Catálogo Ciências Humanas e Sociais 2016-2017

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CatĂĄlogo 2016/2017

CiĂŞncias Humanas e Sociais


CatĂĄlogo 2016/2017

CiĂŞncias Humanas e Sociais


Caro(a) Professor(a),

A área de Ciências Humanas e Sociais sempre foi um foco importante da Global Editora desde sua fundação, em 1973. Concentrando­‑se primordialmente na edição de livros relacionados ao desenvolvimento histórico­‑social do Brasil, a editora teve pleno êxito ao reunir em seu catálogo obras centrais para a cultura brasileira as quais, ao longo dos anos, f irmaram seu lugar entre os clássicos. Ao primar por edições cuidadosamente revistas e contando com o auxí‑ lio de colaboradores renomados tanto do campo intelectual brasilei‑ ro como do estrangeiro, a editora confere um viés que alia tradição e modernidade na publicação desses textos seminais. A Global tem seus livros adotados em cursos superiores em todo o território nacio‑ nal, tanto no nível de graduação como no de pós­‑graduação. Este catálogo apresenta aos professores e pesquisadores títu‑ los de relevo das áreas de História, Geograf ia, Antropologia, Ciência Política, Sociologia, Economia e Arquitetura. Temos a honra de reunir em nossa casa editorial os títulos de autores como Darcy Ribeiro, Flo‑ restan Fernandes, Gilberto Freyre e Luís da Câmara Cascudo, pensado‑ res cujas reflexões são indispensáveis para quem deseja compreender não só o Brasil, como também a América Latina e o mundo. Seguramente, entre os títulos aqui relacionados, você encon‑ trará importantes obras para sua pesquisa que atualmente desenvol‑ ve e para o preparo de suas aulas. Indique este catálogo aos seus co‑ legas e alunos. Nossa equipe de divulgadores está à sua disposição para auxiliá­‑lo da melhor forma possível. Conte conosco!

Os Editores

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“Era como se tudo dependesse de mim e dos de minha geração; da nossa maneira de resolver questões seculares.” Gilberto Freyre, prefácio à primeira edição de Casa­‑grande & senzala

Sumário

Gilberto Freyre  7 Luís da Câmara Cascudo  13 Florestan Fernandes  21 Darcy Ribeiro  25 Temática afro­‑brasileira  Temática indígena  29

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COLEÇÃO

Gilberto Freyre

Gilberto Freyre nasceu no Recife, Pernambuco, em 1900, e morreu em 1987. É considerado, ao lado de autores como Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior, um dos maiores intérpretes da formação histórico­‑social brasi­ leira. Freyre estudou nos Estados Unidos, onde se formou bacharel em Artes Liberais na Uni­ versidade de Baylor, Texas, em 1920 e Master of Arts na Universidade de Columbia, Nova York, em 1922. Autor de Casa­‑grande & senzala, obra seminal da historiograf ia brasileira, o sociólogo recebeu ao longo de sua vida muitos prêmios e títulos, nacionais e do exterior. Lecionou em universidades europeias e norte­ ‑americanas e teve vários de seus livros traduzidos para diversos idiomas. 7


Coleção Gilberto Freyre

Coleção Gilberto Freyre

Açúcar – uma sociologia do doce, com receitas de bolos e doces do Nordeste do Brasil

Insurgências e ressurgências atuais – cruzamentos de sins e nãos num mundo em transição

Açúcar traz dezenas de receitas de doces, bolos, bolinhos, biscoitos, sequilhos e sorvetes dos engenhos do Nordeste; indica os utensílios tradicionais utilizados no seu preparo e até revive a arte dos enfeites de bolo de papel recortado. Aqui, Freyre apresenta a arte da doçaria nacional como sendo um fenômeno de cultura, pontuando as marcas lusitanas, ameríndias e africanas que a compuseram e revelando as interpenetrações entre essas marcas. Um livro saboroso como um doce de coco ou de caju. À escolha do freguês.

Insurgências e ressurgências atuais trata de um futuro possível a partir das heranças do pas‑ sado e da realidade social e política. Desconf iado da f ilosof ia que exalta desenvolvimento e modernização quase como sinônimos, Freyre prefere ver o mundo como uma época de insurgências e ressurgências. Ressurgências que contrariam a f ilosof ia da globalização política através da imposição de um centro “dominador absoluto de decisões”, pretendido por europeus e norte­‑americanos. Como esperança brotam em todas as partes do planeta as insurgências contra esse domínio: o reflorescimento de velhas culturas, demonizadas pelo Ocidente e apontadas como ameaças externas, como o islamismo; a ascensão mun‑ dial do poder chinês e a antevisão do Brasil como pref iguração da humanidade do futuro.

272 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1069­‑ 7 Também em E­‑ book – formato ePub

368 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 1072­‑ 7 Também em E­‑ book – formato ePub

Casa­‑grande & senzala

Interpretação do Brasil

Um dos livros capitais da cultura brasileira, sem o qual é impossível conhecer o Brasil. Aqui, Freyre valoriza o papel do negro na história brasileira, exaltando a miscigenação racial, desmistif icando preconceitos e reconhecendo a originalidade de nossa cultura. Com esse livro, Gilberto Freyre revolucionou a historiograf ia brasileira, lançando mão de fontes até então pouquíssimo utilizadas, como os arquivos privados de famílias de proprietários de engenhos, livros de viajantes, anúncios de jornais e diários. Casa­‑grande & senzala f  irmou­‑se como um dos maiores clássicos da historiograf ia brasileira, tendo já ultrapassado a barreira das 50 edições. Essa edição, além de contar com um admirável requinte gráf ico, traz um texto de apresentação de Fernando Henrique Cardoso.

Esse livro reúne as conferências apresentadas por Gilberto Freyre nos Estados Unidos em 1944. Sua leitura traduz tanto a importância crescente que o Brasil passou a ter num mundo cada vez mais preocupado com as consequências potencialmente dramáticas de contatos entre povos, culturas e religiões, como também revela um momento crucial da obra de Freyre. As relações raciais no Brasil, sua política externa, as diferenças entre as regiões do país e outros temas de suma importância para se compreender o âmago da formação brasileira são brilhantemente abordados por Gilberto Freyre nessa obra. 256 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 2223­‑ 2 Também em E­‑ book – formato ePub

728 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 0869-4

China tropical

Modos de homem & modas de mulher

O Brasil, como se sabe, tem em sua misturada formação sociocultural a marca do Oriente. A ação portuguesa em regiões da Ásia, a presença de escravos africanos de cultura mu‑ çulmana e outros elementos f izeram com que nosso DNA multifacetado tivesse traços dos povos orientais. China tropical é um livro que traz textos do sociólogo Gilberto Freyre sobre os diversos orientalismos presentes na sociedade brasileira. Organizado por Edson Nery da Fonseca, o livro reúne textos que tematizaram o Oriente, extraídos de diferentes livros de Freyre. O sociólogo rememora os indícios da presença oriental no Brasil: o chapéu de sol, o leque, a bengala, a colcha de seda, o cuscuz, o hábito de usar xale, entre outros.

