Mulheres Guerreiras

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PROJETO OBテ君RIN ODARA


Expediente

Obìnrin Odara – Mulheres Guerreiras contra a Violência é uma publicação do Ilê Omolu Oxum, de Mãe Meninazinha de Oxum. Obìnrin Odara pode ser traduzido como, “mulheres bonitas” contra violência. Elaboração e Coordenação do Projeto: Nilce Naira Nascimento Produção de conteúdo: Wania Sant’Anna e Nilce Naira Nascimento

Desenvolvimentos das atividades de formação e sensibilização no Ilê Omolu Oxum: Mãe Meninazinha, Vilma Piedade, Lúcia Xavier, Samantha César, Áurea dos Santos. Projeto Gráfico: Giovanni Benjamim por Cherol Studios Design www.cherolstudios.com.br Distribuição Gratuita 1.000 exemplares

Apoio Cultural Essa publicação é parte do Projeto Obìnrin Odara – Mulheres Guerreiras contra a Violência apoiado pelo ELAS - Fundo de Investimento Social. Esta proposta foi vencedora, em 2013, no XVI Concurso “Fale sem Medo” que o Fundo Elas promove em parceria com o Instituto Avon e a ONU Mulheres na promoção de ações de combate à violência contra as mulheres em comunidades do Rio de Janeiro.

Agradecimentos

Neste trabalho agradeço a minha tia Mãe Meninazinha de Oxum pela confi ança depositada no meu trabalho, as minhas fi lhas Rosana, Roberta e Alessandra, por todo amor respeito e carinho que tem me dedicado, e especialmente, ao Ogan Wilton Augusto da Costa e a Ekedy Solange Maria do Nascimento, meu marido e minha prima, pelo apoio, acolhimento, presença, e estimulo essenciais. Nilce Naira, São João de Meriti, 2013.

Rua General Olímpio da Fonseca, 380 São Mateus, São João de Meriti, RJ, 25530-140 Tel.: (21) 2756 7635 yleomoluoxum@gmail.com « 02 »


Abertura

Violência doméstica e familiar o que as mulheres de axé têm a ver com isso?

As mulheres de axé tem tudo a ver com isso, falar e reagir contra a violência doméstica e familiar. Somos de uma tradição que tudo que aprendemos veio através da oralidade e sempre ouvimos falar sobre a violência, claro que de outra forma, mesmo assim, abusiva e absurda. Só que naquela época não tínhamos ferramentas para coibir tais violências. Viemos de uma tradição de acolhimento, sendo assim, sempre que somos procurados por pessoas violentadas, seguimos os seguintes passos: acolhemos, ouvimos, orientamos e muitas vezes quando necessário encaminhamos para os devidos órgãos. Se hoje podemos abrir os nossos terreiros e dizer para as mulheres que não se deixem violentar, com certeza os nossos Orixás dirão Axé. Mãe Meninazinha de Oxum, São João de Meriti, 2013.

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Apresentação

Penso que as comunidades terreiro que ficam com seus espaços ociosos fora das atividades religiosas devem ser sempre contempladas com projetos para geração de renda, cidadania, direitos humanos, promoção da saúde, prevenção HIV-AIDS e outros. Temos que ser vistos como sujeitos com igualdade de direitos. O Projeto Obìnrin Odara – Mulheres Guerreiras contra a Violência, foi muito importante. Vimos que cinco anos depois as muitas mulheres que participaram do primeiro projeto sobre esse assunto se fizeram presentes nas oficinas de hoje mostrando assim que vale a pena estarmos juntas na luta. É essa confiança das mulheres que nos fortalece como terreiro e como mulheres de axé para dar continuidade a essa forma de atuar juntas e com a energia vital dos orixás.

