de uma profecia acontecer por mero acaso. A resposta a esta pergunta será dada durante o desenvolvimento desde capitulo. Mas, antes vamos falar um pouco sobre os judeus que não acreditam em Jesus Cristo como o Messias. Messias é uma palavra do judaísmo, Messias (em hebraico: ‫משיח‬, transliteração. Māšîªħ, Mashíach, Mashíyach, "O Consagrado"; a forma asquenazi é Moshiach, e a aramaica é mesiha) refere-se, principalmente, à profecia da vinda de um humano descendente do Rei David, que irá reconstruir a nação de Israel e restaurar o reino de David, trazendo desta forma a paz ao mundo. Os cristãos com algumas exceções, consideram que Jesus Cristo é o Messias, bem como o Filho de Deus e uma das três Pessoas da Trindade, doutrina que foi confirmada terminologicamente, a título dogmático, no Concílio de Niceia de 325 d.C.. A palavra "Cristo" (em grego Χριστός, Christós, "O Ungido" ou "O


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Consagrado") é uma tradução para o grego do termo hebraico mashiach. Em outras palavras: - Messias é uma palavra hebraica (mashiach) que nós aportuguesamos e siguinifica “O Ungido”. Como o Novo testamento foi escrito em grego a palavra Messias foi traduzida para Christós. Quando dizemos Jesus Cristos, estamos dizendo Jesus o Messias em grego. Mas, para os judeus, Jesus não era o Messias, era apenas um filósofo, outros vão mais além, dizendo que Jesus é um falsário, um impostor. A maioria não acredita Nele e muitos já perderam a esperança de que um dia o Messias vem. Alias para alguns judeus mais ortodoxos, (aqueles que se vestem de preto e usam o cabelo cumprido em forma de tranças) alguns deles nem reconhecem o Estado de Israel, sabem por quê? Porque eles comentam assim “O Estado de Israel virá se o Messias vier”. Esse Estado de Israel que foi fundado em 1948 foi fundado pelos socialistas. Então não pode ser o cumprimento das proficias. Mas, qual o argumento que eles usam para não aceitar Jesus como o Messias. Vou destacar dois argumentos: Um deles esta neste livro “The Real Messiah”.


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Foto (11)

“A principal objeção dos judeus ao Messias dos Cristãos está no fato de que ele falhou, não foi bem sucedido”. (p. 14). Em que Jesus falhou? Bem nos temos essa mulher da foto abaixo: Foto (12)


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Amy-Jill Levine, Ela é Ph.D. em Novo Testamento e professora na Universidade de Vanderbilt na Califórnia nos Estados Unidos. Ela é especialista em estudos judaico do Novo Testamento. Ela falou o seguinte “O Messias (Segundo o Antigo Testamento) é alguém que estabelece a justiça em todo mundo e quando eu olho em minha janela eu vejo que isso não aconteceu”. O argumento dela é o seguinte: a bíblia fala que o Messias é alguém que estabeleceria a justiça em todo mundo mais quando eu abro a minha janela eu vejo fome e miséria, eu vejo que a justiça não foi estabelecida, logo o Messias não veio e se Ele não veio Jesus não é o Messias. Como é que podemos contra argumentar as afirmações da Dra. Amy-Jill Levine. Com o próprio documento dos judeus, no Talmude veja foto abaixo: Foto (13)


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O Talmude (em hebraico: ‫תַּ לְמוּד‬, transliteração. Talmud) é o Livro Sagrado dos judeus, um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo. É um texto central para o judaísmo rabínico. O Talmude tem dois componentes: a Mishná (c. 200 d.C.), o primeiro compêndio escrito da Lei Oral judaica; e o Guemará (c. 500 d.C.), uma discussão da Mishná e dos escritos tanaíticos que frequentemente abordam outros tópicos, e são expostos amplamente no Tanakh. O Mishná foi redigido pelos mestres chamados Tannaim ("tanaítas"), termo que deriva da palavra hebraica que significa "ensinar" ou "transmitir uma tradição". Os tanaítas viveram entre o século I e o III d.C. A primeira codificação é atribuída a Rabi Akiva (50 – 130), e uma segunda, a Rabi Meir (entre 130 e 160 d.C.), ambas as versões tendo sido escritas no atual idioma aramaico, ainda em uso no interior da Síria. Os termos Talmud e Guemará são utilizados frequentemente de maneira intercambiável. A Guemará é a base de todos os códigos da lei rabínica, e é muito citada no resto da literatura rabínica; já o Talmude também é chamado frequentemente de Shas (hebraico: ‫)ס"ש‬, uma abreviação em hebraico de shisha sedarim, as "seis ordens" da Mishná. Sempre no Talmude encontramos: O rabino “X” comenta quê e o rabino “Y” responde quê.


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No tratado do Talmude dá a respostas para aqueles criticos de Jesus, vejam só o que o tratado diz: No Talmude o Rabino Joshua Bem Levi é citado apontando uma dificuldade que ele tinha mediante uma pequena contradição Messiânica das Escrituras. “O Messia viria sobre as nuvens conforme Daniel 7 – 13 ou montado em um jumentinho conforme Zacarias 9 – 9”. Esse rabino tinha essa dúvida, visto que uma passagem mostrava Jesus vindo às nuvens com poder e grande glória e outra pssagem mostrava Jesus vindo humilde montado em um jumentinho. Qual das duas passagens está correta? O que aquele rabino não entendeu e os rabinos modernos não entendem é que as duas passagens estão corretas, pois entre uma passagem e outro existem um grande interregno de tempo para o seu cumprimento. Na primeira vinda, Jesus viria de maneira humilde e na segunda verá com poder e grande glória. Desta forma observamos que não há contradição. Alias no Antigo Testamento existem passagens que falam que o templo seria destruido e quando o primeiro templo foi destruido os judeus ficaram desolados.


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Foto (14)

Templo de Salom達o

Foto (15) Destrui巽達o do templo de Salom達o pelo imperador Romano Tito no ano 70 d.C.

Fonte: filhosdehiran.blogspot.com


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Então Deus prometeu no livro de Daniel que reconstruiria esse templo. E no livro de Ageu Deus prometeu algo a mais. “Esse segundo templo será mais importante que o primeiro porque eu o encherei com a minha gloria” (Ageu 2-7) O Messias virá dele. E Sabe qual é grande problema do judaismo hoje é que esse templo foi destruido no ano setenta d.C. Então se o Messias não veio é porque a profecia não se cumpriu ou outra opção “O messias veio, só não foi reconhecido”. O próprio livro do Profeta Daniel na profecia das setenta semanas afirma que o Messias viria e pisaria no segundo templo. Os judeus ficaram tão confusos com isso, que durante algum tempo os rabinos do livro do Talmude chegaram a almadiçoar quem estudasse o livro de Daniel. Porque segundo eles o livro de Daniel não tinha se cumprido, pois passou o segundo templo e o Messsias não veio, ou será que o Messias veio e eles não perceberam?. De uma coisa é certo: todas as profecias relacionadas ao Messias se cumpriram na pessoa de Jesus Cristo. Então se Ele é o Messias, os judeus estão há mais de dois mil anos atrasados para reconhecê-Lo, e se Ele, Jesus Cristo, não é o Messias é porque não existe Messias.


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CAPÍTULO 8 O Portão dourado de Jerusalém. Jerusalém. Para comprovar a vindo do Messias conforme está registrado nas escrituras, vamos examinar algumas provas arqueológicas neste capitulo. Veja figuras ilustrativas abaixo: Foto (16) Fonte: batalhashow.com.br

O evangelho de Lucas narra no capítulo 19 versículos de 28 a 40 a seguinte historia. 28 Tendo Jesus assim falado, ia caminhando adiante deles, subindo para Jerusalém. 29 Ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia, junto do monte que se chama das Oliveiras, enviou dois dos discípulos,


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30 dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte, e aí, ao entrar, achareis preso um jumentinho em que ninguém jamais montou; desprendei-o e trazei-o. 31 Se alguém vos perguntar: Por que o desprendeis? respondereis assim: O Senhor precisa dele. 32 Partiram, pois, os que tinham sido enviados, e acharam conforme lhes dissera. 33 Enquanto desprendiam o jumentinho, os seus donos lhes perguntaram: Por que desprendeis o jumentinho? 34 Responderam eles: O Senhor precisa dele. 35 Trouxeram-no, pois, a Jesus e, lançando os seus mantos sobre o jumentinho, fizeram que Jesus montasse. 36 E, enquanto ele ia passando, outros estendiam no caminho os seus mantos. 37 Quando já ia chegando à descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinha visto, 38 dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas. 39 Nisso, disseram-lhe alguns dos fariseus dentre a multidão: Mestre, repreende os teus discípulos. 40 Ao que ele respondeu: DigoDigo-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão.


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O que Jesus Cristo quis dizer com isso: - “se eles se calarem as próprias pedras clamarão”. Onde geograficamente isso ocorreu. E qual a sua importância para nossa época. Conforme o texto. Imaginem, Jesus desceu da Galiléia e veio até Betânia, dormiu na casa de Lázaro, no dia seguinte foi preparado por seus discípulos o jumentinho com o qual Ele subiu o Monte das Oliveiras com a multidão, de onde Ele teve a visão panorâmica de toda Jerusalém. Ai Jesus começa a chorar, Ele chora copiosamente e exclamou! “A Jerusalém, Jerusalém, a Jerusalém que mata os seus profetas e apedreja aqueles que a te foram enviados, a Jerusalém, quantas vezes eu quis reunir você como uma galinha reúne seus pintinhos debaixo de suas asas para proteger e você não deu ouvido a minha voz”. Se você soubesse o que é devido a sua paz. Jesus fez aqui um trocadilho por que Jerusalém em hebraico (Yerushaláyim) significa habitação da paz. Jesus estava profetizando que a última coisa que haveria naquele lugar era paz porque eles rejeitaram o Messias. Hoje, em Jerusalém é o local onde existe a maior segregação racial por causa de religião, é um local de pânico de medo, é o que profetizou o Profeta Zacarias (12. 2-3) um cálice de tontear as nações. Quando Jesus Cristo chegou à entrada do Portão Dourado, a multidão, fevorasa, colocava no chão


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suas capas para que o rei passasse, mas a maior parte da multidão era tão pobre, tão pobre, que não tinham capas, então pegavam os ramos nas tamareiras e espalhava no chão apenas para homenagear o Rei que estava passando. E gritavam “Baruk Raba Beshen Adonai”, “Baruk Raba Beshen Adonai”, que significa em hebraico: “Bendito aquele que vem em nome do senhor”. E os fariseus ficaram preocupados e diziam: - Senhor, Senhor, mande que os teus servos se calem aqui é o templo, local sagrado. E Jesus lhes respondeu “Se eles se calarem as próprias pedras clamaram”. Agora porque que Jesus se apresentou montado em jumentinho. Isso era uma tradição cultural da época, ou seja, sempre que um rei visitava algum lugar importante ele costumava ir montado em um jumento, nunca ia em um cavalo puro sangue. E Jesus Cristo Procedendo assim, estava Se proclamando Rei dos Judeus. Jesus só desceu o Monte das Oliveiras e subiu para Jerusalém, Ele não entrou nas ruas de Jerusalém montado no jumento como mostra nos filmes. Na época em que viveu Jesus Cristo havia três locais que podemos destacar nos dias de hoje. Vamos examinar pela sequencia de fotos abaixo:


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A seta indica o Domo da Rocha Santuário Mulçumano perto da Mesquita de Alaxa foto (17)

Fonte: Arquelogia bíblica

Esta é uma fotografia tirada do alto do Monte das Oliveiras. Para quem está no alto do Monte das Oliveira é esta a cena que você vislumbra de Jerusalém. Vocês estão vendo esta cúpula dourada, ela é chamada de o Domo da Rocha, foi construída em 691 d.C, por Omar. Ela é um santuário mulçumano, não chega a ser uma mesquita. No Islã existe a crença de que Maomé o profeta subiu ao céu deste local em uma jumentinha, por isso ela é de grande importância para os mulçumanos. Este local, também é importante para os judeus porque aqui ficava o templo na época de Jesus.


