Revista Foco Livre 11

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Porque a vida tem diversos olhares

Foco livre

www.focolivre.com.br

Ano IV | #11

LOGÍSTICA PORTUÁRIA Como um porto se mantém em pleno funcionamento.

INOVAÇÃO EM MODA Empresa desenvolve peças exclusivas e sob medida.

FUTURO DE IMBITUBA Prefeitura, Porto e empresas debatem estratégias.

editora

GJ

Preço R$20,00

logística empreendedora RICARDO ALTHOFF VICE-PRESIDENTE - ALTHOFF SUPERMERCADOS




APRESENTAÇÃO | FOCO LIVRE

04

FOCO LIVRE:

A Logística do caminho Chegamos à 11ª edição da Foco Livre, onde percorremos uma estrada com um caminho dos temas mais diversificados. Agora o foco principal é Logística, mas ainda temos a liberdade de fazer um passeio entre outras coisas que encontramos por estas vias, como por exemplo, a casa mais antiga de Imbituba, uma matéria que toca na história de todos os imbitubenses e nos lembra que apesar de termos um foco, devemos cuidar para não ignorar outras coisas importantes. Caro leitor, aproveite o conteúdo que a Foco Livre dispõe!

FOTO ANNY CAROLINE

Apresentação



EXPEDIENTE Diretor-Executivo - Fernando Carvalho Diretora-COMERCIAL - Kaká Siqueira | (48) 9 9978-6830 kaka@grandejornal.com.br EDITORA - Anny Caroline Siqueira de Carvalho anny@grandejornal.com.br ARTE E DIAGRAMAÇÃO - Lucas Francisco Gonçalves lucas@grandejornal.com.br - Henrique Souza (agenciasou) REVISÃO DE TEXTOS - Anny Caroline Siqueira de Carvalho - Lucas Francisco Gonçalves FOTOGRAFIAS - Anny Caroline - Kaká Siqueira - Leonardo Fraga REPORTAGENS - Anny Caroline Siqueira de Carvalho - Fernando Carvalho - Kaká Siqueira - Leonardo Fraga COLABORADORES - Adjori/SC - Beto Martins - Eurico de Andrade Neves Borba - Fillipe Sgrott - Gabriela David - Jaime Pacheco Alves - Leonardo Fraga - Lito Guimarães - Nilo Pittigliani IMPRESSÃO - Gráfica Soller distribuição - Joane Gabrielle Siqueira de Carvalho FOTO DA CAPA - Fabiano Patrício O GRANDE JORNAL EDITORA LTDA Rua Nereu Ramos 719 - SALA 215 Galeria JAC - Centro - Imbituba - SC Fone: (48) 3255-6906 REVISTA FOCO LIVRE Ano 4 - Número 11 - 2017

ÍNDICE

11 novo tempo no porto 13 Inovação em Moda 20 lOGÍSTICA RODOVIÁRIA 22 althoff supermercados 26 logística imbituba 32 a casa mais antiga de Imbituba 44 logística portuária 50 pesca da tainha 60 Precisamos de Ferrovias Jaime da Lasca Mineração relata opinião. Porto de Imbituba busca mais eficiência.

Conheça o atelier La V. Rosé.

Saiba mais sobre a Transportadora Log9.

Uma história de tradição e modernização.

Debate expõe situação entre cidade e Porto.

Conheça as riquezas históricas da cidade.

Luiz Vieira, dez anos de experiência.

Um rico artigo do professor Nilo Pittigliani.





Bastidores do lanรงamento

FOTO LAIS LATRร NICO

Foco Livre 10

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A logística de Santa Catarina precisa de ferrovias

Jaime Pacheco Alves

Proprietário da Lasca Mineração e presidente da Associação Empresarial de Imbituba

Não é de hoje que a classe empresarial catarinense (re)clama por ferrovias. Atualmente estamos com seis projetos em andamento sobre investimentos na malha ferroviária do Estado. Os dois principais e mais urgentes do ponto de vista da integração logística, são a Ferrovia Leste-Oeste, também conhecida como Ferrovia do Frango, e a Ferrovia Litorânea, que além de ligar o Norte ao Sul de Santa Catarina, passando por cinco portos, ligando-os a malha ferroviária nacional, o que criaria a oportunidade de novos negócios de importação e exportação. Infelizmente, além de ambos os projetos ainda estarem no papel, o da Ferrovia Leste-Oeste tem previsão de ficar pronto ainda este ano, e está sendo desenvolvido pela Valec. Já no caso da Ferrovia Litorânea, em desenvolvimento pelo DNIT, já foram investidos mais de R$ 21,4 milhões para a construção nenhum metro de trilho e, o pior, o projeto final ainda não tem prazo para ser entregue. A prova de nossa ineficiência está no tempo de elabora-

ção deste projeto, que, se contarmos desde a concessão do império, já está em desenvolvimento há 147 anos. Atualmente, estamos com um entrave. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) foi entregue em 2001, mas há um impasse quanto ao traçado cortando o Morro dos Cavalos passando pela área indígena. A obra da duplicação da BR-101 também não está finalizada pelas mesmas discussões. A sugestão da FUNAI em contornar o morro amplia em 56 quilômetros a ferrovia e inviabiliza a obra, que atualmente já custa R$ 6,29 bilhões. Porém, infelizmente, ainda não há uma organização do Governo Federal para que dentro de suas próprias instituições – DNIT e FUNAI – sejam organizadas as documentações finais e chegue-se a uma decisão, esperamos que benéfica para ambos os lados. Como representantes do Sul, precisamos estar atentos, pois já há propostas para cancelar o lote 1 do projeto, que vai de Imbituba a Tijucas, sendo

que o lote 2 de Tijucas a Araquari, está pronto para começar. Assim, mais uma vez ficaríamos isolados e com menores chances de buscar e mandar cargas via ferrovia para o resto do país. Felizmente o DNIT defende o traçado via Morro dos Cavalos, pois os estudos indicam ser o melhor, após estudos exaustivos, resta chegarmos a um denominador quanto ao espaço indígena. Além da movimentação de cargas, precisamos pensar também no transporte de pessoas. Com um estado provido de ferrovias que o integram de Norte a Sul e de Leste a Oeste, passando por todos os seus portos, é uma condição inigualável no mundo quanto à mobilidade e as oportunidades que poderão se desenvolver para o turismo. Um fato é certo: não podemos abrir mão das ferrovias. Precisamos agora lutar com incansável força e união pelo início da construção destes trilhos que nos levarão para o sonhado desenvolvimento.

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A Agência Marítima Imbituba é autoridade em agenciamento de navios e despacho aduaneiro. Este conhecimento de mercado foi construído ao longo de 67 anos, buscando as tecnologias mais modernas para atingir os melhores resultados para o cliente. Com profissionais especializados, representando o Armador e/ou Afretador, bem como o dono da carga, nos trâmites pertinentes à prestação de serviço de Agenciamento Marítimo e Despacho Aduaneiro. Assim, tornou-se uma empresa com reconhecimento e confiança no Brasil e no exterior. Dentre o histórico das principais cargas atendidas estão a carga geral/break bulk como soja, coque, barrilha e containers, além de operações especiais como pás eólicas, novilhos vivos e maquinário de grande porte. Atuante no Porto de Imbituba, e tambem nos demais portos do Estado, em busca da melhor opção logística para o cliente, visando a otimização de custos. Desempenha suas atividades com segurança, qualidade e agilidade, transferindo aos clientes, maior produtividade e competitividade no mercado de atuação. Agência Marítima Imbituba Ltda Fone: +55 48 3255 0116 Mobile: +55 48 9 9973 0056 Fax: +55 48 3255 0426 Email: zila@maritimaimbituba.com.br

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Um novo tempo para a eficiência do Porto de Imbituba Armazéns da retroárea ampliam capacidade de movimentação

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Com uma atuação focada no desenvolvimento regional, o Porto de Imbituba – através da SCPar Porto de Imbituba, seus arrendatários, operadores e demais agentes da iniciativa privada – prepara-se, cada vez mais, para estar entre as principais soluções logísticas no escoamento da safra brasileira de grãos agrícolas.

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Esse trabalho pode ser percebido por quem passa pela retroárea, a qual se transformou em um verdadeiro canteiro de obras no último ano. Além da revitalização da rodovia de Acesso Norte, que liga a BR-101 ao Porto, um conjunto de armazéns estão sendo concluídos para dar suporte à movimentação de cargas. Quando os novos postos de


estocagem entrarem em operação, a capacidade de armazenagem de cargas do tipo granel sólido ultrapassará as 500 mil toneladas. Ao total, cinco módulos de armazéns devem entrar em funcionamento até o final de 2017. Localizados às margens da BR-101 Sul (em Imbituba), dois deles serão utilizados pela operadora Ser-

ra Morena e, um terceiro, disponibilizado para locação pela empresa Sanry Cerealista e Armazenagem. Dentro do Porto, o Terminal de Fertilizantes arrendado pela empresa Fertilizantes Santa Catarina (Fertisanta) está recebendo mais dois galpões, uma injeção de R$ 42 milhões na infraestrutura direta do Porto.

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Os investimentos realizados pela iniciativa privada valorizam, principalmente, a eficiência na recepção, guarda e envio de cargas. Prova disso são os altos valores destinados à automação desses armazéns, com plataformas de descarga de caminhões (tombadores) e esteiras de distribuição de grãos. Trabalhando em conjunto, estes equipamentos tornam a operação, em média, cinco vezes mais rápida que o modelo tradicional de estocagem de granéis agrícolas. Além disso, a movimentação automatizada mantém a qualidade do produto, uma vez que o move o menos possível durante seu transporte. Os novos galpões são aptos a receber produtos como soja, milho, trigo, arroz e farelo, insumos que representaram quase 90% de toda a movimentação de cargas do Porto de Imbituba em 2016. Com as novas estruturas de armazenagem, inicia-se um novo tempo para o Porto, refletindo a confiança dos empresários da região no desenvolvimento da logística local e ampliando ainda mais a capacidade de transporte de cargas através de Imbituba. Para o diretor-presidente da SCPar Porto de Imbituba, Rogério Pupo Gonçalves, “investimentos dessa natureza são fundamentais para o crescimento da eficiência, bem como à qualificação da infraestrutura portuária para atender ao aumento expressivo da demanda de cargas junto ao Porto

Armazém Serra Morena

Armazém Sanry

de Imbituba”. Nesse contexto promissor, a expectativa da Autoridade Portuária é fechar 2017 com superávit ainda maior na movimentação de cargas em relação ao ano anterior, alcançando 5,6 milhões de toneladas.

