03 Arlen Santiago - Apresentação Oncologia final- Dr2

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CACON’s “INTEGRALIDADE NA ONCOLOGIA:

Definição de Responsabilidades”


CÂNCER O DESAFIO DA MEDICINA ATUAL • Consumo de grande volume de recursos financeiros. • Problema de saúde pública. • Vigilância Epidemiológica: conjunto de ações regulares e articuladas.

• Objetivos da vigilância: garantir informações relevantes, atualizadas e de qualidade sobre agravos e os riscos de adoecer e morrer. • Vigilância comporta duas áreas de concentração: 1- Ocorrência do câncer, baseada em registros. 2- Fatores de risco, baseado em inquéritos e sistemas especiais de vigilância.


CÂNCER • De acordo com o INCA: 1990 a 2000, o Brasil avançou no seu Sistema de Informação sobre mortalidade no que diz respeito aos registros de câncer e dados de incidência. • É de competência daqueles que diagnosticam, que atestam os óbitos, que administram e gerenciam as instituições e o sistema de saúde, continuarem trabalhando no sentido de prover e alimentar o sistema de dados progressivamente com abrangência e qualidade.


Óbitos ocasionados por doenças cardiovasculares e por câncer no Brasil Fonte: INCA


Índice de mortalidade por câncer no Brasil Fonte: Ministério da Saúde

2010: 54% a 56% conseguem se curar


CÂNCER • Atualmente, o câncer representa a terceira mais importante causa de morte na população masculina brasileira, após as doenças cardiovasculares e as causas externas. • Entre as mulheres com mais de 40 anos, a doença constitui-se na segunda mais importante causa de morte, seguindo-se aquelas decorrentes por doenças cardiovasculares. Fonte: INCA/MS


Resultados • Em 1995, foram registrados no Brasil 98.795 óbitos por câncer. • Entre 1980 e 1995, as taxas de mortalidade por todos os tipos de câncer apresentaram variação percentual negativa:

*Homens (-0,3%) *Mulheres (-4,8%) • Anualmente entre os homens, as taxas, equivalentes por 100.000, diminuíram de 62,5 para 62,3 e nas mulheres, de 52,5 para 50,1. Fonte: INCA/MS


Nas regiões Norte, Nordeste , CentroOeste, Sul e Sudeste as taxas aumentaram • Somente na Região Nordeste, as neoplasias representam a terceira causa de morte por doença, consistindo de 6,34% dos óbitos atestados, ficando apenas 0,02 pontos percentuais depois das doenças infecciosas e parasitárias. • O Nordeste destaca-se por apresentar taxas, de mortalidade por câncer em geral e por tipos específicos, expressivamente mais baixas que as demais regiões do país. Fonte: INCA/MS


Fonte: INCA/MS


Fonte: INCA/MS


INCIDÊNCIA DE CÂNCER (ESTIMATIVA/2009)

Ca de pulmão

Rio Grande do Sul

21 (para 100 mil mulheres)

Ca de pulmão

Rio Grande do Sul

48 (para 100 mil homens)

Ca de próstata

Rio Grande do Sul

80 (100 mil homens)

Ca de estômago

Ceará

10 (100 mil mulheres)

Ca de estômago

Ceará

17 (100 mil homens)

Fonte: Estimativa 2009: incidência de câncer no Brasil MS/INCA/Conprev/Divisão de Informação


Anualmente, surgem: 470.000 novos casos no Brasil

Esta proporção nos países em desenvolvimento, é de 1 para cada 15 indivíduos, considerando a estrutura etária mais jovem. Fonte: INCA/MS