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Foto (18) A seta indica os muros de Jerusalém.

Nesta foto temos as muralhas da cidade de Jerusalém. Ela também foi tirada do alto do Monte das Oliveiras. Foto (19) A seta está indicando o Vale do Cedron


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A seta está indicando o Monte das Oliveiras Foto (20)

Atrás de nós, na perspectiva da foto, está localizado o Monte das Oliveiras. Na época de Cristo o cenário era este que segue abaixo: A seta indica o Monte Moriá onde esta o Templo. Foto (21)


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A seta indica os muros de JerusalĂŠm. Foto (22)

A seta estĂĄ indicando o Vale do Cedron.

Foto (23)


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A seta estรก indicando o Monte das Oliveiras. Foto (24)

A seta indica a banda do Oriente.Foto (25)


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Aqui temos o Monte das Oliveiras de fronte para Jerusalém e voltado para o Oriente. Segunda a cultura judaica neste local entre o Monte Moriá, o Vale do Cedron e o Monte das Oliveiras, é onde Deus fará o juízo final. ‘Foi aqui que Jerusalém foi construída. Este local é também conhecido como Monte Sião. Vamos ver algumas passagens bíblicas que falam deles:

ZACARIAS 14: 4 e 5 4 - Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, do oriente para o ocidente e haverá um vale muito grande; e metade do monte se removerá para o norte, e a outra metade dele para o sul. 5 - E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos com ele. JOEL 2: 32 e 3: 2 32 - E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; pois no monte Sião (local do templo) e em Jerusalém estarão os que escaparem, como disse o Senhor, e entre os sobreviventes àqueles que o Senhor chamar.


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2 - congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre as nações; repartiram a minha terra, A palavra “oriente” está em destaque porque em Israel é do oriente que Deus vem para salvar o seu povo. O Jardim do Édem foi plantado na banda do oriente. No livro do profeta Ezequiel o anjo com o selo de Deus vem da banda do oriente. No livro do apocalipse o anjo que sela os 144 mil vem do nascente do sol também do oriente. No armagedom o rio Eufrates é seco para preparar o caminho dos reis que vem da banda do oriente. A volta de Jesus é descrita como uma nuvem que vem da banda do oriente. Então oriente na cultura judaica tem o significado de o caminho da salvação. Estas profecias apontam para o juízo final e demarca aquele lugar como sendo o local de seu acontecimento A seta indica a banda do Oriente.Foto (26)


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Observamos que a profecia aponta para o oriente. Aqui temos o Monte das Oliveiras de fronte para Jerusalém e voltado para o Oriente, onde nasce o sol. Israel hoje pelas profecias não é mais a nação de Israel é todo o povo de Deus de todas as etnias de todas as culturas de todas as tribos é o que se denomina Israel espiritual. Todos nós que aceitamos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, segundo a bíblia, somos descendentes de Abraão pela fé. Logo onde se lê Israel aplica-se a todo o povo de Deus, inclusive Israel. Na antiguidade os julgamente sempre eram feitos nas portas das cidades. No muro da cidade de Jerusalém existia uma portão chamada de Portão Oriental ou Portão Dourado. Ele Tinha esse nome porque estava de frente para o oriente e os judeus quando viam aquele portão lembravam das promessas do Antigo Testamento que um dia o Rei dos reis entraria por aquele portão. A porta da Salvação. Para os mulçulmanos é o local onde Alá fará tambem o juizo final sobre todas as nações. E a nova Jerusalém quando vier depois do milênio de acordo com as profecias do livro do Apocalipse, irá descer ali no Vale do Cedron. Assim ele é importante tanto para os judeus, como para os mulçumanos e os cristãos. Na crença mulçumana eles acreditam que no dia do juízo os primeiros mortos a ressuscitarem serão os que estiverem sepultados ali. Razão pela qual na


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frente do Portão Dourado, os mulçumanos construíram um cemitério. Há bem da verdade, também existe um segundo motivo para a construção desse cemitério o qual irei revelar mais a frente. Os judeus e os cristãos também construíram um grande cemitério logo após o Vale do Cedron. Portão Dourado e o cemiterio construido pelos mulçumanos foto (27)

Foto (28)

Cemitério dos judeus e os cristãos


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Cristãos e judeus enterraram seus mortos ali porque acreditam que este é um local sagrado e no dia do juízo os primeiros mortos a ressuscitarem serão os que ali estiverem enterrados. Pura crendice, já que a bíblia afirma que tudo será feito num abrir e fechar de olhos, ou seja, todos os que morreram em Cristo serão ressuscitados ao mesmo tempo (11 Coríntios 15:52) independentemente do local e do tempo de seu sepultamento. Mas, qual o motivo daquele local ser considerado tão importante para esses três grupos religiosos. Na época de Jesus, Ele veio pelo Monte das Oliveira, passou pelo Vale do Cedron e entrou pelo Portão Dourada que dava acesso ao Templo de Salomão. E foi lá dentro que Jesus falou “Em verdade vos digo que se eles se calarem as próprias pedras clamarão”. ”. Foto (29) Portão Dourado e o cemiterio mulçumano.


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Hoje se você for a Jerusalém vai observe como na foto (29) que o Porta Dourada está fechada. Qual a razão do nome Porta Dourada e o porquê dela está fechada? E qual a segunda razão da construção de um cemitério na sua frente? O nome Porta Dourada surgiu com um erro da tradução da vulgata. Na época pensava-se ser a porta formosa de Atos 2: 3 e 10. E Gerônimo traduziu a palavra grega oraia (bela) pelo latim áurea (dourada). Mas, o que interessa independente do erro de tradução é que foi por ali que Jesus passou. Desde quando esta porta existe? Os mulçumanos já tem esta porta lacrada desde 691 d.C. quando a Mesquita de Alaxa foi construída. Só que documentos mais antigos evidenciam que esta porta já estava bloqueada há muito tempo. Quando os Romanos destruíram Jerusalém aquela parte do muro ficou de pé, no entanto com o entulho que foi jogado bloqueou por completa a Porta Dourada. Os mulçumanos vieram depois, reconstruíram os muros de Jerusalém e mantiveram-na fechada por alguma razão. Em 1517 Jerusalém foi tomada pelos Otomanos e em 1542, o sultão Suleimã “O magnífico” restaurou o Portão Dourado, mas não o abriu e reforçou a interdição do local com o muro e ainda mandou construir um cemitério islâmico.


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Foto (30)

Quando o sultão Suleimã “O magnífico” estava restaurando o Portão Dourado ele iria deixá-lo aberto, mas um de seus assessores disse: Magnifico, não abra este portão, ele está fechado há muitas gerações por um propósito. Ele perguntou qual? Então o Suleimã recebeu a seguinte resposta: Magnifico este Portão está fechado há muitas gerações porque existe uma antiga profecia do povo judeu de que o seu Messias entraria por ele com um poderoso exército. Por isso nós deixamos este Portão fechado para que esta profecia não se cumpra. Suleimã pensou e decidiu! Então eu já sei o que vou fazer; além de manter o Portão fechado eu


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quero que construam um cemitério na frente do Portão porque sei que o Messias dos judeus também é um sacerdote e de acordo com suas leis um sacerdote não pode entrar em um cemitério, caso o faça se tornará impuro. E assim foi feito. Só que Suleimão não sabia que esta profecia já tinha se cumprido e que existia outra profecia determinando que aquele Portão deveria permanecer fechada. A profecia:

EZEQUIEL 44: 1 e 2 1- Então me fez voltar para o caminho da porta exterior do santuário, a qual olha para o oriente; e ela estava fechada. 2- E disse-me o Senhor: Esta porta ficará fechada, não se abrirá, nem entrará por ela homem algum; porque o Senhor Deus de Israel entrou por ela; por isso ficará fechada. Mas, quando ela foi construída. Flavio Josefo, um historiador judeu do primeiro século, afirmou que em seu tempo já existia aquela entrada. Vamos verificar algumas fotografias que demonstram que a Portão Dourado já existia desde a época de Herodes. Do lado de dentro nós temos duas portinholas menores, estão vendo a seta indicando. Estas portinholas menores são construções da época de Herodes.


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Foto (31) Construção típica da época de Herodes.

Foto (32) Construção típica da época de Herodes.


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Note nesta outra fotografia com melhor definição e logo acima das portinholas alguém fez outra construção por cima do arco em forma de “m” do Portão Dourado. Existe um fenômeno curioso na arqueologia, a sobreposição de camadas que faz com que o terreno aumente cada vez mais. Então, como posso afirmar que essa construção da época de Herodes. Basta comparar com outras construções dessa época. Vejamos. Maquete de uma construção da época de Herodes Foto(33)


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Foto (34) Construção típica da época Herodiana.

Foto (35) Construção típica da época Herodiana.


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Foto (36) Construção típica da época Herodiana.

Segundo os registros do historiador judeu do primeiro século, Flavio Josefo Herodes construiu aquele Portão em cima do Portão que já existia do templo de Salomão. Os arqueólogos conseguem identificar a época da construção pelo tipo de material que era usado nas construções da época. Geralmente na antiguidade quando alguma construção era destruída por qualquer motivo os arquitetos costumavam usar os alicerces da construção anterior para levantar uma nova construção a partir daquele ponto. Observe os diferentes tipos de tijolos que foram usados na construção da foto de acordo com as setas.


