Olympico 70 Anos

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70 ANOS: ontem e de hoje Desde 1940 formando gerações

o clube de


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Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Expediente

Nismar Alves dos Reis Presidente

Olympico Club

Arquivo Pessoal

Rua Professor Estêvão Pinto, 783 Serra - Belo Horizonte / MG

Fundado em 4 de fevereiro de 1940 por Roberto de Magalhães Pinto; João Câncio Fernandes Filho; Renato de Magalhães Pinto; Rogério de Magalhães Pinto; Mauro Ferreira; Antônio Carlos Rezende Garcia; Alberto Soares Teixeira; Luciano Passini; Camil Caram; Gil Guatimosim e José Vieira, tendo como presidente de honra Juscelino Kubitscheck de Oliveira. DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Nismar Alves dos Reis Vice-presidente Administrativo: Rômulo Rocha Mesquita Vice-presidente de Esportes: Ruy Gomes Silva Filho Vice-presidente Financeiro: Luiz Carlos Bemfica Cotta Santos Vice-presidente Social: Cristovão Eyer Cabral DIRETORIA DE ESPORTES Sinuca: José Sílvio Abras Basquete: Flávio Rezende Magalhães Tênis: Abílio Eustáquio de Andrade Neto Peteca: Alonso Antônio Perez Vilches Futsal: Thomaz de Aquino Pimenta Voleibol Masculino: Walney José de Almeida Voleibol Feminino: Carlos Reinaldo S. Bomfim CONSELHO FISCAL Efetivos Daniel Lopes Garcia Glauco Naves Correa Jair Eustáquio Ferreira Maia Suplentes Marco Antônio Cortez da Cunha Gustavo Dias Sarmento CONSELHO DELIBERATIVO Presidente Paulo Martins Soares Fernandes Bomfim Vice-presidente Vital Abras 1º Secretário José Ângelo Tameirão 2º Secretário Breno Moreira Montoni Membros Efetivos Alexandre Murta Barros; Alvaro Starling Malheiros; Anderson Alvares da Silva; Andre Rocha Ribeiro; Ângelo Alberto Maestrini; Antônio Chaves Fernandes; Breno Moreira Montoni; Carlos Alberto Silva Barros; Elias Abras Neto; Ewerton Andrade Félix; Guilherme Andrade O. Bernis; Gustavo D´Urso; Helton de Oliveira; Henrique Murta Barros; Hilson Rodrigues Bezerra; João Penna Martins Vieira; Jorge Pereira dos Santos; José Ângelo Tameirão; José Carlos Antunes; José Expedito Ferreira; Luiz Carlos Carvalho; Marcus Vinicius; Hudson Nascimento; Maurício Zuquim Macedo; Milton Mirahy Maciel; Otoniel Antônio da Silva; Paulo Martins S. Fernandes Bomfim; Pedro Gaspar Wanner; Robelman José Alves; Rodrigo Costa Ribeiro; Rômulo Ferolla; Ronaldo de Menezes Silva; Rossano Américo Farah; Ruben Marques Fraga Junior; Sônia Maria Monteiro; Suzie Hudson Nascimento; Valter Francisco da Silva; Vicente Salete Borges e Vital Abras

Editorial Por uma feliz coincidência circunstancial, me encontro a frente dos destinos do nosso clube, neste especial momento de comemoração. Nascido do sonho, da vontade e da coragem de 11 adolescentes, no longínquo ano de 1940, o Olympico está comemorando, neste ano de 2010, seu septuagésimo aniversário. São décadas de lutas, dificuldades, muitas vitórias e algumas derrotas, que constituíram a saga gloriosa deste, que é um dos mais reconhecidos e respeitados clubes do país. Conquistas? Certamente tivemos muitas. Saímos de uma quadra de saibro em terreno cedido por empréstimo, para um

patrimônio imobiliário considerável, numa das regiões mais valorizadas e disputadas de Belo Horizonte; revelamos inúmeros atletas, verdadeiros campeões, nas mais diversas modalidades esportivas; promovemos memoráveis momentos de confraternização social. Assim, para retratar e eternizar alguns dos maravilhosos momentos, editamos essa revista que, sem dúvida nenhuma, é uma justa homenagem a todas as pessoas que fizeram parte desta história. Em nome de todos os sócios, parabenizo o Olympico Club por essa data, na certeza que teremos um futuro ainda mais brilhante, repleto de glórias!

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CONSELHEIROS NATOS Hélcio Nunan Macedo, Gecernir Colen, Sebastião Ferreira da Luz

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Revista Olympico Club Especial 70 anos Produtos BH

Colaboração: Breno Montoni David Rocha Lucia Guatimosim Alves Sandra Flores Simone Queiroz de Campos Impressão: Gráfica Lastro Tiragem: 20.000 exemplares

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Foto de Capa: Gustavo Lovalho

Jornalista Responsável: Gilson de Souza (MG - 12.251 JP) Redação: Gilson de Souza Revisão: Gerci Cardoso (MG-09987 JP) Fotografia: Arquivo Olympico Club Gilson de Souza Gerci Cardoso Diagramação e Arte: Gilson de Souza (31) 3462-0515

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Entrevista: João Câncio e Rogério Magalhães Pinto Olympico: templo do Atletas • Fundadores • Ex-presidentes Atletas que fizeram história do Olympico Quem escreveu a história O Olympico hoje Eventos Sociais Atual Diretoria

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Arquivo Olympico Club

Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Entrevista

João Câncio e Rogério Magalhães Pinto

De simples meninos a campeões mineiros O Olympico Club foi fundado com o único intuito de proporcionar diversão a 11 meninos que viviam em uma época marcada pela guerra e por sonhos. Apesar do campo improvisado e das diversas barreiras, eles conseguiram cumprir não só o objetivo pelo qual o Olympico Club foi criado, mas fazer com que o mesmo se tornasse sinônimo de uma “grande família”. São 70 anos de histórias, de lutas e de conquistas que não se perderam no tempo e se revigoraram a cada dia e ano. Um Clube antigo, mas rejuvenescido pelos seus ideais e, principalmente, por suas ações que incentivam gerações e gerações a manter vivo o espírito de 11 meninos que tinham um propósito, mas que eram vistos apenas como meninos. Essa entrevista retrata um pouco dessa trajetória e foi realizada em homenagem aos únicos sócios fundadores do Olympico Club que ainda estavam vivos: Rogério Magalhães e João Câncio, e retrata um pouco dessa trajetória. No entanto, antes mesmo de sua publicação, João Câncio veio a falecer. Uma perda irreparável, mas alimentada pelo exemplo de vida e de perseverança que motiva sócios, atletas, funcionários e diretores a manter acesa a chama do Olympico Club e a honrar os seus ideais.

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Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Como surgiu a ideia de se criar o Olympico Club? A ideia inicial não era a de fundar um clube, mas apenas de diversão já que procurávamos por lazer naquela época. Improvisamos, nos fundos da minha casa, um campinho de saibro e nosso objetivo era apenas disputar, única e exclusivamente, voleibol. Existia apenas essa modalidade e, claro, nossas festas juninas. Os senhores receberam apoio de alguém? A grande matriz do Olympico chamase dr. Clóvis de Magalhães Pinto e dona Maria Luiza. Foi lá, no porão da casa deles, que fundamos o Clube. Quando nos reuníamos, d. Maria fritava deliciosas linguiças e tínhamos total apoio deles, além disso, nossas festas eram realizadas na casa do casal. Por que o nome Olympico e Como foi fundar um clube? Em 1938, um clube de estudantes do Rio de Janeiro sagrou-se campeão em cima de clubes bem mais estruturados e preparados. Aquele feito teve uma grande repercussão, o que gerou muitos outros clubes pelo Brasil que imitaram seu nome. No estado do Amazonas, em Formiga, cidade de Minas Gerais, também existem clubes com o nome de Olympico. Mas nós estivemos lá no Rio, no bairro da Cinelândia e fizemos um acordo para que os sócios daqui de Belo Horizonte pudessem frequentar as instalações deles, que por sinal eram muito bonitas. Fundar o Olympico não foi complicado, difícil foi prosseguir com o clube. E como vocês conseguiram? Lembro-me do primeiro “dinheiro” que passou pelas nossas mãos. Juscelino Kubitscheck acabara de inaugurar a Lagoa da Pampulha e foi ele quem nos incentivou a entrar no campeonato de remo. Na época, em 1943, a cidade estava promovendo competições entre equipes de todo o Brasil e JK nos ofereceu o transporte, emprestou os barcos e ainda nos ofereceu um “mingau” depois dos treinos. Lembro-me que acordava às 4h30 da manhã e às 7h já estava de vol-

Arquivo Olympico Club

João Câncio em entrevista concedida ao “Folha do Olympico” em 1993: “É preciso manter a chama do Olympico” ta à Praça 7. Eram cinco clubes de São Paulo e do Rio de Janeiro, e dois de Minas Gerais para a regata de inauguração da Lagoa. Na ocasião, estavam presentes várias pessoas ilustres, dentre elas o presidente da República, Getúlio Vargas e o governador de Minas, Benedito Valadares. O Clube Internacional do Rio de Janeiro ganhou a regata, e, nós ficamos com a segunda colocação. Os gritos vindos da margem para nos desencorajar: “o Olympico foi desclassificado, o Olympico foi desclassificado”, foram respondidos aos xingos. Quando percebi, Getúlio Vargas estava dando gargalhadas. Ao invés de recebermos o troféu, preferimos ficar com o dinheiro para comprar algumas bolas para o Olympico. Depois desse campeonato, o Olympico ganhou visibilidade? O Olympico conseguiu congregar uma turma de pessoas bem variadas. A união que se formou entre nós, fez com que nossos sonhos fossem se tornando realidade, pois lutávamos por eles juntos, como se fôssemos uma grande família. Sem apoio do governo, sem apoio da prefeitura, nosso Clube se formou do nada, apenas nossa vontade era o que nos movia.

E como foi a sua inserção no mercado? Uma homenagem que gostaríamos de fazer vai para o interventor Benedito Valadares, mais conhecido por Governador Valadares. Enquanto governador de Minas, ele incentivou a prática de esportes, criando um órgão do governo que se chamava Praça de Esportes de Minas Gerais. A finalidade era a construção de espaços para a prática de esportes, principalmente, a natação. Antes disso, os mineiros eram conhecidos apenas por pessoas de pouca cultura e eram vítimas de preconceitos por parte de cariocas e paulistas. Devido ao incentivo do então governador, no 1º Campeonato Brasileiro de Natação, o Minas Tênis Clube alcançou a segunda colocação geral, e nos dez anos seguintes foi a vez do Olympico Club se consagrar campeão brasileiro. Fernando Nunes era o melhor jogador que tínhamos aqui e um grande companheiro que veio para engrandecer o futebol do Olympico. No início os senhores gostavam de jogar vôlei e fazer festas, como eram as festas do Olympico? As nossas festas juninas eram memoráveis. Nós mesmos cobríamos a quadra com aquelas madeiras de construção, montávamos barraquinhas e recebíamos pessoas de vários lugares. O próprio pessoal do Minas Tênis Clube, antes de fazer a festa junina deles, sempre perguntavam-nos quando seria a nossa, já que os atletas de lá vinham em peso para cá. Outra festa que ficou na memória dos belorizontinos foi quando levamos a Orquestra de Belo Horizonte, para tocar em um dos andares do edifício Mariana. E como foi? Dr. Clóvis nos cedeu uma sobre-loja, onde hoje é um restaurante, e a repercussão dessa festa foi estrondosa. Nós mesmos fazíamos a função de porteiros e o interessante é que, dessas festas, muitos casais se formaram. Certa vez, nos juntamos para contar quantos casamentos vieram dessa época. Somamos 32 casais, sendo que, nenhum deles havia se separado. Eu fui apresentado a Maria Helena, mais conhecida por Duda, e nosso “treinamento” durou 52 anos. Infelizmente ela morreu bem no dia da mentira.

