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Suprema Corte dos EUA endossa política de deportações de Biden
Abastante conservadora Suprema Corte dos Estados Unidos deu, nesta sexta-feira (23), uma clara vitória ao governo do democrata Joe Biden, ao autorizá-lo a aplicar sua política em matéria de deportação de imigrantes sem documentação.
Por uma maioria de oito dos nove juízes da Casa, a Suprema Corte recusou, por razões de procedimento, um recurso apresentado pelos estados do Texas e de Louisiana, liderados por republicanos.
Essa sentença permite a entrada em vigor de uma norma adotada, em setembro de 2021, pelo secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas. A norma pedia à Polícia de Migração (ICE) para centrar seus esforços nos estrangeiros que representassem uma ameaça terrorista e criminosa e nos que chegaram ao país depois de 1º de novembro de 2020.
Mais de 11 milhões de imigrantes em condição irregular vivem nos Estados Unidos.
“Não temos recursos para prender e deportar cada um de-
Mais de 11 milhões de imigrantes em condição irregular vivem nos Estados Unidos
adicionais em matéria de educação, polícia e serviços sociais. Um juiz federal decidiu a seu favor, em junho de 2021, e bloqueou a implementação dessa política.
O governo de Biden recorreu à Suprema Corte, que inalmente esteve de acordo com ele, sem entrar em questões de fundo.
O poderoso grupo de direitos civis União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) recebeu com satisfação a recusa “sensata” da Suprema Corte da iniciativa do Texas e de Louisiana de “obrigar o governo a implementar uma política de controle de imigração mais draconiana”.
les”, justi icou Mayorkas, defendendo uma visão oposta à do ex-presidente republicano Donald Trump.
A norma foi contestada de imediato na Justiça pelas autoridades do Texas e de Louisiana, alegando que gerariam custos
“Os estados pretendiam que a Justiça federal pedisse para o Executivo modi icar sua política de detenções para realizar mais prisões”, mas a Suprema Corte esclareceu, em inúmeras ocasiões, que apenas as pessoas que são objeto dessa política podem questioná-la, explicou o magistrado Brett Kavanaugh em nome da maioria do tribunal.
“Em aplicação desse princípio fundamental (...), concluímos que os estados não têm competência para apresentar esse processo”, alegou.
“A decisão não deve ser entendida como uma sugestão de que o Executivo tem total liberdade” na matéria, esclareceu, deixando, com isso, a porta aberta para futuros processos.
- “Política mais draconiana” -
O governador do Texas, o republicano Gregg Abbott, disse no Twitter que se trata de uma “decisão escandalosa”.
A Suprema Corte “dá carta branca à administração Biden”, escreveu, prometendo continuar enviando a Guarda Nacional de seu estado para dissuadir os imigrantes na fronteira com o México.
As entradas clandestinas na fronteira sul dos Estados Unidos alcançaram máximos históricos antes da mudança nas regras de imigração há seis semanas e continuam altas, com quase 170.000 prisões em maio.
Esse tema, que divide profundamente a sociedade americana, deve ser um dos principais da campanha presidencial de 20 24. AFP
Primeiro Mundial de Clubes com Mundial com 32 times será nos EUA nos
A Fifa anunciou nesta sexta-feira, 23, que a primeira edição do Mundial de Clubes com 32 participantes ocorrerá em 2025 nos Estados Unidos. A escolha do país para receber a competição, que será disputada pela primeira vez em seu novo formato, foi aprovada de forma unânime.
Na visão da entidade máxima do futebol, os EUA possuem boas qualidades em organizar grandes eventos esportivos, sem esquecer que a nação sediará junto com México e Canadá a Copa do Mundo de 2026.
As datas e os estádios que vão receber os confrontos ainda não foram informados, mas a competição está prevista para acontecer entre junho e julho de 2025.
Com 32 times, os participantes serão divididos em oito grupos com quatro membros. Os dois melhores de cada chave avançarão às oitavas de inal, seguindo o mesmo regulamento usado entre as Copas de 1998 e 2022.
Até o momento, nenhum time italiano garantiu vaga na edição inaugural do Mundial de Clubes, mas destaca-se as presenças de Palmeiras, Flamengo, Chelsea, Real Madrid, Manchester City e Al Hilal.
Foto 1º.jan.2023 - O ex-presidente Jair Bolsonaro recebe apoiadores em condomínio na região de Orlando (EUA)
Afirmação acontece após a revelação de diálogos de Mauro Cid e do coronel Lawand; em nota, advogados do político afirmam que ex-ajudante de ordens recebia ‘as mais diversas lamentações’
Após repercussão sobre mensagens de possível golpe de estado encontrado pela Polícia Federal em celular de tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro a defesa a irma que Bolsonaro ‘Jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado’.
A nota dos advogados do ex-presidente, Bernardo Fenelon e Bruno Buonicore a irmam que celular tenente-coronel Mauro Cid serviu várias vezes como “caixa de correspondência que registrava as mais diversas lamentações” e que o ajudante de ordens Mauro Cid, “pela função exercida”, recebia as demandas (pedidos de agendamento, recados, entre outros) que deveriam chegar ao conhecimento do presidente da República.
Como a Polícia Federal teve acesso as mensagens?
O ex-ajudante de ordens foi preso na operação que investiga fraude em cartões de vacina de Bolsonaro e auxiliares, e teve o celular apreendido pela Polícia Federal na ação.
O que dizia as mensagens encontradas?
Mauro Cid foi cobrado por membros das Forças Armadas para convencer Bolsonaro a seguir com um golpe de Estado, após a vitória de Lula nas elei- ções do ano passado. Grande parte das mensagens reveladas foi escrita pelo coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército, ao longo de dezembro do ano passado.
Veja trechos das mensagens
“Convença o 01 a salvar esse país!” Disse Jean Lawand Junior, em referência a Bolsonaro.
“Cid, pelo amor de Deus, o homem [Bolsonaro] tem que dar a ordem. Se a cúpula do EB [Exército Brasileiro] não está com ele, da divisão para baixo está. Assessore e dê-lhe coragem”. Jean Lawand Junior “Pelo amor de Deus, Cidão.
Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara” a irmou Lawand Junior em um áudio a Cid, em 1º de dezembro de 2022.
Cid respondeu: “Mas o PR [Presidente da República] não pode dar uma ordem… se ele não con ia no ACE”. A sigla ACE é uma referência ao Alto Comando do Exército.
“De moto [sic] próprio o EB nada vai fazer porque será visto como golpe. Então, está nas mãos do PR [presidente]”. Mensagem encaminhada por
Lawand, supostamente escrita por um amigo do Exército.
A última troca de mensagens entre os dois ocorreu no dia 21 de dezembro de 2022. Jean Lawand Junior escreveu: “Soube agora que não vai sair nada. Decepção irmão. Entregamos o país aos bandidos”.
Cid respondeu: “Infelizmente”.
Por não haver a presença direta do ex-presidente nos grupos de conversa, os advogados alegam, ainda, que os diálogos “comprovam, mais uma vez, que o presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe”.
Camila Fernandes