Armazém Serra Morena 16 < foco livre, Junho, 2017


Os grãos e as oportunidades O protagonismo da produção agrícola brasileira e o déficit de capacidade de movimentação em complexos portuários concorrentes colocam o Porto de Imbituba como um campo de oportunidades logísticas, fomentando vagas de trabalho e crescimento de empresas do segmento de transportes, operações portuárias e armazenagem. Somado a isso, as vantagens competitivas oferecidas pelo Complexo Portuário, entre elas a profundidade, facilidade de acesso, qualidade no atendimento e custos atrativos são diferenciais no atendimento aos mercados exportadores. Em 2016, os granéis agrícolas foram a principal carga transportada através do Porto de Imbituba, apresentando um incremento de 170% na movimentação de grãos em relação ao ano anterior. Esse tipo de carga é composto sobretudo por soja, milho e trigo. Contexto positivo, que se traduz em desenvolvimento para a Região Sul catarinense e maior arrecadação de receitas municipais, ou seja, uma cadeia de crescimento mútuo.

Logística do Porto de Imbituba

Fertisanta Junho, 2017. foco livre > 17


EDITORIAL:

Logística é a palavra Prazer, caro leitor. Sou mais um elo que contribui com este material em suas mãos. O foco da Revista Foco Livre neste trimestre é Logística, devido às grandes transformações econômicas que Imbituba e região passam. Sempre ouvi muito sobre o termo Logística, mas meu conhecimento ainda é bem superficial. Posso dizer que agora conheço um pouco mais, graças à produção desta edição, e fico satisfeita com a ideia de que vocês também irão aproveitar e aprender algo com isto de alguma forma. Alguns conhecimentos são muito simples, mas importantes de assimilarmos, para nos mantermos atualizados. Na última década, muito se ouve sobre o termo Logística. Fiz uma breve pesquisa e descobri que há muitos registros sobre a origem da palavra Logística. Listei alguns exemplos: do grego “logistikos” que significa cálculo e raciocínio, e também do francês “logistique”, que deriva de “loger”, colocar, alojar, habitar. Este termo era inicialmente utilizado para designar o transporte, abastecimento e alojamento de tropas militares, desde a época dos impérios antigos. “Logistics” apareceu na língua inglesa pela primeira vez no século 17. Já o conceito atual de Logística se desenvolveu na década de 1950, e cada vez mais popularizou-se. Indico o artigo de Lito Guimarães desta edição, na página 52, com uma objetiva explicação técnica. Logística hoje é uma especialidade da área da Administração, responsável por fornecer recursos para o cumprimento de todas as atividades de uma organização, como por exemplo: recursos materiais, pessoas e informação. Ou seja, uma empresa para ser aparelhada e atualizada, precisa estar por dentro destes processos organizacionais, que funcionam como uma corrente, ou reação em cadeia. Se algo dá errado num setor, prejudica todo o resto. Acredito que devido à grande competitividade do mercado, várias pessoas buscam excelência no trabalho e por isso procuram entender o que é Logística. Nesta edição da Foco Livre a matéria de capa é com um jovem que tem uma grande responsabilidade, o vice-presidente das lojas Althoff Supermercados, Ricardo Althoff. Imbituba foi a primeira cidade a ter um supermercado desta rede tão reconhecida. Nesta entrevista você encontra uma história de tradição e modernização. Obrigada aos leitores que chegaram até aqui, espero ter contribuído um pouco para o entendimento de vocês. Boa apreciação.

Com carinho, respeito e gratidão Anny Caroline Siqueira de Carvalho Editora. 18 < foco livre, Junho, 2017



Moda Marca cria roupas personalizadas para clientes Leonardo Fraga

O mundo da Moda é uma constante e a sociedade procura simplificar o dia a dia das pessoas, muitas vezes fazendo-as caírem em uma rotina e deixando o que realmente querem de lado. O grande diferencial de alguém em meio a sociedade é poder expor sua personalidade a ponto de se distanciar da “mesmice” e assim se destacar em meio à tantas pessoas. O atelier La V.Rosé, da empresária Vanessa Rosa procura se diferenciar em tudo. Desde a maneira como é feita e vendida uma roupa, com o tratamento com suas clientes e principalmente o “lucro” que a empresa almeja é o bem-estar de quem

compra uma roupa na La V. Rosé. Vanessa destaca que apesar de a loja ter roupas à venda, o foco são as roupas personalizadas e exclusivas, que vão de encontro à personalidade e gosto de cada um. “Procuro sempre fazer uma roupa que agrade totalmente a cliente. Que a faça levantar sua autoestima e que ela possa se destacar nos eventos que for, em uma festa, ou no dia a dia”, comenta Vanessa. A empreendedora é formada em Administração e hoje faz pós em Moda focada em Gestão e Marketing. Desde pequena vivia no quarto de costura de sua mãe que hoje é funcionária pública e braço direito

A empreendedora Vanessa da Rosa busca através de seu atelier, La V.Rosé, criar roupas personalizadas que sejam um reflexo da personalidade das clientes.

Inauguração da La V. Rosé 20 < foco livre, Junho, 2017


de Vanessa na empresa. “Sempre fui ligada em Moda, desenhava roupas e quando comecei a sair, aos 15, 16 anos minha mãe não tinha condições de comprar as melhores roupas, mas ela sempre fez as roupas que eu pedia. Eu desenhava e ela as fazia. Minhas amigas adoravam e sempre me apoiaram a fazer uma marca. Em 2015 então criei a La V.Rosé. Montamos uma coleção que era vendida através das redes sociais e em pouco tempo vendemos 90% das roupas. Foi quando percebi que estava no caminho certo”, comenta. Com o sucesso de sua primeira coleção fez várias outras. As peças eram expostas no Instagram e Facebook e no dia 12 de abril deste ano a empreendedora abriu um espaço personalizado em sua própria casa. “No atelier as pessoas tem a oportunidade de escolher o tecido, ver as minhas ideias através das roupas prontas e dos modelos arquivados, e de acordo com o gosto da cliente, eu crio o look que melhor se adequa a ela e a ocasião que será usado. Tudo sob medida e personalizado. Desenho as roupas, minha mãe corta e junto à outras costureiras produzimos”, destaca Vanessa. Seu negócio vai na contramão do mercado da Moda, onde várias empresas fazem roupas em larga escala visando lucro, “no atelier a cliente pode ter a certeza que está com uma roupa que condiz com sua personalidade e que ninguém mais vai ter uma igual. Isso gera uma valorização

de si mesma, pois ela terá uma roupa que não foi retocada pra poder ficar melhor e sim algo que foi pensado para o seu corpo e sua identidade”, comenta a empreendedora. O atelier está localizado na Rua Alcino da Fonseca, 549 próximo ao Ginásio de Esportes Olivar Francisco, no Centro de Imbituba. E para maiores informações entre em contato através do telefone: (48) 9 9636 8906 ou pelas redes sociais: Facebook/LaVRoseAtelier e Instagram: @ la_v.rose . E-mail: lavroseatelier@gmail.com. O Atelier fica aberto de segunda a sexta-feira das 13h às 20h. Sábado, domingos e feriados, o atendimento é somente com hora marcada.

Vanessa, com sua mãe Rosenilda. Junho, 2017. foco livre > 21


Logística Rodoviária Transportadora Log 9 progride pensando no melhor para Imbituba Leonardo Fraga

Com mais de 23 anos de experiência, o casal Lizandra e Delson Ronzani aproveita as oportunidades que o Porto de Imbituba trouxe nos últimos anos e consegue crescer e progredir, se tornando uma empresa em expansão no ramo do transporte. A cidade de Imbituba está vivendo um momento ímpar com o avanço e sucesso do Porto, que conquista cada vez mais espaço no cenário de transportes. Quem percebeu que com a SCPar o Porto iria alavancar várias oportunidades hoje já pode 22 < foco livre, Julho, 2017

colher os frutos. É o caso da Transportadora Log 9. Fundada em 2014 para ser uma Associação de empresas, após a crise que abalou todos segmentos começou o processo de recuperação de mercado e novos trabalhos. A empresária Lizandra Domingos Paes Ronzani destaca que a Log 9 apesar de ser uma empresa jovem conseguiu se firmar e vem crescendo a cada ano. “Hoje temos três filiais, uma no Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Em 2015 movimentamos quantidade

significativa de grãos, como milho e soja, e minério. Em 2017 temos uma grande expectativa com a safra de soja e milho, que promete

ser recorde. Acreditamos que grande parte da carga será escoada pelo Porto de Imbituba”, destaca. Lizandra e Delson, admi-


nistradores da empresa, são casados e trabalham no ramo há 23 anos. Delson era caminhoneiro e Lizandra sempre o acompanhou e apoiou. É Delson quem realiza grande parte das negociações e fecha os lotes de cargas. Lizandra comenta que a Log 9 se modernizou muito. “A empresa trabalha com transporte curto, por exemplo, dos

vários armazéns que acabaram surgindo em Imbituba, até o navio, e do navio para os armazéns. Isso requer muita agilidade e para evitar atrasos, principalmente em colocar e tirar a lona do caminhão, todos os caminhões próprios do fluxo tem lona automática. Isso

de crescer junto à Imbituba que no momento está em evidência. Nossos impostos ficam para a cidade e por ser uma empresa capacitada, aproveitou a oportunidade colaborando assim com o crescimento do município.”, destaca Lizandra. Em relação à Imbituba ter um viés industrial e turístico, Lizandra comenta que o atual administrador pode

buindo para o desenvolvimento regional. É possível esta convivência, mas a população também tem que entender que sempre terá um transtorno”, destaca. A Log 9 possui vinte veículos próprios e 50 agregados que trabalham exclusivamente para a empresa. No escritório temos 9 funcionários além dos vinte motoristas. “Temos uma car-

equilibrar o impacto no turismo com o crescimento na área portuária, que é algo que já vem acontecendo rapidamente através do progresso do Porto de Imbituba. “É preciso buscar uma convivência o mais harmoniosa possível. A exemplo de grandes empresas que já se instalaram aqui, e é com essas que a Log 9 busca estabelecer parcerias, contri-

teira de clientes favorável, a empresa é conceituada e estamos passando pela crise calmamente. Vemos que o agronegócio irá tirar o Brasil da crise e a estimativa da empresa é de um crescimento de 35% nos próximos quatro anos, incluindo um projeto de armazém”, comenta a empresária.

