REVISTA SINDILOJAS FORTALEZA 2013 - OUT-2013

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Edição Comemorativa do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza Outubro de 2013

80 ANOS SINDILOJAS

Comenda Edson Queiroz 2013 Nos 80 anos do Sindilojas Fortaleza, o empresário Deusmar Queiroz, do Grupo Pague Menos, o deputado federal Antonio Balhmann e o líder classista Alberto Farias são homenageados com a Comenda Edson Queiroz OUTUBRO DE 2013

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PALAVRA DA PRESIDÊNCIA_EDITORIAL

OS 80 ANOS DA CASA DO LOJISTA

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Diz um antigo provérbio chinês: “Se você não mudar a direção, terminará exatamente onde partiu.” E como não mudar a direção? Quem consegue imaginar o mundo há 80 anos atrás? Quem consegue lembrar do Brasil na década de 1930? É muito tempo, muita história, muito avanço para conseguirmos mensurar. A velocidade da transformação nas relações entre pessoas mudou profundamente nos últimos anos. Era comum enviar cartas pelo correio, telefonar de um orelhão, passar telegrama, marcar viagem “para daqui a 5 anos” e muito mais. São tantos os hábitos que caíram no esquecimento que, quando nos atrevemos a falar sobre alguma dessas boas passagens do tempo os mais novos riem. Pois é, somos daquela época, tempo em que as relações pessoais eram mais intensas, mais vividas, menos distantes, mas apesar de tudo, nunca estamos sós e acreditamos que, como vemos confusamente espelhado no passado, o ingrediente mais

importante em um relacionamento bem sucedido continua sendo a confiança. Confiança esta, que nos sentimos lisonjeados por estarmos representando uma classe e na direção de um colegiado competente quanto a nossa diretoria. Como vemos no decorrer destas linhas, muita coisa mudou e na atualidade ainda nos defrontamos com o mesmo problema do passado: a resistência à própria mudança e, depois, a dificuldade de permitir a mudança alheia e acreditar nela. Insensíveis, não damos a chance de alguém mostrar que mudou, julgamos o outro muitas vezes pelo seu passado e, desumanamente, o repelimos como se fôssemos perfeitos. Fato é que precisamos ser perseverantes, caminhando rumo ao futuro, olhando para trás em busca das lições aprendidas e esquecendo o que não pode ser mudado, perdoandonos, de modo que a culpa não seja entrave em nossa caminhada, para que não sejaOUTUBRO DE 2013

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mos como a esposa de Lot, que olhou para trás e virou estátua e, como tal, permanece estacionada. Agora é internet substituindo carta, bilhetes e telegrama trocados pelas mensagens online, Twitter, Facebook e uma série de outras formas de contato que os mais jovens e os antenados chamam de “redes sociais”. Hoje em dia você vê a Champs-

“Temos orgulho de participar diretamente desta longa, duradoura e invejável história do fortalecimento do comércio varejista e lojista de nossa cidade. É uma honra estar junto no octogenário aniversário do Sindilojas Fortaleza e na 12ª edição de outorga da Comenda Edson Queiroz, quando temos a oportunidade de agraciar a quem, merecidamente, FAZ pelo comércio da nossa Capital.” Élysées, em Paris, ou a Broadway, em Nova York, ao vivo sem sair de casa, simplesmente usando a internet no seu “computador pessoal”, outro objeto de luxo há 10 anos. Pois bem, com isso queremos dizer que a dinâmica nas relações é uma constante. De 80 anos para hoje houve uma evolução impensável e inesperada. Com base nessas

SINDILOJAS - SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA E LOJISTA DE FORTALEZA Rua Perboyre e Silva, 111 - 12o andar Fortaleza - CE - CEP: 60.030-200 Fone: (85) 3488 1177 - www.sindilojasfor.org.br presidente@sindilojasfor.org.br PRESIDENTE José Cid Sousa Alves do Nascimento VICE–PRESIDENTES Septimus Roland Holanda de Andrade e Alberto Farias DIRETOR ADMINISTRATIVO Juvenal Duarte Neto DIRETORES FINANCEIROS João Germano Ponte Moura e Luiz André de Siqueira

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mudanças, chegamos à atual relação trabalhista entre nós, patrões, e nossos colaboradores. É necessário que ambos evoluam, busquem saídas práticas, factíveis para as demandas que cotidianamente surgem. De nada adianta o patronato “segurar carta na manga”, quando é possível atender o pleito do trabalhador, como também não é justo nem ético que os seus delegados finjam que tudo que se dá é pouco, quando todos sabemos que o maior sócio do empresariado brasileiro é o governo. Nas três esferas, não é recomendável que as relações embarreirem em orgulhos e soberbas, que o período de eleição de um sindicato ou de algum representante público do seu interesse seja o pretexto para paralisar avanços ou voltar atrás em compromissos assumidos. Temos orgulho de participar diretamente desta longa, duradoura e invejável história do fortalecimento do comércio varejista e lojista de nossa cidade. É uma honra estar junto no octogenário aniversário do Sindilojas Fortaleza e na 12ª edição de outorga da Comenda Edson Queiroz, quando temos a oportunidade de agraciar a quem, merecidamente, FAZ pelo comércio da nossa Capital. A sabedoria e o desenvolvimento são ilimitados, imensuráveis, infinitos, como nós mesmos. José Cid Sousa Alves do Nascimento, Presidente do Sindilojas Fortaleza

DIRETOR PARA ATENDIMENTO AOS LOJISTAS DE RUA João Maia Santos Júnior

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DIRETOR SOCIAL Eduardo Rodrigues Rolim

PRODUÇÃO EDITORIAL GMS Studio Comunicação e Design

DIRETORES Udilson Castelo Leite, Helano Elton Oliveira Pinheiro, Ana Maria Otoch, Francisco Silva Albuquerque, João Araújo Sobrinho, Antônio Eduardo Alves Dias, Vicente Emídio da Silveira e Antônio Cruz Gonçalves

JORNALISTA RESPONSÁVEL / EDIÇÃO Glaymerson Moises (MTE CE01638JP)

CONSELHO FISCAL João Aldenor Soares Rodrigues, José Ednardo de Assis, Francisco Nogueira Matos e José Airton Boris Ponte GERENTE EXECUTIVA Tânia Maria Damasceno Silva

COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL JPJ Soluções Institucionais

REDAÇÃO Sílvio Mauro (MTE CE01448JP) CONCEPÇÃO GRÁFICA / EDIÇÃO DE ARTE Glaymerson Moises FOTOS Fernando Rocha, Arquivo Sindilojas, Arquivo Grupo Pague Menos e Kiko Santos (Antonio Balhmann) IMPRESSÃO / TIRAGEM Expressão Gráfica / 3.000 exemplares


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COMENDA EDSON QUEIROZ_CERIMÔNIA

LOJISTAS Sindilojas celebra oito décadas de existên A Comenda Edson Queiroz, que tradicio este ano também contempla o lojista

