ÁSIA : ASPECTOS FÍSICOS
• O imenso continente asiático apresenta grande diversidade paisagística e cultural, como demonstram a grande variedade de religiões, por exemplo (Islamismo, judaísmo, cristianismo, budismo, hinduísmo, xintoísmo, zoroastrismo, etc.)
• Sua grande variação latitudinal permite a ocorrência de extremos climáticos: do polar ao desértico; das áreas áridas (desertos) até as de altíssimo índice pluviométrico (selvas), como a região das monções no Sudeste.
Seus limites territoriais são: • Norte- Oceano Glacial Ártico • Sul- Oceano Índico • Leste – Oceano Pacífico • Oeste- Europa, Mar Mediterrâneo e Mar Vermelho
RELEVO • O relevo asiático é formado por contrastes: lá estão tanto o ponto mais alto do planeta (Monte Everest, 8872 m de altitude) quanto o mais baixo (Mar Morto, -475 m de altitude). • A Ásia abriga as 15 mais altas montanhas do planeta, a maioria na Cordilheira do Himalaia (chamada “Teto do Mundo”), como por exemplo Everest e o k-2 • Esta cordilheira originou-se do choque da placa Indiana com o continente asiático, durante o processo de desintegração da Pangéia
• Em meio à Cordilheira do Himalaia surgem os altos planaltos do Pamir e do Tibete. Outros planaltos importantes da Ásia são o da Mongólia, do Decã (Índia) e da Anatólia (Turquia) • A área do Oceano Pacífico pertence ao Círculo de Fogo (Anel de Fogo), ou seja, devido à sua formação geológica recente (Período Terciário da Era Cenozóica) ocorrem sujeitas à erupções vulcânicas e abalos sísmicos (terremotos, maremotos e tsunamis)
HIDROGRAFIA • A Ásia abriga grandes lagos, mares e bacias hidrográficas, destacando-se: • LAGO BAIKAL • MAR MEDITERRÂNEO, MAR NEGRO, MAR VERMELHO, GOLFO PÉRSICO, MAR CÁSPIO, MAR NEGRO E MAR ARAL • BACIAS DOS RIOS TIGRE E EUFRATES(MESOPOTÂMIA-IRAQUE), DOS RIOS INDO, GANGES E BRAHMAPUTRA (ÍNDIA), AZUL (YANG-TZÉ KIANG) E AMARELO (HOANG HO) (CHINA), MEKONG (SUDESTE ASIÁTICO), IENISSEI E LENA (RÚSSIA) E RIO JORDÃO (ISRAEL)
MAR ARAL
MEKONG
ORIENTE MÉDIO
• O Oriente Médio é centro das atenções mundiais devido a três fatores: • Possui 60% das reservas petrolíferas mundiais; • Berço das três principais religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo) • Posição geográfica estratégica, já que interliga Ásia, África e Europa, o que explica sua diversidade étnica e religiosa pois foi área de passagem de muitos povos (como os curdos, por exemplo) e impérios.
CURDOS
• Maior povo sem pátria do mundo (26 milhões), a etnia curda vive espalhados por 5 países: Turquia, Iraque,Irã, Síria e Armênia. São muçulmanos e sonham com um país.
• Perseguidos pela Turquia e Irã e massacrados por Saddam Hussein, que testou armas químicas em aldeias curdas no norte do Iraque, apela para o terrorismo através do grupo PKK.
• No Oriente Médio predomina a religião muçulmana (islamismo), cujos fiéis dividem-se em sunitas ou xiitas, grupos rivais. Apenas o Irã e o Iraque são países de maioria xiita.
ORIGENS DO ISLAMISMO • A palavra “islã” significa “submissão a Deus”, e muçulmano é o nome dado a todo seguidor desta religião, que surgiu na Arábia Saudita por volta do ano 600 d.C. O jovem Maomé,nascido em Meca, passou a receber sinais dos céus, estimulando o jovem profeta a pregar contra o politeísmo da época, defendendo a existência de um só Deus (“Alá”).
• Contrariando os costumes politeístas de Meca, Maomé, auxiliado pelo tio, fugiu das perseguições acompanhado de sua esposa, a rica viúva Kadija, e instalou-se em Medina. Esse episódio é chamado “Hégira” (“fuga” em árabe), e marca o início do calendário dos muçulmanos (por volta de 600 d.C).Representar a figura de Maomé é considerado heresia para os muçulmanos.
• Reunindo grande número de seguidores em • O islamismo, com o Medina, Maomé passar dos séculos, retornou a Meca, e na cresceu (e ainda base da espada cresce ao ritmo de (“Jihad”, que significa um milhão de fiéis por “Guerra Santa “ em ano), e hoje 1/3 da árabe), converteu a população mundial cidade de Meca ao professa esse credo islamismo, pondo fim ao politeísmo em toda Península Arábica.
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Com a morte de Maomé, o islamismo sofreu um impasse (cisma): como não deixou filhos homens, quem iria substitui-lo na divulgação da fé? Aqueles mais conservadores achavam que alguém do sangue de Maomé, seu primo-genro Ali, deveria assumir este papel. Como a palavra “xia” significa “seguidores de Ali” em árabe, eles foram chamados xiitas, hoje 10% dos muçulmanos.
