Form Shopping Sul Av: Francisco Lacerda de Aguiar , 138 - loja 137 Gilberto Machado , Cachoeiro de Itapemirim -ES 28 3521- 0443
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ÍNDICE Esporte:
12 Embate entre conteúdo, capa e rótulo Celmo de Freitas
Surfista com “DNA Cachoeirense” arrepia no Havaí
16 As maravilhas da Ásia Rita Geaquinto
pag. 18
22 A causa da crise humana
Economia: a expansão do Sicoob Sul página 14
36 Solução para otimizar espaços Fabiano Prates Ravaglia
Jorge Penedo
Portraits: Coelhaço e Pimentinha, Chacrinha e otras cositas más página 20
37 Turismo gastronômico e sua demanda Philipe Verdan
40 Celebração da vida nova Sonia Gonçalves
Galeria: arte de Isabel Braga mostra fascínio por Marataízes página 24
E muito
confira...
38 Destaques da sociedade cachoeirense Coluna Fê Magalhães
41 A receita de bacalhau do chef Tony Batista
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editorial
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(Corretora autônoma)
A Revista Você+ é uma publicação mensal. Seu objetivo é divulgar fatos e versões relacionados ao interesse de Cachoeiro de Itapemirim e região, privilegiando pessoas, acontecimentos, perspectivas e outras temáticas indispensáveis. Praticamos um jornalismo ético, apartidário, atualizado com o seu tempo e, acima de tudo, independente. A Revista Você+ não se responsabiliza pelos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.
C’est la vie Olá, amigos leitores. Período atípico, esse em que vivemos: calor saariano a cozinhar cérebros e a dar nos nervos das pessoas; o Brasil explodindo em manifestações cívicas, jamais vistas, contra o pleno desgoverno – o país ameaçando “cair do galho”, de tão esfacelado! -; meses de janeiro e fevereiro em que, independente de tudo, comemora-se a valer o sol e o mar com toda a intensidade e o resto... bem, o resto faremos todos quando der tempo; notícias de pessoas amigas que se foram, consternando a gente; pouco, quase nenhum acontecimento para se comemorar, a não ser... a não ser a vida que milagrosamente insiste em se repetir a cada manhã. Enfim, média ponderada que poderia ter atingido níveis bem melhores. Mas, c’est la vie, como diriam os nossos amigos franceses. Tudo que disse aí em cima é verdadeiro, mas verdadeira também é a missão da Revista Você+ de tocar a bola prá frente, mesmo ao custo de eventualmente equilibrar-se no fio da navalha. Seguimos informando de forma isenta, equilibrada, valorizando o novo, circulando informações de qualidade, divulgando experiências bem sucedidas e prestigiando o jornalismo independente. E nada impede que a gente faça isso sem perder de vista a importância de uma revista de alta qualidade. Pois é, a temporada de caça aos eleitores está aberta: 2016 é ano de eleições municipais, o TSE baixou novas regras, mas, acreditamos, as práticas políticas insistirão em permanecer como sempre foram: disputadas palmo a palmo e com metodologias personalíssimas. Para falar sobre esse tema de fundamental importância para a vida das pessoas, entrevistamos em nossas Páginas Amarelas personalidade com vastíssima experiência nesse terreno: Theodorico Ferraço, atual presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo. Conheçam o que ele tem a dizer sobre esse instigante tema: gestão pública, eleições e otras cositas más... Em espaço que a Você+ não abre mão de prestigiar, vejam na seção Galeria o que descobrimos em “garimpo” com Marília Braga, filha de Newton e Isabel Braga: parte de um acervo artístico produzido por ela que, para além de outros valores, é alegre, bonito, plástico e que nos transporta para a Marataízes de antigamente, tão cara às nossas recordações. Trazemos também, na seção de Esporte, o nascimento de mais uma futura estrela do surf internacional, esporte em que o Brasil está mandando forte no mundo hoje. Luana nasceu no Havaí, ainda mora lá e é naquelas “marolinhas” que ela vai desenvolvendo suas técnicas e alimentando seu maior prazer na vida: surfar. A gatinha, de apenas 11 anos, já coleciona vários títulos e é neta de Maridalva e Iro Coelho, cachoeirenses de “mala e cuia”. Leiam a matéria e encantem-se. Nossos articulistas, escolhidos a dedo, continuam dando um show com seus olhares personalíssimos, opiniões independentes e muitos valores para acrescentar em nossas vidas. Gilsinho Leão, em Portraits, segue sendo o mesmo de sempre. Vê a vida de uma maneira própria, da sua janela agora aberta para as paisagens deslumbrantes do seu sítio Quintas Leão, lá pelos lados de Vargem Alta. Impagável! Pena, vontade de ir escrevendo, escrevendo, mas... “acabou o milho, acabou a pipoca”. Termina meu espaço aqui e como sempre desejo uma boa leitura a todos. E lembrem-se: SOMOS TODOS REVISTA VOCÊ+.
foto: Jonathan Lessa
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Fotos: Reinaldo Carvalho/ Comunicação Ales
entrevista
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“Mais do que um nome para prefeito, precisamos de um projeto de desenvolvimento sustentável e da união de todos aqueles que acreditam e querem o bem de Cachoeiro”
Theodorico Ferraço fala à Revista Você+ por Renato Magalhães
Com 78 anos de idade, quatro mandatos como prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, três como deputado federal e mais cinco como deputado estadual, Theodorico de Assis Ferraço preside o Poder Legislativo capixaba desde 2012. É dele a segunda maior votação no Espírito Santo para a Assembleia Legislativa. No cargo de deputado estadual, garante que combate “ativamente a sonegação de impostos pelas grandes empresas e defende a criação de políticas públicas eficientes voltadas para as áreas de saúde, agricultura e rochas ornamentais”. Pelo currículo e bagagem política, difícil alguém com mais propriedade do que Ferraço para falar das próximas eleições municipais e “pensar Cachoeiro”. Confira: O Brasil vive uma das maiores crises políticas, econômicas, financeiras e institucionais da sua história. De forma concisa, seria possível fazer uma rápida análise da gênese do problema e das suas possíveis soluções. Qual a luz no fim do túnel? A corrupção é um dos principais fatores que originaram a crise que vivemos hoje. Não é o único, entretanto é o que mais tem sido evidenciado pela mídia e combatido pela Justiça, pelo Ministério Público, pelas organizações sociais de transparência e pelos cidadãos de bem. É inadmissível que um país da grandeza do Brasil, com uma riqueza natural extraordinária e um povo ordeiro, honesto e trabalhador, esteja nessa situação de falência e desmoralização, devido à ganância e à irrespon-
sabilidades de alguns gestores e políticos que usaram a máquina pública para seu enriquecimento e para manutenção de uma estrutura de poder, que é baseada em favores partidários e financiada, de forma ímproba, com o dinheiro do povo. Acredito que iremos virar essa página sombria da história brasileira. Nossa democracia sairá fortalecida e os instrumentos legais de prevenção, combate e punibilidade à corrupção serão ainda mais aperfeiçoados. Em Cachoeiro de Itapemirim não aconteceu diferente e todo o seu tecido social também foi afetado: a agricultura, a indústria, o comércio e os serviços, culminando com o desemprego e a inflação, sentiram os efeitos negativos da crise e já começam a amargar severos prejuízos e preocupações. Existe solução
caseira para enfrentar esses problemas? Infelizmente, a política fazendária do Governo Federal e os escândalos de corrupção asseveraram ainda mais a crise econômica. E, com isso, o atual governo perdeu autoridade e credibilidade para resolver o problema, que um dia chamaram de “marolinha”. O dever de casa não foi cumprido: planejamento, prevenção e economia. A dívida pública saiu do controle e o rumo da política econômica foi perdido. O pior é que, de forma errônea e injusta, a conta de tudo isso, somada ao rombo gerado pela corrupção, está sendo cobrada da sociedade. Qualquer pessoa sabe que se gastar mais do que ganha terá dívidas impagáveis, que, além dos prejuízos financeiros, irão trazer problemas sérios à fa-
mília e a todas as áreas de sua vida. Assim também ocorre com o governo que gasta mais do que arrecada. A única solução possível é a estabilização da economia, por meio da implantação de um plano econômico de resgate dos investimentos e da credibilidade interna e internacional do país, da valorização do real, aliados ao compromisso governamental de gestão responsável do erário e de contenção da inflação e da dívida pública. Na Assembleia Legislativa, implantamos um programa rígido de economia. Nos cincos anos que presido o Poder, cumprimos todos os nossos compromissos financeiros e não recorremos ao caixa do Governo para suplementar qualquer despesa. Hoje a Assembleia é reconhecida como uma das três mais econômicas do
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entrevista país e por sua transparência. Cachoeiro é a cidade pólo do Sul do Estado, com uma população de mais de 200 mil habitantes. Em sua opinião, e sob os aspectos estruturais, quais são os pontos históricos fortes e fracos locais? Sem dúvida Cachoeiro de Itapemirim é um polo de referência do Sul capixaba. Temos condições favoráveis ao desenvolvimento socioeconômico, com sustentabilidade e planejamento. Entretanto, reconheço que hoje precisamos somar as forças de todos os setores da política e da sociedade para devolvermos à cidade a importância e a grandeza que são marcas de nossa história. Não dá mais para pensarmos de forma provinciana. Se queremos crescer, temos que arregaçar as mangas e deixar de lado qualquer adversidade ideológica ou política. É preciso construir uma força tarefa para resgatar o crescimento de nossa indústria, comércio, prestadores de serviços e agropecuária. Para resgatar a geração de empregos e renda; a implantação da infraestrutura necessária ao progresso. Aperfeiçoar a segurança pública, a saúde a educação e outras áreas importantes para a melhoria da qualidade de vida do cachoeirense. Tudo isso independe de nomes ou de partidos políticos, só depende da união de todos que querem o bem de Cachoeiro de Itapemirim. Partido político ou candidato: qual desses dois fatores atualmente contribui mais para a formação da convicção do eleitor na hora de colocar seu voto na urna? O voto é dado pela proximidade e confiança que o eleitor tem para com seu candidato. Assim, na maioria das vezes, o voto é dado ao candidato, in-
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diferente do partido ao qual ele está filiado. Os partidos são extremamente importantes para a manutenção da democracia. Dentro das novas regras para as eleições municipais deste ano, quais merecem destaque e em que medida poderão contribuir para o aprimoramento dos princípios republicanos do voto?
