(...) O ciclo da água também é feedback. A água evapora, sobe aos céus, precipita-se e, gota a gota de novo volta à terra, aos rios e mares, ao bebedouro do cão negligenciado.
Sendo assim, gostamos de encarar este corpo aquático Girazine como parte do ciclo que nos precipita para o grande oceano da cultura. E antes de mais, cultura daquela do Homo das cavernas, que desejoso de se exprimir, publica nas pedras do refúgio a procriação do eu e o verso e anverso da realidade vivida e experimentada, digerida, a tinturas de raízes e sangue de caçadas. Azar, que a coisa dos direitos de autor não seja umas centenas de anos mais prolongada, já vi algumas pinturas rupestres que ia jurar serem de algum antepassado directo meu. Gota a gota, cada item deste número constitui uma partícula importante deste todo cultural a que temos a honra e necessidade interna de pertencer e co-depender.