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Em 1933, uma Fortaleza com pouco mais de 100 mil habitantes celebrava um marco de modernidade para a época: o coreto da Praça do Ferreira, que remetia ao bucólico ambiente das pequenas províncias, era substituído pela Coluna da Hora, mais apropriado para a cidade que queria crescer e se encher de trabalhadores apressados correndo atrás do progresso (veja fotos que ilustram o artigo a partir da página 22, nesta edição). Hoje, pode-se dizer que ela alcançou seu objetivo: virou uma metrópole de quase três milhões de moradores. No mesmo ano da Coluna da Hora, nascia o Sindilojas Fortaleza. Oito décadas depois, a entidade comemora seu aniversário como um dos marcos históricos da cidade que um dia foi pequena e se agigantou. Junto com Fortaleza, o setor lojista ganhou relevância nacional. Muitos dos empreendedores daqueles tempos deixaram seu legado para filhos e netos, que transformaram humildes estabelecimentos comerciais em grandes conglomerados com filiais em várias unidades da federação. Por esse motivo, a Comenda Edson Queiroz, que este ano completa 12 anos de reconhecimento aos grandes nomes do comércio do Ceará, procura destacar os exemplos de sucesso, que projetam o nome do Estado e lutam pelo fortalecimento da atividade varejista. Um desses modelos de eficiência e desempenho é o Grupo Pague Menos. Criada pelo empresário Deusmar Queirós, um dos homenageados na edição de 2013 da Comenda Edson Queiroz, a empresa começou na década de 1980 com uma única farmácia no Bairro Ellery, na periferia de Fortaleza, e hoje é formada por uma rede de lojas que está presente em 27 estados do Brasil. Além da extensa área de atuação, levando para praticamente todo o país características do povo cearense, como a capacidade de empreender e atender bem, um dos maiores diferenciais do grupo criado por Deusmar Queirós foi trazer para a nossa realidade o conceito de drugstore. Com a rede Pague Menos, os consumidores conheceram a pos-

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EM FESTA cia fazendo uma homenagem especial. nalmente homenageia dois agraciados, Alberto Farias, criador da premiação sibilidade de encontrar, em um só lugar, medicamentos e uma grande variedade de produtos e serviços. Outro agraciado com a comenda, pelos relevantes esforços em prol do nosso comércio, é o deputado federal Antonio Balhmann. Sua iniciativa mais recente para fortalecer o setor é a criação da Frente Parlamentar Mista dos Agentes de Abastecimento do Pequeno e Médio Varejo, que visa estimular a ampliação de políticas públicas para o desenvolvimento das atividades ligadas aos agentes de abastecimento do pequeno e médio varejo de âmbito nacional. Balhmann exerceu e exerce várias outras atividades ligadas ao setor lojista. Foi secretário estadual de Indústria e Comércio, no governo Tasso Jereissati, e secretário estadual de Indústria, Comércio e Turismo e diretor presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece). Também é coordenador estadual da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa e membro Titular da Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comércio e da Comissão Especial que institui o Novo Código Comercial. E como a festa deste ano é especial, por causa das oito décadas do Sindilojas, a entidade, que tradicionalmente concede apenas duas homenagens por ano, resolveu agraciar, pela primeira vez, um terceiro nome: o lojista Alberto Farias, que instituiu a comenda em 2001, quando esteve à frente do sindicato. Dizendo-se “extremamente envaidecido”, ele não esconde o orgulho do prêmio que criou e faz questão de ressaltar o empresário Edson Queiroz. “Criei a comenda porque vi a necessidade de reconhecer o esforço dos cearenses, que conseguem obter o sucesso em meio a muitas dificuldades. E não encontrei um nome mais forte para representar isso que o do Edson Queiroz”, ressalta. A cerimônia de outorga da Comenda Edson Queiroz, que acontece junto ao aniversário do Sindilojas, acontece no dia 11 de outubro, no Salão Mar, do La Maison Dunas, em Fortaleza, reunindo associados do Sindilojas Fortaleza, autoridades e personalidades.

Homenageados nas onze primeiras edições da Comenda, sempre entregue por dona Yolanda Queiroz: em 2001, José Abrahão Otoch e José Romcy. Em 2002, Petrônio de Aguiar Andrade e Francisco Otávio Miranda Bezerra; na foto, com Septimus Andrade e dona Yolanda. Em 2003, João Araújo Sobrinho e Luiz Gastão Bittencourt. Em 2004, Clóvis Rolim (in memoriam) e Francisco Régis Cavalcante Dias; na foto, com dona Yolanda, Edyr Rolim e Cid Alves. Em 2005, Gerardo Bastos e Antônio Marques Cavalcante Filho. Em 2006, Aroldo Rocha Girão e Allan Pires de Aguiar; na foto, com Septimus Andrade e dona Yolanda. Em 2007, Pedro Nolasco Teixeira de Freitas e Tin Gomes; na foto com dona Yolanda e Cid Alves. Em 2008, José Airton Boris Ponte e Yolanda Queiroz. Em 2009, Eduardo Rodrigues Rolim e Mauro Benevides Filho. Em 2010, Lavanery Wandeley e Sérgio Aguiar. Em 2011, João Batista Rabelo e Raul Araújo Filho OUTUBRO DE 2013

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HOMENAGEADO_ DEUSMAR QUEIROZ

PIONEIRO E EMPREENDEDOR Com uma trajetória profissional marcada por muito trabalho e vários sucessos, o empresário Deusmar Queirós levou o nome do Ceará para todo o País

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“A Pague Menos vende de tudo. Até remédio”. Essa brincadeira, bastante conhecida entre os cearenses, é uma forma bem humorada que os habitantes do Estado encontraram para definir a grande variedade de produtos das unidades da principal empresa do conglomerado erguido pelo empresário Francisco Deusmar de Queirós, um dos lojistas homenageados com a Comenda Edson Queiroz em 2013. E também definem como seu empreendimento causou uma pequena revolução no mercado de drogarias de Fortaleza.

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“Enquanto trabalhava no mercado financeiro, passei duas temporadas fazendo curso nos Estados Unidos, onde conheci as drugstores americanas. Fiquei encantado com a diversidade de produtos. Elas vendiam de tudo, eram bem diferentes das farmácias do Brasil, que só tinham remédios e poucos artigos de perfumaria”, lembra Deusmar Queirós. Ele também observou que a ampla gama de itens das drugstores permitia vender remédio a preço baixo, porque o lucro menor dos medicamentos era compensado com margens melhores nos demais produtos. “Achei o sistema muito interessante e comecei a pensar em como adaptá-lo ao Brasil. Ter uma farmácia me pareceu ótimo. Todo mundo precisa de remédio. Além disso, eu simpatizava com a ideia de lidar com comércio, porque era um tipo de negócio mais parecido com a mercearia que eu tinha quando criança”, ressalta o empresário. Essa referência que ele faz ao início da carreira profissional ajuda a explicar o sucesso do Grupo Pague Menos. Deusmar Queirós tem um extenso currículo de atividades ligadas a gestão e ao comércio. Por sua contribuição para a economia e o setor lojista do Ceará, levando o nome do Estado para todo o Brasil através da sua rede de farmácias,


“Eu recebo a Comenda Edson Queiroz com muita alegria, a certeza de que vem coroar o trabalho desenvolvido por longos anos e, acima de tudo, com o reconhecimento de que sonhos são realizáveis”. Deusmar Queirós, presidente fundador do Grupo Pague Menos

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Deusmar Queirós é um dos homenageados pelo Sindilojas Fortaleza com a outorga da Comenda Edson Queiroz. O reconhecimento não poderia vir em hora mais apropriada: no ano em que o sindicato completa oito décadas de existência, seu exemplo de perseverança e determinação só enfatizam a força dos empresários cearenses.