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Já outro grupo achava que este papel poderia ser dado a um amigos de Maomé, e foram chamados de sunitas (“aqueles que seguem a tradição, em árabe”), e representam hoje 85% dos muçulmanos ( o restante se divide em outros seitas, como os drusos).
• Prédio que abriga a Caaba (“pedra” em árabe), que teria caído do céu (meteorito) próximo a Maomé.
PRINCIPAIS PRÁTICAS DOS MUÇULMANOS • Rezar cinco vezes ao dia, sempre voltado em direção à Meca; dar esmolas; visitar Meca ao menos uma vez na vida, salvo se não tiver condições financeiras; jejum (inclusive sexual) durante o dia no mês do Ramadã; não comer carne de porco.
• A religião judaica em Israel e o cristianismo no Líbano são importantes, além dos drusos na Síria e Líbano (seita islâmica desprezada apelos xiitas e sunitas)
CONFLITO ÁRABEISRAELENSE (ISRAEL X PALESTINA)
QUEM SÃO OS PALESTINOS? • Os palestinos são um povo de etnia árabe e que professam a religião muçulmana (islamismo) de maioria sunita.
Quem são os judeus? • O judaísmo segue o velho testamento da Bíblia (torá), pois os judeus não reconhecem Jesus Cristo como o Messias (“libertador”), que ainda é aguardado, o que explica o calendário judaico já no ano de 5000, aproximadamente. Só é considerado judeu quem nascer de mãe judia.
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Deste os tempos de Jesus Cristo os palestinos e os judeus conviviam harmoniosamente na região da Palestina. Nesta época, os romanos invadiram-na, e, ao contrário dos palestinos, os judeus não aceitaram esta invasão, formando grupos guerrilheiros. Em 70 d.C., uma grande revolta judaica fez com que o Império Romano passasse a massacrar os judeus, que foram obrigados a dispersar-se pela Ásia, Europa e África (“diáspora”)
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Com a diáspora judaica, a Palestina ficou sendo habitada, então, somente pelos árabes. Séculos se passaram quando surgiu na Europa, em 1850, um movimento chamado “sionismo”, pregando a reunião dos judeus em um país em que não sofressem as perseguições que sempre sofreram: o sonho deste país recaiu sobre a antiga Palestina, a Terra Santa, o local de onde seus antepassados haviam sido expulsos pelos romanos e que guardava as ruínas do templo do Rei Salomão. A comunidade judaica começou a comprar dos árabes terras na região, e apoiados pela França e Inglaterra, migraram maciçamente para local.
• O movimento sionista é acusado de ser tão fanático quanto alguns grupos islâmicos da atualidade. Israel é acusado, principalmente pelos países árabes, de ser um país imperialista.
• A comunidade árabe da região da Palestina já começava a entrar em atrito com os judeus, quando estourou a Segunda Guerra Mundial. O holocausto deixou marcas tristes, e com o fim da guerra, a ONU resolveu criar um país para os judeus, como forma de compensação pelos seis milhões exterminados por Hitler.
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Em 1947, a Assembléia Geral da ONU decidiu dividir a Palestina em duas partes, e em uma delas era instalado o tão sonhado país para os judeus: Israel; a outra metade continuou a ser território palestino.Mas e os árabes que moravam na área onde a ONU determinou que fosse Israel? A maioria acabou expulsa sem ao menos direito à indenização. Iniciava-se a questão palestina (nome dado a esta área do Oriente Médio), que arrasta-se ainda hoje causando mortes entre judeus e palestinos (árabes), ambos os lados com sua cota de sofrimento.
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Em 1948, liderados por Bem Gurion, os judeus proclamaram a independência de Israel. Os países árabes da região (Jordânia, Síria, Egito, Arábia e Iraque) não reconheceram-na, atacando militarmente o país recémcriado que, com ajuda dos EUA, defendeu-se saindo vitorioso. Com a vitória, abocanhou a outro metade da Palestina, que a partir daquele momento deixava de existir como país, transformando seus moradores em refugiados dentro de sua própria terra, situação que perdura.
• PALESTINOS PERDEM SEU PAÍS EM 1948
• Em 1956, defendendo-se de um ataque de Síria e Egito, Israel se apossou do Canal de Suez, pertencente aos egípcios, episódio conhecido como a “Guerra de Suez”.
• Em 1967, o serviço secreto israelense Mossad, sabendo dos planos de uma nova invasão pelos países árabes, atacou-os preventivamente. Em seis dias, Israel anexou a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, do Egito, a Cisjordânia, da Jordânia, e as Colinas de Golã, da Síria. Foi a chamada “Guerra dos Seis Dias”.
•Em 1973, aproveitando-se do feriado religioso do Yom Kippur (“Dia do Perdão”) em Israel, os países árabes da Síria e do Egito, acreditando que pelo feriado os soldados judeus estariam em casa comemorando, resolveram se vingar e atacaram Israel, que novamente se defendeu com sucesso (“Guerra do Yom Kippur”). Essa Guerra causou o Primeiro Choque do Petróleo (1973) – Aumento de 2 dólares para 11 dólares o barril.
