INFORMATIVO NA LARGADA ANO 1 - EDIÇÃO 1 - FEV-2020

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Ano I - Número 1 - Fevereiro|2020 - Distribuição Gratuita

1.500 km de mar

Os Loucos por Downwind anunciam expedição inédita

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entre as várias modalidades do kitesurf, a mais popular é o Downwind, que consiste em velejar a favor do vento. Geralmente, são formados grupos de adeptos que partem de uma praia rumo a outros mares e paragens. Neste ano, o kitesurf cearense estará na crista da onda com a realização inédita de uma verdadeira expedição, que percorrerá 1.500 km, passando por cinco estados nordestinos. A façanha será no segundo semestre, sob o comando do grupo Os Loucos por Downwind. Os Loucos por Downwind, que atualmente reúne nos eventos mais de 200 adeptos, foi criado em 2015 por um ex-jogador de fu-

tebol profissional, Júnior Pipoca (jogou pelo Fortaleza, Ceará e em clubes europeus), que trocou a bola pela prancha e vela. Pipoca conta que até 2018 praticava o Downwind em curtos percursos, de forma amadora e sem logística. A preparação da Expedição 2020 LPD + 1.500 km de Mar já está em pleno andamento, trabalho da diretoria do grupo, formada por ele, Pipoca, Douglas e Cláudio. SERVIÇO Vendas online: ingressando.com.br Contatos: Cláudio 55 (85) 99872 9611 Júnior Sanabio: 55 (85) 99813 8383 Redes sociais - Instagram: @kitetrip_lpd @loucospordownwindoficial @expediçaolpd2020 Facebook: LoucosporDownwind YouTube: Kite Trip LPD Manobras e saltos ousados são comuns nos velejos do grupo pioneiro em Downwind no Ceará

FEVEREIRO DE 2020

A Expedição • Rota 1 - Terra dos Ventos - 240km Litoral Cearense Sol Poente (de 6 a 9/8) Cumbuco - Jeri • Rota 2 - Os desbravadores - 285 km Litorais paraibano (Acaú) e potiguar (Perobas) (de 19 a 23/9)

• Rota 3 - Rota das Emoções 1 - 200 km Ceará (Jeri) e Piauí (Delta) (de 17 a 20/9)

• Rota 4 - Rota das Emoções 2 - 185 km Piauí (Delta) e Maranhão (Atins e Lençóis) (de 21 a 24/9) • Rota 5 - No Limite da Emoção - 180 km São Luís (Atins, Travosa) (de 24 a 26/9) • Rota 6 - Verdes Mares - 220 km Litoral Cearense – Sol Nascente Fortaleza/Icapuí (de 15 a 18/10)

• Rota 7 - Somos Todos LPD - 235 km Litoral potiguar (Praia de Perobas) e cearense (Icapuí) (de 12 a 15/11)

Logística

• Carros de apoio 4x4 por todo o trajeto. • Rádios de comunicação dentro e fora d’água. • Instrutores profissionais acompanhando dentro do mar. • Paradas para hidratação, troca de equipamentos, desistência ou qualquer eventualidade.

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A forCa da mulher ’

Meninas do Ocean Flowers já pensam em largadas

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esmo sendo um esporte predominantemente praticado por homens, o kitesurf vem ganhando mais adesões femininas a cada ano. A atividade aquática encontrou grande ressonância do mulherio no litoral cearense, especialmente a partir da praia do Cumbuco, point principal dos amantes de esportes impulsionados pelo vento. A primeira largada aconteceu em 2017, por ocasião do Ocean Flower – o Downwind das Flores. Entre as participantes, prestigiou o evento a cearense Estefânia Rosa, nativa do Cumbuco, campeã de várias competições, detentora, inclusive, do título mundial, em 2016, na categoria Freestyle, estilo