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Qual a lição que vocês tiraram com a fundação do Olympico Club? A fundação do Olympico nos deu uma autoconfiança e determinação de vida. Eu falo que sou o único mineiro nascido no Acre. Estava de mudança para a capital de Minas Gerais sem conhecer nada e sendo tratado como tuberculoso, como todos que vinham para BH na época de 1930 a 1940. A lição aprendida, e que ficou para a vida toda, foi a amizade formada, o espírito de congregar as pessoas e de saber respeitar as autoridades. Foi poder criar, fora do âmbito familiar, uma oportunidade de aprendizagem e de pureza que vai permanecer na vida do indivíduo. Como se deu esse trabalho social do Olympico Club? Nosso primeiro objetivo era congregar os moradores do bairro Serra para jogar vôlei. A parte social veio mais tarde, pois nossas festas cresciam e se tornavam cada vez mais procuradas. Tínhamos um lema que serve para ser lembrado até hoje: “Existia o Olimpo: o templo dos deuses,

e Olympico: o templo dos atletas”. Temos muito orgulho em ver o que o Olympico se tornou hoje. Na época em que foi fundado como as tarefas eram divididas? Deixando a modéstia de lado, antigamente, no Olympico tínhamos que fazer de tudo. Já fui técnico, jogador, brigador, tudo! O Clube, certa vez, precisou indicar para a Federação Mineira de Voleibol, um juiz para um campeonato. Lá, fui eu para apitar as partidas, pois não dispúnhamos de dinheiro para pagar um juiz profissional. Ao final do campeonato, ganhei o título de “Melhor Juiz do Campeonato” e, até há pouco tempo, encontrava com pessoas que me parabenizavam, dizendo que, mesmo sendo do Olympico, preferiam que eu apitasse, pois o respeito que tinham por mim era enorme. O que podemos esperar do Olympico? A ideia da continuidade, desde sua fundação, e a de Clube Social para toda a família é o que esperamos. Que os próximos

presidentes e todos aqueles que estão à frente do Clube, possam melhorá-lo ainda mais, trazendo novidades e inovações tecnológicas. Isso é um completo orgulho para nós, que começamos e estamos vendo nossa obra ser melhorada e transformada para o bem daqueles que frequentam o Olympico. Percebo que eles fazem com amor, pois sabemos que não tem dinheiro público investido no Clube. Teria algum agradecimento a fazer? Um fato decisivo na minha vida foi o carinho e a confiança com que dr. Willer Pinto me tratou por muitos anos. Ele foi,

Fotos: arquivo Olympico Club

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nas décadas de 1930 a 50, um banqueiro respeitado em Belo Horizonte. Certa vez me disse para pedir o que precisasse, pois trabalhava num alto cargo do antigo Banco Hipotecário. Consultei meu irmão, que trabalhava no Banco Central, e ele não acreditou e me disse enfático: “Willer não avaliza nem o próprio irmão dr. Clóvis, como ele vai te avalizar?”. Voltei um ano depois e perguntei se ainda estava valendo aquela proposta. Ele me disse: “Claro! De quanto o senhor está precisando?” já me liberando talão de cheques. Dentro do próprio banco, o escândalo criado por aquele empréstimo foi enorme, pois naquela época, eu tinha apenas 22 anos de idade. Mas, dr. Willer me disse com um sorriso no rosto, “João, vejo suas boas atitudes no Olympico e também sempre percebi em você uma pessoa correta naquilo que faz. Portanto, achei que valia a pena investir em você”. Entendi, desde então, como é bom ser íntegro em tudo. Foi assim que vivi todos esses anos e é isso que desejo para todos os que nos sucederam.

O segundo lugar na Regata de Inauguração da Pampulha, deu ao Olympico, não só a quantia em dinheiro para comprarmos bolas para o Clube, como também, o destaque necessário para que o país inteiro pudesse enxergar os mineiros com outros olhos. Ali, deixávamos de ser capiaus, para sermos campeões João Câncio


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Nas páginas da

história

Arquivo Olympico Club

Foto de 1940 com a casa de dr. Clóvis e d. Maria Luíza ao fundo. A primeira quadra foi construída pelos próprios fundadores do Olympico Club. Eles buscavam saibro numa caminhonete emprestada pelo dr. Clóvis, na antiga estrada para Nova Lima. Onde atualmente está instalado o Hospital da Baleia. Na foto, da esquerda para direita, Roberto Magalhães Pinto, Saraiva Caldeira, Rogério Magalhães Pinto, Antônio Carlos Rezende Garcia, Renato Magalhães Pinto e Walter Noronha Abaixo, o casal dr. Clóvis e d. Maria Luíza Fotos: Arquivo Olympico Club

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Olympico:

templo dos Atletas Quatro de fevereiro de 1940: o jornal desse dia trazia como título principal: “A segunda grande guerra havia começado e o exército Alemão avançava trazendo luto a muitas famílias”. Nesse contexto, 11 adolescentes, com idades entre 13 e 17 anos, fundaram, nesse mesmo dia, o Olympico Club, o segundo Clube Esportivo de Belo Horizonte. “Dizíamos que o Olympico era o templo dos deuses, então ele se tornava o templo dos atletas”, comentou, certa vez, o entusiasmado João Câncio, um dos fundadores do Clube. Junto com ele estavam: Alberto Soares Teixeira; Antônio Carlos Rezende Garcia; Camil Caram; Gil Guatimosin; José Vieira de Souza; Luciano Jorge Passini; Mauro de Castro Ferreira; e os irmãos Renato, Roberto e Rogério Magalhães Pinto,

o único ainda vivo e, mesmo com idade avançada, é bastante participativo. Os jornais da época noticiavam fatos sem relevância como “Fulano caiu de um bonde, mas nada sofreu”, ou “Bateu com a cabeça num poste e se encontra hospitalizado”, e deixaram de anunciar a importante agenda do então prefeito de Bello Horizonte (com dois ‘elles’ mesmo), em exercício, Juscelino Kubitscheck de Oliveira, também conhecido como JK. Com sua influência na sociedade mineira, o empresário dr. Clóvis de Magalhães Pinto, convidou JK para presenciar a fundação do Clube por 11 adolescentes. O local escolhido para assinatura foi a casa dos Magalhães Pinto. Prontamente atendida a solicitação de dr. Clóvis, Juscelino foi convidado para ser presidente de honra, sendo, até hoje, o único que ocupou esse cargo. Apesar de jovens, os adolescentes ocu-


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Fundadores

ano de 1940

Fundadores do Olympico Club • Fundadores do Olympico Club Fundadores: em ordem alfabética

F. Albuquerque; S. PAULO

Antônio Carlos Rezende Garcia

Camil Caram Arquivo Olympico Club

Arquivo Olympico Club

Arquivo Olympico Club

Alberto Soares Teixeira

Presidente de Honra: JUSCELINO KUBITSCHEK

pavam pelas conquistas e vitórias no voleibol, espaço merecido na mídia. Em 1943 eles começaram a competir oficialmente, em um campo improvisado, no terreno de saibro - mistura de argila e areia -, situado à rua do Chumbo, ao lado do número 255. Nessa época, esses jovens superavam equipes que dominavam as quadras mineiras, como o Paysandu,

Noinas e América. No ano de 1945, o Olympico sagrou-se campeão da 1ª divisão masculina e campeão do juvenil masculino, ambos invictos. Por isso, era chamado pelos jornais mineiros de “Academia do Voleibol Mineiro”. As vitórias deram um ânimo a mais aos jovens que se empenharam para comprar

uma sede própria e nela construir uma quadra. Sem esperar o bicampeonato, eles sondaram um terreno na esquina das ruas Palmira e Chumbo, atual Estêvão Pinto. Na ocasião, o procurador dos herdeiros do terreno, o ministro da Justiça, Oswaldo Aranha jogou por água abaixo o sonho dos jogadores, dizendo “não fazer negócios com “meninos”.

Esporte Ilustrado - 12/07

/1945

Fotos: Arquivo Olympico Club

Treino dos “meninos” e o destaque para o time feminino

Revista

Esporte Ilustrado

Aí está o jovem e possante quadro de volei do Olympico. Da direita para a esquerda: Roberto, Camil, Luciano, Cancinho, Soares e Lustosa. Cancinho foi a maior revelação do volei mineiro e, foi este ano, com Luciano Campeão Brasileiro Universitário Revista Esporte Ilustrado - 12 de julho de 1945

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Fundadores do Olympico Club • Fundadores do Olympico Club Fundadores:

em ordem alfabética

Eles, então, partiram para um terreno próximo, e elegeram alguns “adultos” de confiança para a negociação. Eram eles: Leopoldo Bian, como presidente; Bernardo Magalhães, foi o vice-presidente; Alberto Fonseca, como segundo vice-presidente e, Willer de Magalhães Pinto, foi o tesoureiro geral. O terreno de 8.500 m² estava sendo

Luciano Passini

José Vieira Arquivo Olympico Club

João Câncio Fernandes Filho Arquivo Olympico Club

Arquivo Olympico Club

Gil Guatimosim Neto

ofertado a 200 mil Cruzeiros. O valor era uma fortuna e os jovens dispunham apenas de 25% desse montante. Mesmo assim, combinaram de pagar o restante em várias parcelas. No entanto, veio a má notícia de que Carlos Lago, um empreendedor que havia comprado todos os terrenos do outro lado da rua, havia oferecido 250 mil Cruzeiros ao proprietário.

Como os jovens não poderiam voltar atrás, eles teriam que arranjar o dinheiro ou perderiam aquela propriedade. Por sorte, o tesoureiro dr. Willer de Magalhães Pinto conversou com o proprietário e assinou um cheque no valor do negócio, passando a escritura imediatamente para os 11 adolescentes. “São meninos, mas acredito piamente na palavra deles”, disse

Arquivo Olympico Club

Curiosidades • Curiosidades • Curiosidades • Curiosidades Assinatura do Contrato de Compra do atual Terreno do Olympico Club.

Quem deu a primeira bomba de encher bolas para o Olympico foi Henrique Guatimosin, irmão de um dos fundadores do Clube, Gil Guatimosin. Eles são os tios da atual coordenadora de comunicação do Clube, Lúcia Guatimosin.

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A rua Professor Estevão Pinto, antiga rua Chumbo, ganhou esse nome em homenagem ao avô dos irmãos Magalhães Pinto: Renato, Roberto e Rogério, fundadores do Olympico Club e pai do dr. Clóvis

Roberto, Rogério e Renato Magalhães Pinto, apesar do nome idêntico não possuíam parentesco com o Governador José de Magalhães Pinto. Este governou Minas Gerais de 1961 a 1966 e cedeu seu nome para o estádio Mineirão.