Com o Projeto Obìnrin Odara – Mulheres Guerreiras contra a Violência o Ilê Omolu Oxum dá continuidade ao seu trabalho com mulheres e no tratamento de um assunto complexo e que merece ser debatido por todos nós: a violência doméstica e familiar. Falamos de continuidade porque já tivemos a oportunidade de debater a situação da violência contra a mulheres brasileiras, em 2008, ao desenvolver, junto com outras casas de religião de matriz africana, o projeto Iyá Ágba. Naquela época contamos com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal e com a assessoria da ONG Criola. Persistir com essas ações sociais e de fortalecimento da cidadania é uma preocupação permanente de nosso trabalho no Ilê Omolu Oxum. Temos convicção sobre o papel que as casas de religião de matriz africana têm no cuidado com a sua comunidade e com todos os seus filhos e filhas, assim o Ilê Omolu Oxum cumpre seu legado de acolhimento e também de transmissão dos valores culturais através dos mais variados cursos de formação – de cânticos e toques de atabaque, de culinária afro, de indumentária e adereços, conservando detalhes fundamentais da simbologia própria dos Orixás. Esse trabalho de transmissão do conhecimento é que sustenta, entre outras atuações, o Ilê como Ponto de Cultura na cidade de São João de Meriti. É esse trabalho, que nos permite atuar no debate sobre meio ambiente, de apoiar as ações em prol da liberdade religiosa, de fortalecer a atuação da Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde. São esses trabalhos que, dão sentido na atualidade, ao legado deixado por Iyá Davina, minha bisavó, e à perseverança de Mãe Meninazinha de Oxum, minha tia, na condução do Ilê Omolu Oxum. Os dias de trabalho com as mulheres participantes do Projeto Obìnrin Odara – Mulheres Guerreiras contra a Violência, foram mais uma experiência de diálogo e fortalecimento da cidadania de todos nós na construção de um país melhor, de mais justiça social e de respeito à liberdade religiosa. Como costumo dizer, as religiões de matriz africana têm sido responsáveis por manter a tradição de cuidado com as pessoas e essa publicação vem demonstrar, mais uma vez, essa nossa forma de agir e atuar no mundo. Mãe Nilce d’Iansã, São João de Meriti, 2013. « 04 »


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Violência doméstica e familiar

— Todos nós precisamos saber o que é e enfrentar o problema —

No Rio de Janeiro, as mulheres enfrentam números alarmantes de violência. Esses números são comprovados no Dossiê Mulher 2013, publicado pelo Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. Nesta publicação ficamos sabendo que, em 2012: • 4.993 mulheres foram vítimas de estupro e 387 mulheres sofreram tentativa de estupro. • 58 mil mulheres foram vítimas de violência física e 678 sofreram tentativa de homicídio. • 55 mil mulheres sofreram violência psicológica como, por exemplo, a ameaças. • 35 mil mulheres sofreram violência moral, ou seja, foram caluniadas, difamadas ou injuriadas. Em São João de Meriti, a realidade não é diferente. Em 2012, 1.933 fizeram registro de ameaça contra a sua pessoa, 1.366 sofreram lesão corporal. Indo mais além, foram registrados 133 casos de estupro, 12 tentativas de estupro e 12 homicídios. Para cuidar de assuntos como esse, em 2007, o Brasil criou a Lei Maria da Penha. Essa é uma lei especial de proteção às mulheres vitimas de violência. Com esta nova lei, as punições aos agressores se tornaram mais severas e as mulheres vítimas passaram a contar com uma série de serviços públicos de atenção aos seus casos. A lei também definiu o que é violência doméstica e familiar.

Fonte: Casos de violência contra as mulheres. Números do estado do Rio de Janeiro e do município de São João de Meriti e a existência da Lei Maria da Penha.

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O que é violência contra a mulher na Lei Maria da Penha?

Violência contra a mulher é toda e qualquer ação ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual, psicológico ou moral à mulher que ocorra dentro da própria casa, em relações pessoais ou de convívio, inclusive nas relações de namoro. O estupro, a violação, os maus-tratos e o abuso também são considerados violência contra a mulher. Concretamente, a Lei Maria da Penha define cinco formas de agressão como violência doméstica e familiar: 1 - Violência psicológica: causar dano emocional, diminuir a autoestima, prejudicar e perturbar o pleno desenvolvimento pessoal, degradar ou controlar comportamentos, ações, crenças e decisões mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação e isolamento, tirando a liberdade de pensamento ou ação; 2 - Violência física: ofender a integridade ou a saúde corporal, bater, chutar, queimar, cortar, mutilar; 3 - Violência moral: ofender com calúnias, insultos ou difamação – lançar opiniões contra a reputação moral, críticas mentirosas e xingamentos; 4 - Violência patrimonial: reter, subtrair, destruir parcial ou totalmente objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos; e 5 - Violência sexual: presenciar, manter ou obrigar a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força que induza a mulher a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade.

