Turismo em Ação
A
revista “Turismo em Ação”, tem o objetivo de mostrar como surgiu e como acontece até hoje o Espetáculo da Paixão de Cristo de Fazenda Nova no Município de Brejo da Madre de Deus, no interior do estado de Pernambuco. Além de mostrarmos os passos que hoje consagram este local como o maior teatro ao ar livre do mundo, apresentamos as belezas de um povo acolhedor e uma natureza belíssima, de um lugar construído com muita garra através de um sonho que muitos consideravam impossível. De forma clara e objetiva, numa proposta voltada para o turismo do local, criamos esta revista com matérias sobre a história da construção de uma das muralhas mais famosas do teatro mundial, além da história de Plínio Pacheco, idealizador do espetáculo, dos pontos turísticos e os detalhes de uma região rica pelas suas belezas naturais. Assim nosso objetivo não se limita em evidenciar apenas as imagens do famoso espetáculo, mas levar o conhecimento da sua história para aqueles que ainda não conhecem. Por isso, caros leitores, através desta revista vocês poderão verificar o espaço, a história e as cenas brilhantes do mais famoso teatro ao ar livre do mundo. Esperamos, assim, que o nosso desenvolvimento editorial contribua de forma positiva para a compreensão daquilo que está sendo apresentado.
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Publicação especial sobre o Espetáculo da Paixão de Cristo.
EDITORIAL
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Sumário Fazenda Nova .....................................05 Sonho de Pedra .....................................06 O Espetáculo .....................................09 Acessibilidade .......................................11 Pontos turistiscos ......................................12
Expediente:
Mensagem ......................................16
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Turismo em Ação DIRETORA RESPONSÁVEL Ana Maria Araújo COORDENADOR DO CURSO Flaubert Paiva COORDENADORA DE TCC Cosma ribeiro ORIENTADORA Cosma ribeiro
Revista laboratório do curso de comunicação social jornalismo das faculdades integradas de Patos - FIP
JORNALISTA Ana Maria Araújo FOTOGRAFIAS Ana Maria Chalana Vanessa Heraldo Turismo Edvandro Souza DIAGRAMAÇÃO E DESIGN Glauber Alves (colaborador)
Publicação especial sobre o Espetáculo da Paixão de Cristo.
IMPRESSÃO G.A Studio’s TIRAGEM 20 cópias
CONTATO Araujo_ana5@hotmail.com
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Fazenda Nova é no interior que o Espetáculo acontece
Situado no agreste central pernambucano, o distrito de Fazenda Nova está situado a 180 km da capital do estado, Recife. A região apresenta características de um vilarejo calmo, de clima semi-árido, e uma população aproximada de 45.192 habitantes. Tornou-se um lugar muito conhecido por ter o maior teatro ao ar livre do mundo, onde acontece a encenação do espetáculo da “Paixão de Cristo”, há 44 anos durante a Semana Santa. Pela grandeza que se tornou, desde 1952, a Paixão de Cristo é o evento mais importante da região. Antes encenado nas vielas do vilarejo, hoje encenado dentro das muralhas de mais de 100 mil metros quadrados da cidade teatro, concluída em 1968. A organização do espetáculo calcula hoje que aproximadamente um público de três milhões de pessoas, em 44 anos de evento, já passou pelo teatro. Isto simboliza a grandeza e a proporção que ganhou o evento desde sua invenção. Segundo a direção do evento, no ano de 2011, o Espetáculo da Paixão de Cristo bateu recorde de público, Turismo em Ação
pois mais de 80 mil pessoas assistiram a encenação durante os nove dias de encenação. Tendo um público diário de 8 mil pessoas, vindos de 22 estados brasileiros e 12 países, como Holanda, Alemanha, Bolívia, Uruguai, Portugal. Durante todos esses anos o espetáculo, além das centenas de figurantes, teve como protagonistas artistas nacionais, da região Nordeste e da Rede Globo de Televisão, tais como Fábio Assunção, Miguel Falabela, Graziela Massafera, Mauricio Matar, Fafá de Belém, Suzana Vieira, Letícia Sabatela, Thiago Lacerda, entre outros. Mas, o espetáculo não é o único atrativo da região. Para quem deseja passear e conhecer mais a região do famoso espetáculo, pode ainda visitar a cidade do Brejo da Madre de Deus e seus arredores, onde há outras opções para oferecer, como: acampamentos em matas atlânticas, trilhas com cachoeiras, cavernas, além de trilhas noturnas, rapel e escaladas, museus e centro histórico, parque de esculturas em pedra, igrejas, furnas, cemitérios pré-históricos, sítios de pintura rupestre, além de festas e comemorações
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Monumento em homenagem a Plínio Pacheco
culturais de tradição na cidade. Um atrativo para os apaixonados é uma cavalgada realizada todos os anos na Sexta-Feira Santa. Segundo o organizador, Neto Leite, participam em média 200 homens que fazem um trajeto a cavalo de 22 quilômetros percorridos durante o dia inteiro, com várias paradas para o descanso dos animais e para a refeição. Ainda segundo Neto Leite os participantes saem da cidade de Tacaimbó com destino ao distrito de Fazenda Nova. Sendo que a primeira parada é na fazenda “Poço do Barão”, ainda em Tacaimbó, e a última é no sitio Fazenda Velha, no distrito de Fazenda Nova. O objetivo da cavalgada é reunir os amigos da região, homens e mulheres, mesmo que estas dificilmente participem, e quem deseja participar, assim como os turistas.
