Agenda gnration Jan / Fev / Mar 2016

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gnration jan mar 16


phonopticon

ben frost aurora live

por sonoscopia

7 jan – 27 fev · instalação

18 mar · música

arigato, miyazaki

gnration club night

kode9 nigga fox consórcio

+ filme­‑concerto por noiserv 15 + 16 jan · cinema/música

29 jan · música/residência artística

chris corsano & joe mcphee duo 12 fev · música / 13 fev · masterclass

dawn of midi ozo 17 fev · música

trabalho da casa: con+ainer

27 fev – 24 março · música/instalação

24 mar · música serviço educativo

hhy & the macumbas

primeiros bits jan – mar · workshop

processing braga 16 jan + 12 mar · workshop

workshop ableton live

introduction/basics/ music creation por digitópia/ casa da música 13 fev · workshop

pali

27 fev · música para pais e bebés

flux

espetáculo de comunidade 11 + 12 mar · música/vídeo


Na coluna “Perspetivas”, convidamos personalidades de relevo a dar a sua perspetiva sobre a nossa programação. O convidado deste trimestre é Rui Torrinha, Programador Artístico do Centro Cultural Vila Flor.

Intervir num território para lhe desenvolver sensibilidades e acrescentar conhecimento é definitivamente uma arte. Sobretudo porque se trata de um processo moroso e complexo, num tempo… onde já não temos tempo para coisa alguma. Precipitamo­‑nos vertigem fora à espera que os sentidos, algo impreparados, descodifiquem o novo que à nossa frente todos os dias se revela. A arte tem este poder de nos mudar (continuamente) para melhor. De ampliar horizontes e criar… identidade. Elemento fundamental para caracterizar um tempo, um território e uma comunidade. Elemento que dá sentido coletivo à vida e ao trajeto evolutivo do homem nessa mesma comunidade O gnration agrupa em si o que de melhor um projeto desta natureza pode ambicionar. E fê­‑lo bem. Estudou o seu contexto, identificou valências, criou um programa e definiu um ritmo de intervenção que responde de forma inteligente ao que o rodeia. Sempre numa escala apropriada, concedendo um tempo e um espaço próprios a ideias que estando à frente do seu momento, encontrarão o seu processo de transferência para a população, instigando­ ‑a a comportamentos inclusivos e coesivos, em época profundamente marcada pela fragmentação. A forma (quase quântica) como o gnration pensa a programação e processos de relação dos artistas com a população é meritória e poderosa, porque provoca(rá) crescimentos surpreendentes na malha urbana onde se insere e respetivo território circundante. Convocar nomes tão importantes da criação eletrónica mundial contemporânea tais como Ben Frost ou Kode9, ao lado de projetos nacionais transformadores como Sonoscopia e HHY & The Macumbas ligados por exercícios mais experimentais na área do jazz abre­‑nos os sentidos para uma estimulante entrada artística no ano 2016. Entreguemo­‑nos a esta viagem sem precedentes! Rui Torrinha


7 jan – 27 fev — INSTALAÇÃO — vários locais segunda­‑sexta 09:30­‑18:30 sábados 14:30­‑18:30 Inauguração com performance no dia 7 de Janeiro às 22:00 entrada livre M/6

phonopticon Phonopticon é um modelo de criação e representação sonora coletiva inspirado na arquitetura do Panopticon, um edifício projetado por Jeremy Bentham no século XVIII, onde uma torre central tinha uma visão de 360 graus sobre as celas de prisioneiros que estavam dispostas em círculo. Conceptualmente, porém, as ideias de controlo e poder contidas no Panopticon são substituídas por representações sonoras, livres e abstratas na sua essência, que encontram diferentes significados nos processos de reflexão individual desencadeados em cada ouvinte. O Phonopticon é um espetáculo onde são exploradas novas formas de expressão nas áreas da composição, interpretação e espacialização eletroacústica, recorrendo à construção de novos instrumentos acústicos e eletrónicos como elemento fulcral em todo o processo de criação. Em termos cénicos, o Phonopticon reúne no centro uma série de fontes sonoras (instrumentos acústicos, elétricos e altifalantes)

que podem ser visualizadas por toda a audiência, disposta concentricamente. A audiência é ainda envolvida por um conjunto de altifalantes dispostos nos limites do círculo envolvente.