ESTIMATIVA DO NÚMERO DE CASOS NOVOS, SEGUNDO SEXO, BRASIL 2010 ( INCA/MS) PRÓSTATA : 52.350

MAMA FEMININA: 49.240

TRAQUEIA, BRÔNQUIOS E PULMÃO: 17.800

COLO DO ÚTERO: 18.430

ESTÔMAGO:13.820

CÓLON DO RETO: 14.800

CÓLON E RETO: 13.310

TRAQUEIA, BRÔNQUIOS E PULMÃO: 9.830

CAVIDADE ORAL: 10.330

ESTÔMAGO: 7.680

ESÔFAGO: 7.890 LEUCEMIAS: 5.240 PELE MELANOMA: 2.960 OUTRAS LOCALIZAÇÕES: 59.130

LEUCEMIAS: 4.340 CAVIDADE ORAL: 3.790 PELE MELANOMA: 2.970 ESÔFAGO: 2.740

TODAS AS NEOPLASIAS SEM PELE: 182.830

OUTRAS LOCALIZAÇÕES: 78.770

TODAS AS NEOPLASIAS: 236.240

TODAS AS NEOPLASIAS SEM PELE: 192.590 TODAS AS NEOPLASIAS: 253.030


De acordo com o INCA: • O SUS em 2008: realizou 2,6 milhões de mamografias, um incremento de 100% em relação ao ano de 2000. A meta é alcançar, em 2011, o número de 4,4 milhões de exames. • O Ministério da Saúde injetou R$ 94 milhões, além do orçamento regular, para aumentar a oferta de mamografias e de exames de papanicolau no (SUS). • A meta do Ministério da Saúde é que 80% das brasileiras, entre 25 e 59 anos, tenham realizado um exame de papanicolau nos últimos 3 anos até 2011.


Fatores de risco e prevenção • O envelhecimento populacional é a principal causa de câncer em todo o mundo. • A esperança de vida da população brasileira, que era de 62 anos em 1980, será de 76 anos, no ano de 2020. • Quanto mais a população envelhecer, maior a probabilidade de desenvolver câncer. • Além do envelhecimento, tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo e ingestão de comidas gordurosas são considerados fatores de risco associados, assim como a exposição ao sol sem proteção. Fonte: INCA/MS


De acordo com o INCA:


Hoje existem no mundo mais de 20 milhões de pessoas com Câncer e, em 2020, serão mais de 30 milhões. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, a cada ano, este número aumentará de 10 milhões para 15 milhões em 2020. Assim como, 60% de todos os novos casos ocorrerão nos países menos desenvolvidos. O câncer é responsável por 12% de mortes. Fonte: INCA/MS


A situação da Radioterapia no Brasil Contas no vermelho • A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 60% dos pacientes com câncer necessitarão de radioterapia. • Nos Estados Unidos essa estimativa é de 70%. • Dos 470.000 novos casos este ano, aproximadamente 300.000 deveriam receber tratamento radioterápico. • Atualmente, existem 190 serviços de radioterapia no país, com 267 aparelhos. • Em Minas Gerais existem 28 serviços radioterápicos. Fonte: Sociedade Brasileira de Radioterapia


*Jornal Folha de S. Paulo, em 25/03/2008

(54.000 pacientes em fila de espera) • •

6 meses de espera média. Déficit de 85 equipamentos Insistência do governo em:

1- Tratar o paciente integralmente 2- Ao mesmo tempo, descredencia os serviços isolados existentes


Instalação do serviço radioterápico • Segundo dados do MS publicados recentemente no PAC, a instalação de um serviço básico de radioterapia que contemple um acelerador linear, um acelerador linear com elétrons, cobalto,IMRT,IGRT, um sistema de planejamento tridimensional, um equipamento de braquiterapia de alta taxa de dose e um aparelho de tomografia computadorizada, custa aos cofres do governo brasileiro R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais). • Instalação de responsabilidade de um grupo privado: o custo do investimento é acrescido de aproximadamente 45%, devido a taxas e impostos, aumentando o custo diário de sua utilização e consequentemente o tempo de amortização do débito, que ocorre geralmente em 7 anos. Fonte: Sociedade Brasileira de Radioterapia


• Os aparelhos de radioterapia são importados. • Não existe tecnologia nacional para suprir a produção de de ponta da medicina.

equipamentos

• O governo federal cobra impostos. • Na área industrial, libera em vários casos estas taxas. • A taxa de importação de cada aparelho é de 47%. • Segundo estudo da AMB, cada sessão de quimioterapia custa R$ 70,00, porém o MS paga pelos serviços apenas R$ 17,00.