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Sonho de Plínio Pacheco, um dos principais responsáveis pelo Espetáculo da Paixão de Cristo, nasceu no município de Solidade, no Rio Grande do Sul. Vindo de uma família pobre, estudou em colégio de ensino religioso, no Colégio Marista de Santa Maria, onde nasceu. Como a aeronáutica era uma de suas paixões, Plínio Pacheco foi morar, durante três anos, em São Paulo, onde descobriu outra atividade que gostava de fazer: produção de notícia, momento em que cursou especialização no
curso de Comunicação Social. Plínio Pacheco também viveu em Fernando de Noronha, onde serviu a Força Aérea Brasileira em 1945. No arquipélago ele dizia ter encontrado a liberdade que precisava. Mas, quando se mudou para Recife em 1966 começou a trabalhar em vários lugares como na Aeronáutica, na função de controlador aéreo, de Jornalista trabalhando no Jornal do Comercio, na Revista do Nordeste e no Diário da Noite.Em 1955 chegou à Fazenda Nova –
PE, Distrito do município Madre de Deus, no interior de Pernambuco, onde logo se identificou com o vilarejo. Em 1956, durante o Carnaval, conheceu Diva, sua segunda esposa, filha de Epaminondas Mendonça, comerciante e líder político da cidade na época, o que fez permanecer no município. A partir deste momento conheceu a encenação dos últimos dias da vida de Jesus Cristo realizado nas ruas da cidade, era o Drama do Calvário, hoje Paixão de Cristo.
Estatueta que homenageia Plínio Pacheco
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Epaminondas e Sebastiana Mendonça idealizadores do espetáculo Drama do Calvário
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Com o ciclo de amizades que havia construído na capital pernambucana Plínio Pacheco convidou amigos de outras cidades e jornalistas para prestigiar e divulgar o evento. O ano de 1957 marca o período em que fixou moradia em Fazenda Nova - PE. Foi a partir deste momento, precisamente em 1961 que Plínio Pacheco assumiu a direção do espetáculo. O amor e a admiração pela encenação foi tão grande que ele idealizou a famosa muralha de pedra da cidade-teatro, numa extensão de 100 mil me-
tros quadrados e três metros de altura. Naquela época muitos amigos e familiares consideravam a idéia uma loucura. Pois, para conquistar seu objetivo Plínio Pacheco vendeu a própria casa, abandonou o emprego no Jornal do Comércio e pensava em abandonar a aeronáutica. Seu único pensamento era concretizar àquilo que viria se tornar seu grande sonho. Com grande dificuldade realizou algumas modificações no elenco e na produção: mudou textos, figurinos, atores. Naquele ano as despesas foram mui-
tas, pois não havia como pagar as contas, nem produzir um novo espetáculo. Tudo isto aconteceu justamente no momento em que a produção do teatro foi interrompida durante oito anos (19611969) para construção da muralha, o grande símbolo do maior teatro ao ar livre do mundo.