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Foto (37) período do Rei Salomão. (estão mais gastos)

Foto (38) período herodiano


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Foto(39) Tijolos a cima da seta período muçulmano

Foto (40)


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Este arqueólogo por nome de Charles Warren escavou em 1867 os muros de Jerusalém e descobriu algo interessante. Abaixo dos tijolos herodianos havia uma parede de tijolos do período do Rei Salomão. Então o muro apresenta três etapas de construções diferentes, analisado de cima para baixo. A primeira construção é a dos mulçumanos, a segunda é a de Herodes e a terceira do período de Salomão. Veja fotos 37, 38 e 39 Foto (41)

Se ele tivesse continuado escavando no sentido da esquerda para direita, conforme ilustra a foto (41), certamente encontraria o Portão Dourado. Mas, infelizmente as escavações pararam por aqui. Na foto (42) observa-se com bastante clareza pelo processo de estratificação, o quanto o terreno vai


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se elevando com o passar do tempo. Veja onde estava o chão na época de Salomão e onde esta hoje. Foto (42)

Foto (43)

O arqueólogo James Fleming em 1969 estava tirando fotos do Portão Dourado, quando o chão


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em baixo de seus pés rompeu-se e ele cai dentro dessa cratera, ilustrada pela foto (39). O que mais chama atenção aqui, além da quantidade dos ossos, é o contorno em forma de arco da parede evidenciando que aquele local é o outro Portão Dourado que estava subterrado e na sua frente é claro existia um cemitério. Foto (44)

O Dr. James Fleming tentou conseguir autorização para efetuar escavações naquele local, mas não conseguiu porque este local é um cemitério mulçumano e fica perto da Mesquita de Alaxa. Para os mulçumanos este é um local sagrado. Porém, apesar do pedido de escavações terem sido


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negados, ficou evidenciado que abaixo do Portão Dourado que ele estava tirando fotos existia outro Portão Dourado que datava do período do rei Salomão, veja ilustração abaixo. Foto (45)

Na figura acima, a parte em branco representa o muro que foi construído pelos mulçumanos, a parte em marrom, representa o muro que foi construído na época de Herodes e a parte laranja representa


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as muralhas de Jerusalém da época do Rei Salomão. A gaiolinha branca com os contornos em laranja, entre os dois Portões, representa o local onde o arqueólogo James Fleming caiu quando estava tirando foto do Portão Dourado. Dentro da gaiolinha o pequeno contorno em preto representa a parte do Portão que ele conseguiu fotografar quando caiu dentro do sepulcro. Curiosamente, tanto o Portão Dourado da época do rei Salomão, como o Portão Dourado da época dos mulçumanos, continuam fechados até hoje. Por que será? A explicação para essa indagação esta no livro do Profeta Ezequiel capitulo 44 versículos 1 e 2.

EZEQUIEL 44: 1 e 2 1- Então me fez voltar para o caminho da porta exterior do santuário, a qual olha para o oriente; e ela estava fechada. 2- E disse-me o Senhor: Esta porta ficará fechada, não se abrirá, nem entrará por ela homem algum; porque o Senhor Deus de Israel entrou por ela; por isso ficará fechada. Este texto de Ezequiel foi escrito por volta do século VI antes de Cristo. Um anjo de Deus pega o Profeta Ezequiel pelas mãos e o leva por como que por um Portal do tempo, mostra-lhe vários pontos da cidade de Jerusalém no futuro e as coisas que estavam acontecendo naquela época. Veja Ezequiel o templo, veja Ezequiel o povo na feira. E Ezequiel só observava, mas quando eles chegaram


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à frente do Portão Dourado que ficava para o oriente Ezequiel ficou atônito porque ele estava fechado. O profeta Ezequiel ficou atônito porque como já foi dito anteriormente o Portão que fica para a banda do oriente representa a salvação e se ele estava fechado logo, não haveria salvação. A profecia diz que o Senhor de Israel entraria por ele, e este Portão haveria de permanecer fechado. Então, antes do cumprimento desta profecia de Ezequiel, após seis séculos de sua predição, e para cumprir a profecia que foi feito pelo profeta Zacarias (9: 9) Jesus Cristo entra triunfantemente pelo Portão Dourado do templo de Salomão, anunciando que é Rei dos judeus e até aquele Portão Dourado silenciosamente clama a veracidade profética da palavra de Deus. Jesus Cristo não é um filosofo iluminado, um simples profeta, um ser humano qualquer, Ele é Deus em forma humana, nele reside toda plenitude da divindade. Desta forma mesmo que o Portão Dourado feito pelos mulçumanos tivesse sido aberto, o verdadeiro Portão Dourado para o qual a profecia se referia estava fechado no subsolo porque Deus é tão zeloso pela sua palavra que não permitiu até hoje que nenhum dos dois portões fosse aberto. Para concluir eu quero afirmar que não existe nenhuma explicação lógica no campo do conhecimento humano para esse acontecimento, a não ser que existe um Deus no céu que matem tudo sobre controle e quando uma profecia se cumpri


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não é mera coincidência, é a providência Divina agindo. CAPÍTULO 9 Uma Questão de Argumentação Agora eu faço o seguinte desafio: Como você responderia a argumentação de uma pessoa de que a Bíblia não é inspirada por Deus? Existe algum meio de provar a inspiração ou podemos de uma forma inteligente apresentar evidências sobre a sua inspiração? A resposta é "Sim!" Uma das melhores maneiras de provar a sua inspiração é examinando as profecias. Como já foi dito; de todos os livros do mundo a Bíblia é certamente o livro mais singular, é o único livro que ousa colocar toda sua credibilidade em cheque-mate quando é capaz de dizer com antecedencia às coisas que irão acontecer no futuro. Nenhum livro, religioso ou não ousa a fazer predições do futuro para em seguida basear toda a sua veracidade no acontecimento delas. Além disso, não faz apenas algumas profecias, mas centenas delas, das quais muitas já se cumpriram no seu tempo determinado com precisão de 100%. A Bíblia nunca errou no passado, e não errará no futuro. Isto sustenta a sua inspiração por Deus (2 Tm. 3:16). Desde que Deus é o criador de todas as coisas (Is 44: 24), então ele é também o criador do tempo. Profecias cumpridas são fortes evidências uma vez que Deus é o autor


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da Bíblia porque, quando você olha a probabilidade matemática de uma profecia ser totalmente cumprida, você rapidamente vê um projeto, um propósito, uma mão guiando os fatos por trás da Bíblia. Se somente uma profecia houvesse falhado, então nós saberíamos que Deus não é verdadeiramente Deus, por que o criador de todas as coisas, inclusive do tempo, não poderia errar em predizer o futuro. Quando uma profecia se cumpre não é coincidência é providência divina. Dt 18: 22 diz: "sabe que quando esse profeta falar, em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou o tal profeta". Isaías 46:9-10 diz, "Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade; que eu sou Deus e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; e que desde o princípio anuncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade". Um forte argumento que se pode usar contra um incrédulo é abrir no Salmo 22 e ler os versículos 12-18. Esta é uma descrição detalhada da crucificação – 1.000 anos antes de Jesus ter nascido. Depois de ler a seção, pergunte a ele sobre o que esta passagem está falando. Ele dirá: "A crucificação de Jesus." Então, responda algo como: "Você está certo. Esta passagem fala acerca da crucificação. E foi profetizada há 1.000 anos antes


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Dele nascer. E acima de tudo, a morte por crucificação ainda não havia sido inventada. Como você acha que uma coisa assim poderia ter acontecido?" Depois de uma breve conversa, você pode mostrar a ele (ou ela) algumas outras profecias como: onde o lugar do nascimento de Jesus foi indicado muito tempo antes (Mq 5:2), que Ele nasceria de uma virgem (Is 7:14), que o seu lado seria perfurado (Zc 12:10), etc. Nasceria da Semente de Mulher Gênesis 3: 15, "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." Mateus 1:20, "Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo." Nasceria de uma Virgem Isaías 7: 14, "Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará a luz um filho, e lhe chamará Emanuel." Mateus 1: 18, 25, "O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, ... achou-se grávida pelo Espírito Santo, ... contudo não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus."


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Filho de Deus Salmo 2:7, "Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei." Mateus 3: 17, “E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Semente de Abraão Gênesis 22: 18. Nela serão benditas todas as nações da terra: porquanto obedeceste a minha voz. Mateus 1:1, Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Filho de Isaque Gênesis 21:12, "Disse, porém, Deus a Abraão: Não te pareça isso mal por causa do moço e por causa da tua serva; atende a Sara em tudo o que ela te disser; porque por Isaque será chamada a tua descendência.'" Lucas 3:23-34, "Ora, Jesus tinha cerca de trinta anos ao começar o seu ministério. Era, como se cuidava, filho de José, filho de Heli ... filho de Jacó, Jacó, filho de Isaque, Isaque, filho de Abraão, este filho de Terá, filho de Nacor;" Casa de Davi Jeremias 23:5, "Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra." Lucas 3:23-31, "Ora, Jesus tinha


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cerca de trinta anos ao começar o seu ministério. Era, como se cuidava, filho de José, filho de Heli ... filho de Matata, filho de Natã, filho de Davi," Nasceria em Belém Miquéias 5:2 "E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Mateus 2:1, Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do oriente a Jerusalém. Ele seria um Profeta Deuteronômio 18:18, "Suscitar-lhes-ei um profeta do meio dos seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e lhes falará tudo o eu lhes ordenar." Mateus 21:11 E as multidões clamavam: "Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia." Ele seria um Sacerdote Salmo 110:4, "O Senhor jurou e não se arrependerá: tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque." Hebreus 3:1, “Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus.” Hebreus 5:5-6, "Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou


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para se tornar sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei; como em outro lugar também diz: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”. Ele seria o Rei de todo Israel Salmo 2:6, "Eu, porém constitui o meu Rei sobre o meu santo monte Sião." Mateus 27: 37 “Por cima da sua cabeça puseram escrita a sua acusação”: “ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS”. Ele seria Juiz Isaías 33: 22, "Porque o Senhor é o nosso juiz; o Senhor é o nosso legislador" João 5:30, "Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma porque ouço, julgo. O meu juízo é justo porque não procuro a minha própria vontade, e, sim, a daquele que me enviou." Ele deveria ser precedido por um Mensageiro Isaías 40:3, "Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo a vereda a nosso Deus." Mateus 3:1-2, "Naqueles dias apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia, e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus."


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Seria rejeitado rejeitado pelo Seu próprio povo Isaías 53:3, "Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso." João 7:5, "Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele." João 7:48, "Porventura creu nele alguém dentre as autoridades, ou algum dos fariseus?" Seu lado seria seria perfurado Zacarias 12: 10, "E sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas; olharão para mim, a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito, e chorarão por ele, como se chora amargamente pelo primogênito." João 19:34, "Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água." Crucificação. Crucificação Salmo 22:1, 11-18, Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste? Não te distancies de mim, porque a tribulação está próxima, e não há quem me acuda. Muitos touros me cercam, fortes touros de Basã me rodeiam. Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram as mãos e os pés. Posso c0ontar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si minhas


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vestes, e sobre a minha túnica deitam sortes. Lucas 23: 33, "Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda." João 19:33, "chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas." João 19:23-24, "Os soldados, pois, quando crucificaram a Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado um parte; A túnica , porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela pra ver a quem caberá - para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados." CAPÍTULO 10 Qual a Possibilidade Matemática Matemática de Jesus Cristo Cumprir Todas essas Profecias? Então, foram estas previsões realmente “profecias sobre Jesus”? Era o Jesus do Novo Testamento realmente o Messias prometido do Antigo Testamento? Quando analisamos as circunstâncias, podemos até ver a impossibilidade matemática de um só homem - Jesus - cumprir acidentalmente ou propositadamente manipular mais de 300 previsões escritas centenas de anos antes de seu nascimento. O professor Peter Stoner (1888-1980)


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descobriu a mesma coisa. Stoner era o presidente do Departamento de Matemática e Astronomia na Faculdade da Cidade de Pasadena (EUA) até 1953 e presidente do Departamento de Ciência da Faculdade de Westmont de 1953 a 1957. Stoner calculou a probabilidade de um homem cumprir somente um pequeno grupo das mais de 300 profecias messiânicas. Em 1944, ele publicou os resultados da sua pesquisa em Science Speaks:

Scientific Proof of the Accuracy of Prophecy and the Bible. Stoner concluiu que a probabilidade de uma pessoa cumprir apenas oito das profecias específicas era uma chance em 1017 (um seguido de 17 zeros). E uma só pessoa cumprir apenas 48 das mais de 300 profecias? Stoner calculou estas probabilidades em uma chance em 10.157 - muito além da impossibilidade estatística Na verdade, a Afiliação Científica Americana deu ao trabalho de Stoner o seu selo de aprovação: O manuscrito de “Science Speaks” foi cuidadosamente analisado por uma comissão de membros da Afiliação Científica Americana e pelo Conselho Executivo do mesmo grupo e tem sido reconhecida, em geral, como sendo confiável e precisa no que diz respeito ao material científico apresentado. A análise matemática incluída é baseada em princípios de probabilidade que são completamente sólidos, e o Professor Stoner tem aplicado estes princípios de maneira apropriada e convincente.


