No prestigiado 33º Torneio Leiteiro Nacional de Girolando, realizado durante a Megaleite, uma estrela se destacou: Fanny, da Agropecuária Lagoa Alta, quebrou todos os recordes de produção de leite. Essa excepcional vaca da raça Girolando alcançou um feito notável logo no início do evento ao atingir a impressionante marca de 306,960 kg de leite, com uma média extraordinária de 102,320 kg por lactação.
O desempenho de Fanny não apenas consagra a Agropecuária Lagoa Alta como um dos principais criatórios de Girolando do país, mas também reforça o potencial genético e o cuidado dedicado à seleção e manejo dos animais. Esse resultado não poderia ser alcançado sem o comprometimento e a expertise da equipe responsável, que, ano após ano, eleva o padrão de excelência na pecuária leiteira brasileira. Fanny, agora reconhecida como a nova recordista nacional em produção de leite, é mais do que um animal de destaque; ela representa o resultado do investimento em tecnologia, nutrição balanceada e bem-estar animal.
Seu desempenho excepcional não só inspira criadores, mas também evidencia o potencial da raça Girolando e o papel crucial da genética na busca por animais cada vez mais produtivos e saudáveis. Este feito histórico marca não apenas a vitória de Fanny, mas também a celebração de todo um setor que, através de eventos como o Torneio Leiteiro Nacional, continua a promover o avanço e a inovação na pecuária brasileira.
A genética excepcional de Fanny é resultado da combinação das influências paternas e maternas de linhagens consagradas. Por parte paterna, ela descende de MORNINGVIEW MCC KINGBOY-ET, enquanto sua linha materna é marcada pela influência de GATURAMA GABINETE FIV JM MONTE ALVERNE. Essa combinação genética de elite é um dos pilares do seu desempenho extraordinário, refletindo a importância da seleção criteriosa e da excelência no manejo reprodutivo.
MENSAGEM DA DIRETORIA
PRESIDENTE Domício José Gregório Arruda Silva
Luiz Fernando Reis
VICE-PRESIDENTE
Marcos Amaral Teixeira
1. DIRETOR-ADMINISTRATIVO
Rubens Balieiro de Souza
2. DIRETOR-ADMINISTRATIVO
José Antônio da Silva Clemente
1. DIRETOR-FINANCEIRO
Luiz Cláudio Bastos de Moura
2. DIRETOR-FINANCEIRO
Alexandre Lopes Lacerda
DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS
José Renato Chiari
DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO
Tatiane Almeida Drummond Tetzner
DIRETORA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Marcelo Renck Real
DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS
A nossa missão principal, enquanto entidade delegada do Ministério da Agricultura, é garantir o melhoramento genético e a promoção da raça por todo o País, trabalho que vem sendo realizado há 45 anos com resultados efetivos. Prova disso são os dados apresentados na Megaleite 2024, durante o lançamento dos Sumários de Touros e Fêmeas. Agora o produtor pode selecionar o touro com base em 33 características, sendo oito produtivas, três reprodutivas, duas adaptativas, 20 lineares e ainda mais 11 compostos. Em 2020, o produtor só tinha três características disponíveis para isso. Inovamos em 2024 para permitir aos criadores avaliar seus animais para diversas características ao mesmo tempo. Isso já é possível graças ao lançamento do Índice de Performance Girolando, que é composto por informações de produção, saúde, fertilidade e conformação dos animais avaliados pelo PMGG. Em parceria com a Embrapa Gado de Leite, entregamos mais uma ferramenta de seleção, para ser utilizada conforme os objetivos de cada criador.
Quanto mais índices e características da raça forem disponibilizados, mais segurança e liberdade o produtor terá para conduzir seu criatório. Isso certamente refletirá em rentabilidade e sustentabilidade do negócio.
E a Megaleite comprovou esse avanço da raça não só nos dados das avaliações genéticas/genômicas. Vimos isso de forma muito clara na pista de julgamento, com um nível altíssimo dos animais, e no torneio leiteiro, que terminou com o registro de um recorde de produção de uma vaca 5/8. Para quem sempre trabalhou pela evolução do Girolando, que tem na composição 5/8 sua fixação como raça, não surpreende a produção total de 306,960kg/leite, média de 102,320kg/leite, da vaca Grande Campeã Fanny FIV Kingboy 131 FGS Sapucaia.
No dia a dia das propriedades que trabalham com animais 5/8, a aferição pelo Controle Leiteiro Oficial tem mostrado médias extremamente interessantes, com várias delas superando a média diária de 30kg. Tudo isso aliado a uma longevidade e persistência de lactação maiores.
E a pista da Megaleite mostrou bem como a raça evoluiu nas características ligadas à produção, mas conservando o padrão racial. Animais de boa conformação, força leiteira, excelente sistema mamário e bons aprumos, aproximando-se bem do tipo ideal traçado para o Girolando. Foram quatro dias de disputas intensas na pista da Megaleite. Os jurados não tiveram vida fácil, mas deixaram claro em seus pronunciamentos, a cada campeonato, que nosso Girolando está evoluindo a passos largos.
Para quem acompanha essa jornada há muito tempo sabe o quanto essa conquista é importante, pois coloca a nossa raça em destaque não só no Brasil, mas no mundo. Comitivas de diversos países, incluindo da Índia, que é o berço das raças zebuínas, ficaram impressionadas na Megaleite com a qualidade do Girolando brasileiro. Nossa raça irá cada dia mais longe porque consegue melhorar a vida de quem está no campo produzindo leite.
O que esperar deste segundo semestre de 2024 para a pecuária leiteira? Nesta edição da revista Girolando conversamos com o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Glauco Rodrigues Carvalho, para saber quais caminhos levam à rentabilidade no mercado do leite. Ele fala sobre as possibilidades do Brasil se tornar grande exportador, concentração da produção e onde o setor deve colocar seus esforços para se tornar competitivo.
Já a Megaleite 2024 é nosso destaque de capa. Você vai ficar por dentro de tudo o que aconteceu no evento: as grandes disputas na pista de julgamento e no torneio leiteiro, os recordes, além da busca internacional pela genética Girolando. E falando sobre exposições, trazemos os melhores dos Rankings da Associação e uma reportagem especial com alguns dos vencedores.
Outro tema desta edição é o uso da genômica na seleção da raça. Saiba como a tecnologia fornece informações relevantes para os produtores de leite que buscam melhorar continuamente a produtividade e rentabilidade do rebanho. Os resultados mostraram que as predições genômicas foram mais eficientes que a avaliação genética tradicional para predizer a produção de leite, idade ao primeiro par-
to e intervalo de partos. E ainda trazemos as inovações na seleção de touros Girolando que acabaram de ser lançadas no Sumário de Touros 2024.
Na parte de nutrição, você acompanha como a utilização de estratégias nutricionais, tais como minerais e vitaminas, ajudam a mitigar os efeitos negativos dos radicais livres na saúde e reprodução dos bovinos e tem se mostrado eficiente, proporcionando benefícios aos animais. E saiba a importância de ter uma boa pastagem para produzir bezerras de qualidade. Fornecer uma alimentação balanceada e de qualidade para essa categoria animal é um grande desafio, principalmente quando elas mudam a base alimentar, onde a fonte principal que era o leite das vacas passa a ser exclusivamente os pastos.
Na área internacional, trazemos o projeto de promoção da raça Girolando na Nigéria. A genética brasileira está sendo utilizada em cruzamentos com o intuito de elevar a produção de leite do país africano. Outro tema de destaque é o certificado de biosseguridade que acaba de ser lançado e foi validado em duas fazendas, sendo uma delas de Girolando.
Confira essas e outras novidades, nas páginas seguintes da revista Girolando. Boa leitura!
EXPEDIENTE
Revista Girolando: Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira lamoc1@gmail.com • Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888 - Míriam Borges (34) 9 9972-0808 miriamabcz@mundorural.org • Design gráfico: Yuri Silveira (34) 9 9102-7029 yurisilveira04@hotmail.com • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Fotografias: Jadir Bison (34) 99960.4810 jadirbison@yahoo. com.br • Conselho editorial: Domício Arruda Silva, Leandro Paiva, Edivaldo Ferreira Júnior, Miriam Borges e Larissa Vieira • Impressão CTP: Grafica Idealiza (43) 3373 7877 • Tiragem: 6.000 exemplares • Periodicidade: Trimestral (Março, Maio, Agosto e Novembro) • Circulação: Dia 15 dos meses ímpares • Distribuição: Para todo o Brasil via correios e Disponível na versão on line no site www.girolando.com.br. • Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG • Telefone: (34) 3331-6000 • Assinaturas: R$ 98,00/ano – financeiro@mundorural.org • 22 anos de circulação ininterrupta
Boas histórias são escritas com união Assim, a paixão pelo que fazemos nos tornou ainda mais próximos.
Criamos uma jornada vitoriosa que fortalece cada vez mais nossa parceria em busca de resultados concretos.
Nosso propósito nos une e nos leva além.
Quais caminhos levam à rentabilidade no mercado do leite? Maior vitrine da evolução
A raça Girolando foi tema de palestra em dia de campo na Colômbia em 6 de julho. A diretora de Relações Internacionais da Girolando, Tatiane Tetzner, abordou o assunto “Estratégias de cruzamento para formação da raça Girolando”. O público ainda pôde assistir a outras palestras sobre manejo de pastagem, sistema de seleção genética da Gualanday, apresentação de casos de sucessos da pecuária leiteira local e as perspectivas para a raça Gir Leiteiro e seus cruzamentos. Já na Guatemala aconteceu a “Primera Feria Gyr y Girolando Registrado 2024” entre os dias 18 e 21 de julho. O jurado brasileiro Marcelo Cembranelli foi o responsável pelo julgamento dos animais Girolando. Promovida pela Associação de Criadores de Gado Gir e Girolando da Guatemala, a exposição ainda teve concurso leiteiro, palestras, rodeios e shows. O evento foi realizado na cidade de Chiquimulilla.
Avanços com a IATF
Em sua 10ª edição, o programa GERAR Leite trouxe como tema central dos debates as perdas na gestação. Um dos destaques dos dados apresentados é a conclusão de que, nos últimos sete anos, a taxa de prenhez subiu cerca de 10%, o que corresponde a uma média de 1,5% ao ano. Foram analisados 325.800 dados, coletados por 160 técnicos das principais bacias leiteiras do Brasil. A análise mostrou que a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) foi responsável pelas maiores taxas de prenhez e, além de aumentar a eficiência reprodutiva do rebanho, a técnica também contribui para organizar as operações nas propriedades. No entanto a taxa de prenhez das novilhas não evoluiu na mesma velocidade das primíparas e multíparas. Os técnicos reunidos puderam relatar o que observam nas fazendas e, depois de muita discussão, concluíram que, independentemente da técnica, a taxa de prenhez diminui proporcionalmente ao aumento da Contagem de Células Somáticas (CCS), dado que mostra a relação entre reprodução e qualidade do leite e indica a necessidade de uma visão integrada da cadeia produtiva do leite.
Novo regulamento para as exposições
O Circuito Megaleite de Exposições Interestaduais de Girolando passa a contar com novo regulamento para a edição 2024/2025. De acordo com a Associação Brasileira dos Criadores de Gi-
rolando, a proposta é estimular a participação dos expositores das mais diversas regiões do País nos cinco eventos que integram o Circuito Megaleite, além de difundir a raça Girolando pelo Brasil. A versão atual do regulamento já está disponível no site da entidade. Clique e acesse o regulamento. O Circuito Megaleite conta com cinco etapas itinerantes, sendo três delas em cidades localizadas nas regiões Sul ou Sudeste, uma em cidade do Norte ou Centro-Oeste e outra no Nordeste. Assim como o Ranking Nacional Girolando, o Circuito Megaleite tem início após a Megaleite e finaliza antes da Exposição Nacional de Girolando seguinte.
Pré-seleção de touros
As inscrições para a 13ª Pré-seleção de Touros da raça Girolando continuam abertas e vão até 30 de setembro de 2024. Poderão participar reprodutores Puro Sintético (PS) ou CCG (Produto do Cruzamento Sob Controle de Genealogia), das composições raciais 5/8 Hol + 3/8 Gir e 3/4 Hol + 1/4 Gir. Todo os critérios de seleção estão disponíveis no site da Girolando (www.girolando.com.br). A relação dos touros classificados para participarem do 27º Grupo do Teste de Progênie da Raça Girolando será divulgada no dia 1º de novembro.
Cresce emprego no agro
No primeiro trimestre de 2024, o número de pessoas trabalhando no agronegócio brasileiro somou 28,6 milhões, conforme indicam pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Novamente, trata-se de um recorde da série histórica, iniciada em 2012. Diante disso, a participação do setor no total de ocupações do
Brasil foi de 26,85% nos primeiros três meses do ano – no mesmo período de 2023, representava 26,67%. A população ocupada no agronegócio cresceu 3,0% (ou aproximadamente 827 mil pessoas).
Mão de obra qualificada
Esse aumento foi puxado por empregados, sobretudo com carteira (evidenciando um aumento na formalização do emprego), por trabalhadores com maior nível de instrução (tendência verificada no setor desde o início da série histórica) e por mulheres (houve aumento da participação feminina no período). Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, esse incremento esteve relacionado sobretudo ao aumento de 9,9% no número de trabalhadores atuando em agrosserviços – ressalta-se que esse segmento tem o maior número de trabalhadores, que são alocados nas diversas atividades que atendem os segmentos de insumos, agropecuária e agroindústria, que incluem desde o transporte, armazenamento e comércio até os serviços jurídicos, administrativos e contábeis.
Novo sorgo forrageiro
A Embrapa lançou a cultivar de sorgo forrageiro BRS 661. Desenvolvido para atender à demanda por cultivares mais produtivas, esse sorgo reúne atributos fundamentais para o alcance de alta produtividade de massa verde com excelente qualidade nutricional. É a escolha ideal para aumentar a eficiência e a sustentabilidade dos cultivos, uma vez que alia produtividade, adaptabilidade e resistência a doenças. A nova cultivar foi criada especialmente para sistemas de produção de silagem com baixo custo e tem potencial para atingir produtividade de massa verde superior a 70 toneladas por hectare. Sua adaptabilidade a diversos sistemas de produção de forragem a tornam uma escolha versátil e estratégica para pecuaristas e agricultores. Isso chama a atenção e torna esse sorgo uma escolha eficaz para o Sudeste, o Centro-Oeste e o Nordeste, regiões para as quais ele é indicado.
Girolando na Colômbia e Guatemala
por Miriam Borges
MELHOR CRIADOR E EXPOSITOR
DA RAÇA GIROL ANDO MEGALEITE 2024
MELHOR CRIADOR E EXPOSITOR NACIONAL
DA RAÇA GIROL ANDO 2023/2024
LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES
Livre de ectoparasitas
O controle de ectoparasitas ganhou nova tecnologia. A União Química lançou o ECTOCID® Pulverização. Ele é a primeira combinação de fluazuron e fipronil na forma de pulverização, conferindo maior eficácia e segurança. Ao reunir dois ativos com diferentes mecanismos de ação, e quatro adjuvantes, esse produto reduz as chances de resistência e maximiza os resultados no controle de ectoparasitas em bovinos, atuando de forma sistêmica e por contato. ECTOCID® proporciona máxima proteção contra carrapatos, bernes, moscas e bicheiras.
Tratamento metrite
O tratamento da metrite consiste no controle da infecção bacteriana sistêmica, a fim de impedir que ela se alastre comprometendo a saúde do animal. Vários antibióticos podem ser utilizados, dentre eles, podemos destacar aqueles à base de ceftiofur, que possui amplo espectro de ação e pertence ao
grupo das cefalosporinas de terceira geração, ativas contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, sendo a droga mais estudada no mundo para o tratamento da metrite. Com objetivo de reduzir as perdas e tratar com eficiência, muitas fazendas adotam o Excede como terapia de eleição. Excede é uma formulação pronta para uso que contém o ácido livre cristalino de ceftiofur (CCFA) como princípio ativo e atende a esse propósito.
