1 |Revista Equilíbrio
E D I TO R CH E F E : Rodrigo Almeida . D I AG RAM AÇÃO : Albert Góes, Jorge Assis, Moisés Lázaro, Rodrigo Almeida . E D I TO R D E ARTE : Rodrigo Almeida . AS S I S TE N TE D E ARTE : Maria Paula . F O TO G RAF I A: Getty Images, FreePiks, Rodrigo Almeida, Layla Fernanda, Stephanie Almeida, Raquel Santos, Raissa Borges, Lusmarine Santos. P E S QU I S A: Gabriela Freitas, Laiane Miranda, Maria Paula, Moisés Lázaro, Iury Souza, Tássia Teles, Laércio Oliveira, Caroline Ferreira. E QU I P E D E E N TRE VI S TA: Albert Góes, Gabriela Freitas, Lusmarine Santos, Raquel Santos, Larissa Souza, Vivian Uzêda . RE D AÇÃO : Iury Souza, Layla Fernanda, Vivian Uzêda . D I RE TO RAS D E RE D AÇÃO E RE VI S ÃO : Vivian Uzêda e Laiane Miranda .
SUMÁRI O
O Mundo e a Sustentabilidade 7
5 5 - Energias não-renováveis e as Políticas públicas
Um breve resumo sobre os assuntos citados.
7 - Desastres ambientais
por Gabriela Freitas e Layla Fernanda Os principais acidentes e desastres ambientais que já aconteceram no Brasil.
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11 - Aluno em foco
por Iury Souza, Layla Fernanda e Vivian Uzêda Redações, que obtiveram nota máxima, com o tema: O impacto das mídias sociais no consumo.
1 4 - Fique por dentro
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por Lusmarine Souza O consumismo e suas relações com o Futebol.
1 7 - Equilíbrio nos bairros
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Um estudo mais profundo sobre o bairro do Uruguai, localizado na cidade de Salvador-BA.
21 - Pega a visão
Psicólogos dão dicas para ter um bom equilíbrio emocional.
23 - Mãos à obra!
Dicas de como decorar sua casa gastando pouco e reutilizando materiais.
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SUSTENTABILIDADE Conceito: Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Fonte: Suapesquisa.com
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Energias não‐renováveis e as Políticas Públicas
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s energias não renováveis são fontes de energias que dependem de processos em escala de tempo geológica, tornando-se fontes esgotáveis como o carvão mineral, o petróleo e o gás natural. Por serem fontes exauríveis existem políticas públicas para a independência dessas energias e para conservação do planeta, pois as energias não renováveis tendem a poluir e destruir o planeta terra, consequentemente afetando toda a vida do mundo. Entretanto, vale ressaltar que essas energias também possuem seus benefícios, como o elevado rendimento energético e o baixo custo. Para que o ser humano deixe de depender das energias não renováveis, espera-se que até 2030 todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) sejam alcançados. E essas metas globais tendem não só conscientizar como também alertar a população para cuidar do planeta de um modo mais sustentável. Por intermédio disso, os recursos naturais do planeta poderão ser utilizados de forma menos impactantes no ecossistema, tornando-os mais duradouros.
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São as políticas públicas que intervém, para deixar de ser usado as energias não renováveis e a implantação das energias renováveis, para que possa cuidar do planeta e da vida que nele existe. De modo geral, conclui-se que a realização desse trabalho teve seu impacto na comunidade escolar, de forma positiva e negativa, em parte, a realização do mesmo instruiu a comunidade, conscientizando-os sobre a importância de cada tema e seus impactos com relação ao meio ambiente. Por outro lado, teve a sua parte negativa, que mesmo com com as informações passadas, uma parte dessa população ainda não cumpriu e não concientizou-se sobre os impactos causados pelas más ações do homem na natureza.
A Energia Nuclear, é uma fonte de energia não renovável, gerada através da divisão do átomo de substâncias radioativas. Apesar dos custos da produção serem elevados, sua produtividade é bem maior se comparada com outras formas de geração de 6 energia, assim como sua poluição.