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Golda Meir, primeiraministra de Israel durante a Guerra do Yom Kippur
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Em 1978, reunidos na residência de verão do presidente dos EUA em Camp David, Washington, os líderes de Israel (Beguin) e do Egito (Sadat), perante o presidente norte-americano Jimmy Carter, assinaram um acordo: o Egito recebeu de volta a Península do Sinai, e em troca reconheceu Israel como país. Os árabes consideram o líder egípcio traidor,e Sadat acabou assassinado dias depois. As colinas de Golã, devido à importância estratégica da água (nascente do Rio Jordão) permanece ocupada por Israel; a Cisjordânia, por abrigar Jerusalém, sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos, também permanece sob domínio judeu.
MESQUITA DOURADA (SAGRADA PARA OS MUÇULMANOS)
• PRAIA EM TEL-AVIV
• Inconformados por perderem seu país, alguns palestinos criaram o grupo terrorista “Setembro Negro”, que depois se transformaria na OLP (Organização pela Libertação da Palestina), liderada por Yasser Arafat. Começava a INTIFADA (“guerra de pedras”), nome que se dá à rebelião palestina contra os soldados israelenses.
• O líder palestino Yasser Arafat sempre fazia questão de dobrar seu turbante com o formato do mapa da Cisjordânia.
• O massacre de atletas israelenses pelo grupo nas OlimpĂadas de Munique (1972) chocou o mundo.
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Na década de 1990, Arafat decidiu abandonar o terrorismo e tentar o diálogo com Israel; a OLP abandonava a luta armada.O presidente Bill Clinton, em 1993, após espinhosa negociação,reuniu em Oslo (Noruega) o líder palestino Arafat e o israelense Izac Rabin. Pelo acordo de Oslo, Israel devolveria aos Palestinos a Cisjordânia e a Faixa de Gaza: finalmente teriam direito a um país. Porém, um fanático judeu assassinou Rabin em Israel, e o acordo de Oslo caiu por terra.
• Assassino de Rabin é preso no momento em que deu um tiro à queima-roupa na cabeça do líder israelense Ytzak Rabin (froto colorida)
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A Faixa de Gaza e a Cisjordânia tornaram-se regiões autônomas (a chamada “Autoridade Palestina”, possível embrião de um possível futuro Estado Palestino) mas ocupadas por soldados israelenses. Com a morte de Yasser Arafat, a OLP dividiu-se em dois grupos: um tolerante, a Fatah, baseada na Cisjordânia e que admite diálogo com Israel, liderado por Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, e um radical, que prega a extinção total de Israel: o Hamas, baseado na Faixa de Gaza. Nas eleições diretas mais recentes na Faixa de Gaza, o Hamas ganhou imensa maioria do parlamento, o que lhe dá, de certa forma, uma legitimidade que o estimula a cometer atos terroristas, através de homens-bombas e mísseis lançados da Faixa de Gaza contra cidades israelenses. O Hamas é financiado pela Síria e pelo Irã, inimigos de Israel.
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Revidando os ataques do Hamas, Israel bombardeia a Faixa de Gaza, mesmo em áreas civis (já que os terroristas do Hamas usam a população como escudo), e as vítimas são palestinos inocentes.
HISTÓRIA DOS PALESTINOS
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O Irã, herdeiro da gloriosa civilização persa, não é um país árabe. Por ser um dos maiores produtores de petróleo, atrai a atenção mundial. O país foi governado pelo xá Rehza Palevi, cruel ditador apoiado pelos EUA, até 1979. Neste ano houve uma Revolução Islâmica,liderada pelo religioso (aiatolá) Khomeini, que vivia exilado na França. O povo, que odiava o xá, apoiou a Revolução Islâmica.
IRÃ
• A revolução Islâmica de 1979 liderada pelos aiatolás impôs à população a rigidez dos costumes e da moralidade e o ódio aos EUA, o “Grande Satã”. Khomeini chegou a decretar, por exemplo, uma fatwa(pena de morte) para o escritor Salman Rushdie, acusado de ofender o islã em seu livro “Versos Satânicos” (vive até hoje sob proteção do Serviço Secreto Inglês).
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A revolução adotou a teocracia como forma de governo , ou seja, o poder passou a ser exercido pelos líderes religiosos do país (aiatolás). O fanatismo islâmico foi imposto à população, que perdeu a liberdade obrigada a seguir rigidamente a religião. As mulheres, por exemplo, não puderam mais mostrar nem os cabelos e muito menos outras partes do corpo, sob risco de levar chibatadas. Namoro em público nem pensar. Os meios de comunicação, como jornais, televisão e internet, são censurados.
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Absurdos como a pena de morte no país por oposição ao governo, adultério ou homossexualismo(estes dois últimos crimes, por apedrejamento), ou amputar as mãos de ladrões, são comuns. As execuções são públicas e atraem multidões. Na foto ao lado, condenado se despede dos familiares.