 Por mais que estejamos falando de saúde, qual empresário terá interesse em investir em radioterapia, para ficar no vermelho? Fonte: Sociedade Brasileira de Radioterapia


Exibição da TV Globo, dia 25 de Maio de 2009 Aparelhos doados ao governo do Pará e que não foram implantados •

Em Belém, o Hospital Ophir Loyola é o único do Pará que oferece tratamento para doentes com câncer. Atende 2 mil novos casos por ano. Mas, dos 4 equipamentos usados para radioterapia, 2 estão quebrados.

De acordo com a matéria do Jornal Nacional, o Ministério da Saúde afirma que gastou R$11 milhões na compra dos 4 equipamentos.

Segundo o Ministério, dois aparelhos chegaram ao Pará em 2004, um veio em 2006 e o último em 2007.

O ex-secretário estadual de Saúde, o médico Fernando Dourado, entrevistado, reagiu com um cinismo capaz de corar anêmico. “O único equipamento que chegou em nosso governo foi em setembro de 2006, último ano de nossa administração, e ele dependia de uma obra. Foram deixados recursos e a planta pronta e até hoje a obra não começou”, declarou Dourado, que protagonizou uma gestão pontuada por denúncias de corrupção, formuladas pelo Ministério Público.


“Momento de reflexão sobre as possíveis soluções”


A abordagem integrada das modalidades terapêuticas aumenta a possibilidade de cura e a preservação dos órgãos

• Atualmente, poucas são as neoplasias malignas tratadas com apenas uma modalidade terapêutica. •

Importante: Assistência total pela integração de serviços oncológicos (de cirurgia, radioterapia e quimioterapia), entre si e com serviços gerais, em estrutura hospitalar, cuja regulamentação para credenciamento e habilitação foi atualizada pelas portarias SAS no 741/2005, no 361/2007 e no 146/2008 e suas subsequentes


INAMPS X SUS • A Constituição de 1988 previa que a verba para o SUS seria de 30% do orçamento da seguridade social. • Significado desse percentual: Aproximadamente o dobro do orçamento atual do SUS. • Surgiram: artifícios legais para que o orçamento fosse diminuindo. •   

Hoje, 20 anos depois: SUS, sai da adolescência Continua em processo de afirmação Ainda não conseguiu estabelecer regras adequadas e permanentes de financiamento Fonte:Cremese - Conselho Regional de Medicina de Sergipe


SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE- SUS • Atendimento do SUS: 80% da população brasileira, aproximadamente 150 milhões de pessoas. • Consumo: 45% do total de gasto com saúde no país. • Enquanto o setor de saúde suplementar, representado pelos planos de saúde, tem 40 milhões de usuários, que representam 20% da população e consomem 55% desse total de gastos.

 Dados demonstram: a necessidade de um financiamento melhor para o sistema público. Nos últimos 20 anos: a União diminuiu sua participação total nos gastos com a saúde de 75%, em 1980, para 49%, em 2005, enquanto que os municípios e estados saíram de 25% para 51%. Fonte: Cremese - Conselho Regional de Medicina de Sergipe


• SUS : paga-se, em média, R$ 10,00 reais por consulta. • INAMPS : pagava-se seis unidades de valor. Cada unidade correspondia a 1% do salário mínimo. • O salário mínimo, hoje, é R$ 510,00. • Assim, 6 unidades corresponderia a R$30,60 Fonte: Diagnóstico da saúde pública no Brasil


20 ANOS DE SUS É NECESSÁRIO:  Firmar definitivamente com um financiamento adequado  Uma gestão profissionalizada e compartilhada entre todos os níveis de poder e com uma política de recursos humanos que valorize efetivamente os profissionais O DESAFIO DO BRASIL É:  Tornar a saúde uma real prioridade de governo  As pesquisas de opinião mostram que a saúde é o principal problema na visão da população.