Composição e desenvolvimento de novos instrumentos Alberto Lopes, Alexandre Soares, Carlos Guedes, Filipe Lopes, Gustavo Costa, Henrique Fernandes, José Alberto Gomes, Ricardo Jacinto, Rui Dias e Rui Penha Interpretação Henrique Fernandes, Filipe Lopes, José Alberto Gomes, Rui Dias e Rui Penha Produção executiva Patrícia Caveiro Produção Sonoscopia Projecto financiado pelo Secretario de Estado da Cultura/DGArtes


15+16 jan — CINEMA/MÚSICA — vários locais M/3 — programa 15 Janeiro · sexta O Castelo Andante 10:00 · Galeria gnration O Porquinho Voador 14:30 · Galeria gnration Kiki, A Aprendiz de Feiticeira 16:30 · Galeria gnration As Asas do Vento 22:00 · Blackbox Conan Todo o dia Serviço Educativo 16 Janeiro · sábado A Princesa Mononoke 10:00 · Galeria gnration O Castelo no Céu 14:30 · Galeria gnration A Viagem de Chihiro 16:45 · Galeria gnration Nausicaã do Vale do Vento 18:45 · Galeria gnration Filme­‑concerto Noiserv 22:30 · Blackbox Conan Todo o dia Serviço Educativo 3 euros (acesso a todos os filmes durante os 2 dias) 7 euros (acesso a todos os filmes durante os 2 dias e ao filme­‑concerto de noiserv) — inscrição de instituições de ensino através do email info@gnration.pt curadoria Rui Portulez e gnration

arigato, miyazaki Dia 5 de janeiro, Hayao Miyazaki, faz 75 anos. O mestre do cinema de animação nipónico, construiu uma carreira sólida e contribuiu para o diluir de fronteiras entre os filmes analógicos e os filmes de animação, que sob a sua direção são verdadeiras obras­‑primas da 7ª Arte. Habitualmente, apresenta personagens femininas fortes e independentes, trata temas ecológicos e pacifistas, aborda as questões de equilíbrio entre a Natureza e a Tecnologia, e repudia a guerra e a violência. As suas narrativas são ricas e bem estruturadas, vertiginosas e imaginativas, e o bem triunfa sempre sobre o mal, veiculando nesse processo valores ético­‑morais basilares na educação e formação do seu público primeiro, as crianças e adolescentes, e famílias.

Por tudo isto, e porque desde que conhecemos Conan, o Rapaz do Futuro (1978), série que foi exibida na altura na RTP, acompanhamos e apreciamos a sua filmografia e as produções do estúdio Ghibli (que fundou em 1985). Por isso, aproveitando o pretexto do aniversário redondo de Miyazaki, o gnration resolveu dedicar uma semana ao “Walt Disney japonês” (epíteto redutor, no nosso entender). As celebrações incluirão a projeção de mais de 8 filmes do realizador nipónico e um especialíssimo filme­‑concerto encomendado ao músico português Noiserv.


