Gramado edição 21

GramadoEnfoco EDIÇÃO ESPECIAL 21 - 15 de agosto de 2014

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Distribuição Gratuita Dani Villar/PressPhoto

Um Festival de Cinema para ficar na história de Gramado

O ator Flávio Migliaccio foi homenageado com Troféu Oscarito, também foi lembrado por suas interpretações, ele completa 80 anos no próximo dia 26.

O ator franco-argentino Jean Pierre Noher fez uma declaração de amor à cidade de Gramado ao receber o Kikito de Cristal na última quinta-feira

Edison Vara/PressPhoto

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ESPECIAL FESTIVAL DE CINEMA

Abertura marcada por homenagem

Programe-se Dia 11, Segunda-feira 14:00 Mostra Infantil – Antes Que o Mundo Acabe, de Ana Luiza Azevedo 16:00 Mostra Cinema Gaúcho – Mamaliga Blues, de Cassio Tolpolar 19:00 Mostra Curtas Brasileiros - O Clube, de Allan Ribeiro 19:00 Mostra Longas Estrangeiros - El Crítico, de Hernán Guerschuny 21:30 Mostra Curtas Brasileiros - A Pequena Vendedora de Fósforos, Kyoko Yamashita 21:30 Sessão Especial – Janeiro 27, de Luiz Alberto Cassol e Paulo Nascimento Dia 13 - Terça-Feira 14:00 Mostra Infantil – Antes Que o Mundo Acabe, de Ana Luiza Azevedo 16:00 Mostra Cinema Gaúcho - O Mercado de Notícias, de Jorge Furtado 19:00 Mostra Curtas Brasileiros Compêndio, de Eugenio Puppo e Ricardo Carioba 19:00 Mostra Longas Estrangeiros - El lugar del hijo, de Manuel Nieto 21:30 TROFÉU OSCARITO – FLÁVIO MIGLIACCIO 21:30 Mostra Curtas Brasileiros - O Coração do Príncipe, de Caio Ryuichi Yossimi 21:30 Mostra Curtas Brasileiros - Esclavo de Dios, de Joel Novoa Dia 14, Quarta-feira 16:00 Mostra Cinema Gaúcho – O céu sobre mim, de Gian Baldi 19:00 Mostra Curtas Brasileiros - Se essa lua fosse minha, de Larissa Lewandowski 19:00 Mostra Longas Estrangeiros - Las Analfabetas, Moisés Sepúlveda 21:30 Mostra Curtas Brasileiros - Brasil, de Aly Muritiba 21:30 Mostra Longas Estrangeiros - A Luneta do Tempo, de Alceu Valença

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omeçou na Rua Coberta e se estendeu até o Palácio dos Festivais a abertura do 42º Festival de Cinema de Gramado.

Sob a regência do maestro Bernardo Grings e brindando o público com clássicos eternizados pela sétima arte, a Orquestra Sinfônica de Gramado foi a atração da cerimônia realizada, no fim da tarde de sexta-feira, dia 8, para marcar o início das mostras de filmes.

Depois, foi hora de movimentar o tapete vermelho do Palácio dos Festivais. O filme de abertura foi Isolados, de Tomás Portella, que trouxe os atores Bruno Gagliasso e Regiane Alves à cidade. Exibido fora de competição, a escolha foi uma homenagem ao ator José Wilker, falecido em abril deste ano e que era um dos responsáveis pela curadoria do evento – em parceria com o crítico Rubens Ewald Filho e o jornalista Marcos Santuário.

Antes da exibição, a roteirista Mariana Vielmond, filha de Wilker, e viúva Cláudia Montenegro receberam uma placa homenageando o profissional que durante anos também apresentou o Festival.

— É difícil conter a emoção. Uma homenagem como essa faz com que meu pai fique aqui conosco. Ele me trouxe, há 10 anos, para este Festival, e só tenho recordações muito boas daqui — comentou Mariana Vielmond.

O filme, um suspense psicológico que estreia no circuito em 18 de setembro, conta a história de um casal que se vê preso em uma casa na região serrana do Rio, em meio a um ataque serial killers.