Nova fábrica
A Biogénesis Bagó inaugurou uma fábrica de produção de vacinas em Campo Largo/PR, que será especializada no desenvolvimento e produção de soluções para saúde animal de múltiplas espécies, com as mais altas certificações globais de qualidade e inovação científica. Com capacidade de produção anual de mais de 10 milhões de doses de vacinas, a nova fábrica terá como foco a produção de três vacinas para animais de companhia: a tríplice felina e a quíntupla/sêxtupla com e sem leptospira. Além disso, está prevista a fabricação de outras três vacinas para animais de produção e outras soluções biotecnológicas. Foram mais de 100 milhões de reais em investimentos e a geração de mais de 300 empregos diretos e indiretos no total.
Fonte de ureia protegida
A Premix apresenta ao mercado o Upmix, fonte de ureia protegida, desenvolvido para otimizar a nutrição de rebanhos de leite e de corte, confinados ou em pastagens. Indicado para preparo de suplementos, núcleos, concentrados e rações para bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos, a pasto ou confinamento, o produto garante
o fornecimento seguro e eficiente de Nitrogênio Não Proteico (NNP) para os animais, elevando a síntese ruminal de proteína e melhorando a digestibilidade dos alimentos. Com uma tecnologia avançada de liberação de NNP, o Upmix oferece a melhor curva de liberação de nitrogênio, evitando picos e perdas durante o processo digestivo. Isso resulta na redução de risco no fornecimento de nitrogênio e melhora o aproveitamento dos nutrientes pelos animais, promovendo ganho de peso e produção de leite mais saudáveis e rentáveis. O produto é uma ferramenta importante para o balanceamento de equivalente proteico e redução de farelos proteicos nas dietas. Isso trará economia nas formulações das dietas, tornando-as mais seguras quanto ao desempenho e saúde ruminal dos animais.
Novo gerente Cenatte
O Grupo Semex anuncia a contratação de Diego Alves Costa como o novo gerente de Mercado. Diego Alves é formado em Zootecnia pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e possui mais de 16 anos de experiência na área de genética bovina com ênfase em melhoramento genético. Ao longo de sua carreira tem se destacado por sua habilidade em desenvolver estra-
LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES
tégias comerciais e planos de negócios voltados às equipes de vendas. Entre suas especializações está a formação em Planejamento Genético e Gestão de Gado de Corte, pela CAEP – Missouri, nos Estados Unidos. Segundo ele, é uma honra fazer parte do Grupo Semex, uma empresa reconhecida pela sua inovação e qualidade. Com a chegada de Diego Alves, o Grupo Semex reforça seu compromisso com a inovação e a excelência, continuando a investir em talentos que agreguem valor e expertise à missão de ser a principal escolha no mercado de embriões.
Sementes forrageiras
O mercado para forrageiras tem aumentado ano a ano devido a fatores climáticos. O excesso de chuvas ou a falta delas em momentos importantes têm reduzido as janelas de plantio da safrinha obrigando agricultores a desistirem de semear grãos como milho e sorgo, devido aos riscos, e optarem por brachiarias para cobertura do solo, evitando a perda de umidade e promovendo descompactação. Para atender esse mercado, a Wolf Sementes lançou uma linha dedicada aos agricultores chamada Wolf Max, com garantia de no mínimo 98% de pureza. O primeiro
lançamento é o RuziMax, com a cultivar mais utilizada como planta de cobertura pelos agricultores, a Brachiaria ruziziensis. Já fazem parte do projeto a Brachiaria Piatã e a Brachiaria híbrida Mavuno, desenvolvida pela própria Wolf. Os produtos Wolf Max passam por seis etapas de beneficiamento garantindo além da pureza, o tamanho padronizado das sementes. Toda a linha recebe quatro análises no laboratório da própria companhia que possui certificação ISO 17025. A qualidade dos produtos Wolf também é garantida pelos processos de gestão da norma ISO 9001, pela qual a empresa também é certificada.
Fim do desconforto térmico
Diante da necessidade de encontrar soluções eficazes para auxiliar as vacas a eliminarem calor, garantindo melhorias contínuas no bem-estar e produtividade dos animais, a Agroceres Multimix apresenta ao mercado sua nova especialidade: o agPro Comfort. Trata-se de um composto de aditivos naturais, basicamente compostos por probióticos, óleos, lipídeos e outros componentes, que, combinados, aumentam a dissipação de calor proveniente do incremento calórico das vacas. O produto atua tem ação no rúmen, favorece o crescimento de microrganismos com alta capacidade de produção de compostos como niacina, uma das subs-
tâncias responsáveis pela vasodilatação periférica.
Ganhos em produtividade
Na composição do agPro Comfort, há também compostos que agem diretamente na superfície corporal, potencializando a perda de calor por meio de estímulo da vasodilatação periférica. Ainda, o produto tem alta capacidade de ser um estimulador da função imune ao favorecer o balanço de energia que foi poupada pela menor produção de calor. Isso é importante devido as vacas de alta produção, no período de transição, apresentarem um elevado estresse oxidativo, o que as torna mais susceptíveis a ocorrência de doenças. O agPro Comfort foi rigorosamente testado e comprovado em diferentes condições climáticas, de manejo e estruturas. Foram quatro anos de pesquisa. Os resultados obtidos evidenciam a ação direta do produto na produção de leite e diminuição da ofegação dos animais, o que valida sua funcionalidade de forma prática.
Suplementação lipídica
Vacas no pré e pós-parto e em picos de produção sofrem com o balanço energético negativo. É essencial que haja o fornecimento de dietas com elevado adensamento energético composto por volumosos de alta qualidade, suplementação de grãos e suplementação lipídica. A empresa Auster desenvolveu um programa exclusivo para o adequado balanceamento da suplementação lipídica e maximização da rentabilidade dos lotes de vacas no pré e pós-parto, recém-paridas e de alta produção, denominado Solução Lipídica Auster. Ela conta com a Prius, uma gordura hidrogenada de terceira geração, nobre e originada a partir do óleo de soja refinado, que permite o adensamento da gordura na dieta, sem queda do consumo de alimentos e na gordura do leite, adequado balanceamento de ácidos graxos, proporcionando considerável ganho econômico líquido para as fazendas, reduzindo a intensidade e a duração do balanço energético negativo.
por Larissa Vieira
Quais caminhos levam à rentabilidade no mercado do leite?
Girolando Girolando
O desempenho do mercado do leite no primeiro semestre de 2024 sinaliza que teremos um ano de desafios ou recuperação?
Certamente será um ano de desafios. 2024 começou com um cenário de recuperação de preços e de produção, mas os volumes ainda estão baixos. Nossa produção no primeiro trimestre foi menor que o volume produzido em 2021. Mas estamos voltando a crescer. Da mesma forma, o comportamento de preços e custos em 2024 vem sinalizando uma recuperação das margens, o que é positivo após um ano difícil para o produtor como foi 2023, especialmente o segundo semestre. Mas é preciso ter muita atenção no âmbito de custos e de planejamento. Estamos observando forte desvalorização do real e isso provoca alta de custos, como soja e fertilizantes. Por outro lado, seguimos com um volume elevado de importações de leite e estamos próximos ao início da safra, quando geralmente os preços de leite recuam. Por isso, é importante o planejamento.
Onde o setor deve colocar seus esforços para se tornar competitivo?
Gestão e eficiência são fundamentais. É importante medir os indicadores técnicos e econômicos para tomar boas decisões. Sem mensurar é impossível in-
Não há apenas uma resposta para esta questão, mas planejamento e gestão eficiente são atalhos importantes. Quem garante é o economista e pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Glauco Rodrigues Carvalho. Segundo ele, o primeiro semestre de 2024 mostrou que o ano trará desafios e será preciso ter muita atenção no âmbito de custos e de planejamento. A forte desvalorização do real pode provocar alta de custos.
Nesta entrevista à revista Girolando, Glauco, que é Ph.D. em Agricultural Economics pela Texas A&M University, ainda fala sobre as possibilidades do Brasil se tornar grande exportar, sobre concentração da produção e onde o setor deve colocar seus esforços para se tornar competitivo.
tervir. Analisando dados de fazendas é possível observar grandes diferenças em custos e rentabilidade, mesmo considerando produtores similares em tamanhos e regiões. Ou seja, alguns obtêm sucesso, outros não. A gestão é fundamental. Além disso, precisamos avançar na coordenação da cadeia produtiva, para reduzir conflitos e aumentar o foco em estratégias de longo prazo, visando comunicação, inovação e agregação de valor. Os laticínios também precisam diminuir a disputa entre eles, tentando pegar produtor do concorrente, e focar no desenvolvimento da base de fomento dos produtores. Colocar energia em temas estratégicos.
Uma pesquisa feita com produtores de Goiás apontou que a oscilação de preço e a incerteza do preço de venda do leite são vistos como os maiores desafios na produção de leite. Como gerenciar o negócio diante dessa realidade? Ferramentas que tragam maior previsibilidade poderiam contribuir para os diferentes elos?
Oscilações de preços e incertezas são comuns em qualquer negócio. É preciso aprender a lidar com isso e buscar ferramentas que auxiliam nesta gestão de risco. Alguns produtores têm feito uso de contratos na venda de leite, sejam ba-
Girolando
Glauco Rodrigues Carvalho
Glauco Rodrigues Carvalho
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seados no indicador Cepea ou nos Conseleites. São interessantes opções, mas é preciso entender como estes indicadores funcionam. As oscilações vão continuar, mas a negociação mensal por preço não. E isso traz benefícios colocando mais foco na fazenda, no negócio e no planejamento. Mas é importante destacar que trabalhar com contrato também tem seus desafios. Por exemplo, no primeiro semestre de 2024 os preços do Conseleite subiram menos que o Cepea e quem fez contrato baseado em Conseleite recebeu menos. Mas nos próximos meses o cenário muda e o Conseleite vai pagar mais. No longo prazo estes indicadores convergem. É outra forma de ver a formação do preço e precisa estar com a cabeça aberta para novas formas de negociação.
O recente aumento da taxa de câmbio pode afetar o setor de alguma forma?
De duas formas. Positivamente, a desvalorização do real diminui a competitividade da importação. Por outro lado, provoca aumento de custos, principalmente com fertilizantes e concentração, que são preços atrelados ao dólar. Então, temos estes dois impactos. No agronegócio como um todo, tais desvalorizações geram mais benefícios que perdas, mas não é o caso necessariamente do leite. Como nosso preço está bem acima do preço de importação, mesmo com desvalorização cambial, pode ser que não mude muito o cenário de compras externas de leite.
Girolando
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A concentração da produção de leite em um menor número de produtores que vem ocorrendo no Brasil é um fator que pode beneficiar o setor de alguma forma? Como o Brasil pode aprender com a realidade de outros países?
A concentração é uma tendência mundial. As fazendas estão ficando maiores e em menor número. O ideal seria conseguirmos ficar com todos os produtores de leite que temos hoje, atuando de forma eficiente e competitiva, mas sabemos que isso não deve acontecer. Não ocorreu em nenhum outro setor. O importante é focar em gestão, planejamento, monitorar custo e buscar sempre maior competitividade. Precisamos trabalhar de forma mais coordenada, com assistência técnica, para desenvolvimento dos produtores e das principais regiões produtoras de leite.
Glauco Rodrigues
Carvalho
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A tempos se fala que o Brasil tem potencial para ser grande exportador de leite. Por outro lado, a produção
nacional está estagnada nos últimos anos. Existe possibilidade a curto prazo desse cenário mudar?
No curto prazo, acredito que não. O mercado mundial, se olharmos tendências de longo prazo para produção de países exportadores e consumo de países importadores, a situação é positiva para os exportadores. Por isso, há espaço neste mercado, mas ainda precisamos melhorar em competitividade, sanidade, entre outros fatores.
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O poder de compra da população para todos os produtos (inclusive para os lácteos) continua sendo um grande desafio? E que outros fatores têm impactado mais o consumo ultimamente?
Consumo de leite é muito atrelado à renda e melhorias na renda geram aumento de consumo. O preço também é fundamental nesta equação. Em 2022, quando tivemos forte elevação nos preços, o consumo médio aparente de leite no Brasil recuou cerca de 5 litros/habitante. Já em 2023, ocasião em que os preços ficaram mais baixos, o consumo subiu 7 litros por habitante. Mas este último foi um ano ruim para os produtores. Dessa forma, é importante um equilíbrio entre preço para produtor e consumidor que suporte um crescimento do setor, com rentabilidade. Obviamente que quanto maior o crescimento econômico do Brasil, melhor o cenário. Mas há outros caminhos que também precisamos avançar para melhorar o consumo, que passam por inovações tecnológicas em derivados lácteos, elaboração de produtos customizados para classes de renda, perfil de consumidores etc. A população brasileira está envelhecendo e precisamos focar mais neste grupo também, com alimentos funcionais e que geram saúde para esse público. Enfim, uma questão é preço e renda, mas não podemos esquecer da segmentação do mercado, aproveitando que o Brasil é o sexto país do mundo em população.
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Como fica a produção nacional diante dos problemas ocorridos no Rio Grande do Sul? Além disso, a presença quase certa do La Niña neste segundo semestre pode afetar a produção?
Os problemas do RS acabaram colocando mais pressão altista nas cotações de leite e derivados no mês de maio. Houve redução pontual no abastecimento e nas importações. Mas as coisas estão se normalizando. No caso do La Niña é importante monitorar, pois gera períodos secos no sul brasileiro.
Benefícios da utilização de minerais e vitaminas antioxidantes
A produção de radicais livres e seus danos aos animais causam preocupações, principalmente em rebanhos de alta produção. A utilização de estratégias nutricionais, como minerais e vitaminas para mitigar os efeitos negativos dos radicais livres na saúde e reprodução dos bovinos, tem se demonstrado eficiente, proporcionando benefícios aos animais.
Os radicais livres são formados como produto final normal do metabolismo celular proveniente da cadeia de transporte de elétrons mitocondrial ou da estimulação do NADPH, ou seja, uma quantidade mínima de produção de radicais livres é essencial para os processos vitais dos animais.
Entretanto, a produção de radicais livres fica mais elevada nos animais quando ocorrem lesões teciduais, infecções, parasitas, hipóxia, toxinas, exercícios extremos, deficiência nutricional, salinidade, estresse térmico e exposição a metais pesados. Por isso, é necessário que exista um equilíbrio entre a produção de radicais livres e sua eliminação.
Quando existe desequilíbrio entre os radicais livres e antioxidantes (elementos que favorecem a eliminação dos radicais livres) ocorre o estresse oxidativo.
Os antioxidantes são substâncias que, mesmo presentes em baixas concentrações, são capazes de atrasar ou inibir o estresse oxidativo. A classificação mais utilizada para essas substâncias se divide em dois sistemas: o enzimático, composto pelas enzimas produzidas no organismo, e o não enzimático. Alguns minerais e vitaminas, como: manganês, zinco, cobre, selênio e vitamina E fazem parte desses sistemas, atuando direta ou indiretamente, sendo considerados de extrema importância para o metabolismo dos animais.
Problemas relacionados ao aumento do estresse oxidativo
O ataque dos radicais livres nos compartimentos celulares ou tecidos pode causar vários problemas, dentre eles: danos ao DNA e à proteína síntese, aos lipídios de membrana, às proteínas, aos ácidos nucléicos, enzimas, trans-
dução de sinal de membrana, além de outras lesões em moléculas pequenas, resultando em prejuízos na formação celular e tecidual dos animais. Acredita-se que esses danos favorecem o desenvolvimento de distúrbios metabólicos e doenças subclínicas, acarretando problemas de saúde e baixa produtividade animal.
Além disso, o estresse oxidativo pode ocassionar problemas de ordem reprodutiva, como a peroxidação lipídica da membrana plasmática do espermatozóide, que está ligada negativamente ao potencial de fertilidade, podendo provocar, também, danos ao DNA do esperma, que é o principal fator que contribui para a transmissão de DNA paterno defeituoso para um feto. Há períodos na vida dos bovinos de leite em que a concentração de radicais livres é elevada, contribuindo para o aumento do estresse oxidativo. Dentre esses períodos, podemos citar:
- Período de transição nos bovinos de leite (pré e pós-parto). A superprodução de radicais livres neste período
Elissa Forgiarini Vizzotto, zootecnista, doutora em Nutrição e Produção de Ruminantes e coordenadora técnica de Bovinos de Leite da Premix
Suas elevações na circulação sanguínea demonstram o aumento da atividade de antioxidantes e evidenciam que a suplementação mineral vitamínica auxilia na redução do estresse oxidativo.