29 jan — MÚSICA RESIDÊNCIA ARTÍSTICA — BLACKBOX sexta­‑feira 22:30 5 euros M/6

hhy & the macumbas Para quem tem a música como relógio do quotidiano e como paixão fora­‑de­‑horas, deparar­‑se com o novo, com a surpresa, é um desejo eternamente alimentado. Um desejo e não uma procura. A distinção é importante porque, vivendo nessa relação com a música, torna­‑se indispensável perscrutar o mundo de sons que nos rodeia e que se transforma, ora mais impercetivelmente, ora em corte nada discreto, enquanto o mundo continua o seu avanço. A verdade é que seria cansativo, e até vagamente austista, perseguir sem fim a quimera do “não ouvido antes” recusando tudo o resto. Precisamos da história, da transmissão de cultura, para encontrar sentido nos propósitos. Como precisamos também de acrescentar o que somos, agora, àquilo que nos foi legado. HHY & The Macumbas são jazz exploratório embebido em ondulações rituais de tempos longínquos. São a ideia do dub jamaicano, que era sintonização na era espacial de prévias ondulações encantatórias, a sobrevoar o oceano para chegar à costa este africana, onde trompas trovejam no ar sobre a planície etíope. Quando ouvimos “Throat Permission Cut”, álbum de estreia desta banda que parece combo de jazz enfeitiçado no Mardi Gras de Nova Orleães, compreendemos tudo isso – e sentimos pulsares minimalistas que nos sugam

do mundo exterior, e observamos camadas de realidade aumentada desenhadas, com labor de artesão antigo, em eletrónica moderna. Quando vemos Jonathan Saldanha, Filipe Silva, Álvaro Almeida, Frankão, Rui Leal, André Rocha e Brendan Hemsworth em palco, todas as latitudes e estéticas apontadas são percetíveis. Trompetes, percussões, baixo, bateria e outros sons gerados unem­‑se num só enquanto o mestre de cerimónias, de costas para o palco, rosto de máscara olhando­ ‑nos de frente, parece, no mesmo movimento, comandar e responder à misteriosa luxúria do ritmo. Identificamos tudo isso, mas nada disso explica o que temos perante nós. HHY & The Macumbas não são o novo que nunca ouvimos antes. São melhor que isso. Um novo lugar, construído por estes músicos, agora. Consciência do passado e desejo de presente. Por isso é tão recompensador ouvi­‑los e vê­‑los. Sabê­‑los numa residência no gnration aguça a curiosidade e aumenta as expectativas. Que inventarão eles para nós? Que novas feitiçarias conjurarão, entregues a si próprios neste espaço de partilha e invenção? Mário Lopes


12 fev — MÚSICA — BLACKBOX sexta­‑feira 22:30 5 euros (concerto) 10 euros (concerto + masterclass) M/12

chris corsano & joe mcphee duo O encontro entre Joe McPhee e Chris Corsano poderá ser visto como um confronto de gerações, mas essa não será a forma mais correta de se analisar a sua relação musical. Apesar do inevitável “generation gap”, McPhee (1939) e Corsano (1975) são dois pontas­‑de­‑lança do jazz avançado e da música improvisada do nosso tempo e a sua colaboração pressupõe princípios de partilha, entendimento e união, sempre respeitando a liberdade da improvisação. Multi­‑instrumentista versátil (sobretudo no saxofone tenor, saxofone alto e pocket trumpet), McPhee já conquistou o estatuto de lenda vida: arrancou a carreira na época de ouro do free jazz e, desde os históricos “Underground Railroad” e “Nation Time”, vem consolidando uma discografia imensa. O sopro de McPhee é herdeiro de Ayler, ao combinar energia e alma, com equilíbrio. Com a generosidade dos gigantes, Joe McPhee tem partilhado o seu talento em inúmeras parcerias, com Ken Vandermark, Peter Brötzmann, Ingebrigt Håker Flaten ou os The Thing, entre muitos outros. Percussionista originalíssimo, Corsano parece seguir o mesmo caminho. É incrível a capacidade de adaptação a múltiplos universos sonoros,

de Paul Flaherty aos Sunburned Hand of the Man, de Evan Parker a Bjork, é notável a sua capacidade de absorver referências para criar algo novo. A imensa criatividade da sua percussão é particularmente evidente nas suas gravações e atuações a solo. Tendo já tocado previamente ao vivo, o duo oficializou a sua existência em 2011, com a edição de “Under A Double Moon”, tratado de improvisação brava e sentimental (conceitos que não são mutuamente exclusivos). Seguiu­‑se “Scraps and Shadows”, de 2013, que confirmou as marcas do disco anterior. Curiosamente, a mais recente reunião da dupla McPhee e Corsano aconteceu num disco de um músico português, editado neste ano de 2015: “This Is Our Language” do saxofonista Rodrigo Amado junta a dupla e o contrabaixista Kent Kessler, formando um quarteto que tem conquistado a atenção internacional. Sozinhos em palco, Corsano e McPhee, bateria e sopros, prometem uma sessão de combustão sonora, que deverá passar por algum flirt jazzístico, mas vai assentar sobretudo numa improvisação sem limites. Nuno Catarino