• A OMS, recomenda um gasto mínimo de U$ 500 dólares/pessoa/ano para fazer a saúde de seu povo. Nesta lógica, 190 milhões de habitantes X U$ 500 dólares, o dólar a R$ 1,68, o gasto seria de aproximadamente R$ 159 bilhões de reais/ano, ou R$840 pessoa/ano. • O Ministro da Saúde diz gastar somente R$1 pessoa/dia, ou R$ 365,00/ano; ou metade do mínimo. • O orçamento da saúde no Brasil de 2010, do Governo Federal, o previsto é R$ 47 bilhões. •

Os Estados teriam de gastar 12% do orçamento e 15% dos municípios.

• Dos U$ 500 previstos, chegamos a U$ 280 somando, inclusive com os “Planos de Saúde”, praticamente a metade no Brasil. • Na mudança da U.R.V para o Real, a defasagem do pagamento do SUS aos hospitais conveniados chegou a 26,5%, e somado aos 40% da inflação do primeiro ano real, inviabilizou este atendimento. Fonte: Site Formadores de Opinião


*Jornal Estado de Minas, 17/05/2010 Brasileiro paga em média R$ 2,2 mil ao ano para bancar SUS e plano de saúde Os impostos que saem do bolso de cada brasileiro para financiar a saúde pública devem somar, este ano, uma receita próxima a R$ 135 bilhões, valor que é considerado aquém das necessidades do sistema, mas que para os usuários representará, em média, mais de R$ 700. O investimento das famílias não para por aí. Além de garantir a saúde pública, cada um dos 42 milhões de brasileiros que financiam a rede privada, pagando pelos convênios médicos, deve desembolsar R$ 1,5 mil por ano, em média, estimativa baseada num avanço de 6% da receita da saúde suplementar em 2010, comparada à de 2009. O desembolso total dessa parcela da população deve ser de R$ 2,2 mil, em média, sem incluir as despesas também altas com medicamentos. Esse custo equivale a 4,3 salários mínimos (R$ 510).


Constituição Federal •

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Lei nº 8.080 (de 19 de Setembro de 1990) •

Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. TÍTULO I Das Disposições Gerais

• •

Art. 2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1º - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na reformulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.


PROCEDIMENTOS

PREÇO /TABELA DO SUS

ANESTESISTAS

CURETAGEM SEMIÓTICA

17,16

MASTECTOMIA RADICAL ONCOLOGIA

36,02


PROCEDIMENTOS

PREÇO /TABELA DO SUS

COLONOSCOPIA

112,66

ENDOSCOPIA DIGESTIVA

48,16

RETOSSIGMOIDOSCOPIA

23,13

VIDEOLARINGOSCOPIA

45,50


PROCEDIMENTOS

PREÇO /TABELA DO SUS

ULTRA SOM ABDOMEM SUPERIOR

24,20

ULTRA SOM ABDOMEM TOTAL

37,95

ULTRA SOM TRANSVAGINAL

24,20

ULTRA SOM MAMA

24,20

ULTRA SOM PRÓSTATA

24,20

ULTRA SOM TIREOIDE

24,20

RX TÓRAX PA

6,88

RX TÓRAX PA E PERFIL

9,50

MAMOGRAFIA

45,00

ANATOMO PATOLÓGICO

24,00


PROCEDIMENTOS

PREÇO /TABELA DO SUS

CITOLOGIA

10,65

BRONCOSCOPIA

36,02

LAPAROSCOPIA

40,37

BIÓPSIA DE PRÓSTATA

92,38

EXAME DE PSA

16,42

TOMOGRAFIA DA COLUNA LOMBAR

101,10

TOMOGRAFIA DO CRÂNIO

97,44

TOMOGRAFIA DO PESCOÇO

86,75

RESSONÂNCIA DA COLUNA LOMBAR

268,75

RESSONÂNCIA DO CRÂNIO

268,75

RESSONÂNCIA DO TÓRAX

268,75


PROCEDIMENTOS

PREÇO /TABELA DO SUS CONSULTAS

GINECOLOGIA

10,00

UROLOGIA

10,00

CIRURGIÃO ONCOLÓGICO

10,00

COLPOSCOPIA

3,38


Saúde amplia tratamentos de câncer no SUS

• O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou, em 25/8 deste ano, a liberação de R$ 412,7 milhões para serem investidos na reestruturação da assistência em oncologia no SUS. • Serão incluídos 9 novos procedimentos para o tratamento do câncer de fígado, mama, linfoma e leucemia aguda (Oncologia Clínica). Fonte: INCA/MS