O mineral selênio (Se), por exemplo, está contido no centro ativo da enzima antioxidante GSH-Px e na tioredoxina redutase. O cobre (Cu) e o Zinco (Zn) fazem parte da enzima antioxidante CuZn-SOD, e o manganês (Mn) está no sítio ativo da enzima antioxidante Mn-SOD. Esses minerais antioxidantes, Se, Cu, Mn e Zn também influenciam no desempenho dos neutrófilos e em sua capacidade de neutralizar microrganismos. Os neutrófilos desempenham importante ação durante a fagocitose e atuam na linha de defesa contra microrganismos que invadem o organismo e a glândula mamária.
Período de transição nos bovinos de leite (pré e pós-parto)
A administração de vitamina E em combinação com Se aumenta a imunidade e o status antioxidante, demostrando resultados na prevenção de retenção de placenta e infecções intramamárias. Esses dados foram evidenciados em estudo de metanálise, em que as contagens de células somáticas eram significativamente reduzidas no leite em resposta ao tratamento com vitamina E e Se, o que mostra sua eficácia na redução da incidência de mastite.
Doenças uterinas pós-parto, como: retenção de membranas fetais (RFM), endometrite ou metrite, estão associadas à baixa fertilidade e diminuição da produção de leite. Dentre os fatores que levam o animal a ter retenção da placenta está a falta de antioxidantes, principalmente de vitamina E, como demonstrado na metanálise realizada por Bourne e equipe. A limitação de vitamina E e selênio provocam redução
do fluxo de células do sistema imunológico para as carúnculas da placenta, diminuindo a eficácia no descolamento da placenta.
Bicalho e seu grupo de estudos relataram concentrações séricas reduzidas de Ca, Mg, Mo e Zn em vacas com RFM. As vacas afetadas pela metrite apresentaram concentrações mais baixas de Ca, Mo, P, Se e Zn e as vacas que apresentaram endometrite tinham níveis significativamente mais baixos de Ca, Cu, Mo e Zn em comparação a animais não afetados por essas doenças.
O estresse oxidativo é um dos principais influenciadores na patogênese de doenças como a retenção de placenta e mastite e tem sido identificado como uma ligação entre o metabolismo de nutrientes e inflamação durante o periodo pós-parto.
Portanto, o controle do estresse oxidativo através de suplementação de antioxidantes melhora potencialmente o estado de saúde dos animais e o desempenho produtivo e reprodutivo no pós-parto.
Início da vida dos bezerros
Na fase inicial da vida, os bezerros enfrentam um grande desafio que é desenvolver um sistema imune robusto o suficiente para protegê-los de uma variedade de patógenos. Essa jornada se torna ainda mais complexa devido à imunidade imatura desses animais durante o período neonatal, momento em que a resposta dos linfócitos aos estímulos é menor comparada com a dos animais adultos.
O estresse oxidativo no início da vida dos bezerros pode comprometer algumas funções dos linfócitos e, consequentemente, a capacidade de ativação e produção de anticorpos, deixando seu sistema imune mais debilitado.
Teixeira e seu grupo de estudo,
avaliando bezerros leiteiros recebendo duas injeções subcutâneas (15, 10, 5 e 60mg/mL de Cu, Mn, Se e Zn, respectivamente) de 1mL aos três e 30 dias de idade, observaram maior atividade de neutrófilos e da enzima GPX aos 14 dias após o nascimento, 42% de redução na ocorrência de casos de diarreia e 35% menos chance de apresentar pneumonia ou otite até o desmame com 50 dias, embora esses benefícios não tenham se refletido no ganho médio diário ou mortalidade reduzida. Outras pesquisas também verificaram aumento das enzimas antioxidantes CAT e SOD 10 dias após a aplicação injetável de Cu e Zn em bezerros, melhorando seu sistema imune.
Ondas de calor e o estresse oxidativo Vacas em estresse térmico apresentam aumento na permeabilidade da parede intestinal e as causas dessa disfunção não são totalmente compreendidas. A origem provavelmente seja multifatorial e inclui o desvio do fluxo sanguíneo dos órgãos internos para a periferia, na tentativa de dissipar o calor, mas causando a falta de oxigênio intestinal e isquemia, contribuindo para o aumento dos radicais livres.
Estudos mais recentes indicam que a suplementação com antioxidantes durante o período de estresse térmico pode contribuir para a melhor integridade da barreira intestinal, sendo capaz de aumentar a produtividade e imunidade dos animais de produção.
O selênio pode efetivamente retardar o estresse oxidativo e a inflamação em vacas leiteiras sob estresse térmico. Como demonstrado no estudo de Calamari, o Se levedura aumenta a atividade da enzima GSH, resultando em melhora no sistema antioxidante de vacas em lactação.
É esperado que os eventos de estresse oxidativo se ampliem no futuro como resultado do aumento da temperatura ambiental, agravada pelo melhoramento genético que busca aperfeiçoar o desempenho da produção que, inevitavelmente, resulta em maior calor metabólico para o animal.
Os antioxidantes adicionados nas dietas, como os minerais e vitaminas, são uma forma viável para evitar o estresse oxidativo e manter a saúde e bem-estar dos animais de produção.
*As referencias bibliográficas se encontram com a autora.
PASTAGEM
Pastagens para bezerras de qualidade
Alimentação adequada é um fator fundamental e decisivo na produção de bovinos de qualidade. Além de garantir que os animais tenham crescimento e desenvolvimento saudáveis, fortalece o sistema imunológico e previne doenças com mais facilidade. Fornecer alimentação balanceada e de qualidade para as bezerras é um grande desafio, principalmente quando elas mudam a base alimentar, em que a fonte principal, que era o leite
das vacas, passa a ser exclusivamente os pastos. Devido ao estresse causado pela mudança alimentar, é importante fornecer às bezerras uma forragem de qualidade, que facilite essa transição e ajude no desenvolvimento dos animais. Entretanto, a escolha por pastagens cultivares com maior produção de matéria seca e com maior valor proteico pode ser um erro.
É importante lembrar que a qualidade nutricional das forragens está
diretamente ligada à maturidade das plantas. Cultivares como os Panicuns MG12 Paredão e Mombaça, possuem excelente qualidade nutricional quando o manejo está adequado, podendo apresentar teor de proteína de até 16% e com digestibilidade em torno de 59%. Porém, por serem materiais reconhecidos pela grande capacidade de produção de forragem, quando as plantas atingem um porte alto, ficam “passadas” e sua qualida-
DIVULGAÇÃO
Cássio Matsuda, Engenheiro agrônomo.
de cai drasticamente. As plantas ficam lignificadas, com talos e folhas duras e com baixa digestibilidade e valor proteico.
Para evitar esse tipo de condição das pastagens, é recomendado para essa categoria animal a utilização de cultivares que tenham um porte de plantas mais baixo e de manejo mais facilitado. Dentro da família dos Panicuns, uma das forrageiras que se destaca para a fase de desmame é o MG18 Aries II, por ser de porte baixo, fácil manejo, excelente qualidade nutricional, teor de proteína de até 16% e digestibilidade de 66%. É uma forrageira que vem trazendo excelen-
tes resultados para o desenvolvimento de bezerros desmamados.
Na família das Brachiarias, o número de opções é bem maior: cultivares como MG13 Braúna, MG4 e Marandu (braquiarão) são muito bem recomendadas, além do Mix Cerradão que consiste no consórcio desses três materiais na proporção de um terço para cada um deles. São cultivares com porte médio (em torno de 1 metro), de fácil manejo, podem ser usadas em sistema rotacionado ou extensivo, têm boa digestibilidade e teor de proteína de até 12%.
Dentro das braquiárias, a Decumbens deve ser evitada, pois apesar de
possuir porte baixo de fácil manejo, em locais infestados com o fungo Phytomices chartum pode ocorrer a requeima ou fotossensibilização em animais jovens.
É importante ressaltar que mesmo em pastagens com bom manejo e excelente qualidade nutricional, é indispensável o uso da suplementação específica para a formação de bezerras de qualidade. Independente da qualidade da forragem e mesmo em casos de pastagens com alto valor nutricional, elas não conseguem suprir totalmente a necessidade de macro e micro minerais necessários para o bom desenvolvimento dos animais.
GENÉTICA
Touro Girolando, uma nova perspectiva.
Há muito tempo a utilização do touro Girolando vem se destacando nos rebanhos leiteiros não somente do Brasil, como também em outros países no mundo tropical. A comercialização de doses de sêmen da raça é impressionante, sustentando um crescimento ano a ano há mais de uma década. Nos últimos anos, por meio de parceria da Girolando com o Fundo de Investimento do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (FIPMGG) e os criadores, foram possíveis diversos investimentos na coleta de fenótipos, tais como: análise da composição do leite para proteína, gordura e contagem de células somáticas (CCS) e a avaliação linear para conformação. Os recursos também foram destinados à genotipagem de animais e contratação de três pesquisadores para o desenvolvimento de avaliações para novas características ligadas à produção, longevidade, saúde, conformação e adaptação da raça Girolando.
Esse empenho conjunto de recursos possibilitou, em pouco tempo, enriquecermos a avaliação genética para os touros Girolando. Em 2020 era possível selecionar um reprodutor por meio de apenas três características. Atualmente, o produtor pode selecionar o touro mediante 33 características, sendo oito produtivas, três reprodutivas, duas adaptativas, 20 lineares e ainda mais 11 compostos.
Essa evolução possibilita aos criadores uma maior assertividade na utilização dos
touros, permitindo o uso daqueles mais adequados para atender os objetivos de seleção da propriedade. Com isso, será possível aumentar o ganho genético, a evolução dos rebanhos e, consequentemente, os ganhos financeiros.
É importante destacar que essa escolha do reprodutor, com base em um maior número de características, torna a tarefa mais complexa, sendo necessário conhecer o rebanho e definir claramente o objetivo de seleção. Pensando em facilitar essa tarefa, o Índice de Performance do Girolando (IPG) foi publicado durante a Megaleite 2024. Trata-se de um índice único, que permite
selecionar, de forma equilibrada, as principais características de interesse técnico e econômico para evolução dos rebanhos Girolando.
O IPG possui os seguintes efeitos de importância: 35% para produção de leite, 7% para persistência na lactação, 8% para tolerância ao estresse térmico, 5% para longevidade, 20% para reprodução, 5% CCS (contagem de célula somática) e 20% para o sistema mamário. A utilização do índice permite que futuramente tenhamos uma vaca produtiva, persistente, longeva, fértil, saudável, com bom úbere e adaptada aos sistemas tropicais de produção de leite.
Número de características publicadas no sumário de touros Girolando
Edivaldo Ferreira Júnior, Zootecnista e coordenador Técnico do PMGG CARLOS LOPES
1° Lugar na Categoria maior média de PTA e GPTA para produção de leite Categoria de 51-100 animais - Média de 1016 (PTA Kg)
GENÉTICA
Predições genômicas na raça Girolando
A tecnologia Clarifide Girolando fornece informações relevantes para os produtores de leite que buscam melhorar continuamente a produtividade e rentabilidade do rebanho
A primeira avaliação genômica projetada especificamente para a raça Girolando fornece informações que vêm ajudando criadores de Girolando a tomarem decisões de reprodução e reposição de novilhas e touros com confiança. Resultado da parceria entre a Zoetis, Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, CRV Lagoa e Embrapa Gado de Leite, o CLARIFIDE® Girolando fornece predições genômicas para as seguintes características:
-Produção de leite (KG);
-Reprodução (Idade ao primeiro Parto/dias e Intervalo de parto/meses);
-Condições genéticas (Deficiên-
cia de Uridina Monofosfato Sintetase (Dumps), Complexo de Malformação Vertebral (CVM), Deficiência na Adesão de Leucócitos Bovina (Blad) e Brachyspina;
-Proteínas do leite (Beta-caseína A2, Kappa-caseína I - ABE e Beta-lactoglobulina - ß-LG);
-Teste de confirmação de parentesco.
A população de referência utilizada no desenvolvimento das predições genômicas foi fornecida pela Girolando e incluiu dados genômicos, pedigree e de desempenho de animais das raças Holandesa, Gir e Girolando. O arquivo de pedigree continha registros de 81.789 animais, dos quais
8.603 possuíam genótipo. Na Figura 1 estão apresentadas as informações de raça e sexo da população de referência utilizada.
As predições genômicas são derivadas de avaliação genética que emprega o método estatísticodo single-step para estimar habilidade de transmissão genômica predita (gPTA). Esse método de avaliação genética utiliza uma matriz baseada em parentesco genômico e genealógico, que permite avaliações genômicas mais precisas, sendo amplamente utilizado no mundo todo em muitas espécies.
A Tabela 1 contém uma comparação entre a PTA e gPTA fornecida pelo CLARIFIDE® Girolando, e suas
respectivas acurácias (ACC) para produção de leite, idade ao primeiro parto e intervalo de partos. As gPTAs fornecidas por essa avaliação genômica apresentam maior acurácia média que a PTA tradicional para todas as características, sendo esses ganhos mais significativos nas fêmeas jovens (animais que ainda não tiveram produção registrada).
Um aumento da acurácia significa que o produtor será capaz de identificar animais geneticamente superiores com maior confiança, o que resultará em progresso genético mais rápido.
Estudo de validação interna
Um estudo de validação foi realizado para demonstrar a eficácia dessa predição genômica. Nesse estudo, foi demonstrada a relação entre as PTAs (predições da avaliação genética tradicional), gPTA (predições genômicas do CLARIFIDE® Girolando) e o desempenho fenotípico real das vacas na população de referência.
Validação das predições genômicas das fêmeas
Um subconjunto de 1.500 vacas foi selecionado aleatoriamente, a partir da população de referência, para realização do estudo de validação in-
terno. Os registros fenotípicos dessas vacas foram retirados da avaliação genética, como objetivo de simular uma situação onde apenas animais jovens, os quais ainda não têm valores fenotípicos registrados, são testados. Assim como os resultados obtidos a partir dessa avaliação, foi avaliado qual metodologia (PTA e gPTA) foi mais eficiente em identificar os animais com produções superiores.
O gPTA (avaliação genômica fornecido pelo CLARIFIDE® Girolando) e o PTA tradicional foram utilizados para classificar os animais em grupos genéticos baseados em quartis (0–25%, 26–50%, 51–75% e 76–100%) para cada uma das características. As
vacas no quartil 0–25% são piores e as do quartil 76–100% sãoas melhores para cada característica. A análise estatística avaliou a associação entre os grupos genéticos e o fenótipo ajustado para os efeitos de estação de nascimento, composição genética e idade da vaca.
Os resultados mostraram que as predições genômicas foram mais eficientes que a avaliação genética tradicional para predizer a produção de leite, idade ao primeiro parto e intervalo de partos (Figuras 2, 3 e 4).
Quando comparamos os grupos genéticos da avaliação genômica, gPTA para produção de leite, houve uma diferença de 3.638Kg de leite entre os quartis extremos, enquanto essa diferença foi de 1.278Kg entre os quartis extremos de PTA (Figura 2), assim o produtor que utiliza a avaliação genômica possui mais confiança em suas decisões de seleção e descarte de animais.
Quando comparados os grupos genéticos identificados pela avaliação genômica, houve uma diferença de 479 dias entre os quartis extremos para idade ao primeiro parto. Ao comparar os grupos genéticos da avaliação tradicional, essa diferença foi de 276 dias (Figura 3). Para a característica intervalo de partos, a diferença entre os quartis extremos foi de 59 dias por gPTA e de cinco dias por PTA (Figura 4), mais uma vez confirmando que quando o produtor utiliza as avaliações genômicas ele possui um nível de certeza maior em suas decisões de seleção e descarte.
As predições genômicas do CLARIFIDE® Girolando de desempenho futuro para produção de leite, idade ao primeiro parto e intervalo de par-
tos foram mais precisas que a avaliação genética tradicional. Isso indica que as decisões de seleção feitas com base na avaliação genômica Girolando para essas características têm maior potencial de acelerar o progresso genético que a seleção baseada na PTA tradicional.
Resumo
e implicações de uso
A predição genômica do CLARIFIDE® Girolando é a primeira avaliação genômica disponível comercialmente, para animais da raça Girolando, para auxiliar os produtores de leite na seleção genética, o que possibilita a melhoria da produtividade e rentabilidade do rebanho. Essa ferramenta permite aos criadores de Girolando identificar o potencial mérito genético
de animais jovens antes da disponibilidade de informações sobre o desempenho individual e da progênie.