17 fev — MÚSICA — BLACKBOX quarta‑feira 22:00 5 euros M/12

dawn of midi/ozo Oriundos de Brooklyn, Nova Iorque, os Dawn of Midi assumem a forma instrumental de um trio clássico de jazz: juntam um piano clássico, um contrabaixo e uma bateria. Mas, apesar dessa forma, a música que produzem foge às noções pré­‑estabelecidas daquilo que se considera geralmente “jazz”: aqui não há swing nem improvisação aberta. Aakaash Israni (contrabaixo), Amino Belyamani (piano) e Qasim Naqvi (bateria) trabalham uma música minimal. A partir da base instrumental clássica inventaram um universo sonoro alternativo, assente na repetição de um padrão rítmico e melódico de modo obsessivo. Sendo minimal, a música do trio não é estática, vai evoluindo ­‑ mas vive num desenvolvimento lento. Ao longo de três discos ‑­ “First” (Accretions, 2010), “Live” (edição de autor, 2011) e “Dysnomia” (Thirsty Ear, 2013) – o trio de Israni, Belyamani e Naqvi foi aperfeiçoando a sua fórmula, que chegou a um ponto de rebuçado alcançado no seu álbum mais recente. Altamente original, este projeto não encontra paralelo na atualidade: o trio combina de forma única um profundo minimalismo, ritmos

que poderiam ser roubados às profundezas de África, um abstracionismo ímpar. Mecânica e repetitiva, esta é a música que os Kraftwerk fariam se tivessem nascido na era pós­ ‑moderna em formato de trio de jazz. Isto não é eletrónica, é uma música viva e orgânica, mas pela regularidade metronómica quase poderia ser. Isto não é jazz para fãs de jazz, isto é jazz para fãs de electrónica minimal e repetitiva. No mesmo dia atuam os portugueses OZO, que se apresentaram ao mundo com o disco de estreia “A Kind of Zo”, lançado na Shhpuma Records – a subsidiária da Clean Feed para projetos fora do jazz. Os OZO são Paulo Mesquita (piano preparado) e Pedro Oliveira (percussões), duo que trabalha uma música que combina improvisação e experimentação, na procura de um sentido comum. Esta é uma música em evolução constante, atravessando diversas cores e contrastes, que vai de um puro classicismo de câmara até momentos de quase noise. Nuno Catarino


27 fev – 24 mar — MÚSICA INSTALAÇÃO — GALERIA GNRATION BLACKBOX 22:30 27 fev 22:30 Inauguração e live act 3 euros na noite de abertura / entrada livre para a instalação M/6 Horários de visita: segunda­‑sexta 14:00­‑18:30 sábado 14:30­‑18:30

trabalho da casa: con+ainer Fundada por Ludovic e Fabian Eichstaedt, A Con+ainer é uma editora que se movimenta no eixo Braga, Porto e Hamburgo, tendo como missão a divulgação de música do mais variado desenho e feitio, da pista de dança à sala de estar. Já com 20 edições até à data da escrita deste texto, a Con+ainer tem no seu catálogo nacionalidades de diferentes continentes, juntando a música portuguesa à japonesa, turca, alemã, norte­ ‑americana, inglesa, francesa, italiana, procurando ainda assim juntar mais países e nomes à lista. Prestes a celebrar o seu 4º ano de vida, a Con+ainer canta os parabéns com 3 meses de festividades

a começar em Dezembro de 2015 e a acabar em Fevereiro 2016 com uma instalação audiovisual no gnration, integrada no ciclo Trabalho da Casa. Esta instalação reúne a música de uma série de artistas e convidados da editora com trabalho visual do coletivo Grandpas Lab numa experiência com forte carácter imersivo, desenhada a pensar no efeito sala de cinema. A inauguração da instalação acontecerá dia 27 de Fevereiro e contará também com uma performance audiovisual de LASERS, a acontecer na Blackbox.