Plínio Pacheco dizia acreditar em um mundo melhor, dentre outras coisas, contribuiu para a educação da população local, conseguindo para isso a implantação de uma Escola em Fazenda Nova – PE. Devido à construção da cidade-teatro a família Pacheco passou por momentos de necessidade. O pior deles foi quando Plínio Pacheco começou a escrever a peça que é encenada até hoje, pois ele havia se isolado da família, dos amigos, e inclusive do teatro. Além disso, a família Pacheco passou um tempo em auto-exílio durante a perseguição do Regime Militar, que vetou as encenações no teatro. Após este período, a encenação seguiu a direção do sucesso, ficou a cada dia mais rica e valiosa para a população local e circunvizinha, projetando o grande evento para o Brasil e para o exterior. Em 1991 Plínio Pacheco teve que se afastar da direção do espetáculo por motivos de saúde, ficando até 1996 na direção do espetáculo com o filho Robson Pacheco, que passou a ser o diretor geral do evento até os dias atuais. As obras deixadas por Plínio Pacheco na região jamais serão esquecidas como ele mesmo dizia: “a marca de suas sandálias não ficaram nas veredas das terras áridas e sim na pedra onde o tempo jamais apagara”. Este era o verdadeiro objetivo dele: jamais ser esquecido, mas ser lembrado pela grandiosa obra que hoje se destaca nas muralhas que cercam a magnífica encenação dos últimos dias de vida de Jesus Cristo. Um sonho que se concretizou nas pedras do interior pernambucano, em Fazenda Nova.
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O maior teatro ao ar livre do mundo
O ano de 1951 marca o início do Drama do Calvário, encenação dos últimos dias de vida de Jesus Cristo que acontece durante a Semana Santa, no calendário da Igreja Católica, hoje Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. O evento começou de forma muito simples, nas ruas do vilarejo de Fazenda Nova, Distrito da cidade Brejo Madre de Deus-PE, sob o comando de Epaminondas Mendonça, comerciante e líder político do município, que ficou
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na direção até 1960. Mas, a partir deste ano Plínio Pacheco passou a dirigir o espetáculo, momento em que percebeu que aquilo poderia ser mais atraente e teatralmente maior, foi quando surgiu a idéia de construir a cidadeteatro. O início da construção da grande obra almejada por Pacheco aconteceu em 1962, onde o espetáculo passou a ser “Paixão de Cristo de Nova Jerusalém”, encenado en-
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tre as muralhas construídas. Mas, o teatro teve um longo tempo de construção e passou por vários momentos de dificuldade, chegando a parar a obra várias vezes por falta de verbas e pela perseguição durante a época da ditadura militar no Brasil, fato que ocasionou a paralisação do espetáculo durante oito anos. Com a ajuda de amigos e parentes, apesar das perseguições e da falta de verbas, a encenação ficou cada vez mais conhecida e passou a ser mais freqüentado, além de vivenciar novas etapas, a exemplo da participação de atores globais na encenação a partir de 1998.
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Desde aquela época, o espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém teve um extenso reconhecimento, passando a ser conhecido nacional e internacionalmente. O que faz completar hoje 44 anos de espetáculo ininterruptos e com muito sucesso, atraindo pessoas de várias partes do mundo. As nove noites de espetáculo acontecem hoje em um espaço de 100 mil metros quadrados, formado por uma muralha de três metros de altura, com 70 torres e nove cenários, atraindo mais 200 mil pessoas por ano. Mas, para que isso aconteça mais de 400 profissionais formam as equipes fundamentais para a realização do evento, desde o coordenador de som, luz, restaurante, hospedagem, posto médico, segurança, contraregra, guarda-roupa, administração até a coordenação geral do evento.
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Para Carlos Reis, o diretor do espetáculo, são necessários 860 refletores para iluminação dos cenários e platéias, 72 gabinetes de som digital, 13 catracas eletrônicas para o acesso do público e ainda 800 figurinos que fazem parte do guarda-roupa principal, além das roupas reservas de atores e figurantes. A direção ainda afirma que sempre procura inovações que a cada ano melhora a qualidade do evento. “Sempre a gente introduz
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uma melhoria artística, tecnológica, porque a cada ano apesar do diretor e a história serem os mesmos, o que existe é uma remontagem, e aí a gente encara de forma um pouquinho diferente”, disse Carlos Reis, diretor do espetáculo há 14 anos. Esta grandiosidade do Espetáculo da Paixão de Cristo tornou a região magnífica, apesar dos problemas que enfrentou. E hoje a sua história, sua construção e reconstrução o consagra como o maior teatro ao ar livre do mundo.