O que fazer após a denúncia.

— Indo mais além, a família, os amigos e a comunidade. —

Ao denunciar seu agressor, você pode solicitar:

1 – Ser acompanhada por um policial para buscar os seus pertences pessoais;

2 – Que o agressor seja afastado do lar;

3 – Ser levada com seus dependentes para local seguro, quando houver risco de morte;

4 – A busca e apreensão de armas, que estejam em posse do agressor ou a suspensão e/ou restrição do porte de arma; 5 – Que o agressor seja proibido de se aproximar da vítima, de seus familiares, das testemunhas ou de se comunicar por qualquer meio; e 6 – A restrição ou suspensão das visitas aos filhos, a guarda provisória, bem como a prestação de alimentos. « 07 »


Ligue 180 – “Não se cale! Não se isole!”

O Ligue 180 é a Central de Atendimento à Mulher criado em 2005 e coordenado diretamente pela Secretaria de Política para Mulheres, da Presidência da República. O serviço é gratuito, confidencial e funciona 24 horas por dia, 7 dias da semana, incluindo feriados. O Ligue 180 tem como objetivo receber relatos de violência contra as mulheres, acolher e orientar mulheres em situação de violência doméstica e familiar, assim como divulgar serviços disponíveis na rede de atendimento à mulher em todo o país.

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Resultados

Pesquisa realizada no Ilê Omolu Oxum

Uma das atividades desenvolvidas pelo Projeto Obìnrin Odara – Mulheres Guerreiras contra a Violência, realizado pelo Ilê Omolu Oxum foi a pesquisa sobre violência doméstica e familiar. Participaram da pesquisa 35 mulheres, com idade média de 44 anos, integrantes do projeto e dos debates realizados no Ilê Omolu Oxum. A maioria é a principal responsável por suas famílias, 27 mulheres em 35, e quanto a sua origem étnico racial, 20 se auto declararam negra/preta, 8 brancas e 8 pardas. Os resultados confirmam o que o costumamos ouvir pelas ruas: a violência doméstica e familiar é um problema que afeta mulheres de todas as idades e a Lei Maria da Penha é uma lei importante para proteger as mulheres deste tipo de agressão.

Resultados da pesquisa:

• Entre as 35 mulheres que responderam a pesquisa, 28 não mencionaram não ter sofrido violência doméstica; • Mas entre as 35 mulheres que responderam a pesquisa, 24 conheciam ao menos uma mulher que sofre ou já sofreu violência doméstica e entre essas, 11 informaram que a mulher agredida utilizou a Lei Maria da Penha a seu favor; • A grande maioria, 32 mulheres, acha que a Lei Maria da Penha ajuda as mulheres a se protegerem contra a violência;

• Apenas uma 1 mulher, em 35, declarou que não conhecia a Lei Maria da Penha;

• Entre as 35 mulheres que responderam a pesquisa, 7 declararam já ter sofrido violência doméstica e familiar. Entre essas mulheres, 6 declararam ter sofrido violência física, 1 declarou ter sofrido violência física e psicológica e 1 declarou ter enfrentado também a violência patrimonial; e • Apesar de ter sofrido violência doméstica e familiar, nenhuma das mulheres que participaram da pesquisa usou a Lei Maria da Penha, mas isso pode ter ocorrido pelo fato da lei ainda existir à época da agressão sofrida por essas mulheres.

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O que vale na Lei Maria da Penha? • Pena de 3 meses a 3 anos de detenção para o agressor; • É obrigatório que a mulher seja notificada quando o agressor sair da prisão; • Nos casos de riscos à integridade física ou psicológica da mulher vítima de violência, o juiz poderá decretar prisão preventiva do agressor; e • Nos casos de violência contra mulheres portadoras de deficiência, a pena contra o agressor será aumentada em 1/3.