Os resultados do estudo de validação interna confirmaram que as predições genômicas do CLARIFIDE® Girolando foram satisfatoriamente associadas à produção de leite observada, idade ao primeiro parto e intervalo entre partos. As predições do CLARIFIDE® Girolando podem ser efetivamente usadas para identificar as fêmeas e machos superiores e inferiores no rebanho, auxiliando o produtor nas decisões de seleção (manter ou descartar) e de acasalamento e reprodução, visando melhorar a produtividade em todos os rebanhos com animais Girolando.
1. Bell SJ, Grochoski GT, Clarke AJ. Health Implications of Milk Containing B-Casein with the A2 Genetic Variant. Critical Reviews in Food Science and Nutrition 2006; 46(1):93100.
2. Milk protein mutations for better quality cheese. FoodNavigator. com February 7, 2005. Available at: www.foodnavigator.com/Science Nutriton/ Milk-protein-mutations-for-better-quality-cheese. Accessed May 17, 2013.
3. Celik S. 2003 beta-lactoglobulin genetic variants in Brown Swiss breed and its association with compositional properties and rennet clotting time of milk. Int. Dairy J. 13, 727–731.
MATÉRIA DE CAPA
Recordes e muita qualidade em pista
A 19ª edição da Megaleite contou com grande representatividade das raças leiteiras e registrou novos recordes de produção, mostrando ao mundo a evolução da pecuária nacional
Quem passou pelo Parque da Gameleira, entre os dias 11 e 15 de junho, pôde acompanhar a evolução da cadeia produtiva do leite no Brasil. Com cerca de 1.500 animais em mostra e diversas tecnologias apresentadas pelas empresas expositoras, a 19ª edição da Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite (Megaleite) atraiu para a capital mineira, Belo Horizonte, visitantes de
diversos países e regiões do Brasil, registrando 80 mil pessoas durante os cinco dias de evento.
Com a realização de oito shoppings de animais e leilões e negociações feitas por cerca de 100 empresas participantes, a exposição teve movimentação financeira estimada em R$245 milhões. “A Megaleite é uma vitrine internacional que, ano após ano, atrai milhares de
visitantes de diversos países para a capital mineira, contribuindo para movimentar a economia local. São inúmeros empregos diretos e indiretos gerados na cidade, dezenas de empresas de diversos segmentos envolvidas e muitos negócios fechados ao longo da exposição”, destaca Domício Arruda, presidente da Associação de Girolando, entidade organizadora da Megaleite.
Larissa Vieira
Comitivas de vários países visitaram a exposição, tais como: Índia, Colômbia, México, Equador, El Salvador, Costa Rica, Panamá, Bolívia e Venezuela. Criador de oito raças diferentes na Índia, o pecuarista Madan Yadav ficou impressionado com a qualidade dos animais Girolando em exposição na Megaleite. “Foi a primeira vez que visitei esse evento e o padrão racial das vacas e a produção de leite delas é algo admirável. É uma genética que tem muito a contribuir com a Índia, pois somos um dos maiores consumidores de leite do mundo”, diz Yadav.
Segundo ele, já existem animais Girolando em seu país, porém não recebem esse nome. “Enquanto no Brasil, os animais nascidos do cruzamento de Gir Leiteiro com Holandês são denominados Girolando CCG 1/2, na Índia não temos um nome específico para esses animais. Chamamos apenas de cruzados. Mas agora faremos uma parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando para que isso mude e seja adotado o nome Girolando para os animais.
Isso ajudará a impulsionar a raça na Índia”, acredita.
De acordo com a diretora de Relações Internacionais da Girolando, Tatiane Tetzner, a entidade fará ações junto aos criadores indianos para divulgar as estratégias de cruzamentos para formação da raça Girolando e as tecnologias do PMGG. “Em novembro, durante a
exposição Kamdhenu Gau Krishi Mahotsav 2024, em Nova Delhi, na Índia, participaremos de uma reunião virtual para alinhar as estratégias de fomento da raça Girolando nos países asiáticos”, esclarece Tatiane. A exposição será promovida pela Federação Internacional de Gado Zebu da Índia entre os dias 14 e 16 de novembro, contando com palestras e mostra de animais.
Outro país que mostra grande interesse na genética Girolando é o Panamá, onde a raça vem ocupando cada vez mais espaço nas propriedades, principalmente por ser mais produtiva mesmo em regiões de clima quente. “A única raça que suporta nossa condição climática é o Girolando, especialmente os animais CCG 1/2 que são bem rústicos e produtivos”, destaca o criador panamenho Valenti Barrios.
Os produtores panamenhos esperam que o governo panamenho desenvolva projetos para facilitar o acesso dos produtos aos embriões de Girolando. “O salto genético que se tem quando utilizamos transferência de embriões é muito maior do que quando usamos apenas inseminação artificial. Porém, para nós, o custo do embrião ainda é alto para muitos produtores do Panamá. Caso tenhamos um programa do governo para democratizar esse acesso aos embriões, conseguiremos melhorar a produção de leite do país, como um todo”, assegura o criador e membro da Associação
Pecuarista indiano Madan Yadav e a diretora Tatiane Tetzner
Milhares de pessoas visitaram a Megaleite
de Pecuaristas do Panamá, Aquiles Betancourt. Várias comitivas que passaram pela Megaleite contaram com o apoio da empresa Agrotrip na organização logística das visitas realizadas.
Visitantes brasileiros de diversas regiões também passaram pela Megaleite em busca de novas tecnologias para melhoria da pecuária leiteira em suas localidades. De acordo com a diretora Técnica do Sebrae do Amazonas, Lamisse Cavalcanti, a proposta é aproximar os criadores das melhores práticas e tecnologias disponíveis. “Eles poderão levar essas inovações para seus negócios e aumentar a produtividade e rentabilidade da atividade leiteira. Esse interesse dos criadores do Amazonas só faz gerar mais e mais negócios”, diz Lamisse. Entre os projetos voltados para os produtores de leite no Estado, estão os programas de FIV, Sebraetec, genética, manejo. Todos recebem acompanhamento frequente dos gestores do Sebrae para mensuração dos resultados. “Estamos alcançando ótimos resultados. Já temos várias fazendas que se tornaram referência na produção de leite e de queijo graças a esse trabalho do Sebrae”, diz a diretora da entidade. Conforme Diana Guedes, vereadora e produtora de leite no município de Autazes, a participação na Megaleite tem contribuído para o avanço da pecuária da região. “Desde 2017, acompanhamos a Megaleite e encontramos o que existe de mais moderno em inovação e tentamos levar isso para nossa realidade,
sempre absorvendo o máximo de conhecimento possível”, diz Diana. Cursos e palestras - A Megaleite também teve espaço para debates e capacitação. Com aulas práticas e teóricas, o Minicurso sobre Melhoramento Genético de Bovinos de Leite atraiu mais de 150 estudantes de Ciências Agrárias, técnicos e produtores rurais. Realizado em conjunto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Embrapa Gado de Leite e Girolando, o evento teve como um dos pontos fortes a aula prática de avaliação morfológica e funcional de vacas Girolando, conduzida pela diretora Tatiane Tetzner, e das raças Gir Leiteiro e Jersey. O Núcleo de Criadores Girolando das Gerais também promoveu duas palestras técnicas sobre
manejo de bezerros e uso de touros Girolando.
Já a Subcomissão Permanente do Leite (Subleite), presidida pelo deputado Rafael Simões, realizou reunião com a participação de diversos parlamentares, onde foram abordadas as “Ações, Perspectivas e Projetos na Câmara dos Deputados”. “É essencial a reorganização da cadeia produtiva do leite para que o setor avance. A Bancada Ruralista é forte dentro do Congresso e estamos sempre discutindo temas relevantes para a pecuária e buscando soluções”, acrescenta o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion.
A Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Federação de Agricul -
Aula prática do curso de melhoramento genético
Deputados federais e lideranças do agro durante visita à Megaleite
tura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) também reuniu os produtores para apresentar as ações em prol do setor leiteiro brasileiro. Alguns dos temas abordados foram: monitoramento permanente das importações e medidas adotadas; Processo antidumping; Programa nacional de controle e erradicação de brucelose e tuberculose, e preço do leite. “Fazer essa reunião com a participação dos deputados é uma forma de trabalharmos alinhados para que, juntos, possamos ter uma frente ampla para fortalecer o setor. Isso vai dar mais pujança para os nossos pleitos, como maior representatividade”, destaca o presidente da Comissão Técnica da Pecuária de Leite, Jônadan Ma. “Trabalhamos muito bem da porteira para dentro. E precisamos nos preocupar com a porteira para fora. Precisamos continuar firmes e fortes para mostrar a importância do nosso setor para a economia de Minas e do Brasil”, afirma o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo.
Núcleos de Girolando- Outra reunião ocorrida na Megaleite 2024 foi com representantes dos núcleos de criadores de Girolando. De acordo com o diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando Marcelo Real, foram apresentadas as melhorias que a entidade vem realizando para garantir aos núcleos condições de fazer o fomento da raça em suas respectivas regiões. “Todos puderam apresentar sugestões para melhoria da parceria. Também informamos aos participantes que a Central de Relacionamento Girolando está disponível para atender a todos os associados dos núcleos. A união dos Núcleos com a Girolando torna a entidade cada vez mais forte e representativa nas mais diversas regiões do Brasil”, destaca Real.
Sumários - A edição 2024 dos Sumários de Touros e de Fêmeas Girolando lançada durante a Megaleite trouxe várias novidades, sendo uma delas o Índice de Performance Girolando, que é composto de in -
formações de produção, saúde fertilidade e conformação dos animais avaliados pelo Programa de Melhoramento Genético da raça Girolando (PMGG). “Agora, os criadores poderão avaliar seus animais para diversas características ao mesmo tempo. De acordo com o criador, será mais uma ferramenta de seleção a ser utilizada conforme seus objetivos e sistema de produção”, destaca o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinicius Barbosa. O documento está disponível no site da Associação.
Outra novidade do Sumário de Touros foi a inclusão de dados genéticos de 20 reprodutores avaliados pelo Teste de Progênie e de avaliação genômica de outros 39 touros. Existente desde 1997, o Teste de Progênie já avaliou 311 reprodutores, sendo que outros 176, cujas doses de sêmen foram distribuídas no período de 2012 a 2023, encontram-se em fase de teste e terão os dados publicados nas próximas edições do Sumário. “A nossa missão é dispo -
Influencer José Marcos e a mãe durante visita à Megaleite
nibilizar cada vez mais tecnologias aos criadores, pois quanto mais índices e características da raça forem disponibilizados, mais segurança e liberdade eles terão para conduzir seu criatório”, garante Edivaldo Ferreira Júnior, coordenador Técnico do PMGG.
Homenagens - A Megaleite teve a entrega do Mérito Girolando 2024, que agraciou personalidades que vêm contribuindo para o avanço do setor. Além do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, foram homenageados: o deputado federal Rafael Simões; o secretário de Estado de Agricultura de Minas Gerais, Thales Almeida Pereira Fernandes; o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro, Evandro do Carmo Guimarães; o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinícius Gualberto Barbosa da Silva; a professora da Universidade Federal de Santa Maria, Pamela Itajara Otto; o jurado da raça Girolando e ex-superintendente Técnico da Girolando, Celso Ribeiro Ângelo de Menezes, e os criadores Nelson Ariza, Getúlio Vilela de Figueiredo e Maurício Silveira Coelho.
Outra homenagem prestada foi aos deputados federais que vêm contribuindo com emendas parlamentares para o melhoramento genético da raça Girolando. O presidente da Girolando entregou um certificado de reconhecimento aos deputados Rafael Tadeu Simões, Ana Paula Leão e Emidinho Madeira.
Durante a solenidade de abertura da Megaleite, o vice-governador
de Minas Gerais agradeceu a honraria do Mérito e aproveitou o momento para fazer o lançamento do programa Cemig Agro, que prevê uma série de ações para a melhoria do fornecimento de energia e do atendimento para produtores rurais mineiros, e a prorrogação, por mais 90 dias, da suspensão de concessão de benefícios fiscais das empresas importadoras de leite em pó de outros países. Com a medida, essas empresas continuam a pagar o ICMS de 18% no momento da comercialização dos produtos importados durante esse período.
Data definida para 2025 - A Girolando anunciou a data do evento em 2025. Será de 17 a 21 de junho, em Belo Horizonte/MG. A expectativa é de contar novamente com a participação das principais raças
bovinas leiteiras no Parque da Gameleira, além de leilões, shoppings de animais, cursos, palestras, competições, além de diversas atrações para todo o público.
Parcerias - A edição 2024 da Megaleite contou com o patrocínio da Codemge, Governo de Minas e Sicoob Central Crediminas; Apoio institucional do Sebrae/MG, Sistema Ocemg e CNA/Faemg e a Rádio Itatiaia como Media Partner. O Parceiro Premium é a Alvoar Lácteos e os Parceiros Master são: Allflex, Tortuga, uma marca DSM, Agener União, UCBVET Saúde Animal, Agroceres Multimix, Zoetis, Alta, Genex Brasil, Boehringer Ingelheim, CRV Lagoa, Nutron e Semex. Canal Master: Terraviva; Apoio Master: Bebamaisleite.
Entrega do Mérito Girolando 2024
Deputados federais receberam homenagem da Girolando durante abertura da Megaleite
MATÉRIA DE CAPA
As grandes estrelas da festa
Na edição de 2024, a Megaleite contou com 1.500 animais de 160 expositores das raças Girolando, Gir Leiteiro, Holandês, Guzerá, Guzolando, Jersey, Simental e Búfalos. A feira sediou a 33ª Exposição Nacional de Girolando. Para o jurado Arthur Patrus, os animais inscritos na competição comprovaram que a composição racial CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR vem apresentando um progresso fantástico.
Na opinião do jurado Celso Menezes, responsável pela escolha dos vencedores
da composição racial CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR, as pistas realmente vêm retratando a grande evolução da raça nos últimos anos. “A raça Girolando alcançou um alto nível de qualidade genética e está contribuindo para tornar o Brasil mais competitivo no mercado de leite. Tivemos aqui vacas produzindo mais de 100 kg/leite/dia. Com todos os recordes e qualidade dos animais, a Megaleite deixa um recado ao mundo: temos recursos naturais e genéticos que permitirão ao Brasil alcançar a liderança
Confira os principais resultados da Megaleite 2024:
CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
na produção mundial de leite”, destaca Menezes.
Com os resultados em pista, o Melhor Expositor e Melhor Criador CCG 3/4 da Megaleite 2024 foi Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado R. de Moura; o Melhor Expositor e Melhor Criador Girolando foi Eugênio Deliberato; o Melhor Expositor e Melhor Criador CCG 1/2 foi José Luiz Vivas; o Melhor Expositor e Melhor Criador CCG 1/4 foi Luiz Carlos Bandoli Gomes.
Larissa Vieira
Melhor Fêmea Jovem: Norma Nobrega FIV SABV Expositor: Eugênio Deliberato Filho
Vaca Jovem e Grande Campeã: Nayra FIV Teatro RS do Rancho Alegre Expositor: Rafael Tadeu Simões
Melhor Fêmea Jovem: Nori FIV KING DOC Mang
Vaca Jovem: Amora FIV Hancock R. Nogueira
Expositor: Walter Vitor de Oliveira CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
Expositor: Ricardo Fernandes Silva
CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
Melhor Fêmea Jovem:
Nalaura Doorman DEBY MJP
Expositor: Marcos José de Paiva
Raça Girolando
Expositor: Rodrigo Nogueira Ferreira
Vaca Jovem e Grande Campeã : Ravina FIV Crushabull SJ Lalu
Expositor: Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado R. de Moura
Melhor Fêmea Jovem:
Absoluta Haxl 4100 FIV Bandoli
Expositor: Luiz Carlos Bandoli Gomes
Grande Campeã: Mel FIV Beemer Delib
Expositor: Eugênio Deliberato Filho
Grande Campeã: Pantera Cocho D´Água
Grande Campeão: Bronze Brass IS Olhos D’água
Expositor: Condomínio Fazenda Olhos D’água
Vaca Jovem: Semana Apolo SJ Lalu
Expositor: Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado R. de Moura
Grande Campeão: Herói Hancock FIV IS Olhos D’ Água
Expositor: Condomínio Fazenda Olhos D’ Água
Genética de excelência!