D E S M ATAM E N TO
// por Gabriela Freitas e Layla Fernanda
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o longo dos anos a natureza passou por diversas transformações, algumas por conta própria e outras provocadas pelo ser humano. Um dos motivos dessas transformações são os desastres ambientais que vem acontecendo ao redor do mundo. A exemplo disso podemos citar: Bomba de Hiroshima e Nagasaki (Japão, em 1 945), A gravidade foi tanta, que praticamente todos os animais e plantas foram exterminados e a morte de muitas pessoas. Já se passaram quase 60 anos e a radiação ainda causa efeitos nocivos para a vida de muitos japoneses.
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Desastres Ambientais no Brasil
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m exemplo mais próximo, dessa vez no Brasil, é o rompimento da barragem em Mariana (201 5), esse é um dos desastres ambientais mais recentes e até mesmo impressionantes, os impactos ambientais pelo rompimento da barragem são enormes, podendo destacar a contaminação de rios e mares pela lama, a morte de milhares de espécies de peixes, soterramento de nascentes, destruição da vegetação, comprometimento do solo. Outro acontecimento também no país foram as queimadas na Amazônia durante agosto de 201 9 que moveu as atenções do mundo inteiro para a Amazônia. A maior floresta tropical do mundo registrou um aumento de 1 96% dos focos de incêndio em relação ao mesmo período no ano anterior. Os dados são do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É um fato que as queimadas nessa e em outras regiões do Brasil não são novidade em 201 6, de acordo com o Inpe, o número de queimadas no país foi de 66.622, diferindo do atual momento por apenas 31 3 focos. As causas desses problemas são várias e na maioria dos casos os incêndios são provocados pela ação do homem, seja desmatando para conseguir novas terras de cultivo ou gado, seja
para destruição de lixo, Ricardo Mello, gerente do Programa Amazônia do WWF Brasil, afirma que os focos de incêndio na Amazônia não são naturais como na região do Cerrado, por exemplo, que possui um clima seco e quente que propicia o aparecimento de incêndios, nesse caso, o aumento do fogo é causado diretamente pelo homem. As consequências da queimada nessa região não se limitam ao território brasileiro, a fumaça oriunda dessa região alcançou os países vizinhos como a Argentina, Peru, Bolívia e Uruguai. Além disso, com o desmatamento todo o ecossistema fica desestabilizado, juntamente com os eventos climáticos da região e todo o ciclo natural que ocorre para a manutenção da vida no local, essas queimadas podem causar efeitos como a diminuição dos rios voadores daquela região, principais responsáveis pela chuva na região, sem eles ocorrerá um aumento na temperatura tanto na região quanto nas cidades, baixa umidade que levará ao crescimento de problemas respiratórios e em casos mais extremos a desertificação da região.
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Recorren tes i n cên d i os n a Fl oresta Am azôn i ca acon teceram em 2 0 1 9
Também é necessário evidenciar que não o clima e o território não serão os únicos prejudicados com as queimadas, 32 unidades de conservação foram atingidas, deixando milhares de animais ou mortos ou sem lugar para viver, já que seu habitat natural fora destruído e também 36 terras indígenas, deixando as tribos sem ter para onde ir. A fauna da Amazônia é reconhecida principalmente pela quantidade de animais endêmicos, que só podem ser encontrados naquela região, as espécies mais lentas, como o tamanduá, bicho preguiça e os filhotes em geral, são os mais atingidos pelo fogo, e os que conseguem fugir, como as aves e os mamíferos mais rápidos, como até mesmo a onça e a jaguatirica, que conseguem fugir do fogo podem vir a morrer pela falta de habitat ou com o desequilíbrio da pirâmide alimentar do ecossistema.
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A ambição do ser humano é tão grande que os faz esquecer o que eles deveriam sempre lembrar, que tudo isso que estamos destruindo é o nosso lar. E como toda ação tem uma reação, as ações do ser humano em destruir a cada ano que passa um pouco (ou muito) do nosso planeta, gera uma consequência enorme para os mesmos, pois os efeitos são arrastados por anos e mais anos à frente, e reverter essa situação dependerá da forma de como encaramos a nossa existência. Esses desastres apresentaram erros que poderiam ser evitados a partir de uma maior rigidez e controle de todos os processos e ações envolvidas. Por isso, é necessário dar tanta importância as leis ambientais que regem empresas e empreendimentos com impacto ambiental.
