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histรณrias em quadrinhos
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IEDITORIAL
A tequila pode não cair bem, depende da procedência. Espero que Matheus não dependa dela para desenhar bem. Bem como espero que Caio não precise somente do escuro sempre. É importante, frisou bem o outro Caio, tocar o dia a dia e manter o corpo alimentado. Com uma dose de piada e lógica, claro. Certo, Júlia? Bjo, Julia. Estirar-se no banco da praça, pra Lucas, é evidentemente um ócio produtivo, mas no caso de Felipe a Preguiça da Vida pode virar um obstáculo. Claro que se a música for o caminho para ele a viagem pode ser bem sucedida. Mas a maior viagem, em termos de distância pelo menos, deve ser a do Nerd Loko de André, que decolou no Fracaroli rumo ao infinito. Páreo duro para a viagem no tempo de Michaella ou a gigaonda de Nathalia. Osíris é Orio, que é Caio, o do Walmor. Confuso? Matteus gosta disso. E de tirar onda. Não a onda da Nathalia, percebe? Giulia fez Albert passear no parque e Peu fez Nathalia passear no grafismo. Cada qual com sua diversão, mas nenhum com a badalação canino notívaga que Ronaldo proporcionou aos Totós. 4
O Brainstorm de Victor, bacana, é oriundo do exercício que fizemos e o Tabaco de Julia é oriundo sabe-se lá de onde... de um lugar lá no fundo de onde saem sem muita explicação os pontinhos do desenho, os gatinhos fofinhos de Alessandra ou os reflexos complexos de Fernando. Mas o poema de Rodrigo tem origem certa, veio de Vivian que nem é da turma, mas inspirou o rapaz. Tanto o Palito, quanto Pico e Caco arriscaram e ao menos podem falar que tentaram. Assim como as Bias, as autoras. E seja o que deus quiser! Ou o que a ciência quiser, uma vez que os homens acabaram com os deuses. Confirma, Felipe? Só nos resta fugir, seja da gaiola da Cintia, seja da vida da cidade da Julia ou através do Sexo, drogas & rock’n’roll da Tulasi. Mas correndo o risco do matuto mostrar que sempre queremos mais. Ou correndo o risco de um destino mais fatídico. Né, Isa? Espero que não. Aliás, sei que não. Todos vamos chegar lá, onde queremos. Gil Tokio 5
‘ÍNDICE.
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El porito Matheus Américo
36 Brain Storm Victor Augusto Pires
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Medo do escuro Caio Caldas
38 Tabaco Júlia Fusco
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A vida de Walmor Caio Orio
40 Dia-a-dia Alessandra Nagano
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Questão de lógica Julia Bjo
42 Reflexo Fernando Molina
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Num mesmo banco Lucas Karam
43 Não acenderam as luzes das ruas Vivian Morizono e Rodrigo Puelles
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Preguiça da vida Felipe Chaguri
47 Um breve devaneio Bia Obici
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O nerd loko em aventuras no espaço André Kuni
48 Pico e caco Beatriz Carvalho
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O tempo Mica Giraldella
50 Gênese Felipe Moreno
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A onda dos sonhos Nathália Nascimento
53 A fuga Cintia Lika
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As tipos de Osíris Matteus Faria
55 Sexo, Drogas e Rock’n’Roll Tulasi Fichter
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Albert em: tour pelo Parque Buenos Aires Giulia Feio
56 Vida pacata Julia Vargas
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Peu Ishio
60 Artrose Isabela Jordani
A vida noturna dos cães Ronaldo Rezende
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Narrativas Gráficas/HQ e produção de prozine
A revista que está em suas mãos é resultado de um workshop feito de 2 a 6 de maio de 2011. Uma oficina prática de história em quadrinhos. Duas turmas, matutina e vespertina, do primeiro ano de Design Gráfico do Instituto Europeo di Design participaram dela. Trabalhamos todo o processo de feitura de uma revista em quadrinhos , da concepção das histórias, passando para a produção das páginas e fechamento do arquivo digital da revista.
elaborar os roteiros e uma primeiro rascunho das páginas.