Modos de homem & modas de mulher constitui­‑se num livro de interesse tanto para curiosos e estudiosos do mundo da moda quanto para leitores interessados em compreender a his‑ tória da constituição do vestuário ao longo do passado brasileiro. Nesse livro, o sociólogo Gilberto Freyre aborda com leveza e profundidade aspectos que, em seu ponto de vista, foram def inindo traços do comportamento e da estética dos homens e das mulheres. Em textos curtos, é abordada com objetividade a maneira pela qual, ao longo de nossa história, foi construída uma estética brasileira, que pode ser vista nas roupas e acessórios utilizados por homens e mulheres no país. A criatividade da moda brasileira é visualizada como um fenômeno internacionalmente reconhecido em todas as partes do mundo.

256 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1587­‑ 6 Também em E­‑ book – formato ePub

336 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1336­‑ 0 Também em E­‑ book – formato ePub

O escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX Os anúncios de jornais revelavam a mudança dos hábitos alimentares e a gula dos cati‑ vos, como se vestiam e se comportavam. A utilização desses registros como fonte para a reconstituição da história da escravidão foi um dos pioneirismos de Gilberto Freyre. Nesse livro, publicado pela primeira vez em 1961, o sociólogo mostra que os anúncios de venda de cativos traziam elementos que passaram despercebidos por muito tempo aos olhos dos estudiosos: descrições das aparências físicas dos escravos, seus temperamentos, suas habilidades, seus modos de se vestir e as marcas de violências sofridas. Nesse livro instigante, aprendemos que, ao realizarmos a leitura desses anúncios com atenção ao que parece trivial e pequenino, poderemos nos aproximar do cotidiano do regime escravo. 248 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 0134­‑ 3

Nordeste O Nordeste de Gilberto Freyre é uma terra de fartura, de águas abundantes, região agrária onde se desenvolveu a cultura da cana­‑ de­‑açúcar, com a sua aristocracia feudal de hábi‑ tos requintados, onde cada propriedade era um mundo à parte e que, segundo o autor, “foi, por algum tempo, o centro da civilização brasileira”. Quando de sua publicação, em 1937, Nordeste foi considerado uma novidade na vasta obra de Gilberto Freyre, um livro eminentemente geográf ico, mais simples e despojado do que os anteriores Casa­‑grande & senzala e Sobrados e mucambos. O estilo, de “sabor sensual, denso, oloroso” (Manuel Bandeira), continuava o mesmo, assim como a arte de narrar do autor, com alguma coisa de romancista. 256 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0837­‑ 4 Também em E­‑ book – formato ePub

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Coleção Gilberto Freyre

Coleção Gilberto Freyre

Novo mundo nos trópicos Novo mundo nos trópicos reúne dois estudos escritos em duas épocas e dois contextos diferentes. O primeiro é Brazil: an Interpretation, série de seis conferências proferidas em 1944 na Universidade de Indiana em Bloomington, publicadas em 1945. Em 1959, viria a lume o livro New World in the Tropics (1959), com os antigos textos acrescentados de qua‑ tro novos capítulos, os quais seriam traduzidos para o português e publicados no Brasil somente em 1969 sob o título Novo mundo nos trópicos. Escrito no auge da capacidade do autor, esse livro oferece uma poderosa síntese do pensamento de Gilberto Freyre sobre importantes temas, como miscigenação racial, escravidão, unidade nacional, entre outros.

Livros sobre Gilberto Freyre Obras vencedoras do Concurso Nacional de Ensaios – Prêmio Gilberto Freyre

376 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1538­‑ 8 Também em E­‑ book – formato ePub

Ordem e progresso Último volume da Introdução à história da sociedade patriarcal no Brasil, Ordem e progresso estuda o período de transição da Monarquia para a República, correspondente à desinte‑ gração do patriarcalismo na sociedade brasileira, sob o regime de trabalho livre, quando o Brasil abre­‑se, em def initivo, para o mundo e a modernidade. Freyre mostra que a entrada no Brasil nessa era de modernidade deu­‑se de forma não radical. Em outras palavras, as mudanças estruturais na sociedade brasileira, com a passagem da Monarquia para a Repú‑ blica, foram vincadas pela moderação, pela preservação da ordem e pela manutenção do poder político e econômico nas mãos de elites. Obra pioneira como interpretação, Ordem e Progresso introduz uma novidade de pesquisa nos estudos de sociologia e antropologia: a utilização de entrevistas com pessoas que viveram a fase histórica estudada. 1120 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0836­‑ 6 Também em E­‑ book – formato ePub

As criaturas de Prometeu – Gilberto Freyre e a formação da sociedade brasileira, de Élide Rugai Bastos O livro de Élide Rugai Bastos é uma prova de que ainda há muito a ser investigado nos textos do sociólogo pernambucano. Vencedor do 1o Concurso Nacional de Ensaios/Prêmio Gilberto Freyre, a obra lança novas luzes sobre a arquitetura interna das ideias de Freyre. A socióloga esclarece a articulação de três elementos da interpretação da formação da sociedade brasileira elaborada por Freyre: patriarcalismo, interpenetração de etnias/culturas e trópico. Além dessa tríade, a autora analisa outros temas centrais, como a vinculação entre região e história e, ainda, o escravo negro, a mulher, o menino, entre outros. Cumpre registrar, por f im, que Élide relaciona a interpretação que Freyre produziu sobre o Brasil nos anos 1930 com o momento político que o país vivenciava. 240 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 1068-9

Sobrados e mucambos

Ensaio sobre o jardim, de Solange de Aragão

Em excepcional apresentação gráf ica, a presente edição de Sobrados e mucambos vem com um excelente texto de apresentação de Roberto DaMatta, um atestado de como o estudo clássico de Gilberto Freyre sobre a decadência do patriarcado rural e o desenvolvimento do urbano continua atual. Focando o f inal do século XVIII e a primeira metade do XIX, Freyre analisa as relações familiares, o relacionamento entre senhores e escravos, o processo inicial de urbanização do território nacional e outros aspectos desse importante período da história brasileira, durante o qual as cidades passam por mudanças de relevo que serão def inidoras de novos padrões de vida, como a ascensão dos bacharéis no cenário político e da rua como espaço de convívio entre segmentos diferentes da população. Trata­‑se do livro que dá continuidade a Casa­‑grande & senzala.