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ALU N O E M F O CO
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o decorrer do século XXI, as mídias digitais no consumo tornaram-se um problema. Nesse cenário, com o surgimento de novas redes sociais, aumenta a busca de consumo desnecessário entre as pessoas. Em vista disso, cabe as diversas esferas sociais a resolução desta problemática. Na sociedade contemporânea, muitas pessoas para conseguir ter acesso às mídias qualificadas, investem fortunas nas inovações dos meios de comunicação, isto, devido as influências das mídias digitais que implantam hábitos de consumo. Exemplo disso, são as pessoas que através da rede social consomem em demasia essa ferramenta de comunicação, devido aos anúncios que tem como objetivo atingir seu público alvo. Tal noção, faz com que as pessoas fiquem dependentes das redes sociais, e consequentemente sendo dominadas por ela. Outrossim, segundo o site da inteligência corporativa 94% das empresas brasileiras estão presentes nas redes sociais. Desse contexto informativo para a realidade do cotidiano, ainda assim, os impactos das mídias digitais no consumo vêm crescendo diariamente nos diversos
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países do mundo. Entre os motivos que levam a esse fenômeno, se encontram: aumento das empresas inseridas nas redes sociais, a notoriedade e a facilidade da venda de produtos. Sendo assim, fazse necessário derrubar os algozes do incentivo do consumo exacerbado e alienado diante das diversas esferas sociais. Para o escritor John Piper, a marca da cultura de consumo é a redução do ‘’ser’’ para ‘’ter’’. Partindo dessa perspectiva, é dever do Estado proteger a sociedade tanto física quanto moral, criando campanhas de combate as influências midiáticas, além de impor leis mais rígidas e punições mais severas para aqueles que não as cumprem. Somese a isso investimento em educação, valorizando e capacitando os professores no intuito de formar cidadãos mais confiantes em garantir o bem-estar da sociedade como um todo.
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experiência humana contemporânea é atravessada pelo consumo, enquanto não se possui o objeto desejado, ele parece maior do que qualquer outro objetivo. Assim, a mídia constitui-se como o principal caminho para o desenvolvimento de hábitos consumistas. No século XX, filósofos da escola de Frankfurt, Adorno e Horkheimer, foram os primeiros no estudo da mídia e do seu papel de influência em massa. No entanto, nos dias atuais, a mídia exerce o papel de manipular as pessoas através de propagandas e anúncios na televisão e também nas redes sociais. A mídia está presente em todos os lugares, ditando regras, costumes e padrões de vida e consumo, visto que cerca de 73.9 milhões de pessoas têm acesso à internet no Brasil, segundo uma recente pesquisa do IBOPE. E o consumismo desenfreado gerado pela mídia, em geral, foca principalmente em adolescentes como alvo principal para as vendas, pois eles são os que estão sempre em contato direto com alguma rede social.
Portanto, faz-se necessário que medidas sejam tomadas a respeito. É preciso que o governo federal tome medidas efetivas que amenizem o impacto da mídia na sociedade, como desenvolver campanhas nas escolas de ensino fundamental e médio da rede pública, sobre os malefícios que o consumismo pode acarretar a uma pessoa, com o objetivo de alertar os adolescentes, para evitar a entrada dos mesmos no mundo consumista futuramente.
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ALU N O E M F O CO
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esde da Revolução Industrial, a humanidade contemporânea tem sua experiência de vida voltada para o consumo. Em suma, os meios midiáticos manipulam as pessoas através de propagandas para usufruir cada vez mais dos seus produtos.Trata-se de uma população vulnerável impactada hoje por meio das mídias digitais. É importante ressaltar que as empresas têm notado a importância das redes sociais para influenciar seu público alvo. Isto é, os empresários inovam profissionais - como o digital influencer para mudar a visão que o ser humano tem e obter o desenvolvimento das empresas em locais de difícil acesso. Segundo o Sprout Social, 74% dos consumidores se orientam por meio de suas redes sociais para realizar uma compra. Dessa forma, as mídias digitais têm lançado marketing para impor nos consumistas os gostos, pensamentos e características da massa.
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Por conseguinte, a mídia de forma carismática limita as características subjetiva dos indivíduos, afetando-o de forma negativa. Ou seja, a técnica de marketing consumistas faz com que as pessoas tenham necessidade de conter um exato produto, de modo que elas sintam-se excluídas por não possuir o mesmo. Portanto, para acabar com os impactos negativos que a mídia digital produz, é necessário que o Ministério da Educação interligado com o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária desenvolvam campanhas educacionais através de palestras e propagandas, orientando as pessoas como os meios midiáticos as manipulam. Assim, como resultado social a população vai ter uma visão diferente criando suas próprias impressões e opiniões.