Priscilla Jailson assegura que velejar é uma sensação maravilhosa e não consegue mais ficar sem deslizar nas águas do mar

livre. As jovens já estão projetando as próximas largadas. Mesmo não sendo praticante do kite, Renata Santiago é a principal responsável para criação do grupo de mulheres sintonizadas com o esporte. Ela sempre foi uma apaixonada pelo kitesurf. “Sempre achei lindas aquelas velas navegando no mar. Como também tinha e tenho amigos kitesurfistas e colaborava com os rapazes dirigindo carros de apoio pela praia, foi aí que me veio a ideia de juntar um grupo de mulheres kitesurfistas, que ficou conhecido por Ocean Flowers, as flores do oceano”, afirma. Ela já está pensando em novos eventos, que acontecerão a partir do próximo mês de agosto, quando os ventos estarão fortes. O Ocean Flowers tem outra característica muito positiva, voltada para compromissos e preoRenata Santiago (de óculos), coordenadora dos eventos, e Estefânia Rosa, campeã mundial na categoria estilo livre de kitesurf

cupações com a conscientização pela limpeza das praias, cuidando bem da natureza. Outra iniciativa do grupo são as campanhas de conscientização e prevenção contra o câncer de mama. Priscilla Jailson é outra praticante de kitesurf e participante do grupo. Ela iniciou no esporte há 10 anos, incentivada pelo marido, Jailson, também ligado ao esporte. Como sempre morou na praia, desde cedo encantou-se com o kitesurf. “Eu achava lindo e pensava que devia ser uma sensação maravilhosa! E fui! Agora, não consigo mais ficar sem o velejo!”, explica. Em 2018, ela foi convidada para participar do velejo Outubro Rosa. “Só mulheres n’água, daí conheci a Renata Santiago e uma galera massa! Tenho um restaurante e uma escola de kite em Guajiru GKC, onde fazemos pratos regionais e temos instrutores qualificados pela ABK (Associação Brasileira de Kitesurf)”, conclui Priscilla.

EXPEDIENTE NA LARGADA - Informativo esportivo Coordenador de Projeto e Diretor Comercial: Éder Freitas - Fone: (85) 98625 7663 - Facebook: Eder Freitas - Instagram: @nalargadacomederfreitas Jornalista Responsável: Eliézer Rodrigues | Reportagem: Eleazar Barbosa | Concepção Gráfica e Edição de Arte: Glaymerson Moises Logo: Marcilene Damasceno | Impressão: Gráfica e Editora Rodar Ltda. | Tiragem: 1.500 exemplares

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NA LARGADA


SE LIGA NO KITE

Para começar a praticar o kitesurf todo tempo é tempo

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aber nadar é o manPessoas de todas damento fundamental as idades estão para quem deseja praticar aptas a pratica kitesurf e o uso de colete auxiliar de salva-vidas durante as aulas do esporte é o requisito básico. Outra orientação importante para velejar é entender de previsão de tempo e os efeitos da maré. Segundo o instrutor Edgar da Silva do Kite House, fazer um bom curso é o X da questão, “pois uma boa noção de controle e de segurança fará toda diferença nos pós-cursos. Isso, porque, nas prováveis ad- tuações”, ensina o mestre do kitesurf. versidades, só a técnica adquirida Sobre a compra de equipamendurante as aulas poderá reverter si- tos (prancha, trapézio, pipa, etc), na

AUTOMOBILISMO

por Éder Freitas, ex-piloto

Bons tempos do Kartódromo Júlio Ventura

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observação de Edgar, é algo parecido como adquirir um carro, pois os fabricantes todos os anos lançam novos modelos, variando de preços. Um kite usado e bom pode custar entre R$ 4.500 e R$ 5.000. Um novo, em média, vai de R$ 8.000 a R$ 10.000. Outro procedimento importante é a manutenção e o cuidado com o uso do material. Sobre a idade ideal para começar a praticar o kitsurfe? Todo tempo é tempo. Edgar é instrutor de alunos com idades de 7 a 70 anos, e cada aprendiz recebe um tipo de material específico e didática diferenciado Atualmente, para estudar e praticar num bom curso, o investimento é em torno de R$ 1.400 a R$ 1.600.

automobilismo cearense sempre esteve na vanguar­ da, no que se refere à construção de equipamentos para a prática segura do esporte motor dentro das regras estabelecidas. Primeiro exemplo foi a construção do Autódromo Internacional Virgílio Távora, inaugurado em 1969. Enquanto em outros estados do Norte e Nordeste, naquela época, as corridas eram realizadas em ruas e avenidas, o esporte motor cearense pontificava com uma instalação oficial preparada para competições de velocidade.