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O Livro de Daniel foi escrito 500 anos antes do nascimento de Jesus. No capítulo 9, Daniel prediz o dia exato em que o Messias iria entrar em Jerusalém e se apresentar como rei pela primeira vez. A profecia diz que 69 semanas de anos (69 x 7 = 483 anos) passariam a partir do decreto para reconstruir Jerusalém até a vinda do Messias. Uma vez que Daniel foi escrito na Babilônia durante o cativeiro judeu depois da queda de Jerusalém, esta profecia foi baseada no calendário babilônico de 360 dias. Assim, 483 anos x 360 dias = 173.880 dias. De acordo com registros encontrados no Palácio de Shushan (Susã) e confirmados em Neemias 2:1, o decreto para reconstruir Jerusalém foi emitido pelo rei persa Artaxerxes Longímano no dia 5 de março de 444 AC. Notavelmente, 173.880 dias mais tarde (com ajuste para os anos bissextos), no dia 30 de Março, 33 DC, Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumento (cumprindo a profecia de Zacarias 9:9). Cinco dias depois, Jesus foi crucificado em uma cruz romana nas imediações de Jerusalém (Na verdade, a forma de sua execução e até mesmo suas últimas palavras foram preditas centenas de anos antes em Salmo 22). Três dias depois, as narrativas do Novo Testamento declaram que Jesus ressuscitou no Domingo de Páscoa, cumprindo várias outras profecias do tão esperado Messias.


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O que são os Manuscritos do Mar Morto? O que são os Manuscritos do Mar Morto? Os Manuscritos do Mar Morto são chamados da maior descoberta de manuscritos dos tempos modernos. Eles foram descobertos entre 1947 e 1956 em onze cavernas ao longo da costa noroeste do Mar Morto. Esta é uma região árida cerca de 20 quilômetros a leste de Jerusalém e 400 metros abaixo do nível do mar. Os Manuscritos do Mar Morto são compostos de restos de cerca de 825 a 870 rolos distintos, representados por dezenas de milhares de fragmentos. Os textos são mais comumente feitos de peles de animais, mas também de papiro e um de cobre. A maioria dos textos está escrito em hebraico e aramaico, com alguns em grego. Os Pergaminhos do Mar Morto aparentam ser a biblioteca de uma seita judaica, provavelmente os essênios. Perto das cavernas são as antigas ruínas de Qumran, uma aldeia escavada no início dos anos 1950 que mostra ligações aos essênios e aos pergaminhos. Os essênios eram escribas judeus estritamente atentos. A biblioteca parece ter sido escondida nas cavernas mais ou menos na época da Primeira Revolta Judaica (6670 DC) à medida que o exército romano avançava contra os judeus. Os Pergaminhos do Mar Morto podem ser divididos em duas categorias - bíblicas e não bíblicas. Fragmentos de todos os livros da Bíblia judaica (Antigo Testamento) têm sido descobertos, com exceção do livro de Ester. Agora


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identificados entre os rolos foram 19 fragmentos de Isaías, 25 fragmentos de Deuteronômio e 30 fragmentos de Salmos. Um praticamente intacto “Rolo de Isaías”, que contém algumas das profecias messiânicas mais dramáticas, é 1.000 anos mais velho do que qualquer manuscrito previamente conhecido de Isaías. Com base em vários métodos de datação, incluindo o paleográfico, de escribas e o do carbono 14, os Manuscritos do Mar Morto foram escritos durante o período de cerca de 200 AC a 68 DC. Muitos manuscritos messiânicos cruciais (como o Salmo 22, Isaías 53 e Isaías 61) datam de pelo menos 100 AC. Como tal, os Manuscritos do Mar Morto têm revolucionado a crítica textual da profecia do Antigo Testamento e messiânica. É impressionante notar que os textos bíblicos de Qumran estão substancialmente de acordo com o texto Massorético, a versão “Septuaginta” e várias traduções do Antigo Testamento que usamos hoje. Até recentemente (em termos históricos), a evidência extra de que eu “precisava” não existia. Agora, ela existe! Nós agora temos evidências dramáticas de que as profecias messiânicas principais contidas no Antigo Testamento de hoje são as mesmas profecias messiânicas que existiam antes da época de Jesus andar nesta terra. Não houve nenhuma farsa pósfato... Não houve nenhuma conspiração... Jesus simplesmente cumpriu os requisitos do Messias judeu! Os Pergaminhos do Mar Morto


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permaneceram intocados em um ambiente árido perfeito cerca de 2.000 anos. Em 1947, um pastor descobre por acaso sem dúvida o mais importante achado arqueológico da história. Então, um ano mais tarde, contra tremendas probabilidades, o povo judeu retorna à sua terra natal como uma nação formal pela primeira vez desde 70 DC, cumprindo uma série de grandes profecias históricas. O que são os Manuscritos do Mar Morto? Para mim, esses manuscritos deram um fim ao estudo em questão! A essa altura eu já tinha a maior confiança de que o Antigo Testamento que lemos hoje é substancialmente o mesmo que existia antes do nascimento de Jesus. Isto significa que as mais de 300 profecias do Antigo Testamento da vinda do Messias eram bastante claras antes dos escritores do Novo Testamento terem entrado em cena. O ROLO DE PERGAMINHO DE ISAÍAS (Isaías 38:8–40:28), entre 150–100 A.C. O segundo rolo mais comprido e o mais completo dos rolos descoberto em Qumran (Israel) foi escrito em pergaminho. Provavelmente os pêlos de três a cinco animais (ovelhas selvagens e/ou íbex) foram costurados com fio de linho para produzir este pergaminho. A Bíblia Hebraica (os livros do Velho Testamento) não se definiu na sua forma atual até fins da era do Novo Testamento, cerca de 90 A. D.. Antes disto, várias seitas judaicas mantinham opiniões


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diferentes a respeito de quais eram os escritos judaicos autorizados (canonizados). De modo geral, todos os grupos aceitavam os cinco livros de Moisés, conhecidos como “A Lei” (ha Torah). Porém, os fariseus, mas não os saduceus, também aceitavam os livros que constituem “os Profetas” (Isaías, Jeremias, etc.) e “os Escritos,” livros tais como Ester, Salmos e Jó. Jesus se refere a esta divisão tríplice a Lei, os Profetas e Salmos— durante seu aparecimento após a ressurreição. Os judeus da diáspora (os que se encontravam longe de Jerusalém) que falavam grego liam a versão traduzida das sagradas escrituras. A Septuaginta (Latim=setenta livros), a tradução grega da Bíblia Hebraica, acabou por desempenhar um papel mais importante na antiga igreja cristã do que no próprio judaísmo. Ela continha mais materiais do que se encontravam nos textos hebraicos. Estes materiais a mais, encontrados na Bíblia Grega mas não na Hebraica, hoje são conhecidos como os Livros Apócrifos. A descoberta dos Pergaminhos do Mar Morto, a partir de 1947, proporcionou aos eruditos a oportunidade de estudar o processo de transmissão e seleção dos escritos judaicos que foram acrescentados à Bíblia Hebraica. Ademais, os rolos incluem documentos variados, indicando que nesta época de criatividade o cânon hebraico estava em aberto, pelo menos para algumas seitas judaicas. Foto (46) Rolo do Pergaminho do Profeta Isaias no Museu Nacional de Israel


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Foto (47) Rolo do Pergaminho do Profeta Isaias no Museu Nacional de Israel (em outro 창ngulo)


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Foto (47) Rolo do Pergaminho aberto do Profeta Isaias no Museu Nacional de Israel

CAPÍTULO 11 O que são Profecias Profecias autorrealizáveis e como como podemos explicáexplicá-las? Uma profecia autorrealizável ou autorrealizada é um prognóstico que, ao se tornar uma crença, provoca a sua própria concretização. Quando as pessoas esperam ou acreditam que algo acontecerá, agem como se a profecia ou previsão já fosse real e assim a previsão acaba por se realizar efetivamente. Ou seja, ao ser assumida como verdadeira - embora seja falsa - uma previsão pode influenciar o comportamento das pessoas, seja por medo ou por confusão lógica, de modo que a reação delas acaba por tornar a profecia real.


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A expressão foi cunhada pelo sociólogo Robert K. Merton, que elaborou o conceito (self-fulfilling prophecy) no seu livro Social Theory and Social Structure, publicado em 1949. Merton estudou a corrida aos bancos, verificando que, quando se difunde o boato de que um banco está em dificuldades, os correntistas apressam-se em retirar os valores ali depositados e liquidar outros negócios, de modo que o banco acaba mesmo falindo.[2]. Nas palavras de Merton:

“A profecia autorrealizável é, no início, uma definição falsa da situação, que suscita um novo comportamento e assim faz com que a concepção originalmente falsa se torne verdadeira.” Os Pergaminhos do Mar Morto provam que as profecias do Antigo Testamento existiram antes de Jesus vir à terra, ratificando a vinda do Messias, mas a única coisa que diz que Jesus foi a pessoa que cumpriu estas profecias é o Novo Testamento. Portanto, temos um livro religioso sendo utilizado para apoiar as profecias em outro livro religioso as narrativas do Novo Testamento documentam o cumprimento profético do Antigo Testamento. Não é isso raciocínio circular e profecia autorrealizadora? Não estamos usando a Bíblia para validar a Bíblia? Como já foi dito anterior, Bíblia é composta de 66 textos separados e distintos escritos por 40 autores que muitas vezes não tinham nada a ver uns com os outros.