FIQUE POR DENTRO
O C o n s u m i s m o n o F u te b o l // por Lusmarine Santos
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mercado do futebol vem se tornando cada dia maior e os torcedores são indiretamente influenciados por jogadores. Cada dia que passa, o mercado do futebol vem conquistando espaço, seja, em parte, na compra de ingressos para ir ao estádio, nas camisas de clubes ou nas chuteiras e o público mais atingido é o masculino. Os meninos são influenciados a gostar de futebol e antes mesmo de nascer, já possuem uma camisa de futebol. As camisas de times são as coisas que mais vendem nesse mercado, uma camisa original de um time nacional chega a custar R$300,00, e, todo time tem que ter uma estrela que consequentemente é o mais bem pago e o que mais possui patrocinadores, por exemplo, no Palmeiras em 201 6, o jogador do momento era Gabriel Jesus, o jogador que mais vendia naquela época, todos os torcedores do Palmeiras consideravam Gabriel Jesus como a estrela do time, logo, o time investia mais nele, colocavam o jogador em tudo e os patrocinadores investiam intensamente nele, pois era de conhecimento geral que, se usassem sua imagem como garoto propaganda, o produto oferecido iria vender. Pois, com pouco tempo de campeonato, o time paulista foi o que mais arrecadou dinheiro nos estádios, ou seja, o fatos dos jogos do time não serem transmitidos na televisão, acabou influenciando os torcedores a irem assistir aos jogos de perto. Desse modo, o mercado do futebol ainda sofre de sérios problemas estruturais que afetam diretamente os negócios gerados pelos clubes, especialmente em seus estádios e nas vendas de produtos. Um dado que preocupa bastante foi que somente 1 % dos torcedores brasileiros acima de 1 6 anos foram ao estádio nos últimos dois anos, em comparação com os 93% de homens que acompanham futebol pela mídia e 75% entre as mulheres.
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Desse modo, o mercado do futebol ainda sofre de sérios problemas estruturais que afetam diretamente os negócios gerados pelos clubes, especialmente em seus estádios e nas vendas de produtos. Um dado que preocupa bastante foi que somente 1 % dos torcedores brasileiros acima de 1 6 anos foram ao estádio nos últimos dois anos, em comparação com os 93% de homens que acompanham futebol pela mídia e 75% entre as mulheres. Os clubes brasileiros investem nos cartões sócios-torcedor, mas uma pesquisa aponta a baixa participação dos torcedores nesses projetos de sócio-torcedor, apenas 1 % dos torcedores. O torcedor é fundamental para os negócios dos clubes de futebol e isso fica muito claro nos clubes europeus. Grandes times europeus criaram uma relação muito próxima com seus torcedores, transformando ele nos principais responsáveis pelo investimento no futebol profissional. Esse fato faz com que o torcedor seja o principal fator para que seus times tenham equipes cada vez mais fortes e competitivas. Dessa forma, os grandes clubes europeus arrecadam cada vez mais dinheiro com o torcedor que vai ao estádio, que compra produtos licenciados e que se relaciona com seus patrocinadores e isso prova que os torcedores são o principal combustível para o lucro, fazendo os times tratarem os torcedores como clientes.
Essa transformação de torcedores em clientes faz com que os clubes gerem mais receitas, não só do torcedor, mas também com empresas patrocinadoras. Isso fez com que os times pudessem investir em melhores salários para seus jogadores e na contratação de novos jogadores, vemos isso na contratação de Neymar e também na contratação de Cristiano Ronaldo pela Juventus, o segundo caso, que na época era o melhor jogador do mundo, causou um reboliço no mundo do futebol, incentivando ainda mais os torcedores italianos a irem aos estádios, afinal quem não ia querer CR7 no seu time?! Como dito anteriormente, o público masculino é o que mais consume, mas isso não quer dizer que as mulheres não gostem ou não acompanhem o futebol. A comunidade feminina tenta ser ativa nesse grupo, porém enfrenta dificuldade, é horrível achar camisa de time de futebol feminina e quando acha é um único modelo e em algumas lojas chegam a ser mais cara que uma camisa masculina. Vemos que o mercado do futebol é marcado por altos e baixos, nossos jogadores a cada dia vem se tornando celebridades, onde importa mais o que eles vestem do que quantos gols fazem em uma temporada. Tem vários jogadores que jogam muito bem, no entanto por não causar manchete acabam não sendo reconhecido como devem.