Vencedor da 2a edição do Concurso Nacional de Ensaios/Prêmio Gilberto Freyre, o texto de Solange de Aragão trata do jardim particular brasileiro: sua história, suas características, suas flores, suas plantas, sua transformação ao longo do tempo. Numa abordagem inova‑ dora, a autora aborda todo esse universo tendo como ponto de partida o livro Sobrados e mucambos, de Gilberto Freyre. A escolha da obra de Freyre não é à toa. Na verdade, o livro, que é a continuação de Casa­‑grande & senzala, apresenta uma das primeiras caracterizações do jardim brasileiro nas residências. Solange recompõe aqui os períodos de glória e de decadência dos jardins, as mudanças históricas pelas quais eles passaram, desde o Jardim Holandês, inaugurado por Maurício de Nassau em 1642, até os célebres jardins projetados no século XX por Burle Marx e outros paisagistas da contemporaneidade.

976 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 0835­‑ 9

192 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1331­‑ 5

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Vida social no Brasil nos meados do século XIX

Nordeste semita, de Caesar Sobreira

Uma excelente introdução ao conhecimento de como viviam os brasileiros em meados do século XIX. Nada de pompas históricas ou conflitos políticos. Gilberto Freyre traça aqui a história íntima da sociedade brasileira tendo como foco as relações de família, os trajes e móveis de época, os animais, os sobrados urbanos e as casas-grandes em contato íntimo com as senzalas. O texto corresponde à tradução da tese de mestrado apresentada por Freyre na Universidade de Columbia no início dos anos 1920 e é considerado o embrião de Casa­‑grande & senzala, obra­‑mestra do sociólogo pernambucano.

Inspirado nos trabalhos de Gilberto Freyre, especialmente em Casa­‑grande & senzala, So‑ brados e mucambos e Nordeste, Caesar Sobreira inventaria os componentes semitas que se mostram atuantes no espaço nordestino em suas diversas manifestações. Dialogando com o pensamento freyriano, Sobreira aborda essas marcas em diversos campos. No que diz respeito à cultura material, o autor identif ica raízes semitas no uso da mantilha por parte das mulheres nordestinas. A mesma presença judaica é vista também na vivência religiosa da região, ao vislumbrar­‑se o costume no Nordeste de erigir monumentos santos em montes e elevados. De forma ampla e ao mesmo tempo profunda, o livro de Sobreira, vencedor da 3a edição do Concurso Nacional de Ensaios/Prêmio Gilberto Freyre, convida o leitor a um passeio por várias esferas da existência, evidenciando o quanto há da cultura semita na sincrética vida social nordestina.

168 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1314­‑ 8 Também em E­‑ book – formato ePub

224 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1473-2

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COLEÇÃO

Luís da Câmara Cascudo

Luís da Câmara Cascudo nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, em 30 de dezembro de 1898. Foi grande pesquisador da área do folclore, historiador, professor e jornalista. Formou­‑se na Faculdade de Direito do Recife em 1928 e foi professor de história do Colégio Atheneu Norteriograndense. Fundou a Sociedade Brasileira de Folclore em 1941. Ainda no início dos anos 1940, começou a redigir o Dicionário do Folclore Brasileiro, importante obra de referência que seria publicada em 1954. Nas décadas de 1950 e 1960, organizou diversas coletâneas de textos históricos, etnográf icos e sobre os mitos folclóricos nacionais. 13


Coleção Luís da Câmara Cascudo

Coleção Luís da Câmara Cascudo

Antologia da alimentação no Brasil

Coisas que o povo diz

Câmara Cascudo reuniu nessa obra estudos e histórias saborosas da vida do brasileiro: da introdução do sorvete ao cotidiano de bares e cozinhas de negros e brancos. Trata­ ‑se de uma coletânea de artigos, depoimentos e textos históricos dos séculos XVII a XX, reunidos por Cascudo na década de 1970, contendo, assim, desde textos de autores de viajantes estrangeiros, como John Luccock e Henry Koster, até escritores, como Coelho Neto, Euclides da Cunha e João do Rio. Pode­‑se dizer, sem exageros, que foi a partir da atenção que o autor dedicou ao estudo da alimentação no Brasil que a comida passou a ser considerada um bem cultural.

Coisas que o povo diz estuda sessenta motivos de cultura popular de nosso país, hábitos, costumes e frases correntes no dia a dia do brasileiro. São registros culturais que expres‑ sam a velha sabedoria do povo, nascida da observação do cotidiano e que assume, com o tempo, um sabor tão pitoresco. Nesse livro, Cascudo analisa com profundidade uma ampla gama de “coisas que o povo diz”, num longo e gratif icante passeio pelas ideias, crenças e superstições populares. Expressões como “macaco velho não mete a mão em cumbuca”, “puxar a orelha” e superstições como colocar a vassoura atrás da porta para abreviar a visita são habilmente explicadas por Cascudo, que reconstrói aqui as origens dessas práticas que vêm sendo amplamente transmitidas com o passar das gerações.

304 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1292­‑ 9 Também em E­‑ book – formato ePub

160 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1071­‑ 0 Também em E­‑ book – formato ePub

Antologia do folclore brasileiro (vol. 1)

Contos tradicionais do Brasil

Essa antologia, em dois volumes, constitui­‑se numa primorosa introdução para quem deseja adentrar na floresta de lendas, mitos, superstições e cantigas brasileiras. Os dois volumes formam um painel sem similar sobre aspectos do folclore e da etnograf ia brasilei‑ ra, através da reunião de cem textos de autores brasileiros e estrangeiros, vários deles de acesso extremamente difícil. No primeiro volume, estão reunidos conceitos e tendências ainda presentes no cotidiano do brasileiro, como as apresentações da Festa do Divino.

Contos tradicionais do Brasil reúne cem estórias populares, colhidas diretamente da boca do povo brasileiro, oferecendo ao leitor um duplo prazer: as histórias em si, cuja redação preserva a velha sabedoria e malícia popular, e as notas do mestre Cascudo, cheias de erudição, mas sem pedantismo, tão fascinantes quanto os próprios contos. São histórias de homens humildes que conseguem a mão de princesas, de demônios lo‑ grados pela astúcia feminina, de assombrações, de tratados com a morte, de criminosos denunciados pelo canto de um pássaro, de enigmas cuja resolução signif ica a riqueza e a felicidade, um mundo maravilhoso que fascina o povo brasileiro.

326 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 0689­‑ 8 Também em E­‑ book – formato ePub

320 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 0685­‑ 0 Também em E­‑ book – formato ePub

Antologia do folclore brasileiro (vol. 2)

Dicionário do folclore brasileiro

Nesse segundo volume, estão reunidas lendas e superstições indígenas, cearenses e sertanejas; cantigas e poesias populares; adivinhas e adivinhações; culinária; bem como apresentações de reisado, bumba meu boi, pastoris e manifestações de dança, como o frevo e o maracatu, ainda vigorosas em muitas regiões brasileiras. Assim como no primeiro volume, as lendas e superstições reunidas nesse livro foram retiradas de uma ampla gama de textos de viajantes e estudiosos.