economiza nosso tempo e permite uma vantagem no processo da logística para um caminhão que não usa esse sistema. Além de evitar a perca de material e a sujeira na cidade”. Além de todos os caminhões da empresa serem automáticos, Lizandra comenta que os caminhões foram adaptados para o peso permitido nas rodo-

vias municipais, estaduais e federais, uma grande preocupação da empresa em relação aos cuidados com as estradas, principalmente as dentro do município. “Além de gerar empregos, a Log 9 tem contribuído bastante com o município. A empresa abraçou a oportunidade Julho, 2017. foco livre > 23


A logística salvando o Brasil da crise

D

epois de 8 trimestres de queda do PIB e consequente “recessão” na economia brasileira, finalmente, no primeiro trimestre de 2017 tivemos um resultado positivo de 1% . E advinha o que puxou o crescimento? Mais uma vez a agricultura brasileira, através principalmente das excelentes colheitas de soja e milho que lideram o quadro de exportação nacional há muitos anos, positivando nossa balança comercial e permitindo que o país não mergulhe num quadro de desgraça econômica comparável aos piores exemplos hoje existentes no hemisfério sul. A boa produção na agricultura não seria suficiente para alavancar a economia, a presença da logística que 24 < foco livre, Junho, 2017

permite o escoamento dos produtos, seja para o consumo interno ou para a exportação tem peso fundamental neste sucesso. Outra grande verdade é que se a logística neste país fosse gerenciada com mais inteligência e lógica racional, poderíamos ver multiplicado em algumas vezes este resultado. O país investiu em uma olimpíada e uma copa muitos bilhões de reais, que hoje se sabe, alguns destes bilhões foram desviados levianamente e o que é pior, o impacto dos eventos na geração econômica ficou muito aquém do anunciado. Tivessem estes bilhões sido investidos em infra estrutura logística, nas estradas, ferrovias, portos e aeroportos do país, sem nenhuma sombra de

Beto Martins Diretor da Fertisanta

dúvidas, a realidade do Brasil hoje seria completamente diferente. Não apenas porquê teríamos melhores condições de atender o escoamento do grão e dos produtos brasileiros, mais especialmente porquê seríamos muito mais competitivos com nossos produtos no mercado internacional, aumentando significativamente nossas exportações. O preço dos insumos importados pela indústria nacional também seriam favorecidos, fortalecendo o mercado interno. Enfim, resta-nos trabalhar e sonhar que desta vez, com tudo que se desnuda no país, possamos definitivamente esperar que o pais do futuro possa virar uma realidade do presente!



Althoff Supermercados, tradição e modernização

Por Anny Caroline

São 65 anos no mercado e 40 anos de varejo. Imbituba foi a primeira cidade a ter um supermercado da rede Althoff. Nesta entrevista com o vice-presidente Ricardo Althoff, você encontra uma história de tradição e modernização. Ricardo é formado em Gestão na Universidade de Harvard, desde 2011 e está sempre em busca de aperfeiçoamento para contribuir da melhor forma com a história desta empresa. Ele acredita que a gestão de verdade dentro de um supermercado, acontece na área dos alimentos perecíveis, a exemplo da padaria, açougue e na banca de frutas e verduras. 26 < foco livre, Junho, 2017

Ricardo Althoff, vice-presidente da empresa, ao lado de seu pai, Flávio Althoff, presidente.


Os irmãos Paulo e Tarcísio Althoff, naturais da cidade de Santo Amaro da Imperatriz, município da região metropolitana da Grande Florianópolis, saíram de lá em 1952, onde já tinham uma mercearia, e foram para Criciúma, pioneiros ao montar o atacado Althoff. Em 1977, a empresa passou do atacado para o varejo, e a primeira aquisição de uma loja foi em Imbituba. A partir daí a rede se formou, em Criciúma (1980), Urussanga (1984), Garopaba (1996), Orleans (1998), Laguna (2001), Tubarão (2005), Criciúma – Pinheirinho (2016), Cocal do Sul (2016) e Urussanga - Praça da Bandeira (2016). Hoje o Althoff Supermercados é uma rede de dez lojas em todo o estado, sendo assim uma das maiores. Com um trabalho tradicional em se dedicar ao cliente, a rede Althoff foca em ter o melhor atendimento e se consolida com produtos de qualidade, frescor, preço justo e facilidades de pagamento. A rede Althoff já implantou e continua aprimorando técnicas de gestão que garantem aos clientes a qualidade e padronização de seus serviços.

Para melhor administrar suas dez lojas com qualidade, agilidade e organização, a rede fez investimentos na gestão empresarial. A implantação de software de gerenciamento, que monitora o estoque de todas as lojas em tempo real, e a inauguração da Central de Distribuição, localizada em Criciúma, evitam a falta de produtos, controlam prazos de validade e agilizam o atendimento. Quando questionado sobre como é estar à frente desta gigante do mercado catarinense, o vice presidente Ricardo Althoff foi muito preciso em ressaltar o trabalho de toda a equipe. “Temos esta empresa grande para administrar e tomamos uma decisão muito importante e séria, que foi a questão da profissionalização. Toda a gerência executiva é profissional em mercado, meu pai é presidente e eu o vice, mas a gestão operacional no dia a dia das lojas é toda feita por este pessoal. São pessoas experientes, sou jovem e muitas vezes estou mais aprendendo que comandando”, disse. A Rede Althoff também se preocupa em ter uma coordenação de recursos humanos para capacitar cada vez mais

os funcionários em gestão e atendimento. “A mão de obra em geral é uma área muito complexa de se administrar. Pela questão do varejo, trabalhar com longas horas, abrir cedo, fechar tarde, finais de semana e as vezes em feriados, acaba que este tipo de trabalho não seja a primeira opção de alguém, por isso nos preocupamos em fazer um recrutamento responsável. Os psicólogos fazem entrevistas e testes para a contratação, e após esta etapa existem os treinamentos para ensinar a função e também motivar. Trabalhar no varejo não é fácil, pois lida diretamente com o cliente, então é necessário desenvolver diversas habilidades para que a pessoa tenha a capacidade de se adaptar a esta rotina.”, explica o vice-presidente. Sobre manter preços justos e ofertas a empresa tem diversas vias para manter a qualidade e os valores acessíveis. Uma delas é negociação com grandes fornecedores, pois também é interessante para as indústrias serem parceiras de uma rede igual ao Althoff, que além de tradicional, tem uma série de vantagens, a exemplo do fácil acesso para o cliente, além Junho, 2017. foco livre > 27


da própria eficiência, baixos custos de operação e logística. “É primordial que a gente consiga um controle bem rígido de custos e um bom acesso aos nossos fornecedores para que assim hajam promoções vantajosas aos nossos clientes.”, afirma Ricardo. Mesmo com a geração de renda através dos empregos e tendo que lidar com os valores abusivos dos impostos, a rede Althoff se preocupa em fazer ações sociais. “A parte dos tributos não é só percentualmente alta, mas complexa. Existem dubiedades na interpretação das leis tributárias, as empresas veem de uma forma e o estado faz força para que se veja de outra. Isto tudo por si só tem um custo administrativo nesta confusão burocrática que vivemos no Brasil. Mas a gente faz questão de apoiar iniciativas e projetos sociais. Temos a Campanha Coração Cheio, onde a cada mês um fornecedor nos apoia doando uma parcela de tudo que é vendido na gama de produto deles. Esta campanha abrange outras redes de supermercados também. O objetivo é beneficiar entidades da cidade onde as lojas estão estabelecidas. Esta campanha é muito feliz porque nós conseguimos ver onde o benefí28 < foco livre, Junho, 2017

cio é empregado”, revela o vice-presidente. Além disso, pontualmente o Althoff contribui de outras formas. “Recentemente estivemos presentes na Festa do Camarão, onde fomos patrocinadores. Também apoiamos diversas entidades com alimentos, neste tipo de iniciativa que serve para beneficiar muitas pessoas”, completa. Foco no futuro O foco da rede Althoff é continuar a crescer, para que a macroeconomia e política do estado e do país possam melhorar. “Queremos fazer o melhor no nosso dia a dia, para vivermos num ambiente que pelo menos se aproxime do ideal para todos. Passamos por uma crise, a última que lembro de ter visto foi no governo Collor. Hoje ainda vemos muitos estabelecimentos fechados, muito espaço com placas para aluguel e empregos perdidos, e tudo isto influencia no geral. Ainda que Santa Catarina tenha passado por isto muito melhor que os outros estados”, conta Ricardo. “Todos os profissionais da rede Althoff trabalham dia a dia com uma certeza em mente: este é apenas o começo de uma longa história de parceria com nossos clien-

tes e suas comunidades.”, esta é a excelência que a rede Althoff busca. Nova logomarca A intenção na mudança de cores e também na arte da logomarca do Althoff foi modernizar e dar um ar de frescor, com foco na banca de frutas e verduras, uma boa carne e um pão quentinho. Isto serviu para dar atenção aos produtos mais perecíveis, onde há um esforço maior para manter a qualidade excepcional, o que é considerado o grande diferencial do Althoff em relação a outros supermercados. “Existem produtos que qualquer rede de supermercados pode vender. Não há diferenciação nestes produtos, lutamos para manter o melhor preço, mas o produto é o mesmo. Fazemos diferente em exemplos como a nossa banca de frutas e verduras, padaria e açougue. É neste ponto que cativamos o nosso cliente. Estas são as áreas mais difíceis de se trabalhar, é onde está nossa qualidade e diferenciação, onde o planejamento para tudo funcionar é muito intenso, cheio de detalhes, e aí acontece de verdade a gestão de um supermercado”, explica Ricardo.


Diretor de Gestão Com um centro de distribuição em Criciúma, facilita-se os custos com o transporte, que é uma das principais questões que influenciam no preço. “Estamos aqui diretamente há 14 meses, fazendo muitas mudanças. Fazemos parte de um segmento altamente competitivo, e precisamos abastecer nossas lojas com o que temos de melhor”, disse o diretor de gestão, Clementino Bolan Filho. “Lidamos com nossa operação com estrutura e eficiência logística, com atenção especial aos alimentos perecíveis. Mas, mesmo os secos, precisam de tratamento adequado, até mesmo para fazer uma distribuição adequada para que o cliente sempre encontre o que precisa e também evitar excessos nos estoques. Estamos sempre em busca de aprimorar os processos”, ressaltou. “Sem a menor dúvida, temos o melhor preço de todas as lojas, inclusive em Imbituba. Dentro do nosso contexto de qualidade e oferecendo variedade de produtos, conseguimos respeitar os nossos clientes com preços justos, utilizando nossa própria frota de caminhões para distribuir produtos e serviços em toda a rede, com atenção refinada a respeito dos refrigerados, coisa que exige todo um monitoramento, sabemos com quantos graus a mercadoria sai, o frio que recebe no caminhão e que deve ser permanente, e como ela deve chegar lá.”, finalizou. Além de todas estas preocupações, a rede Althoff conta com um gerente de logística e seis motoristas de caminhão, um deles responsável pela manutenção e revisão dos caminhões. Através disto podemos observar que o processo logístico que envolve uma empresa, vai muito além do que vemos dentro de um ambiente fechado.