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udo começou por volta de 1 940, quando a Prefeitura de Salvador resolveu juntar areia e o lixo de toda a Cidade Alta para aterrar parte da Enseada dos Tainheiros, acabando com um área de manguezais, onde peixes, mariscos e crustáceos viviam e se reproduziam, com o único intuito de suprir as necessidades de uma enorme quantidade de pessoas de baixa renda interessadas no novo mercado de trabalho que crescia em um ritmo insano na Península de Itapagipe, foi assim e sob essas circunstancias que nascem vários bairros como Baixa do Petróleo, Massaranduba e Uruguai. Localizado ao norte de Massaranduba e da Enseada dos Tainheiros, ao sul dos Mares e da Calçada, ao leste de São Caetano e a oeste de Roma, o bairro do Uruguai é um bairro central localizado na região da Cidade Baixa, construído por palafitas onde antes era só mar e manguezal, densamente povoada e interligada por becos e ruelas com outros bairros da região. No bairro encontra-se um Shopping de pequeno porte, o Shopping Bahia Outlet Center, a Igreja de Nossa Senhora dos Alagados e no fim de linha do bairro pode-se encontrar o Espaço Cultural Alagados e o antigo Cineteatro Alagados.
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A maioria de seus moradores, residem por lá a mais de vinte anos, alguns nasceram por lá, cresceram naquelas ruas e pretendem morrer exatamente ali, sendo assim, muitos passaram pela experiência de transformação que ocorreu na comunidade, a transformação de palafitas para o que é atualmente, para a felicidade de quase todos eles. Eliane Bastos, professora e moradora do bairro a mais de vinte anos afirma que, “Foi importante, mas durante o aterramento enfrentei vários problemas de saúde e acessibilidade.”, Flávio, de 65 anos e morador da travessa Jequitibá, diz que “Houve muitas melhorias de lá para cá, já ocorreu mortes quando era palafita, a ponte não era de qualidade.”, Laudete Silva, de 39 anos, concorda, “Quando ainda era palafitas era muito ruim, de pontes. Gostei muito da mudança.” Porém, os problemas do bairro não sumiram completamente após o fim das palafitas. O bairro ainda padece de problemas na infraestrutura, como asfaltamento, saneamento básico e condições precárias de moradia. Um dos problemas mais conhecidos do bairro se sucede principalmente na Rua do Uruguai, antiga rua direta, quase todas as vezes que chove forte a rua alaga em proporções surpreendentes para quem vê de fora, chegando a invadir a maioria das casas baixas do local.
Um outro problema notável da região é a criminalidade, de 1 4 moradores entrevistados no bairro, metade afirmaram que os tiroteios e assaltos na localidade é constante, e todos os eles afirmaram que a segurança no bairro deveria melhorar, apesar de existir no final de linha do bairro uma Base Comunitária de Segurança, da Polícia Militar.
