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Grávida presa nos EUA pede para ser solta alegando que seu feto é uma pessoa
Em julho de 2022, Natalia Harrell, de 24 anos e grávida de seis semanas naquele momento foi detida e acusada de assassinato após matar uma mulher a tiros
Uma grávida acusada de assassinato e presa na Flórida, nos Estados Unidos, está pedindo para ser libertada sob o argumento de que seu feto é uma pessoa que não é acusado de nada e, portanto, tem direito à liberdade, declarou nesta quinta-feira (23) o advogado do “ ilho nascituro”.
Em julho de 2022, Natalia Harrell, de 24 anos e grávida de seis semanas naquele momento foi detida e acusada de assassinato após matar uma mulher a tiros dentro de um carro Uber. Segundo o processo judicial, Harrell carregava uma pistola no bolso e “temia por sua vida e a de seu ilho nascituro”.
“A criança por nascer não foi acusada de nenhum crime pela promotoria [e está] encarcerada ilegalmente”, argumenta o documento, alegando que Harrell não recebeu os cuidados necessários conforme sua gestação.
Assim, o advogado solicita que ela seja colocada em liberdade por meio de habeas corpus, procedimento que permite a um preso contestar sua condenação alegando que esta se deu em violação de direitos constitucionais.
“É interessante ver como avança a sociedade”, declarou Norris à AFP. “As pessoas estão começando a reconhecer que uma criança não nascida é uma pessoa”, opinou.
Esse caso ocorrem após a Suprema Corte dos Estados Unidos anular em junho de 2022 a histórica decisão Roe v. Wade, que garantia o direito à interrupção voluntária da gravidez a nível federal, deixando a escolha nas mãos de cada estado.
Embora não seja um resultado direto desta medida, o processo movido por Harrell, que agora está grávida de cerca de oito meses, é “uma consequência” dela, a irmou William Norris.
France Presse
Imagem de sel ie mostra piloto de caça americano voando sobre balão chinês ‘espião’
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos divulgou uma foto tirada por um piloto enquanto ele sobrevoava o balão chinês abatido no início deste mês.
A sel ie foi feita de dentro da cabine de um avião espião U-2, enquanto líderes militares monitoravam o avanço do balão de alta altitude sobre o território americano.
Pequim insiste que o balão era um dispositivo com ins meteorológicos que se perdeu.
Mas Washington diz que o balão fazia parte de um extenso programa de inteligência chinês de coleta de dados.
Enquanto o balão sobrevoava o território americano, pelo menos dois aviões capturaram informações sobre suas características e trajetória.
Um alto funcionário do Departamento de Estado americano a irmou no início deste mês que os sobrevoos revelaram que o dispositivo “era capaz de conduzir operações de inteligência por meio de interceptação de sinais”.
As autoridades tomaram conhecimento do balão quando ele cruzou o espaço aéreo do Alasca em 28 de janeiro.
Caças do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD, na sigla em inglês) — uma operação conjunta entre os EUA e o Canadá — identi icaram o objeto estranho, mas não o derrubaram na ocasião.
As autoridades explicaram que não poderiam abater o balão sobre território continental, porque seu tamanho e provável área de destroços representavam uma ameaça para os civis em solo.
Um o icial de defesa disse aos legisladores dos EUA no início deste mês que o balão era tão alto quanto a Estátua da Liberdade e tinha “uma carga útil do tamanho de um avião a jato”.
A foto divulgada na quarta-feira (22/02) foi tirada um dia antes do dispo- sitivo ser derrubado na costa da Carolina do Sul em 4 de fevereiro. E supostamente “se tornou uma lenda” dentro do Pentágono.
O balão estaria pairando a 60 mil pés (18,2 mil metros) de altitude.
Os aviões U-2 voam rotineiramente em altitudes acima de 70 mil pés, de acordo com a Força Aérea.
A aeronave de reconhecimento e vigilância, apelidada de Dragon Lady, já foi pilotada pela CIA, a agência de inteligência americana. Seus pilotos são obrigados a usar trajes pressurizados semelhantes aos dos astronautas.
Os trabalhos de recuperação dos destroços do balão no Oceano Atlântico terminaram na última sexta-feira (17/02).
Partes dos detritos, incluindo sua carga útil, foram recuperados e estão sendo analisados, conforme informou a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh.
Fabricante de aviões realiza análises adicionais em componente da fuselagem
Boeing suspende entregas do 787
Dreamliner, diz FAA
A Boeing suspendeu temporariamente as entregas dos jatos 787 Dreamliner, enquanto a fabricante de aviões realiza análises adicionais em um componente da fuselagem, informou a agência de aviação dos Estados Unidos (FAA) na noite de quinta-feira. As entregas não serão retomadas até que a FAA esteja convencida de que o problema foi resolvido, disse a agência.
“A FAA está trabalhando com a Boeing para determinar quaisquer ações que possam ser necessárias para aviões entregues recentemente”, disse a agência.
A Boeing disse ao revisar os registros de certi icação que “descobriu um erro de análise de nosso fornecedor relacionado ao anteparo de pressão frontal do 787.
Noti icamos a FAA e pausamos as entregas do 787 enquanto concluímos a análise e a documentação necessárias”.
A Spirit AeroSystems, fornecedora do componente, disse estar ciente de que a Boeing inter- rompeu as entregas.
“Com base nas informações que temos atualmente e em nossas interações com a Boeing até o momento, acreditamos que é muito cedo para a irmar que houve um ‘erro de análise’ da Spirit”, a irmou a empresa em comunicado.
A Boeing disse que descobriu o erro na semana passada. “Não há risco de segurança imediato ou preocupação de voo para a frota em serviço”, disse a Boeing.
“Embora as entregas de curto prazo sejam impactadas, neste momento não prevemos uma mudança em nossa produção e perspectiva de entregas para o ano”, destaca.
Em agosto, a FAA aprovou o primeiro 787 para entrega desde maio de 2021, depois de aceitar o plano de inspeção e modi icação da fabricante de aviões.
A Boeing entregou 31 unidades do 787 em 2022 e disse no mês passado que espera entregar entre 70 e 80 jatos do modelo este ano.