cionalmente concebidos e implementados? Quando falei sobre deixarmos de pensar de forma provinciana sobre o futuro de Cachoeiro de Itapemirim, esta mesma convicção se emprega no presente contexto. Atualmente, a política pública não mais é feita pensando apenas nos limites territoriais de cada município. O fortalecimento de uma re-
“O voto é dado pela proximidade e confiança que o eleitor tem para com seu candidato. Na maioria das vezes é dado ao candidato, indiferente do partido ao qual ele está filiado” Toda mudança no processo eleitoral, promovida pela Justiça Eleitoral ou pelo Legislativo Federal, que garantam transparência social e igualdade de condições de disputa entre candidatos, é bem vinda e merecedora de aplausos. Neste ano, entre outras, tivemos mudanças na forma de doações de campanhas, que só poderão ser feitas por pessoas físicas e pelos fundos partidários; a diminuição do tempo de campanha e do horário eleitoral gratuito
gião é condição imprescindível para o desenvolvimento dos municípios compreendidos. Assim, a união de cidades que compartilham dos mesmos potenciais e dificuldades sociais e econômicas, tendo formalizadas as normas de deveres e direitos de cada um, pode alavancar o desenvolvimento que almejam. No geral, é recorrente a falta de novas lideranças na política. Empresários, mulheres e jovens,
“Não dá mais para pensarmos de forma provinciana. Se queremos crescer, temos que arregaçar as mangas e deixar de lado qualquer adversidade ideológica ou política” no rádio e na TV, que passaram de 90 dias para 45 e de 45 dias para 35, respectivamente. Em um cenário mais amplo no tempo e no espaço, como vê a possibilidade da criação de uma Região Metropolitana Litorânea Sul que englobe Presidente Kennedy, Marataízes, Itapemirim e, eventualmente, Piúma e Anchieta. Mobilidade urbana, saneamento, saúde, educação e outros aspectos essenciais da vida não poderiam ser mais ra-
por exemplo, deixam a entender que a política, essencial na organização de um país, não os atrai. Em sua opinião, qual a explicação para essa tendência? Infelizmente, chegamos a um momento da história em que a classe política se encontra desacreditada por uma boa parte da população. O motivado principal do descrédito são os escândalos de desvio de dinheiro público e a ingerência da máquina pública. Há inúme-
ros políticos honestos e comprometidos com a defesa dos interesses da sociedade, porém os péssimos exemplos acabam ofuscando o trabalho exemplar destes. A imprensa tem destacado que lideranças políticas locais estão se mobilizando com relação à indicação de potenciais candidatos para as eleições deste ano. A sua participação nesse cenário tem sido notada. Como vê essas “mexidas” no tabuleiro político? Este é um movimento político necessário ao resgate do desenvolvimento de Cachoeiro de Itapemirim. É preciso deixarmos de lado divergências ideológicas e políticas para construirmos, em união, um projeto que vise apenas o crescimento do nosso município e a qualidade de vida de nosso povo. A minha história pública e a gratidão que tenho para com Cachoeiro me obrigam a não ficar de fora deste processo, onde sou mais um operário, junto com tantos outros amigos e amigas. Mais do que um nome para prefeito, precisamos de um projeto de desenvolvimento sustentável e da união de todos aqueles que acreditam e querem o bem de Cachoeiro de Itapemirim. Pergunta inevitável: passa pelo seu radar candidatar-se ao quinto mandato para o Executivo Municipal de Cachoeiro? Comente essa possibilidade. Estou empenhado em contribuir no que for necessário para a formação desse grupo pró-Cachoeiro e no cumprimento das decisões a serem tomadas em conjunto. No momento, não discutimos nomes e sim ações necessárias à promoção e resgate do crescimento e da grandeza de nosso município. Sempre fui e sempre serei um soldado do povo de Cachoeiro de Itapemirim.
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artigo
Rótulos, capas e conteúdos O embate entre o nosso conteúdo e as capas e rótulos, que são atribuídos àqueles com quem compartilhamos a vida em sociedade, leva, muitas vezes, à intolerância, à discriminação, ao desrespeito...
por Celmo de Freitas
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onversando com um amigo sobre leitura, ele comentou que havia, recentemente, se decepcionado com o conteúdo de um livro que comprara. Perguntei sobre o que levara-o a adquirir tal exemplar. A resposta foi que a capa havia lhe chamado a atenção. Em outra oportunidade, jantando em um restaurante, me foi possível ouvir um grupo que conversava sobre vinhos, tendo um comentário chamado-me a atenção - “aquele vinho? Só tinha o rótulo bonito, o produto mesmo, decepcionou-me por completo”. Reunindo os casos acima a comentários com os quais nos deparamos em nosso cotidiano - “não sou católico, mas admiro o Papa Francisco”; “não sou espírita, mas admiro a obra de Chico Xavier”; “o gesto dele foi tão bonito que não combina com a profissão”, dentre tantos outros -, constatamos a importância que damos às capas e rótulos, agravando-se a questão quando esses rótulos são colocados nas pessoas e, a partir dele, por “passe de mágica”, passamos a acreditar, sob a luz do nosso conteúdo, que conhecemos todo o conteúdo/essência daquela pessoa. O embate entre o nosso conteúdo e as capas e rótulos, que são atribuídos àqueles com quem compartilhamos a vida em sociedade, leva, muitas vezes, à intolerância, à discriminação, ao desrespeito por legítimos direitos dos nossos demais companheiros de jornada, nas mais diversas áreas (religião, classe social, opção sexual, partido político, etc.). Conhecer e compreender o conteúdo é trabalhoso, requer tempo, interesse real e, no caso das pessoas, soma-se, a compreensão de que ao outro é lícito ter as
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suas escolhas, pelas quais responderá. Conhecer o conteúdo de um livro depende de ação em um só sentido - do leitor para o objeto. Mas, no caso do ser humano, a busca do conteúdo é um exercício que exige ação em dois sentidos, onde, além daquela exercida por aquele que busca, necessária é a ação, não intencional, daquele de quem se analisa o conteúdo. E, para isso, os atos desenvolvidos serão como as páginas de um livro, a nos permitir avançar muito além de uma primeira e nem sempre correta impressão. Deparo-me, neste momento, com uma questão: “o conteúdo de um livro ou o sabor de um vinho pode agradar a uns e não a outros. E aí?” A resposta que me vem é curta. RESPEITO! Devo respeitar, afinal serão meus o melhor gosto pela leitura e paladar? Compreender o conteúdo das pessoas, superando rótulos e capas, requer tempo, convivência e constante aprendizado. Busco no Livro dos Espíritos (Allan Kardec) uma passagem importante para compreensão e aceitação das diferenças, com vistas a um mundo mais tolerante. Tento, desta forma, ajudar na grande lavoura da fraternidade e compreensão que deve ser cultivada por todos, independente dos rótulos que carregamos. Na questão nº 919 o autor pergunta - “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?”, tendo como resposta - “Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”.
Celmo de Freitas, 52 anos, casado, administrador de empresas/pós-graduado em Gestão Empresarial, gerente geral da Marbrasa, nascido em Niterói.