Meu maior incentivador e “PAItrocinador” era o meu pai, jornalista Eliézer Rodrigues

Poucos anos depois, no início da década de 1970, veio a construção do Kartódromo Governador César Cals, ao mesmo tempo da inauguração da Av. Leste Oeste. Tempos de ouro do nosso automobilismo. A minha vida como piloto começa a surgir no radar do kartismo cearense na década de 1990. Primeiro, correndo nas pistas dos inúmeros equipamentos de kart indoor localizados em várias locais de Fortaleza. E, finalmente, tive a honra e o prazer de competir nas corridas inaugurais no Kartódromo Júlio Ventura, no Eusébio. Tempo FEVEREIRO DE FEVEREIRO DE 2020 2020

de muito amor, devoção, carinho, adrenalina, aprendizado e vitórias. Momentos inesquecíveis para mim. O mais importante: ganhei muitos amigos. Só lamento que, atualmente, o Júlio Ventura esteja desativado, com prejuízo para o crescimento do kart cearense. 3


Virgilio Tavora

Situação do autódromo continua indefinida

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ontinua indefinida a situação do Autódromo Internacional Virgílio Távora. Desde julho do ano passado, quando o Governo do Estado colocou à venda as dependências e o seu terreno. Como consequência, o calendário de atividades esportivas, administradas pela Federação Cearense de Automobilismo, sofreu alterações. Já aconteceu o primeiro leilão, todavia, não houve arrematação. Enquanto persiste o impasse, a Câmara Municipal de Eusébio, onde o autódromo está localizado, apresentou alternativa para salvar o patrimônio: a municipalização

da praça de esportes. O projeto é do presidente da Casa, vereador Francisco França Santos Chagas (PRB). “Não podemos refutar 50 anos de história e permitir que o Eusébio, conhecido como a capital cearense do automobilismo, perca mais um circuito de provas, já que foi destruído o kartódromo, erguido em área privada”, afirma. O vereador lembra que no entorno do circuito foi construído o bairro do Autódromo, inspirado no equipamento e onde está localizado o Paço Municipal. Segundo França, não só competições de carros de corrida, como atividades

Municipalizar pode ser a solução para a preservação do autódromo

Primeiro autódromo do Nordeste O Autódromo Internacional Virgílio Távora foi o primeiro equipamento esportivo construído no Nordeste e o segundo homologado no Brasil. Iniciativa do empresário Neném Pimentel, fascinado pela modalidade, com apoio de outros aficciona­dos. Comprado o terreno para a construção, a iniciativa recebeu apoio do governador do Ceará, Virgílio Távora, que, inclusive, colaborou com material para aplicação do asfalto. 4

A inauguração ocorreu no dia 12 de janeiro de 1969 com a presença do ministro dos Transportes, Mário Andreazza, homenageado com o nome da prova inaugural, de 25 voltas. O vencedor da competição foi o piloto baiano Luiz Pereira dos Santos, o Lulu Geladeira (veja matéria na página ao lado). No decorrer dos anos, o Autódromo foi palco de vários torneios locais, regionais, nacionais e internacionais.

NA LARGADA

de ciclismo, motociclismo, arrancadas, rachas noturnos e outras estão prejudicadas. Em novembro do ano passado, a Câmara Municipal aprovou requerimento ao governador Camilo Santana (PT) com cópia ao prefeito Acilon Gonçalves solicitando a municipalização do autódromo Até agora, nada de respostas. Mesmo distante fisicamente, o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Waldner Bernardo, diz estar preocupado. “Acompanhamos com atenção a situação do Virgílio Távora. Esperamos um desfecho positivo”, diz. “O Nordeste é, historicamente, carente de equipamentos adequados ao nosso esporte e seria lastimável que a região ficasse ainda mais desfalcada de uma praça para a prática do automobilismo esportivo de pista. O ideal é que haja sempre mais espaço para o esporte a motor, a fim de que possamos fomentar o crescimento e o desenvolvimento de novos talentos”, finaliza Bernardo.