A Lei Maria da Penha - História de Criação Maria da Penha Maia Fernandes é uma brasileira, nascida em Pernambuco, que, em 1983, sofreu duas tentativas de homicídio por parte de seu ex-marido, professor universitário e pai de suas três filhas. Na primeira Maria da Penha levou um tiro em suas costas enquanto dormia e na segunda o ex-marido tentou eletrocutá-la no banho. O resultado das agressões fez com que Maria da Penha perdesse o movimento das pernas, o que a deixou paraplégica, presa a uma cadeira de rodas e com outras sequelas. Diante da impunidade do crime, Maria da Penha recorreu à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos para que a justiça brasileira tomasse uma decisão definitiva diante das agressões contínuas que sofria. Em 2001, o Brasil foi condenado pela Comissão por omissão e impunidade no caso de violência contra as mulheres. Depois de intenso debate, em 2007, uma lei especial de proteção às mulheres vítimas de violência foi criada e em reconhecimento a sua luta a lei recebeu o nome de Maria da Penha.

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Fórum Violência Doméstica e Familiar — Fazendo a nossa parte no enfrentamento. —

No dia 19 de novembro de 2013, o Ilê Omolu Oxum realizou o Fórum Violência Doméstica e Familiar – Fazendo a nossa parte no enfrentamento. Este foi um encontro de troca de experiências, de discussão sobre como a violência doméstica e familiar e de como as pessoas, as organizações sociais e o poder público podem e devem enfrentar esse problema. Em um dia inteiro de debates, o evento destacou a importância de reconhecer o papel das casas de religião de matriz africana: No combate à violência contra as mulheres e No diálogo com o poder público para melhorar o atendimento das necessidades da população local.

Programação do evento Abertura Saudação de Mãe Meninazinha de Oxum, Yalorixá do Ilê Omolu Oxum. Roda de Conversa 1 Como estamos enfrentando a violência contras as mulheres e o que podemos fazer mais? Leila Regina Silva Soares, Secretária da Secretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial de São João de Meriti; Adriana Mota, Secretária da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres do Estado do Rio de Janeiro; Madalena Guilhon, Coordenadora Geral do Fundo de Investimento Social – ELAS; Lúcia Xavier, Coordenadora do Criola, organização não governamental de mulheres negras; Mãe Nilce d’Iansã, Iyá Egbe do Ilê Omolu Oxum e Secretária Executiva da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde. Roda de Conversa 2 Em São João de Meriti, como enfrentamos a violência contra as mulheres? Indo mais além, o que esperamos no país para combater a violência contra as mulheres? Ciomara Santos, Superintendência da Mulher de São de Meriti; Ana Claúdia Santos Alves, Coordenação do Programa Centro Especializado de Atendimento à Mulher de São João de Meriti; Mônica Sales, Inspetora Representante da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de São João de Meriti; Angélica Oliveira, Gerência de Vulnerabilidade na Saúde – São João de Meriti; Vilma Piedade, GT Mulheres de Axé da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde; e Wania Sant’Anna, Ilê Omolu Oxum. Encerramento e confraternização Mãe Meninazinha de Oxum, Mãe Nilce de Iansã Ekedi Aline de Oxum - Ilê Omolu Oxum. « 12 »


Fórum Violência Doméstica e Familiar — Fazendo a nossa parte no enfrentamento. —

Debate: Como as coisas são e como podem ser • A cultura, a educação recebida na família e certas tradições fazem com que as mulheres aceitem viver em situações de violência doméstica e familiar por muito e muitos anos. E é preciso mudar essa forma de ver a situação da violência contra as mulheres, violência não é educação nem tradição. • As mulheres podem ajudar a encontrar o caminho para sair do ciclo de violência. Ou seja, é possível romper o ciclo de violência! • As comunidades de terreiro contribuem para o desenvolvimento das pessoas, e podem contribuir muito para o enfrentamento à violência doméstica e familiar. • É preciso educar de forma diferente, é preciso educar os filhos homens e mulheres de forma diferente.

Resultados: A Iimportância de Formar e Informar a sociedade • Toda mulher que vive em situação de violência sente medo e pode levar muitos anos até dar um ponto final a este problema. Nessa situação, e ela deve buscar todo tipo de ajuda para tomar essa decisão. • A Lei Maria da Penha é uma conquista das mulheres. E a Lei diz que as mulheres vítimas de violência devem receber assistência jurídica, social e psicológica para por fim a dar solução a esse problema. A Lei diz também que as mulheres sem condição econômica para se manter e manter os seus filhos, pode contar com ajuda financeira para seu sustento. • Os serviços de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica são fruto da mobilização, e da luta contra a discriminação e o preconceito contras as mulheres.