Rogério Magalhães foi fundador e presidente do Olympico, de 1965 a 1966. Ele quem deu a ideia de promover escolas de esporte nas dependências do Clube, já que nos dias de semana não havia nenhum tipo de movimentação e todos frequentavam o Olympico apenas aos finais de semana. As escolas receberam o nome de “Curso Olympico”.


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Fundadores do Olympico Club • Fundadores do Olympico Club Fundadores: em ordem alfabética

da quadra A e do vestiário. “Apenas quatro, dos 150 sócios, não concordaram em ajudar”, disse João Câncio, em uma entrevista para a “Folha do Olympico”. Outros 35 pequenos clubes se formaram como o Olympico Club e passaram a disputar campeonatos oficiais, no entanto, nenhum outro sobreviveu sem dinheiro público. Essa independência foi atribuída Arquivo Olympico Club

Rogério de Magalhães Pinto Arquivo Olympico Club

Arquivo Olympico Club

Arquivo Olympico Club

ao preencher o cheque. Entre 1951 e 1953, a sede e a primeira quadra do Olympico Club haviam sido construídas e, de 1953 a 1954, muitos sócios se surpreenderam ao saber que o Clube já havia saldado sua dívida. A notícia contribuiu para convencê-los sobre o pagamento de uma segunda parcela para viabilizar a construção da Sede,

Roberto de Magalhães Pinto Arquivo Olympico Club

Renato de Magalhães Pinto

Mauro Ferreira

ao empenho de presidentes, conselheiros, funcionários, associados, atletas, familiares, e outros tantos, que dedicaram partes e, até mesmo, a vida toda ao Olympico Club. São pessoas, às vezes anônimas, que passaram e deixaram um pouco de si nas quadras, nas piscinas e em cada estrutura construída. Fazer uma homenagem a elas, nas poucas páginas desta revista, é o míArquivo Hélcio Nunam

As fotos, datadas da década de 1950, foram produzidas já no atual endereço do Olympico Club. A foto da esquerda, se refere à primeira foto do Clube, onde Roberto Caldeira, Roberto Magalhães Pinto e Rogério Magalhães Pinto construíram, com pás emprestadas, a primeira quadra. A foto da direita, cedida por Hélcio Nunam, mostra obras na fachada do Olympico da antiga rua Chumbo, atual Professor Estêvão Pinto

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Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Presidentes

Galeria dos ex-presidentes • Galeria dos ex-presidentes Galeria dos ex-

Presidentes Renato Magalhães Pinto

Leopoldo Blan

Antônio Felício Cintra Neto

1945 - 1947

1948 - 1950

Fotos: arquivo Olympico Club

Roberto Magalhães Pinto

1940 - 1943

1944 / 1963 / 1964

nimo que podemos fazer. Tantas histórias surgiriam das reuniões na casa do dr. Clóvis de Magalhães Pinto, às quais, hoje, 70 anos mais tarde, percebese que este Clube está apenas começando e dando mais um passo para o futuro. A Revista Comemorativa dos 70 anos do Olympico Club é um registro de al-

Nas páginas da

História

Em 1970, a revista comemorativa dos 30 anos do Olympico Club foi lançada e narrava a história dos 11 meninos. O desafio na época, era prever o que seria do Clube em 2000, a resposta foi superação.

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guns momentos especiais vivenciados por fundadores, sócios, familiares e amigos e será uma maneira de transmitir às próximas gerações parte daquilo idealizado pelos 11 meninos. Como diz Breno Montoni, o qual ocupou os cargos de: coordenador geral e vice-presidente de Esportes; vice-diretor

social; assessor Especial da Presidência; e, Secretário do Conselho, por quatro anos consecutivos, e que acompanha, até os dias de hoje, o Olympico: “nossa história escrita com alegria e paixão por 70 anos nos permite esperar por uma história gloriosa nos próximos 70. Que venham outros 70 anos!”

Arquivo Olympico Club


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Galeria dos ex-

presidentes Bernardo Figueira Magalhães

1950 - 1953

Rogério de Magalhães Pinto

1965 - 1966

Edgar Moreira da Silva

1983 - 1986

Júlio Cesar Pereira de Andrade

1999 - 2002

Camil Caram

1955 - 1956

João Câncio Fernandes Filho

Fernando Nunes de Lima

1957 / 1962 - 1967 - 1970

Salim Salum

1970 - 1980

1981- 1982

Hélcio Nunam Macedo

Gecernir Colen

1991 - 1994

1995 - 1998

Sebastião Ferreira da Luz

Nismar Alves dos Reis

2003 - 2006

2007 - 2009


Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Atletas escrevem a história

do Olympico

Fotos: arquivo Olympico Club

Abaixo, time de vôlei de 1948. Da esquerda para direita: Hélcio, Caubi, Nelson Ferreira, Nelson Carneiro, Nery Paulinelli e José Bezerra Paraguai

Delegação de Atletas do Olympico Club nos primeiros Jogos da Primavera, realizados em Belo Horizonte

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Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Passagens do time feminino de vôlei do Olympico Club. Suas viagens, seus jogos e a beleza encantadora das mulheres.

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Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Das piscinas para o palco

Garota Piscina 1988

E do palco para as quadras


Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club Gilson de Souza

Hélcio Nunam Hélcio Nunam foi convidado para jogar vôlei no Olympico no ano de 1947. Ele largou o Paysandu, onde atuava, e prosseguiu sua vitoriosa e promissora carreira. Resumir dessa forma o currículo de Hélcio Nunam é um pecado. É preciso ir a fundo nessa história para conhecer, inclusive, a história do Olympico Club. O convite partiu do próprio Rogério Magalhães Pinto, então presidente e um dos fundadores do Clube. Na época, o time do Paysandu se reunia onde hoje é a rodoviária de BH. Apesar de ter sido extinto, o time escreveu algumas linhas da vida de Hélcio Nunam que, aos 80 anos de idade, continua ativo no vôlei, sendo atualmente supervisor da Seleção Brasileira Feminina de Base na cidade de Saquarema / RJ. “As meninas estão treinando duro para o classificatório do mundial”, diz Nunam. Sua trajetória foi inteiramente dedicada ao esporte. Ele ingressou no Olympico aos 16 anos e, em seu currículo como jogador, foi pentacampeão mineiro no vôlei e no futsal. No basquete, foi campeão

municipal da segunda divisão. Como técnico, as alegrias foram maiores: vicecampeão sul-americano de vôlei, em 1951,

técnico da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino de 1965 a 1967, acumulando 16 títulos mundiais, entre olimpíadas, panamericanos e outros campeonatos. Como técnico, também viveu a maior de todas as alegrias: conheceu sua esposa, Rosa Caram. Ele diz não saber “se escolheu

ou foi escolhido”, e mostra com prazer a foto do início de seu namoro (foto em suas mãos e em destaque na página 39). “Quero deixar registrado uma homenagem a minha família que tanto amo”, disse se referindo à esposa. Presidente aclamado no Olympico Club, nos anos de 1991 a 1994, afirma animado que “o que puder fazer, faço pelo Clube. Enquanto estiver vivo e tendo forças, quero levantar a bandeira do Olympico e ninguém pode me impedir”, finaliza. Nunam lembra com carinho das ruas de lazer que o Clube promovia. “Aqui ficava lotado de crianças carentes que moravam próximas. Era uma forma de promover o Clube frente à sociedade”, recorda. Perguntado sobre o que o esporte significa em sua vida, é enfático “o esporte é o maior veículo de formação do indivíduo. Aproxima gerações e classes sociais. Aqui no Olympico, possuímos atletas carentes que usufruem de todas as instalações como qualquer outro atleta, e é gratificante ver isso”, responde Nunam.

Fotos: arquivo pessoal de Hélcio Nunam

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Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club Gilson de Souza

Gecernir Colen Gecernir Colen foi, por dois anos, vicepresidente administrativo na gestão de Hélcio Nunam (1991-1994) e presidente do Olympico Club nos quatro anos seguintes (1995-1998). Assumiu a presidência frente a grandes desafios, os quais venceu com apoio de todos os associados e com a característica de ser um bom administrador. Atualmente, é vice-diretor da Faculdade de Farmácia da UFMG e presidente da Associação dos Filhos e Amigos de Teófilo Otoni. Muitos anos antes, a paixão que o trouxe para o Clube foi outra. Chamava-se Eliane de Barros, sua namorada e atual esposa. Na época, em 1969, Gecernir Colen era

estudante de Farmácia, da Universidade Federal de Minas Gerais, e se tornou sócioestudante com o convênio que existia entre o Olympico e o DCE da Federal. Ao se casar com Eliane Monteiro de Barros Colen, filha de uma família tradicional do Clube, comprou a cota e não parou de frequentar o Olympico. Como vice-presidente administrativo, participou da ascensão financeira do Olympico sob o comando de Hélcio Nunam. “As dificuldades eram enormes e de todo o tipo e origem. Quem pegou a pior parte foi o Hélcio, mas demorou alguns anos para ser consertada”, explica Colen. “Com duas

Nas páginas da

História

Arquivo Olympico Club

Campeões invictos em 1945: da esquerda para direita Roberto, Soares, Camil, Lustosa, Cancinho (com 16 anos) e Luciano

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semanas de presidência, recebi um oficial de justiça com um documento que mandava derrubar o ginásio e entregar o terreno para os proprietários imediatamente. Foi uma correria para levantar o capital”, disse. Administrando com muita criatividade, partiu para a negociação e conseguiram comprar o terreno, mesmo sem ter dinheiro no caixa. “Foi um desafio fantástico e marcante. Conseguimos comprar, além do terreno, uma casa na Estevão Pinto tudo à vista. Todos os 1.782 sócios-proprietários da época, se propuseram a participar da chamada de capital por competência da nossa diretoria”, conclui Colen. Outro grande desafio passado na gestão de Colen, foi a reforma dos vestiários. “Ainda hoje estão da forma com que deixamos, custando para o Clube algo em torno de 600 mil dólares”, contabiliza Colen. “Talvez tenha sido as duas maiores contribuições prestadas ao Olympico na minha gestão. E tenho muito orgulho disso”, finaliza o expresidente. Gecernir fala de um sonho que é a verticalização do Olympico sem a perda do sol: “O Clube de amanhã”

Belo Horizonte possui um clube que é um símbolo da força da boa vontade no esporte mineiro: é o Olympico Club. Magnífico em organização, cheio de glórias, ele é uma potência pelos ideais superiores de Pátria e Esporte que busca concretizar. O Olympico Club surgiu do nada ou do quase nada, mas um nada que representa muito: a boa vontade e o entusiasmo de um grupo de rapazes. Reuniram-se em quatro de fevereiro de 1940 e fizeram planos. Conseguiram um lote murado, em excelente local e construíram uma quadra de vôlei. Modesta a princípio, depois melhorada, iluminada inclusive. Um vestiário surgiu e o clube foi filiado em vôlei. Nos campeonatos de vôlei que disputaram foram bi-vicecampeões da Cidade, nas campanhas de 43 e 44. Um título arrancado de outros quadros mais credenciados, pelo esforço gigantesco de alguns bravos. Eles se chamam Luciano, Camil, Roberto Pinto, Lustosa, Soares e Nunes que na campanha de 44 cedeu seu posto para Cancinho, “prata da casa”, criação do Olympico, foi a atração máxima do ano. Um az do vôlei aos 16 anos. Revista Esporte Ilustrado - 12 de julho de 1945


