I N S T I T U T O
P R E S B I T E R I A N O
M A C K E N Z I E
chocobranding plataforma de marca para chocolateria gourmet
G U S T A V O
F R E I T A S
S Ăƒ O
P A U L O ,
2 0 0 9
Dedicatória
Dedico este trabalho à Bruna, que me incentivou até o último instante na concretização deste projeto. Ao meu professor orientador Antonio Roberto e todos os amigos e familiares que me ajudaram. Em especial à minha irmã Vanessa, pela determinação em fazer dos chocolates uma demonstração de amor às pessoas.
Resumo
Este trabalho de graduação aborda os conceitos teóricos e práticos de Branding. Tem como objetivo o desenvolvimento de plataforma de marca para a empresa de chocolates gourmet ChocoHoney, através da aplicação do material estudado. Palavras-chave: Chocolate, Branding, Marketing
Abstract
This graduate work addresses the theoretical concepts and practical of Branding. Aims to develop a brand platform for the chocolate gourmet company ChocoHoney through studied work. Keywords: Chocolate, Branding, Marketing
Introdução
O tema deste trabalho é a aplicação de conceitos relacionados ao estudo de marcas e seu comportamento perante ao público de interesse, visando o desenvolvimento de uma plataforma de marca para uma empresa do segmento de chocolates gourmet. Estas maravilhas do cacau encantam a espécie humana desde 600 A.C., quando alguns cientistas identificaram resíduos de cacau em recipientes de cerâmica maia, utilizados na preparação de alimentos originados da fruta. À partir de sua introdução na Europa no século XVI, a versão doce tornou-se um alimento de luxo em todo o continente, e passou a ser distribuído e produzido em escala mundial. Atualmente existem centenas de milhares de marcas de chocolates espalhadas pelo mundo, atuando em diversos segmentos de mercado. Exibindo uma enorme oferta de variedades de sabores, combinações, tipos e texturas. Porém, mesmo contendo características superiores, muitas marcas deixam de ser notadas. O universo dos chocolates é fundamentado em experiências. E este tema irá guiar a condução deste projeto de construção de marca, através do estudos e pesquisas apresentados a seguir.
Sumário 1. Branding - pág 8
1.1 O que é marca - pág. 10 1.2 Brand Experience - pág. 15 1.3 Design Sensorial - pág 16
2. Lovemarks - pág 18
2.1 Trust in the Future - pág. 20
3. Chocolates - pág 24
3.1 Chocobrands - pág 26
4. ChocoHoney - pág 34
4.1 Posicionamento Atual - pág 37 4.2 Produtos - pág 44 4.3 Análise da concorrência - pág 46
5. Plataforma da Marca - pág 50 5.1 Estratégia da marca - pág 52
5.2 Identidade Visual pág 00 5.2.1 Redesign - pág 61 5.2.2 Padrão de Imagens - pág 64 5.2.3 Paleta de Cores - pág 66 5.2.4 Tipografia - pág 67 5.2.5 Variáveis - pág 69 5.2.6 Aplicações - pág 70
6. Bibliografia - pág 75
1
Branding Há tempos esta expressão tem tomado a atenção de diversos profissionais na área de comunicação, e principalmente daqueles que não atuam nesta área. Afinal o seu uso de maneira incorreta têm disseminado uma série de má interpretações e mistérios a respeito do termo. Gerado palestras, eventos, seminários e um bom retorno financeiro, para aqueles que dominam o conhecimento dos processos e conceitos que circundam o branding. Algumas interpretações elaboradas por profissionais, estudiosos e mestres serão abordadas para descrever este termo, que já evoluiu muito durante os anos de discussão sobre o tema.
Divulgação da marca relacionando-a com suas nobres características
para Marty Neumeier, a questão é mais simples, e Para Antonio roberto de Oliveira “ Branding é um se trata de “ ...qualquer esforço ou programa para modelo de gestão que coloca a marca no centro construir uma marca.” das questões organizacionais. É um processo de construção e gestão dos pontos de contato da mar- Ou seja, é o conjunto de ações ligadas à adminisca com seus públicos estratégicos. Visa o estabe- tração das marcas. São ações que, tomadas com lecimento da conexão emocional entre ela e esses conhecimento e competência, levam as marcas além da sua natureza econômica e estética, passandiversos públicos agregando valor ao negócio”. do a fazer parte da cultura, e influenciar a vida das Luciano Deos de maneira mais abrangente, diz que pessoas. Porém, para poder compreender a fundo “Branding é cultura organizacional. É uma gran- o sentido destas explicações, se faz necessário ende discussão sobre a cultura das organizações”. Já tender o significado atual da palavra Marca. 9
1.1 O que é marca Marca não é logo. O termo logo é uma denominação abreviada de logotipo, que, nos termos do design, é um sinal visual da marca feito a partir de uma palavra composta com fontes personalizadas. O termo acabou se tornando popular e é comumente associado às representações visuais da marca, seja esta um logo, um símbolo, um monograma, um emblema ou outro recurso gráfico qualquer. Ou seja, o logo, ou qualquer outro tipo de representação visual, não é a marca em si. É simplesmente um símbolo da marca.
Marca é um sentimento, é uma percepção íntima e pessoal sobre um produto, serviço ou organização. Quanto mais os mesmos sentimentos forem compartilhados e alinhados aos valores que a empresa deseja transmitir à seu público, mais consistente se torna a marca. Não o que os profissionais de marketing pensam que a marca é, mas o que eles, os consumidores acham que ela é. A razão pela qual a marca ganhou cada vez mais importância no passar dos anos está diretamente relacionada com a mudança da economia de produção em massa para uma economia de customizaMarca não é produto. Segundo Charles Bryner, ção em massa. Esse fator sócio-econômico gerou à CEO da Interbrand “...Produtos são feitos em fá- sociedade informação de sobra e tempo de menos. bricas, produtos só se transformam em marcas Como resultado, o método de avaliação dos produquando chegam a ser a união de fatores tangíveis, tos também sofreu adaptações. intangíveis e psicológicos”. Antigamente comparávamos características e benefícios, hoje baseamos nossas escolhas em atributos mais simbólicos, como: Com o que o produto se parece? Que tipo de pessoa compra? A que “tribo” estarei aderindo se comprá-lo? O que o custo informa a respeito de sua desejabilidade? E, por fim, quem fabrica?
“ Não é o que você diz que ela é. É o que os outros dizem que ela é.”
Marty Neumeier
Atualmente, os lucros de uma empresa estão atrelados diretamente ao modo com que a mesma conduz a gestão de sua(s) marca(s). E esse, é um termo que tem tomado força no mercado, devido a relevância atingida pela marca nos valores de mercado empresa. Estes podem chegar a representar mais de 80% da capitalização de mercado da empresa, como é o caso da Xerox, cuja marca está avaliada em 6,3 bilhões de dólares, enquanto a companhia vale em torno de US$ 8 bilhões*. Ou seja, a maior propriedade da empresa é sua marca. Um ativo intangível. Embora as empresas ponderem o fato desses valores não estarem registrados em seus balanços, de fato, eles estão servindo como ferramentas para obter financiamento, estabelecer preços em acordos de licensiamento, estimar fusões e aquisições, avaliar danos em processos judiciais e justificar o preço de suas ações. Todos os esforços da empresa para diferenciar a sua marca das concorrentes, montar redes de colaboração com profissionais de diversas áreas de atuação, inovar em seus produtos, atitudes e conceitos, a fim de obter vantagens competitivas, validar suas promessas através do relacionamento com o consumidor e cultivar a marca, mantendo-a viva na memória das pessoas, colaboram para que a experiência seja intensificada, reduzindo a possibilidade de ruídos na transmissão dos valores da marca.
