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Ex-advogada de Trump admite que declarações sobre eleição de 2020 eram falsas
Jenna Ellis foi censurada por um juiz disciplinar no Colorado e deve pagar multa de US$ 224 (R$ 1,1 mil)
Jenna Ellis foi censurada por um juiz disciplinar no Colorado na quarta-feira (8) como forma de responsabilizar os advogados que impulsionaram as manobras de reversão das eleições de 2020 do ex-presidente Donald Trump.
Ellis assinou uma estipulação afirmando que vários comentários que ela fez sobre a eleição de 2020 violaram as regras de ética profissional que proíbem declarações imprudentes, conscientes ou intencionais por parte dos advogados, de acordo com documentos publicados pelo Conselho de Regulamentação do Gabinete do Advogado do Colorado.
Entre as declarações falsas destacadas na estipulação estavam comentários de Ellis nas redes sociais e em aparições na TV, alegando que a campanha de Trump tinha evidências de que a eleição foi “roubada”.
“A censura pública neste assunto reforça que, mesmo se engajados em discurso político, há uma linha que os advogados não podem cruzar, especialmente quando estão falando em capacidade representativa”, disse Jessica Yates, advogada advogada advogada da Suprema Corte do Colorado, em um comunicado.
Michael Melito, advogado de Ellis, disse à CNN em um comunicado: “Meu cliente continua sendo uma advogada em situação re- gular no estado do Colorado. Em um clima político muito aquecido, garantimos o resultado correto”.
A censura foi relatada pela primeira vez pelo Colorado Newsline.
A estipulação foi aprovada pelo juiz disciplinar em um parecer publicado junto com a censura do juiz.
O escritório do Advogado Regulador havia indicado anteriormente que estava preparando uma acusação contra Ellis, mas com o anúncio da censura, o escritório disse em um comunicado que “não está atualmente processando nenhuma outra acusação contra a Sra. Ellis”.
Tierney Sneedda/CNN
Ex-banqueiro do Goldman
Um ex-banqueiro do Goldman Sachs, Roger Ng, foi condenado a 10 anos de prisão, nesta quinta-feira (9), por ajudar em um esquema de corrupção que saqueou bilhões de dólares do fundo soberano da Malásia, o 1MDB.
O júri no tribunal federal do Brooklyn considerou Roger, que foi chefe de banco de investimento na Malásia, culpado de ajudar seu ex-chefe Tim Leissner a desviar dinheiro do fundo, lavar os lucros e subornar funcionários do governo para fechar negócios.
As condenações decorrem de cerca de US$ 6,5 bilhões em títulos que o banco ajudou o 1MDB, fundado para inanciar projetos de desenvolvimento no país, a vender em 2012 e 2013.
Dessa quantia, US$ 4,5 bilhões foram desviados por autoridades, banqueiros e seus associados, em um dos maiores escândalos da história de Wall Street, segundo os promotores do caso.
Os fundos foram usados para comprar imóveis de luxo, joias e obras de arte e inanciar o ilme de Hollywood “O Lobo de Wall Street”, de acordo com o Departamento de Justiça.
A juíza distrital dos EUA, Margo Brodie, que impôs a sentença, disse que Roger Ng e seus co-réus “roubaram efetivamente dinheiro” destinado a projetos de infraestrutura e desenvolvimento econômico para ajudar o povo malaio.
“Há uma necessidade crítica de deter crimes de pura ganância como este”, disse a juíza.
O escândalo do 1MDB também abalou a política da Malásia. O ex-primeiro-ministro Najib Razak está cumprindo uma sentença de 12 anos de prisão depois de ser condenado por um tribunal do país por receber US$ 10 milhões de uma antiga unidade do 1MDB.