Resultados: O que temos a nossa disposição e podemos melhorar • O estado do Rio de Janeiro tem 12 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) e 35 centros especializados de atendimento às mulheres vítimas de violência. • As mulheres que usam esses serviços públicos e organizações sociais como o Ilê Omolu Oxum têm papel muito importante na melhoria desses serviços. • É importante que outras casas de religião de matriz africana discutam a questão da violência contra a mulher, porque é importante criar uma rede de proteção às todas as pessoas vítimas de violência doméstica e familiar. « 13 »


• Em São João de Meriti existe uma DEAM e todos os serviços de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar. As profissionais que trabalham nesse serviço têm buscando atender às mulheres dar mais adequada possível, incluindo o serviço de um posto de saúde. Ampliar e melhorar esses serviços serão resultados do diálogo permanente da sociedade local com o poder público.

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Onde buscar ajuda e informações em São João de Meriti Você ou quem precisa encontrarão uma solução, para isso é preciso dar o primeiro passo!

Isolamento e vergonha não ajudam na solução de nenhum problema, busque ajuda! Abaixo você irá conhecer alguns endereços com serviços especializados de atendimento às mulheres vítimas de violência. Nesta rede de serviços especializados são realizados os procedimentos para cada caso específico de violência. A rede de atendimento inclui um conjunto de ações e serviços de diferentes setores – assistência social, justiça, segurança pública e saúde – que visam melhorar a qualidade do atendimento, a identificação e o encaminhamento adequado das mulheres em situação de violência.

• Superintendência da Mulher de São João de Meriti Avenida Presidente Lincon, 911, Vilar dos Teles (Edifício Antares, Loja P) São João de Meriti, Rio de Janeiro Tel.: 21 2651 3060 / 2651 1198 E-mail: superintendencia.mulher.sjmeriti@gmail.com

• Centro Especializado de Atendimento à Mulher Meritiense Rua Defensor Público Zilmar Duboc Pinaud, s/nº, Jardim Meriti São João de Meriti, Rio de Janeiro Tel.: 21 2662 7626 / 2651 1198

• Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher — DEAM Av. Dr. Arruda Negreiros, s/nº, Engenheiro Belford, Centro São João de Meiti, Rio de Janeiro Tel.: 21 2655 5238 / 2655 5238

• Hospital da Mulher Heloneida Studart — SOS MULHER Av. Automóvel Club, s/nº, Vilar dos Teles São João de Meriti, Rio de Janeiro Tel.: 21 2651 9600

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Onde buscar ajuda e informações na Baixada Fluminense

BELFORD ROXO Centro Especializado de Atendimento à Mulher de Belford Roxo - CEAMBEL Av. Joaquim da Costa Lima, nº 2.490, Santa Amélia Belford Roxo, Rio de Janeiro Tel.: 21 2761 6604 / 2761 6700 DUQUE DE CAXIAS Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Rua Manoel Vieira, s/nº, Centenário (Complexo de Assistência Social Juíza Olímpia Rosa Lemos) Tel.: 21 2653 2546 Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher - DEAM Avenida Brigadeiro Lima e Silva, nº 1204, 25 de Agosto Tel.: 21 3657 4323 / 2771 3434 Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher Rua General Dionísio, nº 764, 3º andar, 25 de Agosto (Prédio Vermelho) Tel.: 21 3661 9145 MESQUITA Casa Municipal da Mulher de Mesquita – CAMM Rua Egídio, nº 1459, Vila Emil Tel.: 21 3763 6093 Hospital da Mãe – Maternidade/Clínica da Mãe Cássia Valéria Rua Dr. Carvalhães, nº 400, Rocha Sobrinho Tel.: 21 2707 6713 NILÓPOLIS Casa Municipal da Mulher Nilopolitana Rua Antônio João Mendonça, nº 65, Centro Tel.: 21 2691 6887 NOVA IGUAÇU Centro Integrado de Atendimento à Mulher - CIAM Baixada Rua Coronel Bernardino de Melo, s/nº, Bairro da Luz Tel.: 21 3773 3287 Núcleo de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência - NUAM Rua Teresinha Pinto, nº 297, 2º andar, Centro Tel.: 21 2698 2562 Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher - DEAM Av. Governador Amaral Peixoto, nº 950, Centro Tel.: 21 3779 9416 Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher Rua Dr. Mario Guimarães, nº 968, 3º andar, Bairro da Luz Tel.: 21 2765 1238 « 16 »