Trajetória O empresário nasceu em Amontada, cidade localizada a aproximadamente 150 km de Fortaleza, em 27 de maio de 1947. Em 1954, seus pais, Antônio Lisboa de Queirós e Maria Madalena de Queirós, preocupados com a educação dos filhos, vieram morar em Fortaleza e instalaram a Mercearia Santo Antônio, no bairro de Antônio Bezerra. Em 1955, aos oito anos de idade, Deusmar deu os seus primeiros passos no comércio, ora com um caixote na cabeça, ora com um carro de mão feito de madeira. Vendia manga, laranja, banana e rapadura nas feiras livres ou de porta em porta. Ao iniciar seus estudos, no Ginásio 7 de Setembro, indo posteriormente para o Colégio Cearense, deixou de fazer vendas com o caixote na cabeça e foi promo-

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vido a balconista da Mercearia Santo Antônio. Do seu pai, recebeu uma recomendação: “Sorria e seja gentil com todos os clientes, principalmente os mais humildes”. Do comércio familiar, partiu para o mercado de trabalho. Em 1966, foi contratado pela IBM do Brasil, onde chegou ao cargo de operador sênior. Em 1971, foi convidado para ingressar no mercado financeiro. Nesse segmento, trabalhou em uma corretora de valores, concluiu o curso de Ciências Econômicas e Administrativas pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e começou a lecionar as cadeiras de Mercado de Capitais, Microeconomia e Macroeconomia na Universidade de Fortaleza (Unifor). Na mesma instituição, ele viria, anos depois, assumir a coordenação do curso de Economia. Em 1976, Deusmar Queirós foi convidado para montar a área de operações da Bolsa de Valores Regional. No ano seguinte, em sociedade com o empresário Bernardo Bichucher, criou a PAX Corretora de Valores e Câmbio. Para investir ainda mais na sua formação, fez especializações na Bolsa de Valores de Nova Iorque e o curso “Terceirização e Modernização de Negócios”, na University of Central Florida – ambas as instituições, nos EUA. De seu casamento com Maria Auricélia, teve quatro filhos: Rosilândia, Carlos Henrique, Patriciana e Mário Henrique. Eles já lhes deram 14 netos.

A maior rede do brasil No dia 19 de maio de 1981, a herança do sangue de comerciante fez Deusmar Queirós inaugurar uma pequena farmácia no Bairro Ellery, na periferia de Fortaleza. Nascia ali a pedra fundamental da maior rede, em abrangência, do varejo farmacêutico do Brasil. Depois de conquistar o Nordeste, em


2002, a marca chegou a São Paulo. Em seguida, inaugurou bases nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Por fim, em 2009, abriu lojas em Roraima e no Amapá. Atualmente, a empresa emprega mais de 16 mil pessoas, tem 620 pontos de venda e um centro de distribuição com 110 mil m² de área na capital cearense. Na lista das 1.000 Melhores e Maiores Empresas da revista Exame, divulgada em julho de 2013 (referente a indicadores de 2012), a rede figurou na 154ª colocação. Também obteve os títulos de 9ª melhor empresa do varejo nacional, maior empresa do Ceará e a 4ª de maior retorno sobre o capital investido entre todas as varejistas do País. “Desde o início, embasamos nosso modelo de negócio no tripé Inovação, Conveniência e Cidadania. Procuramos crescer passo a passo, mas sem deixar de nos reinventar continuamente”, comenta Deusmar Queirós. Entre as iniciativas pioneiras, a rede foi, em 1989, a primeira na venda de vales-transporte e no recebimento de contas de água, luz e telefone, descentralizando a operação dos bancos e facilitando o acesso dos clientes a estes serviços. Um embrião do modelo de correspondente bancário, hoje tão disseminado.

Resposabilidade social A rede de Farmácias Pague Menos faz desse conceito uma realidade desde 1985, com os programas de doação de ambulâncias e cadeiras de rodas.

Naquela época, vale ressaltar, iniciativas de responsabilidade social faziam parte da rotina de poucas e pioneiras empresas do País. Em 1998, o grupo tornou-se o primeiro do Nordeste a adotar um município no programa social Alfabetização Solidária. Cinco anos mais tarde, uma parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) dava início ao Infância Feliz Pague Menos, que contribui para a educação de crianças de baixa renda por meio da doação de livros a bibliotecas comunitárias. Hoje, a iniciativa beneficia mais de 12 mil brasileirinhos. Dentre as instituições já beneficiadas em ações da Pague Menos, temos o Fundo Cristão, Grupo Vidança, Instituto Pequeno Nazareno, Instituto Nordeste e Cidadania, Abrame (Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal), Defesa Civil (vítimas de enchentes por todo o país), Cruz Vermelha (vítimas do terremoto no Haiti), Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, Associação Peter Pan e Instituição Espírita Nosso Lar. OUTUBRO DE 2013

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HOMENAGEADO_ ANTONIO BALHMANN

UM LUTADOR DO DESENVOLVIMENTO O deputado federal Antonio Balhmann tem uma extensa trajetória de iniciativas em prol do desenvolvimento econômico do Ceará e do Brasil. Para o setor lojista, sua principal iniciativa é a participação na relatoria do novo Código Comercial brasileiro

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Se alguém quiser conferir como o trabalho de um representante do Poder Legislativo vai muito além das votações no plenário, um bom exemplo é o deputado federal Antonio Balhmann. Incansável defensor do desenvolvimento do Ceará, ele tem um extenso currículo, tanto no mercado de trabalho do setor privado quanto na vida pública, de

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atividades ligadas à luta pelo crescimento da atividade econômica tanto do Estado quanto do Brasil. Para o setor lojista, a principal contribuição do parlamentar é sua participação como um dos relatores do Projeto de Lei 1572/11, que institui o novo Código Comercial brasileiro. Para se ter ideia da importância da nova legislação, o setor lojista hoje tem como referência uma lei do ano de 1850. Ela apresenta anacronismos, como a obrigatoriedade de que membros de sociedades limitadas se reúnam ao menos uma vez por ano. O texto tem 670 artigos e está dividido em cinco livros: parte geral sobre a companhia, sociedades empresariais, obrigações dos empresários, crise da empresa e disposições transitórias. Segundo Antonio Balhmann, a proposta do Novo Código Comercial trata de temas como denominação empresarial, títulos eletrônicos e comércio na internet. “Ele irá incorporar novidades, como o conceito de autosustentabilidade das sociedades mercantis”, informa o deputado, destacando ainda que um dos principais benefícios previstos com a nova lei será a permissão para que toda a documentação empresarial seja mantida em