*2008, Best Global Brands,INTERBRAND
11
Marty Neumeier diz que “ Conforme passamos de uma economia ‘tamanho único’ para uma economia de customização em massa, a atenção do marketing mudou das características para os benefícios, para a experiência, para a identificação tribal. Em outras palavras vender evoluiu da ênfase em ‘o que ele tem para ‘o que ele faz’, ‘o que você vai sentir’, ‘quem você é’. Essa mudança demonstra que, embora características e benefícios ainda sejam importantes para as pessoas, a identidade pessoal ganhou mais prestígio ainda” 13
Exposição de produto - Sony Style Nova York
1.2 Brand Experience Ou Brand Experience como é usualmente chamado, é o termo que define as experiências geradas pela marca em seus pontos de contato. Tem como objetivo desenvolver novas maneiras da marca surpreender, criando experiências memoráveis afim de influenciar a decisão de compra.
As lojas da Sony, intituladas de Sony Style, promovem não somente um ambiente de compras dos produtos Sony. É oferecido ao consumidor um local para vivenciar todas as características do estilo de vida da marca através do design, interatividade e sensações.
Ambientação - Sony Style Japão
Estimulando o bem estar das pessoas cria-se um vínculo emocional com o consumidor difícil de ser apagado. 15
1.3 Design Sensorial A globalização da economia mundial acarretou um processo de comoditização de produtos. Os novos produtos ou os diferenciais desenvolvidos por uma marca são nos dias de hoje imediatamente copiados e adotados pelos concorrentes, seja em design, estrutura ou tecnologia — e isso, em qualquer setor da economia. Ao avaliar o mercado percebe-se que, desde palhas de aço até automóveis, é difícil se manter no topo especificamente por conta de exclusividade. Esse cenário faz com que as ações de brand experience tomem corpo e atualmente sejam cruciais para as estratégias de comunicação e até de sobrevivência das marcas. Para Karen Post “Experiência de marca é a viagem que você proporciona aos clientes quando eles decidem fazer negócio com você”. Afinal, no processo de avaliação de compra de um produto, atributos intangíveis e valores que a marca oferece desempenham um papel consideravelmente diferenciador além dos outros atributos obrigatórios dos produtos.
Em 2005, um dos mais respeitados profissionais do marketing, Martin Lindstrom, lançou o livro Brand Sense. Este livro mostra a importância dos sentidos na relação das marcas com as pessoas e como essa relação pode influenciar a decisão de compra do consumidor. No livro Martin cita que “Quanto mais forte for a personalidade da marca, mais focada estará no ser humano e menos no produto”.
A exploração dos sentidos humanos como ferramenta de persuasão e relacionamento, se mostra amplamente eficaz devido a sua percepção estratégica. O cérebro recebe e responde a uma variedade infinita de informações; o corpo age como um sensor, registrando todos os sinais enviados pelo ambiente e qualquer mudança que aconteça nele. Porém somos conscientes apenas das informações que focamos, nos tornando vuleráveis às influências do meio que nos cerca. E nesse momento que a comunicação ocorre em um nível subconsciente, o despertar de sensações e sentimentos, fortalecem o momento da relação consumidor/marca. Para Antonio Roberto de Oliveira “Quanto mais sentidos envolvidos envolvidos na experiência, mais intensa e relevante ela é, mais memoráveis e completas são as associações.”
Em estudo realizado por Martin Lindstrom, no livro Brand Sense, foram levantados os sentidos de maior importância na percepção das pessoas. Em primeiro lugar ficou a visão (como a marca se parece) em segundo o olfato (o cheiro da marca), em terceiro a audição (a voz da marca), quarto, o paladar (o gosto da marca) e por último o tato (o toque da marca). 17
AMOR 2
Kevin Roberts e as Lovemarks O britânico Kevin Roberts é o atual CEO Mundial da, como ele intitula, compania de idéias Saatch & Saatchi. Em sua carreira Kevin trabalhou para grandes marcas e empresas, como: Gillette, Procter&Gamble, Pepsi e Lion Breweries. O mais curioso e envolvente sobre sua trajetória não são as grandes marcas para as quais trabalhou ou campanhas que desenvolveu, e sim a preocupação que tem com evolução das marcas. A determinação em levá-las ao próximo nível, e torná-las parte da vida das pessoas de maneira significtiva. Sua abordagem sobre o comportamento das marcas se distingüe pela conexão emocional que demonstra ao expressar os anseios de torná-las humanas, com sentimentos, fraquezas e pontos fortes. Para conectá-las emocionalmente ao público e trazer a fidelidade além da razão, foi descoberto que novos princípios deveriam ser avaliados na construção ou manutenção de uma marca. E que todos estes levavam à uma palavra-chave: o Amor.
Capa do Livro de Kevin Roberts - Lovemarks
19
2.1 Trust in the Future
Em um fórum de CEOs na Universidade de Cambridge, começou a ser alimentado um caminho para o futuro além das marcas. Neste fórum estava presente Alan Weber, editor fundador da revista de negócios Fast Company, que se sentiu inspirado pelas declarações de Kevin, e como ele visualizava este caminho - “Em minhas anotações, grifei algumas expressões que Kevin estava usando. Ele falava sobre as emoções do marketing e a necessidade de migrar a marca para os próximos níveis de compromisso emocional. Achei a observação muito inteligente.” - concluiu Alan. Algumas semanas depois Alan Weber conviudou o CEO da Saatchi & Saatchi para uma entrevista, para que fosse detalhado o conceito por trás das grandes marcas. A matéria foi tintitulada de “ Trust in the Future” na edição de setmbro de 200 da Fast Company. Onde falou-se sobre marcas de confiança e sua relação com os consumidores, porém somente no final da entrevista surgiu a resposta. “ As Marcas de Confiança são o passo seguinte das marcas; as Lovemarks são o passo seguinte das Marcas de Confiança... Pense sobre como você ganha mais dinheiro. Ganha quando usuários leais, usuários de peso, usam seu produto o tempo todo. Portanto, ter um caso de Amor duradouro é melhor do que ter um relacionamento de confiança.” (LOVEMARKS, 2006, p. 69)
MARCA Informação Reconhecida pelos consumidores Genérica
Lovemark Relacionamento Amada pelas pessoas Pessoal
Apresenta uma narrativa
Cria uma história de amor
A promessa de qualidade
Tem um toque de sensualidade
Simbólica
Icônica Infundida
Declaração
História Envolta em mistério
Valores
Espírito Passionalmente criativa
Agência de publicidade
Companhia de idéias
A tabela ao lado estabelece um comparativo entre as melhores marcas de confiança e as Lovemarks. Desta tabela auxiliou no desenvolvimento teórico do posicionamento de uma Lovemark 21
Esquema de classificação das marcas comparando Amor e Respeito:
Muito Respeito + Pouco Amor
Muito Respeito + Muito Amor
MARCAS
LOVEMARKS
Pouco Respeito + Pouco Amor
Pouco Respeito + Muito Amor
COMMODITIES
MODISMOS
Amor
Respeito
“ Ao Sugerir pela primeira vez que o Amor era a forma de transformar a empresa, CEOs maduros coraram e se esconderam atrás de seus relatórios anuais. Insisti com eles. Eu sabia que estava faltando Amor. Sabia que o Amor era a única maneira de aliviar a febre emocional e criar novos tipos de relacionamento de que as marcas precisavam. Eu sabia que o Amor era a única maneira de que as empresas tinham para aceitar a rápida passagem do controle para as mãos dos consumidores.” (LOVEMARKS, 2006, p.10 – p.11)
3
Chocolates História O chocolate surgiu primeiramente como bebida, feita a partir do cacau, na América Central e no México. Vestígios de plantações datadas de 1.100 a 1.400 anos a.C. foram encontradas nas Honduras em 2007. Embora a teoria seja questionada por alguns historiadores, comumente é dito que o nome vem dos astecas, que faziam uma bebida escura chamada xocoatl (água amarga, literalmente), que usavam em cerimoniais e no dia-a-dia, por suas propriedades energéticas. Já na época era misturada com baunilha e pimenta.