PARACAMBI Centro de Referência e Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Clarice Lavras da Silva – CRAMP/SV Rua São Paulo, s/nº – Guarajuba (Ref: Antigo Posto de Saúde) Tel.: (21) 3693-4685

Onde buscar ajuda e informações na Região Metropolitana do Rio de Janeiro

RIO DE JANEIRO DISQUE MULHER Tel.: 21 2332 8249

Casa da Mulher de Manguinhos - CAMM Av. Dom Hélder Câmara, nº 1184 – Manguinhos (Casa de tijolos) Tel.: 21 2334 8913 / 2334 8914 Centro Especializado de Atendimento à Mulher – CEAM Chiquinha Gonzaga Rua Benedito Hipólito, nº 125 – Praça Onze, Centro Tel.: 21 2517 2726 Centro Integrado de Atendimento à Mulher - CIAM Márcia Lyra Rua Regente Feijó, nº 15 – Centro Tel.: 21 2332 7199 Centro de Referência de Mulheres da Maré - CRMM Carminha Rosa Rua 17, s/nº - Vila do João, Maré (Anexo ao Posto de Saúde) Tel.: 21 3104 9896 Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher - DEAM Centro Av. Visconde do Rio Branco, nº 12 - Centro (Perto da Praça Tiradentes) Tel.: 21 2334 9859 / 2332 9994 / 2232 9995 Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher - DEAM Jacarepaguá Rua Henriqueta, nº 197 - Tanque Tel.: 21 2332 2578 Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher - DEAM Oeste Rua Cesário de Melo, nº 4138 - Campo Grande Tel.: 21 2332 7537 I Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - Centro Rua da Carioca, nº 72 Tel.: 21 2224 7052 / 2224 6894 II Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - Campo Grande Rua do Manai, nº 45 - Centro Tel.: 21 3470 9731 / 3470 9732 III Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - Jacarepaguá Rua Professora Francisca Piragibe, nº 80 – Taquara Tel.: 21 2444 8171 VI Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - Leopoldina Rua Filomena Nunes, nº 1071, sala 106 - Olaria Tel.: 21 3626 4371 « 17 »


NUDEM - Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher Rua México, nº 168, 3º andar, Castelo, Centro Tel.: 21 2332 6371 Hospital Maternidade Fernando Magalhães Rua General José Cristino, nº 87, São Cristóvão Tel.: 21 3878 1498 / 3878 2327 ITABORAÍ Centro de Referência de Atendimento à Mulher – CRAM de Itaboraí Av. Vinte e Dois de Maio, nº 7942, Venda das Pedras (Ref.: Casa branca em frente ao Posto SHELL) Tel.: 21 3639 1548 MARICÁ Centro Especializado de Atendimento à Mulher - CEAM) Natália Coutinho Fernandes Rua Uirapurus, nº 50 Tel.: 21 3731 5636 NITERÓI Centro Especializado de Atendimento a Mulher - CEAM Niterói Rua Cônsul Francisco Cruz, nº 49, Centro (Ref: perto da universidade Salgado de Oliveira) Tel.: 21 2719 3047 Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher - DEAM Av. Ernani do Amaral Peixoto, nº 577, 3º andar, Centro (Ref: em frente ao Fórum, no prédio da 76ª DP) Tel.: 21 2717 0900 Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher Av. Ernani do Amaral Peixoto, nº 577, 9º andar, Centro Tel.: 21 2716 4562 SÃO GONÇALO Centro Especial de Orientação à Mulher - CEOM Zuzu Angel Rua Camilo Fernandes Moreira, s/nº, Neves Tel.: 21 3707 0640 Centro Especial de Orientação à Mulher - CEOM Patrícia Acioli Av. Albino Imparato, Lt. 16, Qd 105, Jardim Catarina (Ref: ao lado do DPO) Tel.: 21 8708 1967 Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher - DEAM Av. Dr. Porciuncula, nº 365, Venda da Cruz (Dentro do 3º B.I) Tel.: 21 3707 1937 Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher Rua Doutor Francisco Portela, nº 2814, 2º andar, Zé Garoto Tel.: 21 3715 8531/ 3715 8534 SEROPÉDICA Núcleo Integrado de Atendimento a Mulher - NIAM Seropédica Estrada Rio-São Paulo, Km 41, n° 26, Campo Lindo Tel.: 21 3787 6796 « 18 »