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Eleito, em 1999, presidente do Olympico Club, Júlio Cesar Pereira permaneceu no cargo por mais um período, ficando por quatro anos na presidência. Antes de ser presidente foi dretor financeiro nas duas gestões anteriores, tendo vivenciado de perto toda dificuldade encontrada pelo Clube na década de 1990. Como administrador, emprestou ao Olympico toda sua experiência profissional nas administrações de Gecernir Colen e seu antecessor, Hélcio Nunam, responsável por reerguer a imagem do Clube. “Com a participação dos associados que se tornaram mais atuantes e presentes, o Olympico voltou a brilhar frente à sociedade mineira”, explica Júlio Cesar. “No ano de 2000, o Futebol de Salão era o esporte que mais atraía público e, com o tempo, essa hegemonia foi se solidificando, transformando o Olympico no Clube forte que é hoje”, completa. De acordo com Júlio Cesar, o País passou por um período muito conturbado financeiramente, o que ocasionou uma perda muito grande de associados. “Porém, com a boa vontade de cada um, muitos acordos foram feitos e a maioria desses associados voltou à convivência do Clube, sem grandes problemas”, disse Júlio Cesar ressaltando os

Lucia Guatimosim Alves

Sebastião Ferreira da Luz

Júlio Cesar Pereira

Fotos: Gilson de Souza

pontos positivos dessa crise. “Aquelas pessoas que gostam mesmo do Clube, sempre aparecem e nos ajudam. Muitas pessoas que não conheciam, chegavam para ajudar de uma forma ou de outra”. Aposentado pela Belgo Mineira, como administrador de empresas, relacionou todas as benfeitorias de sua gestão, sendo algumas delas: a lavanderia; o quiosque da piscina; a reformulação da iluminação nas quadras; a reforma da galeria da piscina, dentre tantos. Júlio Cesar guarda tudo numa pasta organizada com muito orgulho e dedicação. Júlio Cesar é muito mais que ex-presidente do Olympico Club, chegou no clube quando tinha apenas 19 anos de idade, em 1956. Morava perto do Hospital São Lucas e vinha para o Olympico para treinar futebol de salão. “Foi minha irmã Jacira de Andrade, que jogava voleibol pelo Clube e havia sido convocada para a Seleção Brasileira, quem me convidou para treinar no Olympico”, disse. “Larguei o futebol de várzea e parti para

treinar com Emerson Nunes que, inclusive, foi meu padrinho, me indicando a um cargo na Belgo Mineira”, relembra Júlio Cesar. Nessa época, entre quadras e salões de festas, Júlio Cesar conheceu sua esposa, Maria José de Andrade, um relacionamento firme, de 46 anos, e que começou sem grandes pretensões, explica Maria José. “Começamos com aquele namorico, ela sempre vinha ver meus jogos e, numa daquelas ‘Horas Dançantes’, saímos e começamos a nos entender”, diz o apaixonado Júlio Cesar. Como atleta, participou da campanha vitoriosa do Penta Campeonato de Futebol de Salão. “Em Belo Horizonte não existiam campeonatos que precisássemos viajar para jogar. Todos os jogos eram feitos aqui mesmo, só que pela Federação Mineira. E, portanto, fomos penta campeões mineiros no futebol de salão”, lembra Júlio Cesar. “Eu era atacante driblador e safadinho, e sempre fazia muitos gols, apesar de ser reserva daqueles grandes jogadores”.

Sebastião Ferreira da Luz é conhecido por “Tino” e pelo seu jeito simples de administrar. Conselheiro do Clube há mais de 20 anos, foi presidente do Olympico nos anos de 2003 a 2006, também por dois mandatos. Com experiência de ter sido vice-presidente na gestão de Júlio Cesar, trabalhou para mudar as tradições do Clube, dando oportunidade para que mais chapas fossem criadas nas eleições. Com isso, aumentou o profissionalismo, sempre incentivando que os candidatos deixassem que a amizade falasse mais alto. “Fiz com que as eleições no Olympico tivesse menos discussões, mantendo a imagem de um clube de amigos”,

explica Tino. Hoje, o Olympico mantém um “clima bom”, como informa o ex-presidente, pois com o advindo de pessoas mais jovens para a administração, o associado se sente mais próximo dos gestores, melhorando todo andamento burocrático do Clube. “Muitos associados mostram interesse em participar do processo de eleições. O próprio Nismar dos Reis, foi, pelo meu incentivo, candidato e tem feito uma ótima administração”, explica Sebastião da Luz.“O clube hoje tem muitos recursos para investir ainda mais no conforto e no entretenimento para o associado”, conclui.

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Nismar Alves dos Reis

Arquivo Pessoal

Nismar se tornou sócio em 1966, quando Dr. Nirdo Reis (seu pai) adquiriu a cota do clube. Desde então passou a freqüentar o clube tornando-se atleta de futebol de salão dos petizes até o infanto juvenil. Conheceu sua esposa Regina em uma festa no salão social do clube. Casou-se e vieram os filhos Marcelo, Rafael e Adrianna, que seguindo os passos dos pais, aqui também se formaram. Formando-se em Engenharia Civil colaborou com as diversas administrações antecessoras à sua, sempre atuando dentro de sua especialidade profissional. Participou do Conselho Deliberativo do

Clube por dezesseis anos consecutivos, sempre presente e atuante nas reuniões do Órgão Máximo do clube. Sua passagem pela presidência nos deixa o legado das seguintes obras. Reforma e revitalização do nosso “Varandão”, com vista para o parque aquático e as quadras esportivas. Nova sala do departamento de natação; vestiário da “família”, espaço onde os pais podem cuidar de seus filhos menores; academia dos atletas; reforma total do quiosque próximo às quadras de peteca e futsal; reforma da lanchonete Central; reforma e pintura do ginásio poli - esportivo,

Nas páginas da

História Fotos: arquivo Olympico Club

Início dos anos 1990: Hélcio Nunan Macedo falava para o jornal “Folha do Olympico” sobre a importância do Clube na sua vida nos quatro anos em que foi presidente e incentivava as próximas gestões a dar continuidade ao trabalho no Olympico

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trocando o telhado e o piso da quadra com instalação do piso flutuante; aquecimento da piscina infantil; reforma total do telhado do salão social com a instalação de ar condicionado e a construção do ‘parquinho” que era uma antiga reivindicação dos sócios. Reativou os eventos sociais festivos para o corpo de associados, como o Reveillon e as festas Temáticas. Instituiu o congraçamento do corpo social nos torneios internos de sinuca, peteca, tênis, vôlei e futsal. Seu maior orgulho como dirigente é a continuação do equilíbrio entre o esportivo e o social.


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curiosidades

João Câncio, em sua última entrevista, contou peculiaridades sobre a história do vôlei, sua paixão sobre o esporte e pelo Clube. Dentre tantas, deixamos algumas registradas: João Câncio, fundador e presidente do Olympico durante dez anos, de 1970 a 1980, no ano de 1954 foi o grande responsável por tirar o voleibol da CBD, Confederação Brasileira de Desportos, criando a Confederação Brasileira de Voleibol. Nessa época, Câncio era presidente da Federação Mineira de Voleibol, atribuindo dessa maneira a grande importância que o voleibol tem nos dias atuais. Dois anos mais tarde, o Basquete também criou sua própria Confederação, com o crivo de João Câncio. Bom de briga, numa determinada partida, Câncio, técnico do Olympico, discutiu com um juiz que roubava a favor do time adversário. Dera bola fora quando tinha entrado, disse que um dos seus jogadores havia chutado a bola, enfim, errou inúmeras vezes contra seu Clube, relatou Câncio. Sentindose injustiçado, procurou o juiz ao final da partida, dizendo: “levante que não bato em homem assentado”. Esse ato lhe rendeu 180 dias de suspensão nas partidas dos campeonatos.

Arquivo Olympico Club

Escola Infantil

Inaugurada pelo Governador Magalhães Pinto, a Escola Infantil de Jardim de Infância D. Lazira Perez, maior autoridade em pedagogia e educação infantil em Belo Horizonte, na época, foi quem criou a primeira Escola Infantil de Jardim de Infância do Olympico, a convite do então presidente, Sr. Rogério Magalhães. Ela queria implementar uma educação equivalente a do Canadá, Europa e Estados Unidos. O Clube convidou as melhores professoras, pagando o dobro do que recebiam no Instituto Santa Helena, considerada a melhor escola de BH naquela ocasião. Os filhos de Rogério Magalhães foram os primeiros a se matricularem. O Clube Olympico se tornou o único Clube com um Jardim de Infância, em anexo, de Belo Horizonte e vice-versa.


O Olym

Gustavo Lovalho

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: e j o H Play ground

Vestiário

Piscinas Aquecidas

Piscinas Semi-Olimpicas

Academia

Ginásio

Varanda

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o c i p m Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Salão Social

Quiosques

Lanchonete

Quadra de Saibro

Espaço para Crianças

Quadras de Tênis

Salão de Sinuca

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Gilson de Souza

Paulo Bomfim Paulo Martins Soares Fernandes Bomfim é sócio do Olympico desde 1960 quando o Clube tinha apenas 20 anos. Paulo Bomfim era vizinho do Olympico e participava de “peladas” nos campos próximos ao bairro Serra. Ele foi convidado pelo gerente Marcos Pinto Coelho para fazer parte do time do Clube e se tornou sócio frequentador. Com 11 anos de idade, passou a integrar o time infantil, com faixa etária de 13 a 15 anos. Mesmo com idade inferior aos demais, era titular do time alcançando vários títulos. Aos 15, já fazia parte da Seleção Mineira de Futsal onde permaneceu até a fase adulta e acumulou títulos como o de tri-campeão brasileiro nos campeonatos

Nas páginas da

estaduais. De 1979 a 1983, Paulo Bomfim jogou pela Seleção Brasileira, tornandose campeão mundial, em 1982, campeão pan-americano, em 1980, campeão sulamericano nos anos de 1979, 1981 e 1983. Com currículo memorável e respeito conquistado ao longo da carreira, o advogado Paulo Bomfim se diz satisfeito. “Foi muito importante para minha formação. Nesse excelente caminho, no qual tracei toda minha vida, aprendi a ganhar, a perder e tudo que sei hoje sobre convívio social. Isso é o que acontece. A prática do futsal, como atividade sadia e como complemento da educação do ser humano se torna muito mais importante que minhas vitórias”, explica Bomfim.

História

Ano de 1984, o Olympico conquista seu maior título: Campeão Sulamericano - Taça Plaza na cidade de São Paulo. Na foto ao lado, os vitoriosos Márcio Caio, Toninho, Decinho, Paulo Bomfim e Jackson.