AS LOJAS DA REDE ALTHOFF SUPERMERCADOS

Imbituba

Criciúma - Michel

Urussanga - Centro

Garopaba

Orleans

Laguna

Tubarão

Criciúma - Pinheirinho

Cocal do Sul

Urussanga - Praça da Bandeira Junho, 2017. foco livre > 29


De onde vêm as falsificações? Assim são as rotas mundiais dos produtos de imitação Um estudo da OCDE e da UE analisa as rotas do tráfico de falsificações. De onde vêm os produtos falsificados? Quem os produz? Por onde passam em seu caminho até o destinatário final? Um relatório publicado nesta sexta-feira, elaborado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pelo Escritório de Propriedade Intelectual da UE (EUIPO, na sigla em inglês) tenta responder a essas perguntas. Segundo as conclusões do estudo, a China é o principal país fabricante de produtos falsificados e pirateados, vendidos em todo o mundo, enquanto Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e Cingapura se destacam como os países onde essas mercadorias fazem escala antes de chegar ao consumidor. O relatório chama a atenção também para a crescente importância das remessas postais e do comércio

eletrônico no processo do mercado das falsificações. O informe quer apresentar um novo viés em relação a outro publicado no ano passado pelas duas instituições, no qual se analisava o impacto econômico do tráfico de falsificações e produtos pirateados. No estudo citado, no qual foram usados dados de apreensões em alfândegas de todo o mundo, concluía-se que o comércio de produtos falsos alcançou em 2013 um total de 461 bilhões de dólares (1,55 trilhão de reais), o equivalente a 2,5% do comércio total global. No caso da UE, o porcentual chegava a 5%. China e Hong Kong foram identificados como locais de procedência de 80% dos produtos interceptados pelas autoridades. Agora, as duas instituições selecionaram

Por Javier Salvatierra, do El Pais. uma gama dos produtos mais falsificados ou pirateados, distribuídos em 10 categorias, que representam 63% do valor total das falsificações: produtos alimentícios, farmacêuticos, perfumaria e cosméticos, artigos de couro e bolsas, roupa e tecidos, calçados, joias, equipamentos eletrônicos e elétricos, aparelhos ópticos, fotográficos e médicos, e brinquedos. Além disso, desdobraram o conceito de “país de procedência”, que não distinguia países produtores de países de trânsito. Embora admita limitações, já que é muito difícil saber realmente onde se produzem os bens falsificados –os criminosos não costumam divulgar dados de suas atividades–, o estudo diferencia países produtores e de trânsito cruzando os dados de “países de procedência” do estu-


do de 2016 com dados sobre sua capacidade industrial –se é capaz de fabricar produtos legítimos também pode fazer o mesmo com os falsos– e sobre suas reexportações –se é ponto de trânsito de produtos legítimos, também pode ser das falsificações. Com essa metodologia, os autores do relatório concluem que a China é o país onde é produzida a maior parte dos produtos falsificados no mundo. O gigante asiático é o maior produtor de nove das dez categorias de bens, com exceção da de produtos farmacêuticos, liderada pela Índia. Além do mais, o informe destaca ainda que os produtos farmacêuticos tiveram como destino principal países da África subsaariana, enquanto que os países desenvolvidos foram o destino principal dos itens eletrônicos. A Turquia tem destaque no relatório. Embora não seja o país produtor líder em nenhuma categoria, aparece nos primeiros lugares em várias delas, por isso é qualificada como um “produtor relativamente importante”, sobretudo de artigos de couro, alimentos e cosméticos, que distribui para a UE por estradas. Quanto aos locais de trânsito, uma simples olhada no mapa nesta página dá uma ideia cabal da movimentação dos produtos falsificados. Basicamente, são produzidos

Produtos falsificados à venda na Espanha. JOAN SÁNCHEZ

na Ásia (China, Índia, Tailândia...) e viajam para o Ocidente fazendo parada em portos como Hong Kong, Macau e Cingapura e países do Leste da Europa (Ucrânia, Albânia), do norte da África (Marrocos, Egito) e do Oriente Médio (Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Arábia Saudita e Iêmen). O Panamá se destaca como escala no tráfico para os Estados Unidos. Alguns deles são países de “Governos fracos ou com forte presença do crime organizado”. Essas paradas de trânsi-

to são essenciais para ocultar a origem ilícita dos produtos porque nelas, além de haver autênticos centros de distribuição ilícita, é feita a falsificação de documentos, reetiquetagem, reempacotamento e redistribuição em contêineres com carregamentos legais. O informe assinala que as “organizações criminosas” desempenham um papel muito relevante no tráfico de falsificações, “identificando rapidamente os pontos fracos” para burlar as autoridades.


Logística Imbituba Debate expõe situação logística entre cidade e Porto de Imbituba Leonardo Fraga

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Revista Foco Livre promoveu dia 17 de maio, no auditório da Câmara dos Dirigentes Logístas (CDL) um importante debate com gestores e empresários sobre a logística de Imbituba, principalmente relacionada ao Porto. O Prefeito de Imbituba Dr. Rosenvaldo Júnior, junto à Marcelo Vargas Schlichting, diretor comercial do Porto e Antônio Guimarães, proprietário da CBR Logística palestraram para os presentes no evento. O debate foi transmitido ao vivo pelo Facebook e foram abordados temas como transporte, vias, investimentos e projetos para a cidade, com o tema Logística. Confira o que os palestrantes destacaram em suas falas:

“Além de fazer cumprir nosso plano diretor, as leis do município, a gente tem que procurar minimizar o impacto negativo. Hoje o Porto é muito visto pelo impacto negativo”. Dr. Rosenvaldo Júnior - Prefeito de Imbituba

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O prefeito de Imbituba em sua fala destacou que a cidade precisa ser parceira do Porto de Imbituba, administrado pela SCPar. Desde que assumiu o Porto a SCPar realizou várias mudanças e investimentos e isto tem refletido no número de cargas que a mesma tem importado e exportado e batendo recordes ano após ano. Isto tem chamado a atenção também para empresas que montaram armazéns por toda a cidade, empresas de transporte logístico e investidores na área do Porto e na cidade. “Desde quando assumi o mandato estamos planejando a cidade para os próximos 20 anos. E temos enfrentado uma série de barreiras. Dois deles é o parcelamento irregular do solo e as invasões. Problemas críticos que implicam diretamente em por onde o Porto vai crescer e a onde as cargas serão armazenadas”, destacou Rosenvaldo. O prefeito destacou que uma série de problemas já vem acontecendo como por exemplo no Alto Arroio, onde acontecem acidentes e vias que não são pavimentadas sendo destruídas pelo volume crescente de caminhões. “É preciso planejar. Agora estamos no meio de uma safra e precisamos buscar soluções para os próximos anos, para que os problemas que acontecem hoje não continuem nos afligindo no futuro. É preciso reestudar o plano diretor decidindo onde pode ter galpão e onde não pode. É preciso analisar até quando a obra do acesso norte será viável, pois no momento estamos realizando uma grande obra, mas com certeza no futuro será preciso criar mais uma pista ou uma maneira melhor de ligar a BR-101 ao Porto”, ressaltou o prefeito. Outro problema que a cidade acaba enfrentando devido às cargas que o Porto transporta é o grande volume de grãos que caem no canto da estrada, gerando mal cheiro e sujando a cidade. “Pelos números, naturalmente o Porto está se definindo como um porto de grãos, de acordo com

“Temos pelo menos 200 mil toneladas na cidade sendo armazenadas, de três empreendimentos, fora de outros. A tendência é organizar este crescimento”. Marcelo Vargas Schlichting – Diretor Administrativo, Comercial e Financeiro do Porto de Imbituba

a demanda e pelo crescimento da safra e sobrecarga dos portos, este será o caminho. Nos últimos anos cargas e locais para armazenamentos foram dobrados em número. Temos que estruturar um grupo para limpeza urbana junto às empresas de logística e ao porto. Pois a cidade não pode arcar com todos os problemas deste tipo. É preciso uma sinergia”, comenta Rosenvaldo. O prefeito ressaltou que já discutiu a necessidade de buscar uma área retroportuária, “acho que o melhor local seria a ZPE. Estamos buscando junto ao estado aquela área para oferecer ao Porto e assim contribuir para o desenvolvimento do município. A ZPE é uma grande área que não está sendo usada, como a área da ICC, um esqueleto no Centro da cidade que só atrapalha. Pela movimentação de carga e capacidade de trânsito a cidade está sobrecarregada então é preciso uma intervenção política para agilizar estas áreas ou a criação de um novo distrito industrial”, comenta Rosenvaldo e ressalta que a SC Par por ser ligada ao governo do estado traz estas parcerias com muito mais facilidade e a relação do prefeito com o estado tem sido proveitosa para o município. Rosenvaldo destaca que é preciso focar em um novo plano diretor, “além de fazer cumprir nosso plano diretor, as leis do município, a gente tem que procurar minimizar o impacto negativo. Hoje o Porto é muito visto pelo impacto negativo. O município tem o bônus por ter um Porto que é a arrecadação de ISS, impostos, investimentos que resultam em benefícios para a cidade, porém o que é visível são os caminhões parados em cima da calçada, coque nas casas, etc... Temos que dar condições para que a atividade portuária não sofra e nem os moradores da cidade. Estamos trabalhando juntos com operadores, administração portuária para que seja possível desenvolver o município”.