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Economia
Sicoob Sul se expande para o Estado do Rio de Janeiro Foto: Wallace Hull
Cooperativa de crédito inaugura agência em Itaperuna. A próxima vai ser em Campos dos Goytacazes, em abril
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mparado no resultado bruto de mais de R$ 50 milhões em 2015 (crescimento de 41,4%) e com – segundo pesquisa do Instituo Futura - índice de satisfação dos associados em 84,5% (o melhor desempenho já apurado nas avaliações), o Sicoob Sul inaugurou no dia 19 de fevereiro a sua primeira agência no Estado do Rio de Janeiro - na cidade de Itaperuna. “As cooperativas financeiras sobressaem em momen-
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tos de crise. Temos todos os produtos e serviços que os bancos têm, mas com vantagens comparativas em relação a eles. Quem conhecer o Sicoob vai preferir o Sicoob”, disse o presidente da instituição, Rubens Moreira. A expansão do Sicoob Sul em terras fluminenses, de acordo com o presidente Rubens Moreira, começa em abril, para quando está prevista a inauguração da agência de Campos dos Goytacazes. E, logo após, a de São Francisco
de Itabapoana. O Sicoob é uma cooperativa de crédito aberta a empresas e a pessoas físicas e que trabalha com os mesmos produtos e serviços que os bancos tradicionais oferecem. No entanto, entre as vantagens oferecidas, há divisão dos lucros com os cooperados. SOLENIDADE O evento de inauguração da agência de Itaperuna foi prestigiado pelo prefeito da cidade, Alfredo Paulo Marques
Rodrigues, entre outras autoridades locais, e empresários. Participaram também o vice-presidente e o diretor executivo do Sicoob Central Espírito Santo, Arno Kerckhoff e Nailson Dalla Bernadina, respectivamente; além de conselheiros e diretores do Sicoob Sul. Após a solenidade de inauguração da agência itaperunense, os convidados foram recepcionados no Espaço Lounge para um jantar de confraternização.
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correspondente internacional
Fascinante Ásia! A cultura é riquíssima; a história, interessante; a culinária, deliciosa; por Rita Geaquinto
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o momento em que escrevo este artigo, estou no avião voltando para casa depois de três semanas viajando pela Ásia. Esta é a terceira vez que visito este continente fascinante. Na primeira vez fui a Bali, Indonésia, onde conheci meu marido, que é inglês e estava de férias por lá. Na segunda vez, visitei a Tailândia, de Norte a Sul. E, agora, fui à China, Camboja e Vietnam. Todas as três vezes adorei as viagens. Pois na Ásia a cultura é riquíssima; a história, interessante; a culinária, deliciosa; as ilhas são paradisíacas; tem muita diversão; e, ainda, as pessoas são simpáticas e os hotéis, maravilhosos, com ótimos preços. Apesar desta “receita” perfeita para uma ótima
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viagem, muitos brasileiros ainda hoje ficam receosos de escolher a Ásia como destino, pois pensam que seria difícil viajar de forma independente para um continente que “literalmente” fica do outro lado do mundo. Como os pacotes de excursões oferecidos pelas grandes agências de turismo, além de extremamente caros, são limitantes com horários de tours e itinerários, que muitas vezes não são os lugares que o viajante gostaria de ir, os brasileiros acabam desistindo de conhecer a Ásia, perdendo a oportunidade de conhecer países que são superinteressantes. E onde não necessariamente se deve pagar muito por uma viagem. E você, já pensou em ir à Ásia? Se sim, continue com seus planos! Se sua viagem for organizada com a ajuda de um agente de viagens competente, que realmente
Rita Geaquinto é proprietária da Geaquinto Travel e vende viagens personalizadas para todo o mundo. Rita é cachoeirense, tem 53 anos, mora em Londres, é casada com Peter, mãe de Lia, Rafael e Luiza, filha de Zilmar e Neil e irmã de Dodora, Baíco e Jacqueline.
as ilhas são paradisíacas... E os preços, ótimos...
conhece o destino que está sugerindo e que vai poder lhe dar todas as dicas do que fazer quando estiver por lá, você vai viajar com confiança, no seu próprio tempo, e ir a todos os lugares que pretende sem nenhuma dificuldade. Cidades históricas, cultura, praias, paisagens, metrópoles, restaurantes, compras, vida noturna... A partir de todas estas possibilidades, é montar o seu roteiro e visitar os países e cidades que oferecem o que você gosta mais de fazer quando viaja. A melhor época para ir à Ásia, quando se pode pegar tempo bom em diferentes países, é de novembro a abril. Em duas semanas dá para conhecer bastantes lugares. Mas se tiver mais dias, é ainda melhor. Como os vôos saindo do Brasil para a Ásia geralmente têm uma conexão, pode-se parar, na ida ou na volta, em uma cidade da Europa ou em Dubai, Qatar, Pequim, etc. São várias as opções de cidades em que se pode fazer um stop over. Uma viagem de duas semanas, visitando Tailândia, Camboja e Vietnam, é um ótimo itinerário para começar a conhecer o que a Ásia oferece de melhor. Ilhas paradisíacas na Tailândia, os Templos de Angkor no Camboja, a maravilhosa Halong Bay no Vietnam, uma metrópole Asiática, que pode ser Saigon ou Bangcoque. E, ainda, stop over onde for a conexão, que pode ser Dubai, Amsterdam, Pequim, etc. Esta viagem custa a partir de R$ 8.980 por pessoa, aéreo e terrestre, parcelado em reais e sem taxas adicionais. Informações: www.geaquintotravel.com
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Esporte
Neta de cachoeirenses é campeã de surf no Havaí Luana Coelho Silva, de apenas 11 anos de idade, se destaca na meca do surf
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Crédito foto: arquivo pessoal
xplorando seus pontos fortes (cavadas, cutbacks e snaps), a surfista Luana Coelho Silva, de 11 anos, já venceu em sua categoria tradicional campeonato na famosa praia havaiana de Makaha. Ela nasceu no Havaí, mas é filha de brasileiros radicados no North Shore da ilha de Oahu há mais de uma década. O litoral norte dessa ilha, que é a mais conhecida do arquipélago havaiano, é considerado a meca do surf mundial. Sua mãe, Tatiana Coelho, é filha dos cachoeirenses Iro Coelho e Maridalva. Lulu, como é mais chamada, enfeita desde muito pequena as paradisíacas praias locais. Seu local de treinamento po-
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voa os sonhos de grande parte dos surfistas: as míticas praias de Sunset e V-land. Apoiada pelas marcas Luli Luli Bikinis (cuja mãe é uma das proprietárias) e Scarfini Fins, obteve outros resultados expressivos nas competições de surf: chegou às semifinais em Lower Trestles, na Califórnia; ficou em 5º lugar na praia de Haleiwa (Havaí), em primeiro (em categoria acima da sua - juvenil, 12 anos) em um evento realizado na ilha de Kauai (Havaí) e foi vice-campeã do Billabong Grom Search realizado na praia de Kuta, em Bali (Indonésia). O sucesso de Lulu nas competições chamou a atenção de revistas especializadas, que estampam fotos suas e publicam
Esporte
Lulu, como é mais conhecida, com muito estilo nas ondas havaianas
entrevistas. Fã dos também havaianos John John Florence e Carissa Moore, da australiana Tyler Wright e do brasileiro campeão mundial Gabriel
Medina, atualmente Luana Coelho Silva se concentra nos treinamentos para completar o primeiro aéreo, manobra de grande impacto visual e de ele-
vado grau de dificuldade. Além do surf, Lulu tem como hobby andar de skate e jogar tênis. Na escola, gosta das aulas de Educação Física, Arte,
Estudos Sociais e Matemática. Seu sonho é ser surfista profissional, integrante da primeira divisão mundial – WCT feminino.
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resgate histórico
Por Gilson Leão
Dois ídolos de nossa geração, Hélio Coelho da Costa, mais conhecido como “COELHAÇO”, e Roberto da Costa Pimentel, nosso confrade e professor, mais conhecido no meio artístico como o Pimentinha, o indestrutível.