Desde 2005, a Fazendas Bandoli, localizada em Natividade-RJ, se destaca pelo trabalho de qualidade no desenvolvimento de genética avançada, priorizando sempre o bem-estar animal e a sustentabilidade do ecossistema.
Nosso propósito é ajudar outras fazendas se desenvolverem, disponibilizando o que há de melhor qualidade na genética leiteira.
Consagramos nossa história com muita ética, respeito e parceria. Os frutos desse longo trabalho tem como resultado reconhecimento de grande valor com premiações em rankings de competições no âmbito nacional e pela Embrapa.
Temos certeza que podemos ajudar outras fazendas fazerem história!
Venda permanente de animais e embriões.
Telefone para contato:
Pedro Bandoli (22) 9 9883-5442
Luiz Carlos Bandoli Gomes (22) 9 9981-8707
Ano 21/22
Ano 22/23
A número do Brasil!
Apuração FIV Bandoli
Títulos da Fazenda Bandoli no Ranking Nacional dos Criadores de Girolando
Melhor Expositor
Melhor Criador
Melhor Expositor
Melhor Criador
Ano 23/24 Melhor Criador
CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
ABSOLUTA HAXL 4100 FIV BANDOLI
Campeã Bezerra Mirim Melhor Fêmea Jovem Nacional Girolando na Mega Leite 2024
TIK TOK ALLEYOOP 3690 FIV BANDOLI
Touro filho da Apuração Bandoli x ALLEYOOP (Gpta: 1.930 kg) Sêmen disponível na Semex Brasil.
MATÉRIA DE CAPA
Recordes conquistados no Torneio Leiteiro
O 33º Torneio Leiteiro, realizado durante a Megaleite 2024, foi marcado pelo registro de dois recordes nacionais. A vaca Fanny FIV Kingboy 131 FGS Sapucaia é a nova recordista nacional de produção total entre os animais 5/8, na categoria Vaca Adulta. Ela produziu no total 306,960kg/leite, com média de
102,320kg/leite. Com essa produção, ela quebra um recorde que foi estabelecido em 2015, na Exposição de Araxá/MG, que era a média de 99,340kg/leite. Fanny, de propriedade do expositor Fernando Gonçalves dos Santos, sagrou-se Grande Campeã de Produção Absoluta do Torneio Leiteiro de Girolando. “É
o reconhecimento do trabalho que está sendo desenvolvido na fazenda, mostrando que estamos no caminho certo”, diz Luciene Marques, da Fazenda FGS.
Outro recorde foi registrado na categoria Vaca Jovem, entre os animais CCG 1/2. A campeã da categoria Tradição FIV Elixir Santa Luzia produziu 268,670kg/leite, com média de 89,557kg/leite. De propriedade do expositor José Freire Neto, ela bateu o recorde que vinha sendo mantido desde a Megaleite de 2019, que era a média de 89,153kg/leite.
A Grande Campeã de Composição do Leite foi a vaca adulta Paloma Jedi FIV F. Congonhas, do expositor Gustavo Frederico Burger Aguiar. Ela produziu 225,543kg/leite, com média de 75,181kg/leite. “Ela é uma vaca muito especial, com a genética bem avançada e moderna, que proporcionou essa grande alegria. A nossa equipe também ajudou a fazer a diferença para esta conquista”, diz Gustavo Aguiar, da Fazenda Congonhas. O 33º Torneio Leiteiro teve a participação de 17 fêmeas.
Recordista 5/8 Fanny FIV Kingboy 131 FGS Sapucaia
Grande Campeã de Composição do Leite Paloma Jedi FIV F. Congonhas
MATÉRIA
DE CAPA
Maior vitrine da evolução da raça
Sejam experientes ou novatos, os expositores participantes do Ranking Nacional da raça Girolando estão de olho nas tendências apresentadas nas pistas de julgamento e modernizando seus sistemas de produção
Ele estava lá quando a raça Girolando estreou na pista de julgamento da primeira edição da Exposição Nacional, ocorrida em 1989, na cidade mineira de Uberaba. Trinta e cinco anos depois de vivenciar, como superintendente Técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, essa estreia, o zootecnista Celso Menezes voltou ao principal palco da raça, desta vez com a responsabilidade de definir os campeões e campeãs das categorias da composição racial 3/4 HOL+1/4 GIR. “Tive a felicidade de estar presente naquele grande evento que marcou o início da trajetória da raça nas pistas. Depois, atuei como jurado na Nacional de 2005. Comparando com os dias atuais, podemos considerar que a evolução do Girolando foi astronômica, não só no sentido morfológico ou genético, como também em relação ao manejo, nutrição, sanidade, preparação e apresentação dos animais. Os critérios de julgamento também evoluíram, sendo atualmente muito mais
claros e objetivos. Se formos comparar as primeiras campeãs nacionais com as atuais, ficaremos surpresos com a evolução alcançada”, garante Celso Menezes, jurado desde 1996.
Ele foi o segundo membro do Colégio de Jurados com maior número de atuações nas exposições integrantes do Ranking Nacional 2023/2024, encerrado em junho, na Megaleite 2024. Em sua opinião, dentre as características avaliadas em pista, a que mais evoluiu nestes 35 anos foi o sistema mamário. “Hoje, a conformação do sistema mamário das vacas Girolando é fantástica em todos os sentidos, ligamentos, formato, vascularização, qualidade do tecido secretor, tamanho de tetos, inserção do úbere. São vacas que carregam um sistema mamário acima da linha do jarrete, bem inserido, com conforto entre os membros posteriores. Essa é a característica que mais evoluiu e influencia diretamente a permanência das vacas no rebanho”, pontua o jurado.
Para muitos criadores, a explana-
ção feita pelos jurados nas exposições antes de anunciarem cada animal vencedor contribui para direcionar a seleção nas fazendas. “Dentro do meu rebanho, o critério de seleção adotado para o time de pista está ligado às características econômicas e produtivas, resultantes de estudos feitos pela Associação. Além disso, acompanho o direcionamento dado pelos jurados nas exposições. Com base em tudo isso, busco dentro do meu plantel aqueles indivíduos que mais se adequam a essas questões e mais preparados naquele momento para participarem de determinada exposição”, destaca o criador Jean Vic Mesabarba e Aguiar Arrabal de Macedo Vicente, proprietário da Serra do Luar, localizada em Itaperuna/RJ.
No Ranking Nacional 2023/2024, ele terminou na liderança entre os expositores CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR, subindo uma posição em relação à edição anterior. Ele repetiu o feito no Ranking Circuito Megaleite e no Ranking Estadual Minas Gerais
por Larissa Vieira
2023/2024. “Estar entre os melhores dos rankings traz uma satisfação muito grande e sinaliza que estamos na direção certa da nossa seleção. Se estamos entre os melhores é porque estamos selecionando de acordo com o que o corpo técnico da Girolando direciona, respeitando os critérios de seleção para melhoramento da raça, buscando excelência”, acredita Jean Vic.
Na visão do criador, as exposições vão além das premiações. Elas refletem o momento atual do melhoramento genético da raça. “Nos eventos conseguimos comparar nossos animais com os de outros criatórios, o que nos dá uma noção maior dos rumos que o Girolando vem tomando”, informa.
No dia a dia da seleção do plantel da Serra do Luar, o foco é a produção de uma genética eficiente e de grande adaptabilidade. “Procuramos respeitar as condições climáticas, topográficas e a oferta de alimento que temos para trabalhar na região. Nosso manejo foi adaptado para dar conforto aos animais CCG 1/2. Depois, passamos a utilizar touros Girolando para produzir exemplares CCG 1/4, que provaram ser mais adequados dentro do nosso sistema de produção”, afirma Jean Vic.
Para multiplicar essa genética, a fazenda utiliza várias biotecnologias, dentre elas FIV, IATF e inseminação artificial. Como faz o repasse das vacas vazias com touros, o criador sem-
pre mantém em seu rebanho reprodutores bem avaliados para garantir a qualidade da prenhez. “É um investimento que vale a pena e que já me possibilitou conquistar premiações em eventos importantes. Um exemplo é o touro Fenômeno JVA da Quero VE, que uso para repasse na fazenda e tem irmão em central. Ele foi Campeão Progênie de Pai CCG 1/4 da ExpoZebu 2024 e Reservado Campeão Progênie de Pai da Megaleite 2024. Isso mostra que nosso projeto está no caminho certo. Vamos continuar aumentando a pressão de seleção para identificar a melhor genética Girolando, que nos permitirá andar sempre
entre os melhores do Brasil”, aposta Jean Vic.
Equilíbrio nas exposições
“A pista é a Fórmula 1 da pecuária. É o espelho tecnológico a ser aplicado nas fazendas”. Assim, o jurado Celso Menezes sintetiza as disputas nas exposições. “Ela mostra a evolução não só na morfologia, mas no manejo, no preparado dos animais, na nutrição, no casqueamento, na genética mais apropriada para cada objetivo, na força leiteira, no sistema mamário, na conformação de membros. Isso tudo é um retrato que o criador vai pegar na exposição e levar para seu rebanho”, garante Menezes.
Para o criador Marcos José de Paiva, do Sítio São Sebastião, em Lavrinhas/SP, as exposições vêm mostrando animais cada vez mais equilibrados, modernos e com força leiteira. “Participo das exposições há alguns anos e, a cada evento, volto para casa com novas metas a serem alcançadas, mas sempre procurando o equilíbrio e a saúde”, diz o criador, que terminou os rankings Nacional, Circuito Megaleite e Minas Gerais 2023/2024 como segundo Melhor Criador e Expositor CCG 3/4. Entre os títulos conquistados na Megaleite, está o de Melhor Fêmea Jovem 3/4.
Marcos José de Paiva seleciona Girolando desde 2010. A partir de então vem adquirindo matrizes com o propósito de formar um time de doadoras CCG 1/2 para produção de animais CCG 3/4, visando a produção
Criador Marcos Paiva comemora vitória na Megaleite 2024
Jean Vic recebe premiação na Megaleite 2024
de leite. “É uma composição que tem lactação mais durável. Além disso, no Vale do Paraíba, o 3/4 é um gado melhor para comércio e vem sendo muito utilizado em projetos de compost barn”, explica.
Com mais de 200 animais registrados, manejados dentro de um sistema semi-extensivo, o Sítio São Sebastião utiliza tecnologias como FIV para acelerar a multiplicação da genética selecionada. “A FIV deu uma virada de chave no nosso projeto, com uma evolução genética do rebanho impressionante. Hoje, 80% dos nascimentos são de FIV e os outros 20% de inseminação artificial e touro de repasse”, diz Paiva.
Para a produção dos animais 3/4, utiliza as doadoras da fazenda (vacas Teatro) e touros Holandês de alto valor genético, com foco em saúde, força leiteira, resistência, longevidade e boa produção de leite.
Agora, a fazenda deu início a uma segunda etapa do projeto, que visa a produção de doadoras CCG 1/4, destinadas à produção da raça Girolando. Para isso, estão sendo utilizadas as doadoras 1/2 e 3/4 da propriedade, genética consagrada nas pistas. “Ter o reconhecimento do nosso trabalho nas exposições é muito gratificante, pois isso agrega valor ao nosso plantel. A vice-liderança no ranking deste ano nos deixou com a sensação de dever cumprido, de que o nosso trabalho de seleção tem dado muito certo. Acredito que as exposições medem isso bem”, conclui o criador.
Início entre os melhores
Se para alguns estar entre os líderes do Ranking Nacional já é uma conquista antiga, para outros esta é
uma sensação recente e muito bem-vinda. É o caso do criador Rodrigo Nogueira, que comanda a Estância Nogueira, em Inhaúma/MG. Segundo Melhor Expositor e Melhor Criador CCG 1/2 do Ranking Nacional, ainda está entre os cinco mais bem colocados dos rankings Circuito Megaleite e Minas Gerais, incluindo na composição CCG 3/4. “Representa muito para nós este resultado, que foi alcançado em menos de três anos de criação. É a certeza de que trabalhamos e planejamos muito bem o projeto, investindo em genética de qualidade e bom manejo”, assegura Nogueira.
A propriedade conta atualmente com 380 cabeças, de várias composições raciais dentro do Girolando, mas sendo a maioria de CCH 1/2. Dentro de um sistema de pastejo semi-intensivo, os animais são selecionados já no nascimento e recebem atenção diferenciada desde então. O manejo eficiente e simples é focado no desen-
volvimento precoce e no bem-estar das bezerras. “Temos um bezerreiro no modelo argentino, e piquetes onde os animais recebem o trato no cocho, com a dieta específica para cada lote até a confirmação da prenhez. Já os animais adultos em lactação recebem alimentação em pista de trato, passando por duas ordenhas. Para garantir o conforto térmico deles nesse momento, o local conta com um sistema de resfriamento. Após a ordenha, os animais recebem silagem e ração, antes de serem levados para o pasto”, explica o titular da Estância Nogueira. Para acelerar a genética que vem sendo selecionada, o criador adotou a tecnologia FIV. Os investimentos vêm dando resultados importantes. Na Megaleite, última exposição do Ranking Nacional, Rodrigo levou para a casa premiações em várias categorias do CCG 1/2, como a de Vaca 2 anos Sênior, Úbere Jovem, Vaca Jovem e Reservada Grande Campeã. O jurado Celso Menezes reforça que todas essas histórias de sucesso nas pistas representam a revolução genética que vem ocorrendo no campo. “O criador entendeu que as vacas de melhor conformação têm mais vida útil e maior valor comercial. É isso que eles têm de buscar, para potencializar os resultados do criatório não só na produção, mas no valor de mercado. É nossa tarefa, como jurado, levar esse conhecimento para a pista e, consequentemente, para os criadores, que poderão aplicar esses conceitos em seus criatórios”, conclui Celso Menezes.