18 mar — MÚSICA — BLACKBOX sexta­‑feira 22:30 7 euros M/12

ben frost aurora live Ver Ben Frost em palco a apresentar o seu projeto Aurora é também ver – e sobretudo ouvir – um rico percurso que, só nos últimos anos, se cruza com os caminhos de gente tão diversa quanto os Swans, Tim Hecker ou Colin Stetson. E essa multiplicidade de coordenadas só lhe reforça a unidade de uma visão artística diferenciadora que em 2014 teve tradução discográfica em Aurora, o oitavo álbum em nome próprio desde a estreia, em 2003, com Steel Wound. Aurora foi alvo de justos e quase unânimes elogios na imprensa internacional. A Pitchfork, por exemplo, sublinhou­‑lhe o carácter “sufocante” e concluiu escrevendo que “Aurora pode­‑se ouvir como a tentativa de Frost criar algo de físico e posiciona­ ‑se acima de tudo o resto na sua discografia”. Em Janeiro deste ano, o músico que nasceu na Austrália, mas vive atualmente na Islândia, explicava ao Guardian que o encontro com a arte de Richard Mosse foi determinante para a feitura de Aurora: “permitiu­‑me ver as possibilidades num certo tipo de hiperrealismo no mundo natural”, sublinhou o compositor. “No que me diz respeito, o júri ainda não deliberou nenhuma sentença sobre Aurora”, indicou ainda, ironicamente, Ben Frost, deixando assim cair

a ideia de que o significado mais profundo dessa obra ainda não é inteiramente claro para si. Certo, certo é que Aurora ganha uma nova dimensão quando traduzido para um palco. No início deste ano, Ben Frost apresentou­‑se ao vivo no festival LEV de Gijon, em Espanha, logo depois do projeto Cabaret Voltaire de Richard H. Kirk, e essa apresentação inspirou as seguintes linhas: “Frost tem uma presença muito mais física do que Kirk, entregando­‑se a espaços à sua guitarra com uma visceralidade puramente rock. Mas são as suas derivas, ambientais por um lado, abrasivas por outro, que contaminam a audiência com ecos mais ou menos distantes de rave. O que é estranho, estando toda a gente sentada, e muitos de olhos cerrados ou semicerrados de forma a resistir ao assalto luminoso comandado a partir de três robôs que projetam luz branca sobre a plateia. Imersivo, no sentido mais literal da palavra”. Agora é a vez do gnration mergulhar na Aurora de Ben Frost e experienciar um admirável mundo novo de sons com uma força e beleza singulares. Rui Miguel Abreu


24 mar — MÚSICA — BLACKBOX quinta­‑feira 23:30 5 euros M/6

gnration club night

kode9/nigga fox/ consórcio É uma viagem entre Braga e o mundo das mais graves frequências a que se propõe na próxima gnration club night que abrirá portas ao colectivo local Consórcio e prosseguirá depois pelos labirintos electrónicos desenhados por DJ Nigga Fox, um dos pilares da celebrada Príncipe Discos, e Kode9, homem do leme da Hyperdub, referência na cultura global de Bass Music. O Consórcio resulta de uma encomenda direta do gnration e teve a sua estreia na edição 2015 da Noite Branca: André Granada, aka Midnight, Marcos Almeida, aka King Fu, Ludovic Pereira, aka Cloche, Ludovic ou Umbra (da Con+ainer Music), Gonçalo Neto aka Terzi (da Extended Records) e Lucas Palmeira, aka Lukkas e Missing Link, são os cinco cérebros deste projecto multifacetado e multidirecional que fala a língua comum da electrónica que se impõe nas pistas de dança. A Príncipe Discos, que ainda recentemente foi apontada como a terceira melhor etiqueta discográfica de 2015 pela revista Fact, tem em Nigga Fox um dos seus mais sérios ativos. O produtor e dj nascido em Angola, mas residente em Lisboa, editou na Príncipe os eps O Meu Estilo e Noite e Dia e ainda