Obra sem similar na língua portuguesa, o Dicionário do folclore brasileiro reaparece con‑ forme a última edição revista pelo autor. Espécie de súmula de mais de quarenta anos de estudo e pesquisa apaixonada do folclore e da etnograf ia brasileira empreendida por Câmara Cascudo, a obra é uma síntese viva e palpitante da cultura nacional, composta por verbetes que explicam, de forma minuciosa e envolvente, superstições, crendices, mitos, danças, lendas e práticas mágicas adotadas e vividas pelo povo brasileiro em seu cotidiano. Trata­‑se de uma das obras do mestre Cascudo mais consultada por estudiosos das mais variadas áreas, tendo já ultrapassado a barreira das 12 edições.

336 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 0760­‑ 4 Também em E­‑ book – formato ePub

776 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1507­‑ 4

Civilização e cultura

Folclore do Brasil

Civilização e cultura é um tratado de etnograf ia sem similar, construído com erudição cau‑ dalosa e simplicidade de expressão. Pode ser plenamente consultado por especialistas, estudantes ou curiosos, graças ao dom do autor de tornar acessível os problemas mais complexos, escolhendo exemplos cujo entendimento encontra­‑se ao alcance de um amplo público leitor. O espectro de temas do livro, como sugere o título, é bastante amplo. O livro engloba aspectos da experiência humana no mundo como cultura material, comportamen‑ to, economia, religião, tudo numa análise que parte da pré­‑história e chega ao século XX.

Muitos hábitos que temos, palavras e expressões que utilizamos e festas que celebramos encontram­‑se de tal maneira arraigados no nosso imaginário cotidiano que nos dão a impressão de sempre terem existido. Mas tudo isso tem uma história. Em Folclore do Brasil, Câmara Cascudo examina em detalhes as festividades, alimentação, dança, lendas, contos e outros referenciais culturais do povo brasileiro. Com uma linguagem envolvente, nos oferece um inventário precioso dessas criações, discorrendo sobre suas origens e suas variações encontradas em todo o país. O livro está dividido em nove capítulos que abordam áreas de conhecimento específ icas do amplo universo do folclore.

736 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 0873­‑ 1 Também em E­‑ book – formato ePub

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232 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1759­‑ 7

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Coleção Luís da Câmara Cascudo

Coleção Luís da Câmara Cascudo

Geograf ia dos mitos brasileiros

Lendas brasileiras

Lobisomem, Mula sem Cabeça, Saci‑Pererê e muitos outros seres fantásticos, que povoam a imaginação do brasileiro, são os personagens desse livro. Esses mitos, ainda palpitantes de vida entre a sociedade rural, estão presentes em todas as regiões do país, como assinala o levantamento de mestre Cascudo, ainda que ameaçados pela penetração do rádio e da televisão. Em Geograf ia dos mitos brasileiros, Câmara Cascudo aborda uma gama ampla de mitos com deliciosa erudição sem pedantismo, provando que a companhia de monstros, em vez de pesadelo, pode ser uma viagem maravilhosa e educativa.

Lendas brasileiras apresenta 21 tradições populares das cinco grandes regiões geográf icas do país, algumas delas conhecidas em plano nacional, como as lendas da Iara, do Neguinho do Pastoreio, do aparecimento da imagem de Nossa Senhora Aparecida, entre outras. Um mergulho delicioso na alma do brasileiro, sem sair da poltrona. Luís da Câmara Cascudo reuniu nessa obra interessantes lendas contadas pelo povo brasileiro, recolhidas e inter‑ pretadas por ilustres escritores nacionais.

400 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0709­‑ 2

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168 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0710­‑ 6

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História da alimentação no Brasil

Literatura oral no Brasil

O mais completo estudo sobre a cozinha brasileira em seus múltiplos aspectos: das origens indígena, africana e portuguesa aos elementos sociais que giram ao seu redor. Cascudo empreende aqui uma rica sociologia da alimentação, tocando em aspectos miúdos, como o ritmo das refeições, as superstições ligadas à mesa e a origem de várias bebidas. Nesse estudo sem precedentes, o autor disseca não só as raízes de nossos hábitos alimentares, como identif ica as influências de diversos países sobre a nossa mesa, como Itália e Fran‑ ça. Nesse livro, Cascudo aborda não só a história de elementos básicos da alimentação brasileira, como o arroz e o feijão, como também o preparo requintado de pratos em festividades das elites, como bolos e doces. Um saboroso prato literário que, sem dúvida, atrai o apetite do leitor.

Partindo do conceito de literatura oral, sua abrangência, limites e transmissão, o livro se espraia como círculos concêntricos em superfície líquida, registrando e estudando as inf in‑ dáveis manifestações da cultura transmitidas pela oralidade: canto, dança, mitos, lendas e anedotas. O universo de estórias que Cascudo recupera em Literatura oral no Brasil foi desconsiderado por muitos compêndios de história da literatura brasileira. Mas o mestre potiguar, com sua sabedoria, alimentou­‑se dessas histórias que ouviu durante sua vida. De maneira inovadora, Cascudo demonstra nesse volume como as manifestações orais possuem uma força cultural incomensurável, na medida em que constituem por si só algo que podemos chamar literatura, antes mesmo de ganharem suas versões impressas. Um livro como poucos na bibliograf ia brasileira.

976 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1583­‑ 8

488 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 1061­‑ 1

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História dos nossos gestos

Locuções tradicionais no Brasil

Nosso corpo é um instrumento com o qual construímos nossa vida, nossa personalidade e nos distinguimos dos outros. Portanto, gestos, posturas físicas e a maneira como olhamos têm muito a dizer sobre a gente. Levando esses ícones para o coletivo, essas atitudes dei‑ xam de ser individuais para assumirem a conotação cultural. Evocação histórica, lição de antropologia, registro folclórico, História dos nossos gestos, escrito com leveza e erudição, mostra em 333 capítulos brevíssimos a perpetuidade milenar de nossos gestos, a primeira linguagem humana, alguns remontando há dois, três, quatro mil anos, mais eloquentes do que mil palavras.

Se você não sabe onde Judas perdeu as botas ou de que morreu o Neves, se ignora o que seja viver no f io da navalha ou estar rente que nem pão quente, então é hora de consultar a obra Locuções tradicionais do Brasil, um divertido e delicioso passeio pela origem e sig‑ nif icado de quinhentas expressões amplamente empregadas no dia a dia do brasileiro. O livro conf igura­‑se como um guia tanto para curiosos que desejam apreender as raízes dessas pérolas que povoam as conversas de pessoas das mais variadas classes sociais e regiões do Brasil como para pesquisadores que buscam informações para a elaboração de seus estudos.

286 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0791­‑ 2

336 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0872­‑ 2

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Jangada – uma pesquisa etnográf ica

Made in Africa

Reconhecido como o melhor livro até hoje escrito sobre o tema na bibliograf ia mundial, Jangada, como todos os estudos de Luís da Câmara Cascudo, oferece ao leitor muito mais do que o título promete. Cascudo concebe nesse livro um guia completo para quem deseja conhecer com detalhes a origem e o desenvolvimento desse meio de transporte que foi e ainda é utilizado com proveito em vários rios e regiões costeiras de nosso país. O que se tem aqui é um passeio erudito pela história da jangada, com incursões pelo folclore que a cerca, pela sociologia, pela economia, entre outros aspectos. O livro é completado por antologia e vocabulário específ ico.

