Caixa de Versos
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Giovanni Alecrim
Giovanni Alecrim
Caixa de Versos
S達o Paulo, SP, 2009
Autor: Edição: Revisão: Diagramação: Capa: Imagens: ISBN:
Giovanni Campagnuci Alecrim de Araújo do autor Rosemary Campagnuci Janete D. C. Leonel Giovanni Campagnuci Alecrim de Araújo http://www.sxc.hu e imagens pessoais do autor 978-85-907188-1-9
todos os direitos reservados ao autor. São Paulo, 2009 Contato com o autor: www.cafecomalecrim.com.br
Caixa de Versos
Apresentação Giovanni Campagnuci Alecrim de Araújo é, por si só, uma Caixa de Versos. Ao descrever para seus leitores quem é, se mostra um cidadão do mundo. E, como quer que ocorra em sua obra, com certeza, ele também foi modificado por pessoas que o encontraram nesta Terra que é azul. Mineiro, morador na França, depois no Amazonas e mais tarde em São Paulo, sua personalidade deve ter tido, com certeza, retocada sutilmente pelas pessoas com quem conviveu. E hoje ele nos apresenta seu livro de poesias, Caixa deVersos, onde pretende, como que um complemento da sua vida, que as pessoas leiam as poesias, interfiram em seu teor, remexam em sua ordem mas, que, no fim, a completem. Como ele deve ter se completado em sua volta ao mundo. Há uma coincidência entre eu e o jovem Giovanni. Ele não se lembra das coisas da infância. Apenas de uma viagem onde ouviu de sua mãe uma frase que lhe despertou para a beleza das palavras. Eu também não me lembro muito da minha infância. Mas, ao escrever, muita coisa surge inesperadamente em meus poemas ou meus contos. Há outra coincidência entre eu e o jovem Giovanni. Também não entendo nada de técnicas métodos, leis e formas. Apenas escrevo. Como ele. Isso é sentimento puro. Porém, há uma discordância entre eu e o jovem Giovanni: não gosto que mexam no que escrevo. Apenas que revisem o que escrevo, já que sou preguiçoso para reler o que escrevi. Ele, portanto, é mais socialista que eu, pois abre sua obra para a participação dos outros em seus pensamentos e textos. Isso, para mim é surpreendente. E uma lição, que, com certeza aprenderei mas não usarei porque sou um carcamano teimoso. Há também mais uma diferença entre eu e o jovem Giovanni. Eu escrevo em meus poemas mais sobre o amor ausente ou presente. Ele tem uma poesia mais voltada para um jovem refletindo sobre o seu lugar
no meio social desta vida na grande metrópole, suas relações e suas amplitudes, emocionais, inclusive. Há um poema de Giovanni que, ao ser publicado, estará completo: FALTA. Nele o autor revela que falta dentro dele um pedaço que não consegue encaixar. A publicação de um livro, permitindo que as pessoas interfiram em seu trabalho, com certeza, fará com que Giovanni escreva mais e acabe encontrando o espaço correto para que tudo possa se encaixar dentro dele. Vale a pena abrir a Caixa deVersos do jovem poeta que tem uma das ervas mais perfumadas da flora brasileira, Giovanni Campagnuci Alecrim de Araújo. Wanderley Midei, jornalista, poeta, contista e compositor paulistano.
Um pouco de prosa antes da poesia Não tenho muitas lembranças de minha infância. Recordo-me de uma viagem para Três Pontas, MG. Eu devia ter uns cinco pra seis anos. Era noite. O céu estava estrelado. Eu perguntei para minha mãe porque havia tantas estrelas no céu. Ela me respondeu algo que nunca me esqueci: cada estrela é alguém de quem temos saudades. Acho que foi nesse dia que passei a gostar de poesia... Já há muito venho tentando acertar uma maneira de reunir meus versos e publicá-los. A versão final veio com a ideia de fazer algo pessoal, personalizado e, de preferência, que pudesse ser mexido e modificado. Daí nasceu a Caixa deVersos. Um livro com acabamento especial, onde o leitor ou leitora pode mudar a ordem dos poemas e também acrescentar os seus próprios versos. Este projeto não nasceu de uma mente só. Pessoas mais que especiais colaboraram com ideias e sugestões. Leram, criticaram, revisaram, diagramaram, opinaram, imprimiram e finalizaram. Todas colocaram o coração no que fizeram. Todas fazem parte dessa Caixa de Versos. Os poemas desta Caixa foram escritos entre 1995 e 2008 (entre meus 16 e 29 anos). Neles estão registradas as emoções e sensações de uma cabeça que não desliga e se incomoda muito com o que vive e o que sente. Na seção Primeira ordem você encontrará a sequência em que estes poemas foram colocados na Caixa pela primeira vez. Você pode e deve alterar, misturando, mexendo com a ordem dos poemas, criando novas maneiras de se interpretar esta Caixa. Ao final da Caixa existem folhas em branco para que você também acrescente os seus versos aos meus. Obrigado por abrir esta Caixa deVersos e dividir comigo estes versos. O autor. São Paulo, inverno de 2009
Honra Esta Caixa de Versos tem a honra de ter as mãos preciosas de Deus em tudo; amorosas da Tatiana, minha esposa, na leitura e compreensão dos versos; críticas da Rosemary, minha mãe, na leitura e correção do texto; originais da Fátima, minha sogra, na concepção das artes de uma parte das caixas de madeira; originais também da Marta na concepção das artes da outra parte das caixas de madeira; cuidadosas da Janete, minha amiga, na diagramação e projeto gráfico; criativas da Carla, minha amiga, na ideia dos leitores acrescentarem mais versos à esta Caixa de Versos, sem essa ideia a caixa não faria sentido; atenciosas do Wanderley Midei, na leitura, crítica e apresentação desta obra; calorosas de cada um e cada uma que abre, lê e reage a estes versos. A tudo e a todos e todas, muito obrigado.
Primeira ordem Abaixo sequência em que estes poemas foram colocados na Caixa pela primeira vez. Sobre minha poesia Quem sou eu? Falta Convívio Fôlego Certezas Palavras me fogem Vítima Já vi o paraíso Canta Liberdade Em tempo O realista Sem amor Tem-po Alienígena Trabalho Aos mestres, sem carinho Gerundiando Letras Mais saber Médio menor Vai saber A nous les enfants Caia-ia Depressão Gigantes e mortos Mudar? (Criança) Mundo-MorteMundo Não Adianta Nem Esperar Não sei… Perto-longe Por que? Solidão Sala de Vídeo Só (não esqueça que estarei aqui) Sonho distante Dia de periferia Essa é a hora Legião
Por quem devo chorar? Racismo europeu Solta a rima Aniversário O dia do seu aniversário Seu aniversário Parar e comemorar Bodas Casamento Ao amigo O que faz uma pessoa especial? Para um amigo Tânia Em nome Graça e Perdão Guia Senhor Ide Palavra Perdoados Sejam bem-vindos Silêncio Ceia Celebra Saudade Elementos Nesta mesa nos encontramos Advento Espera Há de vir Sim, virá! Eterna luz Quem é este? Sim nasceu Jornada de Jesus O caminho da vida Ramos Aprendei! Aurora Confissão Ele venceu!
Fale já Festa da vida Ide anunciai! Missão Perdão Reencontro Venceu! 31 de outubro Eklesia Reformata Reformata Est A Tua Perfeição Alguém Especial Até quando? Chega Clamor Concreto na flor Cravando Cristão?!? Deus pode fazer Habacuque, homem de fé, força e razão Habacuque João 7.38 LSD – Louvado Seja Deus Mão na massa Mt. 26.69-75 Muito Mais Pai! Filho! Qual a diferença? Raiz de sofredor Rotina Só há um caminho Somente a verdade Tempo em conta Terra e fé Vai José! Ditadura dos Evangélicos Melô do não crente Mulher em poesia Mulher
Mãe Gosto de canto Trovadoreu a.m. Como Explicar? Duotone Esperança Quando ela sorri Quem é? Sentir você Pedaço Sou dela! Teu nome Voar Houve um tempo... Ia O silêncio responde… Alheio aos fatos do coração Como quero Discreta Era você Mais O que fazer? Só ela Talvez Corda e Forca O que dizer? Payssandu Payssandu ao largo Cores quentes Ela é Sorriso É o que sinto. Menina, que menina! Para a Ju Receita de amiga Poema para uma amiga nadadora Pós 2001 Tá, eu faço! Contemplo
Caixa de Versos
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.10
Sobre minha poesia Não sei de técnicas, métodos, leis e formas. Maiores, menores, clássicos, modernos. Sei lá, só sei que escrevo. Meu coração reclama, mexe, sente, respira e pede. Eu escrevo. Talvez você não goste do que escrevo. Paciência. Não é para você que escrevo. Escrevo para os que mexem comigo. Para isto não há formas, regras. Há viver, sentir e escrever.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.11
Quem sou eu? Quem sou eu? Me pergunta a voz insistente ao telefone. Pois eu sou o que você não vê e o que você não sabe. Mineiro de nascimento. Francês na infância. Manauara na adolescência. Paulistano na juventude. E quando adulto? Quando adulto quero ser do mundo! Não o mundo que as igrejas condenam! Mas o mundo que Deus criou! O mundo que luta e busca justiça. Poderia parafrasear sou apenas um rapaz latinoamericano. Mas sou mais, muito mais. Talvez sem raiz, mas não sem coração. Talvez sem identidade territorial, mas não sem amor ao lugar em que vivo. Amo cada lugar, aprendi muito em cada canto que repousei minha cabeça. Chorei e sorri. Trago no coração saudades dos bons e maus momentos. Trago no coração esperança de um dia de paz, brisa suave no rosto, lágrimas e sorrisos. Trago na alma a vontade de voar para onde meu coração e sonhos quiserem me levar.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.12
Falta
Falta em mim um pedaço que não consigo encaixar. Eu não o tenho, mas sei onde está. Não me pertence. Pertencerá?
Falta em mim um pedaço que não consigo encaixar. Seu espaço, vago em mim, cada dia mais, sempre dói. Convivo com a dor de saber, que ele, pouco a pouco, me corrói.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.13
Convívio Lutam dentro em mim de maneira gloriosa: um guerreiro sereno e uma guerreira fogosa. Lutam sem querer, antes por imposição. Ele é apenas um, ela, já muitas são. Assim sigo a viver com uma guerra incomum. Espero um dia ver: Guerreiro e Guerreiras serem um.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.14
Fôlego Peço um tempo para respirar, para esquecer a dor que me corrói. Peço só um espaço na minha vida: parar com tudo e esquecer.
