Nicolau em busca da planta da cura
Produção Coletiva dos Alunos do 5º Ano Tarde/19 do Objetivo Itapetininga Orientação – Profa. Giovana Baggio Schubert 2019
Autores: Beatriz Martins Lins
Luiza de Mello Leonel
Enzo Soares Paulino
Luiza Ferreira Scuccuglia
Felipe Camargo de Oliveira
Maria Clara Gomes Shigunov
Gabriel Moreira Messias Vieira da Silva
Mateus José Abrão Queiroz
Gustavo Silvano Vieira Santos
Pedro Henrique Munhos Afonso
Isabela Dal Bem Vaz de Oliveira
Rafael Azevedo da Silva
Isabelle Assumpção Machado
Raphael Takashi Bueno Watanabe
Larissa Campos Ribeiro
Yasmin Silveira Corrêa de Morais
Nicolas Silveira Fontes
Em tempos muito remotos, um macaco malandro chamado Nicolau estava muito preocupado porque ele tinha uma doenรงa que estava fazendo seu rabo desaparecer.
Isso, na sociedade em que ele vivia, era um sinal de “pessoa” fora da lei, coisa que efetivamente ele não queria ser.
Pensou, pensou, pesquisou muito nos papiros, e descobriu que, num paĂs muito distante, macacos sem rabo eram considerados seres sagrados e por isso podiam ser imperadores cobertos de riquezas.
Mas, para realmente serem sagrados, os SEM RABO passavam por um ritual. Uma planta era aplicada em seu membro aleijado e, se o indivíduo fosse mesmo especial, o rabo continuava cotoco. Assim o macaco pensou: - Essa planta pode ser minha salvação: ou ela fará meu rabo crescer, ou... Na pior das hipóteses, serei considerado Imperador Sagrado.
Assim, Nicolau resolveu partir para procurar a planta da cura.
Depois de muitos dias, chegando à principal cidade daquele país, o macaco foi visto por um pirata caolho que ao observar o rabo de Nicolau pensou: “Esse macaco estrangeiro veio atrás da planta da cura... Vou aproveitar-me dele pra conseguir um olho pra mim. Afinal, se faz nascer rabo, faz nascer olho também!” - Olá amigo – disse o pirata – presumo que a falta de rabo o torna candidato a Imperador Sagrado. - Sim, tenho certeza de que serei o Imperador mentiu o macaco que na verdade queria mesmo um rabo novo.
- O guardião da planta mágica é o Gato de Botas. Deve procurá-lo e pedir a aplicação. Levo você até ele, oh, futura Majestade. Seguiram os dois por um longo caminho e, de longe foram avistados pelo Gato, que sorrateiro, “sacou” imediatamente o problema de ambos: um caolho querendo um olho e um estrangeiro sem rabo, que obviamente não poderia ser o Imperador Sagrado. Não faria a aplicação de jeito nenhum.
Ao se aproximarem, o Nicolau disse: - Caríssimo Senhor Gato de Botas! É um prazer conhecê-lo! Já ouvi muitas histórias sobre o senhor!
- Como assim, ouviu histórias sobre mim? - Lá onde moro, o Senhor é muito famoso por causa dos pés deformados! Pés deformados? Eu?! Famoso? - disse espantado o Gato. - Sim, diz a Lenda que seus pés são deformados por causa do desconforto das botas. - Hum... elas realmente não têm muito conforto, mas meus pés são muito lindos!
- Então... Logo quando soube que o Senhor faria a aplicação da planta em meu cotoco para saber se sou sagrado, pensei que seria uma honra conhecê-lo e lhe trouxe um presente: um par de sandálias Havaianas. No meu país, todo mundo tem. Confortáveis, e não têm cheiro. – disse o macaco mostrando os chinelos.
- Mas quem disse que farei a aplicação em um estrangeiro? Não há possibilidade de você ser o Imperador Sagrado! Apesar de que os chinelos são tão lindos... e seria tão bom ter um pouco de conforto... – choramingou o Gato de Botas tirando, pensativo, uma plantinha de seu bolso.
Nesse momento, o pirata atacou o Gato e passou a planta no buraco do olho. Nicolau e Gato ficaram perplexos ao verem a cena. Foram traídos pela distração. O pirata pulava de felicidade, mas qual não foi a surpresa de todos ao perceberem que naquele buraco começou nascer um enorme rabo de macaco!
Ao ser usada, a planta foi destruída. O Gato estava em maus lençóis, pois se alguém descobrisse o que acontecera, ele seria executado pelo povo. O macaco estava arrasado. Sem rabo e sem trono.
Foi quando um olhou pro outro e imediatamente se entenderam. Mataram o pirata a chineladas, o macaco sem rabo virou Imperador e o Gato de Botas passou a ser o Gato das Havaianas. Nunca ninguĂŠm soube a verdade.
Vitรณria, vitรณria! Acabou-se a histรณria!