No século XVII o chocolate chegou à Inglaterra e a primeira casa fabricante da iguaria instalou-se lá em 1657. Enquanto na França o governo monopolizava a fabricação do doce, na Grã-Bretanha qualquer um que tivesse dinheiro conseguia comprar o seu. Em 1689, o médico Hans Sloane criou uma bebida com leite e chocolate na Jamaica que vendeu posteriormente para os irmãos Cadbury, famosos produtores e hoje marca mundial.
Colombo foi o primeiro europeu a experimentar o chocolate em 1502, mas foram os conquistadores espanhóis que levaram mudas de cacau para a Europa e as presentearam aos reis.
A revolução industrial trouxe a possibilidade das prensas de manteiga de cacau e da produção em massa. Assim o chocolate alcançou sua popularidade no mundo.
Nessa época o cacau era cultivado em fazendas por escravos e a fabricação de chocolate na Europa era restrita aos monges monastérios, para uso exclusivo da nobreza espanhola. Os religiosos, porém, não conseguiram esconder a novidade por muito tempo.
No final do século XVIII, foi produzido o primeiro chocolate sólido (ainda não comestível e sim para bebida) em Turim, Itália por Doret e foi comercializado a partir de 1826 por Pierre Paul Caffarel. 25
3.1 Chocobrands
Place (Grande Praça). Nos anos seguintes, o sucesso de seu chocolate levou a abertura de outras muitas lojas pelo país. A primeira loja internacional foi inaugurada em 1958 na cidade de Paris. No ano de 1966 a marA seguir exponho 3 grandes marcas do universo ca começou a exportar seus chocolates para os Estados Unidos, onde eram vendidos em lojas de dos chocolates: Godiva, Lindt e Kopenhagen. As duas primeiras são as maiores chocolaterias departamentos refinadas. Os chocolates da marca gourmet do mundo, enquanto a terceira é a primei- começaram a chamar a atenção da família real, que nomeou a marca fornecedora oficial da Casa Real ra do segmento no Brasil. em 1968.
Godiva
A história da fábrica de chocolates GODIVA começou em 1926, num pequeno ateliê da família de confeiteiros Draps, em Bruxelas na Bélgica. O nome foi uma idéia da esposa de Joseph Draps para fazer uma associação elegante com a lendária Lady Godiva, que há cerca de 900 anos cavalgou nua pelas ruas pequenas de Coventry, cidade inglesa próxima a Londres, em uma tentativa de interceder junto ao marido, o duque Leofric, a favor dos moradores para que reduzisse os impostos. A idéia da família era ligar a marca de chocolates à elegância e requinte da nobre inglesa. Inicialmente os chocolates eram vendidos na própria cidade, onde mantinham uma loja na calçada da Grande
A primeira loja de chocolate GODIVA nos Estados Unidos foi aberta em 1972, no luxuoso endereço da 5ª Avenida em Nova York. Em 1993, a marca resolveu expandir seus produtos ao lançar uma linha de café, bolachas e o GODIVA Original Chocolate Liqueur, um licor a base do mais puro chocolate GODIVA. O produto fez tanto sucesso, que mais três versões foram lançadas posteriormente: GODIVA White Chocolate Liqueur (1996), GODIVA Mocha Liqueur (2006) e GODIVA Milk Chocolate Liqueur (2006). Processo de fabricação Além de saboroso e chique, o GODIVA é tradicional. Basicamente, devido ao luxuoso e detalhista processo artesanal de fabricação do chocolate. A começar pelo criterioso corte da matéria-prima, o cacau. Como um escultor, o artesão molda à mão a pasta de cacau, transformando-a em pequenas barras em formatos quadrados. Depois, o chocolate é misturado aos 128 ingredientes que em uma perfeita alquimia formam os mais variados tipos
de recheios. Nos 80 tipos dos caros bombons GODIVA (o quilo não sai por menos de US$ 250), a palavra artificial não existe. Nenhum dos 128 ingredientes utiliza qualquer tipo de substância industrializada. Apenas as embalagens são feitas com o auxílio de máquinas. As frutas que enfeitam e recheiam alguns dos chocolates passam por um sofisticado processo de secagem para não perder o frescor. As amêndoas, avelãs, caramelos e marzipãs são importados diretamente da Turquia. O acabamento também é coisa de artista. A decoração é feita com chocolate branco e café, que são distribuídos por meio de uma fina peneira por cima de cada um dos bombons da famosa grife. Por trás de toda a sofisticação do aroma e do sabor está um verdadeiro processo artesanal de luxo.
Chocolates Godiva
Dados corporativos Origem: Bélgica Fundação: 1926 Fundador: Joseph Drap Sede mundial: New York City, New York Proprietário da marca: Ulker Group Evolução Visual Capital aberto: Não (subsidiária) Chairman: Harvey Golub Presidente: Jim Goldman Faturamento: US$ 1.5 bilhões (estimado) Lucro: Não divulgado Lojas: + 450 Fábricas: 2 Presença global: 120 países Antes Depois Presença no Brasil: Não No ano de 2006, como parte da comemoração de Maiores mercados: Europa e Japão 80 anos da marca, a GODIVA redefiniu todas as Funcionários: 2.200 suas linhas de produtos, além de introduzir seu Segmento: Cholocates novo logotipo. A nova imagem visual da marca Principais produtos: Chocolates finos, sorvetes, era composta pelo tradicional logotipo com a Lady bolos, cafés, biscoitos e licores Godiva em cima de um cavalo numa versão mo- Ícones: As luxuosas embalagens Website: www.godiva.com dernizada. 27
O pioneirismo de Lindt contribuiu para que os chocolates suíços se transformassem nos mais famosos do mundo. Segundo a lenda, ele era um sujeito distraído que, certa vez, saiu para caçar e esqueceu as máquinas Lindt de sua fábrica de chocolate ligadas por três dias Tudo começou em 1845 quando David Sprünglie três noites. A manteiga de cacau e a massa de Schwarz e seu filho, Rudolf Sprüngli-Ammann, chocolate ficaram girando em um misturador todo abriram uma pequena confeitaria na parte antiga esse tempo. Quando voltou, seu erro tinha produda cidade suíça de Zurique. zido um chocolate de textura lisa, aveludada, que, Eles começaram então a aperfeiçoar uma nova depois de resfriado e colocado em fôrmas, derretia receita italiana de chocolate em forma sólida. O milagrosamente na boca. sucesso foi tanto que dois anos depois a empresa mudou-se para a localidade de Horgen à beira do lago Zurich, onde abriu uma pequena fábrica com apenas 10 empregados. Em 1870 a produção de chocolate foi mudada para uma instalação maior em Werdmühle. Johann Rudolf Sprüngli-Schifferli herdou a fábrica de seu pai e ampliou-a, equipando-a com os equipamentos mais modernos da época. Uma nova fábrica foi construída em 1899. Nesta mesma época comprou a pequena, mas famosa, fábrica de chocolate Brasão da fábrica de chocolates suíça. de Robert Lindt (fundada em 1879 na cidade de Berna), e com ela os segredos de fabricação dos Fruto do acaso ou não, o fato é que, em 1879, ele chocolates mais cobiçados da época, formando a elevou o chocolate a um plano superior ao desenLINDT & SPRÜNGLI. volver um método para quebrar e misturar os componentes do chocolate já derretido. Desse modo, Foi o mestre confeiteiro Robert Lindt que com aprimorou o sabor e a textura da especialidade. Em enorme dedicação, conseguiu transformar o gosto 1905 a empresa abriu uma outra fábrica na cidaarenoso e ligeiramente azedo do delicado e crede de Berna. Durante as duas décadas seguintes os moso chocolate que tanto apreciamos. A massa de chocolates suíços tiveram uma enorme explosão chocolate era cremosa, refinada e homogênea. mundial, tanto que, em 1915, 3/4 da produção da
empresa eram exportadas para mais de 20 países. Mesmo com as duas Guerras Mundiais, a empresa conseguiu se reorganizar e sobreviver a esse período tão difícil. Logo após a Segunda Guerra Mundial a demanda por chocolates suíços explodiu e a empresa soube aproveitar muito bem esse momento. Em 1947 abriu subsidiária na Itália, em 1950 na Alemanha e em 1954 na França. De 1961 a 1971 fez várias aquisições de pequenas fábricas locais expandindo sua capacidade de produção. No ano de 1994 a empresa passou a se chamar Chocoladefrabriken Lindt & Sprüngli. Continuando seu ambicioso plano de expansão internacional, inaugurou em 1998 subsidiárias na Polônia, Austrália e Canadá. Somente em 2004 inaugurou na cidade de Sidney, na Austrália, sua primeira loja própria.