participou no alinhamento do primeiro volume de Cargaa, a compilação com que a respeitadíssima Warp Records ajudou a amplificar o sinal da label de Nigga Fox. Do Lux, em Lisboa, ao Berghain de Berlim, muitas têm sido as pistas tomadas pelo avassalador som de Nigga Fox, uma batida diferente que nasce em Lisboa, mas já regista ecos no mundo. E depois há Kode9, que justamente se pode apontar como uma lenda viva: fundador da ultra respeitada Hyperdub, uma etiqueta que tem travado o combate da música apoiada em frequências mais graves, Kode9 foi um dos principais estetas do dubstep e é hoje um explorador das vanguardas da bass music tocando um híbrido de house, techno, dubstep, footwork e hip hop que aponta sem a menor sombra de dúvida o caminho do futuro. A sua discografia é brilhante, sobretudo o trabalho que realizou com o malogrado vocalista Spaceape, e a suas teoria sobre o “hardcore continuum” uma das mais válidas visões obre a evolução singular da electrónica em Inglaterra. Imperdível, pois claro. Rui Miguel Abreu


16 jan + 12 mar — WORKSHOP — sábado 15:00 gratuito — inscrição através do email info@gnration.pt parceiro Processing Braga

serviço educativo

processing braga O Processing foi criado em 2001 por Casey Reas e Ben Fry, no MIT Media Lab. É uma linguagem de programação opensource e ambiente de desenvolvimento integrado (IDE), construído para a arte digital e comunidades de projetos visuais, com o objetivo de ensinar noções básicas de programação de computador num contexto visual. Em 2010, Mark Webster organizou um workshop de Processing durante 2 dias e uma exposição na “La Fonderie de l’Image em Paris. Intitulado, Processing Paris o evento provou ser um grande sucesso com dois workshops ministrados por Julien Gachadoat e Karsten Schmidt. Outras cidades se seguiram, como foi o caso de Berlim, Ghent ou Bordéus. Assim nasceu o projeto Processing Cities, liderado pelo Free Art Bureau. Desde Vancouver

a Lyon, Chicago a Jakarta, a comunidade cresceu e pretende encorajar outros criativos a produzir os seus próprios eventos, workshops,seminários, conferências, conversas informais e apresentações, utilizando programação no processo criativo. Isto não significa necessariamente apenas o uso de Processing, mas também vvvv, Cinder, OpenFrameworks ou qualquer outra ferramenta Open Source baseado em código. Neste seguimento, surgiu o Processing Braga, inserido no projeto Processing Cities, consistindo num meeting mensal de artistas, designers, programadores criativos, músicos e artistas de new media. Os encontros incluirão palestras, apresentações, oficinas e projetos de pesquisa. Terão lugar no Gnration.


13 fev — MASTERCLASS — sábado 10:00 7 euros 10 euros (concerto + masterclass)

chris corsano & joe mcphee duo serviço educativo

Para além do concerto que os juntará em palco, o gnration contará com uma masterclass protagonizada pelo baterista Chris Corsano e pelo multi­‑instrumentalista Joe McPhee. Duas gerações diferentes que procurarão transmitir o vasto conhecimento e experiência enquanto nomes respeitados do circuito jazz internacional. Uma oportunidade única para contemplar o que os une e assimilar o saber de dois músicos experientes, um dia depois do concerto em Braga.