O processo foi mais ou menos assim:
4. O último dia fizemos os acertos finais na página e conversamos sobre a linha editorial da revista. Com os alunos participando do design gráfico, logotipo da revista e fechamento do arquivo digital.
1. O primeiro dia foi de criação de roteiros, usamos como pretexto inicial a experiência dos alunos com a praça Buenos Aires em outras disciplinas do curso, mas não ficamos presos necessariamente a esse tema. Fizemos um brainstorm rápido e em seguida um exercício de fazer quadrinhos em grupo com um sistema de rodízio, no qual um aluno continua a história que o outro começou. Desse processo surgem idéias no mínimo surpreendentes. Finalizado o exercício, começamos a
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2. O segundo dia discutimos sobre técnicas e estilos em história em quadrinhos. Cada aluno optou por um caminho para materializar os roteiros previamente definidos e começamos a desenhar as páginas já no tamanho final. 3. O terceiro e quarto dia foram para produção das páginas de histórias.
Importante frisar que o percurso de trabalho de cada aluno foi propositadamente diferente, assim com o resultado final de cada história em quadrinhos. Não foram pré estabelecidos temas fechados, técnicas gráficas ou número de páginas. A prioridade era contar uma boa história e cada aluno desenvolver o que tinha
vontade nesse sentido. Uma vez definido o roteiro, cada técnica e estilo foram escolhidos de forma a contar melhor tal roteiro. Dessa maneira alguns optaram por técnicas digitais como vetor ou bitmap, e outros por técnicas tradicionais, como nanquim ou lápis. Assim como os estilos que transitaram por diversas abordagens das quais podemos citar (com dúvidas se é adequado rotular estilos dessa maneira): realista, cartum, underground, de palitinhos, fotonovela, etc, etc. Interessante também registrar que se trata de duas turmas de primeiro ano de graduação em design gráfico produzindo em apenas 5 dias. Os resultados podem ser considerados heterogênios em muitos aspectos, mas não há dúvidas que o trabalho foi efetivo. Todos os alunos produziram suas histórias até o fim, dentro do prazo. E, mais importante, evoluíram durante esse processo. O tempo de evolução de cada aluno é diferente, bem como as questões que cada um quer trabalhar no momento.
O formato proposto para o workshop caiu bem para sanar essas necessidades e vontades, pois o atendimento era individual, mas a discussão era coletiva. Foi uma semana com o tempo curto, o ritmo rápido de trabalho e concentração intensa, mas muito longe de ser estressante ou cansativo. Os alunos demonstraram também ter gostado do trabalho e dos resultados. Fica aqui impresso o registro de um exercício acadêmico que desenvolveu conhecimentos interdisciplinares (desenho, texto, editoração, técnicas de sofware...), explorou a expressão individual dos alunos e concluiu um produto final em 5 dias. Mas que acima de tudo contou boas histórias.
Gil Tokio professor do workshop
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Revista do workshop Narrativas Gráficas/HQ e produção de prozine maio de 2011 Arti Visivi Curso de Design Gráfico Disciplina Tópicos avançados Professor Gil Tokio Agradecimentos: Mari Pini Daniela Nestal Dani Samad Instituto Europeo di Design IED Brasil Rua Maranhão, 617 Higienópolis São Paulo Tel 3660 8000 info@ied.edu.br www.ied.edu.br
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Participantes André Kunihiro Tanahara Beatriz Camargo Obici Caio Vinicius Orio de Souza Felipe Moreno Silva Giulia Assed Araújo Feio Lucas Magno Karam Rossi Matteus de Faria Vilas Boas Ronaldo Rezende Fonseca Victor Augusto Pires Alessandra Mitiko Grasso Nagano Beatriz Andrade Fagundes Caldas Cintia Lika Inaba Felipe Guinski Chaguri Fernando Molina de Melo Garcia Isabela Jordani Julia Vargas Cunha Michaella Kirsten Giradella Barros Nathália Carneiro do Nascimento Pedro Targo Ishio Correia Rodrigo Alonso de Chiacchio Puelles Tulasi Fichter Matheus Americo Julia Fusco Julia Neves Bigio
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