Lindt Lindor edição limitada
Dados corporativos Origem: Suíça Fundação: 1845 Fundador: David Sprüngli-Schwarz e Rudolf Sprüngli Sede mundial: Kilchberg, Zurique Capital aberto: Sim (1986) No dia 21 de janeiro de 2008 morreu Rudolph R. Chairman & CEO: Ernst Tanner Sprüengli aos 88 anos. O executivo trabalhou por Faturamento: €2.94 bilhões (2008) toda sua vida na empresa e foi decisivo para transLucro: €261.5 milhões (2008) formar a marca LINDT em sinônimo de consumo Valor de mercado: US$ 2.7 bilhões (fevereide luxo. Ele foi chairman da empresa entre 1971 e ro/2009) 1994 e sob sua direção a marca se transformou em Fábricas: 8 sinônimo de chocolate premium em todo mundo. Presença global: + 90 países A ele é creditado o fato de a empresa ter resistiPresença no Brasil: Sim do às investidas de multinacionais para compráMaiores mercados: Alemanha, Estados Unidos, la. Mais conhecido como “o rei do chocolate” ou França e Itália “patriarca”, também ficou conhecido por combaSegmento: Chocolates ter possíveis adversários no comando da Lindt & Principais produtos: Linhas de chocolates finos Sprüengli, incluindo seus dois filhos, Luzius e RuÍcones: Suas embalagens dolf. “A empresa é mais importante que a família”, Slogan: Maître Chocolatier. costumava dizer Sprüengli. Website: www.lindt.com
29
Kopenhagen Esta marca merece uma atenção especial, afinal se trata da nº 1 em chocolates finos, ou gourmet, no Brasil. A história da empresa começou em 1928 com a chegada ao Brasil do casal de imigrantes Anna e David Kopenhagen, vindo da Letônia. Foi Anna quem trouxe de lá a receita do marzipã (pequenos pães feitos de amêndoas), até então desconhecida no Brasil. Anna passava as noites fabricando as barras de marzipã para que David pudesse sair bem cedo em busca de clientes. No início, os compradores eram somente europeus. Com muita perseverança, David conquistou clientes para o produto e, em 1929, o casal fundou a primeira loja, localizada na Rua Miguel Couto, no centro de São Paulo. Bonecos, bichinhos e outras figuras feitas de marzipã eram expostas delicadamente na vitrine da mais nova delicatessen da cidade. E logo adquiriram uma fábrica no bairro do Itaim Bibi, com excelentes instalações e tecnologia avançada. Assim, a empresa passou a produzir também chocolates finos, bombons, balas, confeitos, biscoitos, além de ovos de Páscoa e panetones. Se o nome remetia a um universo que não é o brasileiro, mas de um grupo lingüístico eslavo, os produtos, pelo contrário, tinham apelos bem característicos da nossa cultura. Nos anos seguintes a marca introduziu no mercado produtos que se tornariam ícones de muitas gerações como o Nhá Benta, bombons Cherry Brandy, Língua de Gato, Chumbinho (bolinhas de chocolate com crocante), a lajotinha
(uma espécie de waffle coberto de chocolate), entre outras delícias. Em 1992 a empresa implantou seu sistema de franquias, para garantir a expansão do negócio fora do eixo Rio-São Paulo. Até as década de 80 e 90, a marca ia muito bem e havia se transformado em sinônimo de chocolates finos. Os novos concorrentes, a volátil economia brasileira e a falta de investimento na empresa deram sinais de enfraquecimento da marca e seus produtos não vendiam mais como em outros anos. Em 1996, a história mudou. O empresário Celso Moraes, então dono do laboratório Virtus, fabricante dos conhecidos Adocyl, Maracugina e Atroveran; compra a empresa, que desde então cresce em um ritmo alucinante.
Produtos de sucesso Kopenhagen
O que foi feito? Lançamento de novos produtos para atender praticamente todos os segmentos, ampliação do foco de atuação buscando novos públicos e forte investimento em comunicação para rejuvenescer a marca. As mudanças implementadas pela nova gestão, como a transformação visual de todas as lojas (com ambientação sofisticada, o objetivo dos pontos de venda era comunicar os produtos e fazer um convite mais do que tentador a experimentar as guloseimas da marca), a diversificação dos produtos e a implementação dos cafés nas unidades da rede, foram responsáveis por quadruplicar o faturamento da empresa. Apesar disso, o contato com a família Kopenhagen não foi deixado de lado. Quando um produto está para ser lançado, eles sempre dão opinião, pois conhecem o negócio muito bem. Uma das primeiras ações foi investir US$ 5 milhões na transferência da fábrica do bairro do Itaim Bibi para Tamboré, em Barueri, na Grande São Paulo, tomando o cuidado de levar algumas máquinas originais para o novo espaço de 18 mil m2. Atualmente na fábrica, uma das mais modernas da América Latina, trabalham cerca de 1 mil empregados. Paralelamente, implantou um rígido controle de qualidade e contratou uma empresa especializada em franchising para cuidar dos rumos da rede. O lançamento de novos produtos passou a ser uma tarefa conjunta de um gourmet e do departamento de marketing, que confere as principais tendências do setor no mundo. Assim chegaram ao mercado, nos últimos tempos, a linha infantil 31
Kopenhagen da Turminha e os bombons à base de frutas. Outra ação importante foi a criação, em 1999, da Kop to Company, a divisão institucional, desenvolvida com o objetivo de preparar brindes personalizados para empresas. No primeiro ano de atividade a divisão respondeu por 10% do movimento da empresa e hoje já atinge 20% dos negócios. Em 2003 a KOPENHAGEN se tornou a única fabricante nacional de chocolates presente nas lojas Duty Free e uma das primeiras a ganhar as prateleiras das lojas de departamento americanas. O primeiro carregamento de Nhá Benta de 18 milhões de unidades que, somados a 1 milhão de caixas de bombons Cherry Brand representavam uma negociação de peso.
O processo de modernização da marca se intensificou em 2004, com a chegada da filha do proprietário, Renata Moraes à vice-presidência. Ao seu comando, no ano seguinte, a empresa abriu 24 novos pontos de venda. A criação do Passaporte da Turminha, que permite aos consumidores mirins colecionar selos e trocá-los por presentes, surgiu por intermédio da executiva. A proposta era fidelizar uma nova geração de consumidores ainda pouco acostumada a se lambuzar com Nhá Benta. Em três meses de campanha foram cadastrados 20 mil nomes. Renata também comandou o lançamento da loja virtual em 2007 (disponibilizando toda linha de produto da marca, exceto bebidas, mousses, e produtos a granel) e o relançamento da linha de sorvetes da marca recentemente. A primeira experiência com o produto ocorreu em 2001, porém não foi levada adiante por conta do racionamento de energia elétrica da época, tornando o custo das geladeiras alto demais.
Para garantir e manter qualidade do produto final, a empresa adota como parâmetro padrões internacionais de fabricação, que garantem que a empresa não seja apenas mais uma loja de doces no mercado, mas uma grife de chocolates que estimula um paladar mais requintado. O chocolate ao leite da KOPENHAGEN é constituído por pasta ou líquor de cacau, manteiga de cacau (ingrediente mais caro da formulação e responsável pela: dureza a temperatura ambiente, rápida e completa fusão na boca, brilho e lustro), açúcar, leite em pó integral, lecitina de soja (emulsificante/ agente de superfície, atua na interface açúcar gordura), vanilina (aroma artificial de baunilha).