A relação entre o Brasil e o continente africano já mereceu um número considerável de estudos, a maioria enfatizando como a sociedade brasileira embebeu­‑se da cultura dos africanos. Poucos foram os estudiosos que tiveram a perspicácia de enxergar a via de mão dupla que se verif icou no contato entre os dois lados do Oceano Atlântico. Entre eles, Câmara Cascudo. Em viagem de estudos pela África no início da década de 1960, Cascudo constatou as imensas af inidades espirituais, culturais e mágicas que unem o continente negro ao Brasil. Tentando compreender muitas vezes o que lhe parecia incompreensível, o mestre potiguar anotava cada fato vivido ou presenciado que tivesse relação com o Brasil. Nascia aí Made in Africa, levantamento e interpretação dos motivos brasileiros que vivem na África e dos elementos africanos que permanecem no cotidiano do brasileiro.

174 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0711­‑ 4 Também em E­‑ book – formato ePub

192 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0687­‑ 8 Também em E­‑ book – formato ePub

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Coleção Luís da Câmara Cascudo

Mouros, franceses e judeus – três presenças no Brasil Em Mouros, franceses e judeus, Luís da Câmara Cascudo estuda a presença desses três povos na cultura popular brasileira, através de crendices, hábitos de comércio e alimentares, trajes, gestos milenares, alguns introduzidos no país há cinco séculos e que persistem no cotidiano do brasileiro. Ele recupera os vestígios mouros na história brasileira, em aspectos como a arquitetura, o transporte e a vestimenta. Dos franceses, desnuda a presença deles nas brincadeiras de roda e contos da tradição oral brasileira. Da civilização judaica, Cascudo pinça aqui e ali sua influência nas lendas, na música e em cerimônias religiosas realizadas no Brasil. Um livro que traz reflexões instigantes. 112 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0688­‑ 6

Coleção Luís da Câmara Cascudo

Superstição no Brasil Superstição no Brasil reúne três livros de Luís da Câmara Cascudo, publicados em épocas diversas, unidos pela af inidade temática: Anúbis e outros ensaios, Superstições e costumes e Religião no povo. O clima da teologia popular impregnado dos cumprimentos de promes‑ sas, ex­‑votos, peregrinações, procissões, devoções a almas penadas, permanecendo de maneira íntegra na tradição brasileira. Uma viagem fascinante por superstições, hábitos e costumes de origens milenares e suas presenças no Brasil. A leitura desse livro permite notar como Cascudo foi perspicaz e profundo ao captar os vestígios da cultura antiga dos povos egípcios e greco­‑romanos na vida cotidiana dos brasileiros. 496 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0686­‑ X Também em E­‑ book – formato ePub

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Prelúdio da cachaça

Tradição, ciência do povo

Nesse livro, Câmara Cascudo empreende uma minuciosa retrospectiva histórica acerca de uma das bebidas alcóolicas mais identif icadas com a cultura brasileira: a cachaça. O mestre potiguar reconstrói aspectos importantes como o passo a passo histórico de sua produção no Brasil, sua ligação com cultos religiosos, os problemas causados pelo seu uso excessivo, entre outros. Se você pensa que cachaça é água ou não dá a mínima para a bebida, não faz diferença. O gostoso é fazer o seu passeio pessoal pelo mundo da cachaça, conhecer as suas histórias e tradições, guiado pela prosa deliciosa de mestre Cascudo, sem perigo de se embriagar. Uma obra que se lê de um gole, como um copo de boa cachaça.

Em todos os campos do conhecimento, a produção de novos saberes sempre segue a mesma receita: é com base nos registros escritos e orais já existentes que os próximos passos são traçados. E nesse livro de Cascudo não é diferente. Em Tradição, ciência do povo, o autor expõe com propriedade os frutos de suas pesquisas sobre aspectos integrantes do cotidiano do povo. Entre outros temas, ele analisa a relação do nosso povo com a natureza (as plantas e seus aspectos medicinais e mágicos), os fenômenos naturais (chuva, calor, vento, tempestade etc.) e os quatro elementos (água, fogo, terra e ar). 198 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1756­‑ 6

104 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 1078­‑ 6 Também em E­‑ book – formato ePub

Rede de dormir – uma pesquisa etnográf ica

Vaqueiros e cantadores

Durante séculos, a rede participou da vida de milhões de brasileiros sem que ninguém lhe dedicasse pesquisa, estudo ou análise. Rede de dormir é o primeiro trabalho sobre o assunto, pioneiro e insuperável, no qual mestre Cascudo praticamente esgota o tema, indo muito além do que o título propõe. Aqui, o estudioso visita não só a presença da rede ao longo dos tempos no Brasil, como também em outros países, como México, Argentina, Panamá, Paraguai e Uruguai. Cascudo demonstra seu largo uso não só entre as elites, como entre os mais desfavorecidos e, como não poderia deixar de ser, recupera um universo rico de superstições e tradições que envolveram a rede no Brasil. Uma excelente leitura para ser feita ao embalo da rede.

Com erudição e simplicidade, mestre Cascudo conduz o leitor por uma viagem inesquecível ao universo dos vaqueiros e cantadores, os heróis mais populares de um Nordeste perdido no tempo, quando as vaquejadas eram celebradas em romances populares e em histórias de cantadores, e os desaf ios entre os grandes mestres paravam a vida ao redor. A concepção desse livro remonta à infância do autor, momento que teve os primeiros contatos vivos com o universo dos habitantes do sertão. Cascudo expõe de maneira envolvente e bem fundamentada o rico caldo de cultura que embebeu o mundo sertanejo que ele tão bem conheceu e estudou. Um mergulho profundo no interior da inestimável riqueza cultural perpetuada pelos tocadores de bois, pelos cangaceiros e por outros desbravadores dos sertões brasileiros.

232 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0714­‑ 9 Também em E­‑ book – formato ePub

366 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0981­‑ 8 Também em E­‑ book – formato ePub

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Religião no povo

Viajando o sertão

Esse livro é mais que uma pesquisa sobre folclore. É o resultado de mais de quarenta anos de pesquisa discreta e contínua. Em suas páginas, temos a descoberta de um mundo que surge com os encontros e a magia dos fenômenos ligados à fé: crendices milenares de matutos, sertanejos, caipiras, homens que fazem o povo brasileiro. Em Religião no povo, as brilhantes e saborosas observações de Cascudo sobre a diversidade das práticas religiosas sugerem que, ao lado das regras presentes no âmago do catolicismo, o povo resignif ica o que recebe, inserindo sua sabedoria e criando novas formas de devoção que acabam por transformar suas crenças.