Peço um tempo para respirar, para não acordar e não dormir. Peço um espaço em minha vida: parar de sonhar e lembrar.
Peço um tempo para respirar, para não morrer asfixiado. Peço um espaço na minha vida: parar de viver e enfim ter fôlego.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.15
Certezas Cansei-me das certezas. Quero o que é incerto. Sem definições, sem argumentações, sem confianças, sem seguranças, sem. Cansei-me das certezas. Quero a liberdade de errar. Com perguntas, com dúvidas, com hesitações, com receios, com.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.16
Palavras me fogem Antigamente bastava a amargura, a solidão, o ódio. Bastava a paixão, a atração, o amor. Bastava a fé, a vida, o louvor. Antigamente me basta. Hoje, as palavras me fogem.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.17
Vítima O coração bate. Eu apanho. O espírito respira. Eu sufoco. O olho vê. Eu cego. Sou vítima de mim mesmo.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.18
Já vi o paraíso Deus, volta e meia, me chama. Leva-me até a porta do paraíso, abre uma fresta e me deixa contemplar. Já vi um vale, cheio de esplendor. Já vi dois montes, beleza impar. Já vi um luar, sorridente a iluminar. Já vi duas estrelas, belas a brilhar. Já vi uma floresta, ao longe a me chamar. Já vi o paraíso, é verdade, em partes. Deus me deixa espiar um paraíso tão belo, que não consigo parar de pensar.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.19
Canta Liberdade Canta Liberdade, solta tua voz tão viva. Sonha com a verdade, a humanidade anima. Fruto do poder, a opressão. Fruto do dinheiro, a escravidão. Não deixe calar o canto, não deixe prender a voz. Faça cessar o pranto de quem sofre junto a nós.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.20
Em tempo Quanto tempo ainda temos? Tempo de vida! Contamos o incontável: o tempo. E assim ele nos aprisiona. Chega de tempo, não conto mais!
… Em tempo: quanto tempo ainda tenho?
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.21
O realista O realista vê, o realista age. O realista sente, o realista vive. O realista ama, o realista primeiro foi amado. O realista fala, o realista primeiro ouve. O realista é, o realista também não é. O realista vêm, o realista vai. O realista ninguém nunca viu, o realista mal chegou, o realista já partiu.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.22
Sem amor Enquanto o medo rondar minha vida, meu lar, meu emprego. Enquanto a indiferença reinar com o pobre, excluído, sem teto. Não haverá possibilidade, não haverá como viver. Sem amor na vida, nada há o que fazer Enquanto a violência rondar famílias, ruas, vidas. Enquanto a miséria reinar nas vielas, ruas, favelas.
Esta poesia ĂŠ de autoria de Giovanni Alecrim e ĂŠ parte integrante do livro Caixa de Versos. p.23
Tem-po Conta
tempo .
Marca
tempo .
Todo
tempo .
Quer
tempo .
Mais
tempo .
Quanto
tempo ?
Tenho
tempo ?
Qual
tempo ?
Acabou
tempo !
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.24
Alienígena Hoje decidi: vou me alienar. Não vou votar consciente. Não vou questionar o errado. Vou aceitar calado o que me for proposto. Hoje decidi: vou parar de aprender. Resolvi não sofrer. Resolvi inaprender. Resolvi me entregar, cansei de reclamar. Hoje decidi: vou me alienar. Não vou criticar. Não vou respirar. Não vou viver. Entrego-me à ignorância, mansa e suavemente, sem pudor, sem temor, sem tremor.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.25
Trabalho Tem que dar prazer, tem que recompensar. Caso contrário, enfado será.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.26
Aos mestres, sem carinho Muito ouvi de vós, muitas vozes no mesmo tom! Dizem libertação. Oprimem! Dizem liberdade. Oprimem! Dizem justiça. Oprimem! Dizem Reino de Deus. Oprimem! Dizem verdade. Oprimem! Dizem pensai! Oprimem! Dizem produzi! Oprimem! Muito falais, muito pedis, porém do que falais nada fazeis. Pobres mestres, revelaram a nós, míseros alunos, a verdade dolorida: que da palavra dos mestres nada tiramos proveito, visto que entre suas vidas e seus discursos há um abismo intransponível!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.27
Gerundiando Vou estar rimando para você estar entendendo que posso estar cansando, a cabeça estar aquecendo. Cansei de estar ouvindo e de estar atendendo a quem está pedindo. Pede pra gente estar escrevendo. Escreve como estamos escrevendo. Fala como estamos falando. Leia como estamos lendo. Gerundie como estamos gerundiando. CHEGA!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.28
Letras Da fala ao texto, do som a leitura. Expressa-te. Aprenda-te. Conheça-te.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.29
Mais saber Melhor não ver, não ouvir, não saber. Ignorar, Inaprender, Idiotizar. Mais saber sempre será mais sofrer.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.30
Médio menor Abaixo do medíocre é onde está você, que se julga poderosa, detentora do saber. Santa repetição! Vago explanar! Sólida enrolação, tão dura de aturar... A mesma piada. Só muda a entonação. Todo dia, mais enrolação. A mesma frase sempre, contradiz a enunciação. Didática: mediocrização.
Esta poesia ĂŠ de autoria de Giovanni Alecrim e ĂŠ parte integrante do livro Caixa de Versos. p.31
Vai saber Como tatuagem tenho gravado em minha mente: mantenha-se vivo, consciente. Guerreia nisto, a todo instante, no pensamento: ignorando ou sabendo? Vivo assim, em conflito sempre consciente: saber a mais, sofrer crescente.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.32
A nous les enfants Hoje o dia foi de chuva. E as lágrimas caíam enquanto você partia nestas noites que não passam... Os pássaros não constroem seus ninhos em vão. E nós, brincávamos de voar por sobre os templos, e construíamos nossos ninhos sobre os sinos das catedrais. A nous les enfants. Nos jardins as crianças dançam. E eu que só queria sonhar, ver estrelas e lua no céu, já não posso mais voar. A nós as crianças. A nós as infâncias. A nós os amanhãs. As lágrimas não rolam por acaso. Hoje eu só quero sorrir. Te encontrar mais uma vez, não chorar ao te ver, poder sorrir e te dizer que a minha vida está um inferno sem você.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.33
Caia-ia Tente fugir se for capaz de um sentimento que não se consumou. Se esconda atrás da carência, busca um outro alguém para substituir. Esse ser que te domina, que te prende e te fascina, depois você acorda, se afunda, se morre, se ferra. Fuja, corra, e acorde no dia seguinte. A tua vida é clean demais para mim. A tua vida é falsa demais. Tire a tua mascara e olha no espelho, o que verás não é luxo nem felicidade. Acorda para vida. Sai do fundo do poço. A tua vida está sem saída. Vem, vamos morrer juntos. A morte é a saída? Por que ela vem? Por que ela me atormenta? continua
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.34
cont. Caia-ia
Já não aguento mais. Ontem tinha amigos, hoje não os tenho mais. Todos se foram. Vem vamos cobrar um dos outros, Ele já está na ponta do abismo, vamos empurrar para ele cair. Acabe comigo, me destrua. Ver meu sangue, é o teu prazer. Ver meu novo paletó, é a sua alegria. Me afundar mais no poço, só para te satisfazer.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.35
Depressão A dor que consome toda uma geração, é a dor que consumia no passado, que consome hoje e continuará a consumir!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.36
Gigantes e mortos Quero chorar e as lágrimas não saem. Quero gritar e a voz não sai. Quero me expressar, o corpo não responde. Da luz para as trevas existe uma ponte a atravessar, o rio é sujo e as pessoas não me ouvem. Posso correr, não posso andar. Quero morrer, não quero viver. Meu coração já não me responde. Meus pensamentos já não me obedecem. O que é que eu vou fazer? A noite é tão bela! O que é que eu vou fazer? Os dias são longos... Os gigantes já chegaram e atiram bombas nos nossos jardins. Os gigantes não tem coração nem piedade do meu choro. E eu que queria um jardim florido com tulipas e margaridas, hoje tenho que cavar minha cova na terra onde plantei meus sonhos. Não quero mais viver, não quero mais lutar. A vida chegou ao fim. Fechem a cortina. Voltem para suas casas e esqueçam que eu passei por aqui.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.37
Mudar? (Criança) Sempre procurar o que é melhor para si. Ganhar, vencer, tudo o que competir. Nunca imaginei um dia sentir, o ódio que eu tive quando eu perdi. Porque o mundo é assim? Não vou me conformar, eu quero é mudar. Porque eu sou assim? Eu só penso em mim. Sorriso, ingenuidade, carinho, compreensão. Raça, dinheiro, não há barreira não. Quem sabe um dia eu volte a ser, aquilo que fui antes de crescer.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.38
Mundo-Morte-Mundo Oh, mundo cruel! Quantas vezes permitirás que a morte ronde a minha vida? Por quanto tempo terei que ver, com lágrimas nos olhos, a dor de uma partida? Viagem sem volta? Oh, mundo de desventura! Que podes nos dar a alegria de um amor ou a morte e a dor. Que tira de uma vida outra vida, outro amor. Quebra os laços de uma vida, várias vidas. Ah! Mundo, mundo... Por que culpamos logo o mundo? Se quem leva a vida sou eu, se quem decide sou eu, se quem resolve sou eu! Oh! Mundo cruel! Por que não abres teus olhos, e vê o sofrimento que te cerca? Por que és tão egoísta? Por que não olhas as pessoas que te cercam? Não! Não vou me calar! A minha boca só se fechará quando, a sua grande amiga, a morte, vier me buscar!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.39
Não Adianta Nem Esperar Não há quem diga: a vida não me satisfaz! Ninguém é tão louco e tão capaz. A dor: por que ela vem? Verdade: por que me abre os olhos? Vingança: por que me molhas os lábios? Depressão: existe um fundo no poço? Quando você se apaixona existe o risco da ilusão e a ilusão, é a saída mais fácil para depressão. Destrói, extermina, pressiona, rasga, estraga, sem saída, suicídio, acabado, ódio. Me tira, me arranca, não me iluda. Só quero viver, esquecer esta amargura. Aquele dia foi demais para mim. Aquele dia foi início do meu fim.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.40
Não sei… Hoje eu consigo entender que um dia eu quase fui… Voltei! Dei a volta por cima. Vocês não estiveram ao meu lado. Quando mais precisei, vocês se distanciaram. Você tá tão diferente! Será que só eu mudei? Não entendo como são capazes de se fecharem numa cúpula, e ainda se acharem sabedores da verdade. Sinceramente: suas ideias, opiniões e palavras já não me ferem mais. Aprendi a filtrá-las. Só considero o que me apraz. Não sei, ainda não sei. Não sei se foi bom ou ruim, só não quero mais isso para mim.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.41
Perto-longe Muitas vezes não consigo entender, o que acontece com o nosso ser. Como uma vida pode causar tanta destruição, com tudo acabar. Não é preciso agir, basta uma palavra para me destruir. Suas palavras cortam mais que faca, ferem mais que um tiro, matam mais que veneno. É incrível como uma pessoa: te humilha, despreza, rejeita, ignora, abandona, larga. Hoje já não ouço tudo que me dizem. Para mim já não importam as suas palavras. Não vou me destruir por sua causa. Não vou me lamentar por sua causa. Quero amigos sinceros, verdadeiros. Quero um dia poder voltar a sonhar. Quero voltar a dormir. Hoje eu quero sair, Para onde? Não sei. Perto-longe daqui quero encontrar: carinho, amor, amizade, felicidade e paz.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.42
Por que? Eu quero entender o que leva uma pessoa a se acabar. A depressão é a fonte de tudo o que você vê. Pessoas deprimidas não vivem como você sempre ao seu lado perguntando: Por que? Acabou, a vida é minha, dela sei eu, dela cuido eu. Seu cinismo não vai me ajudar. Seu sorriso falso não vai me levantar. Sua hipocrisia não vai me salvar. Minha vida está uma merda, e ninguém liga a mínima. E você vem perguntar o que eu achei daquela mina? Não ouvi, não vi, perdi. Sua vã amizade não vai me livrar. Você está tão acabado quanto eu, e fica com esse sorriso no rosto, tenta esconder todo desgosto.