Arquivo Olympico Club


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Gilson de Souza

Jackson João Bosco Moreira dos Santos João Bosco Moreira dos Santos, conhecido pelo nome Jackson, tem uma história interessante. Pode-se dizer que sua carreira como atleta começou literalmente no banco de reservas. Aos 13 anos de idade não se destacava, por isso, ficava mais tempo no banco de reservas que no campo. No ano de 1968, não foi sequer selecionado para o time principal, sendo encaminhado para o Aspirante, segundo time de Futsal do Olympico Club. “Foram oito anos de banco”, conta Jackson sobre o início de sua carreira. Em 1975, veio a grande oportunidade: levantou do banco e não voltou mais. Soube aproveitar a chance para jogar no campeonato de 75. Além de campeão, recebeu os títulos de destaque como melhor jogador e artilheiro do Torneio. Em 1976, conquistou novamente os títulos de artilheiro e melhor jogador

do Campeonato Mineiro. Em janeiro de 1977, foi convidado a integrar o time da seleção mineira, participando do Campeonato Brasileiro, no Rio Grande do Sul. Não ganhou o título, mas o treinador da Seleção Brasileira de Futsal o convidou para integrar o time oficial do Brasil, no qual permaneceu de 1979 a 1988. Nesse período Jackson se tornou campeão sulamericano, em 1979, 1983 e 1986, campeão mundial, em 1982, 1984 e 1985 e campeão panamericano, em 1984. Eleito melhor jogador, nos anos de 1982 a 1990, Jackson relembra com carinho e expõe a chuteira de ouro conquistada (foto acima). Tricampeão pela seleção mineira, foi dele o gol que marcou o maior título que os mineiros conquistaram até hoje. Em 1983, quando Minas Gerais sediou

o Campeonato Nacional, além de ser campeão brasileiro também foi nomeado como artilheiro e recebeu a taça de melhor jogador. Ao encerrar a carreira como profissional, se tornou conhecido como o jogador mais exemplar dentro de quadra e, também, o mais educado, com o título de “Atleta Limpo”. No ano do centenário de Belo Horizonte, em 1997, os jornalistas elegeram os cem atletas do século, seu nome foi lembrado com honras. Em 2000, também foi eleito uma das mil personalidades no âmbito esportivo mundial. Jogando com a camisa 12, pela Seleção Brasileira, deixou para a história o mito deque no futebol de campo tem a camisa de “número 10”. Hoje, quem leva o número 12 em sua camisa é Falcão, considerado atualmente o melhor jogador do mundo no Futsal.

Curiosidades • Curiosidades • Curiosidades • Curiosidades

Mosquito e o Mineirão José Geraldo Martins, mais conhecido pelo apelido de “Mosquito”, certa vez foi procurado para uma entrevista. Tímido, e sem querer aparecer na mídia, ficava só se esquivando da jornalista que queria entrevistá-lo. Ela não teve outra alternativa a não ser marcar uma consulta no consultório do jogador. Pensando que era algo de rotina,

Gilson de Souza

ele atendeu prontamente a repórter que explicou a estratégia assim que foi recebida. Entrevista realizada, ela pagou pela consulta e saiu feliz por ter entrevistado o profissional que, atuando pelo time juvenil do América Futebol Clube, em 1965, marcou o segundo gol da história do estádio Magalhães Pinto, o nosso conhecido Mineirão.

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Entrevista

Paulinho da Pieve Como foi sua participação nos times memoráveis do Olympico A história é até muito interessante. Outros diriam “gozada”. Comecei a treinar, vinha para cá e passava o dia inteiro jogando vôlei. Minha juventude, pode-se dizer que passei praticamente no Olympico, pois quando não estava jogando, participava das horas dançantes. Como jogador me veio o apelido que carrego até os dias de hoje. Foi no primeiro campeonato que participei, durante a inauguração do Ginásio do Minas Tênis Clube. Eu tinha apenas 13 de idade e ganhamos do time do Minas (era um grande time na época). Me lembro de toda a torcida, dos jogadores gritando e comemorando o grande feito e, eu, estava assentado numa cadeira, com a cabeça baixa em prantos. Meus parceiros chegaram perto de mim, viram que eu estava chorando e disseram que, a partir daquele dia, me chamariam de “Mamadeira”. O apelido pegou e todos no Clube, só me conhecem por mamadeira, já que sempre choro à toa. Aos 20 anos fui convocado para a Seleção Brasileira, foi quando algo fatídico aconteceu em minha vida. Eu escorreguei e fraturei a minha rótula, não pude portanto, atender à convocação. Posteriormente, voltei a jogar e, ao terminar meu curso de Educação Física, o Olympico me chamou para ser técnico do time adulto de Voleibol Feminino.

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Com esse mesmo time, nos tornamos campeões da cidade de Belo Horizonte. Ainda hoje, continua sendo o único título de campeão adulto no vôlei que o Olympico possui. O Vôlei era a principal modalidade do Olympico? O Olympico foi fundado com a finalidade de jogar vôlei e ele nasceu do próprio vôlei. Desde quando os meninos se encontravam na casa do dr. Clóvis, na época da chácara Goulart, até depois na nova sede, as quadras de saibro eram ponto de encontro para jogarem voleibol. Aqui não tinha piscina, não tinha nada, só um córrego que passava no meio do terreno, ali onde hoje está a quadra de tênis, descendo para a área da piscina. O que se via no Olympico era a quadra de vôlei e muita mangueira espalhada. Com o crescimento do número de sócios, propriamente na década de 1970, conseguimos emplacar outros esportes como o futebol e o basquete, chegando aos dias de hoje em quase todas as modalidades. Depois de passados 70 anos, como você vê o Clube? É um gigante. Não conheço nenhuma pessoa que tenha adquirido a cota como sócio do Olympico e tenha desistido. Ao entrar, o associado se identifica logo com alguma das várias turmas, (futebol, basquete, vôlei). Sempre há uma identificação, não saindo de forma alguma dessa convivência sadia. Quando alguém falta, logo recebe

uma ligação telefônica para saber o motivo, se está com algum problema. O Olympico Club é um clube de boas amizades. Sem contar que as características do Olympico são de primeiro mundo. A piscina é maravilhosa, o ginásio, toda a área é muito bem dividida e bem estruturada. Quais palavras você gostaria de deixar registrado para finalizar essa entrevista? Brincava muito com meus amigos do Clube que, por andar muito com meus companheiros “Rosinha” e “Carlinhos” (referindo-se a Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade), acabei tomando gosto e fazendo alguns poemas. Um deles, quando o Olympico completou 50 anos de fundação e a letra era mais ou menos assim:

“Cinquenta anos de um grande amor Meu querido tricolor És o branco dos meus cabelos O azul de minha gratidão O vermelho de minha paixão Vitórias, derrotas, lágrimas Daí um apelido Dado por um ente querido Jamais esquecido “OC”, “OC”, “OC” Olympico Club”


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Muitos participaram da construção do ginásio. Alguns de uma forma mais intensa que outros... Gilson de Souza

Rodrigo Penna

Com apenas cinco anos de fundação, o Olympico Club recebia, como associado, um menino de apenas 13 anos. Trazido pelo amigo e um dos fundadores do Clube, Luciano Jorge Passini, para aprender a jogar com a “melhor escola de vôlei de Belo Horizonte”, disse Tárcio Primo Belém Barbosa, resumindo como foram os primeiros dias no Olympico. “Os garotos que levaram para o Serra um belo título do vôlei, tinham muito a ensinar”, relembra. Tárcio Barbosa jogou nos anos seguintes na segunda divisão do Clube. Mas, não foi como jogador que seu nome ficou marcado no Olympico. Em 1950, na gestão do presidente Renato de Magalhães Pinto, foi convidado para ser tesoureiro do Clube, cargo que ocupou por 25 anos seguidos, e nas oito gestões seguintes. Lembra-se de grandes desafios como a mudança para a chácara Goulart. “Sair da casa do dr. Clóvis e mudarmos para a chácara do dr. Bicalho Goulart foi um grande passo que demos”, diz saudoso.

bola com eles, seja na quadra ou na roda de amigos quando “jogavam conversa fora”, como ele mesmo define. No vôlei, jogou até o ano de 1948, “era o primeiro time do Clube, com Cancinho, Luciano, Soares, Lustosa, Camil e eu, que levantava as bolas para o Camil bater”, lembrando da primeira formação. Rodrigo Penna também participou da equipe de remadores do Olympico. Convocados pelo próprio Juscelino Kubitsheck, disputaram a regata na Lagoa

Tárcio Barbosa Gilson de Souza

Rodrigo de Figueiredo Penna chegou ao Olympico no ano de 1942, quando o Clube se resumia apenas na quadra de saibro ao lado da casa do dr. Clóvis de Magalhães Pinto com poucos garotos jogando voleibol. Diferente dos associados da época, que procuravam o Clube para jogar voleibol, o que o trouxe para o Olympico, foi a convivência com os amigos. “Vim para cá, pois fazia parte daquele clubinho de amigos”, relembra Penna. Conviveu com todos os fundadores, já que sempre batia

da Pampulha. “Não foi um período longo. Em Belo Horizonte somente um clube possuía equipe de remo, por isso fomos convocado por JK que nos cedeu os barcos para treinar na Pampulha. Ele mandava uma jardineira nos pegar às cinco horas da manhã e nos devolvia ao centro às oito para trabalharmos”, disse Penna. Como engenheiro e sócio-proprietário de uma empresa de estruturas metálicas, foi o responsável técnico por fazer a cobertura do ginásio e a da lanchonete. Lembra-se de como foi difícil a conclusão da obra, mas sente-se orgulhoso por ter feito parte da história do Olympico. Rodrigo Penna é sócio benemérito desde 1980, e o título foi entregue pelo presidente João Câncio, por ter sido atleta nos primórdios do Clube. “O esporte possibilitou muitas coisas na minha vida, dentre tantas, a de chegar aos 85 anos de idade com saúde. Hoje, qualquer atividade física hoje é preconizada por especialistas e médicos, em qualquer área, como essencial na vida do ser humano. O esporte me ajudou a andar tão longe assim”, conclui animado.

Depois vieram outros desafios, como a compra da nova área, construção da sede e primeira quadra. Seu padrinho de Clube, Luciano Passini, era arquiteto e professor da UFMG, e participaram juntos da edificação do Olympico. Tárcio Barbosa, lembra-se de detalhes de sua infância e todos eles vinculados ao Olympico Club. Logo depois da aula, enquanto estudante, “saía do Colégio Arnaldo e vinha direto para o Olympico.

Meu pai, certa vez, me perguntou se eu não queria levar minha cama para o Clube”, lembra com saudades. Até completar 18 anos, o horário de chegar em casa, era às 20h. Como sempre foi um dos mais novos jogadores de vôlei, não chegava em casa depois dessa hora. “Lembro quando o Olympico foi campeão metropolitano na segunda divisão do vôlei. Fomos comemorar, no bar do Plínio com todo o time e bebi um pouco mais que aguentava naquele dia.