Dados corporativos Origem: Brasil Fundação: 1928 Fundador: Anna e David Kopenhagen Sede mundial: São Paulo, Brasil Proprietário da marca: Celso Ricardo de Moraes Capital aberto: Não A KOPENHAGEN não utiliza gordura vegetal hi- Presidente: Celso Ricardo de Moraes drogenada no chocolate puro. Portanto, o chocola- Vice-Presidente: Renata Moraes te terá uma quantidade ínfima de gordura Trans em Faturamento: R$ 160 milhões (estimado) relação aos outros chocolates do mercado. Além Lucro: Não divulgado do chocolate KOPENHAGEN ser de um sabor e Fábricas: 1 Lojas: 254 qualidade inigualável ainda é mais saudável. Presença global: 3 países Presença no Brasil: Sim Funcionários: 1.400 Segmento: Chocolates e cafeterias Principais produtos: Chocolates e derivados, doces, cafés Ícones: Nhá Benta, bombons Cherry Brandy, Língua de Gato, Chumbinho e lajotinha Slogan: Kopenhagen. Marca para sempre. Website: www.kopenhagen.com.br
33
4
ChocoHoney
pedidos dos mais variados tipos, fazendo com que o menu se expandisse, assim como o conhecimento do processo e a vontade de montar um negócio próprio no segmento.
A História Em 2007, a jovem empresária Vanessa Freitas montou a chocolateria gourmet ChocoHoney. A história nasceu de uma grande paixão pelos chocolates que aconteceu muito antes desta data.
No ano seguinte, Vanessa resolveu se preparar, e foi atrás da especialização. Se inscreveu em cursos de gastronomia voltada para chocolates dados pelo s mais repeitados Chefs Chocolatier no segmento. Testou diferentes combinações, texturas, processos até atingir os resultados que desejava. “ Os Enquanto cursava a faculdade de Odontologia, Va- chocolates são incríveis. Quanto mais você mistunessa preparava para os amigos e familiares, pães ra, cria, inventa, mais o universo de possibilidades de mel, cookies, chocolates e doces diversos. Estes aumenta. Essa imensidão de sabores e prazeres é o sempre feitos sem nenhum propósito financeiro, que me encanta.” conta Vanessa. por puro prazer. “ A minha alegria sempre foi ver as pessoas se deliciando com meus chocolates. O Quanto mais o conhecimento sobre o mundo do meu maior resultado é ver o prazer no rosto das cacau se expandia, a necessidade de diferenciação pessoas ao comer um ChocoHoney” diz a Chef e um posicionamento único se fazia necessário. Cocolatier. Os tipos de chocolates utilizados na produção caEm 2006, mais especificamente na páscoa, alguns seira, ou seja, chocolates para fins culinários, se amigos que já conheciam e amavam seus doces e apresentam em diversas marcas. As mais tradichocolates, à perguntaram se não podia fazer al- cionais no Brasil são a Garoto e a Nestlé, já em guns ovos e bombons para dar de presente. Sempre outro patamar existem as marcas Suíças e Belgas, atenciosa, mesmo atendendo como dentista em 2 destacadas por seus sabores exlusivos que em sua consultórios por dia, topou o desafio. produção combinam alta concentração de cacau à Pedidos atendidos, satisfação e prazer atingidos, métodos únicos de preparação. novos pedidos surgiram. O chocolate Belga em especial possui fortes caracA notícia se espalhou, e começaram a vir diversos terísticas que os destacam dos demais. Seu derreti35
mento e suavidade fazem dele o preferido entre os especialistas. Os chocolates na páscoa seguinte foram um sucesso, e o que era antes vontade se tornou uma iminente decisão. No começo de 2007 abriu-se a temporada dos chocolates. A páscoa desse ano já teria outro sabor. Mais de 200 diferentes pedidos atendidos, mais de R$ 10.000 de faturamento e a possibilidade de investimento na expansão do negócio. Com o dinheiro adquirido na páscoa, foi possível a construção de uma pequena e aconchegante cozinha industrial localizada ao lado de sua casa. Assim podendo atender todos os apaixonados por seus chocolates com maior atenção e profissionalismo. Hoje a ChocoHoney está a todo vapor, trabalhando quase exlusivamente com o chocolate belga da marca Barry Calebaut, ocupando cerca de 90% de sua produção, e 10% utilizando os chocolates Nestlé em sua linha infantil e outras específicas.
4.1 Posicionamento Atual Atualmente a ChocoHoney não possui nenhuma loja instalada. O único canal de relacionamento é através do serviço de encomendas. Sua participação no mercado de chocolates gourmet ainda é muito pequena e regional. Hoje possui 5 funcionários, sendo que destes, a principal mão de obra criativa e gerencial é concentrada nas mãos da proprietária. Com o investimento em algumas mídias, participações em eventos e o boca-a-boca gerado, a empresa tem propagado seu nome e vem aumentando sua participação de mercado rapidamente. Ganhou recentemente uma concorrência com marcas já famosas em São Paulo no ramo de chocolates gourmet, fazendo assim a marca assumir uma posição de destaque perante o, até o momento, seleto grupo de consumidores. Porém, por não ter estabelecido um padrão de comunicação e atuação, ou seja, um posicionamento definido no campo estratégico. Se faz necessário o levantamento deste material, para que a marca seja percebida de maneira consistente e sem ruídos em sua comunicação nos pontos de contato com o consumidor.
A Chef Chocolatier ao lado dos produtos ChocoHoney ( imagem tirada para anúncio publicitário)
37
Mídia À partir de 2008 a empresa sentiu a necessidade de investir em mídia, focando em datas comemorativas e eventos, como dia das mães, chá de bebê, páscoa e natal. E os resultados foram excelentes. Em um comparativo com o ano anterior, a páscoa aumentou a margem do faturamento em mais de 200%. Com o investimento dando certo, a estratégia continuou. Em 2009 as metas foram alcançadas, e mais uma vez o faturamento superou as expectativas.
TAG que acompanha algumas embalagens
Além destas mídias a marca tem que se comunicar com uniformidade em sua a papelaria, que envolve tags, cartão de visita, papel timbrado; em sua fachada; no site, etc. Todos esses meios são pontos de contato com o consumidor, funcionários e outros colaboradores. E a marca deve agir com a mesma personalidade em todos estes. Até o momento a marca possuía apenas como identidade a sua logomarca, e o contexto visual em que foi inserido divergia muitas vezes de sua linguagem. Além disso, os anúncios não apresentavam unidade alguma quando colocados em comparação. Em cada mídia, a marca conversava, se expressava e se apresentava ao consumidor de maneiras diferentes.