“É uma honra ser indicado para receber a homenagem. Ao mesmo tempo, é uma responsabilidade enorme fazer parte de um seleto grupo de pessoas que possuem essa distinção”. Antonio Balhmann, deputado federal OUTUBRO DE 2013

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meio eletrônico, dispensando o uso de papel. O projeto de lei, que ainda está em fase de elaboração, deverá tratar ainda da preservação da livre iniciativa, do cooperativismo e de aspectos específicos para microempresas.

carreira Antonio Balhmann Cardoso Nunes Filho nasceu no dia 22 de agosto de 1949, no município de Russas, situado na região do Baixo Jaguaribe, Ceará. Filho de Antônio Balhmann Cardoso Nunes e Francisca de Matos Nunes, é pai de Bruno Teles Nunes e atualmente é casado com Lúcia Maria Tabosa. Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Ceará (UFC), iniciou sua carreira profissional como funcionário concursado do Serviço de Apoio às Pequenas e Micro Empresas (Sebrae). Na instituição, chegou a diretor-superintendente e presidente do Conselho de Administração. Incursionou pelo magistério superior, lecionando no curso de Engenharia Mecânica da Universidade de Fortaleza (Unifor), além dos cursos de formação e o de especialização de consultores Internos de Empresas do polo petroquímico da Bahia. Como homem público, Balhmann exerceu os cargos de secretário estadual de Indústria e Comércio (1988-1991), no governo Tasso Jereissati; secretário estadual de Indústria Comércio e Turismo (1991-1994), no governo Ciro Gomes; gerente geral da Unidade de Gerenciamento de Financiamento do Ministério da Integração Nacional (2004-

2006), no governo Lula; e diretor presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), no governo Cid Gomes. Na política partidária, concorreu pela primeira vez à Câmara Federal em 1994, tendo sido o deputado federal mais votado do Ceará e o sexto mais votado do país para a legislatura 1995-1999. Em 2010, Antonio Balhmann foi eleito novamente para a Câmara dos Deputados, para a legislatura 2011-2015. Atualmente, preside a Frente Parlamentar Mista da Fruticultura e a Frente Parlamentar Mista da Energia Alternativa. Também é coordenador estadual da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa e membro titular da Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comércio e da Comissão Especial que institui o Novo Código Comercial. Recentemente, também passou a integrar a Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional e é um dos coordenadores da criação da Frente Parlamentar Mista dos Agentes de Abastecimento do Pequeno e Médio Varejo, da qual foi escolhido o primeiro presidente. Por causa da sua extensa lista de iniciativas em prol do desenvolvimento da economia cearense, Antonio Balhman é um dos agraciados com a Comenda Edson Queiroz deste ano. Para o político cearense, “é uma honra ser indicado para receber a homenagem. Ao mesmo tempo, é uma responsabilidade enorme fazer parte de um seleto grupo de pessoas que possuem essa distinção”.

educação é a base Para o parlamentar, é importante fomentar a atividade econômica do país através de benefícios como linhas de crédito, desoneração ou redução da burocracia, mas a chave para o crescimento é a qualificação das pessoas. “Não é novidade que as grandes potências econômicas forjaram seu desenvolvimento social tomando como base dos investimentos a educação”, ressalta. Ele cita os exemplos de liderança mundial onde isso aconteceu, como a China, os Estados Unidos, o Japão e até mesmo países com menos força econômica, mas com estrutura política e social sólida, como o vizinho latinoamericano Chile. “Nessas nações, há um comércio forte porque ele tem como base uma população com bom poder aquisitivo, obtido graças à formação técnica e à inovação”, defende. 14

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O deputado acrescenta que, apesar do Brasil ter obtido o sexto lugar no ranking mundial do Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (CEBR), que a imprensa britânica publica anualmente com base no Produto Interno Bruto (PIB) de cada país, o baixo investimento em educação não permite boas perspectivas para o futuro, a médio e a longo prazo. “Hoje, o Brasil importa vários produtos que deveria estar vendendo. Por incrível que pareça, isso acontece com a fécula da mandioca”, afirma Balhmann. Segundo ele, o País a vende para a Alemanha e compra de volta em forma de dropes de goma, cremes, tortas, geleias, conservas de frutas, salsichas, mortadelas, carnes enlatadas, sorvetes e fermento em pó, entre outros itens usados no nosso dia a dia.

“Luto para que aconteça um salto definitivo na nossa História. Precisamos liberar o sistema produtivo do país, investir pesado em mão de obra qualificada, desonerar e simplificar a criação, instalação e funcionamento de empresas de grande e médio porte e reduzir em pelo menos 70% a burocracia que emperra o incremento de novos negócios”, defende.

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HOMENAGEADO_ ALBERTO FARIAS

ANTES DE TUDO, UM FORTE Líder classista e ex-presidente do Sindilojas Fortaleza, Alberto Farias recebe homenagem especial na décima segunda edição da Comenda Edson Queiroz

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É ressaltando a capacidade de resistir e se adaptar dos cearenses que o lojista Alberto Farias descreve sua trajetória no comércio, iniciada na década de 1960: “Nós somos os judeus do Brasil”. É com esta frase, que remete à analogia entre o espírito errante do povo do Oriente Médio e os cearenses – ambos com histórico de migrações em busca de melhores condições de vida – que o lojista Alberto Farias ressalta o heroísmo e a resistência dos habitantes do Estado. Não é preciso muito tempo de conversa com o empresário para notar o orgulho que ele tem de fazer parte desse grupo de resistentes, que teimam em sobreviver e prosperar em uma terra tão árida que, nos primeiros tempos de colonização do Brasil, sequer despertou o interesse dos europeus. A personalidade forte, bem disfarçada na fala serena e sem alterações de voz ou exclamações, é apenas um dos motivos que explicam o fato de Alberto Farias ser um dos homenageados pela Comenda Edson Queiroz no ano em que o Sindilojas Fortaleza completa oito décadas de atividades. Basta dizer que o prêmio, um reconhecimento aos grandes nomes do comércio e aos maiores colaboradores do desenvolvimento da atividade varejista em nossa cidade, foi criado por ele. O líder classista, nesta décima segunda edição da premiação, será agraciado com uma comenda especial.

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História de luta Alberto Farias nasceu em Juazeiro do Norte, cidade distante mais de 500 km de Fortaleza, na região do Cariri. Depois de concluir os seus estudos primários, veio sozinho, aos 16 anos, para a capital cearense, para concluir o ensino médio. Para se ter ideia do que esse esforço representou na época, ele lembra que uma viagem para ver a família levava dois dias de trem. Mas essas dificuldades, o lojista faz questão de ressaltar, só o fortaleceram. “Em todas as atividades humanas, ou as pessoas se adaptam ou não sobrevivem. Eu sempre me adaptei”, ressalta. Casado há 60 anos com Norma Ione de Siqueira Farias, leva uma vida tranquila ao lado dos seus seis filhos, 12 netos e seis bisnetos. Antes de iniciar sua trajetória no comércio, o lojista desempenhou várias atividades, porque começou a trabalhar muito cedo. O primeiro emprego foi de técnico de Engenharia no Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis. Depois, formou-se cirurgião dentista na Universidade Federal do Ceará (UFC), em 1952, e se diplomou como técnico em Contabilidade pela Escola Técnica do Comércio. Foi professor de Ciências Naturais e Geografia. Em sua trajetória profissional, também atuou como jornalista, sendo um dos fundadores do sindicato da categoria em nosso estado.


