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Sobre dar as mãos e amparar

VIVIANNE LEÃO PIQUET Presidente da GPS|Foundation

"O FLUXO DA VIDA ME COLOCOU DIANTE DE TRÊS PESSOAS COM UM CHAMADO QUE VINHA DE ENCONTRO COM O QUE MEU CORAÇÃO CLAMAVA. CUIDAR, CUIDAR, CUIDAR"

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Eu acredito muito nos desígnios de Deus. Acredito que tudo tem um sentido, uma missão e um destinatário. Aprendi com minha mãe, Moema, o valor moral, espiritual e emocional no movimento do doar e de doar-se. Em meio a tantos afazeres, eventos, família, projetos, ela conseguia encontrar tempo para resgatar um pouco da dignidade de detentas no presídio feminino. Ela as ensinava a costurar e dali prover, dentro das celas, o sustento para mim. E tenho feito o mesmo com os meus vida me colocou diante de três pessoas com um chamado que vinha de encontro com o que meu coração clamava. Cuidar, cuidar, cuidar. Não seria a minha primeira experiência no Terceiro Setor, portanto, eu me considerava apta para dar sequência no que vinha fazendo de modo solitário, instintivo e humanizado.

A GPS|Foundation surgiu em 2018. Rafael e sua mulher, Silvinha, são amigos leais de adolescência. Com Paula tenho laços originários de Goiânia, nossa terra natal. Eduardo eu convivi com sua mãe, Gitana, aguerrida sociedade local. Nos unimos. O foco: crianças, adolescentes e idosos. Adaptamos para Brasília o formato dos bailes norte-americanos. E, por meio do GALA, promovemos uma bela noite de doação, envolvendo o setor produtivo. Não temos vínculos políticos. A pandemia nos desconstruiu por inteiro. De repente, estávamos diante da pior miséria humana, além da fome e do desamparo: a ausência da dignidade, do amor próprio, da esperança. Imediatamente veio o senso de urgência e agimos rápido. Nascemos e crescemos numa velocidade inexplicável. E, quando percebemos, entramos no quarto midos e ganhos conquistados.

Nesse processo, tornei-me invariavelmente admirada. Sou publicitária de formação, atuei em agências, e consigo entender a dinamicidade e o frenesi que é tocar uma empresa de comunicação. Vejo a disponibilidade dos “meninos” em fazer não somente o possível, mas o melhor. Esforços não são medidos para cumprir a promessa para o leitor, para o cliente e para o vulnerável são, sobretudo, amigos. Percebo que temos muito a desbravar e que este caminho, em geral, não tem volta. Nem atalho. É diário, é urgente, é real. Que sejamos prósperos no nosso propósito. Entendo que tudo o que fazemos jamais será o bastante, mas se conseguirmos educar uma criança, formar um adolescente, capacitar uma mãe fruto da violência doméstica, estamos iluminando caminhos. Têm sido assim os nossos dias. E que permaneçam. Parabéns à brava equipe GPS. Que nossos gestos em direção

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