continua
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.43
cont. Por que?
Eu morro aos poucos e você não vê. Eu estou morrendo e você não quer nem saber. Você enche a cara e se esconde. Enquanto isso, eu me jogo de uma ponte. Você fica com as letras e com a música, eu fico com o meu lindo velório e minha morte. Suma, saia, cai fora! Minha vida já está consumada. Continue, siga sua estrada. Não se esqueça, eu quero lindas flores, risos e alegria, não vou fazer falta. De fundo eu quero Metal contra as Nuvens. No crematório, apenas os parentes. Amigos são tão poucos e estão tão longe que não terão tempo de vir. Sem choro, só alegria.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.44
Solidão Jazia nele tenra solidão. Adormecida e camuflada, parada. Um dia, saiu da cabeça. Foi morar no coração. Fazia birra, andava nervoso. Nessa toada, por um tempo, desceu pelas veias a solidão, deu a volta no corpo, parou no coração. Silvestre, vagava na alma a procurar. Parou no coração e o consome, animal. Desde então, perdeu tudo. Desde então, parou tudo.
Menos o coração.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.45
Sala de Vídeo Solidão: há quem consiga superá-la? No meio da noite, sozinho no quarto, no meio da tarde, sozinho na casa. Solidão, só, somente só. Com tanta gente ao redor, correndo, pensando viver, apressados, com pressa prontos a morrer. Sozinho no quarto, a lágrima cai molhando a solidão com choro e soluços. Sozinho no quarto, a lágrima não cessa molhando a noite, e fazendo doer no peito: solidão!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.46
Só
(não esqueça que estarei aqui)
Muitas pessoas me rodeiam. Meu Deus! Estou tão só! Ironia, falsidade. cada dia estou mais só! Só! Não consigo entender o que você quis dizer: Estou farta, dá um tempo, já não aguento mais, a tua amizade já não me satisfaz. Tudo bem agora, já estou pulando fora. Não vou insistir, mas vou desistir. Quando você me procurar, irá me encontrar Só não espere que eu seja o mesmo. O desprezo destrói com todos os sentidos! Mas saiba que estarei sempre aqui!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.47
Sonho distante Hoje eu acordei, coloquei minhas asas e voei. Fui para longe, onde o choro é de alegria, onde a alegria é pura, onde a pureza é vida e a vida não tem pressa de acontecer. Eu fui e não queria voltar. Então um anjo me trouxe um relógio, e o relógio me chamou, eu acordei, fui obrigado a sorrir, quando queria chorar. Fui obrigado a ser feliz, quando eu era triste. Fui obrigado a viver Triste de mim, tenho de viver. Preferia morrer.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.48
Dia de periferia Cinco horas da manhã, despertador. Amanhece mais um dia, dia de dor. É triste ver a mesa vazia, criançada perguntando: – oh pai, quando vai chegar nosso dia?
É, não é fácil moleque. Pro mundo lá fora, mais um bandido, pivete. Saio de casa todo dia a mesma cena, policia enquadrando pai de família na esquina. Eles esquecem quem paga o salário, propina. Chego no ponto, meia hora depois, ônibus lotado, lotação quebrada. É, já era, o emprego foi pro saco.
Desempregado, sem fundo de garantia. Artigo de luxo: carteira assinada hoje em dia. Não querem saber se tem filho na escola, o moleque deles tem grana, tem onde jogar bola. Mas a vida é justa, seu filho ainda vai subir o morro. É nessa hora que vem o seu choro.
continua
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.49
cont. Dia de Periferia. Playbozada cheia de farinha. Policia explode mais uma boca, não importa, tem a vizinha. Qualquer quantidade ainda é pouca. Subiu mais um balão, fogos artifícios, gritaria diversão. Preparem as ruas, a clientela vem aí: Alphaville, Jardins, Morumbi, Vila Olímpia, Higienópolis, fazendo a alegria do povão do Heliópolis. Pagaram o preço, nos criaram, desigualdade vocês plantaram, agora vão ter de colher o filho de vocês cheirando farinha até morrer. Na foto do jornal é mais um delinquente, fruto da sociedade, maníaco adolescente. Cheirou tudo que podia, começou a roubar. Pai e mãe advogados, desesperados, perderam tudo o que tinham. Vocês criaram, já diria o poeta: “…a sociedade me criou: mais um marginal…” Volto pra casa no fim do dia: periferia agitada, policia, delegacia. Molequeda sem futuro, mais um corpo no chão, pai e mãe chorando em cima do caixão. Repórter igual urubu em cima da carniça. Vale menos a vida do que a noticia.
continua
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.50
cont. Dia de Periferia. O pó aqui não escolhe idade. pra atender a playbozada, moleques sem piedade são tirados de suas famílias. Sociedade injusta, bairro chique, vizinho da periferia. É assim que funciona, meu filho tem de aprender. Lá na escola tem traficante, fazer o quê? Ele já ta ligado nos malandros, e nos esquemas, vacilou perdeu a vida, por isso foge dos problemas. Garoto esperto. Peço a Deus todo dia que o livre do mal. Aqui na periferia isso é impossível de acontecer. O mal em cada esquina, mas a segurança eu sei que vou ter. A policia é outra, o bandido também. Mas isso, você já sabe muito bem. – Vamo deitar menino. – Já tô na cama pai. É, amanhã a batalha continua. E a verdade nua e crua, difícil de engolir, desce pela garganta do povo, pendurado no morro. Um dia, eu vejo o mundo melhor, quem sabe meu filho, consiga mudar, o que seu pai tentou, até se humilhar.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.51
Essa é a hora As esquinas denunciam o que os jornais não anunciam. As ruas me fazem ver o que não mostram na TV. Morte, de fome e canivete. Armas nas mãos, de adultos e pivetes. A violência não escolhe idade, cor nem classe social. Ela está aí sempre pronta a promover o mal. Essa é a hora de denunciar. Rádios e Tvs não vão solucionar. Fome, miséria, corrupção, uma novela não pode salvar uma nação. Essa é a hora de acordar Para fazer o mundo inteiro enxergar: é hora de fazer acontecer! Abra sua mente e vamos o mal combater.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.52
Legião Cartas, livros, música e poesia. Poetas mortos, legião de perdidos. Sem rumo, sem líder, Ainda é cedo para desistir. Notícia a solta, povo Iludido. 5 horas da manhã, Tempo perdido. Meninos e meninas soltos no mundo, legião sem rumo. Violência, cidade, campo, estrada, foice, enxada, faca, canivete. Legião do campo. Legião da vida. Legião urbana.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.53
Por quem devo chorar? Por quem devo chorar? Pelo pai, pela mãe? Pelo irmão, pela irmã? Por quem devo chorar? Por você, por mim? Pelo vizinho, pelo soldado? Por quem devo chorar? Por quem devo clamar?