• Adúltera de 13 anos apedrejada. Detalhe: na verdade ela foi estuprada,mas lá o estupro é culpa da mulher...Um jeito de ser perdoada é o estuprador aceitando casar-se com ela.
• Liderado pelos aiatolás (cujo chefe é Khamenei) e governado pelo presidente Amahdinejad, o Irã é uma das preocupações mundiais, pregando o avanço do fundamentalismo islâmico, a destruição dos EUA e Israel e apoiando grupos terroristas como o Hezbollah, do Líbano, e o Hamas, da Palestina. Ele diz, por exemplo, que o Holocausto Judeu na 2ª Guerra nunca existiu.
• Para piorar a situação, o Irã insiste na criação de um programa de desenvolvimento de energia usinas nucleares, alegando fins pacíficos, argumento que não convence a opinião pública mundial, já que o país, além de rico em energia petrolífera, realizou testes com mísseis nucleares em 2008.
• Em 2009, Ahmadinejad foi reeleito; a vitória, com indícios de fraude, gerou protestos entre a população, cansada de viver sem liberdades. O governo reprimiu violentamente; como os meios de telecomunicaçoes (inclusive a internet) são censurados, a única maneira de se obter imagens é através de celulares que a população carrega e, em seguida, driblando a censura, lança na internet (twitter, facebook, orkut) .
• O símbolo dos protestos, que se encerraram devido á repressão policial, são as imagens da bela universitária Neda, cuja morte, filmada por um celular, se espalhou pelo mundo via internet.
IRAQUE • País árabe, junto com o Irã, é um país muçulmano de maioria xiita. Tendo a segunda maior reserva de petróleo do mundo, enfrenta problemas decorrentes do ódio entre os xiitas e sunitas, tem que lidar com a questão dos separatistas curdos, que vivem no norte do país. Antiga Mesopotâmia, cortado pelos rios Tigre e Eufrates.
• A partir de 1979 o general Saddam Hussein passou a governar o país como presidente autoritário, com o partido Baath. Apesar do Iraque ser um país de maioria xiita (60%), Saddam era sunita (30%).
• Preocupado com o avanço da Revolução Islâmica ocorrida no Irã em 1979, Saddam Hussein, apoiado pelas potências ocidentais que também temiam o avanço da revolução iraniana, decidiu declarar guerra ao Irã em 1980, alegando disputas territoriais, principalmente o Chat-el-Arab (“Costa dos Árabes”), rio formado pela junção do Tigre e Eufrates, de vital importância pois abriga portos para o escoamento do petróleo no Golfo Pérsico
• A Guerra Irã-Iraque durou de 1980-1988, com 8 milhões de mortos, a economia local em frangalhos e o aumento do preço do petróleo mundial(2º Choque- 17 para US$ 34 o barril). Não teve vencedores (negociações da ONU). O Iraque recebeu apoio dos EUA-Reagan (que por baixo dos panos também enviava armas ao Irã).
• Empolgado com o clima de guerra, e sendo a quarta potência militar então, o Iraque de Saddam Hussein resolveu anexar o Kwait e suas • O Iraque alegava que historicamente o Kuwait imensas reservas de lhe pertence, também petróleo (1ª Guerra do de acusando os Golfo, agosto de kuwaitianos de forçar 1990). uma baixa nos preços do petróleo ao desobedecerem sugestões da OPEP.
• Com autorização da ONU, que condenou a invasão do Kuwait pelo Iraque (que, em posse de tantas reservas de petróleo poderia afetar o abastecimento mundial), EUA (George Bush pai), França e Inglaterra mandaram tropas para libertar o Kuwait na Operação Tempestade no Deserto. Japão e Alemanha deram apoio financeiro.
Utilizando o território da Turquia e da Arábia (aliados dos EUA no Oriente Médio), os Aliados conseguiram expulsar as tropas iraquianas do Kuwait com relativa facilidade. Num ato de desespero, Saddam chegou a despejar milhares de litros de petróleo no Golfo Pérsico, causando grande desastre ambiental.
• Saddam se retirou do Kuwait (tocando fogo em poços de petróleo kuwaitianos que ardem ainda hoje), e teve que obedecer uma determinação da ONU delimitando suas operações aéreas no espaço dos paralelos ao lado. O Objetivo da ONU era proteger os curdos ao norte e os xiitas ao sul da ira de Saddam.
• Saddam só não foi destituído do poder pelos EUA porque sua truculência mantinha o Iraque unido, já que as diferenças étnicas ou religiosas são tão grandes (curdos, xiitas e sunitas) que podem rachar o país e aumentar o preço do petróleo mundial.
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Segunda Guerra do Goilfo- Após os ataques de 11 de setembro ao WTC, George W. Bush resolveu atacar o Iraque e depôr Saddam Hussein, alegando que este desenvolvia armas químicas com pretensões de atacar Israel ou até mesmo repassá-las a grupos terroristas inimigos dos EUA. Apesar da desastrada guerra, ainda não solucionada, Saddam foi capturado (de maneira humilhante, sujo e cheio de piolhos, escondido em um buraco), e condenado por genocídio pela justiça iraquiana à forca.