Marca incorreta aplicada na fachada ( cozinha industrial)
6
BOM CHOCOLATE
Quinta-feira, 2 de abril de 2009
Web -site vila da esquina INFORME PUBLICITÁRIO
Chocolate Belga Feito com cacau da mais alta qualidade, o produto de sabor, apresentação e consistência superiores aos tradicionais já conquistou os consumidores brasileiros mais exigentes
Matéria Prima de luxo utilizada pela ChocoHoney
Quando se fala em altacostura, essa única expressão vem carregada de significados: qualidade da matéria-prima, excelência na elaboração e, claro, o inegável e prazeroso desfrute que proporciona. Da mesma maneira, mas com a particularidade geográfica, ao dizermos que um bombom foi feito com chocolate belga estamos atribuindo todas essas características a ele. Não, não é um exagero. O chocolate belga é reconhecido por especialistas dos quatro cantos do planeta como o melhor do mundo. A diferença entre este e o até mais conhecido chocolate suíço está na sua pureza (alta concentração de cacau e pouca ou nenhuma adição de leite e açúcar) e uso de cacau de origem comprovadamente superior (vindos
de plantações do México, o brilho único que o belga Caribe, Tanzânia e Mada- apresenta.” gascar). Mais conceituada entre as marcas produzidas na Bélgica, a Callebaut utiliza cacau “Hoje 90% da minha de doze diferentes proceprodução é feita com dências mundiais e desenvolveu chocolates com Chocolate Belga” sabores, como capuccino, limão, mel, morango, laranComo o vinho, que hoje os ja, gianduia. Tem também consumidores em geral já uma escola para ensinar a aprenderam a diferenciar elaborar delícias que levam procedências e categorias, os chocólatras à loucura. assim também começa a Phillipe Vancayseele dirige acontecer com o chocolate. a Callebaut Chocolate “Hoje, 90% da minha Academy e é considerado produção é feita com por seus colegas e até por chocolate belga”, afirma a seus concorrentes o embaichef chocolatier Vanessa xador mundial do chocolaFreitas, proprietária da te. No Brasil, as chocolateChocoHoney. “Trabalhar rias que tratam seus bomcom essa matéria-prima é bons, trufas, ovos de Páscoa muito gratificante, pois e outras criações como jóias atualmente o paladar das gastronômicas, optam pelo pessoas está mais apurado. Callebaut. Elas percebem a diferença Cíntia Araium de sabor, consistência e até
Anúncio em revista semanal Enlace
Sofisticação e criações personalizadas são a marca de ChocoHoney
Acomodadas em caixas de vidro, latas e outras embalagens elegantes, as delícias produzidas pela chef chocolatier Vanessa Freitas transformam o ato de presentear em uma experiência sensorial completa. “Gosto de saber um pouquinho sobre a pessoa que vai receber. Assim posso elaborar o
chocolate especialmente para ela, escolhendo desde o sabor do recheio à cor do laço de fita.” Em seu processo de criação, Vanessa desenvolve combinações inusitadas que tornaram célebre sua empresa de chocolates artesanais, a ChocoHoney. “Comecei a pesquisar
sabores que se harmonizavam com o chocolate belga, sem jamais ofuscá-lo, e daí vieram recheios como o de limão siciliano, vinho do porto, abacaxi com coco, gianduia, creme de damasco e de amarena, uma cereja italiana.” Adepta do chocolate belga há cerca de um ano, Vanes-
sa usa a conceituada marca Barry Callebaut também na cobertura dos seus já famosos pães de mel. “Descobri o prazer de lidar com chocolate ao fazer pão de mel para presentear minha família e os amigos. Até hoje, é o carro-chefe da ChocoHoney”, conta ela, que produz cerca de 380 unidades do doce por dia nas semanas que antecedem a Páscoa, o Dia das Mães e o Natal. Além do tradicional recheio de doce de leite, há também as versões com figo ramy, brigadeiro de capuccino, damasco e mousse de chocolate. As datas comemorativas são encaradas como um instigante desafio pela chef. “Gosto de criar, de fugir do óbvio, seja nos sabores, nas formas ou nas embalagens.” Para esta Páscoa, por exemplo, a maior parte das encomendas que já recebeu até o momento é de OVOS
DE PÃO DE MEL “É a nossa surpresa para esta páscoa!”
Ovo de Pão de Mel na Tábua - $70
Outra opção muito requisitada para presentear são as “bolinhas belgas”, como ganhou fama com os clientes. As esferas são finíssimas camadas de chocolate belga recheadas com 4 tipos de sabores: limão, damasco, avelã e frutas vermelhas. Um deleite ao prazer.
Anúncio em revista semanal Mães e Filhos
ChocoHoney Encomendas: (15) 3217-3820 e 8111-9974 À venda na Vila: R. Professor Joaquim
Barbosa, 127, Vergueiro, Sorocaba – SP www.viladaesquina.com.br
Informe publicitário Jornal Bom Dia
Anúncio no Jornal Ipanema
39
Público Hoje, a maioria do público consumidor da marca é constituído por mulheres, porém esta ainda é uma tendência global no mundo dos chocolates. Segundo o estudo Target Group Index, realizado regularmente pelo Ibope Mídia, apontou serem as mulheres as maiores consumidoras de chocolate no Brasil. Entre os “chocólatras”, as mulheres representam 55,96% contra 44% de homens, mostra o levantamento. [ 2008, Folha Online] No entanto o número de consumidores do sexo masculino, vem crescendo consideravelmente e não é deixado de fora do público-alvo da empresa.
Para se obter um resultado eficaz na descoberta do perfil do consumidor, foi feito um levantamento das razões de compra.
Dentre elas, as mais frequentes são: em primeiro lugar Presentear; em segundo lugar, ainda próximo, ficam os Eventos (festas de aniversário, casamentos, batizados, eventos corporativos, entre outros). E em terceiro e muito distante dos demais, A tabela ao lado mostra as relações das caraco Presentear-se, satisfazer-se do desejo de um bom terísticas do consumidor da marca. No primeiro chocolate. momento( Razão de compra) são apresentados 2 cenários, já prevendo a instalação de uma loja Essa estrutura se deve principalmente ao distanciaem breve. No segundo são apresentadas propormento físico da ChocoHoney do público, ou seja, ções de particpação ( as medidas são ilustrativas a ausência de uma loja ou ponto de venda de fácil e apresentam valores aproximados) de cada segacesso. Muito dificilmente alguém irá telefonar a mento detalhado dentro de seu grupo específico. uma loja para encomendar chocolates para si próprio. Acaba se tornando uma barreira na conexão direta com o consumidor.
RAZÃO DE COMPRA Presentear
Eventos
Consumo
PEDIDO SOB ENCOMENDA Presentear
Consumo
Eventos
LOJA - PRONTA ENTREGA
PÚBLICO Mulheres
Homens SEXO
15 a 20 20 a 30
30 ou + IDADE
AA A
B
C
CLASSE SOCIAL
41
VALORES DA MARCA QUESTIONÁRIO
CHOCOHONEY
HEAVY USER
É uma empresa que tranforma a matéria prima (cacau) belga em delicados doces de chocolates
Empresa de chocolates artesanais. Fabriquinha de chocolates da Vanessa
Tudo que possa ser feito c om c hocolates, com criações esclusivas p ara cada tema escolhido pelo cliente
Chocolates, bombons, ovos de páscoa, pães de mel Chocolate belga
Pão de Mel
Pão de Mel Bolinhas Belga Bombom de strogonoff de nozes
É a qualidade na matéria prima e no atendimento. O carinho com que os clientes são tratados. Eles s e sentem p arte d a família ChocoHoney
Qualidade da matéria prima Processo artesanal
Ponto Forte
Personalização no atendimento e confecção dos produtos
Sabor Atendimento exclusivo
Ponto Fraco
Organização no estoque. Falta de informatização da empresa
Ausência de loja Serviço somente sob encomenda
Se fosse uma pessoa
Bela, chique, delicada, forte, perfeccionista e carinhosa
Fina, dedicada, alegre, g entil, carinhosa e simpática
Quem é
O que vende
Produto de destaque
Diferencial
FAMILIAR, INTIMISTA, ACONCHEGANTE, EXCLUSIVA, CARINHOSA, DEDICADA
A pesquisa desenvolvida, para elaboração da tabela ao lado, foi feita através de um questionário simples. Foram entrevistados 5 clientes fiéis da marca e a proprietária da empresa. Todas as respostas foram tratadas de maneira imparcial, buscando extrair a primeira lembrança da marca que viesse à tona. Na escolha dos dados, levantou-se as informações que mais se repetiam nas entrevistas.
Valores Para poder se avaliar o real posicionamento de uma marca, é preciso antes levantar como a empresa vê a sua atuação no mercado, o seu relacionamento com os clientes, a qualidade de seu serviço prestado. Como ela se enxerga.
Resultado O resultado da pesquisa mostrou que os clientes ainda vêem a ChocoHoney como uma empresa familiar, doméstica. Relacionam quase sempre a empresa à proprietária, identificando como personalidade da marca as características de sua dona.
Após levantadas tais informações, deve ser feita uma pesquisa com os heavy users, ou seja, os principais consumidores da marca, clientes fiéis. Este púbico irá dizer como a marca se apresenta na cabeça deles, qual a percepção que eles têm de seu comportamento. Com os dados em mão, é traçado um comparativo entre os dois, afim de detectar os problemas na comunicação da marca, seus pontos fortes e fracos.