Esta poesia ĂŠ de autoria de Giovanni Alecrim e ĂŠ parte integrante do livro Caixa de Versos. p.54
Racismo europeu Antes ser macaquito, pulando de galho em galho, brincando com a macacada, do que ser um troglodita do primeiro mundo, ignorante e racista.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.55
Solta a rima Quero soltar a minha rima, meu estilo e meu jeito, ninguém ensina. Direto de São Paulo, zona sudeste, céu azul, plantado em Heliópolis, entre Zona Leste e Sul. Sacomã, Moinho Velho, Vila Carioca e Prudente, não tem só bandido, tem gente decente. Não, não, não, não é ilusão. Quem fala aqui é branco; não, não é negão! Negro de alma, branco na cor, minha rima eu dedico ao meu Senhor! Então vê se abre o olho e deixa o preconceito. Não questiono os seus métodos, nem os seus preceitos. Conheço o morro, treta, malandragem. Pó não é farinha, Planta verde não é vagem. No pé do morro só tem uma solução: correr pros Orixás, pros Santos, pra Deus, então. Talvez você não saiba, não queira nem saber, mas quem mora no morro é gente como você. Abre o olho, ouvidos e sua mente. Veja que eu e você não somos diferentes. Então abra o braço, o sorriso no rosto, não importa sua cor, não importa seu gosto. O que eu quero você quer, seja sincero. Paz e igualdade, eu luto, não espero.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.56
Aniversário Contem o tempo. Mas que contem também os sorrisos, as lágrimas, os abraços, os olhares. Contem os anos. Mas que contem também as lutas, as vitórias, as derrotas, as conquistas. Contem a idade. Mas que conte, principalmente, a bênção de completar mais um ano de vida! A Deus honra, glória e louvor por mais um ano debaixo da misericórdia e amor que nunca se acabam!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.57
O dia do seu aniversário Dia de lembranças e sonhos. Contar os dias e os anos, os sorrisos e as lágrimas, as vitórias e derrotas. Dia de comemorar e celebrar. Agradecer por você existir, por você ser como é, por você ser quem é. O dia do seu aniversário é o dia da felicidade de seus parentes, de seus amigos de todos que te querem bem. Parabéns!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.58
Seu aniversário Quantas lágrimas e sorrisos são necessários para medir o valor de uma vida? Quantas vitórias e derrotas passamos e passaremos para vivermos felizes? Olhar para o passado, celebrar o presente e sonhar com o futuro. No dia do seu aniversário lembramos, choramos, sorrimos, celebramos! Parabéns!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.59
Bodas O sorriso é o mesmo do passado. Mudou o templo, as pessoas. Ao olhar para trás: “Que bom estar ao teu lado”. Parece que foi ontem: Tatiana, já é enfermeira! Tiago, no vestibular! Túlio, até trabalho já tem! Deus nos fez crescer, nos fez amar, nos fez florescer. Que noite de reencontro mais feliz! Poder voltar ao altar e reconhecer: Deus, tu és o responsável por tamanha alegria, tu és o autor desta linda família! 25 anos mais pedimos-te ó Deus! 25 anos mais de amor, eterno amor! 25 anos mais para vermos nossos filhos terem famílias! 25 anos mais para vermos os frutos dos nossos frutos! 25 anos mais para sonharmos e desejarmos! 25 anos mais para cantar e chorar a eterna gratidão por ti! E poder, enfim, quando o teu dia chegar, dizer: Pai, não há amor como o teu amor por nós!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.60
Casamento Vão dizer, com certeza, que é mais um. Não, não é. Cada um é único. Cada um tem sua história, seu sonho, sua memória. Memória. O casamento é o tecer das memórias. Juntam-se as suas com as dela e constroem uma única. Daí, as lembranças que terão, quando recordarem com ternura deste dia em diante, revelarão que vocês são únicos: um só corpo, uma só mente, uma só memória. Hoje queremos escrever, singelamente, uma linha nestas memórias. Mais que torcer por vocês, estamos com vocês. Mais que participar da cerimônia, nos unimos em oração. A vocês nosso abraço. Que Deus abençoe seu novo lar.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.61
Ao amigo De ti nada espero. De ti nada quero. De ti nada anseio. De ti nada almejo. De ti, caro amigo, não espero nada. Pois se esperasse algo de ti, seria como um comerciante ao anunciar um produto, esperando um retorno, como uma pessoa que presenteia a outra, esperando o obrigado. Nada espero de ti, para que nada espere de mim. Nada espero de ti, para que nossa amizade floresça: na luz da sinceridade, alimentada pelo amor que nos une; na força da luta diária, crescendo como árvore bem plantada. E mesmo que um dia os ventos nos carreguem como folhas, um para cada canto, de ti, amigo, nada esperarei, pois tenho a firme certeza que em nossos corações marcas eternas de nossa amizade teremos, das quais nos lembraremos, como bom amigos, com lágrimas e sorrisos, pois, foi a custa de muitas lágrimas e de muitos sorrisos que lutamos. Tudo para que hoje, de peito estufado, possamos dizer: sim, somos amigos! Obrigado, amigo.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.62
O que faz uma pessoa especial? O que faz uma pessoa especial não são grandes feitos, nem feitos grandiosos, muito menos ser reconhecido publicamente. O que faz uma pessoa especial, não é sua beleza ou seu porte físico. O que realmente faz uma pessoa especial são os detalhes que ninguém valoriza, aquilo que faz você ficar feliz e nem percebe. O que lhe faz especial, não é apenas o fato de você ser bela, atraente e inspiradora, nem tão pouco o fato de ser uma profissional competente e eficaz. O que lhe faz especial são os detalhes que vejo em você. Sua disposição em ajudar. Sua maneira de nos ensinar algo. Seu jeito de conversar, brincar. Seu sorriso. Seu olhar. Sua alegria. Sua ternura. Seu jeito de liderar a cada um de nós, que para mim, é o mais eficaz exemplo de liderança que vi até hoje. Obrigado por ser minha amiga. Obrigado por confiar em mim. Obrigado por ser quem você é. Um beijo e uma sexta-feira cheia de alegria!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.63
Para um amigo Sabe, hoje eu lembrei de alguém muito especial. Alguém que me fez rir e me deixou chorar. Alguém que me fez chorar e me deixou rir. Quantas barras você já segurou? Não sei. Quantas vezes chorou comigo? Não sei. O que sei é que bastava um telefonema e você de pronto me atendia. Escutava meu choro, desmarcava compromissos. Aguentava meus problemas no pé do seu ouvido. É amigo, talvez a vida um dia nos leve para caminhos diferentes. Mas eu sei, que, toda vez que eu ou você chorarmos ou rirmos, toda vez que nossos sonhos se frustrarem ou se realizarem, nos lembraremos destes instantes que tornaram nossas vidas mais completas. Vinícius estava certo: que seja eterno, enquanto dure! Sim! Que seja eterna e intensa a nossa amizade. Cheia de problemas e soluções, para que eu possa dizer a todos que me cercam: O Zampo? Esse é meu Amigo. Esse é meu Pastor. Esse é meu Irmão.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.64
Tânia Derrama a lágrima, sinal de adeus. Tristeza no coração, conforto na alma. Chora João, a dor da perda, a separação temporária, o sonho interrompido. Chora Leonor, a dor de mãe, a filha, amiga, o pedaço de você que se foi. Sonho que se vai. Pedaço do sonho, que fica no coração, na alma, em William, em vocês. Deus esteja com vocês. Mesmo sem conhecê-los, choro a dor que sentem, choro o amor que têm, choro a fé que possuem, choro com Deus, por vocês.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.65
Em nome Em nome do Pai, amor e direção. Em nome do Filho, misericórdia e perdão. Em nome do Espírito, fôlego e direção. Reunimo-nos hoje em real devoção.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.66
Graça e Perdão Pela graça infinita, pelo abundante amor. Pela justiça bendita, pelo sacrifício do Senhor. Por tudo que não merecemos, por tudo que de ti recebemos, perdoados somos em o nome de Jesus, o Senhor.
Esta poesia ĂŠ de autoria de Giovanni Alecrim e ĂŠ parte integrante do livro Caixa de Versos. p.67
Guia Senhor Guia Senhor a minha vida. Guia Senhor o meu caminhar. Que no meu dia a dia eu possa te entregar, toda a minha vida para te adorar.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.68
Ide Ide. Proclamar e batizar. Anunciar e denunciar. Ide. Contemplar e aprender. Amar e fazer. Ide. Mais que uma comissão, de vida, uma opção.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.69
Palavra Letra no papel. Palavra solta, ao léu. Ordenada e conectada, são palavras, mais nada. Basta o sopro de Deus; Espírito: vida para os seus. Palavra que se torna viva, letras que falam mais que palavras.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.70
Perdoados Apesar de tantos erros e tropeços. Apesar de tanta amargura e ressentimento. Apesar de tudo de ruim que vivemos até agora. Apesar de tudo isto, podemos nos alegrar. Somos direcionados, sim, pela vontade de Deus. Somos renovados, sim, pelo Espírito Santo. Somos perdoados, sim, pelo sangue de Jesus Cristo. Alegria! Tudo se faz novo em nossa vida!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.71
Sejam bem-vindos Sejam bem-vindos. Esta casa é casa de amigo. Amigo, mais chegado que irmão. Casa de louvor e adoração. Casa de amor e gratidão. Casa onde a verdade reina. Sejam bem-vindos a esta casa: Casa de Deus!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.72
Silêncio Feche os olhos. Tente ouvir a voz, voz do silêncio.
Silêncio. Ele fala mais, muito mais que qualquer som, que qualquer música.
Silêncio. Voz de Deus, do coração dele, para a nossa alma.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.73
Ceia Colher o trigo, fazer do trigo farinha. Tirar do trigo a força do pão. Fortalecer-se com o pão. Colher a uva, separar do cacho toda uva. Tirar da uva o vigor do vinho Fortalecer-se com o vinho Assentar-se à mesa. Farta-se da ceia na mesa. Eucaristia, santa comunhão. Tomemos o vinho e o pão.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.74
Celebra Saudade No peito bate a saudade, lembrança viva na alma. Palavra que alimenta, nos dá paz, nos acalma. Os gestos estão vivos no nosso coração. Seu olhar sempre firme carregado de emoção. Nesta hora celebramos como o Senhor fazia: reunidos como povo, celebramos: Eucaristia. Pão: corpo. Vinho: sangue. Lembramos sua vida, lembramos sua cruz. É bom estar à mesa, contigo Senhor Jesus.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.75
Elementos Trigo, farinha, fermento. Suor de um povo renovado pelo pão. Pão da vida. Uva, fermento, cansaço de um povo renovado pela esperança. Vinho da vida.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.76
Nesta mesa nos encontramos Nesta mesa nos encontramos com pessoas de todo lugar. Não há raça, sexo ou ideias que nos possam separar. Nesta mesa nos encontramos com Jesus Cristo, o Salvador. Vinde comei! Vinde bebei! Esta é a mesa do Senhor.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.77
Advento Eis que brilha no fundo da alma a esperança. Luz que não se apaga, luz que não se consome. Brilho cada vez maior. Fulgor de um novo amanhã. Velas, lamparinas, lâmpadas prenunciam a luz que vem. Eterna luz da vida brilhará, enfim, sobre nós.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.78
Espera Espero ver a justiça, o amor, o Messias, Redentor. Vejo a luz a anunciar: Tenha fé e, sim, verás!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.79
Há de vir Há de vir. Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte. Há de vir. Pai da eternidade, Príncipe da Paz, Rei dos reis. Esperar é alimentar dia-a-dia a fé, a esperança e o amor.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.80
Sim, virá! Sim, virá! Pregar as boas novas, curar, libertar. Sim, virá! Resplandecente luz, alimento e fé. Sim, ele virá!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.81
Eterna luz Pastores correm para lá. Magos, agitados, vão sem demora. Numa manjedoura se encontrarão com o pequeno menino que veio, enfim, fazer brilhar a eterna luz.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.82
Quem é este? Quem é este, no peito materno acomodado em meio ao feno, A mamar suave e terno? Quem é este, na manjedoura acomodado, dorme manso e suave, sempre pelos pais observado? Quem é este, nos braços de um rude pastor, Não rejeita os humildes nem estranhos, tão pequeno e sereno, tão cercado de amor? Quem é este?