Desde que a SCPar assumiu a administração do Porto de Imbituba, houve um crescimento de 133% na movimentação de cargas. Em 2016, o porto movimentou 4.803.186 t (toneladas), um crescimento expressivo de 40% em relação a 2015, o ano de 2016 ficou marcado pelo maior índice de movimentação desde o início de suas operações, no século XIX. Suas cargas predominantes são: Soja, milho, arroz, barrilha, bobinas de aço, cargas de projeto, contêineres, coque, clínquer, fertilizantes, demais grãos agrícolas, hulha betuminosa e sal. Segundo o Diretor Administrativo, Comercial e Financeiro do Porto de Imbituba, Marcelo Vargas Schlichting, existem alguns problemas que precisam ser resolvidos. “Desde 2014, quando enfrentamos os primeiros problemas de logística, época que houve uma enorme fila de caminhões na cidade, estamos focados em melhorar e agilizar a movimentação de cargas na cidade. A prefeitura tem nos ajudado muito para enfrentar estes problemas oriundos do fato do Porto estar crescendo e tivemos um esforço dos Junho, 2017. foco livre > 33


operadores locais”, destaca Marcelo. Somente no mês de maio o Porto movimentou 60 mil toneladas de cargas, um crescimento que traz sequelas para a cidade que ainda não encontra-se preparada para a grande movimentação que o crescimento do Porto vem acarretando. “A reforma do acesso norte é ótima para a cidade e o movimento do Porto, mas ainda não é o bastante. Temos pelo menos 200 mil toneladas na cidade sendo armazenadas, de três empreendimentos, fora de outros. A tendência é organizar este crescimento. A triagem dos caminhões tem que ser feita de maneira adequada e os caminhoneiros tem que encontrar um ambiente limpo e seguro, que não tenha uma tarifa elevada e que tenham uma sequência de serviços que eles possam usufruir”, destaca o Diretor. Uma das medidas adotadas pelo Porto nos últimos tempos para que alguns problemas logísticos sejam resolvidos é fazer com que as operadores fiquem o menor tempo possível com os navios e que tenham um giro maior dos mesmos. “Temos uma sinergia entre sindicatos, prefeitura e operadores para resolver os problemas. Se tem muitos grãos na via, unimos forças para varrer. Se há muito ruído de caminhões, é preciso achar alguma solução, pois não podemos deixar que a população sofra com caminhões transitando às 5 horas da manhã ao lado de casa fazendo barulho”, comenta. A tendência é que o Porto cresça em movimento de graneis e minerais e por conta de investimentos que estão vindo. Marcelo cita duas obras importantes que irão fazer com que o Porto de Imbituba tenha ainda mais destaque na logística de cargas no país. “Um deles é a consolidação da melhoria da pista da SC-282. É preciso que sejam construídas terceiras pistas para que o fluxo de veículos acon-

“O município portuário de Imbituba tem uma vocação turística fantástica. Algumas pessoas dizem que indústria e turismo não convivem. Eu acho isso uma bobagem”. Antônio Guimarães - Proprietário da CBR Logística 34 < foco livre, Junho, 2017

teça de maneira mais eficiente. Isto fará com que facilite a vinda de madeira e proteína animal para escoar através do Porto de Imbituba”, comenta Marcelo e complementa, “a conclusão da BR-285 na Serra da Rocinha também é vital. Já operamos com grãos da região norte e noroeste do Rio Grande do Sul e com a conclusão da obra nós dobraremos a quantidade de grãos movimentados pelo Porto”. Outro fato destacado por Marcelo é que com a conclusão da BR-285, os argentinos ao invés de irem diretamente por Florianópolis e Balneário Camboriú poderão acessar a BR-101 pelo sul do estado passando por Laguna, Imbituba e Garopaba, melhorando o turismo na região. “A conclusão da 285 é muito importante”, ressalta. Marcelo destaca que é preciso pleitear a área da ZPE para abrigar armazéns e a área da ICC que não só servirá para ampliar o Porto, mas também será um cartão de visita da cidade. “Hoje é um local feio que precisa ser arborizado. Como está é impossível fazer investimentos naquela área. O Porto de Imbituba é uma importante solução logística para o sul do Brasil, temos um porto com a maior profundidade do sul e sudeste do Brasil, acesso facilitado pela BR-101, acesso marítimo sem dificuldade. Acabamos de realizar uma nova sinalização náutica. Investimentos em infraestrutura e planos para ampliar ou realizar mais um berço de atracação”, destaca Marcelo. O Porto de Imbituba trabalha com movimentação de grãos que vem de Mato Grosso, coque de petróleo de Cubatão, que passa por sete portos para operar em Imbituba. “Devemos bater o recorde de movimentação de cargas por mais um ano e o sucesso do Porto não se deve a ele sozinho, mas sim ao grande esforço da cidade em manter a perspectiva grande de retomada de crescimento”, ressalta Marcelo.

A CBR Logística – Terminais Retroportuários e Transportes dá suporte às operações portuárias está consolidada no mercado desde 1997, é reconhecida pela qualidade e profissionalismo nos serviços prestados. Com 2 unidades, ambas a 2,5 km de distância do Porto de Imbituba, a empresa oferece estrutura própria de transporte, armazenagem e terminais para movimentação de contêineres, cargas a granel e cargas gerais. Seu proprietário, Antônio Guimarães, o Lito, destacou no evento a importância de se planejar a cidade para o futuro e manter uma convivência adequada entre a autoridade portuária, movimentação de cargas e as empresas que trabalham no setor. “É um grande desafio que poderá ser consolidado se realmente existir um planejamento em todas as áreas que o Porto atinge”, destaca Lito e complementa, “nosso porto tem características extremamente importantes. É um porto multipropósito, movimento todos os tipos de carga e poucos portos tem essa capacidade”.


Lito ressalta que em 2014 o Porto começou a movimentar grãos com navios de 4 mil toneladas, “hoje é algo em torno de 12 a 14 mil toneladas ao dia. Este é um ganho fantástico que ocorre em função de melhorias na retaguarda fazendo com que as cargas sejam expedidas mais rapidamente e melhoria de equipamentos, pois competimos com outras unidades portuárias que são muito eficientes”, destaca. Lito ressalta que no sul do país o Porto de Imbituba é o único que consegue movimentar grãos, competindo diretamente com os Portos de Rio Grande, São Francisco e Paranaguá. “Conseguimos competir com preço e movimento. Imbituba vem vencendo esses desafios com empenho”, comenta. O empresário comenta que um bom planejamento irá queimar etapas e precisa ser implementado muito rapidamente. “A questão portuária é extremamente ingrata porque o Porto é uma unidade autônoma, busca competitividade, busca planejamento, o município acaba sofrendo em primeiro momento com o crescimento oportuno do Porto, pois o bônus só vem depois. Mas o município portuário de Imbituba tem uma vocação turística fantástica. Algumas pessoas dizem que indústria e turismo não convivem. Eu acho uma bobagem. Acho uma questão de planejar adequadamente e criar questões para que a convivência seja serena. Acho até que um ajuda o outro”, comenta Lito. O empresário destaca que o Porto de Imbituba tem mais profundidade do que o mercado oferece, é uma opção inexorável e irá se consolidar como Porto de grande exportação. “Mas é preciso investir na área portuária. Temos muitas empresas apostando no sucesso do porto, inves-

tindo antes da carga chegar, criando condições, armazenamento de forma adequada e deixando o produto bem cuidado. Em 2016 houve um crescimento forte, temos que admitir que não melhorou substancialmente, e ainda não está funcionando de maneira adequada. Nós temos um grande desafio e vemos que o Porto e a cidade tem um grande potencial de desenvolvimento de negócios que o porto possa proporcionar”. Lito destaca que o Porto é uma mina de ouro e o que é preciso é ordenar isso de maneira adequada. “Nós já tivemos no Porto grandes ciclos de movimentação de carga. E isso nos dá um respaldo para avaliarmos se houve erros e acertos. Mas tenho certeza que isso muito bem debatido, chegaremos a conclusões básicas, temos que buscar soluções de investimento para manutenção da qualidade e permanência dessas cargas com a possibilidade de crescimento que é a busca de todo o negócio”.

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SANTOS BRASIL APRESENTA CRESCIMENTO OPERACIONAL EM IMBITUBA Terminal de contêineres está localizado no epicentro da região Sul do País

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Administrado desde 2008 pela Santos Brasil – referência na operação de contêineres no País-, o terminal de contêineres do Porto de Imbituba registrou performance positiva no primeiro trimestre do ano. O Tecon Imbituba apresentou aumento de 28,3% no volume movimentado e de 152,7% nas operações de longo curso e 23,3% em cabotagem. Localizado estrategicamente em uma enseada de mar aberto, no Porto de Imbituba, ao Sul de Santa Catarina e a cerca de 360 quilômetros de distância de Porto Alegre (RS) e de Curitiba (PR), o Tecon Imbituba tem fácil acesso rodoviário pela BR-101 e ferroviário pela malha regional.

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instalação já recebeu R$ 520 milhões de investimentos em obras de expansão, renovação e aquisição de equipamentos. Está no epicentro da região Sul, próximo aos polos industriais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o que viabiliza a redução de custos logísticos e maior competitividade para exportadores da região, como os que atuam na área de carnes (frango), frutas (maças), polímeros, cerâmicas, utensílios, entre outros, e para os importadores. Possui capacidade para movimentar anualmente 450 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), com 207 mil metros quadrados de área total e 660 metros de cais acostável. A

Dois importantes diferenciais são seu acesso aquaviário e um projeto que contempla 2,5 milhões de metros quadrados de área disponível no Porto Indústria Imbituba, um complexo industrial e de serviços localizado a 6 km de distância do porto que poderá no futuro apoiar o seu desenvolvimento sustentável. No mesmo complexo portuário, a Santos Brasil opera o Terminal de Carga Geral (TCG), que vem se consolidando no Sul do País como uma importante instalação concentradora de cargas de projeto, irregulares e de grandes proporções. Junho, 2017. foco livre > 41



“Tudo que eu faço é por amor” O atendimento diferenciado que busca a excelência. Por Fernando Carvalho

A logística empreendedora é uma ferramenta capaz de mudar a vida da empresa que você trabalha. Hoje não é preciso só efetuar a venda, mas cativar o cliente. Um bom vendedor ajuda a transformar uma empresa e torná-la gigante. Uma pequena empresa só será pequena se seu idealizador assim desejar, ou seja ele precisa ter os pés firmes no chão, mas se acontecer o ápice, ele deverá alçar voos. Aqui cito o inteligente vendedor de balcão, de uma panificadora no interior da Paraíba, Padaria Cristal, senhor Jair Berto, um homem simples que percebeu que o cliente deseja não só o lanche, mas a atenção, o zelo e habilidade da ação da venda, aplicando assim uma espetacular logística de assistência ao cliente. “Sou natural de Tacima-PB, e estou em Guarabira-PB há 24 anos, onde comecei minha história trabalhando em padaria. Tudo que faço é

por amor, e por fazer um atendimento diferenciado e sempre buscando fazer o melhor, me destaquei. Tendo em vista uma deficiência muito grande no atendimento em nosso comércio, recebi o incentivo de familiares e amigos para repassar um pouco do que vivo, experiências do dia a dia ao longo desses anos, junto com conhecimentos adquiridos em cursos, um deles foi o Empretec pelo Sebrae no ano de 2015. Virei palestrante, e meu trabalho já chegou também a cidades vizinhas. O tema da minha palestra é: Atendimento Diferenciado - Buscando a Excelência. Entendo que devemos buscar o melhor a cada dia, o cliente chega e logo percebe que ali alguém é diferente. O bom atendimento é o maior diferencial, o cliente sendo bem atendido volta e traz outros, sendo mal atendido além de não voltar, faz propaganda negativa”, hoje Jair também é gerente.