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O que vem em sua mente quando escuta as palavras “Bairro do Uruguai”? O que você pensa quando alguém fala sobre ele? São coisas boas ou ruins? O Uruguai, bairro aterrado por lixo da Cidade Alta, invadido por famílias de operários do polo industrial de Itapagipe e surgido através de casas de palafitas em pleno manguezal, é para você um paraíso ou não chega nem perto disso? Muitas pessoas afirmam que quem vê de fora costuma sempre ter um olhar melhor e mais crítico sobre qualquer tipo de assunto, por isso, provavelmente quando você leu as minhas primeiras perguntas você deve ter se lembrado das inúmeras vezes que o bairro apareceu na televisão após uma longa e chuvosa chuva que deixou casas alagadas pela água que se acumulou nas ruas, ou então sobre as ocorrências de crimes que ocorreram pelos arredores da comunidade. E é com esse olhar e essas lembranças em mente, que, consequentemente, deduzimos que o bairro do Uruguai é ruim. Tanto para quem mora lá, tanto para quem só está ali de passagem. Mas, é nesse momento que temos todas nossas convicções e nossas deduções vão por água abaixo, porque após uma série de perguntas com alguns moradores do bairro, principalmente aqueles que residiam na rua do Uruguai, antiga Rua direta do Uruguai, e na rua do final de linha, onde fica a base comunitária militar do bairro, descobrimos que não era bem assim que os moradores viam o seu bairro. De catorze entrevistados, apenas dois afirmaram que sua rua alagava quando chovia, e apenas um disse que a água chegava a invadir sua casa, todo o restante, afirmou com bastante convicção que não tinha problemas com a chuva. E sobre a criminalidade? Metade dos entrevistados, confirmaram a frequência dos assaltos e tiroteios, enquanto a outra metade, que morava a casas de distância dos que afirmaram, disseram que não tinha nada daquilo no bairro. Como é possível uma pessoa negar a existência de tiroteios em uma região e seu vizinho afirmar que sim? Para entender melhor essa história e tentar descobrir alguma razão que explique essa discrepância de opiniões, que não seja um surto de surdez generalizado, vamos começar do início. 1 9 |Revista Equilíbrio
Tudo começou por volta da década de 40, quando após perceber que o mercado de trabalho na península de Itapagipe crescia de maneira incessante a Prefeitura de Salvador resolveu ceder as invasões que estavam ocorrendo na época na região da Enseada dos Tainheiros e, matando milhares de ecossistemas no meio do processo, providenciou o aterramento das marés com o lixo provindo da Cidade Alta. Foi assim que nasceu o bairro do Uruguai, cuja a maioria dos moradores, chegou quando as casas ainda eram de palafitas, as pontes matavam e as doenças assolavam todos os remanescentes. Eliane Bastos, professora e moradora do bairro a mais de vinte anos dá sua opinião sobre o processo de aterramento nos bairros, “Foi importante, mas durante o aterramento enfrentei vários problemas de saúde e acessibilidade.”, Flávio, de 65 anos e morador da travessa Jekitiba, diz que “Houve muitas melhorias de lá para cá, já ocorreu mortes quando era palafita, a ponte não era de qualidade.”, Laudete Silva, de 39 anos, concorda, “Quando ainda era palafitas era muito ruim, de pontes. Gostei muito da mudança.”
Taxas de mudanças dos problemas.
Conhecida a história do bairro, agora é necessário entender mais algumas coisinhas. Se você pudesse tivesse percorrido um longo caminho e tivesse parado em frente a uma bifurcação, onde de um lado você terá um caminho mais difícil e do outro lado terá um caminho sem nenhuma dificuldade, sabendo que o resultado encontrado no fim do caminho será completamente oposto um ao outro, qual vocês escolheriam? De acordo com profissionais diversos, a maioria da população escolhe o caminho mais fácil e isso é o que chamamos de comodismo. Quando não queremos sair de nossa zona de conforto ou preferimos o caminho mais fácil mesmo sabendo que não obteremos resultados realmente satisfatórios, estamos agindo de modo cômodo. Quando vivemos em meio a problemas após tantos anos, também nos acomodamos a esses problemas a ponto de parecerem algo normal em nosso ponto de vista. E é isso que acreditamos que tenha acontecido com a maioria de nossos entrevistados.
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P E G A A VI S ÃO
Equilíbrio emocional Robson Psicólogo
Diná
Psicóloga
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s psicólogos Diná e Robson que fazem parte do núcleo de apoio do Colégio da Polícia Militar- Ribeira concederam uma entrevista às alunas do terceiro ano A. Nessa entrevista os psicólogos falam sobre o equilíbrio emocional e como a falta dele pode afetar na vida de um aluno.
Com o a fa l ta d e e q u i l íb ri o e m oci on a l i n te rfe re n a vi d a e scol a r d os a l u n os? Interfere na atenção, o que chamamos de déficit de atenção, ou seja, quando você tem muita coisa na cabeça e fica pensando em tudo ao mesmo tempo. Consequentemente afeta a sua mente e o seu foco prejudicando muito os alunos, porque quando chega na avaliação o aluno mesmo sabendo o conteúdo acaba se auto sabotando, não conseguindo se concentrar. Dessa forma, é importante que os alunos tenham foco para conseguir se concentrar.