Decisão do governo surpreendeu dirigentes do automobilismo A administração do Autódromo é de competência da Federação Cearense de Automobilismo (FCA), que se responsabiliza pela manutenção e marcação de provas, sem nenhum custo para o Governo do Estado. Em tom de desabafo, o vice-presidente da Federação Cearense de Automobilismo, Alexandre Romcy, relatou que ficou surpreso com a atitude do governo de querer vender a áre daquele equipamento esportivo. “Em 2019, ano do cinquentenário do autódromo, fomos ao Governo pedir uma remodelada para comemorar a data. Para nossa surpresa, o equipamento foi liberado para ser

vendido com o propósito de fazer caixa para o governo. Nos sentimos traídos pela ação, pois temos mais de 20 anos dedicados ao Autódromo”, afirma. Segundo Romcy, com o fechamento do autódromo mais de 2.500 profissionais serão prejudicados. “Vivem diretamente desta atividade esportiva mecânicos, funileiros, pintores, borracheiros, membros de equipes de pilotos”, explica. Mesmo com essa instabilidade, o Virgílio Távora foi reaberto, porém, a insegurança persiste. O apelo de Alexandre é que se o autódromo for de fato vendido, uma parcela dos recursos da venda seja aplicada na

construção de outro equipamento em localidade próxima à Fortaleza. O presidente da Federação Cearense de Automobilismo, Lutianne Dantas Soares, também lamenta que não existe discussão com a Secretaria do Esporte no que se refere ao assunto. Mesmo diante do problema da utilização ou não do Autódromo Internacional Virgílio Távora, a Federação Cearense divulgou, em janeiro, a programação do Campeonato Cearense para 2020. Segundo o presidente da FCA, no caso da impossibilidade de uso do autódromo a continuidade do campeonato será viabilizada em outra praça.

lulu geladeira

O primeiro campeão

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le nunca perdeu uma corrida. E naquela tarde de 12 de janeiro de 1969, na inauguração do Autódromo Internacional Virgílio Távora, não poderia ser diferente. O baiano Luís Pereira dos Santos, o Lulu Geladeira, ganhou o Prêmio Ministro Mário Andreazza, prova de 25 voltas, pilotando o carro de marca Puma/Espartano. De 1950 a 1972, o piloto foi o maior ídolo do automobilismo da Bahia, com projeção em competições nacionais. Lulu começou a correr em competições no circuito do Farol da Barra, em Salvador, tendo par­ticipado, também, de provas em vários estados. Em 2010, aos 83 anos, no documentário Lulu Geladeira, produzido por Kátia Monteiro, o piloto revelou algumas facetas de sua vitoriosa trajetória. Confira:

O apelido

“Lulu Geladeira porque, quando jovem, eu trabalhava com refrigeração e desde os tempos de colé-

gio era chamado pelo apelido. Ninguém me conhece pelo nome de batismo, Luís Pereira dos Santos.”

Ganhou todas

“Andei muito de moto, depois passei para corrida de carros. Corri Brasil afora, ganhei mais de 30 troféus de 1o lugar. Nunca perdi uma corrida. Tínhamos uma escuderia, a A.F. (Adriano Fernandes), que era o chefe e era patrocinado, em parte por Cari Ribeiro. A equipe possuía dois Pumas: o 17 e o 71”.

“O carro era muito “envenenado” por mim, pois naquela época não tinha mecânico de carro de corrida. Então, quem fazia tudo era eu: mecânica e dirigir o veículo. Ninguém superava meu carro.”

Pratique kart Para correr de kart não tem idade mínima ou máxima. Não precisa ter habilitação para conduzir veículos e a única restrição é a altura mínima, de 1,40 m. Se você tem interesse, nossa sugestão é o Kart Mônaco, próximo à Arena Castelão. SERVIÇO Kart Mônaco - Av. Presidente Costa e Silva, 3050 B - Jangurussu - Fortaleza-CE, ao lado do Motel 3000 e ao cruzamento do São Cristóvão. Horários: terça a sábado, das 16h às 22h; domingo, das 15h às 20h. Baterias Indoor - Aluguel de Kart. Fone: (85) 98413 1125.

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Largada historica

cavalgada Leonardo relembra a interação que sempre teve com o seu companheiro de cavalgada, o Mustang