• Após a morte de Sadam Hussein, a guerra civil entre xiitas e sunitas no Iraque estourou de maneira violenta. A partir de 2010, com a diminuição desta violência, o presidente Barack Obama anunciou a retirada das tropas americanas do Iraque.
AFEGANISTÃO:BERÇO DO TALIBÃ • O Afeganistão, país sem saída para o mar e com boa parte de seu território coberto por cadeias montanhosas e desertos, possui uma localização geopolítica estratégica por ser ponto de passagem obrigatória entre a Ásia e a Europa, apesar de não possuir reservas de petróleo.
• De religião muçulmana, é um dos países mais pobres do mundo, com taxa de analfabetismo por volta de 70% e péssimo IDH.
• Junto com Mianmar (antiga Birmânia) é um dos grandes produtores de papoula para extração de ópio, fonte de renda que o talebã utilizava para se manter no poder
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Nos anos 80 a ex-URSS, no calor da Guerra Fria, invadiu o país por sua localização estratégica e também por proporcionar aos russos uma maior proximidade com o mar (os chamados “mares quentes”, já que a maior parte do litoral russo está em áreas gélidas, o que dificulta a navegação)
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Financiada pelos EUA, a resistência ao domínio soviético foi conduzida pela milícia Taleban (palavra que significa “estudante “ em farsi (língua local) , pois se originou nas madraçais, escolas islâmicas apoiadas pelo vizinho e rival Paquistão, Encabeçada por Osama Bin Laden, milionário saudita expulso pelo rei da Arábia que acabara de fundar a Al Qaeda, a resistência teve sucesso. Os soviéticos se retiraram, fato que deu ao Afeganistão a alcunha de “Vietnã dos russos”, pois o inóspito território afegão foi tão difícil para as tropas russas quanto a selva para os americanos no Vietnã
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• Com a retirada das tropas russas, os talibans tomaram o poder no país a partir da década de 1990, impondo ao povo severas normas, baseadas nas leis islâmicas.
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As mulheres eram as mais penalizadas: não podiam sair desacompanhadas e nem sem o véu (burqa), que as cobre totalmente. Não tinham permissão de trabalhar ou estudar fora, e só podiam receber atendimento médico de outras mulheres. Como dificilmente há médicas no país, com essas proibições o número de óbitos femininos.
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Aplicavam punições a criminosos como amputação de membros ou pena de morte. O uso de televisores, videocassetes\aparelhos de DV e internet eram terminantemente proibidos, pois suas atrações podiam ir contra a moral islâmica. Eram proibidas todas as representações de seres vivos (fotografias) ou símbolos do cristianismo.Os homens deveriam deixar a barba crescer.
• Surgida no Afeganistão neste período surgiu o grupo terrorista Al Qaeda (‘A Base”), com o objetivo de atacar todos os países do Ocidente, acusados de levar valores imorais (álcool, droga, prostituição, emancipação feminina, adultério e homossexualismo) aos países islâmicos.
• O principal alvo da ira da Al Qaeda são os EUA pelo fato de manterem bases militares na Arábia Saudita, solo sagrado para os muçulmanos. Este foi o principal motivo que levou o grupo a atacar os EUA em 11 de setembro de 2001.
• Com o envolvimento no atentado ao WTC em 11 de setembro de 2001, os EUA invadiram o país e destituíram o Taleban do poder, tentando em seguida estabelecer a democracia no país (sem sucesso, já que a milícia está retomando o comando do país e Osama Bin Laden, alvo do ataque norte-americano, continua desaparecido)
CHIPRE • O Chipre, uma ilha do Mediterrâneo, é um país dividido: um terço do país é dominada pelos turcos, e o restante pelos gregos (esta parte integra a União Europeia) , ambos inimigos entre si. A capital, Nicósia, é dividida por um muro, separando o setor turco do grego.
TURQUIA •
A Turquia (capital Ancara), junto com Israel a maior aliada dos EUA no Oriente Médio (integra a OTAN), é um país de economia emergente, industrializado, que sonha com o ingresso na U.E. e procura manter o caráter laico desde sua fundação por Ata Turk, em 1920 (após o fim do Império Turco-Otomano). O uso do véu entre as mulheres, por exemplo, é proibido em repartições públicas.
• O Maior problema enfrentado pelo país é o separatismo da região em que vivem os curdos, etnia que também é muçulmana e que que vive espalhada também pela Armênia, Síria, Irã e Iraque (26 milhões de indivíduos que possuem um grande sonho: ter seu país).
EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
• Com suas reservas petrolíferas próximas do esgotamento, o governo dos Emirados árabes Unidos, um deles Dubai, resolveu transformar o país no centro comercial e financeiro do Oriente Médio, investindo em obras opulentas como o único hotel sete estrelas do mundo, ilhas artificiais e até uma pista de esqui (30% das gruas do planeta estão lá)
LÍBANO • O Líbano era denominado “a Suíça do Oriente Médio”, já que era o centro financeiro local e sua população tinha um bom padrão de vida em um ambiente de tolerância e prosperidade; Beirute era uma das mais cosmopolitas cidades do mundo
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O poder era exercido de maneira democrática, com o Parlamento ocupado por membros cristãos ou muçulmanos (e até drusos), em proporção à população.