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Com o a fa l ta d e e q u i l íb ri o e m oci on a l i n te rfe re n o con vívi o soci a l d e u m a p e ssoa ? Vale ressaltar que o desequilíbrio emocional também pode ser chamado de ansiedade. Ou seja, uma pessoa ansiosa tem um comportamento agressivo e essa agressividade não só afeta o seu raciocínio como também a suas relações. Dessa forma, a pessoa age por impulso e muitas das vezes se arrepende do que falou ou do que fez; e mais uma vez vemos que isso é uma auto sabotagem. Desse modo, afeta tudo porque você acaba se tornando agressiva e no momento que você não agride uma pessoa (quando falamos de agressão não é só agressão física envolve também a agressão verbal), você se auto agride, o que chamamos de psicoativa, isto é, a automutilação. Por exemplo, roer unha (e tem gente que nem tem mais), outras arrancam os cabelos que chega a ficar com os buracos na cabeça, e tem gente que come caneta ou lápis. Tem outra coisa que quase ninguém sabe que é o bruxismo, a mania de ranger os dentes, da hora que acorda até a hora que dorme. Também tem a compulsão por alimentos que tem muito a ver com a ansiedade, ou seja, você acaba comendo além da conta e fica usando alimento como compensação, só que de forma agressiva; e por último que quase ninguém quer falar é o uso excessivo de bebidas, de drogas e a sexualidade agressiva, no qual a pessoa quer ter relações sexuais o tempo todo de forma descontrolada e sem amor, onde só tem sexo. Com o os h orm ôn i os fe m i n i n os a fe ta m n o e q u i l íb ri o e m oci on a l ? Psicólogo Robson- Diná, como mulher pode falar melhor sobre isso, por que as mulheres têm as questões hormonais que afetam diretamente nisso. Psicóloga Diná- Costumo ver muitas pessoas com a compulsividade - como Robson falou -, e tem casos que é necessário o uso de remédios e de tratamentos. No caso das mulheres é necessário procurar um ginecologista para ver essa questão hormonal e em casos extremos tem que procurar um psiquiatra para poder controlar isso. Com o os j ove n s p od e m d e se n vol ve r o e q u i l íb ri o e m oci on a l h oj e e m d i a ? Existem várias coisas que podem ajudar uma pessoa a desenvolver o equilíbrio emocional, por exemplo, a realização de atividades físicas e o acompanhamento com o nutricionista para melhorar a alimentação. Fazer yoga, pilates e academia podem ajudar a aliviar a tensão porque você acaba focando em algo, e quando chega a casos extremos, em que a terapia e a realização de atividades físicas não melhoram, é necessário o uso de medicamentos. Também tem a canalização positivista que é tentar manter a ansiedade positiva, ou seja, focar em coisas boas como esportes e atividades que alivia o estresse-.
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M ÃO S À O B RA
Decoração Reciclável
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eaproveitar materiais para decorar sua casa é uma atitude sustentável. Usar o que iria para o lixo para ajudar a na decorar a casa, além de ajudar o meio ambiente reutilizando matérias ajuda também a economizar. Muitas pessoas hoje em dia opta por esses tipos decorações. Na maioria das vezes não é necessário tanto investimento para montar esses objetos, com alguns matérias se consegue fazer um objeto novo, como por exemplo, usar garrafas pet para fazer puffs ou até engradados de cervejas, ou seja coisas que as pessoas usam e jogam fora e prejudicam o meio ambiente sendo utilizado para decorar e deixar a casa mais arrumada, fora que o dinheiro que pessoa gastaria para comprar um puff novo, usando matérias que você tem um casa dá pra fazer um novo, bonito e sustentável. Pensando nisso, selecionamos algumas ideias incríveis de reciclagem que podem ser usadas na decoração do seu lar. Confira!
Mini hortas de garrafa PET
Porta-lápis com latas de leite 23 |Revista Equilíbrio
Puffs feitos com pneus
Latas de chá para apoiar temperos
Carrinho de garrafa PET
Materiais
*Garrafa PET (de refrigerante) *4 tampinhas de refrigerante *Caneta *2 palitos de churrasco *Tesoura *Régua
Como fazer:
1 : Comece cortando um quadrado na lateral da garrafa, isso servirá como o assento do carro; 2: Faça 2 furos de cada lado da garrafa, e coloque 2 palitos de churrasco dentro desse furo, fazendo com que ele entre por um lado e saia pelo outro; 3: Faça furos no centro das tampinhas e as encaixe nos palitos de churrasco, uma tampinha em cada ponta dos palitos; 4: Decore, pinte, arrume, e divirta-se como quiser!
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