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.83
Sim nasceu Foi na pobre Belém? Sim, nasceu! Foi na rude manjedoura? Sim, nasceu! Foi cercado de animais? Sim, nasceu! Foi no meio do nada para solucionar tudo! Sim, nasceu!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.84
Jornada de Jesus Compartilhar cada momento, vivenciar cada instante. Mulheres e crianças. Pescadores e prostitutas. Na jornada da vida Jesus não negou seu olhar, seu ouvido, suas mãos, suas palavras.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.85
O caminho da vida Nascer, crescer, aprender. Caminhar, partilhar, ensinar. Multiplicar, transformar, curar. Assentado no templo ou no partir do pão, falando aos discípulos, ou à imensa multidão. Jesus caminhou aqui na terra o caminho que lhe estava proposto: o caminho da vida!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.86
Ramos Um homem em um jumento. Um caminho repleto de pessoas. Mantos e palmas espalham-se na alegria. Alegria pelo homem! Hosana! Um caminho de alegria. Um caminho de cânticos. Um caminho de palmas. Um caminho para vida. Assim como naquele domingo, nossas vidas devem ecoar: Hosanas, alegrias, cânticos, palmas. Ramos: um Domingo para a vida!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.87
Aprendei! Na vitória da vida sobre a morte, sim, aprendei, Jesus é o Senhor! Na vitória da liberdade sobre o pecado, sim, aprendei, Jesus é o Senhor! Na vitória da esperança sobre o medo, sim, aprendei, Jesus é o Senhor!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.88
Aurora Aurora que anuncia a vinda. Revela a vitória sobre a morte. A vitória da esperança. A vitória da fé. A vitória do amor.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.89
Confissão Ele ressuscitou! Eu posso confessar: meu pecado, minha falha, meu errar. Ele ressuscitou! Eu posso confessar, e assim receber o perdão e, enfim, renascer!
Esta poesia ĂŠ de autoria de Giovanni Alecrim e ĂŠ parte integrante do livro Caixa de Versos. p.90
Ele venceu! Vinde adorar! Ele venceu! Vinde cantar! Ele venceu! Vinde confessar! Ele venceu! Vinde ouvir! Ele venceu! Vinde clamar! Ele venceu! Ide proclamar: Jesus venceu a morte!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.91
Fale já A morte não tem mais poder. Por isso, fale já com ele. O pecado perdeu sua força. Por isso, confesse já a ele. Não há mais condenação, esta é a hora de pedir a ele, pedir, sem demora, perdão.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.92
Festa da vida É tempo de festejar! A vida venceu a morte! É tempo de festejar! A esperança venceu o medo! É tempo de festejar! A salvação venceu o pecado! É tempo de festejar! Somos libertos para a festa da vida, festa do Senhor Jesus!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.93
Ide anunciai! Pelo amor sem fim, ide e anunciai: Jesus ressuscitou! Pela esperança que se renova, ide e anunciai: Jesus ressuscitou! Pelo perdão e misericórdia, ide e anunciai: Jesus ressuscitou!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.94
Missão Quando a morte foi vencida, quando o pecado foi derrotado, quando o medo perdeu sua força, começou a nossa missão: Proclamar a vida! Anunciar a salvação! Alimentar a esperança!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.95
Perdão A morte perdeu. O pecado, derrotado foi. A vida triunfou soberana. Jesus venceu! Perdão, por amor, nos concedeu!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.96
Reencontro Depois da dor e do sofrimento, depois do choro e do desespero, é bom reencontrar, face-a-face, quem tanto nos amou, quem tanto nos ensinou. É bom te ver Jesus!
Esta poesia ĂŠ de autoria de Giovanni Alecrim e ĂŠ parte integrante do livro Caixa de Versos. p.97
Venceu! A morte? Sim, ele a venceu! O pecado? Sim, ele o venceu! O medo? Sim, ele o venceu! Jesus venceu! E hoje, somos perdoados!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.98
31 de outubro Pelos que sempre amaram o Evangelho e o trouxeram até nós. Pelo amor às Escrituras Sagradas, por não calarem da alma a voz. Pela graça infinita que de graça nos abraça. Pelo amor que se derrama que o tempo não apaga. Por cada homem e mulher que, em real devoção, dobraram seus joelhos, não calaram o coração. Graças te damos ó Deus pela fé e compreensão de que és real e sentido, não apenas por emoção. Graças te damos ó Deus pela consciência sempre viva, que não importa a época mantêm nossa fé consciente e ativa.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.99
Eklesia Reformata Reformata Est Eklesia Reformata, Reformata Est. Mudando, mudando, sempre se reformando. 500 anos se passaram então. A luta desses homens não foi em vão. Lutero e Calvino, grandes reformadores, acabaram com a era de ignorância, horrores. Por isso hoje eu te chamo: renova a tua mente, seja Cristão, mas seja consciente. Reformado, Presbiteriano Independente O que mais posso dizer? Tão somente: que Eduardo, Caetano, Ernesto, Alfredo, Bento,Vicente e Otoniel escreveram nossa história e cumpriram com o seu papel de renovar mente, pensamento e ação. IPI 100 anos, mudando a história da nossa nação. Nós temos história, nós temos passado, nós temos presente e futuro, com Cristo ao nosso lado. Povo brasileiro, teologia nacional, mudando o cenário da cultura mundial! Não é pentecostal, carismático ou outra seita diferente: É presbiteriano! Mas é independente!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.100
A Tua Perfeição Tudo criaste, tudo fizeste. Do maior, ao menor: tu mostras a perfeição! O pôr do sol, e o anoitecer. A noite calma, o sono gostoso: em tudo sinto a tua perfeição! Abro os olhos, ao amanhecer ouço a chuva, sinto o vento: em tudo vejo a tua perfeição! Louvado seja o meu Senhor! Deus forte, Deus de amor! Obra da tua mão, tudo é perfeição!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.101
Alguém Especial Um dia encontrei alguém especial, um sentimento novo, simplesmente sem igual. Profundo, sublime, não há igual, onde ele habita não há mal. Filósofos e pensadores tentam encontrar, procuram a razão de algo que não podem explicar. Vales e montanhas vão percorrer, atrás de alguém que possa lhes dizer. Um dia alguém poderá lhes dizer, que o que eles procuram está no viver de uma pessoa que nunca os deixou, que sempre esteve com eles e nunca os desamparou. Este sentimento está em Jesus. Existe amor maior que se entregar em uma cruz? O mundo você pode correr, e não vai encontrar, um amor tão grande, incapaz de se explicar. Amor sim, é o que o moveu, a dois mil anos ele morreu. Porem sobre a morte foi vencedor, mostrando ao mundo inteiro o verdadeiro amor.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.102
Até quando? Uma mulher, um homem, um adultério, uma lei, uma condenação. A mulher é condenada, condenada pelos homens. A mulher adúltera salva por Cristo. Um povo, uma nação, um país: Brasil. Um crime: desigualdade social. Uma lei, sem condenação. Povo oprimido, até quando? Eu, você, povo de Deus, um espelho. Nós, calados, “Eles”, berrando. Justiça? Até quando?
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.103
Chega Uma rua, uma esquina. Em um país qualquer, em uma cidade perdida. Vendem falsa felicidade como se fosse bobagem. Com um sorriso aberto como se isso fosse bom. Mais um ano, mais um dia, eu continuo vagando pela cidade perdida. Matam pessoas como quem pisa em grama. Matam por drogas, matam por grana. Destroem vidas, exterminam futuros, sujam suas vidas marcas de sangue no muro. Chega! Isso não leva nada! Chega! Tanta violência, essa vida tá errada! Chega! Já se cansou de ver o outro sofrer? Chega! Vem, vamos voltar a viver! Vida só em Jesus! Vamos voltar a viver!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.104
Clamor Dentro do metrô eu ouço: – Clame! Clame!
Clamar? Por quem? Pra quem?
No silêncio me vem a resposta: – Por eles: excluídos, marginalizados, escravizados e oprimidos.
Até quando?
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.105
Concreto na flor Concreto, asfalto, carros, pessoas. Todos assustados andam, violência por violência. No meio da turbulência, da efervescência da cidade, rasgando o concreto e o asfalto, a natureza insiste em brotar apenas uma flor. Tudo para me fazer lembrar: não há barreiras para o criador.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.106
Cravando É periferia, aqui mal tem comida e moradia, povo trabalhador, nem todo mundo é ladrão, apagaram mais um, saiu na televisão. É periferia, tem rap, hip hop, samba, pagode e alegria. O povo daqui é simples de coração, sobrevive no inferno, sem educação. É periferia, gravata aqui não se vê todo dia, a cada dois anos tem eleição, aparece cesta básica e ticket refeição. É periferia, o mundo aqui não é só alegria, tem bandido, droga e prostituição, e rico safado, de pistolão! É periferia, a cada dia é maior a agonia, injetam dinheiro no tráfico e então, morre mais uma criança sem educação. É periferia, tem violência e morte todo santo dia. Pra acabar com toda essa situação, só cravando Jesus Cristo no meio do coração.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.107
Cristão?!? Cristo é, e faz a diferença nesse mundo repleto de violência. Ser cristão é ser diferente. Que você ta esperando pra ajudar toda essa gente? Tenho que reconhecer, que do Governo é o dever, de dar casa e comida. Eu poderia lhe dizer: é, é a vida! Mas eu não consigo ficar aqui calado, olhando esse povo todo ao meu lado. Minha mesa tá farta, tenho o que comer, eles só tem migalhas para os satisfazer. Para você é fácil ficar aí sentado, o culto pra você é apenas um espetáculo! Você nem se quer presta atenção, uma pedra é o que se tornou o seu coração. Sou humano e erro, sei disso, mas procuro a cada dia viver mais e mais com Cristo. O amor que te falo não vive de dinheiro, ele está aí para mudar o mundo inteiro. O amor que te falo, é o amor de Jesus, que por mim e por você morreu cravado numa cruz! Ressuscitou, e vivo com o pai está, por isso não posso deixar de amar, aqueles que pela ganância do coração pecador, deixou seu semelhante sem dignidade e amor.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.108
Deus pode fazer Problemas hei de ter, tentações, sim terei. Fraquezas em meu viver. Mas todas as lutas, eu sei, vou vencer! Quando você fraquejar, e desistir de lutar, ele vem e lhe estende a mão, leva-o em seus braços e mostra a solução! Muito mais de tudo que preciso, muito além do que eu possa imaginar: é o que Deus pode por mim fazer!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.109
Habacuque, homem de fé, força e razão Homem de fé, força e razão, vê a injustiça e a maldição. Frutos da ganância e do pecado, que mata o homem por qualquer trocado. Silêncio. Deus está no seu santo templo. Abre os olhos e vê corrupção, violência e morte, mas desanima não. Sua luta segue, mão no arado. Quer ver de Deus hoje, os feitos do passado. Já não há mais fruto; já não há mais flor; já não há mais gado; só morte e terror. Mas eu me alegro no Senhor, a ele entrego meu louvor. Fortaleza firme, bem erguida. Sirvo ao Senhor da justiça e vida.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.110
Habacuque O Senhor está no seu santo templo, cala sua boca e ouça o lamento de quem vive a chorar logo ali na esquina, por fome, miséria, violência e chacina. Ai! Ai! Ai! Já berrou Habacuque! Mude sua mente, não, não caduque. Violência, prostituição, miséria, idolatria, mais uma chacina, é o nosso dia a dia. Por sua fé, o justo viverá. Eu sou um pobre infeliz, o que Deus fará? Não, não vou desistir de viver. Deus olha pro seu povo, olha pra mim e pra você. Se não tiver comida na minha mesa. Se não tiver vida na rua, minha gente indefesa. Mesmo assim eu jamais temerei a rua. Deus não me abandonará, nossa luta é sua. Habacuque já disse há muito tempo atrás: relembra pro teu povo Deus, tudo o que o Senhor fez (e faz). Sopra no homem o fôlego da vida: paz, igualdade, esperança e justiça.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.111
João 7.38 Da água venha beber. Da água venha viver. Água que é fonte de vida e alegria. Água que provem do Deus de amor e vida. Água que purifica, traz alívio e renovo. Água que transborda, vida nova ao seu povo. Água que é vida, em terra árida a fecundar. Água abundante, amor e paz faz brotar.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.112
LSD
Louvado Seja Deus
Louvado Seja Deus! Pois, é um Deus de amor, é misericordioso, nos livra do mal, ele é poderoso.