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Porém, como os muçulmanos têm mais filhos, a população dessa religião começou a crescer e a exigir o direito de ter um maior número de cadeiras no Parlamento. Essas exigências culminaram numa guerra civil nos anos 70 e 80, que desestruturou totalmente o país, que ainda sofre com a interferência da Síria (que considera seu país, historicamente, parte de seus domínios) e de grupos terroristas como o xiita Hezbollah, financiado pela Síria e pelo Irã
JAPAO TRADIÇÃO E MODERNIDADE
• O Japão é um país montanhoso, formado por Dobramentos Modernos (Era Cenozóica- Período Terciário), pois encontra-se em área de encontro de três placas tectônicas
• Este fator explica a ocorrência de abalos sísmicos diários, além de um grande número de vulcões, já que o país encontra-se no Círculo de Fogo do Pacífico.
• Os rios do Japão são pequenos, já que o país é pequeno (372 mil km²); o relevo acidentado proporciona um elevado potencial hidrelétrico, bastante aproveitado.
• O país possui clima temperado (estações bem-definidas, com grande amplitude térmica) e é bastante chuvoso por ser uma ilha, recebendo influência de duas importantes correntes marinhas: a Oya Shio (fria) e a Kuro Shio (quente), que tornam o país um grande produtor de pescado.
80% DO PAÍS AINDA É COBERTO PELA FLORESTA TEMPERADA
• O Japão é populoso (7º do mundo, com 130 milhões) e povoado (340 hab/km²), com crescimento vegetativo praticamente negativo, o que preocupa o governo graças principalmente ao impacto sobre a previdência social. A religião predominante é o xintoísmo (51%) seguido do budismo (38%)
• O Japão é um país muito urbanizado, abrigando a megalópole de Tóquio-NagoyaFukuyama, maior concentração humana do mundo.
ECONOMIA JAPONESA • O Japão, apesar da recessão que dura mais de dez anos, é a terceira economia mundial, com um PIB de 4 trilhões de dólares, renda per capita de 33 mil dólares, e um dos maiores IDHs.
• Predominam os setores terciário e secundário, com uma indústria extremamente diversificada e moderna, destacando-se os ramos naval, automobilístico e eletro-eletrônicos.
• A escassez de terras dificulta a agropecuária, tornando o país grande importador de alimentos, principalmente da Austrália e Brasil. É grande a produção de soja, arroz, chá e amoreira (produção da seda).
• A estrutura geológica do Japão (dobramentos modernos) faz com que o país seja pobre em recursos minerais, destacando-se apenas pequenas reservas de carvão mineral nas escassas bacias sedimentares. É fundamental também neste caso a parceria comercial com a Austrália, fornecedora por exemplo de ferro e bauxita.
HISTÓRIA DO JAPÃO • O Japão permaneceu a maior parte de sua história isolado, feudal, com o poder dividido entre os shoguns, líderes locais que controlavam suas milícias, os samurais.
• ERA MEIJI (Iluminada) (18681912)
• O Imperador Mutsuhito, no século XIX, deu início à Era Meiji (1868-1912), processo de modernização e industrialização, reunindo chefes de famílias nobres, como os Honda, os Mitsubishi e os Toshiba, e incentivando-os a abrir grandes corporações chamadas ZAIBATSUS.
• A necessidade de mercados consumidores e de fontes de matériasprimas tornou o país imperialista, invadindo a Rússia, Coreia e China, o que culminou na Segunda Guerra Mundial(19391945).
CHINA A NOVA POTÊNCIA MUNDIAL
• País mais populoso do mundo (1,3 bilhão de habitantes) e terceiro maior em extensão territorial, a China é um gigante que permaneceu adormecido por séculos; ao acordar, quer recuperar o tempo perdido e tornar-se a maior economia mundial.
• Ferrenha ditadura comunista, tendo como único partido legal o Partido Comunista, é o país que mais executa prisioneiros no mundo, mesmo por crimes políticos. Em 1989, uma manifestação estudantil foi sufocada violentamente na Praça da Paz Celestial, que terminou em um massacre.
HISTÓRIA DA CHINA • A China, no século XIX, foi explorada pelas grandes potências européias. Em 1945, foi massacrada pelo Japão, que ocupou a Manchúria (Nordeste do país) em busca do ferro e do carvão mineral.
• No final do século XIX, por exemplo, a Inglaterra derrotou a China na Guerra do Ópio, adquirindo o porto de Hong Kong, que só foi devolvido à China em 1997. Macau, que era enclave de Portugal desde o século XVI, também foi devolvido à China.
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Em 1949, Mao Tsé-Tung, partindo do campo através da Grande Marcha com guerrilheiros , tomou o poder na China e instaurou o socialismo: foi a Revolução Chinesa de 1949. Em 1960, Mao Tsé-Tung implantou a Revolução Cultural, uma profunda transformação no país com a abolição de qualquer vestígio do capitalismo, com o fuzilamento de intelectuais e coletivização do campo, fato que resultou na morte de 30 milhões, principalmente de fome.