EXPEDIENTE

Dia 14 - Quinta-Feira 16:00 Mostra Cinema Gaúcho – Dromedário no Asfalto, de Gilson Vargas 19:00 Mostra Curtas Brasileiros - O que fica, de Daniella Saba 19:00 Mostra Longas Brasileiros - Sinfonia da Necrópole, de Juliana Rojas 21:30 KIKITO DE CRISTAL – JEAN PIERRE NOHER 21:30 Mostra Curtas Brasileiros - Max Uber, de André Amparo 21:30 Mostra Longas Brasileiros - Infância, de Domingos de Oliveira Dia 15 – Sexta-Feira 16:00 Mostra Cinema Gaúcho - Balões, lembranças e pedaços de nossas vidas, de Frederico Pinto 19:00 M Curtas Brasileiros - Carta à uma jovem cineasta, de Luiz Rosemberg Filho 19:00 Mostra Longas Estrangeiros Alguns Dias Sin Música, de Matías Rojo 21:30 TROFÉU EDUARDO ABELIN – WALTER CARVALHO 21:30 M Curtas Brasileiros - Carranca, de Wallace Nogueira e Marcelo de Oliveira 21:30 Mostra Longas Brasileiros - Esse viver ninguém me tira, de Caco Ciocler Dia 16 – Sábado 21:00 Cerimônia de Premiação

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MOSTRA DE LONGAS-METRAGENS

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abertura da mostra competitiva contou, também, com uma grande novidade.

A Despedida foi exibido no Palácio dos Festivais com audiodescrição. A sessão contou com a presença de cerca de 50 pessoas com alguma deficiência visual.

Apesar do sucesso e da expectativa gerada após a projeção, ainda não há previsão de lançamento da tecnologia para os filmes nos cinemas.

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competição entre os longas brasileiros já começou com um forte candidato ao Kikito de melhor ator. Exibido na sexta-feira, dia 8, o filme A Despedida arrancou aplausos e lágrimas, com Nelson Xavier em uma interpretação memorável.

Desde o plano de abertura, ele conquistou o público. Embalado pela arrebatadora canção Esses Moços, na voz de Lupicínio Rodrigues, Almirante, personagem de 92 anos, começa o dia enfrentando seu enorme esforço físico para sair da cama e cumprir a corriqueira rotina de tomar banho, se vestir e barbear, movido pela vaidade de quem busca viver até a última fagulha.

Um dia, sai de para realizar desejos derradeiros e cumprir pendências afetivas, como se desculpar com um amigo e reencontrar a jovem amante, 50 anos mais jovem, interpretada com uma atuação à altura de Juliana Paes.

Durante a entrevista coletiva concedida na manhã de sábado, o diretor Marcelo Galvão explicou que o longa foi filmado em apenas 10 dias e com muitas tomadas únicas.

Juliana, que veio a Gramado pela primeira vez, chegou à sessão chorando, emocionada com a história de amor entre gerações e pela visão realista com que o filme tratou o tabu da velhice. Ainda amamentando o filho de então cinco meses, a atriz disse que não levou a vaidade em consideração durante as gravações: — Não me importei com os peitos enormes, que ficavam meio esquisitos. Só tenho vaidade fora de cena. Meu corpo tem de estar a serviço da personagem.

Cheguei para o Nelson e disse: “Pode botar a mão”.

NOITE DE GUERRA

Segunda noite com mostra competitiva, o sábado foi bélico no Palácio dos Festivais, com exibição de dois filmes contextualizados em batalhas históricas.

Às 19h, a superprodução épica Os Senhores da Guerra, de Tabajara Ruas, contou a história de dois irmãos (Rafael Cardoso e André Arteche) que se veem em lados opostos na guerra entre chimangos e maragatos, entre 1923 e 1924.

Projetado originalmente para ser dois longas, o filme tem como centro o drama fraternal, mas a trama é carregada pelo contexto histórico do longa.

No fim da exibição, mais de 70 pessoas de elenco e equipe técnica subiram ao palco para aplaudir.