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Se considerarmos cada texto por si só, o nível de validade e comprovação dentro de cada volume bíblico é notável. A Bíblia na verdade confirma a si mesma através da concepção inerente que liga seus 66 livros separados em um “trabalho de integração”. Quando analisada objetivamente, por que devemos ter um problema em usar os 27 textos do Novo Testamento para ajudar a validar os 39 textos do Antigo Testamento? Estamos apenas usando uma coleção de antigos documentos históricos para estabelecer a veracidade de uma outra coleção de antigos documentos históricos. Historiadores acadêmicos fazem isso o tempo todo. Isso não é profecia autorrealizável. Desse conceito, podemos compreender no que diz respeito aos 39 livros do Antigo Testamento, onde centenas de anos separaram os autores e textos. No entanto, já que os 27 livros do Novo Testamento foram colocados juntos em um período de tempo relativamente curto, talvez eles fossem mais aptos a serem planejados como um todo por um grupo de fanáticos e conspiradores: Existem quaisquer fontes comprovadoras além deste coeso grupo religioso? Outros autores gravaram eventos “bíblicos” fora da Bíblia. Assim, estamos bem adiantado no processo de elucidar o argumento de “profecia autorrealizadora” sobre a Bíblia, e podemos evitar o problema por completo analisando a


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documentação histórica “extra-bíblica” do cumprimento profético do Antigo Testamento. Desta forma podemos indagar: Existe alguma documentação fora do Novo Testamento que mostre que Jesus foi executado como previsto nas Escrituras judaicas, tais como Salmo 22 e Isaías 53? A resposta a esse questionamento é sim, existe várias fontes não cristãs fora dos textos bíblicos que corroboram os eventos do Novo Testamento. Na verdade, há uma variedade de fontes fora da bíblia que diretamente mencionam Jesus Cristo e a ascensão do Cristianismo. Vamos examinar algumas dessas fontes historicas. Cornélio Tácito (c. 55-120 DC) considerado um grande historiador da Roma antiga. Sua obraprima, Anais, é representada por um conjunto de dois volumes (capítulos 1-6, com um manuscrito sobrevivente, e os capítulos 11-16, conhecido como Histórias, com 32 manuscritos sobreviventes). Como pano de fundo, no dia 19 de julho de 64 DC, um incêndio começou em Roma que queimou por nove dias, finalmente destruindo cerca de três quartos da cidade. De acordo com Tácito, surgiram rumores de que o fogo foi planejado pelo próprio (e muito instável) Imperador Nero. Em resposta, Nero criou uma diversão ao condenar os Cristãos à tortura e execução.

Por conseguinte, para se livrar da acusação, Nero culpou e infligiu as mais terríveis torturas em uma


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classe odiada por suas abominações, chamada pelo populacho de Cristãos. Christus, de quem o nome teve sua origem, sofreu a penalidade extrema durante o reinado de Tibério às mãos de um de nossos procuradores, Pôncio Pilatos, e uma superstição muito perniciosa, portanto, marcada para o momento, mais uma vez surgiu, não só na Judeia, a primeira fonte do mal, mas também em Roma, onde todas as coisas horríveis e vergonhosas de toda parte do mundo encontram o seu centro e se tornam populares. Assim, de primeiro apenas os que confessavam ser culpados foram presos e, em seguida, com base em suas informações, uma imensa multidão foi condenada, não tanto do crime de incendiar a cidade, mas por ódio contra a humanidade. Zombaria de toda espécie foi adicionada às suas mortes. Cobertos com as peles dos animais, eles foram dilacerados por cães e assim pereceram, ou foram pregados em cruzes, ou foram condenados ao fogo e queimados, para servir como uma iluminação noturna quando a luz do dia já tinha expirado. Nero oferecia seus jardins como um espetáculo e exibia um show no circo, enquanto ele se misturava com as pessoas vestido de cocheiro de carruagem, ou ficava apenas em pé, um tanto distante, em uma de suas carruagens. Por conseguinte, até por criminosos que mereciam punição extrema havia um sentimento de compaixão, pois estavam sendo punidos não pelo


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bem da maioria, mas para alimentar a crueldade de um só homem. De Cornélio Tácito, provavelmente o principal historiador romano daquele período, não há qualquer dúvida de que os Cristãos existiam em 64 DC. Além disso, eles enfrentaram “perseguição odiosa” por sua fé em Cristo, uma verdadeira figura histórica que foi executada na Judeia durante o reinado de Tibério às mãos de Pôncio Pilatos. Flávio Josefo Josefo (37-100 CC), um general judeu e membro da aristocracia sacerdotal dos judeus, voltou-se para o lado do Império Romano na grande revolta judaica de 66-70 DC. Josefo passou o resto de sua vida em Roma (ou perto) como conselheiro e historiador a três imperadores: Vespasiano, Tito e Domiciano. Durante séculos, as obras de Josefo foram mais lidas na Europa do que qualquer outro livro, com exceção da Bíblia. Os seus livros são fontes de valor inestimável que registram o testemunho ocular do desenvolvimento da civilização ocidental, incluindo a fundação e crescimento do Cristianismo no século primeiro. Notavelmente, Flávio Josefo menciona acontecimentos e pessoas do Novo Testamento em algumas das suas obras. Para mim, esta foi uma das provas mais importantes contra as teorias de lenda que assolavam a minha visão do


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Cristianismo primitivo. Aqui estão alguns trechos fascinantes:

Nessa época, havia um homem sábio chamado Jesus. O seu comportamento era bom, e ele era conhecido por ser virtuoso. Muitas pessoas dentre os judeus e outras nações se tornaram seus discípulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e morrer. No entanto, aqueles que tinham se tornado seus discípulos não abandonaram o seu discipulado. Ao contrário, eles relataram que Jesus tinha aparecido a eles três dias após sua crucificação e que estava vivo; consequentemente, ele talvez tenha sido o Messias sobre quem os profetas têm contado maravilhas. Após a morte do procurador Festo, quando Albinus estava prestes a suceder-lhe, o sumo sacerdote Ananias achou uma boa oportunidade de reunir o Sinédrio. Ele, portanto, fez com que Tiago, irmão de Jesus, que era chamado Cristo, e vários outros, comparecessem perante este concílio que tinha se reunido às pressas, e pronunciou sobre eles a sentença de morte por apedrejamento. Todos os sábios e observadores estritos da lei que estavam em Jerusalém manifestaram a sua desaprovação deste ato. Alguns até foram para o próprio Albinus, que tinha partido para Alexandria, para levar à sua atenção esta violação da lei e para informá-lo que


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Ananias tinha agido ilegalmente na montagem do Sinédrio sem a autoridade romana. Agora, alguns dos judeus achavam que a destruição do exército de Herodes tinha vindo (muito justamente) de Deus como uma punição pelo que ele fizera contra João, chamado de Batista; Herodes matou João, um bom homem, e ordenou que os judeus exercessem virtude, tanto como a justiça para com o outro e como piedade para com Deus, e que assim chegassem ao batismo; para que [a lavagem com água] fosse-lhe aceitável se dela se utilizassem, não para se livrar [ou remir] de [apenas] alguns pecados, mas para a purificação do corpo; supondo ainda que a alma já tinha sido previamente e completamente purificada pela justiça. Estas três citações de “Josefo” realmente falam por si mesmas! Professor Shlomo Pines, um conhecido estudioso israelense, discute o fato da historicidade de Jesus e as referências a Jesus por Flávio Josefo: De fato, no que diz respeito às probabilidades, nenhum Cristão poderia ter produzido um texto tão neutro: para ele o único ponto importante sobre o assunto poderia ter sido sua comprovação da evidência histórica de Jesus. Mas o fato é que até aos tempos modernos, esta crença em particular (isto é, alegar que Jesus é uma farsa) nunca tinha começado. Mesmo os adversários mais fortes do Cristianismo nunca expressaram qualquer dúvida sobre a existência de Jesus.


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Antiguidades

Judaicas,

Livro 18, capítulo 3, parágrafo 3 (traduzida do manuscrito árabe do quarto século). Uma versão mais fenomenal deste texto ainda existe, e muitos estudiosos declaram que foi “manipulada” um pouco em alguns lugares. No entanto, esta versão chegou a ser citada tão cedo quanto 325 DC:

Agora havia durante este tempo Jesus, um homem sábio, se é lícito chamá-lo de um homem, pois ele era executor de obras maravilhosas, um professor de tais homens que recebem a verdade com prazer. Ele atraiu para si muitos dos judeus e muitos dos gentios. Ele era [o] Cristo. E quando Pilatos, por sugestão dos principais homens entre nós, condenou-o à cruz, aqueles que o amavam a princípio não o abandonaram, pois ele lhes apareceu vivo novamente no terceiro dia, assim como os divinos profetas tinham predito estas e inúmeras outras coisas maravilhosas a respeito dele. E a tribo dos Cristãos, assim chamada por causa dele, não está extinta até este dia. Plínio o Jovem (c. 62 - c.113 DC) era o governador romano da Bitínia (atual região ao noroeste da Turquia). Cerca de 111 ou 112 DC, ele escreveu a seguinte carta ao imperador Trajano de Roma pedindo conselhos sobre como lidar com os Cristãos.

É uma regra, Senhor, que eu observo inviolavelmente, referir-me a vós em todas as


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minhas dúvidas; pois quem é mais capaz de guiar a minha incerteza ou de informar a minha ignorância? Sem nunca ter assistido a sequer um julgamento dos Cristãos, eu sou ignorante no que diz respeito ao método e aos limites a serem observados tanto na análise quanto na punição. Se alguma diferença deve ser permitida entre o mais jovem e o adulto; se o arrependimento permite o perdão, ou se nada pode salvar um homem uma vez convertido ao Cristianismo; se a mera declaração solene do Cristianismo, embora sem crimes, ou se somente os crimes que lhe estão associados são puníveis - em todos estes pontos tenho grandes dúvidas. No entretanto, o método que tenho observado com aqueles que têm denunciado a mim que são Cristãos é o seguinte: eu lhes pergunto se são Cristãos; se confessaram, repeti a pergunta mais duas vezes, acrescentando a ameaça de punição capital; caso eles ainda perseverarem, eu os ordenei à execução. Pois qualquer que seja a natureza do seu credo, pelo menos não pude sentir nenhuma dúvida de que transgressão e obstinação inflexíveis merecem castigo. Havia outros que também possuíam a mesma paixão, mas sendo cidadãos de Roma, eu os dirigi para que lá pudessem ser julgados. Essas acusações se espalharam (como é normalmente o caso) a partir da simples investigação do assunto e de diversas formas de corrupção virem à tona. Um cartaz foi colocado, sem qualquer assinatura,


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acusando um grande número de pessoas pelo nome. Aqueles que negaram ser, ou ter sido, Cristãos, e que repetiram depois de mim uma invocação aos deuses e ofereceram adoração, com vinho e incenso, à vossa imagem, que eu tinha, juntamente com a dos deuses, encomendado para essa ocasião, e que finalmente amaldiçoaram a Cristo - achei que fosse adequado dispensar-lhes. Outros que foram nomeados por esse informante de primeira confessaram ser Cristãos, mas em seguida negaram; verdade, eles tinham sido de persuasão, mas finalmente desistiram de algo que para alguns era de cerca de três anos, outros há muitos anos e alguns tanto como vinte e cinco anos atrás. Todos eles adoraram a vossa estátua e as imagens dos deuses e amaldiçoaram a Cristo. Afirmaram, no entanto, que toda a sua culpa, ou o seu erro, foi que tinham o hábito de reunião em um determinado dia fixo antes do amanhecer do dia, quando cantavam em versos alternados um hino a Cristo, como a um deus, e vincularam-se por um juramento solene, não a qualquer maldade, mas a nunca cometer qualquer fraude, roubo ou adultério, nunca falsificar a sua palavra, nem deixar de entregar uma relação de confiança quando necessário; após essa reunião, era o seu costume se separar para então se reunir novamente e dividir os alimentos - mas a comida de um tipo comum e inocente. Mesmo esta prática, no entanto, eles abandonaram após a publicação