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JUVENTUDE MAOÍSTA
• Opositores de Mao TséTung fugiram para a província de Taiwan, onde, apoiados por EUA e liderados por Chiang Kai Check, fundaram uma república capitalista, hoje um Tigre Asiático com elevado padrão de vida, considerado pela China como uma “província rebelde”, que deve ser reconquistada.
• Em 1950 a China anexou o Tibete, país independente budista governado pelo Dalai Lama, que se exilou na India (onde vive até hoje), clamando o mundo pela libertação de seu país do jugo comunista chinês.
• Os protestos em cada cidade em que a tocha olímpica passava (antes da Olimpíada de Pequim) mostraram que a comunidade internacional não aceita a invasão chinesa no Tibete.
• Em 1976, com a morte de Mao, Deng Xiaoping tomou o poder na China, dando início a reformas econômicas que trouxessem inovações ao socialismo: a China respirava ares de capitalismo, passando a atrair investimentos estrangeiros em associação com o capital estatal, sempre dirigido pelo Partido Comunista.
ASPECTOS FÍSICOS • Enquanto a parte litorânea da China é formada por grandes planícies, o interior (Sinkiang e Tibete) abriga grandes planaltos e cordilheiras (dobramentos modernos), resultantes do choque entre a placa tectônica asiática e indiana. Há grandes desertos no interior, destacando-se o de Gobi e o de Sinkiang
• O país é atravessado por grandes rios que correm do interior montanhoso para o litoral (exorréicos), destacando-se o Rio Azul (Yang-Tsé) e o Amarelo (Hoang Ho), que tem este nome por receber sedimentos amarelados das montanhas, chamados loess.
CLIMAS • O interior do país tem clima desértico (árido) ou de montanha (área do Himalaia ou dos grandes planaltos). O norte (Manchúria) tem clima temperado, ao passo que o sul, por estar em menor latitude, é mais quente (tropical de monções).
VEGETAÇÃO • O interior do país é coberto pelas estepes e pelas xerófitas, o norte pela floresta temperada (aciculifoliada e caducifólia) e o sul pela floresta tropical.
ASPECTOS HUMANOS •
Um país ainda rural, com 60% da população ainda no campo, A China é o país mais populoso do mundo (1,3 bilhão de habitantes), com uma densidade demográfica de 115 hab/km². A população está mal-distribuída pelo território, pois o interior, montanhoso, desértico e pouco desenvolvido, é anecúmeno. As planícies litorâneas abrigam a maior parte dos chineses. As principais cidades são Xangai (a maior), Pequim, Hong Kong e Cantão.
• Apesar de ser um país oficialmente ateu graças ao regime socialista, o budismo, o taoísmo e o confucionismo exercem grande influência sobre a população. O interior abriga um grande contingente de muçulmanos.
ASPECTOS ECONÔMICOS • Apesar de ser uma das grandes produtoras de cereais (soja, trigo, aveia, milho), a China ainda possui um campo pouco mecanizada, com técnicas arcaicas e baixa produtividade. No sul destacam-se os cultivos tropicais (seringueira, banana, algodão) além do chá e do arroz, estes últimos pelo sistema de jardinagem (absorção de mão-de-obra numerosa, alta produtividade com uso intensivo do terreno)
• O país é o maior produtor mundial de suínos e de frango, que abastecem o mercado interno. Há grandes reservas de carvão mineral e ferro na Manchúria (NE do país) e de petróleo no Sinkiang e Mongólia Interior.
• A numerosa e barata mão-de-obra, abundância de recursos naturais e energéticos, gigantesco mercado consumidor e incentivos governamentais transformaram a China no maior exportador mundial de manufaturados, mesmo que a qualidade destes produtos seja baixa.
• O governo criou enclaves capitalistas no litoral, proporcionando facilidades à criação de empresas privadas. São as chamadas ZEEs (Zonas Econômicas Especiais), como Xangai. O campo permanece socialista, já que as propriedades são todas coletivas.Podemos dizer que politicamente a China é socialista, mas economicamente é capitalista.
TIGRES ASIÁTICOS • São os países que se industrializaram a partir de 1970, graças a vultosos investimentos japoneses, presença do Estado na criação da infra-estrutura e prioridade à educação, com a produção voltada para o mercado externo (exportação). São Coréia do Sul, Cingapura, Taiwan, Malásia e Hong Kong.
• O principal Tigre Asiático é a Coréia do Sul, hoje uma das economias mais pujantes e um dos principais emergentes. Até 1970, era um país muito pobre.
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Durante a Segunda Guerra Mundial foi humilhada e explorada pelo Japão, que causou feridas ainda não cicatrizadas nos coreanos. Em 1950, época da Guerra Fria, os comunistas do norte da península, apoiados pela ex-URSS e China, atacaram o sul, que resistiu apoiado pelos EUA: era a sangrenta “Guerra da Coréia”, que terminou sem vencedores e resultou na divisão da península no paralelo 38ºN: surgiam assim a Coréia do Norte, de regime socialista, e a Coréia do Sul, de regime capitalistas, ainda hoje rivais na última fronteira da Guerra Fria.