Onde buscar ajuda e informações em Hospitais de Emergência que Atendem Vítimas de Violência Sexual

• Hospital Municipal Souza Aguiar Praça da República, nº 111, Centro • Hospital Maternidade Fernando Magalhães Rua General José Cristino, nº 87, São Cristóvão • Hospital Maternidade Oswaldo Nazareth Praça XV de Novembro, nº 04, Praça XV • Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda Rua Moncorvo Filho, nº 67, Centro • Hospital Municipal Miguel Couto Rua Mário Ribeiro, nº 117, Gávea • Hospital Municipal Paulino Werneck Estrada da Cacuia, nº 745, Ilha do Governador • Hospital Municipal Salgado Filho Rua Arquias Cordeiro, nº 370, Méier • Hospital Maternidade Carmela Dutra Rua Aquidabã, nº 1037, Lins de Vasconcelos • Hospital Maternidade Herculano Pinheiro Av. Min. Edgard Romero, nº 276, Madureira • Hospital Municipal Francisco da Silva Telles Avenida Ubirajara, nº 25, Irajá • Hospital Maternidade Alexander Fleming Rua Jorge Schimdt, nº 331, Marechal Hermes • Hospital Municipal Lourenço Jorge/ Maternidade Leila Diniz Av. Ayrton Senna, nº 2000, Barra da Tijuca • Hospital da Mulher Mariska Ribeiro Praça 1º de Maio, s/n, Bangu • Policlínica Lincoln de Freitas Filho Rua Álvaro Alberto, nº 601, Santa Cruz • Hospital Municipal Pedro II Rua do Prado, nº 325, Santa Cruz • Hospital Estadual Albert Schweitzer Rua Nilópolis, nº 329, Realengo • Hospital Estadual Carlos Chagas Rua Gal. Osvaldo Cordeiro de Faria, nº 466, Marechal Hermes • Hospital Estadual Eduardo Rabello Estrada do Pré, s/n, Senador Vasconcelos • Hospital Estadual Rocha Faria Avenida Cesário de Melo, nº 3215, Campo Grande • Hospital Estadual Getúlio Vargas Rua Lobo Júnior nº 2293, Penha « 19 »


Considerando a magnitude do problema que representa a violência doméstica e familiar na sociedade brasileira, atingindo mulheres de todas as faixas de idade, grupo social, pertencimento étnico/racial de todas as regiões do país, as políticas voltadas ao seu enfrentamento precisam ser disseminadas e apoiadas por todas as organizações da sociedade civil brasileira. É a isso que o Ilê Omolu Oxum se dispõe a fazer ao desenvolver o Projeto Obìnrin Odara – Mulheres Guerreiras contra à Violência. Esse projeto foi apoiado pelo ELAS - Fundo de Investimento Social como proposta vencedora, em 2013, do XVI Concurso “Fale sem Medo” que o Fundo Elas promove em parceria com o Instituto Avon e a ONU Mulheres na promoção de ações de combate à violência contra as mulheres em comunidades do Rio de Janeiro. Com esta iniciativa o Ilê Omolu Oxum reafi rma seu compromisso com o fortalecimento da cidadania da população de São João de Meriti, dos afro-descendentes e das mulheres. As religiões de matriz africana têm sido lugar de acolhimento, e acolher a luta das mulheres pelo fi m da violência doméstica e familiar faz parte dessa tradição. “Aos olhos dos Orixás somos todos iguais.”

Mãe Meninazinha de Oxum

Quem não tiver humildade de se abaixar para aprender, não terá força para ensinar. Mãe Nilce d’Iansã


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