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Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club Gilson de Souza

Sérgio Suman Vieira Frequentando o Olympico Club há mais de 50 anos, Sérgio Suman Vieira veio convidado para fazer parte do time de futebol de salão do Clube, na época em que Emerson Nunes era técnico. Tinha 23 anos e entrou como sócioatleta ficando no banco de reservas por dois anos até entrar em definitivo no time principal. Participando da campanha do campeonato do tetra e do pentacampeão mineiro. Na Gestão de Renato de Magalhães Pinto (1963-1964) foi convidado para ser diretor social, continuando no cargo durante a gestão do presidente Rogério Magalhães (1965-1966), permanecendo assim, por três anos consecutivos. Com João Câncio (1970-1980), assumiu o cargo de vice-presidente Administrativo, passando para o Esportivo logo em seguida. Como diretor de Futebol, Sérgio Suman Vieira permaneceu por mais de 20 anos. “Acumulei muitos cargos para não abandonar o futebol”, explica Vieira. Como diretor Social, criou a Hora Dançante “juntava a meninada, aos sábados

ou domingos, para dançar um pouco e criei também o Baile do Espantalho, nas Festas Juninas. Lembro-me de quando colocava todo mundo para fazer pequenos espantalhos com chapéus de palha, que serviam para enfeitar as mesas. Eram 150 no mínimo, mas todos vinham à tarde para me ajudar”, explica. Outra festa que ficou na história foi o Carnaval. Como diretor Social promovia todas as noites de Carnaval bailes para animar os sócios, além de matinê para as crianças. “Precisei cobrar duas mensalidades dos associados (quase apanhei), mas ao final todos ficaram muito satisfeitos”, conclui Vieira. Como arquiteto, Sérgio Vieira projetou e acompanhou toda a construção do ginásio. Foi dele também, a responsabilidade da ampliação da Sede, levando as dependências do Clube até a rua Estevão Pinto. “Aumentei aquilo que meu professor de arquitetura, Luciano Passini, tinha pensado para Sede do Olympico. Levei lá para rua a construção, o que muito valorizou nosso Clube”, responde.


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Julinho “Paletó” de Julinho Carvalho “Paletó” Aos 16 anos, Julio Antônio Alves de Carvalho, já jogava futebol de salão pelo Olympico Club. Ele ainda não era conhecido pelo apelido que leva até hoje, Julinho “Paletó”. “O apelido veio da turma do prédio Bagdá, na Praça Milton Campos porque eu sempre andava com uma japona, que nem era paletó, por causa do frio intenso do Serra. Um certo dia o meu amigo, Luiz Assunção (in memorian), me gritou na rua, ‘ô Julinho Paletó’, e pegou. Isso aconteceu em 1967 e, no ano seguinte, passei para o vôlei jogando também pelo Olympico”, lembra Julio. Seu irmão, Aroldo Carvalho, o convidou para jogar uma pelada de voleibol. “Era

incrível, a bola só caía em mim. Tive que treinar muito para jogar com eles, só tinha craques da Seleção. Joguei, como levantador de 1968 a 1972”, conta sobre seu início no esporte que o consagrou. Ao ser perguntado sobre os títulos acumulados na sua carreira, Julinho responde que já perdeu a conta. “Tenho títulos no mirim, infantil, infanto, juvenil, adulto. Todas as categorias como treinador, sempre incentivando essa moçada bacana que passa pelas minhas mãos. Hoje, os meninos mais novos têm muito leite para oferecer ao Clube”, completa. Ele já passou por clubes do interior do estado e da capital mineira, como Cruzeiro Esporte Clube. A convite de Renato de

Magalhães Pinto, fundador do Olympico e amigo pessoal de Julinho, em 1983, voltou definitivamente para o Clube. “Um certo dia, o Renato me procurou e disse que meu lugar era aqui, conseguiu uma vaguinha para mim e não saí mais. Já são 27 anos e não tenho a pretensão de parar”, explica. Ainda hoje tece elogios ao Clube, diz que se orgulha em ver uma instituição grande como essa, que nunca recebeu dinheiro público e sempre está passando por transformações. “Desde que entrei aqui, vejo o Olympico realizando alguma obra. E isso, somente com o apoio financeiro dos associados, o que não é comum de acontecer”, encerra Julinho.

Arquivo Olympico Club

Aos 13 anos de idade, Mônica estudava no Colégio Imaculada Conceição e ao presenciar um treino do time de voleibol da escola, pediu para jogar sem ao menos conhecer as regras e nunca ter participado de nenhuma partida em sua vida. Quando deu sua primeira cortada, a técnica Elda, que também era técnica do time feminino do Olympico, fez o convite para que ela jogasse com a turma e treinasse no Clube.

Assim, começava a carreira de uma das mais brilhantes jogadoras de vôlei que passou pelo Olympico Club. Aos 14 anos não teve como atender a convocação da Seleção Mineira por motivos familiares. Já com 15 anos de idade, Monica participou do Campeonato Brasileiro, e obteve seu primeiro título. “Era 1972, o último ano de quando o Rio de Janeiro era Guanabara ainda”, completa a jogadora. Era também o último ano de atuação da técnica, que estava se preparando para o casamento. Deu lugar para Hélcio Nunam que, com toda sua dedicação e técnica, tornava-se um pai para todas as jogadoras. “Ele cuidava muito bem de nós, considero

Mônica

o sr. Hélcio como um segundo pai para mim. Ele ia às nossas casas, pedir aos nossos pais para que viajássemos. Se não fosse desse jeito, jamais conseguiria sair de casa”, ressalta Mônica. Ela jogou pelo Olympico por 11 anos. “Foi uma carreira de muita alegria e aprendizado em todos os aspectos da minha vida”, confidencia. Outros técnicos vieram, como Paulinho da Pieve com o apoio de Julinho Paletó, sempre com muito para ensinar a cada um dos atletas. Em 1976 foi para a Seleção Brasileira, participando dos jogos em vários estados brasileiros, além do Peru, engrandecendo ainda mais sua carreira.

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Nas páginas da

História

Fotos: Arquivo Pessoal de

Ângelo Maestrini

Na década de 1970, o nome mais conhecido nas piscinas do Olympico Club foi Ângela Maestrini. Ela foi campeã sulamericana por diversas vezes e retém o título de única nadadora do Olympico a se tornar campeã mundial


Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club Arquivo Pessoal

Marco Aurélio conhece como ninguém a natação do Olympico Club. “Apesar de ter passado pelo atletismo, foi nas piscinas que mais obtive realização profissional”, conta o experiente treinador de natação. No Olympico teve três marcantes passagens antes de se afastar por problemas de sa´de: de 1977 a 1987, de 1991 a 1993 e de 1998 a 2008. Ao todo foram 22 anos de dedicação treinando atletas do Clube “como se fossem meus próprios filhos”, disse emocionado. “Aqui me realizei profissionalmente e sempre atuei com determinação e prazer. Uma mistura que recomendo para qualquer um que queira qualidade de vida no trabalho”, explica. Sua carreira como treinador de natação Marco Aurélio começou no Olympico. A convite do Minas Tênis Clube, passou pelo interior de Minas Gerais, mas, todas as vezes em que era chamado, “retornava à minha

Marco Aurélio

casa com prazer”, contou o treinador. Pelo Olympico Club conquistou diversos títulos, dentre eles está o de maior destaque. Em 1985 na cidade de Curitiba (PR), com os atletas do juvenil, conquistou sétimo lugar no Brasileiro. Dentre tantos títulos conquistados, Marco Aurélio destaca a atleta Heloísa Maestrini, campeã brasileira, em 1983, na modalidade peito. Nos anos de 1977 a 1987, foi por nove vezes vice-campeão estadual, conquistando, em 1985, o Campeonato Mineiro, com o troféu Mendes Júnior. Atualmente, o Olympico possui atletas de destaques individuais, mas como equipe, saiu da 18ª colocação retomando a terceira no campeonato mineiro. Com metas e programações do atual treinador, Dimas Ferreira, indicado pelo próprio Marco Aurélio, “o Clube está retomando os tempos áureos da natação”, encerra animado.

Arquivo Olympico Club

Foto memorável: Em 1946, a chácara Goulart, no bairro Serra, foi alugada para ser a Sede Esportista do Olympico Club. A piscina, próxima a uma mangueira, foi palco para que Thelmo Quick se arriscasse pulando na água. O mesmo era observado por José Arbex e Camil Caram que o acompanhou logo em seguida


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Breno Montoni:

Alegria e paixão pelo Olympico Nunca obteve grande destaque nos esportes. O maior talento de Breno Montoni, é se lembrar de fatos importantes e decisivos para o Olympico Club. Está desde 1957 como sócio e se recorda do saudoso presidente João Câncio, que, em sua opinião, foi o fundador mais vibrante e que se emocionava ao contar passagens da fundação do Olympico. Montoni ocupou importantes cargos no Olympico, como vice-diretor Social, coordenador geral de Esportes, assessor especial da Presidência, vice-presidente de Esportes, cecretário do Conselho, sendo sempre convidado e por várias gestões consecutivas. Perguntado sobre um momento marcante do Clube, Breno Montoni,

relembra de quando precisava conversar com o presidente do Olympico, João Câncio, que também era diretor da Mendes Júnior, quando lá chegava, o encontrava aos gritos dentro da sala com João Mendes Júnior, presidente da empresa onde Câncio trabalhava. Montoni perguntava assustado para a secretária o que estava ocorrendo e recebia uma resposta consoladora: “estão apenas conversando sobre o vôlei entre Olympico e o Minas”. Montoni ouvia os gritos diminuírem e os dois saíam rindo de dentro da sala. De fato, a história deixa claro que, em 70 anos, muitas coisas aconteceram. “História escrita com alegria e paixão”, como finaliza Montoni para tentar explicar em poucas palavras o que é ser Olympico Club.

Curiosidades • Curiosidades • Curiosidades • Curiosidades

Grito de Guerra:

Você sabia que, logo após sua fundação, o Olympico passou a ter um grito de incentivo que era entoado antes das disputas, incomodando e intimidando os adversários? Isso aconteceu durante muitos anos, mas com o passar do tempo a tradição foi sendo esquecida e o grito, que estimulava as equipes nas partidas, acabou ficando apenas na memória de quem Zum! Zaravalho pum! presenciou os jogos. Guarapim zoqué Conheça o hino um tanto diferente: Oh! Qué qué! Oh! Que qué! Ram! Rem pinguilim, pinguilim! (Ele foi entoado durante a entrevista dada pelos Zunga, zunga, zunga, Catimarimbumba, Catimarimbaó fundadores João Câncio e Rogério Magalhães) Ei, tchau! Ei, tchau! Olympico!!!