Na sessão das 21h, outro drama baseado num episódio real. Com locações na Itália, A Estrada 47, de Vicente Ferraz, acompanha a missão de um grupo da Força Expedicionária Brasileira que, numa missão considerada impossível, enfrenta a 2ª Guerra Mundial.

O esquadrão sofre um ataque de pânico e se dispersa. Os remanescentes enfrentam o frio das montanhas e tentam desarmar um campo minado, na Estrada 47, por onde passariam tropas aliadas. No bom elenco, Daniel de Oliveira e Júlio Andrade protagonizam uma história de coragem e camaradagem.

Longa-metragem infanto-juvenil exibido no domingo tem previsão de estreia em dezembro nos cinemas.

Dirigido por Helvécio Ratton, O Segredo dos Diamantes investe em uma história infantojuveil rodada na região de Diamantina.

O filme conta a história de um garoto de 14 anos que, com a ajuda de dois amigos, busca um tesouro para salvar a vida do pai. O elenco conta com o jovem Matheus Abreu, Dira Paes e a atriz mineira Manoelita Lustosa, que morreu em julho, em seu último trabalho no cinema.

LONGA JUVENIL

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MOSTRA DE CURTAS

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Pequenas grandes histórias na disputa do Kikito

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omeçou com um preto e branco bonito e dramático a Mostra Competitiva de Curtas Metragens do 42º Festival de Gramado.

Primeiro filme da categoria a ser exibido, no dia 9, sábado, o paraibano Contínuo, de Carlos Ebert e Odécio Antonio, retrata os transtornos de um homem imerso num mundo quadrado, burocrático e sem cores. A obsessividade do protagonista é marcada na narrativa por um jogo de planos e enquadramentos engenhoso.

O personagem de Contínuo, interpretado por Odécio, demorou para ser totalmente criado. Foram sete meses de pesquisa sobre TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo). As características dele foram criadas a partir de observações cotidianas.

— Durante a pesquisa, encontramos uma pessoa conversando com ela mesma e também agregamos essa característica — contou o diretor.

Também no sábado, às 21h, foi a vez de La Llamada, do diretor Gustavo Vinagre, produzido na escola de cinema cubana de San Antonio de Los Baños.

Lázaro Escarze, cubano revolucionário de 87 anos, vive em um pequeno povoado e instalará seu

telefone pela primeira vez na vida.

— A trama tem uma linha muito tênue entre o improviso e a realidade. Em alguns momentos, o protagonista realmente se sentiu incomodado — comentou o diretor, cuja decisão de fazer este diálogo entre ficção e realidade serviu para tornar a história mais natural, deixando os sentimentos aflorarem sem necessariamente seguir um roteiro pré-estabelecido.

No domingo, dia 10, o curta em competição exibido foi o pernambucano História Natural, de Júlio Cavani, emoldurado por um verde que chega a parecer pintura. A requintada realização apresentou um protagonista que escala árvores altíssimas para extrair estranhos organismos, semelhantes a casulos e que produzem sons.

— Foi difícil encontrar o ator ideal. Precisava de um que escalasse árvores. Então, encontrei Norberto de Souza, um catador de cocos. Com sua profissão quase em extinção, ele é um patrimônio vivo — acredita Júlio.

No total, concorrem em Gramado 14 curtas-metragens. Confira a programação na página 2.

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MOSTRA GAÚCHA

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Os primeiros premiados do Festival de Cinema

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oram conhecidos na noite deste domingo, dia 10, os primeiros vencedores da 42ª edição do Festival de Cinema de Gramado.

Depois de exibir 17 filmes entre sábado e domingo, a Mostra Gaúcha de Curtas – Prêmio Assembleia Legislativa coroou dois filmes com todos os kikitos. Domingo de Marta levou seis troféus e Linda, Uma História Horrível ficou com cinco. Já Sioma – O Papel da Fotografia levou o prêmio Exibição Curtas Gaúchos, concedido pelo terceiro ano pela RBS TV, e o novo Aquisição TVE. Os vencedores de cada categoria receberam prêmio de R$ 2,5 mil.

No próximo sábado, dia 16, ocorre a cerimônia de premiação da mostra competitiva de longas nacionais e estrangeiros, além dos curtas brasileiros.