Jurado Celso Menezes em sua segunda atuação na Nacional de Girolando
Emoção do criador Rodrigo Nogueira e família durante anúncio de mais uma vitória na Megaleite 2024
JORNADA FIV MONTROSS LPN
FERNANDA FORBES IS OLHOS D’ÁGUA
EXPOSIÇÕES E EVENTOS
CONFIRA OS PRIMEIROS CLASSIFICADOS DE CADA RANKING MELHORES EXPOSITORES E MELHORES CRIADORES POR CLASSE DE JULGAMENTO
Expositor CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
1- JEAN VIC MESABARBA E AGUIAR ARRABAL DE MACEDO VICENTE
2- LUIZ CARLOS BANDOLI GOMES
3- TULIO GOMES ARAUJO
4- JOSÉ RENATO CHIARI
5- WALTER VITOR DE OLIVEIRA
Expositor CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
1- JOSÉ LUIZ VIVAS
2- WALTER VITOR DE OLIVEIRA
3- RODRIGO NOGUEIRA FERREIRA
4- RICARDO FERNANDES SILVA
5- WANDER CAMPOS MARCOS
Expositor CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
1- LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
2- MARCOS JOSÉ DE PAIVA
3- CARLOS ALBERTO LUIZ DE ALMEIDA
4- HEBERT LEVER JOSÉ DO COUTO
5- MARIA BEATRIZ DO PRADO ZAGO
Expositor Girolando
1- EUGÊNIO DELIBERATO FILHO
2- NOVOTEMPO AGRO
3- JOSÉ RENATO CHIARI
4- LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
5- LUCIANO PAIVA NOGUEIRA
Criador CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
1- LUIZ CARLOS BANDOLI GOMES
2- TULIO GOMES ARAUJO
3- JEAN VIC MESABARBA E AGUIAR ARRABAL
DE MACEDO VICENTE
4- RAFAEL TADEU SIMÕES
5- JOSÉ RENATO CHIARI
Criador CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
1- JOSÉ LUIZ VIVAS
2- RODRIGO NOGUEIRA FERREIRA
3- FERNANDO ANTÔNIO LEMOS
4- WALTER VITOR DE OLIVEIRA
5- RENATO JOSÉ MOREIRA NOVAES
Criador CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
1- LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
2- MARCOS JOSÉ DE PAIVA
3- CARLOS ALBERTO LUIZ DE ALMEIDA
4- HEBERT LEVER JOSÉ DO COUTO
5- MARIA BEATRIZ DO PRADO ZAGO
Criador Girolando
1- EUGÊNIO DELIBERATO FILHO
2- JOSÉ RENATO CHIARI
3- LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
4- LUCIANO PAIVA NOGUEIRA
5- MÁRCIO EUGÊNIO LEITE DE CASTRO
EXPOSIÇÕES E EVENTOS
Expositor CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
1 - JEAN VIC MESABARBA E AGUIAR ARRABAL DE MACEDO VICENTE
2 - LUIZ CARLOS BANDOLI GOMES
3 - TULIO GOMES ARAUJO
4 - WALTER VITOR DE OLIVEIRA
5 - JOSÉ RENATO CHIARI
Expositor CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
1 - WALTER VITOR DE OLIVEIRA
2 - JOSÉ LUIZ VIVAS
3 - RICARDO FERNANDES SILVA
4 - RODRIGO NOGUEIRA FERREIRA
5 - ZIRLENE SOARES PEREIRA
Expositor CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
1 - LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
2 - MARCOS JOSÉ DE PAIVA
3 - MARIA BEATRIZ DO PRADO ZAGO
4 - RICARDO FERNANDES SILVA
5 - RODRIGO NOGUEIRA FERREIRA
Expositor Girolando
1 - EUGÊNIO DELIBERATO FILHO
2 - LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
3 - NOVOTEMPO AGRO LTDA
4 - JOSÉ RENATO CHIARI
5 - LUCIANO PAIVA NOGUEIRA
Criador CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
1 - LUIZ CARLOS BANDOLI GOMES
2 - JEAN VIC MESABARBA E AGUIAR ARRABAL DE MACEDO VICENTE
3 - TULIO GOMES ARAUJO
4 - JOSÉ RENATO CHIARI
5 - EUGÊNIO DELIBERATO FILHO
Criador CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
1 - JOSÉ LUIZ VIVAS
2 - RODRIGO NOGUEIRA FERREIRA
3 - WALTER VITOR DE OLIVEIRA
4 - LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
5 - JOSÉ ROBERTO M. MEIRELLES /JULIANO G. MEIRELLES
Criador CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
1 - LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
2 - MARCOS JOSÉ DE PAIVA
3 - MARIA BEATRIZ DO PRADO ZAGO
4 - LUIZ CARLOS BANDOLI GOMES
5 - JOSÉ RENATO CHIARI
Criador Girolando
1 - EUGÊNIO DELIBERATO FILHO
2 - LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
3 - LUCIANO PAIVA NOGUEIRA
4 - JOSÉ RENATO CHIARI
5 - LUIZ CARLOS BANDOLI GOMES
EXPOSIÇÕES E EVENTOS
Expositor CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
1- GUILHERME MENDES RODRIGUES
2- HAMILTON DE ARAÚJO BACELAR FILHO
3- FÚLVIO BRENO DE OLIVEIRA LIMA
4- ORLEANS CLEY VIEIRA NASCIMENTO
5- EDIMILSON GOES DOS SANTOS
Expositor CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
1- ZIRLENE SOARES PEREIRA
2- MARCIANO MACHADO DE ANDRADE JÚNIOR
3- DOMÍCIO JOSÉ GREGÓRIO ARRUDA SILVA
4- EMÍLIO SILVA
5- JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
Expositor CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
1- PAULO EMÍLIO R. DO AMARAL JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
2- GUILHERME MENDES RODRIGUES
3- JORGE LUIZ SOUSA SANTOS
4- EDIMILSON GOES DOS SANTOS
5- JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
Expositor Girolando
1 - PAULO EMÍLIO R. DO AMARAL
2 - HAMILTON DE ARAÚJO BACELAR FILHO
3 - EDIMILSON GOES DOS SANTOS
4 - LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
5 - JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
Criador CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
1- FÚLVIO BRENO DE OLIVEIRA LIMA
2- ORLEANS CLEY VIEIRA NASCIMENTO
3- GUILHERME MENDES RODRIGUES
4- EDIMILSON GOES DOS SANTOS
Criador CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
1- ZIRLENE SOARES PEREIRA
2- JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
3- DOMÍCIO JOSÉ GREGÓRIO ARRUDA SILVA
4- MARCIANO MACHADO DE ANDRADE JÚNIOR
5- ALEXANDRE GONDIM DA ROSA OITICICA
Criador CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
1- PAULO EMÍLIO R. DO AMARAL
2- JORGE LUIZ SOUSA SANTOS
3- EDIMILSON GOES DOS SANTOS
4- JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
5- LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
Criador Girolando
1 - PAULO EMÍLIO R. DO AMARAL
2 - HAMILTON DE ARAÚJO BACELAR FILHO
3 - EDIMILSON GOES DOS SANTOS
4 - LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
5 - JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
EXPOSIÇÕES E EVENTOS
Expositor CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
1- FÚLVIO BRENO DE OLIVEIRA LIMA
2- RUBEM SÉRGIO SANTOS DE OLIVEIRA
3- EDIMILSON GOES DOS SANTOS
4- ORLEANS CLEY VIEIRA NASCIMENTO
5- LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
Expositor CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
1- MARCIANO MACHADO DE ANDRADE JÚNIOR
2- GENYL FRANCISCO DE LIMA
3- JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
4- LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
5- ZIRLENE SOARES PEREIRA
Expositor CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
1- EDIMILSON GOES DOS SANTOS
2- JORGE LUIZ SOUSA SANTOS
3- JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
4- GENYL FRANCISCO DE LIMA
5- LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
Expositor Girolando
1- EDIMILSON GOES DOS SANTOS
2- GENYL FRANCISCO DE LIMA
3- JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
4- ELTON CARDOSO SÁ BARRETO DE FREITAS
5- LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
Criador CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
1- FÚLVIO BRENO DE OLIVEIRA LIMA
2- RUBEM SÉRGIO SANTOS DE OLIVEIRA
3- EDIMILSON GOES DOS SANTOS
4- ORLEANS CLEY VIEIRA NASCIMENTO
5- LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
Criador CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
1- MARCIANO MACHADO DE ANDRADE JÚNIOR
2- JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
3- ZIRLENE SOARES PEREIRA
4- LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
5- DOMICIO JOSÉ GREGÓRIO ARRUDA SILVA
Criador CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
1- EDIMILSON GOES DOS SANTOS
2- JORGE LUIZ SOUSA SANTOS
3- JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
4- LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
5- ELTON CARDOSO SÁ BARRETO DE FREITAS
Criador Girolando
1- EDIMILSON GOES DOS SANTOS
2- JOSÉ GERALDO SOUZA ALMEIDA
3- ELTON CARDOSO SÁ BARRETO DE FREITAS
4- LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
5- FABRICIO LIMA COSTA
REPOSIÇÃO COVER LOCK PARA BOTIJÃO 35-125
BOTIJAO DE SEMEN
Cryofarm modelo YDS 35-125
CANECA EM ALUMÍNIO PARA BOTIJÃO YDS- 35-125
TAMPA PLÁSTICA PARA BOTIJÃO YDS-35-125
TATUADOR TIPO STONE EM ALUMÍNIO
• PADRÃO ABCZ
• POSSUÍ 4 POSIÇÕES
• ACOMPANHA JOGO DE NÚMEROS O A 9
• DÍGITOS E LETRAS PODEM SER ADQUIRIDOS SEPARADAMENTE E EM UNIDADES
Com alta tecnologia, o Botijão de Sêmen
Cryofarm preserva a qualidade e viabilidade genética do sêmen em nitrogênio líquido (N2L), por períodos prolongados.
LUVA GLOVELAST
• ÚNICA LUVA COM BORDA ELÁSTICA PARA MELHOR FIXAÇÃO NO OMBRO
• EXCELENTE SENSIBILIDADE
• COMP. 90CM
• ex. COM 50UND
EXPOSIÇÕES E EVENTOS
Expositor CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
1- THIAGO NOGUEIRA LEMOS
2- JOÃO PEDRO AYRES NEVES DE AZEVEDO
3- NELSON ARIZA
4- PAULO GABRIEL REIS NADER
5- EUGÊNIO DELIBERATO FILHO
Expositor CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
1- FERNANDO ANTÔNIO LEMOS
2- RICARDO FERNANDES SILVA
3- JOÃO PEDRO AYRES NEVES DE AZEVEDO
4- CARLA ROBERTA VALENCIO COSTA
5- RAFAEL TADEU SIMÕES
Expositor CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
1- CARLOS ALBERTO LUIZ DE ALMEIDA
2- JOÃO PEDRO AYRES NEVES DE AZEVEDO
3- MARCOS JOSÉ DE PAIVA
4- LUÍS JOSÉ MARRICHI BIAZZO
5- EVANDRO GOULART FERNANDES
Expositor Girolando
1- EUGÊNIO DELIBERATO FILHO
2- CARLOS ALBERTO LUIZ DE ALMEIDA
3- PAULO GABRIEL REIS NADER
4- MARCELO MITIDIERI MEIRELLES FERREIRA
5- NELSON MANCINI NICOLAU
Criador CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
1- THIAGO NOGUEIRA LEMOS
2- JOÃO PEDRO AYRES NEVES DE AZEVEDO
3- NELSON ARIZA
4- PAULO GABRIEL REIS NADER
5- EUGÊNIO DELIBERATO FILHO
Criador CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
1- FERNANDO ANTÔNIO LEMOS
2- JOÃO PEDRO AYRES NEVES DE AZEVEDO
3- CARLA ROBERTA VALENCIO COSTA
4- CRISTIANO OLIVEIRA CANHA
5- CONDOMÍNIO PAULO EMATNÉ E FILHOS
Criador CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
1- CARLOS ALBERTO LUIZ DE ALMEIDA
2- JOÃO PEDRO AYRES NEVES DE AZEVEDO
3- MARCOS JOSÉ DE PAIVA
4- EVANDRO GOULART FERNANDES
5- ANGELO GONÇALVES DOS SANTOS
Criador Girolando
1- EUGÊNIO DELIBERATO FILHO
2- CARLOS ALBERTO LUIZ DE ALMEIDA
3- PAULO GABRIEL REIS NADER
4- MARCELO MITIDIERI MEIRELLES FERREIRA
5- NELSON MANCINI NICOLAU
EXPOSIÇÕES E EVENTOS
Expositor CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
1- JEAN VIC MESABARBA E AGUIAR ARRABAL DE MACEDO VICENTE
2- TULIO GOMES ARAUJO
3- LUIZ CARLOS BANDOLI GOMES
4- JOSÉ RENATO CHIARI
5- WALTER VITOR DE OLIVEIRA
Expositor CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
1- WALTER VITOR DE OLIVEIRA
2- RODRIGO NOGUEIRA FERREIRA
3- RICARDO FERNANDES SILVA
4- JOSÉ LUIZ VIVAS
5- WANDER CAMPOS MARCOS
Expositor CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
1- LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
2- MARCOS JOSÉ DE PAIVA
3- HEBERT LEVER JOSÉ DO COUTO
4- MARIA BEATRIZ DO PRADO ZAGO
5- RODRIGO NOGUEIRA FERREIRA
Expositor Girolando
1- EUGÊNIO DELIBERATO FILHO
2- JOSÉ RENATO CHIARI
3- NOVOTEMPO AGRO LTDA
4- LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
5- LUCIANO PAIVA NOGUEIRA
Criador CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
1- TULIO GOMES ARAUJO
2- LUIZ CARLOS BANDOLI GOMES
3- JEAN VIC MESABARBA E AGUIAR ARRABAL DE MACEDO VICENTE
4- RAFAEL TADEU SIMÕES
5- JOSÉ RENATO CHIARI
Criador CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR
1- JOSÉ LUIZ VIVAS
2- RODRIGO NOGUEIRA FERREIRA
3- WALTER VITOR DE OLIVEIRA
4- RENATO JOSÉ MOREIRA NOVAES
5- MILLER CRESTA DE MELO SILVA
Criador CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR
1- LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
2- MARCOS JOSÉ DE PAIVA
3- HEBERT LEVER JOSÉ DO COUTO
4- MARIA BEATRIZ DO PRADO ZAGO
5- JOSÉ RENATO CHIARI
Criador Girolando
1- EUGÊNIO DELIBERATO FILHO
2- LUIZ CLÁUDIO BASTOS DE MOURA/KARLA
SALGADO R. DE MOURA
3- JOSÉ RENATO CHIARI
4- LUCIANO PAIVA NOGUEIRA
5 - MÁRCIO EUGÊNIO LEITE DE CASTROUNHA FILHO
CRIADORES
Girolando em novo tempo
Os irmãos Ana Rúbia e Rubens em mais um evento com premiações
Genética selecionada pela Fazenda Fortaleza, tradicional criatório do Mato Grosso do Sul, conquista espaço no mercado nacional e internacional. A propriedade inicia nova fase com a Novotempo Agropecuária.
Um dos estados de maior vocação agropecuária, o Mato Grosso do Sul vem conquistando cada vez mais espaço no mercado de genética bovina e impulsionando a expansão de tradicionais criatórios da raça Girolando. É o caso da Fazenda Fortaleza e Fazenda São Marcos, próximas à Campo Grande/MS, onde a produção de genéti-
ca Girolando é o carro-chefe do trabalho iniciado pelo criador Rubens Belchior da Cunha em 1998, ano em que se tornou associado da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Na época, o foco era produção de leite e de touros melhoradores 5/8 e Puro Sintético.
A propriedade participa desde 2006 do
Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) e desde 2007 vem testando seus touros no Teste de Progênie. Já são seis reprodutores provados, muitos deles de destaque nacional. O primeiro deles foi Netuno Famoso Dona Beja, um animal 5/8 com sete títulos de Melhor Progênie de Pai, cujas filhas se destacaram pelo excelen-
por Larissa Vieira
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te sistema mamário, qualidade de aprumos, linha de dorso firme e garupa, além de muito comprimento. Ele foi um dos campeões de vendas de sêmen em 2009. Também é crioulo da fazenda o touro Rocky Goldwyn FIV RDMS, um animal extremamente utilizado no Brasil e no exterior.
Outro touro de destaque foi Evoque Morty Gil FIV São Marcos, animal 5/8 que foi líder da 15ª bateria do Sumário de Touros e com filhos despontando em várias exposições, dentre eles o touro PS, Macan Evoque Máquina R da Fortaleza, atual Campeão Touro Jovem e Grande Campeão da ExpoZebu, e Excel, Campeão Bezerro Júnior
e Melhor Macho Jovem do mesmo evento. Outro touro contratado por central é Grego III Negundo FIV R da Fortaleza, da família da doadora BB Milk Grécia Espelho. Além de ter mãe e irmãs recordistas de lactação, suas filhas também vêm se destacando no plantel e apresentando excelentes índices de produção, representando evolução da genética da fazenda Fortaleza.
A vaca Grécia 1 Gillespy é o animal número 1 do rebanho em PTA Leite, já somando em sua vida produtiva 33.685,62 mil kg/leite. Entre as doadoras que fizeram história no criatório estão Harmonia, Laranja, Iage e Grécia. “Além do Teste de Progênie,
a propriedade é participante do Serviço de Controle Leiteiro e faz a genotipagem dos animais, ferramentas utilizadas na seleção de indivíduos superiores”, diz a criadora Ana Rúbia Rosa da Cunha.
Todo o trabalho é desenvolvido em conjunto com o irmão Rubens Belchior da Cunha. Desde 2004, ele atua na gestão do rebanho, buscando selecionar para produtividade, fertilidade, longevidade e saúde, dentre outras características.
A fazenda conta com vários touros 5/8 e PS em centrais de inseminação. O mais jovem contratado é Épico Exceção Elo FIV da Fortaleza (Elo Supersire X Chottle), que durante a Megaleite 2024 foi anunciado como novo integrante da bateria da Genex Brasil. Ele é um touro PS, com PTA Leite genômica de 1.227 e provado para A2A2.
Em 2021, Rubens e Ana Rúbia decidiram ampliar o projeto, fundando a Novotempo Agropecuária. Foram adquiridos animais Gir Leiteiro de criatórios consagradas no Brasil para formação de um plantel CCG 1/2 de alto valor genético. O criatório conta no rebanho com filha direta e netas das doadoras consagradas, como Iluminada, Fábrica, Maringá, Luziada, Profana e Gestão. “Hoje produzimos Gir Leiteiro, mas sem perder o foco na nossa origem que foi a seleção voltada para produção do Girolando com avaliação e provado”, explica Rubens.