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Rômulo Ferolla Rômulo Ferolla veio para o bairro Serra quando a Estêvão Pinto ainda se chamava rua do Chumbo. Não se destacava nos esportes como a irmã Vera Ferolla, mas gostava de se encontrar com a turma. Conviveu com todos os fundadores, e a convite do presidente Bernardo Figueiredo (1950 - 1953), foi vice-presidente Social por três anos. Lembra-se muito bem da casa alugada com piscina, a antiga chácara Goulart, onde ele e os amigos enceravam, com as próprias mãos, o chão do salão. Preparavam com carinho o local onde se realizava a “Hora Dançante”, que animava os sócios do Clube todos os sábados. Conseguiam mesas e cadeiras emprestadas na Rádio Inconfidência. Para entusiasmar ainda mais as pessoas, um piano era transportado da extinta “Feira de Amostras”, que se localizava onde hoje está a rodoviária de Belo Horizonte. “Descíamos uma escadaria enorme carregando aquele piano, mas conseguíamos fazer uma festa como ninguém”, relem-

Brinde a muitas histórias bra Ferolla. “Também trazíamos muitos artistas que não cobravam cachê como os de hoje. Pagávamos a viagem, estadia e apenas uma pequena quantia pedida por eles. Artistas como Luiz Gonzaga, Miriam Marques e Ivon Cury nos visitavam com frequência. “As festas eram muito animadas mas, diferente das festas de hoje, dançávamos conversando e ouvindo as moças. As músicas permitiam que as ouvíssemos. Talvez, por isso, dura até hoje nossos casamentos”, brinca Ferolla. Rômulo Ferolla também foi tesoureiro da Federação Mineira de Natação e dire-

tor de Natação do Olympico Club no início da década de 1970. Por meio de uma rifa, conseguiu implantar o aquecimento na piscina, “era impossível nadar aqui nos meses de frio”, relembra. Foi nessa época que grandes atletas da natação começaram a surgir, como sua filha, Lídia Ferolla e a própria Ângela Maestrini, filha de Ângelo Maestrini. “Nossas filhas se tornaram grandes nadadoras, pois com o aquecimento da piscina, o incentivo que nossas atletas tiveram fez com que se tornassem campeãs”, conclui Ferolla.

Gilson de Souza

Dr. Nelmar Andrade Nelmar de Araújo Andrade chegou ao Olympico, quando ele e o Clube completavam seis anos de idade em 1946. Ele veio praticar natação, ainda na chácara Goulart, com um professor contratado do Rio de Janeiro. Em 1951 parou de nadar e começou a praticar voleibol na quadra de saibro, em frente à chácara. Participando do campeonato infantil, no ano de 1954 foi vice-campeão e nos dois anos seguintes, sagrou-se campeão no vôlei juvenil. Em 1956, Nelmar foi campeão da segunda di-

visão pelo Olympico. E foi convidado para ser goleiro no time de futebol de salão, o que lhe rendeu mais um título na carreira esportiva. Nessa última modalidade ficou invicto durante o primeiro Campeonato Mineiro de Futebol de Salão. “Era um time muito bom, com jogadores excelentes que serviram de base para a campanha do pentacampeonato. O placar mais difícil foi de 7 a 3 e em plena final”, revela Nelmar Andrade. No basquete, foi campeão pela segunda divisão em 1957 encerrando assim sua carreira esportiva de sucesso e passou a se dedicar inteiramente aos estudos de medicina.

Nelmar conheceu Eunice Farias de Araújo Andrade, a Nicinha, numa das festas do Olympico Clube. “Ela sempre vinha para o Clube me ver jogar Vôlei. Não deu outra, nos casamos e estamos juntos até hoje”, diz. “O Olympico nos proporciona o que dificilmente vemos lá fora: boas amizades. Pessoas com as quais compartilhamos alegrias e tristezas juntos e, principalmente, a turma da pelada. São os irresponsáveis com responsabilidade, os verdadeiros amigos que vieram desse convívio do Clube. Acho que estou vivo até hoje, graças ao derivativo que o Olympico me proporciona”, ressalta Nelmar Andrade.

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Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Construção

do ginásio Fotos: Arquivo Olympico Club

Nas páginas da

História

Fotos: arquivo Olympico

Club

Em setembro de 1960, o jornal Olympico destacava: “Jornalistas esportivos escolhem os ‘Melhores de 1960’ no futebol de salão. Sendo eles, Jorge Caram, melhor goleiro; Airton, melhor ponta e Emerson Nunes (foto ao lado), melhor técnico. Além, do destaque do primeiro time a alcançar o tri-campeonato em Minas, com um total de 160 gols garantindo também artilharia disparada.


Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club Arquivo Olympico Club

Rupiado

A lenda Airton Mendonça - O Rupiado - surgiu para o futebol de salão em 1957, campeão que fora na iniciante divisão de aspirantes que colocava o seu campeão na disputa da Divisão Principal do ano seguinte. Guerreiro incansável não gostava de perder nem em treino do elenco tricolor. Ganhou essa alcunha pela forma de cortar seus cabelos muito finos e abundantes, que tomava um aspecto “escovinha” ao que os companheiros da equipe, provavelmente”Ruy Preto” o mais ‘moleque” deles, colocaram o apelido que ficou famoso . Tornou-se símbolo de garra, determinação, inconformismo com derrotas ou mesmo empates. Não admitia apatia do ‘time”. Em respeito ao adversário exigia gols e mais gols mesmo contra equipes mais fracas e já com o placar “folgado’ a nosso favor. Era o “aí Jesus”de D.

Ivone Zuquim Nunes nas memoráveis partidas na quadra “A”. (então a única oficial que possuíamos). De sua determinação, aplicação, vontade e total entrega vivemos a gloriosa saga do Penta Campeonato Metropolitano 58/59/60/61/62 (época em que a disputa envolvia 18,19 ou até 20 equipes). Rupiado gravou seu nome indelevelmente na história do Olímpico, do Futebol de Salão e do esporte mineiro para a posteridade. Aqueles que tiveram o privilégio de vê-lo atuar são sim saudosistas do esporte praticado com amor e por amor. Rupiado deixou o legado da grande escola de craques aqui firmados, pois se espelharam no melhor de Todos. A Rupiado a gratidão do Olímpico pela sua fantástica passagem pelos quadros do esporte “Bugrino” o glorioso Tricolor da serra. Gilson de Souza

Jorge Pereira “Black” Black, como é conhecido por todos, é técnico das escolas de Futsal e supervisor das equipes de competição de Futsal do Olympico Club. Como atleta, foi Campeão Juvenil Estadual e Campeão Metropolitano Aspirante, entre os anos de 1985 e 1986. Como técnico, são 11 títulos ao todo, dentre eles estão Tri-campeão Estadual Juvenil e quatro vezes Campeão Metropolitano pelo Olympico. Em outras categorias foi campeão como infantil, juvenil, pré-mirim e mirim. “Meu papel é um dos mais importantes,

pois sou responsável pela iniciação de crianças de cinco e seis anos no futebol. Aqui, avalio a coordenação motora dos meninos para indicá-los para equipes de competição quando completarem dez anos”, explica Black. “Todo esporte é fundamental na vida de cada um, pois ensina o indivíduo a ter disciplina em todas as áreas e no espaço à sua volta, limites e horários. Com isso, ele percebe que não é único na sociedade. E que o Olympico é a continuação de sua casa”, finaliza.


Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Eventos

Sociais

O Departamento Social do Olympico Club tem como missão trazer até você momentos inesquecíveis. Por este motivo, abusa da criatividade e da personalização com muito carinho para tentar entrar em seus sonhos, criando um diferencial fazendo os “Happy Hours “Temáticos”. Exemplo desses eventos temáticos são, entre tantos, “Uma Noite em Veneza”, “Noite Country”, “Isto é Brasil”, “Flash Back”, “Noite Hollywood”, “Fundo do Mar”, “Salsa e Merengue”, “Noite Árabe”, “Anos 60”, “Brega e Chic”, “Caminho das Índias”, “Noite das Perucas”, “Ilha da Fantasia” e outras. Atualmente nas tradicionais Festas Juninas além do delicioso forró e famosas Bandas é apresentado ao público presente

Super Heróis. Uma idéia que deu certo Star Wars (Guerra nas Estrelas, Luke Skywalker, Darth Vader, Obi-Wan Kenobi, etc), The Backyardigans, Batmam, patrulheiro Spacial Buzz Lightyear com o cowboy chamado Woody, Shrek, Fiona e o Burrinho o Spider-Man o Homem Aranha, que chega ao clube em alto estilo, descendo de Rappel de um prédio de 22 andares direto para dentro do Olympico travando luta com os inimigos e salvar o Olympico. Sucesso total. As crianças vão ao delírio, os adultos se emocionam. Efeito de fogos e luzes fazem o cenário. Veja as fotos (próximas páginas), elas falarão por si. Construir um momento único é uma tarefa difícil.

Detalhes dos cartazes de divulgação das festas do Olympico criados pela coordenadora de comunicação Lucia Guatimosim Alves


Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club Fotos: Deleoni amorim

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Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

A vida social das

Gerações

Fotos: Deleoni amorim


Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club Gilson de Souza

Bem viver Carminha é a coordenadora do “Projeto Bem viver”, o grupo da terceira idade do Olympico Club. Desde 1978, como sócia do Clube, viu a necessidade de interação daqueles que foram avançando em idade. O grupo, criado em 2003, é aberto também para os não sócios, mas a maioria, dos cerca de 30 idosos assíduos nas reuniões, são do Olympico. Encontram-se para passeios, para dançarem, vão ao cinema, shopping, fazem hidroginástica “para não enferrujar nosso

corpo”, diz Carminha. Uma vez por mês, promovem um encontro temático, cujos assuntos vão da psicologia, até uma visita de um “grupo de índios que veio nos ensinar uns passos de dança”, completa a coordenadora. A mais idosa das frequentadoras é Olga Reys Cavalcanti, viúva de Rubem Cavalcanti. Olga diz que encontrou no grupo a razão para continuar sua vida alegre de sempre, “nós sabemos como cultivar nossa amizade, através da

confraternização encontrada no grupo”, explicou entre uma carta e outra no jogo de buraco. Olga Cavalcanti é sócia desde 1962 e diz que: “a convivência familiar do Clube nos deixa muito tranquilas. A mesma tranquilidade que tínhamos ao deixar nossos filhos no Olympico. Eles gastavam horas e horas por dia, nas matinês, horas dançantes e até mesmo nas viagens, mas se fossem pelo Clube, tinha certeza que estavam bem”, explica. Fotos: Bem Viver

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Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Funcionário mais

Antigo

Gilson de Souza

“Seu” Quincas, sua história Joaquim Luciano da Costa escreveu e participou de boa parte do Olympico. Aos 91 anos consegue se lembrar das diversas fases do Clube, desde seus grandes pés de manga, tomateiros, até a construção de praticamente todos os prédios que fazem parte do complexo atual. Foi admitido, no dia 1º de novembro de 1958, à convite do presidente dr. Fernando Nunes de Lima. Aqui, já foi de tudo um pouco: porteiro, jardineiro, trabalhou na conservação do Salão de Festas,

na sinuca e, por mais de 12 anos, esteve no Departamento Esportivo. Gosta de apontar onde eram os postes de luz antigos e sabe de cor quais foram os primeiros edifícios que se levantaram em torno do Clube. “Não sei ler, mas sei receber ordens”, assim justifica todo seu trabalho no Clube. Apelidado de “Seu Quincas”, não há quem passe e que não o cumprimente com carinho. Aposentado em 1965, preferiu continuar trabalhando até o dia em

que viu todos os filhos formados. São cinco ao todo, 13 netos e vários bisnetos. Joaquim “Quincas” da Costa pode dizer com toda certeza que viveu uma vida de muita satisfação. Completa que sempre teve prazer de estar no Olympico, daí seu sucesso aqui dentro. Com sua despedida foi feita uma grande festa no Clube em sua homenagem. “Não há empregado como esse, o melhor que já passou pelo Clube”, disse o presidente Hélcio Nunan, no dia de sua despedida. Fotos: Gilson de Souza

Nas páginas da

História O ano era 1983 e “Seu Quincas” contava no jornal “Folha do Olympico” como era completar 24 anos como funcionário do Clube

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Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club Gustavo Lovalho

Piscinas: palco de gerações

Fotos: arquivo Olympico Club


Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

“Clube vivo”

Nismar alves dos reis Presidente

para toda família

Em seus dois mandatos objetivou sempre, manter acesa a chama do “Espírito do Olympico”, proporcionando à “garotada” e a juventude correr todos os dias nas quadras, além de ocupar também o parque aquático e a academia de musculação do clube. Ver a primeira infância se exercitar no “parquinho”infantil é revigorante. O foco principal de sua gestão é a família e para tal, foram realizadas benfeitorias e eventos sociais. O Olympico nasceu do esporte e para o esporte, portanto irá ser imprescindível incentivar nossos filhos e

netos à prática sadia e educadora da atividade esportiva. Inovou na condução da presidência reunindo semanalmente a diretoria executiva do clube, ultrapassando determinação estatutária de uma reunião mensal. Sua maior “obra” foi dar início ao processo de regularização da totalidade dos terrenos do clube, com ação de “USO CAPIÃO” que se encontra em adiantado estado de resolução judicial. Esta ação se fazia necessária a tempos e certamente será de extrema importância para o futuro do clube.