“Surpresa é sempre surpresa, quando não é agradável é difícil de digerir, porém quando casa com os nossos anseios é simplesmente maravilhosa. Não a esperava porque não a mereço, mas os meus amigos de diretoria pensam diferente. Rendo-me por inteiro e agradecido a guardarei como lembrança de todos os que fazem o Sindilojas Fortaleza, inclusive o seu quadro administrativo”. Alberto Farias, líder classista e vice-presidente do Sindilojas

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A entrada no setor do comércio foi na década de 1960. Dessa época, ele lembra detalhes de uma outra Fortaleza, a partir do Centro da cidade, onde os pequenos estabelecimentos concentravam a maior parte da atividade econômica. Eram tempos em que nem se sonhava em shopping centers ou outros grandes polos de comércio na cidade, como os corredores comerciais do bairro Montese ou das avenidas Monsenhor Tabosa e Washington Soares. “A Rua Guilherme Rocha era uma via de mão dupla e ainda tinha uma linha de bonde que levava até ao Liceu. E tudo transcorria na maior tranquilidade”, afirma.

Resistência e adaptação Alberto Farias faz questão de destacar a capacidade de se reinventar de muitos desses comerciantes pioneiros, que conseguiram manter sua atividade mesmo com todas as mudanças pelas quais a cidade e seu setor lojista passaram. O comércio, segundo ele, tem vivido uma grande transformação. “Do final do século para cá, o varejo passou a se concentrar nos shoppings e nos grandes supermercados. E o nosso setor tem mostrado grande capacidade de adaptação”, garante. As mudanças no setor varejista, valem ressaltar, aconteceram não apenas no comércio do Ceará. Alberto Farias, no entanto, acredita que, por aqui, as coisas são sempre mais difíceis, principalmente por causa da escassez de recursos e da aridez do nosso clima. “Nosso estado fica no Polígono das Secas. Enquanto em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte existe a Zona da Mata, com terras férteis, aqui o deserto desembocava na praia. Por isso, só poderia ser povoado por uma gente que tivesse 18

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coragem de se superpor. A têmpera do comerciante cearense é calcinada nessas vicissitudes”, afirma. Para o empresário, um dos grandes exemplos da força e da competência dos cearenses para enfrentar dificuldades é o empresário Edson Queiroz, que ele escolheu para dar nome à comenda que criou para o Sindilojas. “Ele dá de chinelo em muito sulista. Porque nasceu aqui, com uma força que o levou a produzir um dos maiores grupos empresariais do Brasil”, ressalta. Assim como muitos dos “judeus” que um dia deixaram a família para lutar por dias melhores e um Ceará mais rico e desenvolvido, Alberto Farias conseguiu vencer. E avisa que essa luta está longe de acabar. Segundo ele, “enquanto houver no Ceará problema para ser vencido, haverá homens para vencer todos os obstáculos”.

Atuação sindical Convidado pelo empresário Luiz Lage para participar das reuniões do Sindicato do Comércio, em 1973, Alberto Farias não parou mais. Tornou-se o primeiro suplente de diretoria da entidade e, em seguida, o primeiro vice-presidente. Entre as iniciativas que contaram com a sua participação estão a mudança da data de cobrança do recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do dia 10 de cada mês para o dia 20, e a abertura do comércio aos fins de semana. Em sua trajetória como representante de classe, ele ingressou, em 1994, no Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), onde permanece até hoje. Já foi diretor suplente e presidente da entidade em duas gestões (de 1995 a 2001).


Atualmente, ocupa a vice-presidência da entidade. Sua atuação como líder classista se estende também à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), onde hoje é presidente do Conselho Consultivo da Federação. Em 1998, Alberto Farias ajudou o presidente do Sistema Fecomércio-CE, Luiz Gastão Bittencourt, a fundir a Federação Atacadista com a Federação Varejista, formando, assim, a Fecomércio-CE. Nessa, atuou como secretário geral e conselheiro. Além disso, fomentou a criação de uma comissão de registro e enquadramento sindical e idealizou a ouvidoria da entidade.

fenômenos surpreendentes (1998), Da bodega ao shopping (2006) e Você morreu. E agora? (2011). Seu próximo projeto é de um livro autobiográfico. Alberto Farias também participa de comunidades literárias como União Brasileira dos Escritores e a Academia de Letras e Artes do Ceará. Além disso, foi fundador da Cooperativa de Letras do Ceará e da Associação Brasileira dos Bibliófilos.

A arte de escrever Da profissão de jornalista e do gosto pela leitura e pela escrita, que vêm desde os tempos de criança, Alberto Farias desenvolveu o talento para mais uma atividade profissional: a de escritor. Tem cinco livros publicados: O Continente Antártico e o Nordeste brasileiro (1985), O padre Cícero e a invenção do Juazeiro (1994), A terra que encolheu e outros

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Crédito sujeito a análise.

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ATENDIMENTO AO SSOCIADO_SERVIÇOS

ASSESSORIA

E A LUTA

JURÍDICA

CONTINUA

V

Você lojista, sabia que o Sindolojas Fortaleza disponibiliza assessoria jurídica integral e gratuita para todos os seus associados? A assessoria tem o intuito de mantêlos informados, instruídos, atualizados e seguros quanto às questões legais e processuais, fortalecendo ainda mais a categoria e evitando prejuízos ao comerciante. O sindicato não somente presta serviço de consultoria nas mais diversas áreas do Direito a cada associado, individualmente, como também atua diretamente na defesa da classe, de forma coletiva. Ao longo desses 80 anos de atividades, foram várias as conquistas importantes alcançadas. Somente por causa da atuação do departamento jurídico do Sindilojas é que o comércio de Fortaleza continua a poder funcionar livremente, em qualquer dia e horário, mesmo após o advento da Lei Municipal n. 9.452 que, desde 2009, determinou o fechamento das lojas de rua após as 16 horas dos sábados e aos domingos. O “jurídico” ainda foi responsável, em todos esses anos, por anular centenas de autos de infração, arquivar milhares de processos administrativos do Procon/Decon, por tornar improcedentes reclamações trabalhistas, além de conciliar uma série de demandas. Circulares importantes, informativos indispensáveis, palestras jurídicas, seminários sobre Direito do Consumidor para o empresário, sobre Direito do Trabalho para departamentos pessoais, e tantos outros conteúdos fundamentais para o empresário lojista, foram e continuam sendo transmitidos pela assessoria jurídica. Obtivemos o direito do associado ser ressarcido no que pagou a mais a título de Finsocial, de não mais recolher contribuição previdenciária sobre verbas rescisórias indenizatórias, além de tantos outros, sem falar nas ações que ainda pendem de julgamento. E, assim, de forma eficaz, esse serviço essencial para a vida do empresário vem sendo prestado, com prazer e afinco durante todo esse tempo e continuará por toda a infinita vida do Sindilojas Fortaleza. Com muito orgulho, parabenizamos o Sindilojas por estes vitoriosos 80 anos, e nos colocamos sempre à disposição do empresário lojista! Celso Baldan Advogado, assessor jurídico do Sindilojas Fortaleza 20