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ostagem muito feliz de um amigo do Facebook (acho que foi Marcelo Penedo) que retrata dois craques de bola: ambos atuavam com a de couro no futebol, com a de massa na bola de pau jogo italiano que o garboso machismo cachoeirense apelidou de “bola de massa”. E, “last but not least”, craques de bar onde batiam um bolão em todas as posições, dividindo-se entre as mesinhas de fundo, balcão e palco. Hélio Coelho nos deixou muito precocemente, aos 43 anos de idade, vividos intensamente de dia e, principalmente, de noite. Sua imagem espirituosa e alegre permanece viva na memória de todos que o conhe-
ceram. E todos que o conheciam viravam seus amigos e fãs. Foi profissional de futebol, comerciário, e bancário, mas sua verve merecia os palcos e a TV. Pimenta acaba de completar 78 anos, um poeta que encontrou seu paraíso em Vitória, e divide-se entre o Bar do Henrique, em noites enluaradas, e a Praia da Jurema, aos sábados, de dia, quando os violões enfeitam o Quiosque do Alemão. E ainda divide espaço com milhares de estátuas de São Francisco, no varandão do Cesar Alcure. São Francisco, junto com ele, abençoa a linda paisagem da Praia dos Namorados, do Iate Clube de Vitória e de um farto pesqueiro de siris, onde Pimenta é
considerado o Rei da Fisga. Ali, ele vive feliz e em paz com a vizinhança. Se bem que já andou atirando pedras no telhado do Bob’s e escrevendo crônicas ensandecidas contra as agressões ecológicas que alguns imprevidentes ousam cometer em seu feudo litorâneo. Coelhaço fazia questão de fechar o último bar de Cachoeiro todas as madrugadas durante cinco dias por semana, quando se “recolhia ao leito” às 6 da matina. Nas sextas e sábados ele não dormia e emendava direto para a padaria do “Manel”, comendo pão & manteiga com os garçons do Alaska, que depois de fecharem o bar caiam no jogo de búzios em frente à casa de Adélia.
Voltando ao assunto, assisti a uma performance de Coelhaço no Posto Pop
Adélia Villa
imitando Bienvenido Granda , que fez Luciano Baixim chorar de rir. Pimentel riu tanto que perdeu o sapato, escondido por Dilson Sarmento dentro da bolsa de uma desavisada da noite. O sapato de Pimenta só apareceu quan-
Uma lady que morava no prédio ao lado do Alaska, merece até um aparte especial em nossa memória RAM das grandes figuras cachoeiranas.
do Coelho fingiu que era mágico e num passe de prestidigitação o retirou do inconveniente local. Coelhaço era um artista completo, compondo, escrevendo versos (e versões), contando piadas, e principalmente auto-gozando sua figura digna e ereta, que ele fazia questão de desmistificar. Com ele não tinha essa história de preconceito, homofobia, racismo ou branquismo. Gozava gregos e troianos e principalmente sua “negrice”, maior motivo de orgulho e gancho pra fazer graça. Como a história que ele contava de um “certo alguém”, moradora de Rio Novo do Sul, que o acusou de tê-la engravidado. Coelhaço, homem de honra, assumiu todas as despesas do pré-natal e parto do pretenso filho. No dia do nascimento, a moça, moreninha que nem ele, o apresentou a um bruto moleque de oito quilos....................... mais louro que Elke Maravilha.
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Chacrinha Foto da época em que Chacrinha, o Velho Guerreiro, candidatou-se a prefeito de Cachoeiro. Numa constatação de que o povo não sabe votar, foi eleito o retórico...................(censurado). Ao lado do Velho Guerreiro, candidato injustamente derrotado, aparecem, à esquerda na fotografia: Toninho Miranda, titular da primeira Secretaria de Cultura de Cachoeiro; José Emílio, poeta popular e sacristão de Padre Murilo, mais conhecido no pátio da Catedral como Lamparina; e o maestro
Ônibus de Burarama Segundo os invejosos, este é o primeiro veículo do mundo movido a álcool. Fazia a linha Cachoeiro x Burarama (42 km) em três horas, com paradas técnicas em três alambiques que permitiam degustação, desde que os passageiros trouxessem linguiça ou torresmo... Soube que o vereador Zé Carlos Sabadine, quando criança, tinha o sonho de dirigi-lo. Mas, com o tempo, tornou-se o melhor ponta esquerda do juvenil do Estrela e utilizava o ônibus somente para captação de eleitores, namoradas e sessões de autógrafos.
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artigo
A crise é moral
O ser humano - reduzido aos seus instintos mais básicos de sobrevivência, busca por segurança, prazer e satisfação - não será, de fato, muito melhor que um chipanzé macho alfa dominando o bando
por Jorge Penedo
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embro-me que entrei em choque quando, na aula de ciências, me foi dito que o homem era um “animal” e que eu deveria aceitar o chipanzé como primo não tão distante. Até então, via o humano como uma categoria totalmente distinta, e essa nivelação marcou-me de tal forma que o questionamento do que nos distingue dos animais passou a ser uma referência importante na minha realização como homem. Essa busca me levou à esfera da subjetividade, da autoconsciência, do propósito, da autoria na vida e da construção como ser humano. Aprendi, com a filosofia espanhola do século XX, que o homem é aquele que “constrói a si mesmo” e que ser humano admite níveis. Diferentemente do chipanzé, que já nasce chipanzé e o será por toda vida, o homem nasce com um potencial de humanidade. Será mais ou menos homem, quanto mais digno se fizer por merecer essa qualificação. Durante muito tempo na antiguidade, as características do “homem pleno” eram muito claras. Aristóteles definia a busca do bem e da verdade supremos como a meta maior da vida humana, o que coincidiria com sua felicidade. Tomás de Aquino retoma essa abordagem à luz do Cristianismo, e define as virtudes que construirão o homem de fato à semelhança de Deus, e os vícios que o impedem, e que devem ser superados por meio do autoconhecimento, da moderação, e do controle das paixões. O propósito da vida humana seria então forjar a si mesmo, ou completar a criação divina, por meio da atuação no tempo mediante o fortalecimento de virtudes e formação do CARÁTER, com compromisso com o bem e a verdade. E a vida é exatamente o espaço de tempo onde o homem se constrói, enquanto luta para dar conta da vida e se relacionar com seus semelhantes, aprendendo a amar. Se decidir acreditar em Deus, poderá já nessa vida antecipar lampejos de eternidade, coisa que um chipanzé não aspira. Na modernidade, o foco no individu-
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alismo, na superficialidade, na imagem social e a busca pelo conforto e prazer como fim em si mesmos mascararam a verdadeira vocação humana, e estabeleceram um utilitarismo que o aliena de suas inspirações mais profundas: ser fiel a valores e aos seus chamados mais íntimos, relacionar-se com dignidade e realizar um propósito na vida. “Pagando bem, que mal tem?” parece ser o mantra de nossa época. Nesse contexto, corremos o risco de perder nosso julgamento moral, nossa vocação mais básica e, como consequência, a nossa alma. Nesse descaminho, encontramos a razão da crise da sociedade moderna, especialmente a brasileira, e a dificuldade de enxergarmos uma saída. O ser humano reduzido aos seus instintos mais básicos de sobrevivência, busca por segurança, prazer e satisfação - não será, de fato, muito melhor que um chipanzé macho alfa dominando o bando. Apenas mudará de instrumentos e contará com técnicas mais apuradas, mas suas atitudes serão similares. Tecnologicamente estamos bem. E por mais que se fale em educação, acredito que a formação técnica está disponível para quem tiver disposição para dominar uma profissão e ganhar a vida, afinal estão aí os pronatecs da vida. Entretanto, no campo existencial e moral, vamos mal, o que se reflete em todas as camadas da sociedade: Desde o gato na rede elétrica da comunidade, passando pelo trabalho escolar copiado e colado da internet, até os dólares na cueca e as pedaladas da “presidenta”: a crise é moral.
Jorge Tannure Penedo é cachoeirense, casado com Helena e pai de Ana Júlia, e mora no Rio de Janeiro. É engenheiro por formação, e trabalha com exportação de software. Gosta de refletir sobre o ser humano, seus comportamentos, relacionamentos, significados e motivações. Atua como escritor e palestrante em temas que promovam o desenvolvimento do ser humano e de suas relações. www.jorgepenedo.com.br | jorge@jorgepenedo.com.br
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galeria
Isabel, a Maratimba res de Marataízes. Em 1958, após mudar-se com a família para o Rio, Isabel viajou por todo o país a convite do SESI, ministrando cursos de Educação Através da Arte para professores. E após regressar ao Rio, decidiu dedicar-se inteiramente à pintura. “Isabel, a Maratimba”, assim seu cunhado Rubem Braga a descreveu. Pois, dentre os mais de duzentos quadros que pintou (todos sobre o Brasil), a grande maioria de suas obras é sobre Marataízes. Em parceria com Newton, compôs a marchinha Marataízes, que hoje é considerada o hino da praia. Participou de mais de dezoito salões nacionais e internacionais e de doze coletivas. Fez sete exposições individuais no Brasil e duas no exterior, em Washington D.C. (Estados Unidos) e em Milão (Itália). Seu maior atributo como artista é a total honestidade ao retratar somente o que sentia e como sentia, desenvolvendo um estilo unicamente seu. Faleceu no Rio de Janeiro em 1987.