“ Esta é a maior mudança na atenção oncológica desde 1999, quando foi instituída a nova política para o setor. As alterações vão impactar de forma muito positiva na qualidade do atendimento dos 300 mil brasileiros que todos os anos acessam o SUS para o tratamento do câncer". “ Esses investimentos a mais projetam o gasto global do Ministério da Saúde para o tratamento dessa doença para R$ 2 bilhões“ Ministro da saúde, José Gomes Temporão

Fonte: Fonte: INCA/MS


Medidas • Os recursos anunciados serão utilizados para aumentar o valor de 66 procedimentos. *20 radioterápicos *46 quimioterápicos • No orçamento de radioterapia, serão injetados mais R$ 154 milhões , totalizando R$ 318 milhões (valor 94% superior ao aplicado em 2009).

Fonte: INCA/MS


• Os procedimentos quimioterápicos terão um aporte anual de R$ 247 milhões. • Assim, os valores gastos passarão de R$ 1,25 bilhão, em 2009, para R$ 1,5 bilhão em 2011. • A sessão de quimioterapia de leucemia linfática crônica, linha 1, foi reajustada em 765%. O novo valor custeado pelo SUS é de R$407,50. Antes, era de R$ 47,10.

Fonte: INCA/MS


• Regras de internação foram mudadas para o tratamento de câncer.  Pacientes com leucemia terão acesso facilitado a leitos, pois passarão a ser atendidos na modalidade de Hospital-Dia. • A biópsia de medula óssea já existia na tabela do SUS, se tornando agora um procedimento principal.  O valor deste procedimento foi reajustado de R$ 46,28 para R$ 200,00.

Fonte: INCA/MS


• Nos últimos dez anos, o investimento do governo Federal no tratamento de pacientes com câncer praticamente triplicou. •

Somente em 2009, foi gasto R$ 1,4 bilhão para o atendimento de quimioterapia e radioterapia na rede pública.

• Em 1999, quando o atual formato de procedimentos oncológicos foi implantado, foram investidos R$ 470,5 milhões. • A previsão do governo Federal é que, com os investimentos anunciados, os recursos aplicados em 2011 ultrapassem os R$ 2 bilhões. Fonte: INCA/MS


• O ministro anunciou que, ainda este ano, estão entrando em funcionamento no país mais 4 desses serviços especializados. • Todos os 26 Estados e o Distrito Federal contam hoje com pelo menos um hospital habilitado em Oncologia. • O aporte financeiro corresponde a um valor extra de 25% do total investido no tratamento do câncer , em 2009 ( foi de R$ 1,6 bilhão).

 Esses recursos serão repassados anualmente. A aprovação dos novos valores vai permitir que esquemas quimioterápicos recentes, que adotam novos medicamentos, possam ser adquiridos e fornecidos pelos hospitais habilitados no SUS para tratar o câncer. Fonte: INCA/MS


Ministério da Saúde: acordo

com a indústria farmacêutica

suíça Novartis .

• Centralização da compra do medicamento Glivec. • Vencimento da patente: 03 de abril de 2012. Estabelecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Indústria (INPI) • Esse acordo vai gerar uma economia de cerca de R$ 400 milhões ao governo, que deverá destinar boa parte desses recursos para a compra de outros medicamentos para o SUS.

Fonte: INCA/MS


• Neste primeiro ano, a venda do Glivec vai gerar uma receita de R$ 224 milhões à Novartis. •

Entre 2011 e 2012, as vendas atingirão cerca de R$ 400 milhões.

• Glivec: utilizado no tratamento de cerca de 7,5 mil pacientes do SUS. Valor: caixa de 400mg (aproximadamente R$ 10mil) 100mg (aproximadamente R$ 5 mil) Versão genérica: custará pelo menos metade do preço •

Valor de cada comprimido: em média R$ 42,50. Baixa de 51% .