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do meu edital, pelo qual, de acordo com vossas ordens, eu tinha proibido as associações políticas. Julguei tanto mais necessário extrair a verdade real, com a ajuda de tortura de duas escravas que eram diaconisas de estilo, mas eu não consegui descobrir nada mais do que superstição depravada e excessiva. Por isso então adiei o processo e dirigime diretamente ao vosso conselho. O assunto parecia ser importante o suficiente para que fosse dirigido a vós, especialmente considerando os números em perigo. Pessoas de todas as classes e idades e de ambos os sexos são, e serão, envolvidas na acusação, pois esta superstição contagiosa não se limita apenas às cidades, mas tem se espalhado pelas aldeias e zonas rurais; parece possível, no entanto, verificar e curá-la. Esta é uma carta impressionante preservada desde a antiguidade. “Plínio o Jovem” fala do Cristianismo se espalhando por todo o Império Romano e se dirige ao processo de perseguição dos seguidores desta “superstição”. Plínio também menciona Cristo por nome três vezes como o centro do Cristianismo e descreve práticas Cristãs, incluindo a adoração de Cristo “como a um Deus”. Suetônio era um historiador e secretário de Adriano, o Imperador de Roma, entre 117 a 138 DC. A respeito do imperador Cláudio (41-54 DC) e da revolta de Roma em 49 DC, Suetônio escreveu:


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Já que os judeus estavam fazendo constantes distúrbios na instigação de Christus [Cristo], ele [Cláudio] os expulsou de Roma. Curiosamente, Atos 18:2 diz que Paulo encontrou Áquila e sua esposa Priscila logo depois de terem saído da Itália porque Cláudio os tinha expulsado. Mais tarde, Suetônio escreveu sobre o grande incêndio de Roma em 64 DC:

Punição por Nero foi infligida aos Cristãos, uma classe de homens dada a uma superstição nova e travessa. Mara BarBar-Serapião, Serapião um filósofo estoico da Síria, escreveu esta carta ao seu filho da prisão em algum momento depois de 70 DC:

Que vantagem os atenienses alcançaram ao pôr Sócrates à morte? Fome e praga vieram sobre eles como um julgamento por seus crimes. Que vantagem os homens de Samos ganharam por queimar Pitágoras? Em um só momento sua terra estava coberta de areia. Que vantagem alcançaram os judeus por executar seu sábio rei? (eu grifei) Foi bem depois disso que seu reino foi abolido. Deus vingou justamente esses três homens sábios: os atenienses morreram de fome, os habitantes de Samos foram atacados pelo mar; os judeus, arruinados e expulsos de suas terras, vivem em completa dispersão. (eu grifei) Mas Sócrates não morreu de uma vez por todas, ele continuou a viver na estátua de Platão. Pitágoras não morreu de uma vez por todas, ele continuou a viver na


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estátua de Hera. Nem o rei sábio morreu de uma vez por todas; ele continuou a viver no ensino que tinha dado. Esta carta se refere a Jesus como sendo o “rei sábio”. sábio” O escritor obviamente não é um Cristão porque ele coloca Jesus ao mesmo nível que Sócrates e Pitágoras. Sem qualquer inclinação em sua referência a Jesus e à Igreja, esta carta é uma referência histórica valiosa sobre a historicidade de Jesus. Luciano de Samósata era um filósofo grego do século 2. Este texto preservado é obviamente uma sátira, mas é uma poderosa “fonte extra-bíblica”:

Os Cristãos, vocês sabem, adoram um homem até hoje - esse personagem distinto que introduziu seus rituais fora do comum e foi crucificado por causa disso... Sabe, essas criaturas equivocadas começaram com a convicção geral de que são imortais para sempre, o que explica o desprezo da morte e a auto-dedicação voluntária que são tão comuns entre eles; e então eles foram ensinados por seu legislador original que são todos irmãos a partir do momento em que são convertidos e negam os deuses da Grécia, adoram o sábio crucificado e vivem de acordo com suas leis. Tudo isso eles levam muito em fé, causando como resultado o desprezo de todos os bens materiais semelhantes, considerando-os apenas como propriedade comum.


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Esta obra está longe de ser lisonjeira, mas absolutamente apoia a pessoa de Jesus Cristo (“o sábio crucificado”) e a sobrevivência da igreja Cristã no século II. Tradição Judaica De todas as fontes antigas de Jesus, as menos favoravelmente tendenciosas parecem ser de origem rabínica. Há realmente um número significativo de referências a Jesus na tradição judaica, mas muitas delas usam nomes como “esse homem” quando se referem a Jesus Cristo. Portanto, algumas das referências são agora consideradas não confiáveis. Não obstante, no Talmude babilônico, o comentário formal sobre as Leis judaicas compiladas entre 200-500 DC, há uma referência poderosa sobre Jesus:

Tem sido ensinado: Na véspera da Páscoa, mataram Yeshu. E um anunciador surgiu primeiro, por quarenta dias dizendo: ‘Ele vai ser apedrejado porque praticou feitiçaria, seduziu e incentivou Israel a se desviar. Quem sabe alguma coisa em seu favor, apresente-se e faça um apelo em seu nome. Mas, não tendo encontrado nada em seu favor, ele foi morto na véspera da Páscoa. Esta é considerada uma referência digna de confiança sobre Jesus (“Yeshu”), encontrada na tradição judaica. Aqui os escritores rabínicos


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confirmam que Jesus foi uma figura histórica, que foi crucificado na véspera da Páscoa e que fez milagres, mencionados aqui como “feitiçaria”. Os eventos que cercam a vida de Jesus não foram desmentidos, pelo contrário, foram definitivamente confirmados na tradição judaica. Bem, eu estava procurando por fontes imparciais de informação, fora da Bíblia, que falam sobre a pessoa de Jesus, sua morte por pena de morte e a ascensão de uma religião em seu nome. Surpreendentemente, foi exatamente isso que achei! As narrativas históricas não-Cristãs de Cornélio Tácito, Flávio Josefo, Plínio o Jovem, Suetônio, Mara BarSerapião, Luciano de Samósata e até mesmo os escritos do (extremamente parcial) Sinédrio judaico reivindicam os relatos bíblicos sobre a vida e a morte de Jesus Cristo no primeiro século DC. Além dos nove autores do Novo Testamento que escreveram sobre Jesus em narrativas distintas, achei pelo menos vinte autores Cristãos primitivos, quatro escritos heréticos e sete fontes não-Cristãs que fazem menção explícita de Jesus – todas com menos de 150 anos depois da sua vida. Isso equivale a um mínimo de 40 autores e todos mencionam explicitamente Jesus e a expansão de um movimento espiritual em seu nome. Temos mais autores que mencionam Jesus Cristo dentro de 150 anos depois de sua vida do que sobre o imperador romano que reinou durante aquela mesma época. Os estudiosos têm conhecimento de apenas dez


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fontes que mencionam o imperador Tibério naquele mesmo prazo, incluindo Lucas, Tácito, Suetônio e Veleio. Assim, dentro deste curto espaço de tempo, o número de escritores primitivos que mencionam Jesus superam aqueles que mencionam o líder do Império Romano inteiro (na verdade, o mundo antigo daquela época) por uma proporção de 4:1. Tudo bem, isso é uma prova fantástica da vida e morte histórica de um líder religioso chamado “Jesus Cristo”, mas e o resto? O que dizer sobre os supostos milagres...? O que dizer sobre o maior milagre - sua ressurreição dentre os mortos. Milagres de Jesus. Jesus. Na verdade, consegui superar o obstáculo dos “Milagres de Jesus” muito rápido. Para mim, a suspensão (ou violação) das leis naturais envolvidas nos milagres de Jesus não é realmente diferente do que testemunhamos no diaa-dia. Existem forças naturais inerentes representadas pelas leis da física, propriedades químicas e fórmulas matemáticas, e há forças volitivas que podem interagir ou contrariar as naturais. Por exemplo, as leis da gravidade que mantêm uma pedra no chão não são suspensas (ou violadas) quando um rapaz neutraliza a gravidade ao aplicar uma maior força física para pegar e atirar a pedra. A mesma lógica vale quando lemos os relatos de testemunhas oculares de Jesus caminhando sobre as águas ou transformando a água em vinho. A partir de uma base racional, ele


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está apenas aplicando uma força volitiva fora daquilo que conhecemos como leis naturais dentro de nossas quatro dimensões materiais. Filosoficamente existe uma predisposição a rejeitar qualquer referência a eventos sobrenaturais, mas isso não significa que eles não podem ocorrer ou não ocorrem de fato. Dada à consciência de que existe um Deus, os “milagres de Jesus” são muito sensatos. Um agente sobrenatural não é logicamente limitado pelos efeitos da sua causa sobrenatural - portanto, Deus não é restringido por leis que regem nosso universo naturalista. A lei natural é a criação de Deus, instituída por Ele para governar sua criação. O criador não é “embalado” por sua criação. Ao considerar um agente sobrenatural, é lógico pensar além do comum ou natural. Dada a realidade de um criador sobrenatural, as narrativas encontradas no evangelho sobre os milagres de Jesus são muito sensatas também. Alguns acreditam que esses textos foram inspirados pelo próprio Deus. No entanto, quer você pessoalmente os mantenha em tão alta estima ou não, no mínimo os evangelhos representam quatro distintos relatos históricos escritos por quatro autores individuais que, segundo os critérios seculares, independentemente documentam acontecimentos históricos. A predisposição filosófica para ignorar qualquer coisa milagrosa ou teológica simplesmente não é um bom motivo para rejeitar os textos do


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evangelho. Novamente, vamos considerar a integridade dos escritores dos evangelhos, homens dispostos a sofrer intensa perseguição e até mesmo morrer em defesa dos seus testemunhos individuais. Como já discutido anteriormente, Lucas é geralmente considerado como um dos maiores historiadores da antiguidade. Dr. John McRay, professor de Novo Testamento e de Arqueologia na Universidade de Wheaton, em Illinois, praticamente resume:

O consenso geral de ambos os estudiosos liberais e conservadores é que Lucas é muito preciso como um historiador. Ele é erudito, ele é eloquente, o seu grego aproxima-se de qualidade clássica, ele escreve como um homem educado e descobertas arqueológicas estão mostrando repetidamente que Lucas é exato no que tem a dizer. Sir William Ramsey, um dos maiores arqueólogos dos tempos modernos, concorda: “Lucas é um historiador de primeira categoria.” Temos uma boa razão para descartar o relato de Lucas da vida de Jesus? O que dizer dos outros escritores do evangelho que deram suas vidas por seus depoimentos escritos sobre os milagres de Jesus? Ressurreição Ressurreição de Jesus Cristo Certo, mas agora vem uma grande pergunta... O ponto principal... A ressurreição de Jesus Cristo realmente aconteceu? Será que Jesus realmente ressuscitou dos mortos e por que este evento é tão


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importante...? Em um simples resumo, o Novo Testamento é fundado sobre Jesus Cristo e o poder da sua “ressurreição”. Já que a fundação do Cristianismo bíblico é a ressurreição de Jesus Cristo, então a veracidade histórica de sua vida, morte e ressurreição são igualmente importante. Pois como Paulo declarou em sua carta aos Coríntios:

E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. A única forma legítima de investigar a ressurreição de Jesus Cristo é testar a evidência histórica sem qualquer pressuposição ou preconceito. Portanto, para ser justo, vamos julgar as provas como qualquer outro evento histórico. Com base nas normas e regras para uma evidência válida, o testemunho coerente de várias testemunhas credíveis seria considerado o melhor tipo de prova disponível para o litigante. Portanto, se encontrarmos tal testemunho presente em narrativas credíveis do registro histórico, teremos então resolvido um grande desafio evidencial quando submetidas a regras tradicionais. Na verdade, encontramos vários depoimentos de testemunhas oculares sobre a ressurreição de Jesus.


