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Rússia lança espaçonave substituta para resgatar astronautas após vazamento
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Espaçonave não tripulada passará cerca de dois dias em órbita, manobrando em direção à Estação Espacial Internacional
ARússia lançou uma espaçonave Soyuz que substituirá uma cápsula que teve um vazamento em dezembro, deixando dois cosmonautas e um astronauta da Nasa sem carona para casa.
A decolagem da cápsula, chamada Soyuz MS-23, ocorreu no local de lançamento do cosmódromo de Baikonur, na Rússia, no Cazaquistão, na quinta-feira às 21h24, pelo horário de Brasília, que são 5:24 da manhã de sexta-feira, no horário local.
A espaçonave não tripulada passará cerca de dois dias em órbita, manobrando em direção à Estação Espacial Internacional. Espera-se que atraque com o módulo Poisk – que ica na parte russa da estação espacial – logo após as 22h deste sábado, pelo horário de Brasília.
A Soyuz MS-23 será o veículo de retorno dos cosmonautas Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin e do astronauta da Nasa Frank Rubio, todos os quais viajaram para a estação espacial a bordo da cáp- sula Soyuz MS-22 em setembro.
Em vez de voar com tripulantes a bordo, a Soyuz MS-23 foi lançada na quinta-feira com apenas um “indicador Zero-G”, que pode ser qualquer objeto deixado na cabine e projetado para lutuar livremente quando a cápsula entra em microgravidade. Para esta missão, o indicador é um ursinho de pelúcia amarrado por uma corda dentro da cabine.
Cerca de dois meses após a jornada dos três homens, a MS-22 apresentou um vazamento, deixando a cabine em temperaturas consideradas inseguras para os tripulantes usarem em sua viagem de volta. A agência espacial russa Roscosmos e a Nasa trabalharam rapidamente para estabelecer planos para enviar um veículo substituto. Funcionários da Roscosmos disseram ter determinado que o vazamento resultou de um pequeno buraco causado por um impacto com um micrometeorito.
Os planos para lançar o veículo de resgate, no entanto, foram questionados quando uma nave russa, chamada Progress, teve um vazamento semelhante após atracar na estação espacial em 11 de fevereiro. Três dias depois, Roscosmos disse em um post no Telegram, que iria atrasar o lançamento da Soyuz MS-23 até março pelo menos, enquanto a agência investigava a causa do vazamento da nave Progress.
Na terça-feira, no entanto, a Roscosmos disse em um post atualizado do Telegram que havia determinado que a causa do vazamento da espaçonave Progress era “in luências externas”.
“Os russos continuam observando de perto os vazamentos da Soyuz e da Progress”, disse Dana Weigel, vice-gerente da estação espacial para a Nasa, durante um comunicado na quarta-feira (22).
“Eles formaram uma comissão de estado que está avaliando as anomalias”, acrescentou ela, observando que a equipe está analisando as possíveis causas desde o lançamento das cápsulas até sua jornada em órbita.
FOTO: NASA
Segundo o governo do Reino Unido, o exército russo enfrenta dificuldades para produzir equipamentos bélicos por falta de peças importadas de outros países; na imagem, Exército da Rússia durante a Guerra da Geórgia, em 2008