Louvado Seja Deus! Vem, vem cantar ao Deus de amor, poderoso e protetor. Amou a mim e a você também, ama a todos, não se esqueceu de ninguém. Céu, mar, terra e tudo mais, louvam ao Deus de amor, bondade e paz. Todo o ser que vive hoje se levantará. Levante você também e vem louvar!
Louvado Seja Deus!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.113
Mão na massa Mexe a massa Maria! Farinha, trigo: pão. Não deixe de lado o fermento, mistura tudo com a mão. Mão na massa Maria! Faz da cozinha missão. Fermento: palavra de Cristo. Massa, povo e ação!
Esta poesia ĂŠ de autoria de Giovanni Alecrim e ĂŠ parte integrante do livro Caixa de Versos. p.114
Mt. 26.69-75 Te apontam, tu me negas. Te perguntam, tu me negas. Te acusam, tu me negas O galo canta. Tu choras. Amargo choro. Arrependido choro. Volta Pedro!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.115
Muito Mais Muito mais do que preciso, é o que Deus pode fazer. Muito além do que presença, Deus invade o meu ser. Abençoa, dá a paz e me guia, Ao meu lado caminha, me ensina em amor. Corrige, exorta e me abraça, me enche de sua graça, te louvo meu Senhor! Além do meu pensar, muito mais do que o meu querer. Infinitamente mais, é o que Deus pode fazer!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.116
Pai! Filho! Pai! Não quero mais viver, hoje já não faz mais sentido. O sorriso é amarelo e vazio, o coração cansado de sofrer.
Pai! Não quero mais ver, a minha vida se perdendo, os meus queridos por mim sofrendo; a minha alma não deseja mais viver.
Pai! Não quero mais viver! Só vejo a morte como solução para a dor e a angustia do meu coração. A minha vida eu não quero mais viver.
Filho! Não quero lhe ver sofrer! Quero dar sentido a sua vida, dar amor e muita alegria para o seu coração parar de sofrer.
Filho! Não quero mais ver! Sua vida cada dia mais perdida, sofrendo sua gente querida; sua alma sorrindo quero ver.
Filho! Quero lhe dar vida! Meu bem mais precioso lhe entrego. Aceite-o e viva-o, é o que lhe peço. Somente ele pode dar vida a sua vida.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.117
Qual a diferença? Qual a diferença entre você e eu, do que é belo ou feio, da alegria ou tristeza, da dúvida ou certeza, do pecado ou adoração? O que você escolhe, quando o bicho pega, a vida aperta, os amigos pressionam, os pais exigem? Faça hoje sua escolha, sem demora. Hoje é o dia. Agora é a hora! Josué, sem vacilar, fez a sua opção e ao povo intimou: Vai servir a quem? A quem vai seguir? eu e a minha família serviremos a Deus, o SENHOR Josué 24.15c
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.118
Raiz de sofredor Deus, olha para teu servo, perdido na luta, rua sem saída de uma vida perdida. Por mais que me digam palavras de esperança, vazias elas soam, sem tua voz. Ando sem rumo... Mas Deus, ajuda teu servo, sou brasileiro, não tenho raiz. Sou negro africano, sou índio, europeu, sou sul-americano, tenho raiz de sofredor precisando do seu amor. Deus, olha tua serva, perdida sem quem lhe ampare na luta. Por mais que me mostrem frases bonitas de viver, elas são apenas letras vazias que embalam meu sofrer. Ando sem rumo... Mas Deus, ajuda tua serva, sou brasileira, não tenho raiz. Sou negra africana, sou índia, europeia, sou sul-americana, tenho raiz de sofredora precisando do seu amor.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.119
Rotina Vai homem brasileiro, levantar mais cedo, correr pro ônibus, preparar cimento, comer marmita fria.
Vai mulher brasileira, preparar o café (é só, e se tiver). Lavar, passar, cozinhar, corre para patroa não xingar. Se apronta, teu homem vai chegar.
Vai criança brasileira, sonhar com futebol, modelo, artista, cantor, Seu futuro não tem amanhã. Só hoje, pés descalços no asfalto.
Vai, entrega a Deus tua rotina. Tua mulher, teu homem, tua família.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.120
Só há um caminho Se uma vida sem sentido você leva, a cada dia mais e mais se desespera. Se um novo caminho você quer buscar, um novo rumo à sua vida dar. Só há um caminho a seguir, confia nele e podes ir. Ele é Jesus o Salvador, me livra do pecado e me da amor. Me livra do pecado e me da amor, ele é Jesus meu Salvador Se procuras uma razão de viver, só existe um caminho, você vai ver! A sua vida ele quer mudar, para um caminho novo lhe levar!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.121
Somente a verdade Andando pelas ruas de minha cidade, vejo a miséria, vejo a realidade. As pessoas apressadas parecem não se importar, com as crianças na rua o seu pão a mendigar. Pela janela do carro vejo um triste retrato: um velho convivendo com um bando de ratos. Vejo durante a noite mulheres a se vender. Oferecem um amor falso para nos satisfazer. Sigo pelas avenidas e vejo a esperança, estampada no sorriso de uma criança. No fim do túnel só vejo uma luz: o amor verdadeiro que vem de Jesus. Para esta nação crescer com igualdade, precisamos buscar somente a verdade. Verdade que se encontra em Jesus, o Salvador. A fonte do único e verdadeiro amor.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.122
Tempo em conta Deus ultrapassa o tempo, pois o tempo está nele. Poderia dizer que o tempo de fato, é ele. Não perca seu tempo naquilo que não lhe satisfaz, pois para Deus, o tempo é precioso por demais. A vida produz dor e sofrimento. Na sua vida talvez, você não encontre solução para esse tormento. Hoje, talvez seja a oportunidade que Deus lhe oferece para que você, não importa a idade, faça com que essa dor cesse. continua
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.123
cont. Tempo em conta
Hoje o poema lhe chama. Ele quer armar uma tenda entre nós, quer nos colocar sentados ao redor da fogueira. Quer nos contar uma história. Quer que eu e você, atentos, escutemos cada ato, vejamos cada detalhe. Não só com os olhos, mas com o coração. Quer que contemplemos as cores do arco íris. Pois o arco íris, geralmente, vem depois da tempestade. Hoje é o seu tempo, viva-o. Hoje é o seu tempo, aproveite-o. Hoje é o seu tempo, escute. Hoje é o seu tempo, não o perca. Chega, falei demais. Agora é tempo, de refletirmos sobre o que vivemos e depois, mudarmos nossas vidas ou então, continuar perdendo o nosso tempo.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.124
Terra e fé Firmamento. Terra boa para vida. Cresça a planta, seres viventes, multiplique-se o homem. Sujeite a terra com amor que te amei. Cultive a terra com o zelo que te criei Fé, homem. Esperança na restauração. Fé, mulher. Terra, verás tua redenção no amor daquele que nos fez: no Senhor.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.125
Vai José! Vai José! Todo engarrafado, pro trabalho, apressado, carregar teu fardo, noite e dia ocupado. Vai José! Todo ensacolado fazer compra no mercado. Confere tudo, conta os trocados. Vive todo endividado. Para José! Interrompe essa rotina, que você já ta cansado. Sua vida sem saída, vive todo enrolado! Para José! Vamos cortar essa rima, já estamos entediados. Olha pra Jesus, José! Muda de vida, José! Muda José!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.126
Ditadura dos Evangélicos Se a burguesia oprime a sua vida, só Jesus Cristo lhe dá a saída. Se a Lagoinha domina a sua mente, você não precisa disso para ser bom crente. Se a Renascer domina o seu cantar, você não precisa deles para a Deus louvar.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.127
Melô do não crente Deus, não quero morrer crente, quero morrer gente. Não quero ir pro céu! Se eu aparecer diferente, sorriso nos dentes já fui pro beleléu. Deus, olha aqui pro meu lado: eu já tô cansado, atrasei o aluguel. Deus, vê se manda socorro, que de crente eu corro, fugindo ao léu. Deus, tô levando a sério este meu ministério de fugir da crentada. Deus, vou fazer teologia, deitado na pia, ou lendo na privada. Deus, sem vinho não vivo. Serve cerveja, mas tem que ser bem gelada. Vê se me da algum crédito. Pro crente, seminarista não serve. Cadê a mulherada? Hoje eu estudo e prego, amanhã tô no prego, sem mulher e com crentada!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.128
Mulher em poesia Quantos poemas são necessários para se expressar, sem rodeios, as sensações e inspirações que uma mulher provoca em mim? Quantos versos são necessários para dar a medida certa da beleza e singularidade que uma mulher é para mim? Qual a medida exata da métrica que acerte em mim o tempo e o ritmo das sensações que, em mim, são provocadas por uma mulher? Não me canso de escrever, muito menos, de elogiar uma mulher em quem confio e em que vejo escrito uma poesia, bela e indecifrável. Você é um poema indecifrável.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.129
Mulher Obra prima da criação. Feita para o homem, mas na verdade, ele é que é teu! Fascínio de infância, tu que fizestes sonhar a tantos garotos, hoje despertas os homens! Maternal cuidado com cada um de nós, sempre a nos ensinar o que é viver! O sexo frágil não te serve de rótulo. Como pode ser frágil a mais segura das pessoas? Reservaram-te um dia (internacional!) só para lembrar-nos que teus são todos os nossos dias! Por tudo isso, só posso dizer que sou teu fã incondicional, mulher!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.130
Mãe. Mãe. A mais terna lembrança, guardo dos braços de minha mãe. Sempre durona, sempre a me acolher. Ensinou-me vida, amor, fé, esperança, compreensão e a perdoar, mesmo com mil motivos para não perdoar.