O primeiro desenho, a igrejinha de Marataízes, um de seus temas favoritos, 1948 24 24
FESTA DAS CANOAS
Desde criança Isabel demonstrou sua vocação para as artes. Nascida em Muqui, em 1914, dos 12 aos 17 anos estudou no internato do Colégio do Carmo, em Vitória. Após mudar-se para Cachoeiro, onde sua família já residia, trabalhou como inspetora de alunos no Ginásio Pedro Palácios. Ali conheceu o jovem professor e poeta Newton Braga, por quem se apaixonou, casando-se em 1937. Como educadora, Isabel foi diretora do Jardim de Infância, e depois professora no Liceu Muniz Freire, inovando o ensino das artes ao introduzir cursos de cerâmica e desenho livre, além de acompanhar ao piano a professora Geny Curcio nas aulas de ginástica rítmica. Na década de 1950 criou a Escolinha de Arte de Cachoeiro de Itapemirim, desenvolvendo um novo conceito da educação através da arte. Em meados de 1940, durante as férias de verão, começou a desenhar as praias, a igrejinha, o trenzinho e a vida bucólica dos veranistas e dos pescado-
BANHO NA CAIXA D´AGUA
Assim seu cunhado Rubem Braga a descreveu, pois a grande maioria de suas obras é sobre Marataízes
PRAIA DA IGREJINHA
SAINDO PRO MAR
A CHEGADA DO TRENZINHO
A PARTIDA DO TRENZINHO, 1964
Isabel, Newton e os filhos Marilia e Edson em Marataízes, 1941
Isabel, professora Inah Werneck e Newton Braga no Colégio Pedro Palácios, 1937
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Saúde e Beleza
A arte do Microblading Gisela Perim Santana explica técnica inovadora em estética facial
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epois de ter estudado arquitetura e atuado nas áreas de desenho, scrapbooking, artesanato, e estética facial, Gisela Perim Santana acabou encontrando uma atividade que lhe permitiu unir o talento manual do desenho artístico “à possibilidade de elevar a autoestima e agregar valor a estética facial das pessoas”. Há um ano, através de uma reportagem sobre reconstrução de aréolas mamarias pós-mastectomia, se encantou com a técnica e perfeição do trabalho e foi para São Paulo especializar-se em micropigmentação estética e paramédica. “Chegando lá, conheci a microblading, a técnica mais natural que existe hoje no mundo na possibilidade de reconstruir olhares de forma hiper-realista em sobrancelhas. No momento estou atendendo no circuito Rio-São Paulo-Espírito Santo, desfrutando da satisfação da alegria dos resultados com que trato cada cliente minha como exclusiva e única”, diz Gisela. O que é microblading e como funciona? Microblading é a técnica usada para micropigmentação de sobrancelhas com indutor manual (Tebori), que usa uma pequena lâmina composta por microagulhas, usadas na implantação de pigmentos orgânicos exógenos (externos) na primeira camada da pe-
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le, acompanhando o sentido dos fios que o cliente já tem, ou criando uma trama de fios nos clientes que não possuem mais pêlos. É uma técnica milenar japonesa, proporciona o fio a fio perfeito em 3D. Sobre o formato... O design das sobrancelhas é elaborado a partir do tamanho dos olhos, nariz e boca, com medidas precisas para obter harmonia e proporção facial. Quais as indicações? A técnica é indicada para qualquer pessoa que queira evidenciar e valorizar as sobrancelhas, ou que queira reconstruí-las após algum processo traumático, como - por exemplo - a quimioterapia no tratamento para câncer, alopécia, queda de fios, cicatrizes, entre outros. Quanto tempo dura a micropigmentação/microblading? O procedimento tende a durar, na pele, oito a 18 meses, aproximadamente. Por que a microblading desbota com o passar do tempo? Como a microblading não é um tatuagem, o pigmento fica alojado nas camadas mais superficiais da pele, mais precisamente entre a epiderme e a derme. Entre essas duas camadas, encontra-se a camada basal,
responsável por produzir novas células, as quais substituirão as células da epiderme, no processo conhecido como renovação celular. Quais as contraindicações? Os procedimentos de micropigmentação/microblading não são indicados para: - diabéticos* - histórico de quelóide na pele - acne ativa no local do procedimento - gestantes - lactantes* - dermatite no local do procedimento - vitiligo* em fase ativa (é permitido apenas em fase estacionária mediante autorização médica) - quem usa medicamentos que afinam o sangue (ASS, castanha da índia, anticoagulante) - câncer* *estes casos devem ser acompanhados pelo médico do cliente. O procedimento será realizado apenas com apresentação de autorização médica por escrito. O que pode acontecer durante o processo de cicatrização, em relação ao pigmento?
É natural que o pigmento desbote. Estima-se um desbotamento de até 50% em peles normais - que aceitam o pigmento de forma positiva. O metabolismo de cada paciente influencia muito neste processo.Pode ser também que os fios desapareçam na primeira semana. E, com o passar dos dias, reapareçam. Por estes motivos, é necessário realizar um retoque após 30 dias. Homens podem fazer a microblading ou a micropigmentação? Sim. Homens que possuem falhas significativas ou que perderam totalmente as sobrancelhas (num processo de quimioterapia, ou alopecia, ou cicatrizes no local) são os que mais costumam procurar por este serviço. Qual a duração do procedimento e o valor do investimento? O procedimento leva em torno de duas horas para ser concluído, contando desde o preenchimento dos papéis necessários às medições. O investimento hoje no mercado pode variar de R$ 400,00 a até R$ 1,2 mil, incluído retoque com 30 dias.
social TWITTER ATEMPORAL “O verdadeiro mérito
é como os rios: quanto mais profundo, menos ruído faz”. George Halifax
por Renato Magalhães
LEGIÃO DE AMIGOS LANÇA JOSÉ EDUARDO MOREIRA, O ZÉDU, PARA CACHOEIRENSE AUSENTE DE 2016
O HOMEM José Eduardo Moreira, o Zédu, 68, é de família mais que centenária de Cachoeiro. Filho do Dr. Edson Moreira, no passado pediatra de alta referência, e de Da. Cora Mello Moreira. Lembro, para comemorar “os tempos em que Cachoeiro tinha de tudo”, que Zédu é neto do Sr. Gil Moreira, à época proprietário do Banco Cachoeiro, adquirido em 1933 de Armando Braga, irmão de Newton e Rubem, o único até hoje operacionalizado por um empresário local. Passou toda a sua infância por aqui até ir para o Rio de Janeiro estudar, onde reside até hoje. Casou-se com Beatriz Herkenhoff, igualmente filha de família tradicional de Cachoeiro e que à época tinha uma das lojas de comércio mais “chics” de Cachoeiro, a “Ao Preço Fixo”. Mudaram-se para o Rio, casaram-se e tiveram três filhos: Juliana, 40, design de modas; Ricardo, 39, cirurgião vascular, e Gustavo, 32, economista.
Cachoeiro é pródigo em criar modismos, estilos, símbolos... Coisas suas que surgem assim do nada e que acabam ficando. A figura do Cachoeirense Ausente nº 1 é uma delas e mais uma das sacadas geniais do velho Newton Braga. Hoje essa honraria, concedida a Cachoeirenses ilustres que moram e que se destacaram extrafronteiras, se tornou um verdadeiro hit. Quem quiser saber um pouco mais sobre “as regras” que disciplinam essa matéria é só dar uma olhadinha no Decreto Municipal nº 24.451, de 09.04.2014, publicado no D.O.M. nº 4592, da mesma data. Está tudo lá. Um detalhe: a escolha dessa grande persona a cada ano não é resultado de voto popular, mas da decisão de uma Comissão Municipal, composta por repre-
sentante de 27 órgãos e entidades. Cachoeiro continuará sendo para a eternidade um celeiro inesgotável de grandes personalidades, coisas de Papai do Céu. Concorrem ao título deste ano Zédu e Conceição Matias, ambos notáveis dentro das suas respectivas características. Mas como um dos pouquíssimos lugares em que Renato Magalhães tem voz própria é aqui na Coluna RM, manifesto, respeitosamente, minha opção por Zédu, por razões que só o coração explica. Abaixo, uma pequena amostra que reuni do Homem, do Cachoeirense, do Amigo, do Profissional e do Empresário Zédu. Que cada um alimente seu sonho, seu desejo, no mais amplo sentido democrático. Ao final, abracemos e prestigiemos todos o escolhido, o nosso Cachoeirense Ausente de 2016.