Jangadeiros foram ao Presidente reivindicar direitos

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o dia 14 de setembro de 1941, quatro jangadeiros cearenses – Jacaré, Jerônimo, Tatá e Mané Preto – partiram da Praia do Peixe, hoje Praia de Iracema, em Fortaleza, rumo ao Rio de Janeiro, então Distrito Federal, percorrendo 2.381 km. Sem utilizar bússola ou carta náutica, o grupo realizou um dos maiores feitos da náutica brasileira. O quarteto navegou no lastro da jangada São Pedro, construída por eles mesmos. Comandado por Jacaré, o grupo tinha o objetivo de entregar ao presidente Getúlio Vargas um documento reivindicando direitos trabalhistas e melhores condições de vida para os pescadores e suas famílias. Chegaram ao Rio no dia 15 de novembro daquele ano e foram recebidos com festas e promessas para melhorar a vida da sofrida classe trabalhadora. Todavia, o almejado direito à aposentadoria só viria 30 anos depois. A repercussão foi tamanha que o cineasta norte-americano Orson Welles, que estava chegando ao Brasil para realização de um filme, soube da epopeia. E ficou interessado em realizar filmagens sobre a corajosa travessia para compor um dos episódios do documentário It’s all True (É tudo verdade). No ano seguinte, 1942, os jangadeiros refizeram partes da viagem para a gravação do filme de Orson Welles, começando pelas praias de Fortaleza. Nas tomadas de cenas na Baía de Guanabara, a tragédia: uma forte onda matou Jacaré, o líder do grupo. O acontecimento provocou sérios problemas emocionais e financeiros, deixando o filme ficou inacabado. Anos depois da morte de Welles, em 1985, foram encontrados rolos da película e partes do filme restauradas.

O adeus do cavaleiro ao cavalo preferido

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epois de 29 anos de convivência entre cavaleiro e cavalo, o ciclo terminou, no último dia 14 de janeiro, com a morte do equino, um pampa de olho azul. O jornalista Leonardo Pedreira, criador de cavalos, em Pindoretama, mantinha em seu estábulo, o cavalo Mustang, na condição de animal aposentado das lides de cavalgadas. Foi infarto a causa mais provável da morte. A relação longeva entre cavaleiro e cavalo começou quando o animal foi comprado com apenas um mês de nascido. E Leonardo relembra, saudoso: “Já andamos muito por este mundo de

meu Deus. Só para Canindé, fiz nove viagens montado nele”. Sobre as cavalgadas pelos sertões cearenses, Leonardo ressalta privilégios, como acompanhar um belo pôr do sol. No alforje da sela sempre tem uma capa de chuva, uma garrafa d’água, outra de cachaça, um copo e uma laranja. Aproveitando a vida. Leonardo conta que aprendeu a gostar de cavalos com o pai, o jornalista Almir Pedreira, já falecido, e monta desde os dois anos. E lá se vão mais de 50. Para ele, cavalgar sempre faz bem, pois ajuda a coordenar melhor as ideias para seguir na vida.

Sem bússola ou carta náutica eles percorreram 2.381 quilômetros

Cavaleiros largam de Pindoretama rumo às belas trilhas da zona rural do município

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NA LARGADA


AUTOMOBILISMO CEARENSE

Marcus Borges (Kinho)

Os melhores de 2019

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o dia sete deste mês de fevereiro, a Federação Cearense de Automobilismo realizou solenidade de entrega dos troféus aos pilotos campeões do ano de 2019. A festa mais significativa do esporte motor no Ceará aconteceu no Buffet Ilmar Gourmet, reunindo autoridades do automobilismo cearense, pilotos e convidados. Beto Pontes

Campeão Brasileiro de Kart - Categoria Super F4; Campeão Cearense de Kart Categoria Graduados A.

Mauro Reis

Rafael Gurgel Campeão Cearense de Kart - Categoria Graduados B. Campeão Nordeste de Kart - Categoria Graduados B. Campeão Paraibano 2019 de Kart - Categoria Sênior B. Campeão PB Copa Inverno de Kart - Categoria Sênior B. Campeão Track Day de Kart - Categoria F4.

Edson Pinheiro

Campeão Cearense Marcas & Pilotos. Campeão Cearense Protótipos ST. Campeão Nordeste Protótipos ST. Terceiro colocado Campeonato Brasileiro de Turismo Nacional 1.6.

Campeão Copa Nordeste Sênior de Kart. Campeão 4 horas Indoor de Kart. Vice-campeão Paraibano Sênior de Kart. Vice-campeão da Copa Nordeste - Categoria Super Turismo. Vice-campeão Indoor Light de Kart.

Tarquílio Pimentel

Germano Cavalcanti Campeão Cearense de Marcas, na Categoria B.

Marcos Henrique

Campeão Cearense de Kart Categoria Super Sênior.

Campeão Cearense - Categoria Protótipo EP-3.