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Lendo o livro O Monge e o Executivo, achei bastante interessante a mensagem: “O homem sensato se adapta ao mundo; o insensato persiste em tentar adaptar o mundo a si mesmo; portanto, todo o progresso depende do homem insensato.” E uma das definições de insanidade é continuar a fazer o que você sempre fez, desejando obter resultados diferentes. No entanto, a mudança nos desinstala, nos tira da zona de conforto, o que é bastante difícil porque nos força a fazer as coisas de modo diferente. Sejamos então insensatos, persistentes em acompanhar e adaptar as mudanças globais em prol do bem coletivo, constituindo assim uma demonstração de amor, que, se usado somente em proveito próprio ou de alguém em particular, nada vale; sem amor ninguém caminha para frente. Uma organização sindical pode ser comparada aos anjos que, como tal, precisam de duas asas para alçar voo rumo a mundos melhores e servir sempre melhor os seus representados colaborando para o desenvolvimento das empresas. O Sindiojas Fortaleza, apesar das inúmeras lutas travadas em prol da classe, das grandes conquistas e vitórias inesquecíveis, ainda muito tem a cumprir, mas continua firme em sua caminhada, sempre buscando agregar, defender e representar a classe lojista. Enquanto gerente executiva deste sindicato, em nome de toda a equipe de colaboradores, orgulhosamente parabenizamos aqueles que iniciaram, em 1933, uma história de luta e união da classe lojista e a todos que, com muita garra e dedicação, continuam escrevendo o livro de vida desta entidade que comemora 80 anos de fundação, sempre capitaneada por homens simples, empresários ousados e líderes persistentes e sonhadores. E assim continuará por muitos anos servindo aos lojistas também através dos serviços ofertados. Tânia Damasceno Gerente Executiva do Sindilojas Fortaleza


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w w w. u n i m e d f o r t a l e z a . c o m . b r


HISTÓRIA_ARTIGO

Praça do Ferreira, em 1935

Por Alberto Farias

UMA PROSA PARA OITO DÉCADAS

O

Os primeiros surtos da industrialização ocorridos na Europa aconteceram na Inglaterra a partir do século XIX. Aliás, o fato de o Reino Unido tomar a dianteira da indústria pesada é fácil de entender. Depois de amealhar o fruto das atividades dos seus corsários, vivendo ilhada, e repousando as suas terras sobre minas de ferro e carvão, tendo ainda a sorte de dominar o motor a explosão, o resto foi fácil. Só que, de início, as condições de trabalho eram extremamente deploráveis. Esse estado de coisas perdurou por longo tempo e nem o discurso socialista de Karl Max viria minorar a situação. Enquanto isso, no continente, tangidos pelos ventos da revolução francesa, o liberalismo sentava praça. O binômio capital e trabalho passava a merecer um entendimento mais humano. Surgiram as asso-

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ciações internacionais do trabalho, visando humanizar aquela relação. Isso perdurou até 1914, quando teve inicio a primeira grande guerra. Ao final do conflito, a Europa foi palco de modelos políticos os mais diversos. Nesse meio tempo surgiram os regimes extremistas: o nazismo (Alemanha) e o fascismo (Itália) e seus fantoches ocorridos na Espanha e em Portugal. Mesmo assim, as condições de trabalho nesses países sofriam uma forte pressão popular e sob essa influencia é que surgiram os primeiros movimentos sindicais, que no começo visavam apenas oferecer melhores condições para os trabalhadores: remuneração mais digna, horários compatíveis e instalações menos insalubres. Foram inseridos nas cartas magnas desses países os primeiros ordenamentos reguladores das relações capital e


trabalho, aí incluído o direito do empregador de também se organizar para defender os seus interesses. A Itália, dado o seu virtuosismo por leis, produziu a Carta de Labore, que viria influenciar diretamente o Brasil, tendo em vista que o presidente/ ditador Getúlio Vargas era um grande admirador do regime italiano. Portanto, foi sob o influxo do regime fascista italiano que Getúlio Vargas, trazido dos pampas no bojo da Revolução de 1930, entregou o Ministério do Trabalho Indústria e Comércio ao seu conterrâneo e correligionário Lindolfo Collor, com a recomendação expressa de criar um mecanismo regulador dessa relação. Era o embrião da CLT. No Ceará, já em 1931, Clovis Arrais Maia e outros empresários davam início ao movimento sindicalista cearense, criando em Fortaleza uma sucursal da Federação Pernambucana do Comércio. Não tardou, e um grupo de empresários lojistas tendo à frente Inácio Gomes Parente, Manuel Onulfo Câmara, Carlos Garcia Juaçaba, Aprígio Coelho de Araújo, José Ramos Torres de Melo, José Torquato Pessoa, Raimundo Freitas Ramos e José Cavalcante Parente, reuniu-se no dia 23 de maio de 1933 para fundar o Sindicato do Comércio Lojista de Fortaleza. Nas décadas seguintes, e até 1974, o Sindilojas foi capitaneado sucessivamente por Rubens Lima Barros, Giovani Gomes, Manuel Agenor Costa Filho, Oscar Roque Bezerra. Em 1974, ainda sob o regime militar assumiu a presidência do Sindilojas

o empresário José Romcy, a quem se deve a construção da atual sede, inaugurada em 1987. Depois foi a vez de Moacir Ajuricaba Lima Leite, Alberto Farias e José Cid Sousa Alves do Nascimento, seu atual presidente. Seria enfadonho selecionar o que cada um desses abnegados presidentes realizou em benefício do Sindilojas, pois todos eles deram o melhor de si na defesa da classe lojista e realizaram o que as circunstâncias, suas contemporâneas, permitiram. Absolutamente nenhum deixou de dar conta do seu recado.

“Seria enfadonho selecionar o que cada um desses abnegados presidentes realizou em benefício do Sindilojas, pois todos eles deram o melhor de si na defesa da classe lojista e realizaram o que as circunstâncias, suas contemporâneas, permitiram.” O Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas Fortaleza) completa 80 anos e vence esse largo lapso de tempo sempre na crista dos acontecimentos que lhe dizem respeito. O fato de percorrer tão longo espaço de tempo sempre em posição de vanguarda tem muito a relatar. O conteúdo do seu desempenho histórico pode ser classificado como uma verdadeira epopeia. Vejamos alguns breves traços.