O CACHOEIRENSE Cachoeirense de quatro costados, Zédu é maratimba por vocação – não perde uma oportunidade de ir a Marataízes, sempre que pode passa alguns dias na casa da família paterna. Seu pai, Dr. Edson, embora de poucas palavras, tinha o dom de cativar pessoas jovens, transformá-las em amigos do peito e mantê-las sempre por perto para praticar um esporte que desempenhava com maestria: saudar e celebrar a vida sempre com muita descontração. Nada impedia que uma cervejinha ou um whisky animasse os encontros. Nasceu aí a Confraria dos Amigos do Dr. Edson Moreira. Essa turma alegre, todos os anos e na data do aniversário do saudoso pediatra (por feliz coincidência, no Dia das Crianças - 12 de outubro), se reúne para saudar o inesquecível patrono e amigo Dr. Edson. Zédu jogou no Ita e no Estrela – aqui, ao lado do craque Tinteiro, seu amigo até hoje. Dizem que chamava a bola de você... Estudou no Bernardino Monteiro e no Liceu e sempre que passa pelo Espírito Santo, de carro ou de avião, dá um jeitinho de esticar por Cachoeiro ou Marataízes para matar saudades. Já ouvi dizer que esse chamego todo com a cidade é porque seu umbigo está enterrado aqui...
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Com a esposa, Beatriz Herkenhoff Moreira, na Academia Nacional de Engenharia - da qual compõe a diretoria
EMPRESÁRIO O AMIGO
O PROFISSIONAL
Zédu, num determinado dia, soube, e isso não faz lá tanto tempo assim, que este colunista foi afilhado do seu pai, afilhado de batismo! Foi o que bastou para que ele me procurasse. Falou da alegria em saber da notícia e... me incluiu no seu selecionado rol de amigos de infância. Daí para me incluir como membro honorário da já citada Confraria foi um pulo. E a cada ano, às vésperas dos encontros, me liga para certificar-se da minha presença. Nesta última, realizada no belo sítio de Gilsinho Leão, seu primo e articulista da VOCÊ+, não fui. Questão de luta pela sobrevivência, mas sei, com pesar, de quanto prazer e gargalhadas me privei! No dia mesmo em que finalizava a coluna, recebi telefonema do Zédu convidando-me para comparecer a uma palestra que fará a convite no dia 01.04 no Centro de Estudos da Santa Casa (que tem o nome do seu pai), para falar em tema da sua especialidade: energia em seus múltiplos aspectos, incluindo sustentabilidade e preservação ambiental. Confirmo presença, Zédu. E muito honrado em ser seu mais novo amigo de infância!
Zédu é uma daquelas mentes brilhantes que Cachoeiro – o útero mais fértil do mundo - não se cansa de produzir. Formou-se pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ no ano de 1970. No 5º ano da faculdade já dava aulas para turma do 4º. Para o especialista, “o caminho para o desenvolvimento energético no Brasil é a garantia de remuneração atrativa do investidor privado e a implementação de uma matriz diversificada de energia, com base em energia hidrelétrica, seguida de eólica, solar e térmica”. Está convencido e defende teses de que é preciso dar garantia e atratividade ao investidor privado e desenvolver um sistema completo que adote essas diferentes formas de geração de energia. Assim, diz, “poderemos nos planejar para as mudanças naturais e evitar crises”. Quanto à utilização da energia eólica, pontua que ela “deve ser estimulada através da construção de usinas em diferentes regiões do país”.
Em 1990, José Eduardo Moreira, nosso Zédu, personalidade internacional em sua área de atuação, fundou a PCE – PROJETOS E CONSULTORIAS DE ENGENHARIA, com sede no Rio de Janeiro. A empresa conta com mais de 26 anos de experiência em aproveitamentos hidrelétricos, obras hidráulicas, obras rodo-ferroviárias, infraestrutura urbana (saneamento, urbanismo e drenagem), além de infraestrutura industrial. Atua em 19 Estados Brasileiros e no exterior.
SEU CURRÍCULO É INVEJÁVEL: · Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com pós-graduação em Engenharia Geotécnica e Recursos Hídricos pelo Coppe/UFRJ. É reconhecido nacional e internacionalmente no setor energético, de saneamento e de infraestrutura · É membro titular da ANE (Academia Nacional de Engenharia) e faz parte da diretoria da instituição · Ex-professor da Universidade de Brasília e da UFRJ e conferencista em diversos cursos de extensão universitária · Autor de diversos trabalhos técnicos em barragens e usinas hidrelétricas · Atuou no planejamento estratégico e no plano de expansão da Eletronorte, em Brasília, onde foi um dos responsáveis pela construção das Usinas de Tucuruí, no Pará; Balbina, no Amazonas; e Samuel, em Rondônia. É idealizador do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira · No exterior, participou de projetos de hidrelétricas na República Dominicana, Equador, Peru, Panamá e Nicarágua, além de desenvolver projetos de túneis, saneamento básico e obras viárias em cinco outros países · Entre os trabalhos mais conhecidos que desenvolveu estão o Piscinão de Ramos, o Autódromo Oval Nelson Piquet, a Rodovia Interoceânica (que liga o Brasil ao Oceano Pacífico, na costa do Peru), e, mais recentemente, o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro
UFA! PERMITO-ME PARAR POR AQUI... UM ABRAÇO, ZÉDU, E QUE O SUCESSO E A SAÚDE CONTINUEM A FAZER PARTE DA SUA VIDA DE HOMEM SIMPLES, BOM CHEFE DE FAMÍLIA, PROFISSIONAL COMPETENTE E CACHOEIRENSE APAIXONADO. Em família
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RENATA PIRAMA BAPTISTA Como diria o saudoso “Feijão”, o inexcedível genro do professor Deusdedit Baptista, há poucos dias uma pneumonia deixou este pobre marquês, vamos dizer assim, “nas redondezas do bico do urubu”. Atento àquela máxima de que o que mata velho é tombo, piriri ou pneumonia, ligamos o alerta vermelho. Mas eis que em nosso caminho surge essa coisa linda da foto: Dra. Renata Pirama Baptista, a nossa Renatinha, que é adepta do fisiculturismo e da vida ao ar livre, desportista, médica dermatologista e que, uma vez por semana, é plantonista no Pronto Socorro da Santa Casa de Cachoeiro. Assistência nota 10 - temperada com uma dose excepcional de carinho, antibiótico, repouso intensivo, hidratação e alimentação balanceada - foi a fórmula exata para um restabelecimento adequado. Meu reconhecimento e lugar de honra no meu coração, fada madrinha!
EQUIPE MARBRASA A Marbrasa, sob a administração segura, competente e moderna de Celmo de Freitas, seu gerente geral, é uma das empresas líderes do setor de mármores e granitos no Brasil. E viaja o mundo para levar a beleza dos seus materiais. Entre os dias 6 e 9 de março, em mais um périplo internacional, participou da Xiamen Stone Fair 2016, a maior feira do segmento de rochas ornamentais da China, lá do outro lado do mundo. Bem na foto, a partir da esquerda, equipe comercial de alta competência: Henrique Tyrone, gerente comercial; Elton Santos, executivo de vendas; e Leonardo Gonçalves, coordenador de vendas. Sorte é uma perspectiva que não existe, acreditamos muito em trabalho profissional responsável e competente.
NOTA Cachoeiro teve vidas preciosas ceifadas nesses últimos dias: Vanilda Campos Menezes, a delicadeza e a finesse em pessoa; Sipriano, decano das práticas financeiras e guerreiro desde sempre da Viação Itapemirim; Juracy Magalhães, o nosso Jurinha, persona grata, doce, pura e indissociável dos grandes valores cachoeirenses; e Salvador Pepe, 101 anos, memória importante das nossas melhores tradições. Já disse aqui e, com pesar, reafirmo: o tempo está se encarregando de reduzir drasticamente os nossos estoques de pessoas queridas e importantes de Cachoeiro. Triste constatação!
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LÍLIAN MANHÃES Lílian Manhães ocupa função de destaque há 10 anos na assessoria direta ao Dr. Fábio Bortolini, no setor de imagens da HECI MAIS, célula importante do Hospital Evangélico - excelência médica em toda a Região Sul do Estado. Ela é administradora de empresas, extremamente simpática e profissional competente. O registro em destaque na Coluna RM cumpre o objetivo singelo de valorizar a competência e a dedicação como fatores indispensáveis na formação de bons profissionais e, conseqüentemente, de corporações sólidas e acreditadas no meio em que atuam.
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MARÇO, MÊS DAS MULHERES
A periodicidade mensal da Revista Você+ tem suas vantagens e desvantagens. Por exemplo, o Dia da Mulher foi celebrado internacionalmente no último dia 8, enquanto nós aqui da Redação ficamos limitados a só fazê-lo agora, na veiculação da revista. Ossos do ofício, porque do tanto que há para se falar sobre o tema muito já foi dito. É possível decantar a Mulher e toda a sua essência etérea e única em verso e prosa, de forma romântica ou dramática... Mas, fiel àquela máxima de que é nos pequenos frascos que se concentram os grandes perfumes, a galera aqui da revista homenageia as mulheres, todas as mulheres de Cachoeiro de Itapemirim, através de uma frase singela, mas de significado imenso e que transcende qualquer projeto de retórica:
ENTRE TANTOS PODERES MÁGICOS QUE PODERIAM SER ATRIBUÍDOS À MULHER, UM É ÚNICO, INCOMPARÁVEL. ELA É O ÚNICO SER QUE, POR INSPIRAÇÃO DIVINA, PODE REPRODUZIR À PERFEIÇÃO A VIDA HUMANA, GERANDO FILHOS À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS. E COBRI-LO COM UM AMOR, AÍ SIM, QUE NENHUM GÊNERO LITERÁRIO CONSEGUIRIA DESCREVER.