Pedro Marcelo

Vice-campeão da Copa Norte-Nordeste de Kart - Categoria F4 Light. Campeão Cearense de Kart - Categoria F4 Light. FEVEREIRO DE 2020

Campeão Cearense Categoria Esporte Protótipo Light.

Daniel Barbosa

Campeão Copa Nordeste de Kart Categoria F4 Graduados. Campeão Cearense de Kart - Categoria F4 Graduados.

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por Luiz Pedro Neto, jornalista

Uma parada para recordar!

Em 1970, a Jochen Rindt foi conferido o título mundial após sua morte

O título sem festa

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“Você sabia que a principal categoria do automobilismo mundial tem um campeão “post mortem?”. Para contar essa história precisamos retornar a 1970 e recordar um pouco as emoções vividas nas 13 corridas do calendário de Fórmula 1 daquele ano. Essa viagem no tempo faremos a cada edição do Na Largada, nesta coluna. Vamos encontrar momentos e personagens que produziram capítulos que ficaram para sempre em meio século de história da Fórmula 1. Vamos começar justamente pelo título do austríaco Jochen Rindt, conquistado sem comemoração. Em 1970, Rindt liderava o Mundial, após a disputa de 9 das 13 provas.

O piloto austríaco perdeu o controle da Lotus, batendo violentamente no guard rail na Curva Parabólica

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Rindt venceu o Grande Prêmio de Mônaco, o terceiro da temporada, e depois emplacou uma sequência de quatro vitórias consecutivas nos GPs da Holanda, França, Inglaterra e Alemanha. Aquele também foi o ano de estreia de Emerson Fittipaldi na Fórmula 1. Companheiro de Rindt na equipe Lotus-Ford, o brasileiro correu pela primeira vez no Grande Prêmio da Inglaterra. Por ter sido decisivo na definição do título daquele mundial, Emerson tornou-se protagonista logo nesse primeiro ano na principal categoria do automobilismo. Explico. Os pilotos chegaram ao lendário circuito de Monza para o Grande Prêmio da Itália em clima de disputa acirrada. Rindt liderava o campeonato, mas tinha a pressão do belga Jacky Ickx e do suíço Clay Regazzoni, ambos da Ferrari, na luta pelo título. Jochen Rindt não pôde colocar sua Lotus no grid de largada. Seu carro estava destruído por um acidente nos treinos para a corrida, quando o piloto perdeu o controle da Lotus, batendo violentamente no guard rail na Curva Parabólica. Horas após a batida Rindt seria declarado morto. O líder do Mundial saia de cena, deixando o campeonato em aberto. A vitória em Monza foi do suíço

Regazzoni e na prova seguinte, o Grande Prêmio do Canadá, a bandeirada da vitória foi dada para o belga Jacky Ickx. Parecia que o título, a ser definido nas duas últimas provas (EUA e México), ficaria com um dos pilotos da Ferrari. O que nem Regazzoni nem Ickx imaginavam naquela disputa final era a vitória de um novato. E foi o que aconteceu. No circuito de Watkins Glen, Emerson Fittipaldi fez história. Ganhou o GP dos Estados Unidos e assegurou o título post mortem para o companheiro de escuderia Lotus, já que seria impossível a Regazzoni ou Ickx superar a pontuação de Rindt com vitória na última prova da temporada. O mundo da Fórmula 1 deu adeus ao campeão daquele ano. Ao mesmo tempo via surgir uma das lendas do automobilismo. Fittipaldi começava a fazer sua história nos velozes e desafiadores circuitos. Mas aí é outro capítulo da nossa conversa. Até lá!

Mais kart no Iguatemi e...

no North Shopping Jóquei

SERVIÇO Kart Clube Iguatemi Estacionamento L6 do shopping. Av. Washington Soares, 85 Fortaleza-CE. Horários: segunda a sexta, das 16h às 22h; sábado e domingo, das 12h as 22h. Valor: R$ 80 por pessoa, bateria de 20 minutos, sendo 5 de tomada de tempo e 15 minutos de corrida. Fone: (85) 98929 7989.

SERVIÇO Stop Kart Fortaleza Localizado no subsolo do North Shopping Jóquei. Av. Lineu Machado, 419 Jóquei Clube - Fortaleza-CE. Horários: segunda a sábado, das 14h às 22h; domingo, das 14h às 21h. Fones: (85) 98788 7454 e 98204 0707.

NA LARGADA


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