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Em sua carta à igreja de Corinto, Paulo estabeleceu o seguinte:

Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Estudos de manuscrito indicam que esta era uma das primeiras crenças da fé Cristã, escrita poucos anos após a morte de Jesus Cristo. Portanto, é dramático que Paulo termina o trecho com “dos quais a maioria sobrevive até agora”. Paulo estava convidando as pessoas a verificar os fatos. Ele não teria incluído uma declaração como essa se estivesse tentando esconder algo como uma conspiração, fraude, mito ou lenda. A ressurreição de Jesus Cristo também foi declarada em várias outras narrativas, incluindo a aparição de Jesus a Maria Madalena, a outras mulheres, a Cléopas e seu companheiro, a onze discípulos e outras pessoas, a dez apóstolos e outras pessoas (excluindo Tomé), aos apóstolos (incluindo Tomé), a sete apóstolos, aos discípulos e aos apóstolos no monte das Oliveiras. O grande teste de credibilidade para essas testemunhas oculares foi que muitas delas enfrentaram mortes horrendas por seu testemunho ocular. Isso é realmente dramático! Estas


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testemunhas sabiam da verdade! O que poderiam possivelmente ganhar por morrer por uma mentira conhecida? A evidência fala por si, estas pessoas não eram apenas religiosos fiéis morrendo por uma crença religiosa, elas eram seguidores de Jesus morrendo por um evento histórico - a ressurreição de Jesus Cristo que o estabeleceu como o Filho de Deus. Evidência da Ressurreição. Com o tempo, podemos observar que a prova da ressurreição de Jesus Cristo era um dos fatos mais sólidos e comprovados da antiguidade. Depois de ressuscitar dos mortos e antes de subir ao céu, Jesus foi visto por centenas de testemunhas oculares, muitas das quais morreram defendendo fortemente o seu testemunho. Os primeiros seguidores de Cristo estavam dispostos a sofrer e morrer por sua história. Este fato estabelecido confirma a sinceridade da sua fé e fortemente exclui decepção por sua parte. Na verdade, todos os escritores do Novo Testamento (com exceção de um) foram executados por defender e proclamar a ressurreição de Cristo (João foi o único poupado, mas foi forçado ao exílio pelo imperador romano Tito Flávio Domiciano). Esta é uma prova realmente convincente da ressurreição. É claro que o martírio em si não é original - muitos ao longo da história têm morrido espontaneamente por suas crenças. O que torna o martírio dos discípulos algo extraordinário é que para estes


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homens estavam em condições de realmente saber se o que estavam professando era verdade ou não. Sabe, ninguém conscientemente escolhe sofrer torturas e morte terrível a fim de defender algo que sabem ser mentira. Por exemplo, os sequestradores suicidas do dia 11 de setembro talvez acreditavam sinceramente naquilo por que morreram, mas certamente não estavam em posição de saber se o que eles acreditavam era verdade ou não. Eles colocaram a sua fé nas tradições religiosas passadas a eles por muitas gerações. Em contraste, os mártires do Novo Testamento ou viram o que alegaram ter visto, ou não; é simples assim. Ou eles interagiram com o Jesus ressuscitado, ou não. Dramaticamente, esses homens se agarravam aos seus testemunhos até sua morte brutal nas mãos de seus perseguidores, e isso apesar de serem oferecidas várias chances de renegar sua fé e sabendo muito bem se o seu testemunho era verdadeiro ou falso. Por que tantos homens morreriam conscientemente por uma mentira? Eles não tinham nada a ganhar por mentir e obviamente tudo a perder. Além dos discípulos terem a experiência do que alegaram ser aparições da ressurreição, houve até mesmo alguns céticos que acreditavam que Jesus tinha-lhes aparecido vivo depois da crucificação. A maioria dos estudiosos bíblicos concorda hoje que Paulo era um cético e até mesmo um perseguidor da igreja Cristã primitiva antes de sua experiência com uma


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aparição pós-ressurreição. A maioria dos estudiosos concorda também que Tiago era um cético antes de sua experiência com o que ele chamou de uma aparição pós-ressurreição. A experiência de Paulo o levou a mudar imediatamente de um perseguidor horrível do Cristianismo a um dos seus defensores mais agressivos. Ele afirmou que esta mudança só veio após a interação pessoal com o Cristo ressurreto, e Ele voluntariamente sofreu e morreu por seu testemunho. Além disso, antes da ressurreição de Jesus, seu próprio irmão, Tiago, era um cético. Sua experiência de um aparecimento pós-ressurreição é relatada dentro de cinco anos depois da crucificação de Jesus. Depois de pessoalmente interagir com o Cristo ressurreto, Tiago tornou-se líder da igreja Cristã em Jerusalém. Tiago voluntariamente morreu por sua crença de que Jesus era o Messias que morreu e ressuscitou. Será que alguém que estava disposto a sofrer e morrer uma morte horrível em defesa das Escrituras seria culpado de corromper essas mesmas Escrituras? Isso é uma loucura! E se essa pessoa as tivesse corrompido (ou até mesmo permitido que fossem corrompidas), isso significaria sofrer e morrer conscientemente por uma mentira! É apenas a natureza humana... Ninguém sofre e morre conscientemente por uma mentira! OK, talvez um louco, mas não um grupo inteiro de testemunhas oculares...! Mais uma vez, quando analisada


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criticamente, essa “evidência da ressurreição” de Jesus Cristo é verdadeiramente convincente. Túmulo Vazio. Vazio Alguns dos estudos acadêmicos sobre o túmulo vazio de Jesus, a grande maioria dos estudiosos modernos concorda que o túmulo de Jesus foi encontrado vazio. O fator de Jerusalém. Já que Jesus foi publicamente executado e enterrado em Jerusalém, teria sido impossível que o Cristianismo começasse lá enquanto o corpo ainda estava no túmulo. Os inimigos de Cristo na liderança judaica e governo romano só teriam que exumar o cadáver e exibi-lo publicamente para que a farsa do túmulo vazio fosse quebrada. A resposta judaica. Ao invés de apontar para um túmulo ocupado, os líderes judeus acusaram os discípulos de Cristo de terem roubado o seu corpo. Será que esta estratégia não parece demonstrar que houve, de fato, um túmulo vazio e um corpo ausente? O depoimento das mulheres. Em todos os quatro relatos evangélicos do sepulcro vazio, mulheres são apresentadas como as principais testemunhas. Isso seria uma invenção estranha, pois em ambas as culturas judaicas e romanas, mulheres não eram apreciadas e seu testemunho não era admissível.

Quando você compreende o papel das mulheres na sociedade judaica do primeiro século, o que é realmente extraordinário é que, para começar, esta história do túmulo vazio caracteriza as


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mulheres como as descobridoras do túmulo vazio. As mulheres ocupavam um lugar muito baixo da escada social na Palestina do primeiro século. Há antigos ditados rabínicos que diziam: ‘Que as palavras da lei sejam queimadas ao invés de serem entregues às mulheres’ e ‘bem-aventurado é aquele cujos filhos são do sexo masculino, mas ai daqueles cujos filhos são do sexo feminino’. O testemunho das mulheres era considerado tão sem valor que elas não eram nem autorizadas a servir como testemunhas legais em uma corte da lei judaica. À luz disto, é absolutamente notável que as principais testemunhas do túmulo vazio são essas mulheres... Qualquer narrativa lendária certamente teria retratado discípulos homens como descobrindo o túmulo - Pedro e João, por exemplo. O fato de que as mulheres são as primeiras testemunhas do túmulo vazio é mais plausivelmente explicado pela realidade que - goste ou não - elas realmente foram as descobridoras do túmulo vazio! Isso mostra que os escritores do Evangelho fielmente registraram o que aconteceu, mesmo se fosse embaraçoso, confirmando a historicidade dessa tradição ao invés de seu estatuto lendário.


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CAPÍTULO 12 Em Defesa de Cristo. Devemos avaliar a defesa de Cristo através de óculos jurídicos, o que ainda está em falta? Alguma coisa...? Certamente outras mentes analíticas e jurídicas têm avaliado a prova em “defesa de Cristo”... Grandes mentes jurídicas já tinham feito isso. Simon Greenleaf (1783-1853) foi um dos fundadores da Escola de Direito de Harvard. Ele foi o autor do texto autoritário em três volumes, A Treatise on the Law of Evidence (1842), que ainda é considerado “a maior autoridade individual em evidência em toda a literatura de procedimento legal”. 1 Greenleaf literalmente escreveu as regras de evidência para o sistema jurídico americano. Ele certamente era um homem que sabia como pesar os fatos. Ele era ateu até que aceitou um desafio de seus alunos para investigar o caso da ressurreição de Cristo. Após pessoalmente recolher e analisar as provas com base nas regras evidenciais que ele mesmo ajudou a criar, Greenleaf se tornou um Cristão e escreveu o clássico Testimony of the Evangelists.

Que o testemunho [do Evangelho] seja examinado minuciosamente, como se tivesse sido apresentando em um tribunal de justiça do lado da parte adversa, com a testemunha sendo submetida a um rigoroso interrogatório. O resultado, acredita-se


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confiantemente, será uma convicção que não deixa dúvidas de sua integridade, habilidade e verdade. Sr. Lionel Luckhoo (1914-1997) é considerado um dos maiores advogados da história britânica. Ele está registrado no Guinness Book of World Records como o “advogado mais bem sucedido do mundo”, com 245 absolvições consecutivas de assassinato. Ele foi nomeado cavaleiro pela rainha Elizabeth II -- duas vezes. Luckhoo declarou:

Eu humildemente acrescento que passei mais de 42 anos como advogado de defesa aparecendo em muitas partes do mundo e ainda estou muito ativo nesse ramo. Tenho tido a sorte de conseguir um número de sucessos em julgamentos e digo, inequivocamente, que a prova da ressurreição de Jesus Cristo é tão avassaladora que obriga a sua aceitação sem deixar nenhum espaço para dúvidas. Lee Strobel era um jornalista do Chicago Tribune, graduado na Universidade de Yale e ganhador de prêmios. Como um ateu, ele decidiu elaborar pelo peso da evidência um caso legal contra Jesus Cristo e provar que ele era uma fraude. Como Editor Jurídico da Tribuna, a especialidade de Strobel era a análise tribunalística. Para fazer o seu caso contra Cristo, Strobel interrogou várias autoridades Cristãs, especialistas reconhecidos em seus próprios campos de estudo (incluindo PhD em centros acadêmicos de prestígio, tais como Cambridge, Princeton e Brandeis). Ele realizou o