Jardim 7 de Setembro, na Praça do Ferreira, em 1930

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Para não invadir o terreno em que atuaram os outros presidentes e tentando oferecer uma breve ideia do que compete a uma diretoria do Sindilojas, transcreveremos parte do pouco que realizamos durante o período que dirigimos os destinos do nosso Sindicato: 1) mantivemos aberto um canal de entendimento amistoso com o sindicato dos comerciários com o qual realizamos inúmeras e memoráveis convenções, nada obstando alguns momentos de forte tensão (manter a normalidade de funcionamento das nossas lojas foi o ponto de honra da nossa atuação); 2) pela primeira vez na história do nosso comércio, conseguimos tornar legal a abertura das lojas nos dias de domingo; 3) outro feito memorável foi o retorno do recolhimento do ICMS para o dia 20 de cada mês; 4) de igual forma iniciamos a informatização das pequenas lojas através de leasing chancelado pelo Sindilojas; 5) resistimos de modo formal á integralidade dos termos da Portaria do Secretário das Relações do Trabalho (No. 24/64), que tratava do PCMSO; 6) deflagramos uma campanha de nível nacional e presidimos a ida a Brasília de uma comissão para rebater e conter a gula dos administradores de cartão de crédito, isso junto ao Ministério da Fazenda; 7) travamos memorável e vitoriosa batalha contra um abusivo aumento do IPTU, na gestão do prefeito Juraci Magalhães; 8) participamos de um Fórum internacional (Brasil/Canadá), que buscava compatibilizar o relacionamento entre as empresas e o fisco; 9) pelos 24

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jornais locais e de outros estados (Gazeta Mercantil, Jornal do Comércio) estivemos presentes através de inúmeros artigos na defesa dos interesses do segmento lojista; 10) na mídia televisada travamos muitas discussões sobre a abertura do comércio também nos dias feriados; 11) jamais esquecemos de estar presentes, de forma sistemática, junto a algumas instituições de benemerência e, de igual modo, de levarmos o apoio moral e material em particular assistindo os internos no Hospital São José; 11) promovemos reuniões conjuntas, com a participação de todas as instituições ligadas ao comércio (CDL, Associação Comercial, Facic, Fecomércio) para cobrarmos de viva voz das autoridades responsáveis (Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público, Secretaria da Fazenda, Polícias Civil e Militar) um combate efetivo contra a pirataria, o contrabando e a sonegação; 12) mantivemos os cursos e as palestras instrutivas ministradas na nossa própria sede; 13) estabelecemos convênios com planos de saúde; 14) mantivemos médico em plantão permanente para atender aos comerciário no plano do PCMSO; 15) tivemos a felicidade de instituir a Comenda Edson Queiroz, que consideramos o ponto alto da parte social da nossa gestão. A transcrição desses dados deve ser tomada na qualidade de simples amostra do que é o trabalho de uma diretoria do Sindilojas. E serve também para dar um maior realce ao trabalho efetuado pelos


Galeria de ex-presidentes do Sindilojas

primeiros presidentes que tiveram de realizar muito mais do que isso, em condições sensivelmente mais precárias. Mais modernamente, já com uma estrutura melhor organizada, contamos com a presença de pessoas dignas que se deixaram dominar pela ânsia do servir: Oscar Roque, Moacir Ajuricaba e José Romcy, que realizaram gestões altamente produtivas, formam um time especial. Não podemos deixar de ressaltar a atuação singular do atual presidente, Cid Alves, que tem realizado uma administração de fôlego, com muita comA então Intendência Municipal de Fortaleza petência e dignidade; por e o coreto que antecedeu isso, merece esta menção a Coluna da Hora, na Praça Ferreira, em 1930 especial. Sem dúvida, Cid Alves é um campeão nato na luta pela defesa da causa lojista. Porém, essa é a rotina do Sindilojas: seriedade e eficiência. Se a instituição sai do rumo, pode ir pro brejo da mediocridade, o que seria extremamente deplorável.

tuição vencedora. A vida das instituições muitas vezes é marcada pelos eventos mais preocupantes e exige uma disposição de luta indormida. Não comporta negligência ou acomodação. A trajetória do sucesso é muito exigente. Isso decorre do fato de sempre haver algo importante para realizar. E o que tem para ser executado deve ser feito de modo perfeito e com a presteza que produza os efeitos satisfatórios e justifiquem o desempenho do trabalho efetuado.

Manter-se na crista dos acontecimentos, mesmo quando atua sob o influxo de crises, é sinal eloquente da potência de uma instiOUTUBRO DE 2013

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O papel de um sindicato patronal sempre foi de difícil avaliação, a partir da atuação dos seus dirigentes. Na verdade, poucos se integram de corpo e alma a esse tipo de atividade. O que faz crescer a responsabilidade dos abnegados. Infelizmente, o desconhecimento do assunto é a regra. Pior é quando indivíduos que se julgam entendidos da matéria tentam interferir de modo arbitrário naquilo que não conhecem nem pela rama. No regime capitalista, vivemos a noção corriqueira de que a palavra sindicato significa barulho, paredão, balbúrdia, interdição ao trabalho ou simplesmente greve. Coisas absurdamente incompatíveis com os anseios dos que velam pela iniciativa privada. Os sindicatos que assim agem, e muitas vezes agem atendendo a circunstâncias adversas, são os sindicatos obreiros. Até parece que não dispõem de outras maneiras para se fazerem ouvir. Por força da sua estrutura, o sindicato patronal deve observar uma postura diametralmente oposta. Tem de agir firme, porém sem alarde. Na realidade o sindicato patronal não deve encarnar a figura de um simples contraponto ao sindicato obreiro. Antes lhe cabe uma função mediadora entre as reivindicações dos empregados e a capacidade de Praça do Ferreira, em 1935. Em destaque, o Cine Majestic, que incendiou

conceder do empresariado que ele representa. Para exercitar esta função, e muitas outras que lhe são paralelas, o dirigente sindical patronal, quando revestido na qualidade de negociador, deve revestirse do mais puro sentimento de concórdia e bom senso. Agir de modo firme, mas sempre conciliador.

“Narealidadeosindicatopatronalnãodeve encarnarafiguradeumsimplescontraponto aosindicatoobreiro.Anteslhecabeuma funçãomediadoraentreasreivindicações dos empregadoseacapacidadedeconceder doempresariadoqueelerepresenta.” Entretanto, não fica nisso o seu trabalho. Com a dinâmica dos acontecimentos, o sindicato patronal é chamado a atuar em áreas mais delicadas. A sua atuação juntos aos poderes públicos não tem limite. Deve estar presente junto aos tribunais trabalhistas, à justiça do trabalho, ao ministério público e órgãos de controle de consumo. Diplomacia e cautela é o lema do negociador sindical. Todavia, é junto aos órgãos encarregados da arrecadação, aos quais está afeto o sistema tributário, que a atuação do sindicato patronal se impõe como absolutamente indispensável. O dirigente sindical torna-se uma espécie de ouvidor. Sobre ele recai o ônus de produzir ou conservar condições que garantam, no mínimo, uma sobrevida mais longa para os componentes do seu segmento, haja vista que a mortandade entre as nossas pequenas empresa é alarmante. Temos aqui um binômio difícil de equacionar: o dirigente sindical sabe que a agressividade do fisco tem um papel preponderante nessa mortandade mas, por igual, ele também reconhece o papel fundamental do fisco em face da sociedade como um todo. Não obstante a importância do acima mencionado, nada se compara ao papel que deve ser desempenhado pelo dirigente social no tocante à sua presença nas convenções trabalhistas, onde são discutidas e definidas as condições econômicas e sociais que norteiam a convivência pacífica entre patrões e empregados. Nesse ponto de fundamental importância, o negociador patronal põe à prova toda argúcia e plasticidade do seu convencimento. Por fim, afora essas atribuições domésticas decorrentes da sua infraestrutura, no Brasil, os Sindilojas exercitam uma política de unificação de procedimentos junto aos demais co-irmãos espalhados por todo o território nacional. Fazemos parte deste grupo de elite.