Desenvolvimento

e empenho

Rômulo Rocha Mesquita Vice-presidente

Sou sócio do Olympico desde a década de 1960 e, desde então, tinha conhecimento de que tudo aquilo que o Clube realizou foi com dificuldade e, quando necessário, com contribuições extras dos associados. Como membro da diretoria, há cinco anos, posso comprovar plenamente o que já conhecia. Na década de 1970, o Olympico firmou uma parceria pioneira com o Colégio Pro-

move que trouxe benefícios para os nossos atletas que recebiam bolsas de estudos desta escola. Rapidamente, os frutos da parceria se fizeram valer, pois muitos de nossos atletas, simultaneamente aos seus estudos, foram convocados para a seleção brasileira nas quais se destacaram. Grandes marcos das últimas administrações foi a aquisição de imóveis vizinhos e a regularização municipal da atual área de

Convívio

que não se troca O Clube tem muito a crescer e vai crescer ainda mais. As administrações futuras terão chances de promover diversas ações, como por exemplo: verticalizar a parte da frente do Olympico e fazer aquisições ou

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13 mil metros quadrados, o que possibilitou a realocação das quadras e a ampliação do espaço útil do Cclube. Tudo isso não teria sido feito se não fosse o empenho dos sócios, a dedicação dos funcionários e o empenho das diferentes diretorias. Esperamos que as futuras administrações mantenham a mesma linha de atuação e possam contribuir para o desenvolvimento de nosso Clube.

Luiz Carlos Bemfica Cotta Santos Vice-presidente Financeiro

melhorias. O convívio é o que nos faz ficar cada dia mais apegado ao Clube. Eu sempre falo que o Olympico é nosso. Não é de A ou de B, é do associado, é a nossa família. Não podemos

perder essa identidade. Tem muitos clubes próximos à minha casa, mas eu não o troco por nada, justamente por causa desse social, desse convívio. Eu espero que ele continue sempre assim, cada dia mais.


Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club Gerci Cardoso

Diretoria Executiva Presidente: Nismar Alves dos Reis Vice-presidente Administrativo: Rômulo Rocha Mesquita

Resgate

Cristovão Eyer Cabral Vice-presidente Social

ao passado

Para quem não conhece o Olympico, ele é definido como um clube da zona sul de BH, localizado no meio de edifícios e casas. Nós o temos como uma segunda casa. Nele convivemos no nosso dia a dia. Dos 70 anos de existência, faço parte dessa história há 42 anos, pois tenho foto em preto e branco, de recém nascido, dentro das dependências do clube. Ao longo dos anos, sempre pratiquei esporte, fiz amizades, tive muitos

Ruy Gomes Filho Vice-presidente de esportes

Vice-presidente de Esportes: Ruy Gomes Silva Filho Vice-presidente Financeiro: Luiz Carlos Bemfica Cotta Santos Vice-presidente Social: Cristovão Eyer Cabral

momentos de descontração e tive referências importantes de pessoas do meu convívio que levo para o resto da vida. A frase: O Olympico é formador de gerações é a mais pura realidade. Além de formar atletas, ele forma gerações . É um aprendizado para a vida. Criar um filho dentro do Olympico é um privilégio. Hoje tenho o prazer de jogar futebol nos fins de semana ao lado do meu filho que

também já faz parte dessa história. Nos 70 anos do Olympico tenho o orgulho de fazer parte da atual diretoria e aproveito a oportunidade para agradecer a todos que contribuíram ao longo dos anos para que o Olympico se tornasse o que é hoje. Aos que contribuem e aos que vão contribuir desejo sucesso para que a essência de vida que abrange a família Olympico possa ser vitalícia, formando cada vez mais gerações.

Olympico:

clube familiar e unido

“Nessa homenagem aos 70 anos do Olympico, quero parabenizar a todas as pessoas que contribuíram para essa história, aos presidentes, diretores, atletas e treinadores que contribuíram e desenvolveram esse trabalho esportivo e social. A todos os associaddos, funcioários novatos, e sobretudo àqueles que estão aqui há anos, sempre dedicados e trabalhando com amor. Mas, principalmente, aos fundadores e seus familiares que acredi-

taram no sonho e tornaram realidade. A continuidade desta bonita história depende de que pessoas e sócios com capacidade e amor ao clube, doem um pouco do seu tempo para ajudar e participar. Cada um fazendo a sua parte, o Olympico pode ir muito além. O Olympico é, e sempre foi, um celeiro de atletas e um clube de grande tradição no esporte. Estamos orgulhosos de estar mantendo esta tradição

na atual gestão, com muitos títulos e atletas em destaque nas diversas modalidades esportivas do clube. Mas além disso, o Olympico é uma grande família, um clube onde as pessoas se encontram, se confraterizam e comemoram datas e momentos importantes como aniversários, casamentos, etc. Que esse espírito de união possa perpetuar por muitos anos e gerações, mais 70, 140 anos...

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Gerci Cardoso

Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Diretoria de Esportes A sinuca do Olympico é uma tradição que passa de pai para filho. Apesar de estar voltada para o lazer do associado, contamos com uma equipe onde participamos de torneios interclubes e os promovidos pela Federação de Clubes de Minas Gerais,

Fecemg. Anualmente promovemos dois torneios internos, com grande participação dos associados, com direito a muita alegria e churrasco de premiação dos vencedores. A reforma realizada no salão proporcionou mais conforto aos associados e con-

sequentemente mais adeptos ao esportes. Agradeço ao apoio de toda a Diretoria Executiva e desejo, nesses 70 anos que a próxima administração mantenha os mesmos propósitos da atual na formação pessoal e desportiva dos atletas e associados. José Sílvio Abras Diretor de Sinuca

Sabemos que o esporte é fundamental para a formação de crianças e jovens, então, esse trabalho que o Olympico faz, não tem como contabilizar. Só quem acompanha

os meninos de todas as faixas sociais e vê a evolução deles como atletas e como homens sabe o que isso representa. A tradição do Olympico na área esportiva

é bastante reconhecida e, ao longo desses 70 anos, o Clube está em outro patamar. Parabéns pelo trabalho e por tudo que o Clube fez, e que continue abraçando o esporte. Flávio Rezende Magalhães Diretor de Basquete

Eu fiquei encantado com o Clube porque o espírito é de família, de confraternização. Nesses três anos que estou aqui, fiz mais amizades, do que consegui fazer, em 12 anos,

como associado do Círculo Militar.Temos uma quadra de tênis disponível e iremos contratar mais um professor. O tênis é um excelente esporte. E ao praticá-lo, a pessoa se

encanta por ele. Estamos rodeados de pessoas boas. Espero que essa política, a amizade e a postura do Clube continuem por muitos e muito anos.

Abílio Eustáquio de Andrade Neto Diretor de Tênis

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Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

O Olympico Club me cativou desde o início, então, eu faço o meu trabalho com muito esforço, dedicação e seriedade para tentar levar o vôlei feminino onde ele merece estar, dentro de Minas Gerais e do país. O grande patrimônio que o Olympico tem são as pessoas que vivem aqui, o material humano é muito bom. As pessoas se

conhecem pelo nome e não são meros números, são famílias. O interessante é que o Clube consegue desenvolver a função social e desportiva, lidar com o esporte e com o lado social, sem se afastar do lado do relacionamento humano. Talvez isso seja atribuído à sua natureza, de como ele nasceu. Carlos Reinaldo S. Bomfim Diretor de Voleibol Feminino

Pretendemos realizar o Torneio Interno de Peteca e participar do Campeonato Mineiro de Veteranos, da Federação Mineira de Peteca, e conquistar uma vaga para disputar o Campeonato Brasileiro. Nesses 70 anos eu só tenho a agradecer ao Olympico Clube, Sou chileno, quando

vim para o Brasil, conheci minha esposa aqui em Belo Horizonte e logo em seguida comprei a cota do clube. Criei os meus filhos aqui e conquistamos amizades verdadeiras. Quero desejar muitos anos de vida ao Clube e muitas coisas boas. Obrigado por tudo. Alonso Antônio Perez Vilches Diretor de Peteca

Sempre gosto de frisar que o Clube não forma atletas, forma homens. Por isso, os jovens têm que ajudar o Olympico a crescer, afinal, o Clube existe por causa deles e das pessoas maravilhosas que fazem essa administração colegiada. Desejo que o Olympico Club continue transmitindo

essa alegria, promovendo o convívio social maravilhoso entre sócios e atletas por, no mínimo, mais 70 anos. Que os atletas possam alimentar a amizade e o comprometimento em suas vidas para fazer com que o Olympico Club se renove a cada ano, sempre. Walney José de Almeida Diretor de Voleibol Masculino

Nesses três anos de minha gestão, o Clube já ganhou oito títulos. Isso é uma honra porque nos mostra que o trabalho em equipe, em conjunto dá resultados positivos. Vale a pena investir em novos atletas e acreditar neles. Espero que a

próxima gestão, ao assumir a diretoria do Clube, dê continuidade a esse trabalho. Faço do Olympico minha família, minha casa, então, desejo muito mais que 70 anos de vida para as várias gerações que irão chegar. Thomaz de Aquino Pimenta Diretor de Futsal


Edição Histórica • 70 anos do Olympico Club

Casamentos Thelmo Quick e Déa Valle

Foi uma época de em fizemos grandes amizades, namoros e casamentos. Digo sempre que foi um clube casamenteiro

Nelson Ferreira e Vera Ferola Rodrigo Penna e Yeda Nelson Carneiro e Terezinha João Câncio e Maria Helena Júlio César e Maria José Luciano Passini e Carmem Tassara Breno Ferreira e Ieda Leopoldo Ferreira e Izabel Hélcio Nunan e Rosa Caram Emerson e Ivone Caram

Thelmo Quick

Gecernir Colen e Eliane de Barros Nismar e Regina

Arquivo Olympico Club

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Escola Theodor Herzl. Aqui seu filho aprende sobre as escolhas da vida.

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