jan – mar — WORKSHOP — 10:00 gratuito destinatários Escolas do 1º, 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico, Ensino Vocacional. inscrição através do email info@gnration.pt parceiro Digitópia / Casa Da Música

serviço educativo

primeiros bits O ciclo Primeiros Bits pretende expor crianças e jovens da cidade de Braga às novas tecnologias aplicadas à arte. Durante cada sessão serão abordadas diferentes temáticas, com o objetivo de estimular o seu público­‑alvo para atividades artísticas de cariz lúdico. O ciclo decorrerá entre fevereiro de 2015 e dezembro de 2016 no gnration fruto de uma parceria com a Digitópia, plataforma de música digital sediada na Casa da Música, no Porto, que incentiva a audição, a performance e a criação musical. Baseando­‑se em ferramentas digitais, embora não exclusivamente, enfatiza a criação musical colaborativa, o design de software, a educação musical e a inclusão social, promovendoa emergência de comunidades multiculturais de performers, compositores, curiosos e amantesde música. Sessões: Música e Matemática (20 de Janeiro) Os polígonos são as figuras geométricas que inspiram a composição musical original. Alicerçado numa forte componente gráfica que evidencia

a relação umbilical entre Música e Matemática, estas ferramentas tecnológicas convidam o utilizador a criar polígonos, regulares e irregulares, na tela digital. O que parece algo complicado para quem não domina a linguagem geométrica (ou musical) revela­ ‑se, afinal, um processo extremamente simples. Compor para Imagens que Mexem (17 de Fevereiro) O desafio passa por dar sentido sonoro, que não apenas musical, a trechos de vídeo. Recorrendo a possibilidades tecnológicas , os participantes são confrontados com o universo das imagens e dos sons, entrando no mundo da composição através da arte de sonorizar pequenos vídeos. Capta’Sons (9 de Março) Temos uma missão: capturar sons escondidos por todo o gnration. Partimos artilhados de ferramentas informáticas que detectam e amplicam os foragidos mais encobertos. Feita a caça, vamos po­‑los a andar ao nosso ritmo, fazer a nossa música. E no fim ainda damos um autógrafo sonoro.


11 + 12 mar — MÚSICA / VÍDEO — BLACKBOX sexta­‑feira + sábado 22:00 5 euros parceiros Digitopia / Casa da Musica; Agrupamento de Escolas Sá de Miranda; Escola Básica de Palmeira

flux

espetáculo de comunidade serviço educativo

Flux é um espetáculo de criação colaborativa sobre luz e música. No nosso dia­‑a­‑dia estamos expostos a diversos estímulos sonoros e luminosos, que nos servirão de inspiração para a composição, num projecto em que as novas tecnologias terão um lugar central. No lugar de protagonistas deste processo estarão alunos do Ensino Vocacional da Escola Básica de Palmeira, pertencente ao Agrupamento de Escolas Sá de Miranda.


13 fev — WORKSHOP — sábado 10:30­‑13:00 14:30­‑18:30 15 euros próximas sessões Advanced/Max4Live/ Live and Video (14 de Maio) parceiro Digitópia/Casa da Música

workshop ableton live introduction/basics/ serviço educativo

music creation por digitópia/ casa da música Uma das aplicações mais utilizadas em todo o mundo por profissionais da música electrónica, o Ableton Live foi concebido para ser utilizado num contexto de Live Performance. Esta ferramenta pode adequar­ ‑se às práticas musicais de cada um, desde a criação, passando pelo o DJing e até sound design.

Este workshop, através de uma introdução ao software e aos seus principais componentes, nunca perderá de vista a sua aplicação musical, abordando princípios básicos da criação e performance.


27 fev — MÚSICA PARA PAIS E BEBÉS — sábado sessão 10:15 crianças dos 0 aos 30 meses sessão 11:45 crianças dos 30 meses aos 48 meses duração 45 minutos 10 euros (bebé e 1 acompanhante) 15 euros (bebé e 2 acompanhantes) limitado a um máximo de 15 bebés por sessão (por cada bebé estão considerados até 2 acompanhantes). nota Aconselha­‑se o uso de roupas e calçado confortáveis.