Confira os premiados Melhor Filme: Domingo de Marta Melhor Diretor: Gabriela Bervian, por Domingo de Marta Melhor Atriz: Sandra Dani, por Linda, Uma História Horrível Melhor Ator: Rafael Régoli, por Linda , Uma História Horrível Melhor Roteiro: Gabriela Bervian, Gilson Vargas, Moisés Westphalen por Domingo de Marta Melhor Produtor: Jéssica Luz, Bibiana Osório, Bruno Gularte Barreto por Linda, Uma História Horrível Melhor Edição de Som: Gabriela Bervian, Domingo de Melhor Música: “Redoma” de Filipe Catto, por Linda, Uma História Horrível Melhor Direção de Arte: Valéria Verba por Linda, Uma História Horrível Melhor Montagem: Vicente Moreno, Domingo de Marta Melhor Fotografia: Bruno Polidoro por Domingo de Marta Prêmio Exibição Curtas Gaúchos RBS TV: Sioma – O Papel da Fotografia, de Karine Emerich e Eneida Serrano Prêmio Aquisição TVE: Sioma – O Papel da Fotografia, de Karine Emerich e Eneida Serrano

HOMENAGENS

As lágrimas de Rodrigo Santoro

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ais badalado ator brasileiro no Exterior, quase chegando aos 40 anos e com uma bagagem de bons filmes, Rodrigo Santoro chorou.

Primeiro dos quatro profissionais que serão agraciados com troféus especiais durante a programação do Festival de Cinema de Gramado, o ator petropolitano não conteve a emoção na coletiva que antecedeu a premiação e nem depois, durante a cerimônia, realizada no sábado, dia 9, antes entre a exibição de um longa e outro.

– É uma honra e uma alegria ver aqui que o resultado dessa jornada está sendo entendida como uma contribuição ao cinema. Receber esse reconhecimento é também um incentivo muito grande. As pessoas associam a imagem do artista ao glamour, que também faz parte do nosso

trabalho, mas não é só isso — comentou, ao ressaltar que foi um privilégio ter vivido os últimos 20 anos dedicado a fazer o que mais ama na vida. À noite, o grande homenageado com o Troféu Cidade de Gramado fez um discurso interrompido por suspiros e lágrimas ao destacar as grandes passagens de sua carreira e os aprendizados inesquecíveis.

Ainda serão homenageados durante a semana Flávio Migliaccio, que receberá o Troféu Oscarito, concedido a grandes nomes do cinema nacional; Jean Pierre Noher, premiado com o Kikito de Cristal, que destaca expoentes do cinema latinoamericano; e Walter Carvalho, com o Troféu Eduardo Abelin, que destaca grandes diretores, cineastas ou entidades de cinema brasileiros.

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AVANT PREMIÈRE

Um Festival para Gramado se orgulhar

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ma das grandes novidades deste ano, a programação antecipada do Festival de Cinema lotou o Palácio dos Festivais.

— Um dos nossos objetivos é proporcionar às pessoas que ajudam a construir todos os eventos de Gramado duas noites de encantamento e alegria — disse João Pedro Till, presidente da Gramadotur.

Na quarta-feira, dia 6, a Avant Première contou com a exibição do longa Colegas, de Marcelo Galvão. Vencedor do Kikito de 2012, o filme conta a história de três jovens com Síndrome de Down que, inspirados pelo filme Thelma & Louise, fogem do instituto onde vivem.

No dia 7, os curtas do Educavideo estrearam no tapete vermelho e ganharam, pela primeira

vez, o mesmo espaço dos filmes profissionais que concorrem ao Kikito.

— Sonhava um dia estarmos no Festival de Cinema, mas não imaginava que nossa estreia fosse tão cedo — comemorou a coordenadora Denise Foss, pouco antes da exibição dos filmes produzidos por alunos do 6º ao 9º anos da rede municipal de Gramado.

