Intr levantamento topografico

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Profa Dra Cristina Rodriguez

TOPOGRAFIA

AULA 02 INTRODUÇÃO À LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 1. Escalas 1.1.

Definição

É a relação entre a dimensão representada graficamente e a dimensão real. É dada por: E = l / L, onde l = é a dimensão gráfica e L = dimensão real 1.2.

Escala Gráfica

É a representação em forma de gráfico de uma escala numérica. É de grande utilidade para acompanhar a representação em ampliações ou reduções.

Fig. 11 1.3.

Escalas usuais em Topografia Aplicação

Planta de pequenos lotes e edifícios Planta de arruamentos e loteamentos urbanos Planta de propriedades rurais Planta cadastral de cidades e grandes propriedades rurais

Escala 1:100 e 1:200 1:500 e 1:1000 1:1000, 1:2000 e 1:5000 1:5000, 1:10000 e 1:25000

2. Levantamento Topográfico De acordo com a NBR 13133 (ABNT, 1991, p. 3), Norma Brasileira para execução de Levantamento Topográfico, o levantamento topográfico é definido por: “Conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental adequado à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas topográficas. A estes pontos se relacionam os pontos de detalhe visando a sua exata representação planimétrica numa escala pré-determinada e à sua INTRODUÇÃO LEV. TOPOGRAFICO

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representação altimétrica por intermédio de curvas de nível, com eqüidistância também pré-determinada e/ou pontos cotados.” Tradicionalmente o levantamento topográfico pode ser divido em duas partes: o levantamento planimétrico, onde se procura determinar a posição planimétrica dos pontos (coordenadas X e Y) e o levantamento altimétrico, onde o objetivo é determinar a cota ou altitude de um ponto (coordenada Z). A realização simultânea dos dois levantamentos dá origem ao chamado levantamento planialtimétrico. A figura 1.1 ilustra o resultado de um levantamento planialtimétrico de uma área.

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A Topografia é a base para diversos trabalhos de engenharia, onde o conhecimento das formas e dimensões do terreno é importante. Alguns exemplos de aplicação: • projetos e execução de estradas; • grandes obras de engenharia, como pontes, portos, viadutos, túneis, etc.; • locação de obras; • trabalhos de terraplenagem; • monitoramento de estruturas; • planejamento urbano; • irrigação e drenagem; • reflorestamentos; • etc. Em diversos trabalhos a Topografia está presente na etapa de planejamento e projeto, fornecendo informações sobre o terreno; na execução e acompanhamento da obra, realizando locações e fazendo verificações métricas; e finalmente no monitoramento da obra após a sua execução, para determinar, por exemplo, deslocamentos de estruturas.

3. Topografia e Geodésia INTRODUÇÃO LEV. TOPOGRAFICO

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4. Definição A Topografia e Geodésia procuram representar a superfície terrestre, porém a Topografia representa uma pequena parte da superfície terrestre e a projeta numa superfície plana, enquanto a Geodésia considera a deformação decorrente da superfície geoidal. O modelo geoidal é um modelo que considera a superfície terrestre como prolongamento do nível médio dos mares. O geóide não é uma superfície regular conhecida e possui grande complexidade em seu tratamento. Para a determinação das coordenadas é utilizado o modelo elipsoidal.

Fonte: Brandalize

Superfície física da Terra, elipsóide e geóide.

5. Limites da Topografia Pela NBR 13.133 (1994) – Execução de Levantamento Topográfico, o plano de projeção não pode ultrapassar 80 km, mas é recomendado trabalhar com áreas até 30 km, dependendo da precisão do levantamento, uma vez que devido a curvatura da Terra as medidas perdem a exatidão.

6. Coordenadas Geográficas (Latitude e Longitude) Uma das formas utilizadas para localização de pontos na superfície terrestre é utilizando as coordenadas geográficas. Latitude de um ponto é o ângulo formado entre o plano do Equador e o paralelo deste ponto. Sua contagem é feita a partir do plano do Equador (0 graus) e varia até 90 graus, sendo positivo para Norte e negativo para Sul. Longitude de um ponto é o ângulo formado entre Meridiano de Greenwich (0 graus) e o meridiano do INTRODUÇÃO LEV. TOPOGRAFICO

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ponto. Sua contagem varia entre 0 grau e 180 graus, positivo para Leste e negativo para Oeste.

7. Coordenadas UTM Na Engenharia, geralmente é utilizado o sistema de projeção denominado UTM – Universal Transversa de Mercator. O sistema UTM consiste na divisão da Terra em 60 fusos de 6º e na projeção deste fuso sobre um cilindro tangente a este fuso. As coordenadas de um ponto qualquer são dadas pelo número de identificação do fuso e a zona da latitude e as coordenadas planas em m (N para as ordenadas e E para as abcissas). A origem do fuso está no meridiano central do fuso e na Linha do Equador. Para o Hemisfério Norte as ordenadas variam entre 0 e 10.000.000 m e no Sul, entre 10.000.000 m. As abcissas variam entre 500.000 m e 100.000 m para oeste do meridiano central e 500.000 m e 900.000 m para leste do meridiano.

Fonte: Brandalize, pg. 8

Exemplo: 23 K 333.183,92 m e 7.394.433,80 m (Catedral da Sé – São Paulo) significa que estamos no fuso 23, na zona K em termos de latitude, 333.183,92 m na coordenada Leste e 7.394.433,80 m na coordenada Norte.

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8. Norte Geográfico e Norte Magnético Em todo levantamento há a necessidade de se apontar a direção do Norte, porém existem duas direções de Norte: o geográfico, referência para as coordenadas geográficas e UTM e o magnético, apontado pela bússola. Estas direções não são coincidentes, salvo exceções. O ângulo formado entre estas duas direções é denominado declinação magnética (d).

Fonte: Veiga, Zanetti, Faggion

Quando é feito o levantamento com orientação de bússola, é necessário corrigir a informação quanto ao norte. O valor da declinação magnética varia com a localidade e com o tempo. Os pontos da superfície terrestre que possuem o mesmo valor de declinação magnética pertencem a mesma linha isogônica. As cartas com linhas isogônicas podem ser obtidas através dos Anuários do Observatório Nacional.

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