A Floresta dos Sapos Azuis
Turma do 2º Ano | Escola Básica da Gafanha da Encarnação Sul Alunos Ana Filipa da Graça Teixeira Ana Francisca Cardoso Santos Ana Maísa Graça da Silva Ana Rita Ribau Fernandes Ana Valentina Mejias Vaz Beatriz Rodrigues de Jesus Bruna Pires Pereira Bryan Francisco Gonzalez Rodrigues Diogo Campanhã Tavares Diogo Fernando Fonseca António Íris Vieira Coelho Santos Cravo Ivan Vieira Coelho Santos Cravo Lucas Rodrigues Ferreira
Maria Eduarda Rodrigues Ferreira de Lima Guedes Mariana Oliveira Neto Martim Magalhães Valente Nádia Nunes Pereira Natacha Ribau Dias Paola Elizabeth Escalante C. da Graça Senos Romana Catarina Cerqueira Gonçalves Rúben da Cruz Valente Tiago Gomes Amarante Professores Gonçalo Gonçalves Odete Grave
A Floresta dos Sapos Azuis
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No Galinheiro de dona Antónia havia uma galinha muito especial, chamada Filomena. Com as suas belas penas vermelhas às bolinhas pretas, Filomena era uma Super Galinha que vivia durante o dia disfarçada num galinheiro, e à noite ajudava os animais em perigo. Mas ela não era a única.
Também havia a sua amiga Super Vaca, que vivia na quinta das vacas que dão sumo de laranja. Essa quinta, tinha como dono o Feiticeiro das Vacas, que adorava este sumo. A Super Vaca tinha um lindo pelo branco com estrelinhas amarelas e usava uns óculos de visão raio–x.
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TambÊm havia a Super Flor, que vivia na terra das flores mal cheirosas. Ela era grande, tinha um vestido comprido aos coraçþes e tinha um sorriso muito bonito. Apesar de viver na terra das flores mal cheirosas, ela tinha um perfume delicioso e tinha sempre consigo um anel mågico, com o poder da felicidade e da amizade.
O último amigo deste quarteto era o cão Max, um antigo cão polícia que vivia na terra dos caranguejos gigantes. Ele andava sempre de fato vermelho, sobre o seu pelo castanho. Tinha uns dentes muito aguçados e era muito forte. Para andar mais rápido, tinha uma mota para cães.
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Os quatro Super Amigos, numa certa noite foram até à floresta dos Sapos Azuis, porque ouviram falar que todos os sapos tinham sido transformados em pedra. Ao chegarem lá, encontraram os sapos todos transformados e algumas penas de águia no chão, e até que começaram a ficar desconfiados.
Começaram a pensar, a quem pertenceriam aquelas penas?! E a Filomena, muito esperta disse logo: – Essas penas não são de nenhuma amiga minha, são da Águia Má, a nossa inimiga! – respondeu Filomena muito chateada. – Acho que tens razão! – retorquiram os outros três amigos.
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Olharam em volta para procurar pistas da Águia, e perceberam que um dos Sapos ainda estava vivo. Correram para junto dele para o ajudar. – Então Sapo, estás bem? – Podemos ajudar? – perguntou a Super Vaca preocupadíssima.
– Sim, agora estou bem, mas os meus amigos esses coitados não se encontram nada bem! – disse o Sapo ainda a tremer de medo. – Olha, viste quem fez isto aos teus amigos? – perguntou o Max.
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– Sim vi. Foi a Águia Má, que veio transformar os meus amigos com o seu olhar encantado. – disse o sapo um pouco mais calmo. – E porque é que ela fez isso? – perguntou a Filomena. – Se calhar ela quer a floresta só para ela? – respondeu a Flor.
– Eu também acho que ela quer os sapos de pedra para os vender. Ainda por cima, amanhã é sábado e há mercado. – disse a Filomena. – Eu ouvi a Águia a rir alto e a dizer que amanhã ia ter muito dinheiro para comprar uma máquina de feitiços. – disse o Sapo a tremer, enquanto se lembrava do que tinha acontecido.
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– O melhor é esperar por amanhã e irmos até ao mercado, para ver se ela anda por lá. – disse a Flor, já cansada e a abrir a boca com sono. – Parece bem. – responderam os outros amigos.
No dia seguinte o quarteto foi disfarçado de humanos até ao mercado, para procurarem uma pista da Águia. Percorreram as ruas do mercado e os únicos sapos que encontraram, eram de borracha. Nada de sapos pedra!
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Quando já estavam a sair do mercado, repararam num senhor baixinho num recanto escuro com um pesado saco às costas. – Olhem ali para aquele senhor baixinho. – disse a flor para as suas amigas. – Tem um ar suspeito! – respondeu Max, já com o seu rabo em posição de alerta.
Max percebendo que o estranho começava a fugir, lançou-se numa corrida para o apanhar. Dá-lhe uma dentada e o disfarce caiu. – Larga-me cão malvado! – disse a Águia Má irritada e desesperada por fugir – Porque estás a morder-me? – Grr-grr… – rangeu Max – Já te apanhei malvada!
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Os outros amigos correram para ajudar Max e assim conseguiram prender a à guia. Amarraram–na e levaram–na, juntamente com o saco cheio de Sapos de pedra, de volta para a floresta dos Sapos Azuis.
Quando lá chegaram, prenderam a Águia e foram ver como estavam os sapos sobreviventes. Sem que ninguém desse por nada, a Águia começou a soltarse das cordas.
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Muito irritada a Águia soltou-se e correu para o quarteto para se vingar e os transformar em pedra. – Agora é que vocês vão ver como eu sou má e forte. Vou transformar-vos em pedra. – disse ela com as asas bem levantadas e pronta para atacar.
A galinha Filomena rapidamente pega num espelho e quando a Águia lança o feitiço ela coloca-se à frente, fazendo com que o feitiço volte para trás. – A nós não nos transformas Águia Má! – disse a Filomena com um sorriso no bico.
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Num piscar de olhos a Águia solidifica e fica transformada numa linda estátua. Os Sapos, esses bateram palmas e os heróis ficaram muito contentes, tendo sido convidados para festejar o acontecimento.
A festa foi longa e alegre, mas no final repararam que estavam a cair lágrimas dos olhos da Águia, que agora era uma estátua. A Flor aproximou-se e muito solenemente referiu esta lição: – “Meus amigos não devemos fazer aos outros aquilo que não queremos que nos façam a nós.” – dito isto, ela começa a andar com o seu anel à volta da Águia e esta lentamente deixa de ser pedra.
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O feitiço do anel da Flor fez efeito e a Águia muito contente referiu: – Nunca mais voltarei a fazer mal!! A partir de agora vou ser sempre muito boazinha. – disse ela com um grande suspiro de liberdade.
E foi assim, que todos passaram a ser verdadeiros amigos.
Fim.
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Junho 2013 | Agrupamento de Escolas da Gafanha da Encarnação
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