A casa mais antiga de Imbituba Por Anny Caroline

Conheça um pouco sobre a casa mais antiga de Imbituba, com cerca de dois séculos de existência, feita nas décadas de 1820-1830. Saiba mais também sobre a quarta geração que cuida da construção, a do senhor Fermiano Manoel Vieira, casado com a professora Gerci Rosa Cardoso Vieira, pai de três filhos: Sander, Jardel, e Lilian. Dentre os feitos de sua vida que se mesclam à história de Imbituba, Fermiano já trabalhou de mensageiro pessoal do Dr. João Rimsa. Fermiano Manoel Vieira sempre viveu perto da natureza. Aos cinco anos já saia para a roça com o tio, que queria lhe ensinar as tarefas na lavoura, enquanto seu pai ia pescar. O tio de Fermiano era muito descontraído, enquanto seu pai um homem muito sério. Estudou até os 12 anos, quarta série. Em seu tempo de criança andava descalço, e costumava embrenhar-se na mata, a procura de orquídeas. Fermiano nunca esqueceu da compra de uma bicicleta em 1957, pois ele desceu do trem e foi até a loja Porto em Tubarão, depois voltou para casa de bicicle-

Fermiano Manoel Vieira 44 < foco livre, Junho, 2017

ta, “um dia inesquecível”, afirma. Este é o espírito aventureiro do menino que agora representa a quarta geração de uma família que cuidou de uma casa em Imbituba por quase 200 anos. Ainda hoje mantém muito zelo pela casa que seu bisavô Fermiano Fernandes Vieira construiu no século XVIII, com barro, óleo de baleia, e pedras, principal base que perdura até hoje, e que passou para seu avô João Fernandes Vieira, seu pai Manoel Fernandes Vieira, e agora para ele, Fermiano Manoel Vieira, que cuida e conserva esta propriedade de trezentos hectares. Loca-

lizada no Mirim, num pé de um morro de natureza exubetante. As casas demonstram bastante harmonia com o local, que lembra uma vila tranquila, onde habitam pessoas que estão lá há gerações. A casa mais antiga da cidade tem uma localização privilegiada, que permite a vários moradores apreciá -la de longe, como se fosse parte do próprio morro. Mesclada ao ambiente, a casa lembra um filme de época. Ao adentrar-se o local, a atmosfera é simples e acolhedora. As paredes são firmes, com temperatura e texturas diferentes das que se conhece por aí. O


terreno é vasto, rico em plantações e mata nativa. A construção ainda está intacta. Não há furos nas paredes nem no assoalho e as madeiras das portas e janelas estão em perfeito estado. Não há mobília, apenas um fogão à lenha. A casa não é habitada, apesar de ser cuidada diariamente. A água vem diretamente do morro. A família gosta de curtir o ambiente nos finais de semana. “Eles vêm, se divertem, fazem churrasco, barulho, brincam, jogam uns colchões no chão e ficam por aí”, disse sorrindo ao lembrar as confraternizações. Até os contos mais antigos parecem recentes diante desta longa jornada. Mas tudo começou quando o primeiro Fermiano, o senhor Fermiano Fernandes Vieira comprou o terreno do proprietário Sisnand, em 1820. Tornou-se tão conhecido pelo seu trabalho na lavoura que o pedaço de terra foi batizado de “Morro do Fermiano”. Próximo a casa montou um engenho de farinha e açúcar, e um alambique que possuía um declive para que o caldo de cana

escorresse diretamente para um barril. Mais distante existia uma olaria que lhe forneceu as telhas moldadas nas coxas de escravos. O último Fermiano que divide estes relatos conosco é um homem de muitas histórias, apesar de que enquanto conversávamos, a casa atrás dele fazia uma projeção de um passado ainda mais extenso. Ele parecia um ramo forte de uma árvore, que tamnbém já possui outros ramos. E à sombra daquelas centenárias paredes, já viveu e vive muita coisa. Fermiano lembra um momento, onde aos 19 anos, após uma noite de geada, colheu os frutos da roça, achou a cena daquele inverno muito triste e percebeu que não era aquilo que queria. Saiu de casa sem contar ao pai onde iria, foi até a oficina do senhor Edgar Paegle em Vila Nova, para trabalhar e por lá ficou dois anos. Ganhava apenas pequenas gorjetas, mas se orgulha de ter esta experiência. Aos 21 anos trabalhou na Cerâmica de Imbituba, até que vendeu uma lambreta e comprou o seu primeiro

caminhão. Após este fato, tornou-se amigo e mensageiro do Dr. João Rimsa, que o ajudou muito na vida pessoal e profissional. Ele se emociona ao falar de João Rimsa, para quem fez cerca de 382 viagens de Imbituba para São Paulo, em oito anos. “Homem simples, empreendedor, nascido na Lituania – Rússia”, disse ao relembrar quem considerou um grande amigo. Fermiano mantém o túmulo de João Rimsa, localizado no cemitério de Vila Nova, conservado e limpo, para prestar-lhe homenagem e também tenta transferí-lo para o Mirim. Hojeele é dono da Transleste, empresa que possui várias filiais pelo Brasil. Sua esposa Gersi é dona da loja Casa Arte Bordados, no Centro de Imbituba Fermiano se orgulha de ter conhecido vários países. Na América Latina: Argentina, Paraguai e Bolívia. Na Europa: Portugal, Espanha e Itália, alguns países da AFRICA, e 80% das capitais brasileiras. Um homem de raízes e de asas. Um menino que adora vislumbrar a beleza das flores selvagens. Junho, 2017. foco livre > 45






Logística Portuária Entrevista com Luiz Vieira, empresário do ramo portuário em Imbituba

Luiz Vieira é graduado e pós graduado em Logística, empresário da área portuária, casado com a professora Alba da Rosa Vieira, pai de Ulisses Vieira, sogro de Rubiana Rodrigues e avô da Maria Cecília. Ele trabalha no Porto de Imbituba há dez anos e conta sobre sua experiência profissional. 50 < foco livre, Junho, 2017


Luiz Vieira trabalha no Porto de Imbituba há dez anos. Iniciou numa operadora portuária, mas com o tempo migrou para a área de transporte rodoviário. Quando solicitado auxilia na parte de operação de navios. Sobre as oportunidades de emprego geradas através do Porto de Imbituba, Luiz lembra que a ideia de Logística começou a aparecer no início dos anos 2000, a partir daí várias empresas adotaram este conceito. “A Logística hoje movimenta 12% do PIB nacional. Antes esta palavra era agregada apenas aos transportes.”, afirma. Sendo assim, a área da Logística se fortalece e cresce, o que acarreta em oportunidades nas corporações ligadas ao tema. Luiz relembra que o Porto de Imbituba foi o segundo inaugurado no estado, o primeiro foi o de Itajaí. “Mesmo assim, atualmente Imbituba é o quinto colocado em movimentação. Creio que foi por falta de investimento há tempos atrás, pois do projeto inicial feito por Henrique Lage, o que temos hoje é algo totalmente diferente, com outras finalidades. Por isso Luiz acredita que o atraso no crescimento também tem a ver com algumas vezes em que houve falta de perspectiva e atualização, e que o Porto tem capacidade de ser uma referência ainda maior no estado. Segundo Luiz, o Porto tem um potencial enor-

me de operação de várias cargas, basta apenas ter cargas. “Temos que prever o futuro e saber as cargas que serão importantes para o crescimento do Porto”. Ele acredita que Imbituba ainda não está preparada para tamanha movimentação, e que muitos investimentos ainda precisam ser feitos em parceria com o Governo Federal. Destacou também que o asfalto novo na Manoel Florentino Machado tem um prazo de validade de no máximo 20 anos. Em relação a um possível centro de triagem para caminhões, Luiz citou que a SCPAR tem a intenção de utilizar a área da ZPE para esta finalidade. Um centro de triagem oferece toda uma estrutura para atender os caminhoneiros que vêm de outros estados e assim podem ter mais conforto, com uma área predestinada a atender estas necessidades, o que também geraria mais empregos e direcionaria os caminhões para uma área específica e organizada. “Caminhoneiros são como turistas e precisam levar uma boa imagem do município para as suas cidades”, acrescenta. Luiz finalizou com uma frase sobre planejamento logístico: “a logística deve ser cuidadosamente planejada, buscando minimizar custos e com atualização dos resultados, garantindo a competitividade e gerando lucros. Toda empresa com este planejamento cresce, pois visa o futuro”.

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Conceito de logística “Logística é a parte do gerenciamento da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a ele relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender as exigências dos clientes”.

E

sta definição, do Council of Supply Chain Management Professionals, me parece bastante completa, abrangendo de forma sintética toda a importância operacional da logística. O conceito de logística está historicamente ligado à sua utilização pelos exércitos na estruturação da movimentação e subsistência das tropas em combate. Na Grécia antiga, Império Romano e Império Bizantino, os oficiais com os títulos “logístikas”, eram os responsáveis pelos assuntos financeiros e de distribuição dos suprimentos. Até o fim da Segunda Guerra Mundial a logística esteve sempre atrelada às atividades militares, e então passou a ser utilizada em assuntos civis, sem abandonar a conceituação de “planejar, implementar e controlar o fluxo e armazenamento eficiente e econômico”. No Brasil, este conceito, e sua consequente

operacionalização, foi incrementado nos últimos 30 anos. Nesse período, a palavra não só teve sua utilização como definição genérica atribuída à movimentação de mercadorias, mas também norteou o desenvolvimento de cadeias de escoamento, incorporando necessariamente a conceituação de “eficiente e econômico”. Sua importância tornou-se imperiosa, a ponto de não se admitir atualmente qualquer fluxo de produtos sem estar acompanhado do estudo logístico. Num país de dimensões continentais como o nosso, um dos principais custos vinculados à movimentação de mercadorias está diretamente ligado às grandes distancias que separam as regiões produtoras e o mercado consumidor e/ou aos portos. Se fizermos comparações relativamente recentes, podemos claramente verificar a evolução nas condições da logística disponibilizada. Como

Lito Guimarães

Diretor Presidente da CBR

um exemplo importante, dentre outros, o país cresceu somente na produção agrícola, entre 2006 e 2016, de 115 para 184 milhões de toneladas, das quais mais de 100 milhões foram exportadas. Graças aos estudos e operacionalizações dos meios logísticos, todo esse volume incremental de carga vem sendo escoado, atendendo a demanda e as necessidades dos produtores. Os desafios logísticos do Brasil estão apenas começando, já que o país ainda tem muito o que crescer. A eficiência logística é de extrema importância para a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional, sendo necessários inúmeros investimentos em infra-estrutura de transportes e armazenagem, bem como na reestruturação da matriz de transportes brasileira, fomentando a utilização de ferrovias e hidrovias.