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DEPOIMENTOS

O Festival de Cinema na opinião do Presidente da Gramadotur João Pedro Till, faz uma reflexão e diz: “ Festival de Cinema vem crescendo a cada ano. Tenho escutado ao longo da semana muitos depoimentos. O importante é que isto não é uma percepção nossa, mas sim do segmento cinematográfico que vem se consolidando como o maior Festival de Cinema de todo o Brasil.

Isso para nós é um motivo de satisfação, de orgulho, mas também de uma enorme responsabilidade de manter este nível e procurar não comparar o nosso trabalho com o dos outros.

A nossa intenção já é preparar amanhã um trabalho melhor que hoje, buscando a afirmação, o crescimento e a consolidação cada vez maior, não só no Brasil, América Latina, mas quem sabe daqui a um tempo avançar um pouco mais.

Este é o nosso objetivo, é a nossa meta de trabalho, diante da GramadoTur. Não me lembro de ter visto filmes bem categorizados, bons como neste ano. Isto nos remete a uma excelente safra de cinema nacional e latino.

Os curadores tiveram mais de 700 filmes para escolher e souberam selecionar da melhor forma.

Tudo se complementa. O clima externo estando bom e o interno também, só posso finalizar dizendo que a conjugação de esforços que nos leva ao grande sucesso do Festival.”

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HOMENAGENS

Flávio Migliaccio

Mais de 40 filmes no currículo, ele subiu ao palco para receber o Troféu Oscarito Na noite desta terça-feira (12), o ator Flávio Migliaccio foi homenageado no Festival de Gramado, onde também foi lembrado por suas interpretações, por seu trabalho.

O ator completa 80 anos no próximo dia 26, foi aplaudido no Palácio dos Festivais onde recebeu o troféu Oscarito pelo conjunto da obra, das mãos de Nelson Xavier. Em seu discurso disse: -Não gosto desse endeusamento do artista. A profissão de ator é a mesma coisa de um pedreiro, de um marceneiro.

Com mais de 40 filmes no currículo, ele subiu ao palco para receber o Troféu Oscarito, dedicado a grandes nomes do cinema nacional. A distinção foi entregue pelo ator Nelson Xavier.

“Nada mais justo que esta homenagem vá para o Flávio”, disse Xavier, lembrando quando viu Migliaccio atuando pela primeira vez, no espe-

táculo “Eles Não Usam Black-Tie”. “Quando vi o Flávio em cena, foi uma surpresa. Foi uma interpretação que, sem exageros, revolucionou o teatro brasileiro”, lembrou o ator.

Após erguer o troféu e ouvir as palavras do colega, Migliaccio abraçou Xavier e revelou: “Eu estava preparado para me emocionar depois, não antes!”. O homenageado, para expressar sua emoção com o prêmio, contou uma história inédita para o Festival, segundo ele. Quando estava na escola com 10 anos, Migliaccio, em um tema de casa sobre quem queria ser quando crescer, disse que sonhava em ser Oscarito. “Não consegui ser ele, mas pelo menos tenho a mesma profissão. E receber um troféu com o nome do Oscarito, não sei se é destino ou sorte, só sei que é mágico!”, vibrou o ator.

GRANDES NOMES

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Alceu Valença - ‘A Luneta do Tempo’ Com quatro décadas de carreira musical, o artista pernambucano Alceu Valença estreia na direção de um longa-metragem. Segundo ele, um sonho antigo, que começou a ser desenhado há 15 anos, se materializou no musical “A Luneta do Tempo”, que foi exibido pela primeira vez hoje, na 42ª edição do Festival de Cinema Gramado, no Palácio dos Festivais.

O músico também assina o roteiro da obra, que tem Irandhir Santos e Hermila Guedes (destaque nos filmes “Baixio das Bestas” e “O Céu de Suely”, como protagonista) nos papéis dos personagens Lampião e Maria Bonita.

O músico Alceu Valença agitou Gramado com a exibição do seu primeiro longa-metragem. No debate na sala de debates da Sociedade Recreio Gramadense ele falou sobre o seu debut cinematográfico, estrelado por Irandhir Santos e Hermila Guedes, a produção faz uma releitura da clássica história de Lampião e Maria Bonita. A ideia de virar cineasta veio por acaso. “Era uma época em que eu estava escrevendo muitas coisas, não apenas música. Encontrei Walter Carvalho, que me perguntou o que eu estava produzindo, e ele chegou ao material que deu origem ao filme. O texto não tinha um destino certo, até Waltinho dizer: isso é cinema!”, contou o diretor.