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uma das novidades do evento
Acessibilidade de cadeirantes:
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O espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém tem na primeira noite do evento uma dedicação especial, pois pensando no bem estar e conforto dos cadeirantes, a Sociedade Teatral de Fazenda Nova, através de uma equipe de 50 pessoas, disponibiliza em média 70 cadeiras de rodas e acesso gratuito àqueles que precisam de um melhor acesso e desejam prestigiar o evento. De acordo com o coordenador dos cadeirantes, Flávio Diniz, a equipe do espetáculo é formada por moradores de Fazenda Nova e vilarejos circunvizinhos, e que todos os anos passam por um treinamento. Ainda segundo Flávio Diniz, são utilizadas por noite uma média de 50 cadeiras. Esta idéia surgiu há três anos depois que a administração do evento percebeu um grande público de pessoas idosas e com necessidades especiais. Segundo Flavio Diniz, a STFN é quem assume todas as despesas em relação a esse serviço, de
modo que o cadeirante não pague nada e tenha direito a um acompanhante. Existe em cada cenário da encenação uma equipe com cordão de isolamento para que os cadeirantes tenham uma visão privilegiada das cenas. Para a espectadora pernambucana Edileusa, 72 anos, a idéia da equipe de cadeirantes é muito positiva: “Não sei se eu iria agüentar assistir o espetáculo, se não estivesse na cadeira de rodas, minha idade está avançada. Eu adorei assistir o espetáculo aqui em Fazenda Nova, além de ter muita gente, o cenário é muito diferente de outros lugares”, afirmou. Além disso, a STFN está cogitando, também para a primeira noite de espetáculo, uma experiência de áudio-descrição para que os deficientes visuais possam prestigiar o evento. Para isso, a direção geral pretende realizar uma parceria com o Centro de Estudos Inclusivos, CEI, da Universidade Federal do Pernambuco UFPE.
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Pontos Turísticos Uma paixão além do espetáculo
A cidade pernambucana Brejo da Madre de Deus tem muito há oferecer, além do espetáculo da Paixão de Cristo, como: sítios arqueológicos, cemitérios indígenas, esqueletos de homens da préhistória, pinturas que revelam o modo de vida de povos de mais de dois mil anos, tais como as festas e cerimônias. Além disso, prédios, construções, platibandas, azulejos e coberturas com telha colonial completam o acervo histórico e contam a história de Brejo da Madre de Deus e seus arredores.
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MATA ATLÂNTICA, CACHOEIRAS E CAVERNAS No turismo ambiental podemos admirar e vislumbrar a Mata Atlântica, como a Mata da Rita, onde algumas partes ainda são virgens, as cachoeiras, as barragens e as pedras cujas formas esculpidas pela natureza, como a Pedra do Letreiro, do Caboclo, e a grande Pedra de Horácio. Tudo isso, revela a riqueza do local e encantam turistas em qualquer época do ano.
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PARQUE DE ESCULTURA No Distrito de Fazenda Nova o parque das Esculturas Monumentais Nilo Coelho também é um excelente atrativo. São pedras de granito esculpidas por artistas da região que chegam a medir três metros de altura e pesar 15 toneladas. As esculturas de granito remetem aos personagens típicos da região nordestina, como o agricultor e sua enxada, o tocador de pífano, o sanfoneiro, o violeiro, Maria Bonita e Lampião.
FESTAS COMEMORATIVAS No dia 19 de março o município Brejo da Madre de Deus, através dos fiéis, comemora a festa do padroeiro da cidade, São José. A celebração, que acontece há 109 anos, atrai muitos turistas que participam de procissões, alvoradas, reza do terço e missas. Além disso, a prefeitura promove festas com várias bandas musicais para atrair os vários tipos de público, que no espaço da festa encontra várias opções para diversão.
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Paixão Pousada da
Endereço: Teatro de Nova Jerusalém | Distrito: Nova Jerusalém Fazenda Nova (Distrito De Brejo Da Madre De Deus) Reservas: (81)3732 1574 / (81) 37321602 | Fax: (81) 37321602 Email: Contato@Pousadadapaixão.Com.Br Site: Www.Pousadadapaixao.Com.Br Turismo em Ação
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O trabalho nas pedreiras era uma loucura. Não sei como consegui enfiar dentro da alma deles tanta disposição. Como se tivessem a força de uns demônios. O trabalho, negócio de um mês, saía em 10 dias. Você sente a raiva do homem contra a rocha de granito. Ele quer fazer tudo num dia, mas rocha é rocha...os martelos tiram faísca dos ponteiros, o sol queima, o suor lava... No fim apesar de os estar matando, como a mim, os faz, e a mim também, felizes. Depois dessa experiência, nenhum deles voltará a ser um homem da inchada, da foice e do machado. Eles evoluíram dentro de si, não passaram pela vida deixando marca de suas sandálias nas veredas da terra árida. Eles deixaram em pedra a marca que o tempo não apaga. Plínio Pacheco