Comodidade aos clientes O Armazém da Beleza está com uma super novidade para as suas clientes. Agora você pode fazer sua lista de aniversário na loja e além de garantir presentes maravilhosos, seus convidados vão se beneficiar com um desconto exclusivo. Segundo Renata, a iniciativa surgiu de uma cliente que pediu para fazer uma lista para o aniversário de 15 anos de sua filha. “Adoramos a ideia e decidimos então dar continuidade a ela. As aniversariantes estão amando, afinal, quem não gosta de ganhar maquiagens e cosméticos?”. Para fazer sua lista basta ir até a loja, escolher os produtos e avisar aos seus convidados. Dessa forma você garante presentes incríveis para o seu dia especial.




Apiecoturismo: conheça formas de unir produção apícola ao turismo rural ADJORI/SC

Como os apicultores podem agregar novas receitas à sua produção? Além de investir na comercialização de derivados de mel (própolis, pólen, geleia real e cera de abelha, por exemplo) ou atuar com serviços (substituição de abelhas rainhas e locação de colmeias), uma outra oportunidade é explorar o apiecoturismo. Trata-se de um tipo de turismo rural que se utiliza a produção das abelhas e dos produtos apícolas para gerar renda às propriedades, seja pelo atrativo turístico ou pelo consumo dos derivados, recomendado em recente relatório produzido pelo Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae. Para investir no apiecoturismo, é importante conhecer o conceito do termo, as vantagens que ele oferece e as dicas e orientações relacionadas a ele. Por ser uma atividade sustentável, traz benefícios não só para o apicultor e o turista (que pode ter novas experiências e ampliar o conhecimento sobre a importância das abelhas para o ecossistema) mas também para a região, movimentando a economia local e gerando novos empregos. Para proporcionar novas experiências, é preciso fazer com que os turistas “botem a mão na massa”, já que este tipo de turismo criativo tende a se desenvolver nos próximos anos. E o que pode ser oferecido no apieco-

turismo? - Visitação ao apiário para conhecer a abelha rainha, o zangão e as operárias. - Colheita do mel, envolvendo a desoperculação, centrifugação, filtragem e envase. - Oficinas de velas de cera e culinária com uso do mel. - Degustação de comidas e bebidas com mel. - Passeio pela rota apícola na propriedade, conhecendo o percurso do mel. - Visitação em loja que oferece diversos

produtos apícolas: de alimentos e bebidas a cremes hidratantes e sabonetes Para investir na atividade, é fundamental observar a facilidade de acesso a município e à propriedade; a higiene e os equipamentos de segurança do apiário; ofertas de lazer e passeio aos turistas (isso pode ser feito em parceria com empresas locais); e a infraestrutura da propriedade, que precisa ser confortável, com área para convivência e distância segura dos apiários.



A Arte da Pesca da Tainha

“Do Mar à Mesa” A pesca de origem indígena, que mais tarde ganhou a influência dos açorianos por causa do peixe “Tainha”, teria seu primeiro relato feito pelo alemão Hans Staden (1525-1579), quando esteve preso numa aldeia indígena no litoral paulista, numa das duas viagens que fez ao Brasil. Ao longo dos tempos a pesca da Tainha (Mugil Brasiliensis), tornou-se um dos recursos pesqueiros mais lucrativos e importantes do litoral. A migração reprodutiva das Tainhas se inicia na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, e segue em direção ao norte, na busca de temperaturas mais elevadas para fazer a desova. A Lagoa dos Patos é um ambiente aquático (estuário) de transição entre um rio e o mar. O percurso até a fase adulta das Tainhas segue seu ciclo mar adentro numa harmonia, um balé reprodutivo, onde machos e fêmeas depositam na água seus gametas (são células sexuais de todos os seres vivos), que fora do corpo vão se unir (fecundação), podendo atingir cerca 1 metro de comprimento e podem pesar até 8 kg com 60 cm e são essas Tainhas que todos nós esperamos por aqui. A pesca da tainha é uma festa, e dependendo da região, a população se volta inteira ao evento. Tudo começa bem na madruga. E lá se encaminha 60 < foco livre, Junho, 2017

o Vigia, aquele pescador experiente e indicado certamente pelos companheiros rumo ao seu posto previamente posicionado e visão privilegiada. É do olhar atento do Vigia que irá acionar e posicionar os pescadores sobre a entrada do cardume ao longo da costa. Qualquer descuido do Olheiro, do Vigia, aquele cardume em segundos fugirá para bem longe. Na pesca da tainha a função do Vigia é vital. O lanço, a puxada, o arrasto, o cerco, é o ápice do pescador. Sou testemunha e privilegiado. Nasci na “Rua de Baixo”. A praia estava ali, e desde a infância pude vivenciar e assistir de perto toda a logística e envolvimento desses incansáveis protagonistas dos mares: O Pescador e sua Pesca. Minha Tia Juracy Pittigliani, comentou que naquela época a pesca da Tainha era realmente uma festa. Uma agitação, correria, falatório, uma confusão “organizada”. Era um ritual de remadas, passando por marolas, redes entrelaçadas, cortiças, chumbo e tudo numa sincronia programada. Mas que no final do arrasto, o repartir, o quinhão, a partilha das Tainhas era o melhor daquele momento. O arrasto é democrático, o mar democrático e requer experiência, força, habilidade. Surfista X Pescador X Tainha: estiveram literalmente “sempre lado a

lado”. Mas esta relação nunca foi assim. Muitos não conhecem o que é a palavra “Período de Defeso”. Principalmente aquele Surfista que não reside no Sul do país. Em 1990 o Pescador e Surfista começaram a travar uma batalha particular. O Pescador em busca do sustento e o Surfista por uma vida saudável e prazer pelo Esporte. Quem se habilita? O direito de ir e vir estão expressos na Constituição Federal de 1988, que se encontra no Art. 5º, inciso XV: “É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou sair com seus bens”. Instrução Normativa número 171, de 9 de maio de 2008, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). “Art. 6° Proibir, anualmente, no período de 1º de maio a 30 de julho, no litoral do estado de Santa Catarina, a menos de uma milha náutica (1MN) das praias licenciadas para a prática de arrastão de praia usando canoa a remo, e a menos de 300 m dos costões rochosos, o exercício da pesca com o emprego dos aparelhos e/ou modalidades abaixo discriminadas: redes de cerco; captura de isca viva; redes de caça e malha; redes de trolha; redes de emalhar fixas; cercos flutuantes; fisgas; garatéias; farol


Prof. Nilo Pittigliani de Carvalho

manual; pesca de espada; e tarrafas”. A instrução normativa aborda a pesca da tainha, e segundo o IBAMA não há nenhuma especificação quanto à proibição da prática do Surf. Desta forma, a proibição de pessoas livres entrarem no mar para pegar ondas, é ilegítima. Após vários conflitos, tomamos uma decisão em parceria com a Delegacia da Capitania dos Portos de Imbituba e Colônia Z-13. Na época era eu o Presidente da Associação de Surfe de Imbituba – ASI, então acordamos em utilizar o Sistema de Bandeiras: Branca Surfe e Vermelha Pesca. Lembro que uma famosa Revista brasileira especializada no Surfe publicou que a primeira cidade no país a manter a paz entre a pesca da Tainha e Surfistas, era Imbituba. Fizemos a nossa parte enquanto cidadão. Atualmente, o bom senso e a boa relação entre Surfistas e Pescadores têm prevalecido. Pescador de Tainhas, quem são eles? Sol ou chuva, ele se encaminha carregando ao ombro ou no gongá a sua tarrafa, seu material de trabalho. E se for Vigia, o trabalho é dobrado. Vida dura, água fria, pés na água, vento no rosto, roupa molhada no corpo. Não é uma profissão, é um ofício. Dizem que é passado de pai para filho. Não deu pesca? Amanhã é outro dia.

Que a culinária do frutos do mar é deliciosa ninguém duvida. Seu preparo é simples: assada, frita, assada, escalada, com a ova “caviar barriga verde”. Que tal uma Tainha recheada com farofa e camarão? Ingredientes: 1 Tainha fresca (limpa), ½ Copo de limão, 1 Cebola branca picada, 5 Dentes de alho picados, 400g Camarões pequenos (limpos), 1 Par de ovas (tainha), Farinha de mandioca (miúdos), espinafre, cebolinha e salsinha a gosto, 100ml de azeite (oliva), Sal e cominho a gosto. O preparo: Limpe a tainha retirando as vísceras e a capa de gordura da

barriga, as guelras e reserve; Em uma frigideira, refogue levemente a cebola e o alho em azeite de oliva. Coloque as ovas e mistura tudo. Coloque os camarões e, por último, a farinha de mandioca, até pegar o ponto. Coloque sal, pimenta e a salsinha e cebolinha. Retire do fogo. Tempere a tainha com sal, pimenta e suco de um limão, Recheie a área abdominal com a farofa (fria). Costure a barriga, ou prenda com palitos. Faça alguns talhos na barriga da tainha para que o tempero penetre e leve à brasa (na grelha p/ peixe), ou para o forno com a ajuda de uma forma. Serve 4 pessoas. Receita: Família Pittigliani. Junho, 2017. foco livre > 61


Sistema cooperativista catarinense registra 15% de crescimento no último ano ADJORI