Outro cruzamento que vem sendo produzido na fazenda é o CCG 1/4, visando a criação de doadoras e produção de embriões para formação do Girolando 5/8. “Desde o início, trabalhamos em busca de um animal diferenciado, dentro do 5/8 e do Puro Sintético. Agora, estamos levando essa nossa expertise do 5/8 para a produção do
Novotempo Agropecuária recebe premiação na ExpoZebu 2024
Grécia I Gillespy é destaque do rebanho da Fazenda Fortaleza
melhor 1/2 e do melhor 1/4”, ressalta Ana Rúbia.
Segundo Rubens a proposta é unir tradição e inovação. “Na verdade, não é nada que estamos iniciando agora. Já produzimos genética Girolando com extrema qualidade há muito tempo. É só uma nova geração, um novo tempo no qual alinhamos algumas rotas para atender a forte demanda pela raça”, diz o criador.
A produção de embriões é mais um segmento de atuação da Novotempo. “Nossas melhores doadoras estão sendo utilizadas para produzir embriões, visando atender não só o mercado interno, mas também o externo. Já comercializamos para países da América Latina, Ásia e África. A procura maior é pelo Girolando 1/2 e Gir Leiteiro. Os nossos touros também vêm fazendo sucesso nos criatórios internacionais com a venda de sêmen para exportação.”, informa Ana Rúbia.
Além do rebanho leiteiro, a fazenda sempre trabalhou com gado de corte para engorda. Hoje, a atividade foi ampliada para atuar na pecuária de elite, com um plantel de Nelore PO que vem sendo selecionado com uso de modernas tecnologias e de linhagens de referência dentro da raça.
Outro investimento é na qualificação da equipe da fazenda, buscando maior eficiência de cada processo e manejo, bem-estar dos profissionais e do rebanho. “Para aproveitar bem toda a área da fazenda, estamos adotando a intensificação do sistema de produção e ter uma equipe bem treinada faz toda a diferença para atingir as metas que estabelecemos”, assegura a criadora.
Conquistas nas exposições
Além da tradição em genética, a fazenda mantém sua história de sucesso nas pistas de julgamento desde 2008, quando
disputaram a primeira exposição. Recentemente, o criatório levou troféus em eventos como: ExpoZebu, Expogrande, Megaleite, Exposição de Paraopeba, de Sete Lagoas, de Curvelo e de Paranaíba. Com isso, vem figurando entre as primeiras posições nos Rankings Nacional e Estadual. Em 2024, foi o segundo Melhor Expositor de Girolando do Ranking Nacional, Melhor Expositor da ExpoZebu e da Expogrande e terceiro Me-
lhor Expositor da Megaleite.
O criatório conquistou pelo segundo ano consecutivo o campeonato de Fêmea Jovem 5/8 da ExpoZebu, vencido por Rovena Hancock FIV Boa Fé, além do Grande Campeonato de machos e Melhor Macho Jovem conquistados por Macan e Excel, respectivamente.
A fazenda também já acumula vitórias na raça Gir Leiteiro. “É uma grande satisfação ter nosso trabalho reconhecido em pistas importantes, nas centrais e no mercado internacional. Isso nos motiva a continuar investindo em genética superior e nas mais modernas tecnologias para produzir um Girolando e um Gir Leiteiro de resultado”, diz a criadora.
Segundo ela, toda a trajetória da família na pecuária reforça a importância de uma gestão que valoriza a história ao mesmo tempo que se moderniza para atender cada nova demanda do mercado. “Uma empresa familiar tem de ter história. O que engaja as pessoas? Propósito, mas também a história. Tudo isso é muito importante e precisa ser passado. Se não trouxer o legado, os valores, a filosofia para seu negócio, não terá sucesso. Estamos numa nova fase em um ‘novo tempo’ sem perder nossa raiz” finaliza Ana Rúbia, que faz questão de passar esse amor pela raça para o filho, o pequeno Arthur.
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Melhor Fêmea Jovem 5/8 da ExpoZebu Rovena Hancock FIV Boa Fé
Ana Rúbia e o filho Arthur com a vaca Chanel
Fazendas leiteiras ganham certificação em Biosseguridade
As validações ocorreram em duas fazendas, uma delas a Santa Luzia
Como integrar a saúde do rebanho e das pessoas que atuam na fazenda com a conservação ambiental de forma holística e preventiva? Para encontrar respostas para essa questão, a Embrapa Gado de Leite validou boas práticas e procedimentos operacionais em duas das maiores fazendas produtoras de leite do Brasil: a Santa Luzia (Passos/MG), referência na seleção de Girolando, e a Colorado (Araras/SP), focada na raça Holandesa. “Trata-se de um programa construído a várias mãos, ao longo de dois anos, com o intuito de desenvolver vários procedimentos para a fazenda evoluir na questão da biosseguridade, no seu sentido mais amplo, passando pela segurança com animal, segurança com o homem e com o próprio meio ambiente. É a busca pela qualidade continuada”, explica o pecuarista Mauricio Silveira Coelho, que comanda a Santa Luzia.
As validações resultaram na construção do recém-lançado “Programa
de Certificação em Biosseguridade para Propriedades Leiteiras”, desenvolvido em parceria com a Boehringer-Ingelheim Saúde Animal. O termo “biosseguridade” refere-se às medidas e práticas destinadas a prevenir a propagação de agentes infecciosos em ambientes biológicos, como laboratórios, hospitais e centros de pesquisa.
Os pontos críticos na produção de leite foram consolidados em protocolos auditados de acordo com padrões internacionais e validados em campo. Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Bruno Campos de Carvalho, que trabalhou no desenvolvimento da tecnologia, o Programa traz medidas mais efetivas para uso de equipamentos de proteção individual, procedimentos de segurança, controles de biossegurança e a implementação de protocolos para minimizar o risco da exposição tanto de pessoas quanto de animais a agentes patogênicos. “A utilização de antibióticos
de forma indiscriminada pode gerar bactérias resistentes, comprometendo todo o ecossistema”, diz o pesquisador.
Os pesquisadores da Embrapa utilizaram o Protocolo FMEA (sigla em inglês: Failure Mode and Effects Analysis - Análise de Modo de Falha e dos Efeitos, em tradução livre). O FMEA é uma metodologia usada para analisar e prevenir possíveis falhas ou problemas num processo, produto ou sistema. A FMEA identifica as diferentes maneiras pelas quais um sistema pode falhar, avalia as consequências dessas falhas e prioriza as ações corretivas para mitigar ou eliminar os riscos associados a essas falhas.
Segundo a Embrapa, o protocolo é amplamente utilizado em indústrias e aviação, melhorando a confiabilidade, segurança e qualidade dos produtos e processos. “O FMEA é um método sistemático e proativo para conhecer um processo de forma a identificar onde e como ele pode falhar e também serve
MANEJO
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Maurício Coelho durante palestra sobre boas práticas na Megaleite
para avaliar o impacto que essas falhas podem ter” explica Carvalho.
O método identifica riscos, probabilidades, severidade, possibilidade de detecção e pontos críticos de controle. Os estudos da Embrapa identificaram mais de 140 pontos críticos na produção de leite no que diz respeito às boas práticas de biosseguridade.
Com os dados da fazenda, é possível estabelecer um diagnóstico de quais áreas do processo produtivo possuem maior necessidade de serem modificadas. Um exemplo é a mastite: doença de alto risco na pecuária de leite, grande probabilidade de ocorrência e de fácil detecção – problema que está entre as prioridades de unidades produtivas que desejam ser certificadas.
O programa conta com vários manuais de implantação para os diversos itens avaliados. Em conjunto, esses documentos estabelecem diretrizes e procedimentos para que propriedades leiteiras possam obter uma certificação de terceira parte que demonstre que a fazenda adota critérios mínimos obrigatórios para a biosseguridade. Envolvem o credenciamento de empresas certificadoras de terceira parte, que realizarão auditorias independentes em fazendas interessadas, aplicando a lista de verificação desenvolvida em conformidade com o Manual Operacional.
A Santa Luzia e a Colorado foram as primeiras fazendas a receberem o selo de biosseguridade certificada,
emitido pela CBS (Certificação em Biosseguridade). “Quando a fazenda aplica o checklist proposto consegue detectar o estágio que está dentro da biosseguridade e define os planos de melhorias sucessivas. Certamente será uma grande contribuição à pecuária”, acredita Maurício.
Pioneirismo no desenvolvimento de tecnologias
Diversas tecnologias que hoje estão disponíveis no mercado, primeiramente, foram validadas nos currais da Fazenda Santa Luzia. Com uma produção anual de mais de 16 milhões de litros de leite, o grupo está entre os pioneiros na adoção da FIV em larga escala no Brasil, sustentabilidade e bem-estar animal. “Meu pai [José Coelho Vítor] foi pioneiro em montar os primeiros estábulos de leite B no Brasil, em importar tanques de expansão e vagões TMR, para fazer dieta total. Outra inovação foi na sala de leite. Trabalhamos por muitos anos com vacas Girolando com bezerro ao pé na ordenha tipo tandem, em fila indiana. O espaço entre cada animal era de 2,20m, porém, por experimentação dentro da fazenda, decidimos reduzir o espaçamento para 1,50m. Fomos a primeira sala de ordenha em fila indiana reta do Brasil a ter essa metragem. A vaca ficava trespassada, mais contida, o comprimento do fosso foi encurtado e o desempenho melhorou. Uma sala que cabia seis vacas passou a caber oito, de cada lado. Depois dessa
validação, a DeLaval começou a divulgar esse modelo de sala, que hoje é extremamente usual”, lembra Maurício.
Outra prática liderada pela Santa Luzia foi o uso da ordenha sem ocitocina e sem bezerro ao pé na raça Girolando. Anteriormente, a fazenda utilizava o hormônio na ordenha e chegou a desenvolver um modelo de boas práticas de uso da ocitocina para evitar transmissão de doenças, como, por exemplo, o uso individual de seringas e agulhas. “Era uma prática que me incomodava. Então, começamos a planejar uma forma de retirar a ocitocina, adotando práticas de bem-estar”, recorda o criador.
Para desenvolver as boas práticas voltadas para a raça Girolando, eles tiveram a consultoria do especialista em manejo animal Nilson Dornellas. Foi desenvolvido um protocolo para o preparo das vacas na pré-ordenha, com estimulação, amansamento, preparação das novilhas para o parto. “Conseguimos erradicar totalmente o uso da ocitocina e retiramos o bezerro ao pé. Isso abriu um horizonte para muitas fazendas crescerem, porque uma ordenha com bezerro ao pé é limitada, lenta e mais trabalhosa, pois precisa de muito mais mão de obra. A própria realidade da Santa Luzia mudou. Antes, tínhamos 800 vacas em lactação, hoje temos 2.000. Foi um divisor de águas dentro da raça Girolando”, conclui Maurício.
MERCADO
Raça Girolando eleva produção de leite da Nigéria
Projeto prevê o melhoramento genético do rebanho nigeriano por meio de técnicas como: inseminação artificial, edição do genoma e outras biotecnologias
Produtores de leite da Nigéria, no oeste da África, estão inseminando vacas das raças nigerianas Bunaji e Gudali com sêmen da raça Girolando. O trabalho é feito em parceria com a Embrapa e o objetivo é alavancar a produção de leite no país, cuja média é de dois litros diários por vaca. Mais de 600 vacas foram inseminadas e, segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinícius Barbosa da Silva, já nasceram 250 bezerras F1 (Girolando/raça nigeriana). A expectativa inicial é realizar duas
mil inseminações em cem fazendas que fazem parte do projeto. Segundo o diretor da Agência Nacional para o Desenvolvimento da Biotecnologia Agrária (Nabda), da Nigéria, Abdullahi Mustapha, com o melhoramento genético dos rebanhos locais, a pecuária de leite nigeriana tem capacidade de elevar a produção diária para 10 a 15 litros por vaca. “Já começamos a fazer as inseminações artificiais do gado nigeriano com o sêmen Girolando do Brasil”, diz Mustapha.
De acordo com o diretor de pesquisa em genética, genômica e bioinformática da Nabda, Oyekanmi Nash, os produtores nigerianos vão esperar que as novas vacas entrem em produção para substituir paulatinamente o rebanho. Ainda segundo ele, de início as novas vacas produziriam entre cinco e dez litros de leite e progrediriam sem perder a boa adaptabilidade das espécies nigerianas às condições locais.
O próximo passo da Nabda é fazer a análise genômica das vacas
F1 para identificar quais características os animais resultantes dos cruzamentos herdaram dos pais e prever o potencial das novas vacas para a produção de leite.
O projeto Biotechnologies for Sustainable Dairy production in Africa (Biotecnologias para a produção leiteira sustentável na África) foi desenvolvido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com a presença da Embrapa. A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando participa indiretamente do projeto com informações sobre o pedigree dos touros e outros dados zootécnicos. Já a Nigéria seleciona as propriedades,
treina os inseminadores e fornece o suporte para obtenção e coleta de dados.
O projeto prevê o melhoramento genético do rebanho nigeriano por meio de técnicas como inseminação artificial, edição do genoma e outras biotecnologias. O objetivo é melhorar a viabilidade econômica e a sustentabilidade da produção leiteira de pequena escala na África Subsaariana, utilizando as raças bovinas locais já adaptadas às condições da região. Em breve a parceria deverá ser estendida para a transferência de tecnologia em pastagens, alimentação e manejo.
Ganhos para ambos os países De grande importância para a
Nigéria, o projeto também é bom para o Brasil. “Além de incrementar a exportação de sêmen, embriões e animais Girolando, estamos exportando tecnologia de ponta, desenvolvida pelo Brasil, que é a avaliação genômica da raça Girolando”, afirma o pesquisador. Silva diz ainda que a Embrapa está cumprindo seu papel, já que a África é uma das prioridades para a Embrapa no que se refere à cooperação internacional.
Ações como essa deverão ser expandidas para outros países africanos e do Oriente Médio. A Arábia Saudita, por exemplo, demonstrou interesse em participar do projeto e uma proposta seme -
Bezerras filhas de touros Girolando nascidas na Nigéria
lhante já foi encaminhada às autoridades daquele país. Além da exportação de sêmen e de tecnologia, outra vantagem para a pecuária nacional é que um grande mercado de venda de animais e embriões se abre para os criadores brasileiros.
A Nigéria tem cerca de 210 milhões de habitantes, sendo o país mais populoso do continente africano e o sexto mais populoso do mundo. Há previsão de que até o ano 2050 o país se torne umas das 20 maiores economias mundiais. No entanto, a maior parte da população nigeriana ainda vive em pobreza absoluta. Mustapha informa que as crianças nigerianas não consomem sequer 10% da quantidade de leite necessária.
O país importa anualmente cerca de US$1,5 bilhão em produtos lácteos, mas Mustapha acredita que a Nigéria tem condições para ser exportadora de leite para outros países africanos. “Temos um grande rebanho bovino, capacidade de alimentá-lo e pesquisadores em condições para tornar as raças nigerianas mais produtivas”, afirma. “Muitos países transformaram geneticamente seus rebanhos e estão produzindo leite em maior quantidade e melhor qualidade e nós também podemos realizar isso”, conclui.
Girolando: a revolução brasileira para a pecuária de leite tropical
O desenvolvimento da raça Girolando foi definido pelo pesqui -
sador da Embrapa, Rui da Silva Verneque, como o “milagre da pecuária de leite brasileira”. A raça taurina Holandesa (Bos taurus) é a que possui maior volume de produção, resultado de muitos séculos de seleção. No entanto, por ser oriunda do clima temperado europeu, os animais são mais vulneráveis ao calor e às doenças tropicais. Já a raça zebuína Gir (Bos indicus) tem origem nas regiões tropicais da Índia, sendo mais adaptada ao calor e a endo e ecto parasitas.
Com o objetivo de reunir o melhor das duas raças, em 1989 o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento homologou a raça sintética “Girolando”. Buscou-se, com isso, dotar o Brasil de uma genética bovina produtiva e adaptada às condições tropicais, agregando o que há de melhor nas raças Gir e Holandesa. Menos de uma década depois, em 1997, com a parceria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, foi criado pela Embrapa Gado de Leite o Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG).