pali serviço educativo

Pali é um lugar mágico. É um lugar onde os sons e as falas primárias, balbuciadas e vocalizadas comunicam com o gesto e o movimento, num mundo imersivo de exploração sonora. A voz e o corpo, em diálogo com sonoridades e ambientes oníricos, leva­‑nos numa viagem por diferentes paisagens que partem da interação de “instrumentos” originais que criam este universo único. Pali é o sítio onde os pais e bebés são convidados a participar e explorar a linguagem mais universal de todas. Em Pali, todos participam, e ser grande ou pequenino é um detalhe de altura.


ficha técnica gnration conselho de administração Sameiro Araújo Luís Silva Pereira Tiago Gomes Sequeira diretora executiva Raquel Nair diretor de programação Luís Fernandes comunicação Ilídio Marques produção Francisco Quintas Sara Borges Luís Passos departamento técnico João Coutada Hugo Carvalho técnica administrativa Maria João Silva programa da juventude Carlos Santos financeiro André Dantas design gráfico www.studiodobra.com créditos fotográficos Perspetiva · Eliseu Sampaio Phonopticon · DR Hayao Miyazaki · DR Hhy & The Macumbas · Maria Do Carmo Louceiro Chris Corsano & Joe McPhee duo · Esther May Campbell Dawn of Midi · Falkwyn de Goyeneche OZO · Catarina Almeida Con+ainer · DR Ben Frost Börkur · Sigthorsson Maximilia · Montgomery Niggafox · Marta Pina Consórcio · Luís Vieira Processing · Braga DR Flux · DR Workshop Ableton Live · DR Pali · Sofia Miranda textos música Ben Frost, gnration club night · Rui Miguel Abreu Dawn of Midi / OZO, Chris Corsano & Joe McPhee duo · Nuno Catarino HHY & The Macumbas · Mário Lopes media partner

apoio

parceiro

bilheteira os bilhetes para os espetáculos podem ser adquiridos no balcão do gnration ou na bilheteira on­‑line. bilheteira on­‑line a bilheteira on­‑line possibilita ao espetador a aquisição simples, rápida e cómoda de ingressos para quaisquer dos espetáculos em agenda. https://gnration.bol.pt reservas as reservas devem ser efetuadas através do contacto telefónico ou e­‑mail e serão válidas por um período de 48 horas após o seu pedido e até 24 horas antes do espetáculo. horário geral segunda­‑sexta 09:30­‑18:30 sábado 14:30 – 18:30 horário em dias de espetáculo em dias de espetáculo, o gnration abre 60 minutos antes do início do espetáculo. newsletter se desejar receber a programação cultural e novidades do gnration por correio eletrónico envie­‑nos uma mensagem com nome e respetivo endereço para info@gnration.pt ou subscreva a nossa newsletter em www.gnration.pt. em consideração não é permitido qualquer registo, vídeo ou áudio, sem autorização prévia. não é permitido o uso do telemóvel ou outros aparelhos sonoros durante o evento. o ingresso deve ser conservado até ao final do evento. não se efetuam trocas ou devoluções. confira o seu ingresso no ato de compra. não é permitido o acesso à sala após o início do evento, exceto se autorizado pelo responsável da frente de casa. alterações à programação a programação apresentada nesta agenda poderá estar sujeita a alterações.

descontos Maiores de 65 anos Cartão Municipal de famílias numerosas Pessoas com deficiência e acompanhante Cartão Jovem e Estudantes Crianças até 12 anos Grupos com dez ou mais pessoas (com reserva e levantamento antecipado, 48h antes do espetáculo) condições de aplicação O desconto aplicado é de 20%. Os descontos serão efetuados no ato da venda dos bilhetes tornando­‑se obrigatória a apresentação de documentos de identidade aquando da admissão aos espetáculos. Os descontos apenas são aplicáveis a espetáculos promovidos pelo gnration e com preço superior a 5€ (por favor informe­‑se junto da bilheteira) info@gnration.pt press@gnration.pt www.facebook.com/gnration.pt www.gnration.pt gnration Praça Conde de Agrolongo, 123 4700­‑312 Braga, Portugal T 253 142 200



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