Mãe. Fã que sou do sexo oposto, não posso deixar de ver que nada mais belo há que uma mulher gerando uma nova vida. Ela foi eleita para recriar a vida. Um filho, uma esperança, um amor.
Mãe. A beleza feminina que se mostra ao mundo ao educar, proteger e zelar pelos seus filhos. A alma que se doa pela vida do filho. Sofre por ele, sonha por ele, vive por ele.
Mãe, a Deus minha gratidão por ser filho, seu filho.
Mães, a Deus a minha gratidão por vocês, sempre a amar seus filhos!
Esta poesia ĂŠ de autoria de Giovanni Alecrim e ĂŠ parte integrante do livro Caixa de Versos. p.131
Gosto de canto Gosto de canto: de sala, de quarto, de cozinha. Gosto de canto: de becos, de vielas, de ruas. Gosto de canto: de voz doce, de voz rouca, de voz mulher. Gosto de canto.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.132
Trovadoreu Por ti sou tal qual fenhedor: O fôlego me consome, suspiro diante do esplendor, ante a ti, tudo some!
Um dia hei, tal qual precador, com ousadia declarar-me! arranco do peito a dor, antes que a paixão inflame!
Neste dia, então, serei entendedor: namorado, e como de costume, me entregarei com mui ardor, inebriado por teu perfume.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.133
a.m. Hoje o dia não amanheceu. O sol não brilhou. Os carros não buzinaram. Os pombos não voaram. Hoje o dia não passou. As pessoas não andaram. Os ônibus pararam. O metrô não funcionou. Hoje o sol não se pôs. A lua não apareceu. As estrelas não brilharam. O céu não escureceu. Hoje não vi você. E por mais que tentasse encontrar brilho no que me cerca, não tive seus olhos para me olhar. Hoje não foi dia, porque a palavra dia só teria sentido se tivesse vivido o dia com você.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.134
Como Explicar? Cabelos, olhos, nariz, boca, pescoço. Seios, barriga, umbigo, cintura. Coxas, pernas, tornozelo, pés. Forma que não seria nada se não fosse a sua alma, seu jeito, seu modo de falar, olhar e sorrir. Sua vontade de viver, sua ambição de nada ter.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.135
Duotone Duas cores há que nunca d’antes, com tanto zelo e paixão, ganharam minha admiração.
A primeira, símbolo feminino, leva-me ao céu por contemplar tão suave cor, em tão suave andar.
A segunda faz de mim prisioneiro, cor de tronco, é firme também ao se movimentar. Prende-me os olhos e os sentidos, em seu caminhar.
No rosa contemplo, feliz e atento, pequenos detalhes, suaves curvas, que se desenham tecido a dentro.
No marrom me prendo, sem desviar o olhar para outro lugar, se não as curvas que, num leve e lindo tecido, envolve-me em seu caminhar.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.136
Esperança A esperança é permanente, não abro mão dela! Faz-me prisioneiro no olhar e um menino ao contemplar. A esperança brilha. Brilho intenso e poderoso, que se intensifica ainda mais, com seu sorriso no rosto. A esperança me motiva. Faz perder a razão. Faz querer tudo mudar. Faz mudar a emoção. A esperança me domina. Fez de mim um fã inconteste de tão bela cor e charme, que inspiram palavras e gestos.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.137
Quando ela sorri Quando ela sorri, tudo fica belo. Como se fosse possível, em tanta beleza, mais formosura ainda acrescentar.
Quando ela sorri, tudo me fascina. Sua linda boca suavemente a se mexer, seus lindos olhos, que começam a brilhar.
Quando ela sorri, tudo se transforma. A chateação vai embora, entra sua alegria. A mesmice se vai, chega sua harmonia.
Quando ela sorri, tudo se ausenta. Nada é capaz de competir com a beleza de seu sorriso. Nada é capaz de tirá-la do centro do (meu) mundo.
Sorrir faz bem para saúde e para alma. Isso talvez explique por quê, quando ela sorri, nada em mim se acalma.
Quando ela sorri, sem saber, ela me faz dela.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.138
Quem é? Quem é você? Que invade meu mundo, rouba meus sonhos que antes por outra sonhava? Quem é você? Que me invade os olhos, me estremece o corpo e me quebra o coração? Quem é você? Que me faz querer sem saber se poderei? Por fim, só me resta sofrer. Quem é você? Que faz o sol brilhar, a lua chorar e a vida florescer? Quem é? Me diz, o sol brilha sobre você, meu coração anseia por lhe ver, e sozinho à noite fico sonhando: quem é você?
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.139
Sentir você Olhos, boca, nariz. Rosto. Braços, tronco, pernas. Corpo. Olhar, beijar, sentir. Você. Abraçar, sentar, deitar. Ter.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.140
Pedaço O moço, olhar carente, pede: – Moça, me dá um pedaço? Ela, sem entender, questiona: – Do quê? Ele, corado, apaixonado, sentencia: – Do seu coração.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.141
Sou dela! Como é bom ser dela! Como é bom ouvir sua voz inesperadamente! Como é bom ler uma mensagem que não esperava! Como bom escrever para ela e ter certeza que a fiz feliz! Como é bom ser dela! Como é bom vê-la sorrindo para mim! Como é bom ouvi-la me chamar! Como é bom participar da vida dela por alguns instantes! Como é bom ser dela!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.142
Teu nome Ontem a lua me gritou teu nome. Com os ouvidos, nada ouvi, mas minha pele se arrepiou, meu corpo se aqueceu, minha voz se acabou, minha mente se perdeu e em você se encontrou. Ontem a lua me gritou teu nome. Com os ouvidos, nada ouvi, mas minha boca te beijou, meu abraço te envolveu, meu olhar te admirou, meu corpo estremeceu e em você se consumou. Ontem a lua me gritou teu nome. Com os ouvidos, nada ouvi, mas minh’alma despertou.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.143
Voar Ela me desperta. Ela me inspira. Ela me atrai. Contemplo. Admiro. Desejo. Ela me seduz, não tem como fugir, ainda que ela não saiba. Igual charme não há: bela e inspiradora, atraente e sensual. Faz-me dela, sem esforços. Seu caminhar, falar e olhar, me prendem e me tiram do chão, me levam até o profundo coração, seu jeito me faz, mais e mais, voar.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.144
Houve um tempo... Houve um tempo em que eu queria, e não tinha você. Houve um tempo em que tive, e queria você. Houve um tempo em que tive, e não sabia se queria. E hoje, eu quero você?
Esta poesia ĂŠ de autoria de Giovanni Alecrim e ĂŠ parte integrante do livro Caixa de Versos. p.145
Ia Tudo deixar? Deixaria! Tudo mudar? Mudaria! Tudo suportar? Suportaria! Por ela, me revoltaria. Largaria tudo e ia. Com ela, eu ia.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.146
O silêncio responde… Pode alguém amar uma pessoa e perder-se de paixão por outra? … Pode alguém desejar tanto alguém, que seria capaz de renunciar do que é certo para lutar pelo incerto? … O silêncio responde…
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.147
Alheio aos fatos do coração Como não te notar quando invades o ambiente? Rompes todo o silêncio, invades os meus olhos com toda tua presença. Teus lábios, teus cabelos, teu corpo, tudo em ti é lindo.
Te ver, te desejar, te querer e não poder tocar, sentir. Enlouqueces meu coração, desorientas meus sentidos.
Quem me dera poder consumar este sentimento. Possuir-te em meus braços e te entregar meu amor. Fazer feliz meu coração, realizado os meus sentidos. Consumar os teus sonhos, saciar os teus desejos.
Nunca! Sei que nunca vou poder! Tenho que ficar alheio aos fatos do coração. Silenciado pela dor que corre em minhas veias, despedaçando o meu coração!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.148
Como quero Quando ela chega tudo para. Meu olhar já não é mais meu, é dela! Meu respirar, que acelera, é dela! Meu desejar (como a quero) é dela! Quando se vai, tudo volta. A realidade, sem ela, me atormenta. Eu a quero! E como quero!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.149
Discreta Foi de maneira interessante que percebi a leveza e a suavidade dos movimentos. O andar e a elegância. Perceber que mexe e remexe, revira em mim. Desejo: preciso aprender a controlá-lo...
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.150
Era você Hoje queria seus beijos. Queria chegar em casa e encontrar você. Como você é bela, formosa, linda. Que ternura! Eu quero mudar minha vida por você! Me chama de seu, porque já sou! Me chama de seu, me leva com você! Lhe darei o que você merece: um homem presente e apaixonado
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.151
Mais Mexeu comigo de maneira diferente, arrancou-me admiração e contemplação. Revelou-me beleza e suavidade, lançou sobre mim charme e simplicidade. Ainda não absorvi o impacto. Ah, mais quisera eu ter e conhecer...
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.152
O que fazer? Há em você algo que me atrai, me prende a atenção, me faz tremer. O que será? Há em você um ar de carente. Um olhar que se perde. Um falar que se vai. O que fazer?
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.153
Só ela Quando acordo, é nela que penso. Quando beijo, é ela que beijo. Quando amo, é ela que amo. Quando desejo, é ela que desejo. Quando quero, é ela que quero.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.154
Talvez Pequena e densa, furacão. Forte e louca, tempestade de verão. Talvez... Novo toque, novo olhar, novo momento e prazer. Talvez... Ouço uma voz em mim que diz: não! Ouço meu corpo que diz: sim! Eu fico entre o sim e o não, sem saber o que é certo, se é que há o certo... Talvez... Quero, como eu quero! Medo, nunca pensei em te sentir tão perto neste momento. Talvez... Talvez...