Alceu Valença gosta de dizer que faz cinema de autor e que sua obra é inteiramente nova: “Gosto de fazer algo que é meu. Não uso referências, pois obras que têm referências muito evidentes soam como cópias. E eu detesto cópias! ‘A Luneta do Tempo’ não é Broadway ou ópera, é um filme brasileiro, algo completamente original”.

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MOSTRA DE CURTAS

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Emoção na apresentação de Janeiro 27 O Festival de Cinema de Gramado, fez uma pausa na mostra competitiva de longas-metragens nacionais e ganhou contornos de denúncia na noite desta segunda-feira (11). O documentário “Janeiro 27”, sobre o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, foi exibido no Palácio dos Festivais, fora de competição, com o objetivo de fazer um alerta para evitar que tragédias semelhantes como a que vitimou 242 pessoas se repitam ou caiam no esquecimento.

Dirigido pelos cineastas Paulo Nascimento e Luiz Alberto Cassol e produzido pelo ator Leonardo Machado, o longa-metragem é baseado em entrevistas com pais e familiares de vítimas, sobreviventes e pessoas que ajudaram no resgate de quem estava na casa noturna em 27 de janeiro de 2013, madrugada do incêndio.

A produção foi realizada depois de um pedido da Associação das Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), presidida por Adherbal Ferreira, que perdeu a filha de 22 anos no incêndio. Após negar dezenas de propostas para trabalhar em uma obra desse tipo, Cassol diz que aceitou o convite na intenção que as cenas daquela noite jamais se repitam.

O realizador é incisivo quando diz que não se orgulha de ter um documentário com esse enredo em sua filmografia. “Eu não queria ter esse documentário na minha trajetória. Porque o documentário existe porque a tragédia aconteceu. E que não podia ter acontecido”, sustentou. “Não me orgulha nada estar aqui nesse momento. Mas já que a tragédia aconteceu, os pais fizeram o convite, e a gente aceitou, ok. E essa é a nossa bandeira”, concluiu.

Antes do início da projeção, os familiares subiram ao palco junto com os realizadores do documentário.

Rafael Cardoso x Tabajara Ruas “OS SENHORES DA GUERRA” O ator gaúcho, Rafael Cardoso esteve em Gramado para a apresentação do longa de Tabajara Ruas. Protagonista do novo filme, que integra a mostra competitiva brasileiro do 42º Festival de Cinema de Gramado. Atualmente na novela “Império”, ele não esconde o nervosismo: “É um verdadeiro frio na barriga estar aqui com este longa, cujo longo trabalho foi repleto de amor e carinho. Sem falar que estamos colocando na tela uma parcela da história do Rio Grande do Sul”.

O diretor do filme é Tabajara Ruas, que ainda, durante o Festival, no dia 14 de agosto autografou mais uma de suas obras o livro intitulado Minuano, Tabajara também é o responsável por clássicos históricos do cinema gaúcho como “Netto Perde Sua Alma”. “Os Senhores da Guerra” foi um dos filmes apresentados no segundo dia do Festival, no Palácio dos Festivais.

Amor dedicado à Gramado KIKITO DE CRISTAL PARA JEAN PIERRE NOHER O ator franco-argentino Jean Pierre Noher fez uma declaração de amor à cidade de Gramado ao receber o Kikito de Cristal na última quinta-feira, 14 de agosto. Em seu discurso no 42° Festival de Cinema de Gramado. ao lembrar que foi somente após ganhar um prêmio em Gramado que sua vida como ator passou a ser conhecido pelo público brasileiro.

O Kikito de Cristal, instituído em 2007, é concedido a atores e realizadores como forma de reconhecer a trajetória do artista. “Estou muito feliz. Não sei se mereço pela trajetória, seguramente tem muitos colegas que merecem mais que eu”, afirmou.