Também pôde se notar a necessidade de implantação de uma loja para poder atender os clientes a pronta entrega. Este sendo citado em unanimidade como ponto negativo da marca. Os produtos de venda, e de destaque, ainda apresentam uma grande variação, mostrando algumas divergências nas respostas. 43
4.2 Produtos A linha de produtos desenvolvida pela ChocoHoney é constituída basicamente de chocolates e seus derivados. Possui sabores dos mais comuns aos mais exóticos, e algumas peças exclusivas. O pão de mel tem um grande destaque na empresa, seu sabor é avaliado, por seus clientes e proprietários, como o melhor da linha. O produto faz tanto sucesso que na páscoa de 2009 foi desenvolvido o Ovo de Chocolate belga com recheio de pão de mel, que era vendido em uma tábua de madeira acompanhado de uma faca, para melhor apreciá-lo.
Ovo de chocolate belga recheado de pão de mel
Embalagem para ovo de chocolate belga
Um dos pontos fortes dos produtos são suas embalagens diferenciadas, que combinam criatividade e bom gosto em suas peças. Porém nessa variedade de combinações diferentes, não são preservadas uma identidade da marca. O consumidor só identifica a procedência através das fitas e/ou adesivos com o logo da ChocoHoney.
Peças exclusivas desenvolvidas para a páscoa
A sazonalidade é uma questão importante no segmento. A páscoa é de longe a data de maior faturamento da empresa, portanto, criatividade no desenvolvimento de peças exclusivas representa bons resultados no final do ano. 45
4.3 Análise da Concorrência Chocolat Du Jour A empresa nasceu em 1987 e atualmente possui 4 lojas em São Paulo. É posicionada como uma das principais chocolaterias gourmet da cidade. Sendo eleita por vezes consecutivas a melhor no segmento de chocolates de luxo. Tem um posicionamento de grife, focando sua atuação em um seleto público de alto poder aquisitivo. O dourado é a maior característica visual da marca, estando presente nas latas e diversas embalagens. Algumas trufas e bombons também são personalizados com lascas de ouro.
Website
Possui serviço de entregas para as proximidades de São Paulo, e também sistema de compras através do site. www.chocolatdujour.com.br
Principais Valores
LUXO E EXCLUSIVIDADE Produtos Chocolat Du Jour
Principais Valores
DESIGN E MODERNIDADE Sweet Brazil Mesmo com 2 lojas em endereços luxuosos a Sweet Brazil tem uma abordagem que não prima pelo luxo exclusivamente. Existe uma grande variação entre a intensidade da proposta apresentada em seu website, com a linguagem apresentada nas lojas. As cores trabalhadas pela marca são o branco e o preto, transmitindo modernidade. Trabalham sua comunicação com base no design, porém sem ser eficaz, a partir do momento que este não é aplicado em todos seus pontos de contato.
Website
Seus serviços envolvem uma variedade de produtos que vai desde pequenas barras de chocolate até grandes esculturas, como as árvores de trufas. Também atendem empresas, através dos chocolates corporativos que são personalizados para cada marca e distribuída geralmente em ações de endomarketing das empresas. Trabalham com matéria prima importada, e chocolates com certificado de origem. Chamados de D.O.C., esses chocolates são considerados os mais puros com alta concentração de cacau e sabor amargo. www.sweetbrazil.com.br
Produtos Sweet Brazil
47
Cau Chocolates Esta chocolateria, ainda nova no mercado, vêm se destacando por seu posicionamento diferenciado das demais. A marca se apresenta uma linguagem que valoriza as raízes culturais brasileiras. Nos nomes de seus produtos sempre busca relacionar a frutos e elementos da natureza. Tanto o site quanto a única loja que têm até o momento, possuem belas ambientações e uma estética aprimorada.
Website
Trabalham também com matéria prima importada, especialmente os chocolates belgas. www.cauchocolates.com.br
Principais Valores
RUSTICIDADE E NATUREZA Produtos Cau Chocolates
A diferenciação no segmento de chocolates gourmet é uma realidade que precisa ser trabalhada com muita criatividade. A cada dia nasce uma marca nova, e para conseguir o êxito na exclusividade do serviço prestado buscou-se a melhor compreensão do mercado de atuação da nova marca. O objetivo deste projeto é explorar as possibilidades de inovação e crescimento, através de uma abordagem única.
5
Plataforma da Marca A plataforma da marca é uma ferramenta de gerenciamento com o objetivo de gerar unicidade nos pontos de contato que envolvem o relacionamento de uma marca com seus diversos públicos. Os dois principais direcionadores que formam a Plataforma da Marca ChocoHoney são sua Estratégia da Marca e Identidade Visual Trata-se de um conjunto de direcionadores para potencializar a comunicação da marca, colaborando para a criação de uma percepção compatível com o seu DNA. Basicamente, todo e qualquer ponto de contato da marca pode e deve ser regido por sua Plataforma de Marca.
51
5.1 Estratégia da Marca Visão As empresas, assim como sua representação, a Marca, precisam de um planejamento estratégico para o seu futuro. Afinal, se a empresa não sabe onde chegar, qualquer caminho serve. A maioria das empresas que falham em seus priA seguir serão expostos, estes, que determinam meiros anos de vida falha por falta de planejamencomo a marca deve se comportar perante a seu pú- to. A etapa mais importante do planejamento é estabelecer uma “visão de futuro” clara, compreblico de interesse. ensiva, sucinta e realista. A visão deve estar relacionada com “o que” sua empresa quer se tornar no futuro, daqui a cinco ou dez anos. Funciona como uma “bússola” que a norteia no decorrer dos anos. Por ser uma das primeiras e mais importantes fases do planejamento estratégico, merece destaque e atenção dos recursos humanos mais talentosos da empresa, que devem dedicar tempo e cuidados especiais para amadurecê-la e torná-la significativa. Atualmente a ChocoHoney não possui uma Estratégia de marca definida, ou seja, o conjunto de Visão, Missão e Valores que norteiam a empresa para o futuro que deseja construir.
VisĂŁo
[ Ser a marca mais amada e desejada de Chocolates Gourmet no Brasil ] A ChocoHoney nasce assim, para se tornar uma Lovemark. O seu maior objetivo nĂŁo ĂŠ se tornar uma gigante produtora de chocolates, e sim ser a marca mais amada em seu segmento. A marca que gera maior empatia e desejo em seus produtos.
53
Missão Muitas vezes a visão e a missão são confundidas, gerando conseqüentemente confusão em cascata que inevitavelmente atinge toda a organização interna e externamente. Missão refere-se ao propósito da empresa. É uma descrição precisa do que a organização entrega a seu mercado no contexto do negócio em que está inserida. A missão mostra como a empresa irá alcançar o(s) objetivo(s) detalhados na visão.
Missão
[ Ter como principal objetivo o bem estar das pessoas, entendendo-as e inovando em cima de seus desejos. Os chocolates são uma parte do acontecimento. É o que torna tangível a realização destes sonhos ] Para ser uma marca amada e desejada, todos os esforços devem estar centrados nas pessoas. São elas que dizem o que a marca é. E dessa maneira que a empresa será conduzida para atingir o seu objetivo.
55
Valores Os valores são formados por um conjunto de crenças que se misturam com princípios e que juntos determinam o comportamento das empresas, independentemente de seu tamanho, origem ou segmento de mercado. Os valores dos indivíduos também se confundem com os valores funcionais das empresas potencializando o caos que acaba infectando a essência da marca com o vírus da despersonificação. O sintoma inconfundível é a insatisfação do cliente quando tenta relacionar-se com a empresa, que está mergulhada num comportamento ambíguo, caminhando rapidamente para o bizarro. Assim como os filhos herdam valores de seus pais, na empresa os valores sofrem forte influência de seu líder fundador além de outros fatores como o cultural. Bem difundidos, os valores promovem a uniformidade na atitude dos funcionários da empresa, influenciam seu comportamento mercadológico com clientes, parceiros, fornecedores e comunidade, regulam conflitos, atraem talentos, garantem previsibilidade, que é traduzida na satisfação dos clientes, e finalmente exercem papel fundamental na manutenção da essência da marca durante seu processo contínuo e delicado de construção.