Regina Grafanassi
Regina, pela sua passagem gloriosa pela sociedade de Cachoeiro, tornou-se uma nomenclatura: seu nome traduz elegância, finesse e estilo de vida. Falar o que mais sobre Regina, a não ser render-se à sua majestade?
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Marluce Eiras dos Santos
A Form Maison é uma loja multimarcas de roupas masculinas e femininas do mais alto padrão. E ela é “a cara” da sua titular, Marluce Eiras dos Santos: elegante e querida na cidade. Marluce é casada com José Ricardo e mãe de Danielle, Bruno e Ricardo, pessoas de finíssimo trato. Marluce dedica-se à família e aos amigos de forma total, essa é uma das suas principais características. Casa cheia para ela é sinônimo de festa. Salve, Marluce!
Jociara Villela, Jô
Natural de Niterói (RJ), Jô é Massoterapeuta formada pelo Senac, tendo atuado na Associação Fluminense de Reabilitação. Hoje atua em trabalhos voluntários desenvolvidos pelo Centro Espírita Jerônimo Ribeiro. Casada, tem duas filhas do primeiro casamento. É entusiasta da vida de qualidade e participa com grande prazer de encontros familiares. Eclética, gosta de pintar, fazer artesanato, ouvir música e, sempre que pode, mergulha de corpo e alma na natureza. Faz aulas no Conservatório de Música de Cachoeiro e integra o Coral Nero Abranches. Meiga e alegre, é uma excelente companheira, segundo nos confidenciou seu maridão Celmo de Freitas.
Maria Stella Leão Pinheiro
Stella é uma profissional tradicionalmente ligada à educação de qualidade: há mais de quatro décadas administra escola de idiomas e agora está à frente da Cultura Inglesa, em Cachoeiro. Esposa de Beraldo e mãe de Flávio e Isabela, desmancha-se em mimos com os netos Igor e Pedro - seu esporte preferido. Muito bem representadas aqui as mulheres na pessoa simpática e suave de Stella.
Sandra Maria Coelho Moura
Sandra é cirurgiã-dentista, especializada em Dentística Restauradora. Realiza aqueles “milagres” de deixar as pessoas de bem com a vida, com sorrisos novos, brilhantes, encantadores. Paisagismo, jardinagem, viagens e casa cheia de parentes e amigos é o que lhe dá prazer na vida. Casada com Gilson Moura, é mãe de Juliana, Natalia e Igor. Família de Sandra, minha família.
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editorial de moda
Outono/Inverno 2016 Trend Alert!!!!
by Danicout Formada em Administração de Empresas, Danielle Coutinho atua no ramo da moda desde muito nova, pois sua mãe sempre esteve envolvida com comércio. Com isso, cresceu vendo esse mundo fashion e hoje é sócia da mãe na FORM, uma loja super moderna e atualizada, e consultora de moda.
Estamos em alerta para as tendências que vêm por aí, mudança de estação à vista!!! Vamos entrar na moda outono/inverno, a coleção mais luxuosa e chique!!! Hora de começar a falar do que vem por aí e entrar no clima!!! Nesta edição vamos falar de um tecido que chamou muita atenção, que veio para marcar presença VIP nessa coleção, o “SUEDE”, um tecido bem parecido com o couro em camurça, que tem um caimento incrível, super leve e que vem remetendo ao estilo dos anos 70!!! As blusas, calças, shorts, saias e jaquetas que vão vir em suede estão de arrasar!!! Por isso, use e abuse desse tecido fashionista!! Agora fiquem de olho nas inspirações que seguem!!!
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Arquitetura e Interiores
Ambientes integrados, uma solução para otimizar espaços por Fabiano Prates Ravaglia
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ão poderia deixar de iniciar essa coluna sem falar sobre um assunto atual, que diz respeito à nova forma como as pessoas ocupam os espaços, que estão em constante mutação assim como a vida moderna, conectada e globalizada. Após um longo período de experiência profissional em alguns escritórios de arquitetura e também em construtoras no Rio de Janeiro, pude vivenciar os dois lados do planejamento de espaços: aquele que reduz a unidade para viabilizar o seu negócio. E o outro lado, que se refere à atuação do arquiteto em dar soluções para a falta de espaço com um projeto de interiores sob medida. Diante disso, com os apartamentos cada vez menores, não há como negar. A integração dos ambientes é a palavra de ordem para otimizar espaços e vale integrar tudo: cozinha, sala de jantar, sala de TV, varanda, home office, suíte e banheiro! Cachoeiro de Itapemirim passa por uma transformação em seu skyline com diversos empreendimentos imobiliários recém entregues e muitos outros em desenvolvimento. Pensando nisso, nessas horas de entrega do imóvel, a ajuda de um profissional para pensar em cada possibilidade é imprescindível para aproveitar cada milímetro do seu apartamento. Tendência na decoração, os ambientes integrados dão a sensação de amplitude principalmente nos pequenos apês. Ao integrar cômodos, tornando-os multifuncionais, o primeiro item que deve ser pensado é o conforto, seguido da praticidade, e isso vale para qualquer ambiente, seja uma grande casa ou um pequeno apartamento. Aposte em combinações como home office na sala, salas de estar e jantar integradas, cozinha aberta para o living e até banheiro com closet. Vale seguir algumas dicas para planejar o seu imóvel e inspire-se com estas e outras ideias: 1. Uniformidade: para manter unidade visual, nada melhor do que utilizar o mesmo piso para todos os espaços. Recurso utilizado, por exemplo, para integrar varanda com
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sala e living com cozinha; 2. Amplitude: ambientes claros ajudam a dar a sensação de o espaço ser maior, por isso invista em cores claras e em uma boa iluminação. Espelhos são sempre bem vindos, não é segredo pra ninguém que eles ampliam os ambientes, mas cuidado para não exagerar; 3. Privacidade x Integração: para aqueles que acham que integrar é “invasão de privacidade”, é interessante apostar em elementos que garantam a tão desejada sensação de privacidade, como portas de correr, cortinas, painéis de vidro e até móveis sob medida que atendam a vários ambientes; 4. Mobiliário: em ambientes integrados, os móveis são utilizados para delimitar espaços e muitas das vezes assumem mais de uma função, como por exemplo: bancada de cozinha americana como mesa de jantar; pufes como mesa de centro; bancada de home office ao lado da cama como criado mudo; 5. Decoração: pegue leve na decoração! Tenha cuidado para não exagerar nos objetos de decoração, principalmente quando todos os cômodos estão integrados. Caso contrário, pode-se passar um ar pesado e cansativo. Uma dica infalível é aliar praticidade com utilidade, pontuando alguns espaços com objetos de destaque, com cores - de preferência - harmônicas. Fabiano Prates Ravaglia
é arquiteto e urbanista, graduado pela Universidade Federal Fluminense e Faculdade de Arquitectura do Porto, Portugal. Após atuação no Rio de Janeiro em escritórios e construtoras, tendo no currículo diversos prêmios e publicações nacionais e internacionais, retorna a Cachoeiro de Itapemirim para fundar seu escritório de arquitetura e interiores fprstudio. site: fprstudio.com Instagram: fprstudio
Turismo
O impacto da gastronomia no turismo Há demanda forte para eventos que valorizam os aspectos culturais e únicos de cada lugar, tornando assim o destino turístico mais atraente por Philipe Verdan
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ertamente, os festivais são um bom caminho para valorizar e divulgar a gastronomia local, porém é fundamental que a base de sustentação deles seja a comunidade local, valorizando sua cultura e formas de produção. Para que um evento se perpetue é fundamental que a comunidade se apodere dele, respeitando o tripé: sociedade civil, iniciativa privada e poder público. É preciso escutar as pessoas! O sucesso de um evento não deve ser medido pela quantidade de público, e sim pelo resultado que ele gera para a comunidade local, principalmente em médio prazo. Ele deve transformar, de alguma forma, a realidade comunitária e deixar um legado de integração, sempre com sustentabilidade social, ambiental e cultural. Cada cidade traz uma história rica, e conta com uma gastronomia diversificada. Além do mais, há uma demanda forte para eventos que valorizam os aspectos culturais e únicos de cada lugar, tornando assim o destino turístico mais atraente. No caso de Marataízes, o município já tem uma marca forte - “Pérola Capixaba”. E, apesar de há muito tempo adormecido no turismo, tem conseguido nos últimos anos se encontrar, por meio da promoção de eventos de qualidade e da diversificação da gastronomia, baseada principalmente nos seus produtos típicos: abacaxi, peroá, lagosta, mandioca e melado de cana. Porém,
com uma apresentação mais atraente. Neste sentido, podemos citar alguns estabelecimentos privados que têm desenvolvido eventos e vêm conquistando o público, alinhando música de qualidade à gastronomia, como é o caso do Arabella, Zoom Grill, Marambaia, Geredy’s, entre outros. Uma programação deve levar em conta o púbico que quer atrair, aliando atividades culturais e de lazer à culinária: chefs de cozinha, encontro de food trucks, apresentação musical e teatral de qualidade, espaço kids, com aulas de gastronomia para crianças... Neste sentido, a família tem se mostrado eficiente no aumento do gasto médio. Outro fator que deve ser levado em consideração é a democratização do acesso à gastronomia, com a oferta de pratos com preços mais acessíveis, uma vez que a proposta é que a quantidade da guarnição seja cada vez menor, para que o público prove vários sabores. Isso acaba também deixando os preços mais acessíveis e conquistando novos clientes, prometendo, assim, ser uma boa receita de sucesso!