• Enquanto a Coréia do Sul seguiu o caminho da democracia e prosperidade, sendo hoje um país industrializado, a Coréia do Norte se fechou para o mundo, governada por ditadores e de economia paupérrima e agrícola, com milhões de pessoas morrendo de fome anualmente.
• Atualmente, a Coréia do Norte está no “Eixo do Mal” aos olhos do governo norte-americano, já que ameaça o planeta com sua bomba atômica. Os únicos países com quem mantém relações diplomáticas são Cuba, Irã e China. As conversas com a Coréia do Sul, visando a reunificação do país, emperraram.
ÍNDIA O PAÍS DOS CONTRASTES
• A Índia, assim como os outros países do BRIC, é um país emergente, com uma economia sólida e próspera, com grandes investimentos principalmente na área de tecnologia. O criador do hotmail, por exemplo, é um indiano. O país localiza-se na Ásia Meridional.
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A sociedade indiana é dividida há centenas de anos em um rígido sistema de 3000 castas e subcastas, desde os brâmanes (marajás), no topo, até os 400 milhões de intocáveis, no estrato mais baixo. Um indivíduo de determinada casta sequer pode se casar com o de outra. Apesar de a constituição do país ter abolido este sistema, na prática ele continua forte.
• Um intocável, por exemplo, é assim denominado porque é considerado tão impuro que sequer é tocado; sua própria sombra pode contaminar o alimento de alguém de outra casta. A eles são reservadas as piores funções, como coveiros e limpadores de latrinas.
• A religiosidade é muito forte no país, onde predomina a religião hinduísta (80% dos indianos), que venera por exemplo a vaca, o elefante e, em alguns locais, até o rato. Há mais de cem milhões de muçulmanos no país, além de outras religiões, como a sikh.
• Esta diversidade religiosa e étnica estimula movimentos separatistas, principalmente na região do Punjab e da Cachemira, onde vive a maioria dos muçulmanos.
• A Índia sempre foi um país cujas riquezas foram cobiçadas por estrangeiros. Tornou-se colônia da Inglaterra durante os séculos 18, 19 e 20, sendo profundamente explorada. Era a “jóia da coroa” do Império Britânico.
• Em 1948, liderado por Mahatma Gandhi, o país conquistou sua independência sem disparar um único tiro, apenas na base da resistência pacífica: os indianos deixaram de consumir produtos britânicos, não pagavam mais impostos, não respeitavam mais semáforos nem a polícia britânica.
• Gandhi conseguiu unir até muçulmanos e hinduístas na luta contra os ingleses.Porém, após a independência, muçulmanos e hinduístas, inimigos históricos, começaram a entrar em conflito, com saldo de mais de um milhão de mortos. O território indiano acabou dividido em três partes: Índia, Paquistão Ocidental (hoje só Paquistão) e Paquistão Oriental, que em 1971 tornou-se um país, Bangladesh.
• Paquistão, país muçulmano, e Índia, país hinduísta, tornaram-se inimigos ferozes pela diferença de religião, ao ponto de ambos terem armas atômicas. A principal área de conflito entre ambos é a Cachemira, área de predomínio da população muçulmana mas pertencente à Índia, que não quer entregar a região ao Paquistão por ser rica em ferro e carvão mineral. 1\3 da área já está sob domínio do Paquistão.
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A Índia é o segundo país mais populoso do mundo, com 1.100.000.000 de habitantes, a maioria vivendo na zona rural.A taxa de fertilidade de 7 filhos por mulher tornará o país o mais populoso do mundo em quinze anos. Filhos são consideradas bênção dos deuses, então não se pratica o aborto nem o planejamento familiar no país. Alguns hábitos ainda são arcaicos, como o dote pago pelo pai da noiva.
ASPECTOS FÍSICOS • A índia é um país de clima quente e chuvoso, localizado na zona tropical do planeta, nas áreas de monções, ventos que no verão sopram do Oceano índico para o continente, causando chuvas, e no inverno se invertem, soprando do continente para o mar, causando seca.
• As principais vegetações do país são as savanas e a floresta tropical e equatorial.
• O paĂs, devido ao clima chuvoso, possui rios imensos, caudalosos, destacando-se o Indo, o Ganges e o Brahmaputra.
• O norte do país é formado por dobramentos modernos (orogênese), a Cordilheira do Himalaia, resultante do choque entre a placa tectônica indiana com a asiática, após a desintegração da Pangéia. O restante do país é formado por planaltos, como o Decã, com grandes planícies próximas aos rios.
ECONOMIA •
O sistema de castas torna o país extremamente desigual, com pessoas muito ricas convivendo com miseráveis. A industrialização avança rapidamente, principalmente nos setores de tecnologia nuclear, aeroespacial e de informática. O país é hoje, por exemplo, o centro mundial de call center, já que possui um grande número de pessoas que falam inglês e possuem bom nível cultural. O país é grande produtor de cereais, apesar do campo ser ainda pouco mecanizado. Mesmo assim o país é possui uma das maiores economias mundiais.