Publicadas primeiramente no jornal A República, as dezoito crônicas desse livro constituem o relato de uma viagem pelo Sertão nordestino empreendida por Câmara Cascudo em 1934 ao lado do interventor federal Mário Câmara e de outras autoridades locais. Trata­‑se de um minucioso relato da vida sertaneja, no qual ele aborda os santeiros, a arte religiosa, a família, as práticas de sociabilidade no Sertão, o modo de falar do povo, sua música e cantorias, a paisagem, a economia, a cultura local, os caminhos sertanejos e o cangaço. Sem sombra de dúvidas, as crônicas que integram Viajando o sertão são textos perspicazes e de grande inspiração de Cascudo. Uma jornada ímpar em busca de um Brasil profundo.

192 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1079­‑ 6

104 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1080­‑ 2

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COLEÇÃO

Florestan Fernandes

Florestan Fernandes nasceu em São Paulo em 1920 e faleceu em 1995. Foi professor catedrático na cadeira de Sociologia I da Faculdade de F ilo­ sof ia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Constituiu uma trajetória singular na sociologia brasileira, consagrando­‑se como um dos maiores estudiosos da realidade social do país e engajando­‑se politicamente em movi­ mentos que tiveram como cerne o combate às injustiças sociais vivenciadas pelo povo bra­ sileiro. Afastado da universidade pela ditadura militar com base no Ato Institucional no 5, em 1969, exilou­‑se no Canadá, onde foi professor na Univer­sidade de Toronto. Responsável pela consolidação da sociologia crítica no Brasil, Florestan Fernandes produziu trabalhos de importância fundamental acerca dos principais problemas brasileiros. 21


Coleção Florestan Fernandes

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Brancos e negros em São Paulo

Mudanças sociais no Brasil

Essa obra é um texto‑chave para a compreensão dos meandros que constituíram as formas de discriminação racial no Brasil. O livro de Bastide e de Fernandes, resultado de uma célebre pesquisa desenvolvida mediante apoio da Unesco, inova ao adotar instrumentos teórico­ ‑metodológicos da sociologia crítica para o enfrentamento de uma questão premente do desenvolvimento do país: a inserção do negro na ordem social capitalista brasileira. Representações coletivas sobre o negro, bem como pesquisas de campo a respeito das posições que assumiu na sociedade paulistana, são minuciosamente interpretadas pelos dois estudiosos.

Florestan Fernandes apresenta nesse livro doze ensaios escritos entre 1946 e 1959 – entre a redemocratização e o auge do governo de Juscelino, do desenvolvimentismo, da cons‑ trução de Brasília e da modernização industrial. Em Mudanças sociais no Brasil, o sociólogo mensura os limites dos processos de redemocratização e de industrialização do país, sempre preocupado com a consolidação de mecanismos que permitissem os efetivos avanços so‑ ciais que ele tanto desejava. Florestan disserta sobre as enormes disparidades econômicas entre as regiões e a proeminência das prerrogativas particularistas nas relações de trabalho, aspectos que seriam entraves para o processo de integração nacional e para a constitui‑ ção de comunidades socialmente mais justas. O sociólogo postula a constituição de uma escola pública de qualidade como um fator vital para a transformação de tais realidades.

304 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1258­‑ 5 Também em E­‑ book – formato ePub

328 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1334­‑ 6 Também em E­‑ book – formato ePub

Capitalismo dependente e classes sociais na América Latina

O negro no mundo dos brancos

A obra Capitalismo dependente e classes sociais na América Latina faz uma análise da posição da América Latina no “jogo” do sistema capitalista. O livro apresenta três ensaios escritos entre o f inal dos anos 1960 e o início da década seguinte que formam uma reflexão crítica em relação ao tipo de capitalismo que se formou na região e sua estrutura marcada pelos desígnios das elites f inanceiras dos Estados Unidos e da Europa. Florestan Fernandes recua no tempo, mostrando os primeiros passos da dominação externa exercida sobre a América Latina ao recuperar momentos decisivos do colonialismo. O autor aborda com argúcia a situação histórico­‑política da América Latina no século XX.

O negro no mundo dos brancos estuda a situação do negro e do mulato na sociedade brasileira, tomando como prisma, principalmente, São Paulo. Aqui, Florestan Fernandes recupera os caminhos sinuosos assumidos pelo preconceito, os seus disfarces e o processo de segregação racial. Centrado na preocupação com a supremacia da “raça branca” e o controle do poder que ela exerce em nossa sociedade, o livro consiste numa criteriosa avaliação acerca da situação real do negro na sociedade brasileira. Florestan demonstra como o processo de unidade nacional foi regulado por uma ótica branca que visava po‑ sicionar os negros e mulatos a reboque da nova ordem social que se estabeleceu com a consolidação do complexo industrial no país.

152 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 0152­‑ 7

320 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1230­‑ 1

Florestan Fernandes – leituras & legados

Sociedade de classes e subdesenvolvimento

Obra reveladora do pensamento e ação do grande sociólogo brasileiro. Reúne, em seu primeiro bloco, o célebre texto introdutório à Critica da economia política, primeira obra de Marx em língua portuguesa, traduzida por Florestan, aos 26 anos, e análises que vão do folclore à economia indígena. No segundo bloco do livro, há textos de grande importância para se compreender o legado de Florestan como “A sociologia no Brasil” e “A educação como problema social” e a transcrição de sua instigante entrevista concedida em 1994 ao programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo. A leitura desse livro deixa entrever que para Florestan o conhecimento científ ico só tinha sentido quando estabelecia conexões com a vida social.

Os ensaios de Sociedade de classes e subdesenvolvimento são representativos de um mo‑ mento da trajetória de seu autor – 1965 e 1967. De acordo com Florestan, a modernização que se conf iguraria para um país posicionado na periferia do processo civilizatório levaria à formação de uma sociedade de classes duplamente dependente, pois os rumos de sua economia encontravam­‑se muito vinculados aos interesses dos países ricos, bem como seu desenvolvimento sociocultural impossibilitado de se construir de forma autônoma. Os pro‑ cessos de independência política, em 1822, e de abolição da escravidão, em 1888, segundo Florestan, não produziram alterações necessárias para a construção de uma ordem social competitiva, uma meta a ser alcançada para a plena estruturação da sociedade brasileira.