• Preço varia de acordo com o poder de compra do hospital. • Em 2009, o Ministério da Saúde gastou cerca de R$ 260 milhões para comprar 8,5 milhões de comprimidos. Fonte: INCA/MS


Painel de Indicadores do SUS

• O Ministério da Saúde publicou, em 1998, a Portaria GM/MS nº 3.535, na qual se estabeleciam os critérios para a habilitação de hospitais como Centros de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon‘s), atualizados depois pela Portaria SAS nº 741, em 2005. Fonte: INCA/MS


Alta complexidade na Rede de Atenção Oncológica está composta: • Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). • Hospitais habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). • OFERECEM:  Assistência especializada e integral ao paciente, atuando no diagnóstico e tratamento. •

A assistência abrange 7 modalidades integradas:

   

Diagnóstico Cirurgia oncológica Radioterapia Quimioterapia (oncologia clínica, hematologia e oncologia pediátrica) Medidas de suporte,reabilitação e cuidados paliativos

Fonte: INCA/MS


UNACON UNACON - Unidades de Assistência de Alta Complexidade • São hospitais terciários estruturados para tratar, no mínimo, os cânceres mais prevalentes no país (mama, próstata, colo do útero, estômago, cólon e reto), menos pulmão. O câncer de pele não-melanoma pode ser tratado em serviços não especializados. • Possui recursos técnicos e humanos adequados à prestação de assistência especializada de alta complexidade para o diagnóstico definitivo e tratamento dos cânceres mais prevalentes no Brasil. Fonte: INCA/MS


CACON’s : Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia • Possui recursos técnicos e humanos adequados à prestação de assistência especializada de alta complexidade para o diagnóstico definitivo e tratamento de todos os tipos de câncer. • Todo CACON oferece tratamento assistencial radioterápico na própria estrutura hospitalar. • QT - Serviço Isolado de Quimioterapia. • Clínicas isoladas que oferecem tratamento complementar às UNACON ou CACON.

quimioterápico

• RT - Serviço Isolado de Radioterapia. • Clínicas isoladas que oferecem tratamento complementar às UNACON ou CACON.

quimioterápico

Fonte: INCA/MS


JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE IMPORTANTE PASSO PARA A CIDADANIA • Expressa reivindicações e modos de atuação legítimos de cidadãos e instituições para a garantia e promoção dos direitos de cidadania amplamente afirmados nas leis internacionais e nacionais. • Uma decisão judicial para a tutela de um determinado caso concreto gera gastos.

Fonte: Physis: Revista de Saúde Coletiva


“ Saúde não tem preço, mas tem custo" • QUEM VAI PAGAR TODAS AS CONTAS? • QUEM É QUE TEM OBRIGAÇÃO DE REMUNERAR OS PROCEDIMENTOS DO SUS? 1- HOSPITAIS FILANTRÓPICOS? 2- MUNICÍPIO? 3- ESTADO? • POR QUE A MAIORIA DAS AÇÕES NÃO SÃO CONTRA O MINISTÉRIO DA SAÚDE? • OS PACIENTES COM CÂNCER FICAM SEM TRATAMENTO POIS, O TETO FEDERAL ESGOTA ANTES DO FINAL DO MÊS, O QUE FAZER? *O ESTADO COMPLEMENTA E ENTÃO RETIRA RECURSOS QUE DEVERIAM SER USADOS EM OUTRAS ÁREAS


OBRIGADO PELA SUA ATENÇÃO!


Referências Bibliográficas • BARATA, R.; CHIEFFI, A.L. Judicialização da política pública de assistência farmacêutica e equidade, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(8):18391849, ago, 2009 • Departamento de Monitoramento e Avaliação da Gestão do SUS • INCA/MS • Distribuição dos casos estimados de câncer Brasil – 2010 • Revista da Associação Médica Brasileira • Rev. Assoc. Med. Bras.vol.48no.3São PauloJuly/Sept. 2009 • Revista Brasileira de Cancerologia- Volume 89 nº 2 Abr/Mai/Jun 2010 • Cremese - Conselho Regional de Medicina de Sergipe • Sociedade Brasileira de Radioterapia


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