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.155
Corda e Forca Brincaram com meus sentimentos: deram corda e depois me enforcaram. Ela disse que não. Eu disse que não. Ela disse que sim. Eu disse que sim. Eu disse que não. Ela disse que sim. Eu disse que sim. Ela disse que não.
O que fazer? Meu coração foi cego. Não dizem que é assim: cego o coração! Não queria sofrer. Aliás, não quero. Também não quero me sujeitar a migalhas de carinho. Migalhas de carinho: sofrimento em doses homeopáticas. Também não quero brincar com os sentimentos de ninguém.
Agora eu fico aqui, sofrendo. Ela lá. Será que ela sabe o que fez? Não quero discutir mais esse assunto. Vou viver. Be Happy! Ser feliz! Músicas passam pela minha mente, todas dizem, basicamente, a mesma coisa: sofrer de amor é viver! Soframos e vivamos!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.156
O que dizer? O que dizer. O que dizer do que passou, do que vimos, do que sentimos. O que dizer se o momento vivido se esvaiu, como gota sobre a folha. Quero te dizer que foi bom, que é bom fechar os olhos e te sentir de novo. Sentir teu cheiro, tua pele tocando a minha, tua voz entrando pelos meus ouvidos. Ainda vou te dizer que quero sentir tudo de novo, cada vez mais intenso. E a cada momento descobrir que você é mulher e menina, em todos os sentidos.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.157
Payssandu Eu chego e você não está. É tudo tão vazio sem você. Acabo tendo que fazer sala para ela: a espera. De repente a espera vê seu fim. Surge do meio da multidão a luz do olhos meus. Você. Seu andar imponente, seu olhar me procurando e eu só lhe contemplando. Como pode? Uma mulher com jeito de menina, invadindo a morada dos meus sentimentos? Vejo. Toco. Beijo. Conversamos. Falamos sobre você, sobre mim, sobre família, sobre igreja, sobre trabalho, sobre nós.
continua
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.158
cont. Payssandu
Mas o relógio corre. Tem aula. Então chega o grande malvado, de metal, coração de aço: o ônibus. Ele sempre a leva. Se cuida - me diz você com sorriso nos lábios. Você também - respondo. Sobe no ônibus e tchau. Eu também me vou. Caminho. Carrego na memória seu sorriso para alimentar a saudade que tenho de você. Só para tornar mais lindo o reencontro, o beijo, o toque e o olhar. Tô com saudades...me liga.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.159
Payssandu ao largo Neste Largo onde a cidade ferve, as pessoas passam ao largo e você de longe vem me ver. Só quero olhar e sentir. A Ipiranga é testemunha. A São João já nos viu. A Rio Branco não se esquece. Ah! Se este largo falasse... Cada calçada do Payssandu, cada esquina do centro ao seu redor, já presenciaram nossos passos, são testemunhas de nossos beijos, abraços. Quem dera as horas não corressem... Quem dera os ônibus não partissem... Quem dera não tivesse aula... Quem dera não tivesse que ir embora... Ah se este Largo falasse... Contaria nossa história que não se lê nos livros. Que só se lê em nossos corações.
Esta poesia ĂŠ de autoria de Giovanni Alecrim e ĂŠ parte integrante do livro Caixa de Versos. p.160
Cores quentes Cores quentes, combinadas com a mais fria cor, complementam os contornos, valorizam as formas e a fazem resplandecer. Cores quentes, combinadas com a mais fria cor, adornam seu olhar, completam seu sorriso e aquecem meu dia.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.161
Ela é Ela é líder. Caminha ao lado, direciona, instrui. Ela é menina. Brincalhona, sorridente, arteira. Ela é mãe. Cuidadosa, zelosa, atenciosa. Ela é mulher. Linda, sensual, feminina. Ela é atraente. Seu sorriso, seu andar, seu falar. Ela é musa. Sensibilidade, inspiração, poesia. Ela é você. E você é mais, muito mais, que este simples e mal escrito poema.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.162
Sorriso Ao amanhecer de uma sexta-feira procurei, de alguma maneira, fazer alguém especial feliz. Foi nos traços tortos de um recado, junto a um simples chocolate embrulhado, que uma singela mensagem escrevi. Deixei-os sobre sua mesa, discreto. Aguardei-a chegar, fiquei quieto, Dali do meu lugar eu a vi. Abriu-me um sorriso, do qual sou fã. Respirei aliviado, a mensagem não foi vã. Ela sorriu! Consegui: ela ficou feliz. Ao fim do dia, resolvi perguntar. Ela, sem demora, voltou a confirmar: Surpresas assim me fazem sorrir. Ao fim do dia, fiquei duplamente feliz: Pois o chocolate e a mensagem que fiz Fizeram uma linda mulher sorrir. Ah...e que sorriso!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.163
É o que sinto. Beleza. Ternura. Meiguice. Amizade. Confiança. Segurança. Menina. Mulher. Feminina. Atração. Inspiração. Sensualidade. Quando anda, fala, sorri, quando tem dúvidas e tem ideias, quando chega... Verde e preto. Azul e jeans. Branco e marrom. Muitos tons que complementam as sensações. Todos os sentidos despertam. É pouco, eu sei, mas as palavras fogem. Sento, escrevo, e elas sempre fogem. Quando penso, vejo e lembro é o que sinto: um turbilhão de sensações e inspirações que não consigo domar, apenas tento alinhar algumas poucas palavras para me arriscar, e assim, expressar você.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.164
Menina, que menina! Num primeiro momento pode parecer difícil. Mas não, é só o jeito. Parece brava, mas não é. Parece nervosa, no fundo não é. Beleza. Charme. Doçura. Amizade. Motivação. Inspiração. Um furacão de nervos? Não, não, um turbilhão de emoções! Sensações que se misturam a ponto de me fazer perder palavras e versos. Linda e de fino humor. Feminina e de conversas agradáveis. Atraente, esperta e inteligente. Menina que é mulher. Mulher que fascina.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.165
Para a Ju Hoje bateu saudade Das conversas retóricas, sentimentais, culturais, políticas, juvenis, sonhadoras. Dos sabores bolo, refrigerante, lanche. Dos sons: Legião (temos nosso próprio tempo), do piano, das falas, das risadas. Da presença maior concentração de beleza por metro quadrado (quanta humildade a nossa!), um ser Stutz que só a gente é que sabe. Do local, da sala, do andar de cima na Agostinho, da Agostinho Gomes (de tarde, no pezão da minha vó até lá). Enfim, com o perdão do palavrão, deu uma puta saudade de você!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.166
Receita de amiga Para se ter uma amiga, é simples: Você Thoma beleza, simplicidade e alegria. Bom humor e presença. Um belo sorriso e um belo olhar. Fique alheia por um tempo. Ba tchê tudo de forma alegre, com carinho, fé e esperança. Se ficar vermelha... é porque deu certo! Pronto! Tem-se uma amiga, mas não se iluda: de tudo que disse, ela é muito mais. Uma simples receita não a define. Simples palavras não bastam. Ela é pura amizade e sinceridade. De verdade? Ela é minha amiga!
Esta poesia ĂŠ de autoria de Giovanni Alecrim e ĂŠ parte integrante do livro Caixa de Versos. p.167
Poema para uma amiga nadadora Nada.
Chegou!
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.168
Pós 2001 Se alguma mágoa te causei, me desculpe, não lembro. Por que me pego pensando se você está sofrendo? Por que Postal me deixa triste?
Cada momento que vivi com você, tenho guardado. Cada lágrima e sorriso seu, tenho registrado dentro do meu coração, dentro da minha alma. Por que Postal me deixa triste?
Mensagens e canções que tivemos. Olhares e toques que vivemos. Cada segundo vivido. Por que Postal me deixa triste?
Me perdoe, me xingue, mas não me despreze. Postal me entristece, pois me traz a lembrança de um tempo, que foi seu tempo, e que não volta, mas que é eterno.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.169
Tá, eu faço! Pediram-me um poema como quem pede uma pizza. Poema não é pizza, é sentimento, é razão, é coração. Existe, talvez, uma forma de se fazer poesias e poemas por encomenda, mas eu não sei. Enfim, assim segue-se aqui, em mal traçadas linhas, o poema que te fiz.
Existe alguém que rompe com o silêncio. Mexe com os meus olhos. Faz meus sentidos despertarem. Existe alguém que rompe com o pensamento. Que me prende a atenção. Que rompe a razão. Existe alguém, uma beleza. Que tem um sorriso, lindo. Que tem um olhar, que prende. Existe alguém, tão somente existe. Não há mais nada, ela existe. A mim, basta saber que existe. De resto, eu continuo a viver.
Esta poesia é de autoria de Giovanni Alecrim e é parte integrante do livro Caixa de Versos. p.170
Contemplo Lindamente se revelam, sob uma cortina negra, mostrando-me sua beleza. Por vezes se escondem, outras, se mostram timidamente, outras, aparecem esplendidos. Adoro contemplá-los, olhando timidamente, mexendo-se suave e calmamente. Já os toquei, bem discreto. Fizeram-me ir aos céus, fazem-me sonhar. Ah, aqueles ombros!
Caixa de Versos e a poesia continua com vocĂŞ...
Caixa de Versos Não tenho muitas lembranças de minha infância. Recordo-me de uma viagem para Três Pontas, MG. Eu devia ter uns cinco pra seis anos. Era noite. O céu estava estrelado. Eu perguntei para minha mãe porque havia tantas estrelas no céu. Ela me respondeu algo que nunca me esqueci: cada estrela é alguém de quem temos saudades. Acho que foi nesse dia que passei a gostar de poesia...
... Sei lá, só sei que escrevo. Meu coração reclama, mexe, sente, respira e pede. Eu escrevo. ...
cafecomalecrim.com.br
Giovanni Alecrim nasceu em Belo Horizonte, MG, viveu um tempo em Vandoevre-les-Nancy, na França, viveu um tempo em Manaus, AM, e, atualmente, vive em São Paulo, SP. É formado em Teologia pelo Seminário Teológico de São Paulo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil. É pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 2006. Escreve sermões, meditações, crônicas, músicas e poemas, além de manter no ar, desde 2002, o blog Café com Alecrim, e seu site pessoal, o www.cafecomalecrim.com.br, onde escreve tudo isso e de tudo um pouco.