376 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1462­‑ 6

256 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1270­‑ 7

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A investigação etnológica no Brasil e outros ensaios Nesse livro, o sociólogo redesenha os contatos da sociedade Tupinambá com o universo dos brancos, mostrando as contradições que se estabeleceram em cenários conflituosos nos quais os tupis procuraram constituir suas estratégias de aliança e de franca guerra. Dividido em dois blocos, “O mundo dos índios” e “O conhecimento etnológico da realidade”, A investigação etnológica no Brasil e outros ensaios engloba cinco estudos publicados em épocas diversas e incorporados anteriormente a diferentes obras do autor. A reunião no presente volume lhes dá a devida unidade, facilitando a tarefa do pesquisador interessado em se aprofundar na complexidade das sociedades indígenas. 320 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 0138­‑ 1

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COLEÇÃO

Darcy Ribeiro

Darcy Ribeiro nasceu em Montes Claros, Minas Gerais, em 26 de outubro de 1922 e faleceu em Brasília, em 17 de fevereiro de 1997. Formado em Ciências Sociais na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, em 1946, Darcy construiu uma brilhante carreira intelectual de projeção internacional, notadamente nos campos da antro­ pologia e etnologia. Destacou­‑se como escritor, educador e político, além de ter sido f igura presente nos momentos centrais da história brasileira da segunda metade do século XX. Foi senador da República entre 1991 e 1997 e membro da Academia Brasileira de Letras. 25


Coleção Darcy Ribeiro

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O Brasil como problema

Tempos de turbilhão

Os textos aqui reunidos são um retrato da paixão imensa que Darcy Ribeiro tinha pelo nosso país. Ele sonhou o Brasil como uma nova civilização e foi à luta. Aqui, Darcy fala claramente o que pensa sobre o Brasil e seus desaf ios, a história das sociedades humanas, as Américas, abrangendo as relações sociais básicas e os meios de subsistência dos povos. Além de abordar a crise ética e política no Brasil, temas sempre atuais, Darcy discorre nesse livro sobre o papel transformador que o ensino superior pode exercer na vida dos estudan‑ tes, ressaltando a necessidade de termos universidades de alta qualidade em nosso país.

Nessa obra oportuna, Darcy tira da penumbra, de forma clara e com discernimento inco‑ mum, detalhes essenciais sobre um dos períodos mais tensos da história brasileira: o Golpe de 64. Em Tempos de turbilhão, temos textos de Darcy sobre momentos que antecederam o golpe, reflexões que tratam de momentos def inidores do desabrochar da ditadura mi‑ litar e escritos sobre as heranças que esse período nefasto legou para o desenvolvimento político e social do país. Por meio desses escritos esparsos, reunidos por Eric Nepomuceno, faz­‑se mais profundo nosso conhecimento sobre esse homem brilhante que amava com devoção o Brasil.

272 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 2202­‑ 7 Também em E­‑ book – formato ePub

256 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 2040­‑ 5 Também em E­‑ book – formato ePub

Ensaios insólitos

Uirá sai à procura de Deus

Os textos reunidos nesse livro são reflexões saborosas nas quais Darcy Ribeiro expõe de maneira límpida e corajosa suas visões polêmicas sobre os desaf ios do Brasil e da América Latina. Composto por textos de ordem variada, como palestras e artigos em revistas, Ensaios insólitos reúne segmentos importantes do pensamento do autor, trazendo seus posicio‑ namentos sobre questões candentes da história de nosso continente, como a dominação política estrangeira, a concentração de terras nas mãos das elites, a relevância da cultura indígena, entre outros. Com conhecimento do fenômeno humano, linguagem atraente e pensamento inovador, ele abre sendas, aponta caminhos, projetando sempre as estradas para um futuro promissor.

Darcy Ribeiro era antropólogo e, além de fundar o Museu do Índio e criar o Parque Indí‑ gena do Xingu, escreveu vasta obra etnológica e em defesa da causa indígena. A reflexão que abre o livro desnuda a história de Uirá, índio do grupo Urubu­‑Kaapor que, ao ter seu cotidiano devassado pela presença violenta e desagregadora dos homens “civilizados” no Maranhão, decide por f im à sua vida. Essa reunião de ensaios traz também um brilhante estudo sobre os Kadiwéu, resultado do primeiro trabalho de campo do antropólogo junto aos índios, realizado nos anos 1940. Darcy confecciona aqui uma análise das hierarquias que a tribo estabelecia em sua organização interna, suas relações de parentesco e suas visões sobre morte e casamento.

240 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 2170­‑ 9

200 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 2222­‑ 5

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O povo brasileiro – a formação e o sentido do Brasil Obra magistral e o maior desaf io de Darcy Ribeiro, O povo brasileiro é uma tentativa de compreender quem somos e a importância do nosso país. Uma tarefa dura, mas impres‑ cindível, pois, segundo Darcy: “Este é um livro que quer ser participante, que aspira a influir sobre as pessoas e ajudar o Brasil a encontrar­‑se a si mesmo”. O subtítulo dessa obra – A formação e o sentido do Brasil – def ine a dimensão desse texto seminal. Ele disserta sobre a expansão ultramarina, o choque entre povos europeus e os que foram subjugados, a incapacidade das elites para lidar com a questão da mão de obra escrava, o processo fa‑ lho de industrialização do país, entre outras realidades que compuseram nosso passado. Em que pese os percalços, Darcy vê com bons olhos a civilização aqui gestada, graças ao processo de miscigenação racial que a marcou. 368 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 2225­‑ 6 Também em E­‑ book – formato ePub

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Temática afro­‑brasileira

A questão do negro na sala de aula, de Joel Ruf ino dos Santos Nesse livro, o escritor e historiador Joel Ruf ino dos Santos combina o conhecimento adqui‑ rido após anos de pesquisa histórica com a experiência de quem se envolveu pessoalmente na luta pela efetiva cidadania dos negros no Brasil. O resultado é um conjunto de reflexões que abordam com desenvoltura temas como raça, racismo, cultura, escravidão, abolição, tráf ico negreiro, revoltas escravas, entre outros. O autor franqueia aqui sua visão privilegiada sobre os desaf ios que os povos negros tiveram – e ainda têm – para estabelecer seu justo lugar nos diversos países em que se estabeleceram. Joel recupera trajetórias, desfaz mitos e conduz o professor a tratar com propriedade junto aos seus alunos de temas e conceitos espinhosos, como raça, racismo, negritude, escravidão, entre outros. O livro traz também uma bibliograf ia atualizada acerca de temáticas abordadas na obra.

Temática indígena

Índios no Brasil, Luís Donisete Benzi Grupioni (org.) Em 1992, realizou­‑se em São Paulo sob os auspícios da Secretaria Municipal de Cultura a exposição “Índios no Brasil”. Nela, buscou­‑se questionar a ligação que o senso comum muitas vezes estabelece entre as noções de selvageria, humanidade incompleta, atraso cultural e as sociedades indígenas. Esse livro constitui­‑se num desdobramento da exposição e reúne ensaios de estudiosos de diversas áreas que abordam aspectos signif icativos das culturas indígenas e suas relações com segmentos da nossa sociedade. Várias dimensões da experiência humana dos povos indígenas são abordadas nessa obra: suas cosmologias, suas artes, suas línguas, seus direitos, entre outros. São reflexões que comprovam que os índios não só fazem parte da nossa história, como também precisam estar incluídos no horizonte e na def inição do nosso futuro. 304 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0615­‑ 0

120 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 2236­‑ 2

Origens africanas do Brasil contemporâneo, de Kabengele Munanga Em geral, as imagens da África que povoam a mídia enfatizam um continente faminto e conflituoso. Contudo, até pouco antes da era colonial moderna, era consideravelmente comum encontrarmos imagens positivas sobre o continente, as quais davam destaque à diversidade e à beleza de sua fauna e flora e à força cultural dos seus clãs. Esse livro procura trazer à tona a história e a beleza da África antes da exploração e dominação avassaladora a que os africanos foram subjugados. O autor busca tirar a máscara bárbara imposta àquele continente, com o intuito perverso de divulgar ao mundo uma África rude, selvagem e desprovida de humanidade, e nos revelar suas verdadeiras, desconhecidas, múltiplas e exuberantes formas de estar no mundo. O livro também traz as agruras sofridas pelos africanos arrancados à força de seu continente e deportados para Ásia, Europa e América, condenando­‑ os a um infeliz destino de exploração e violência.