O objetivo do PMGG é avaliar animais para a produção de leite e outras 32 características de importância econômica, incorporando, a cada ano, novos aspectos de avaliações, resultados, tecnologias e informações para os criadores. Com uma década do Programa, além do teste de progênie,
os criadores também passaram a receber informações acerca dos genótipos, marcadores moleculares, avaliações do sistema linear (Sistema de Avaliação Linear Girolando/Salg) e genética para idade ao primeiro parto, além da avaliação genômica de fêmeas da raça.
Nos últimos anos, a raça Girolando passou por uma revolução. A produção de leite média em até 305 dias na raça, em 2000, alcançava 3.683kg e, já em 2023, esse índice subiu para 6.930kg, representando aumento de aproximadamente 170% no período de 22 anos. O número de características avaliadas foi estendido de apenas três, em 2020, para 33, em 2023, além de outros 12 índices e compostos.
Outro ponto importante se refere à comercialização de sêmen no Brasil, que cresce ano a ano, sendo hoje a raça com maior expansão. Em 2023, foram produzidas 825.099 doses de sêmen, o que representa um aumento de mais de 11% em relação ao ano anterior. Segundo Silva, devido a esses e a outros fatores, a raça Girolando vem ganhando cada vez mais reconhecimento nacional e internacional, tornando-se a preferida para produção de leite nas regiões tropicais. No Brasil, a raça possui grande aceitação e cerca de 80% do leite produzido no País provêm de animais Girolando, sendo capazes de manter bom nível de produção em diferentes sistemas de manejo e de condições climáticas.
As ações voltadas para o melhoramento da raça tornaram o Brasil uma referência mundial em genética bovina para produção de leite em regiões de clima tropical. Prova disso são as importações da genética bovina nacional. “O tamanho desse mercado é incalculável, a julgar pelo interesse de alguns países, que incluem potências econômicas como a China, além dos países africanos”, conclui o pesquisador.
Pesquisador da Embrapa Marcos Vinicius Barbosa
GESTÃO
Governança como estratégia para fortalecer empresas familiares
As empresas familiares são um componente importante da economia, já que representam 75% do PIB global e empregam 75% da força de trabalho no mundo, segundo dados da KPMG. Nesse sentido, a Governança Familiar surgiu como uma importante estratégia para impulsionar o desenvolvimento e a longevidade do negócio.
Os benefícios são construídos na medida em que a Governança harmoniza e normatiza o funcionamento dos principais pilares que sustentam a dinâmica do sistema empresarial, sobretudo aqueles que compreendem subsistemas nas áreas da gestão, do patrimônio e da família. Porém, na prática ainda temos muito para avançar.
A pesquisa ‘Pratique ou Explique: Análise Quantitativa dos Informes de Governança’, realizada pelo IBGC, EY e TozziniFreire Advogados, que foi divulgada em outubro do ano passado, mostra que apenas 65,3% das empresas brasileiras aderem a práticas de governança. Além disso, pouco mais da metade delas têm um plano de sucessão de diretor-presidente.
Conscientizar-se sobre a importância de preparar pessoas – da família ou não – para ocupar os cargos-chave na empresa talvez seja um dos maiores desafios da governança. Mas a nova postura vai atuar como antídoto para enfrentar os desafios das organizações que compreendem comunicação, transformações do mer-
cado, avanço tecnológico, comércio eletrônico e a própria globalização.
Os pilares de governança nas empresas familiares são conceitos inter-relacionados que trabalham juntos para garantir a saúde do negócio, alinhando os interesses da família e da pessoa jurídica, garantindo a continuidade do negócio e a sua conformidade com as leis e regulamentos pertinentes.
Dessa forma, importante ressaltar quais são os três eixos que fazem com que essa engrenagem funcione: a governança corporativa (poder e controle), a governança familiar (senso de pertencimento e união) e a governança proprietária/societária (proteção do patrimônio).
Acredito que a governança é um
Cristhiane Brandão, Conselheira de Administração; consultora em Governança para Empresas Familiares e coordenadora do Capítulo Brasília/Centro Oeste do IBGC.
caminho sem volta, pois temos um mercado que vem impulsionando a implantação de princípios de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. Além disso, uma estrutura de governança madura contribui para que as decisões sejam tomadas no melhor ambiente possível, beneficiando todos conectados a ela, na empresa, família e na sociedade.
A Samsung é um exemplo de empresa familiar que enfrentou problemas de governança em razão de embates entre os seus membros sobre sucessão e estrutura de gestão. Devido a esta dificuldade, Jay Y. Lee, herdeiro e atual presidente executivo da companhia, decidiu que a liderança da companhia não será automaticamente transferida para a quarta geração da família.
Diante deste contexto desafiador, quando é o melhor momento para implantar a governança? Quanto antes, melhor. Isso significa que independe do estágio no qual um negócio familiar se encontra, já que os princípios direcionadores não são engessados e se adaptam a diferentes
empresas, com modelos de negócio e objetivos próprios.
Independentemente de onde a família e a empresa estejam em sua progressão, uma discussão sobre como implementar a governança é atualmente um exercício necessário. Para o doutor (Ph.D.) em psicologia das organizações pela Universidade de Barcelona e economista pela Universidade Mackenzie, em São Paulo, Werner Bornholdt, a implantação da governança acontece de maneira intuitiva:
“É um processo idêntico ao da reforma de uma casa. Começa com um planejamento (concepções iniciais), aprovação do orçamento (disponibilidade de investimentos) e contratação de um engenheiro ou arquiteto (consultor externo). No primeiro período da reforma, são removidos móveis, quebram-se paredes, geram-se desconforto e ruídos e aparecem as sujeiras. Implementar a governança nas empresas familiares é um processo de mudanças. Mudanças que geram desconfortos iniciais, mas, quando transpostas, o clima é de orgulho, satisfação e prazer. Como uma
casa recém-reformada. A governança nas empresas familiares exige que primeiramente sejam identificados os assuntos que dizem respeito à família, à sociedade e à empresa”.
Uma vez concluída essa etapa, os assuntos voltam a ser unidos e integrados, como a reconstrução das paredes e pintura final da reforma. Os instrumentos unificadores são justamente os órgãos de governança, tais como comitês e conselhos (consultivo, administrativo, fiscal, familiar). Quanto mais estruturados e fortes esses órgãos de governança, melhor vão atender as demandas das famílias, dos sócios e dos executivos.
Contar com profissionais de fora da empresa na hora de implementar a governança, a diretriz estratégica e alinhar a gestão da empresa pode ser essencial. Esse profissional buscará atuar de forma imparcial na mediação de conflitos e levar opiniões de outro ângulo para gestores e membros da família, o que contribuirá de maneira muito positiva na tomada de decisões e, consequentemente, na robustez do negócio!
GIROLANDO KIDS
Agropecuária
Maya Delalibera Pereira GonçalvesFazenda Escola da Fazu - Uberaba/MG
Marco Antônio Hauck Lopes de Queiroz Fazenda Formiga - Santos Dumont/MG
Henrique Freitas FagundesSítio Boa Esperança
Miguel Sequeto Giela - Fazenda das Palmeiras - Descoberto/MG
Quer ver a foto do seu filho na revista Girolando? Envie a foto junto com o nome da criança e da propriedade para o e-mail: imprensa@girolando.com.br
2º. DIRETOR ADMINISTRATIVO: Rubens Balieiro De Souza
1º. DIRETOR FINANCEIRO: José Antônio Da Silva Clemente
2º. DIRETOR FINANCEIRO:
Luiz Cláudio Bastos De Moura
DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS: Alexandre Lopes Lacerda
AL - ALESSANDRO TEIXEIRA COSTA
AL - ANDRÉ GAMA RAMALHO
AL - JOÃO PAULO BRANDÃO DO AMARAL
AM - ILDO LUCIO GARDINGO
AM - MUNI LOURENÇO SILVA JÚNIOR
BA - CLÁUDIO MICUCCI VAZ ALMEIDA
BA - DIRLEIA SANTOS MEIRA
BA - FABRICIO LIMA COSTA
BA - FRANCISCO PELTIER DE QUEIROZ FILHO
BA - MARINALDO DA SILVA ROCHA
BA - VALDEMIR ACÁCIO OSÓRIO
CE - EDUARDO FELICIO CALOU RODRIGUES COSTA
CE - RAFAEL CARNEIRO DA SILVEIRA
ES - JOSÉ LUIZ VIVAS
ES - RODRIGO JOSÉ GONÇALVES MONTEIRO
ES - WEVERTON MACHADO BASTOS
GO - DIEGO HILARIO RIBEIRO
GO - JOÃO DOMINGOS GOMES DOS SANTOS
GO - LÉO MACHADO FERREIRA
GO - LUIZ EDUARDO BRANQUINHO
MA - JOELDO OLIVEIRA LIMA
MG - CLEITON GONZAGA CASTILHO
MG - EUTÁLIO MARCIO DA SILVA
DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO: José Renato Chiari
DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Tatiane Almeida Drummond Tetzner
DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS: Marcelo Renck Real
CONSELHO FISCAL
Afonso Celso de Resende Alexandre Honorato
José Luiz Zago
SUPLENTES CONSELHO FISCAL
Alexandre Gondim da Rosa Oiticica
Henrique Vieira da Rocha
Márcio Eugênio Leite de Castro
Conselho de Representantes Estaduais:
MG - EVANDRO DO CARMO GUIMARÃES
MG - GUILHERME MENDES RODRIGUES
MG - GUSTAVO FREDERICO BURGER AGUIAR
MG - JOÃO DÁRIO RIBEIRO
MG - JOÃO MACHADO PRATA JÚNIOR
MG - JOSÉ COELHO DA ROCHA
MG - JOSÉ HUMBERTO RESENDE
MG - LUCIANO PAIVA NOGUEIRA
MG - MARCELO ZUCULIN JUNIOR
MG - MARIA CRISTINAALVES GARCIA
MG - OTAVIO PEREIRA DOS SANTOS NETO
MG - RENATO MIGLIO MARTIN
MG - ROBERTO MARTINS DE ANDRADE
MG - ROBERTO MARTINS VILLELA
MG - RODRIGO LAUAR LIGNANI
MG - SÉRGIO REIS PEIXOTO
MG - TÚLIO SERTÃ JUNQUEIRA
MG - VITOR CEZAR VELLOZO
MS - EDUARDO FOLLEY COELHO
MS - FÁBIO TAVEIRA SANDIM
MS - FRANCISCO DE PAULA RIBEIRO JR.
MS - GUSTAVO HENRIQUE PANUCCI DA SILVA
MS - PAULO CÉSAR DONINHO PELLEGRINI
MS - REINALDO VILELA DE MOURA LEITE
MS - RENATO PRADO MEDRADO
MS - THIAGO BARROS XAVIER
MS - THIAGO NOGUEIRA LEMOS
MT - LUCIANO FERRARI
PA - ADELINO JUNQUEIRA FRANCO NETO
PB - WAERSON JOSÉ SOUZA
PE - CRISTIANO NÓBREGA MALTA
PI - HERMÓGENES ALMEIDA DE SANTANA JÚNIOR
PI - JOSÉ GOMES DO AMARAL NETO
RJ - ANDRÉ GUSTAVO VASCONCELLOS MONTEIRO
RJ - JEAN VIC MESABARBA
RJ - JOSÉ GABRIEL DE SOUZA MACHADO
RJ - LUIZ CARLOS BANDOLI GOMES
RN - AÉCIO PINHEIRO FERNANDES
RN - ALEXANDRE CARLOS MENDES
RN - MANOEL MONTENEGRO NETO
RN - RICARDO JOSÉ RORIZ DA ROCHA
RO - DARCY AFONSO DA SILVA NETO
RO - GILBERTO ASSIS MIRANDA
RO - OTAYR COSTA FILHO
RS - JAIRO ANDRE GORCZEVSKI
RS - JOSÉ ADALMIR RIBEIRO DO AMARAL
CONSELHO CONSULTIVO
Bernardo Sousa Lima Mattos de Paiva Everardo Leonel Hostalacio
Olavo de Resende Barros Júnior
Paulo Cruz Martins Junqueira
Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro
SUPLENTES CONSELHO CONSULTIVO
Alexandre Freitas dos Santos
Arildo Benetti Ferreira
Aurora Trefzger Cinato Real
Nelson Ariza
Ronaldo de Souza Queiroz
SE - CARLOS AUGUSTO SANTOS DA PAIXÃO
SE - FÚLVIO BRENO DE OLIVEIRA LIMA
SE - JOÃO BOSCO MACHADO
SE - LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
SE - MARCIANO MACHADO DE ANDRADE JÚNIOR
SP - ALEXANDRE PEREIRA DA COSTA
SP - CARLOS ADALBERTO RODRIGUES
SP - FRUCTUOSO ROBERTO DE LIMA FILHO
SP - JOÃO PEDRO AYRES NEVES DE AZEVEDO
SP - RAUL DE OLIVEIRAANDRADE NETO
SP - RUBENS APARECIDO CÂMARA JÚNIOR
TO - NAPOLEÃO MACHADO PRATA
CONSELHO DELIBERATIVO TÉCNICO - CDT
Presidente do CDT: Edivaldo Ferreira Júnior
Membro Natos: Márcia Tereza Vieira Scarpati e Leandro de Carvalho Paiva
Membro Efetivos: José Renato Chiari, Gustavo Sousa Gonçalves, Tiago Moraes Ferreira, Marcello Mamedes dos Santos, Maurício Silveira Coelho, Olavo de Resende Barros Júnior, Adriano Fróes Bicalho e Cláudio André da Cruz Aragon.
Assessoria Executiva da Diretoria jmauad@girolando.com.br
Bottons bottons@girolando.com.br
Central de Relacionamento Girolando crg@girolando.com.br
Cobrança cobranca@girolando.com.br
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Controle Leiteiro scl@girolando.com.br
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DNA dna@girolando.com.br
Faturamento faturamento@girolando.com.br
Genealogia genealogia@girolando.com.br
Gerência de Projetos projetos@girolando.com.br
Grife grife@girolando.com.br
Marketing marketing@girolando.com.br
PMGG / Teste de Progênie pmgg@girolando.com.br
Protocolo protocolo@girolando.com.br
Recursos Humanos rh@girolando.com.br
Reprodutivo reprodutivo@girolando.com.br
Secretaria Executiva da Diretoria diretoria@girolando.com.br
Secretaria Executiva do Departamento Técnico cjrg@girolando.com.br
Superintendência Administrativa e Financeira sup.administrativo@girolando.com.br
Superintendência de Tecnologia da Informação sup.tic@girolando.com.br
Web Girolando duvidasweb@girolando.com.br
Leandro de Carvalho Paiva
Edivaldo Ferreira Júnior
Yasmine Micaella Lopes Loubach e Silva
Mariana D’Angelo Moreno
Nathalia Espanhol
André Nogueira Junqueira
Antônio Carlos Alves Brum
Ariana de Miranda Barros
Breno de Morais Cavalcanti
Carlos Henrique Ribeiro dos Reis Filho
César Júnior Santos Dellatesta
Cléssio José Gomes Moreira
Dagmar Aparecido Rezende Ferreira
Diogo Balderramas Hulpan Pereira
Érico Maisano Ribeiro
Euclides Prata dos Santos Neto
Fabiano Samuel Balistieri
Fernando Boaventura Oliveira
Frederico Eduardo Martins de Paiva
Gabriel Khoury da Costa
George Abreu Filho
Geraldo Victor Rodrigues
Henrique Zampier Ferreira Costa
Janaína Peixoto Ferreira Batista
José Renes da Silva
José Wagner Borges Júnior
Juscelino Alves Ferreira
Katilene Lima Moraes
Leandro Rodello
Limírio Cézar Bizinotto
Lívia Tavares da Silva
Marcello de Aguiar R. Cembranelli
Naelson Alves Farias Júnior
Nilton Cézar Barcelos Júnior
Pétros Camara Medeiros
Raphael Henrique Machado Stacanelli
Samuel Silva Bastos
Thiago Cavalcanti de Almeida
Wewerton Bibiano Resende Rodrigues
Zootecnista e Superintendente do SRG Zootecnista e Sup. Suplente do SRG e Coord. Técnico do PMGG Méd. Veterinária e Superv. Técnica/Adm da STA e Inspetora do SRG Zootecnista e Técnica do PMGG e Inspetora do SRG Zootecnista e Técnica do PMGG