Em seu momento atual a ChocoHoney têm seus valores atrelados à sua proprietária. Conferindo a formação de sua personalidade, valores humanos, próximos e tangíveis. Estes, portanto, não serão deixados de lado na construção da marca, tendo em vista os seus benefícios no desenvolvimento de uma marca carismática.
CARINHO
Através de seus produtos e serviços a ChocoHoney faz do seu crescimento uma demonstração de carinho às pessoas.
QUALIDADE
Selecionamos os melhores ingredientes na produção de nossas receitas, estabelecendo um compromisso com a qualidade e reforçando a nossa busca pela satisfação e bem-estar das pessoas
CRIATIVIDADE
Fugimos do convencional, buscando constantemente novas maneiras de proporcionar ao cliente experiências realmente significativas e marcantes.
INTIMIDADE
Mantemos um diálogo aberto com nossos clientes, fornecedores e funcionários; nos mostrando acessíveis e próximos.
57
DNA O Trueline, Brandcore ou DNA é o mantra, plataforma, essência da marca, políticas ou princípios da marca que sintetiza a missão, a visão, valores corporativos, os atributos, o posicionamento e a personalidade da marca. É representado por uma frase que define a promessa e a razão de ser da marca. Auxilia os gestores no alinhamento das expressões da marca através de seus pontos de contato.
Tagline A Tagline representa o posicionamento do produto perante ao consumidor. É o Slogan da marca. Usualmente é temporário ( campanha) e pode ser segmentado de acordo com o públio.
DNA
[O sabor único do carinho] Buscou-se sintetizar através da frase: “O sabor único do carinho” todos os principais conceitos e valores da marca. A exclusividade de um sabor inigualável, que só o relacionamento íntimo, carinhoso pode proporcionar. Desta maneira alcançou-se um resultado que distingue o seu sabor através de atributos intangíveis de relacionamento, experiências. Conseguindo mantê-la exclusiva e ressaltar a qualidade de seus produtos e serviços através de conexões emocionais.
TAGLINE
[Qual o seu sabor?] O paladar é o mais subjetivos dos 5 sentidos. Cada um tem uma preferência, um gosto, e cada momento na vida representa uma experiência diferente para pessoas diferentes. Através desse slogan provocativo busca-se levantar o sabor de cada experiência vivenciada, conectando o consumidor com a razão de ser da marca: “ O sabor único do carinho”. A frase é expressada de maneira íntima, conversando diretamente com o público e indagando-o de uma questão extremamente pessoal, o gosto. 59
5.2 Identidade Visual A identidade visual é um dos principais meios para se expressar a promessa da marca. Através dela conseguimos transformar a estratégia em estética, em mágica. A linguagem visual da ChocoHoney, precisou de uma reformulação geral, para conseguir atender à sua plataforma de marca de maneira consistente. A única estrutura não alterada, foi o seu nome, que atualmente já possui uma expressão no mercado de chocolates, podendo assim gerar a perda de referencial.
5.2.1 Redesign Análise Para começar a reconstrução da marca, primeiro foi feita uma análise de sua atual estrutura. Nesta foram levantados pontos importantes que serviram de base para o desenvolvimento da futura marca.
2 1 3 1. O efeito rabiscado dado à tipografia, traz conotações de infância. Denotando imaturidade. 2. O símbolo da abelha pode remeter diretamente aos pães de mel, já que no início este poderia ser um dos principais rumos tomados pela empresa. 3. A denominação de artesanal, por seu amplo uso, pode inferiorizar a qualidade do produto, ou estacioná-la em um padrão já difundido e conhecido pelos consumidores 61
Em sua nova proposta buscou-se alinhar os conceitos transmitidos pela marca, à um posicionamento diferenciado no segmento de chocolates gourmet. A principal idéia foi combinar o fino, chique, ao carinhoso, amável, íntimo. Relacionando suas texturas, símbolos e conceitos.
Conceito O “C” aplicado de maneira quase que abstrata no interior do coração, foi desenvolvido a partir de experimentações feitas com o próprio chocolate, afim de reproduzir os traços gestuais, que dão o acabamento nos belos pratos feitos pelos Chefs de cozinha. O coração por si só representa simbolicamente o carinho. Contudo, sua suavidade e delicadeza foram trabalhadas para realçar o cuidado no tratamento dos chocolates A assinatura foi substituída por Chocolates Gourmet que, aplicada em uma tipografia gestual, traz em sua bagagem os principais conceitos desejados na construção da marca. 63
5.2.2 Padrão de Imagens As imagens e todo o padrão de linguagem na comunicação da marca devem ser compatíveis aos conceitos imagêticos. Ou seja, as imagens têm um forte poder de denotação de sentimentos e expressões que auxiliam a reprodução da proposta em diversos veículos de mídia. A representação por imagens procura aproximar o glamour ao cuidadoso processo de confecção dos chocolates, tornando o requinte artesanal em aconchego. Fazendo com que universos comumente distantes tenham um ponto de conexão forte, os chocolates. O painel semântico ao lado expõe de maneira sintética os conceitos visuais da marca alinhados à sua plataforma de marca. Buscando estreitar a relação entre o Requinte e o Carinhoso.
C5 M10 Y15 K0
5.2.3 Paleta de Cores As duas principais cores são as colocadas em primeiro plano, e devem conduzir a marca em suas variantes. Em seguida são colocadas as cores auxiliares, que irão dar suporte às tonalidades preferenciais.
C40 M75 Y75 K45
C25 M10 Y30 K0
C0 M60 Y40 K10
C15 M5 Y20 K0
C0 M35 Y25 K5
C25 M5 Y15 K0
C5 M10 Y50 K0
C40 M10 Y25 K0
C15 M45 Y75 K0
5.2.4 Tipografia : Goudy Old Style ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVXZ abcdefghijklmnopqrstuvxz 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0
:Jane Austen ABCDEFGHIJHLMNOPQRS TUV OPQRSTUVXZ abcdefghijklmnopqrstuvxz 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 67
Horizontal
Positivo
Negativo
5.2.5 Variáveis As marcas mutantes ou variáveis, são hoje uma tendência que têm tomado grande expressão no campo do branding. Elas traduzem uma necessidade da marca se comportar como um organismo que nunca se apresenta de maneira igual em ocasiões diferentes. Para seguir alinhado ao público, conceitos e valores da marca, optou-se por uma apelo mais discreto, sutil e delicado. Apenas o traço gestual inserido no símbolo do coração é variado, mantendo ainda forte a identidade visual da marca.
Ao lado esquerdo, as aplicações da marca em positivo e negativo. Ao lado direito, algumas possibilidades de variações na apresentação da marca. 69
5.2.6 Aplicações Para se manter consistente e sem ruídos em sua comunicação, a marca deve se expressar de maneira uniforme em todos os lugares onde é vista. O alinhamento da identidade Visual deve se estender a todos os campos que possibilitem a aplicação da marca e seus conceitos. As aplicações simulam o comportamento da marca em mídias distintas, permitindo uma avaliação prévia de sua postura perante ao mercado.
CARTテグ DE VISITA
Frente
Verso
71
Vestuรกrio
Louรงas
Sacola retornรกvel
Web Embalagem
73
6. Bibliografia ROBERTS, Kevin. Lovemarks: o futuro além das marcas. Inglaterra: powerHouse Books, 2007 LINDSTROM, Martin. Brand Sense. São Paulo : Martins Fontes, 2005 NEUMEIER, Marty. The Brand Gap. São Paulo: Bookman, 2008 AAKER, David A. Como construir marcas líderes. São Paulo: Bookman, 2007 TRAINA, Agma Juci Machado.Apostila de Computação Gráfica, São Paulo, 2006 HOLLIS, Richard. Design Gráfico. Uma História Concisa, São Paulo :Martins Fontes, 2000