O índio na História do Brasil, de Berta Ribeiro Escrito por Berta Ribeiro, destacada antropóloga que empreendeu importantes pesquisas junto a tribos indígenas de nosso país, esse livro expõe a um público mais amplo a trágica história dos primitivos habitantes do Brasil, submetidos desde o início da colonização portuguesa a um processo crescente de marginalização histórica, geográf ica e cultural. Notar­‑se­‑á pela leitura que há uma ênfase maior aos eventos dos séculos XVI e XVII e não é à toa. Além de o indígena representar no referido período a maioria da população, o mo‑ delo socioeconômico implantado seria reiterado nos séculos seguintes. O estudo de Berta Ribeiro comenta com objetividade a política indigenista, revisitando as leis relativas aos nativos estabelecidas desde o século XVIII no país, além de expor com clareza e argúcia as principais contribuições indígenas na formação da cultura brasileira e também na universal. 144 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1431­‑ 2

112 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 1266­‑ 0

O negro no Brasil de hoje, de Kabengele Munanga e Nilma Lino Gomes Qual a importância de estudar a história do negro e de seus descendentes mestiços no Brasil de hoje? O Brasil nasceu do encontro de civilizações. Conhecer nosso país é justamente conhecer um pouco da história desses segmentos populacionais que o constituíram. A necessidade de consagrar esse livro ao negro tem a ver com a especif icidade de sua história, sua grande contribuição para a formação histórico­‑ cultural brasileira e as desigualdades sociais que ele ainda vive no cotidiano. Diferentemente da interpretação presente em boa parte dos livros didáticos que apresentam o negro como mero componente da sociedade brasileira, essa obra celebra a presença dos africanos e seus descendentes na edif icação dos destinos do nosso país, colocando­‑ os com toda a justiça no lugar proeminente de agentes históricos decisivos nos principais momentos da história do Brasil, levando em conta a extrema resistência por eles sofrida para fazer valer os seus direitos. 224 páginas | ISBN 978­‑ 85­‑ 260­‑ 2272­‑ 0

Antropologia, História e Educação – a questão indígena na escola, Aracy Lopes da Silva e Mariana Kawall Leal Ferreira (orgs.) A educação escolar tem relevância para as populações indígenas. Nos últimos anos, os povos indígenas têm se mostrado cada vez mais interessados em ter à sua disposição um sistema escolar que possa aperfeiçoar a gestão comunitária de seu modo de viver, sua sus‑ tentabilidade econômica, entre outras demandas. Mas qual tipo de escola pode auxiliar os indígenas na construção de seu futuro? De que maneira e quais as razões fazem com que uma educação escolar específ ica para eles constitua­‑se numa das principais reivindicações do movimento indígena hoje? Os ensaios reunidos nesse livro são fruto de rigorosas pesquisas empreendidas junto a povos indígenas de todas as regiões do país. Aqui, são discutidas as contribuições da teoria antropológica e dos diálogos multidisciplinares envolvendo Antropologia, Educação, História e Linguística para a reflexão sobre as condições para a efetiva implementação dos direitos educacionais e identitários dos povos indígenas. 400 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0672­‑ X

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Temática indígena

Crianças indígenas – ensaios antropológicos, Aracy Lopes da Silva, Ana Vera Lopes da Silva Macedo e Angela Nunes (orgs.) A infância nas sociedades indígenas no Brasil é um tema sobre o qual ainda há muito ainda a explorar. Esse livro procura contribuir para o aperfeiçoamento do conhecimento sobre essa temática, ao coligir textos que procuram dar atenção aos signif icados acerca do que é ser criança nas sociedades nativas. Os textos aqui presentes abordam as dimen‑ sões cotidianas da vida das crianças indígenas – do que brincam, pelo que se interessam, como ocupam seu tempo, o que aprendem no dia a dia. A leitura desse livro proporciona aos interessados conhecerem opções de perspectiva a seguir na condução de pesquisas sobre o tema e a relevância que tais esforços podem ter não só para produção de conhe‑ cimento antropológico, como também para a transformação da vida dessas crianças. 280 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0727­‑ 0

Ideias matemáticas de povos culturalmente distintos, Mariana Kawall Leal Ferreira (org.) As práticas e os conhecimentos matemáticos não são uniformes no mundo. Assim como outras ciências, seu desenvolvimento é fruto das condições de circulação de informações, de aspectos culturais das populações, entre outras variáveis. Por isso, operações de cálculo e medições não são realizadas de forma homogênea em nosso planeta. Nesse livro, são discutidas as formas culturalmente distintas de trabalhar com quantidades, números, medidas, formas e relações geométricas que acabam por influenciar em aspectos da vida cotidiana dos povos, como a tecelagem, a pintura corporal e o comércio de produtos. Ideias matemáticas reúne relatos sobre a atividade matemática no país e no exterior lançando mão de um viés pluricultural. 336 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0726­‑ 2

Práticas pedagógicas na escola indígena, Aracy Lopes da Silva e Mariana Kawall Leal Ferreira (orgs.) Nesse livro, são descritos e analisados projetos e experiências escolares recentes e efe‑ tivamente vividos por povos indígenas diversos. A diversidade de situações vividas por cada um desses povos e a multiplicidade de concepções de escola e do lugar que lhes é atribuído por cada um deles em sua vida social revelam um quadro complexo e profun‑ damente variado. O livro trata, entre outros temas, do rendimento do método de Célestin Freinet na escola indígena, das possibilidades e limites da alfabetização construtivista na formação de professores índios, da educação ambiental xavante, da prática da linguística em escolas indígenas e da educação escolar como política pública. 384 páginas | ISBN 85­‑ 260­‑ 0735­‑ 1

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Diretor Editorial

Jefferson L. Alves

Diretor-Geral

Richard A. Alves

Editor Assistente

Gustavo Henrique Tuna

Gerente de Produção

Flávio Samuel

Coordenadora Editorial

Flavia Baggio

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Gustavo Henrique Tuna

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No de Catálogo: 5008


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