“Em cada matéria que eu participo, eu sempre falo o mesmo: a porta, a janela, foi Gramado. Então, muito obrigado. É como eu disse na época, Gramado você me faz feliz, você é linda demais”, declarou o ator.

Tudo começou no ano de 2001, quando, segundo ele, a menção especial e o Kikito recebido pela atuação no longa-metragem “Um Amor de Borges”, de Javier Torre, foram um divisor de águas em sua carreira como ator.

Noher tem mais de 20 filmes e cada vez mais tem trabalhado no Brasil, atuou em telenovelas do horário nobre como “Avenida Brasil” e “A Favorita” e atualmente está no ar em “O Rebu”, com o filho Michel Noher, que também integra o elenco e acompanhou o pai em Gramado.

Música para ouvir Diogo Rosa, veio de Balneário Camboriú, para prestigiar o Festival de Cinema e divulgar seu segundo CD. O músico que estava na companhia do Diretor Gramadense Maciel Brum, disse que uma de suas grandes paixões é o teatro, e que cinema é uma vertente que ele ainda anseia. Com músicas em português e francês Rosa conta que sua carreira começou aos 12 anos com o incentivo de sua mãe que também é cantora. Com uma carreira que alça vôo, aos 27 anos, seu repertorio é amplo e cheio de emoção e tem influências de Ben Harper, Bride, Jack Johnson, Jahn Frusciante, Janires, John Mayer, Red Hot Chilli Peppers Surf Rock.

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PRÊMIO ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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Os primeiros vencedores do Festival

Saíram os primeiros vencedores do Festival de Cinema de Gramado, na noite de domingo (11), foram conhecidos os premiados na mostra gaúcha de curtas-metragens. O grande vencedor da noite foi o filme “O Matador de Bagé”, de Felipe Iesbick, que levou para casa os prêmios de melhor filme, melhor ator e melhor música.

Emocionado, o diretor disse que realizou um sonho. “Em 2011, viemos a Gramado assistir aos curtas gaúchos e fiquei pensando em como seria estar no lugar deles. Hoje sei que é muito bom estar aqui e fazer parte de tudo isso”, discursou Iesbick.

Na mesma competição, o projeto Curtas Gaúchos, da RBS TV, entregou um prêmio especial, para curtas-metragens com temática e classificação etária livre para exibição na televisão. O filme vencedor foi “As Memórias do Vovô”, de Cíntia Langie.

Os demais prêmios técnicos foram praticamente distribuídos entre grande parte dos concorrentes. O vencedor de cada categoria faturou um prêmio de R$ 2,5 mil em dinheiro, além de troféu. As exceções foram os ganhadores de melhor direção, que também ganhou uma bolsa para cursos, e melhor filme, que ganhou R$ 5 mil em dinheiro e o valor de R$ 8 mil em aluguel de equipamentos.

Antes da entrega dos prêmios, o secretário de cultura do RS, Luiz Antônio de Assis Brasil, anunciou o lançamento de um novo edital de fomento para o cinema produzido no estado, no valor de R$ 1 milhão, para projetos de longas-metragens. Os recursos devem estar disponíveis nos próximos meses. Outra seleção também deve ser aberta em breve para projetos de curtas e documentários.

Os vencedores Melhor filme: “O Matador de Bagé”, de Felipe Iesbick Melhor direção: Iuli Gerbase, por “Férias” Melhor ator: João França, por “O Matador de Bagé” Melhor atriz: Aline Jones, por “A Princesa” Melhor roteiro: Édnei Pedroso, por “Armada” Melhor fotografia: Pablo Chasseraux, por “Kassandra” Melhor montagem: Matheus Heinz, por “Codinome Beija-Flor” Melhor direção de arte: Pedro Karam, por “Férias” Melhor música: Frank Jorge, por “O Matador de Bagé” Melhor edição de som: Tiago Bello, por “Tomou Café e Esperou” Melhor produtor executivo: Maurício Santos da Silva, por “Ed” Prêmio exibição Curtas Gaúchos RBS TV: “As Memórias do Vovô”, de Cíntia Langie