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exame sem nenhum preconceito religioso além de sua predisposição para o ateísmo. Surpreendentemente, depois de compilar e analisar criticamente as provas por si mesmo, Strobel se tornou um Cristão. Impressionado por suas descobertas, ele organizou a prova em um livro intitulado Em Defesa de Cristo, obra que ganhou o Prêmio Gold Medallion Book por excelência. Strobel pede uma coisa de cada leitor - permaneça imparcial em sua análise das provas. No final, julgue-as por si mesmo, atuando como o único jurado no caso de Cristo. Como o “único jurado”, sentei-me quietamente na minha cadeira. Como os jurados costumam fazer na sala do júri, eu pedi para voltar novamente a uma evidência provocante. Perseguição Cristã. Cristã Aqui está um relato da perseguição Cristã primitiva assim como compilada a partir de várias fontes fora da Bíblia, a mais famosa das quais é a obra de John Fox, intitulada O Livro dos Mártires: Cerca de 34 DC, um ano depois da crucificação de Jesus, Estêvão foi expulso da cidade de Jerusalém e apedrejado até a morte. Cerca de 2.000 cristãos sofreram o martírio durante este tempo. Mais ou menos 10 anos depois, Tiago, filho de Zebedeu e irmão mais velho de João, foi morto quando Herodes Agripa chegou como governador da Judeia. Agripa detestava os judeus, e muitos discípulos da antiguidade foram martirizados sob o seu regime, inclusive Timão e


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Parmenas. Filipe, um discípulo de Betsaida, na Galileia, sofreu o martírio em Heliópolis, na Frígia, em mais ou menos 54 DC. Ele foi açoitado, lançado na prisão e depois crucificado. Cerca de seis anos depois, Mateus, o cobrador de impostos de Nazaré que escreveu um dos evangelhos, estava pregando na Etiópia quando sofreu o martírio pela espada. Tiago, irmão de Jesus, administrou a igreja primitiva em Jerusalém e foi o autor de um livro da Bíblia com o seu nome. Na idade de 94, ele foi espancado e apedrejado, até que finalmente teve seu cérebro esmagado com um porrete. Matias foi o apóstolo que substituiu Judas Iscariotes. Ele foi apedrejado em Jerusalém e depois decapitado. André, irmão de Pedro, pregou o evangelho por toda a Ásia. Em sua chegada a Edessa, foi preso e crucificado em uma cruz, duas extremidades da qual foram fixadas transversalmente no chão (daí o termo “Cruz de Santo André”). Marcos se converteu ao Cristianismo por influência de Pedro, e depois transcreveu no seu Evangelho a narrativa de Pedro sobre Jesus. Marcos foi arrastado aos pedaços pelo povo de Alexandria, na frente de Serapis, seu ídolo pagão. Aparenta ser o caso que Pedro foi condenado à morte e crucificado em Roma. Jerônimo afirma que Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, a seu pedido, porque ele disse que era indigno de ser crucificado da mesma maneira que o seu Senhor. Paulo sofreu a primeira perseguição sob Nero. A fé de Paulo era tão forte


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mesmo à face do martírio, que as autoridades o levaram a um lugar privado fora da cidade para executá-lo com a espada. Em cerca de 72 DC, Judas, o irmão de Tiago comumente conhecido como Tadeu, foi crucificado em Edessa. Bartolomeu pregou em vários países e traduziu o Evangelho de Mateus na Índia. Ele foi cruelmente espancado e crucificado pelos idólatras de lá. Tomé, chamado de Dídimo, pregou na Pártia e na Índia. Ele foi morto por sacerdotes pagãos com uma lança que atravessou o seu corpo. Lucas foi o autor do Evangelho em seu nome. Ele viajou com Paulo através de diversos países e foi supostamente enforcado em uma oliveira pelos sacerdotes idólatras da Grécia. Barnabé, de Chipre, foi morto sem muitos fatos conhecidos em 73 DC. Simão, de sobrenome Zelote, pregou na África e na GrãBretanha, onde foi crucificado em cerca de 74 DC. João, o “discípulo amado”, era o irmão de Tiago. De Éfeso, ele foi levado à Roma, onde se afirma que ele foi jogado em um caldeirão fervente. Ele escapou por um milagre, sem ferimentos. Depois disso, Domiciano o exilou à ilha de Patmos, onde escreveu o livro do Apocalipse. Ele foi o único apóstolo que escapou de uma morte violenta. A perseguição aos Cristãos não retardou o crescimento da fé Cristã durante os primeiros séculos depois de Jesus. Mesmo com seus primeiros líderes sofrendo uma morte horrível, o Cristianismo floresceu durante o Império Romano.


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Como pode este registro histórico de martírio ser visto como qualquer outra coisa que não seja uma poderosa evidência para a verdade da fé Cristã uma fé baseada em fatos históricos e depoimentos de testemunhas oculares? Oremos: Oremos - Senhor Deus e querido pai celestial, muito obrigado por nos dá sabedoria para o entendimento profético da tua palavra, muito obrigado porque podemos comprovar para os incrédulos e para nós mesmos que a tua palavra foi escrita por homens inspirados pelo Teu Santo Espírito, muito obrigado Senhor porque todas as tuas predições se cumpriram e estão se cumprindo fielmente em seu tempo determinado, muito obrigado porque o Senhor é um Deus zeloso, e sei que quando uma profecia se cumpre, não é por coincidência, mas é a tua providência agindo, muito obrigado porque o Senhor sempre está no controle, muito obrigado por ter me encorajado a escrever este como uma forma de alcançar outras pessoas que ainda duvidam da Tua palavra, muito obrigado pelo teu Santo Espírito que sempre esteve presente não deixando que eu desviasse do objetivo central para o qual esse livro foi escrito, muito obrigado por todas as fontes de pesquisas que eu usei, abençoa Senhor todas as pessoas que de forma direta ou não contribuíram na execução deste trabalho, esta é a oração que eu faço em nome de Jesus amém.


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Referências bibliográficas: Livro: “A Eterna Graça” Autor: William MacDonald (7/1/1917 – 25/12/2007) viveu na California–EUA Editora: Actual Livro: Jesus e o Fim dos Tempos Autor: Thomas Ice é diretor executivo do Pre-Trib Research Center (Centro de Pesquisas Pré-Tribulacionistas) em Washinton, DC (EUA). Ele é Ph.D. pelo Seminário Teológico de Dallas e pelo Seminário de Tyndale Editora: Actual Livro: Amor - O que nos falta para o Arrebatamento Autor: Norbert Lieth É Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional Editora: Actual Livro: No Mundo, Mas Não Do Mundo. Autor: William MacDonald (7/1/1917 – 25/12/2007) viveu na California–EUA Editora: Actual Livro: Apocalipse 13 - A Última Vitória de Satanás Autor: Arno Froese É o Diretor-Executivo da Obra Missionária Chamada da Meia-Noite nos Estados Unidos Editora: Actual Livro: Descomplicando as Profecias de Daniel Autor: Arno Froese É o Diretor-Executivo da Obra Missionária Chamada da Meia-Noite nos Estados Unidos Editora: Actual Livro: RECAPITULANDO A PROFECIA


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Autor: Norbert Lieth É Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional Editora: Actual Livro: Venha Conhecer o Que Acontecerá no Futuro Autor: Serve como pastor da Jerusalem Assembly - House of Redemption e como expositor da Bíblia em congressos interdenominacionais e outros eventos, tanto em Israel quanto no exterior. Meno é judeu messiânico, ou seja, crê em Jesus como seu Salvador pessoal e que Ele é o Messias prometido de Israel. Suas palestras têm sido muito abençoadas, mostrando a visão judaica da Bíblia. Editora: Actual Livro: A Unção do Espírito Santo Autor: Dr. Joe Jordan, veterano missionário que fundou o ministério da Palavra da Vida na Argentina, é o diretorexecutivo internacional da Word of Life Fellowship. O trabalho mundial da Palavra da Vida é dedicado à evangelização e ao discipulado de jovens, adolescentes e crianças, alcançando-os com as Boas-Novas da salvação em Jesus Cristo. Editora: Actual Livro: O Dia do Juízo! - O Islã, Israel e as Nações. Autor: Dave Hunt Devido a suas profundas pesquisas e sua experiência em áreas como profecias, misticismo oriental, fenômenos psíquicos, seitas e ocultismo, realiza muitas conferências nos EUA e em outros países, também sendo entrevistado frequentemente no rádio e na televisão. Começou a escrever em tempo integral após trabalhar por 20 anos como consultor em Administração e na direção de várias


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empresas. Dave Hunt escreveu mais de 20 livros com vendas totais que passam dos 3.000.000 de exemplares. Editora: Actual Livro: Estudos Sobre o Livro de Daniel Autor: H. A. Ironside Editora: ACTUAL Livro: A Mulher Montada na Besta Autor: Dave Hunt Devido a suas profundas pesquisas e sua experiência em áreas como profecias, misticismo oriental, fenômenos psíquicos, seitas e ocultismo, realiza muitas conferências nos EUA e em outros países, também sendo entrevistado frequentemente no rádio e na televisão. Começou a escrever em tempo integral após trabalhar por 20 anos como consultor em Administração e na direção de várias empresas. Dave Hunt escreveu mais de 20 livros com vendas totais que passam dos 3.000.000 de exemplares. Editora: Actual Livro: Escavando a Verdade Autor: Rodrigo Silva, Ph.D em arqueologia Editora: Novo Tempo Livro: A Bíblica e a Arqueologia Autor: Dr. John Arthur Thompson é Doutor em Estudos Orientais pela University of Cambridge (Reino Unido). Trabalhou em escavações nas cidades de Jericó e Dibon, por meio da ASOR (American Schools of Oriental Research) e serviu como Diretor do Australian Institute of Archaeology (Melbourne, Austrália) durante muitos anos. Editora: Editora Vida Cristã LIVRO: Arqueologia Bíblica


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AUOTR: Randal Price EDITORA: Casa Publicadora das Assembléia de Deus (CPAD) DVD: 70 Minutos – Israel Editora: Beth-Shalom Wikipedia – Enciclopédia Livre. DVD – Evidências. Entretanto, cabe observar que este livro é relacionado como escrito profético no Antigo Testamento das bíblias cristãs, diferentemente do que ocorre na Bíblia Hebraica, na qual é relacionado entre Ester e Esdras como outros escritos (Bíblia de Jerusalém (Nova Edição Revista e Ampliada, Ed. de 2002, 3ª Impressão (2004), Ed. Paulus, São Paulo, p 1.245) Daniel, Edição Pastoral da Bíblia, acessado em 21 de agosto de 2010. A Bíblia do Peregrino (Luís Alonso Schökel, Ed. Paulus, 2002, 2ª Ed. 2006, p 2.127) sustenta que foi composto entre 167 e 163 AC. A Bíblia de Jerusalém (cit., pp 1.244-1.245) sustenta que os 39 primeiros versículos do capítulo 11 testemunham as guerras entre Selêucidas e Lágidas e uma parte do reinado de Antíoco Epífanes, e que, portanto, o livro teria sido composto durante as perseguições promovidas por Antíoco Epífanes e antes da vitória da insurreição dos Macabeus, ou seja, entre 167 e 164 AC. Airton José da Silva sustenta que foi escrito em 164 AC, em Apocalíptica, acessado em 21 de agosto de 2010 A Tradução Ecumênica da Bíblia (Ed. Loyola, São Paulo, 1994, p 1.358), sustenta que o livro foi escrito final de 164 ou no início de 163 AC. Bíblia de Jerusalém, cit., pp 1.245 Tradução Ecumênica da Bíblia, cit., p 1.358.


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