Philipe Verdan Barreto, 27 anos, filho de Eliane Verdan e Dermegeredes Barreto (famoso Geredys), formado em Matemática (Universidade Estácio de Sá) e em Estatística (Universidade Federal do Espírito Santo), cursando MBA em Administração Pública, ex-secretário de Turismo de Marataízes e atualmente assessor parlamentar do deputado estadual Theodorico Ferraço. Publicou dois artigos sobre segurança pública em congressos nacionais de Estatística. hobby: viajar e mochilar (visitou 21 países).
social
fernandapbaptista@gmail.com
por Fernanda Magalhães
Amigas queridas: MÍRIAN LEITE, FERNANDA CASAGRANDE e FÁTIMA MANUELA FRANÇA, LAURA E FELIPE PINTO
As amigas ANDREA GOLD, ADRIANA REIM e MARCELLE VIANNA. Lindas !!!!
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DANIELA FRANÇA(Cake e Delícias) arrasando com as food bikes. Tudo lindo e delicioso!!!!!
Curtindo Sampa: ALEX e RENATA, com as filhas LUÍSA e GIOVANA
Momento família: LÉO HELENO e HÉLIO NETO
Inscrições abertas para 1º Meeting de Performance em Odontologia Estética e Bem-Estar
Parabéns para JOÃO LUIZ MADUREIRA (camisa verde), que comemorou entre amigos mais um ano de vida
ROSA e SINVAL aproveitando as delícias de Jericoacoara (Ceará)
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Estilo
A arte de receber Domingo de Páscoa por Sonia Gonçalves
O
tempo, de vez em quando, dá sinais de mu-
Ovo de Páscoa - milenar... Pintava-se ovos de galinha
danças. Uma chuvinha aqui, um dia mais
para celebrar a vida nova
ameno ali, e vamos percebendo a chegada
Ovo = nascimento.
de outra estação.
Na Europa os ovos se transformaram em obras de
Que o outono seja bem vindo! Temperaturas mais
arte. Madeira, metal, porcelana...
amenas. Festa da natureza.
Continham alegres surpresas no seu interior... Pre-
Folhas mais vermelhas e mais queimadas vêm tra-
sentes de Páscoa para reis, rainhas etc...
zendo um novo verde, anunciando a vida nova nos
Os ovos de chocolate vieram dos pâtissiers france-
jardins.
ses...
Descansando do verão, vamos cami-
Eram escondidos nos jardins
nhando para uma interioridade
para que as crianças os en-
maior. Quaresma! Reflexão,
contrassem.
conversão, caminhos novos.
Coelho - símbolo de fecun-
A Igreja celebra o começo
didade – como a palavra de
do ano litúrgico com a res-
Deus propagada a todos os
surreição de Jesus. Vida
povos.
nova!
Cordeiro - o símbolo mais an-
E chegamos ao domingo de Páscoa. A Páscoa foi a partilha da vida nova de Jesus com as
tigo. Celebra a aliança de Deus com seu povo. Girassol - como está sempre voltado para o sol, representa a Páscoa, símbolo da busca da luz.
pessoas que encontrou, antes de subir aos céus.
Colomba pascal – o pão que tanto gostamos significa
Celebramos no domingo de Páscoa esta vida nova!
a vinda do Espírito Santo. Sinos - anunciam a ressur-
Com nossos filhos, parentes e amigos, um encontro
reição... Ainda, óleos santos, pão e vinho, círio pascal,
de alegria e abraços afetuosos.
símbolos carregados de significados, na tradição ju-
Para o povo hebraico, o Pessach - ou libertação - co-
daico-cristã. Celebremos então a nossa Páscoa, como
memora o fim do período da escravidão. A palavra
um começo de vida cheio de graça e alegria.
Páscoa vem do hebraico Pessach (passagem).
Boa Páscoa! Boa sorte!
Arrumamos nosso almoço com as cores brancas, amarelas, vermelhas e o verde, que nos remetem à vida... Usar... Flores do campo... Origens... Tradição
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Sonia Gonçalves se formou pela Escola de Belas Artes (UFES) nos anos 60 e durante 22 anos foi dona da loja Arte e Casa, em Cachoeiro. Para ela, o grande segredo para uma casa se tornar acolhedora está na harmonia entre formas e cores.
Sabor
À mesa com... Tony Batista Chef pernambucano radicado em Cachoeiro ensina uma de suas especialidades POR RENATO MAGALHÃES
T
ony Batista, 46, é natural de Porto de Galinhas, Pernambuco. Em 1996, já iniciado nas artes culinárias da região, deixou para trás as agruras, que perseguem tantos nordestinos assolados pelo clima inclemente e necessidades não raro afloradas, e veio, como tantos retirantes, tentar descobrir os “encantos” do “Sul Maravilha”, como são chamadas todas as regiões do Brasil localizadas abaixo da “linha do Nordeste”. Aportou no Rio de Janeiro e trabalhou em restaurantes e hotéis estrelados, enriquecendo currículo e seu caderno de receitas. Lá, conheceu outro artista da cozinha, Salomão (fundador do Restaurante Bistrô) e lançou âncoras na região da “Capital Secreta” em 2014, onde permanece até hoje.
BACALHAU À MAGALHÃES INGREDIENTES:
PARA O PRATO (porção para duas pessoas) • BACALHAU (500 GRAMAS, DIVIDIDAS EM DUAS POSTAS) GADUS MORHUA, OU EQUIVALENTE, DE CLASSE SUPERIOR • MUSSELINE DE BATATA BAROA • TOMATE-CEREJA • BATATAS CALABRESAS MODO DE PREPARO
Fotos: Wallace Hull
DESSALGAR 2 POSTAS DE BACALHAU COM 24H DE ANTECEDÊNCIA, TROCANDO A ÁGUA A CADA 2H OU 4H. GRELHAR O PEIXE COM AZEITE NA FRIGIDEIRA TEFLON. SIMULTANEAMENTE, PREPARAR O PURÊ RÚSTICO DE BATATA BAROA, DANDO-LHE A CONSISTÊNCIA DESEJADA. PARA AS BATATAS FICAREM CROCANTES, AMASSE-AS COM GARFO. RESERVAR. COM UMA FACA AFIADA, RETIRAR A “COROA” DE UMA CABEÇA DE ALHO, TEMPERANDO-O COM AZEITE, ALECRIM E SAL A GOSTO. COLOCAR O ALHO NO MICROONDAS POR 2MIN. PREPARAR AS CEBOLAS COM 30 G. DE MANTEIGA SEM SAL, 1 COLHER DE CHÁ DE AÇÚCAR REFINADO, 30 ML. DE MOLHO SHOYU. DEIXAR O AÇÚCAR EM FORMA DE CARAMELO. JUNTAR O MOLHO SHOYU AO PONTO DE REDUZIR. JUNTE TUDO NA FRIGIDEIRA DO BACALHAU, DECORE O PRATO A GOSTO E SIRVA. BON APPÉTIT...
• ASPARGOS SECOS COZIDOS • EM ÁGUA E SAL • ALHO (UMA CABEÇA) ENVOLVIDO NO PERFUME DE ALECRIM • CEBOLAS SERENO PEQUENAS (100 GRAMAS), CARAMELIZADAS • AZEITE (100 ML.) DE QUALIDADE SUPERIOR ALECRIM (DOIS GALHOS), PARA DECORAÇÃO DO PRATO
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