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“Aforaessasatribuiçõesdomésticas decorrentesdasuainfraestrutura,no Brasil,osSindilojasexercitamumapolítica de unificaçãodeprocedimentosjunto aos demaisco-irmãosespalhadospor todo o territórionacional. Fazemos parte deste grupodeelite.”

poderia ser mal interpretado, entretanto, ele jamais deveria ser debitado a qualquer excesso de vaidade.

Por outro lado, há uma manifesta carência de entendimento quanto ao relacionamento com os institutos particulares voltados para o comércio e que atuam em paralelo. Essas instituições, embora muitas vezes tenham uma desenvoltura notável, pecam por aparentarem uma espécie de divórcio entre si. Este seria um divórcio inexplicável, que

O Sindilojas Fortaleza tem consciência desta realidade e, sempre que possível, age no sentido de superá-la, inclusive trabalhando em benefício de todos, indistintamente, sem cobrar dividendos da sua atuação. Estará sempre disposto a sentar com os outros agentes envolvidos no processo, desde que disso resulte algo de proveitoso para a categoria. Vencer oito décadas exercitando todo esse atarefamento credencia o Sindilojas na qualidade de um dos esteios mais robustos do segmento lojista da nossa terra. A força e a atualidade do Sindilojas neste cenário, o situa como um agente indispensável, quando se deseja produzir algo de positivo para a classe.

FATOS MARCANTES DA HISTÓRIA RECENTE DO SINDILOJAS FORTALEZA

Inauguração da atual sede do Sindilojas Fortaleza, no Edifício Alvorada, no Centro, em 16 de outubro de 1987

Treinamento com associados realizado em fevereiro de 1992

Solenidade de comemoração dos 65 anos do Sindilojas Fortaleza, em 1998, na sede do sindicato

Posse da diretoria 2001-2004, em 5 de setembro de 2001

Equipe de organização da quarta edição da Campanha Ceará Natal de Cidadania, em 13 de dezembro de 2003

Participação no evento alusivo ao Dia Internacional do Consumidor, realizado junto ao Decon e OAB

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“Venceroitodécadasexercitandotodo esseatarefamentocredenciaoSindilojas na qualidadedeumdosesteiosmais robustos dosegmentolojistadanossa terra. AforçaeaatualidadedoSindilojas neste cenário,osituacomoumagente indispensável,quando sedesejaproduzir algodepositivoparaaclasse.” Entretanto, é forçoso reconhecer que o Sistema Sindical Patronal em todo o Brasil tem vivido em um permanente estado de alerta. Deficiências estruturais a par de interpretações dúbias de juristas apressados em mudarem as tintas da Carta Magna de 1988 e, principalmente, uma inexplicável aversão do segmento lojista em enfrentar desafios no seu campo de ação consubistanciam esses temores.

Para sermos realistas, temos de admitir que, pouco mais de duas décadas passadas, o sindicalismo patronal brasileiro viveu em estrita dependência dos poderes públicos. Porém, a Constituição de 1988 deu um basta naquela situação esdrúxula. Os sindicatos patronais tiveram de sobreviver por conta própria e assim superar as suas deficiências. É tempo de o sindicalismo patronal no Brasil mostrar-se como instituição adulta, independente e capaz de se amoldar, com a devida presteza, às modernas exigências do mercado de uma sociedade globalizada e em transformação permanente. Por outro lado, o Sindilojas é uma entidade voltada de forma evidente para as micro, pequenas e médias empresas (e isso nos lembra que não devemos permitir que nos roubem as empresas do Simples) uma vez que, por razões óbvias, são raras as

Inauguração do Auditório Alberto Farias, na sede do sindicato, em 4 de setembro de 2008

Alocação de fotografia na Galeria de Ex-presidentes

Apresentação da Operação Centro Seguro na Secretaria de Segurança Pública, em novembro de 2008

Festa de 70 anos do Sindilojas, em 5 de setembro de 2003

Participação do Sindilojas no Comut - Conselho Municipal do Trabalho de Fortaleza, que o sindicato presidiu em 2010

Encontro de diretores do Sindilojas, em novembro de 2012

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grandes empresas que prestigiam o seu Sindicato. Presumem-se autossuficientes. Aliás, o estrabismo das megaempresas traz um manifesto desconforto à categoria, em geral. De qualquer forma, o Sindilojas estará sempre na linha de frente e preparado para dar completa assistência aos seus associados, em toda extensão da sua competência legal. Nada se faz sem recursos, mormente os grandes empreendimentos. Infelizmente, a maioria dos sindicatos patronais vive de uma receita ínfima. Por essa razão o dirigente sindical, mesmo sem dinheiro, precisa vestir a camisa do diplomata (às vezes, até malcriado) para se fazer ouvir. Não permitir que, pelo fato de pouco possuir, venha a ser tragado pela gula dos que não reconhecem o seu papel social. Em especial, o fisco arrecadador nos três níveis do governo, com os seus avanços despropositados. O legislador brasileiro parece que desconta todas as suas frustrações nos ombros da nossa laboriosa classe. Cabe ao Sindilojas suportar e ultrapassar essa situação incômoda simplesmente porque está posto na Carta Magna que ao Sindicato compete desenvolver toda uma gama de ações que resulte na defesa da sua classe. Coisa absolutamente vedada a qualquer outra instituição particular.

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E o que o Sindilojas ganha com essa atitude? Muitas vezes nem o próprio reconhecimento da parte dos beneficiários diretos do seu trabalho. Entretanto, a atividade do Sindilojas, no decorrer de todos esses anos de sua existência, prima pelo anonimato. O Sindilojas age sem qualquer estardalhaço. Aliás, qualquer alarido fora de propósito pode redundar em prejuízo para os seus objetivos. Eis a que se propõe o “oitentão” que hoje comemora o seu aniversário: agir de modo efetivo durante, pelo menos, mais outros oitenta anos sem pretender provocar o menor ruído, porém sempre capitalizando resultados positivos. O companheiro que teve a paciência de ler este arrazoado até aqui fica de já convidado para participar da festa dos 160 anos de nossa criação; o convite está feito. Até lá, bons negócios e muita paz!

“Eis a que se propõe o“oitentão”que hoje comemora o seu aniversário: agir de modo efetivodurante,pelomenos,maisoutros oitenta anos sem pretender provocar o menorruído,porémsemprecapitalizando resultadospositivos.”


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