O segmento de cooperativismo no estado de Santa Catarina continua em ascensão e cresceu 15% no ano passado, de acordo com a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc). A expressão do setor é reconhecida nacionalmente: as 265 cooperativas catarinenses reúnem mais de 2 milhões de associados, mantêm 58 mil empregos diretos e faturam mais de R$ 31,5 bilhões de reais por ano. O presidente e o superintendente da Ocesc, Luiz Vicente Suzin e Neivo Luiz Panho destacam que, em 2016, o setor investiu na base produtiva, na diversificação de produtos e serviços e na qualificação de colaboradores, dirigentes e associados. “As cooperativas ignoraram a recessão de 2015 e 2016 e continuaram crescendo, com foco no mercado e aperfeiçoamento constante da gestão”, resume Suzin. A receita operacional bruta atingiu R$ 31,5 bilhões, com incremento de 15%. Foi o oitavo ano consecutivo de crescimento, após a crise financeira internacional de 2008/2009 que atingiu todos os continentes. O quadro social teve uma expansão de 9%, alcançando 2,95 milhões de pessoas. Consideradas as famílias cooperadas, isso significa que metade da população estadual está vinculada ao cooperativismo. Os dirigentes destacam o crescimento do quadro social no segmento de jovens e mulheres. O número de jovens até 25 anos que se associaram às cooperativas teve um extraordinário crescimento de 67% no ano passado, chegando a quase meio mi-

lhão de pessoas (490.366), representando 23% do total de associados. A participação da mulher no quadro social das cooperativas de Santa Catarina cresceu 12%. Atualmente, 37% dos associados são do sexo feminino, índice que representa 784,5 mil pessoas. O quadro geral do desempenho das cooperativas revela que, em 2016, o número total de empregados diretos manteve-se estável com leve aumento de 2%, passando a 57.995 colaboradores. Ainda no ano passado, as cooperativas catarinenses recolheram R$ 1,846 bilhões em tributos, sendo R$ 1,225 bilhão de geração de impostos sobre a receita bruta (crescimento de 17,5%) e R$ 620,9 milhões de geração de contribuições sobre a folha de pagamento de salários (aumento de 7%). As cooperativas dos ramos agropecuário, saúde, crédito, consumo, infraestrutura e transporte registraram o movimento econômico mais expressivo. Ramos As 52 cooperativas agropecuárias representam 63% do movimento econômico de todo o sistema cooperativista catarinense. No conjunto, essas cooperativas mantêm um quadro social de 69.325 cooperados e um quadro funcional de 37.948 empregados. O faturamento anual do ramo agropecuário totalizou R$ 19,924 bilhões. O ramo de crédito apresenta o maior número de associados e a segunda posição em movimento econômico. As 62 cooperativas de crédito reúnem 1,389 milhão de

cooperados, mantêm 7.356 empregados e movimentaram R$ 5,26 bilhões no último ano. O ramo de saúde, com 30 cooperativas e 11.631 associados, faturou R$ 3,249 bilhões. O ramo de transporte, formado por 40 cooperativas teve R$ 1,405 bilhão de movimento, beneficiando 10.563 cooperados. No ramo de infraestrutura atuam 33 cooperativas de eletrificação rural com 311.466 associados. Em 2016, essas cooperativas faturaram R$ 739,5 milhões de reais. As 14 sociedades cooperativas que atuam no ramo de consumo com 294.493 associados, faturaram R$ 1,125 bilhão no ano passado. Os ramos de trabalho, produção, habitacional, mineral, especial e educacional, mesmo com menor expressão econômica, são instrumentos para a promoção de renda às pessoas físicas, que organizadas na forma de cooperativas prestam serviços especializados aos mais diversos segmentos da sociedade. São 34 cooperativas formadas por 8.892 cooperados que, em 2016, geraram R$ 55,5 milhões em receitas. Segundo Luiz Suzin e Neivo Panho, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC), vinculado a Ocesc, investiu, em 2016, R$ 21,3 milhões para ações de formação profissional, promoção social e outras atividades, num total de 1.909 eventos, que atenderam 125.533 pessoas - entre associados, empregados e dirigentes de cooperativas.



Em 2017, indústrias catarinenses pretendem investir R$ 7,3 bilhões Principal investimento é em máquinas e equipamentos e ampliação da capacidade produtiva. 80% usará recursos próprios Foto: Murici Balbinot/Agência Adjori

“Se a indústria vai bem, o estado vai bem”, disse Côrte

Até o final de 2017, as indústrias de Santa Catarina pretendem investir cerca de R$ 7,3 bilhões, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). As prioridades são aquisição de máquinas e equipamentos, aumento da capacidade de produção, tecnologia, desenvolvimento e inovação. Maior parte das empresas (80%) usará recursos próprios para realizar investimentos. “A indústria enfrenta desafios, mas não se abate. Tem estratégias muito claras e se prepara para a retomada da economia”, disse o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte. O principal desafio tem sido as incertezas quanto à estabilidade econômica. Segundo Côrte, os empresários temem aumento de custos repentinos e colocam o problema de confiança à frente da burocracia ou do crédito, por exemplo. Apesar dos entraves, os empresários lutam para manter a competitividade. Segundo a pesquisa, a maioria (82%) reduziu custos de produção, investiu na qualificação profissional (61%), no lançamento de novos produtos (60%), e novas tecnologias (58%). “O grande motor do emprego catarinense é a indústria”, disse Côrte. Isto porque, o estado tem quase a metade da desocupação média nacional - 8% em Santa Catarina e 14% no Brasil. Ele também citou a capacidade portuária

do estado, que, por meio de cinco portos, absorve entre 18% e 20% dos containers exportados do Brasil. A educação ganhou capítulo especial na pesquisa. Os empresários declararam que o fator que mais contribuí com a competitividade da indústria catarinense é a qualificação profissional, à frente de incentivos do governo ou redução de tributos. Infraestrutura Apesar dos resultados positivos, os empresários mostraram insatisfação com a infraestrutura do estado. As melhores avaliações são de portos e energia, com 36% de satisfeitos, em seguida telefonia, com 30%. As piores avaliações são de rodovias, com 79% de insatisfeitos, em seguida infraestrutura urbana, com 50%, e ferrovias, 44%. Confira os dados completos: Portos Aeroportos Ferrovias Rodovias Telefonia Energia Infra Urbana

Indiferente 45% 46% 52% 12% 27% 24% 34%

Insatisfeito 19% 31% 44% 79% 43% 40% 50%

Satisfeito 36% 23% 4% 9% 30% 36% 16% Por ADJORI/SC

64 < foco livre, Junho, 2017





Foco Livre na escola Os alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Belarminda de Souza Pires, no bairro de Nova Brasília, através da professora Nilcélia Ferreira Baltezan, utilizamse com frequência de textos sobre a história de Imbituba, produzidos pela editora O Grande Jornal. No mês de junho as crianças visitaram o Museu Ferroviário Dona Tereza Cristina, após lerem um texto a respeito do tema, publicado pela Revista Foco Livre. “Fomos da sala de aula, com o suporte da revista Foco Livre, direto ao Museu Ferroviário Dona Tereza Cristina. Agradecemos a equipe de apoio, professora Márcia Rafael, coordenadora Fernanda Souza, estagiários Gabriel Silveira Sagave e Cláudio, e motoristas Marcos Fernandes Silva e Jeferson”, disse a professora, satisfeita com a interação das crianças, e que está atenta às publicações sobre a história de Imbituba, por isso sempre que sai um texto referente a este tema, ela transmite aos seus alunos, como foi o caso do material sobre os 59 anos de Imbituba que circulou através do O Grande Jornal. A equipe da Revista Foco Livre fica muito satisfeita com este tipo de atuação na sociedade e reconhece a importância de atitudes como estas através dos meios de comunicação, para a manutenção da memória coletiva. Parabenizamos a iniciativa da Escola Belarminda!





Relatório do Sebrae dá dicas para micro e pequenos empresários do turismo Material mostra tendências e ensina como oferecer um turismo criativo para se diferenciar no mercado Mais do que viajar para conhecer pontos famosos no local de destino, fazer turismo pode ser uma atividade criativa. É o que apostam muitos empreendedores do setor que aproveitam o potencial culinário, musical e artístico das cidades, envolvendo também a população local, para encantar e atrair visitantes. Este é o preceito do turismo criativo, uma nova segmentação que pode trazer boas oportunidades de negócio e que é detalhada em recente relatório produzido pelo Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae. Entre as tendências que irão influenciar o setor pelos próximos anos está o turismo de experiência. A busca por novas sensações em viagens, que vão além da visitação de pontos turísticos é algo que tem crescido no mercado e deve se desenvolver ainda mais. Alguns comportamentos auxiliam 72 < foco livre, Junho, 2017

a desenhar o perfil do turista criativo: procura experiências diferenciadas que o integrem à localidade, tende a combinar diversos tipos de turismo em uma mesma viagem (ecoturismo, gastronômico etc) e compartilha ativamente esta vivência nas redes sociais. Enquanto alguns países exploram com muito sucesso seus diferenciais - como a culinária e a fotografia pelas ruas de Paris, os cursos de body art em Ibiza e mesmo aulas que vão da massagem ao boxe, na Tailândia - algumas cidades brasileiras começam a se destacar no turismo criativo. Isso pode ser feito em grandes cidades como São Paulo (que oferece tours gratuitos de bicicleta por pontos turísticos) e Porto Alegre (em aulas de dança gaúcha, de preparação de chimarrão e churrasco), mas também é bastante comum em regiões históricas.


Em Petrópolis (RJ), o turista pode participar de dramatizações de época no Museu Imperial, além de declamações de poesia e canções. Na Chapada dos Veadeiros (GO), um passeio de três dias envolve passeio de balão, workshop de fotografia e também uma “sessão” de nascer do sol na região. O turismo criativo é uma oportunidade para empresas do setor estudarem a própria região para conhecer e desenvolver roteiros e serviços que proporcionem experiências inesquecíveis. Por isso, quem pensa em atuar nesse nicho deve responder algumas questões: - O que a sua cidade ou região faz de melhor? - Qual o diferencial da sua cidade ou região? - Que aspectos da cultura diferenciam a cidade de outras? - Quem são as figuras importantes da comunidade local? - Há algum tipo de artesanato que caracteriza a região? - Quais são os pratos típicos da cidade? - Qual a história da cidade? Existem monumentos que representam? Os questionamentos possibilitam a reflexão e observação da localidade, a fim de desenvolver novos serviços que proporcionem experiências aos turistas. Para tanto, é importante ter um olhar de distanciamento da realidade para identificar as oportunidades. Viagens temáticas e incursão na natureza A agência Viare Turismo Criativo proporciona experiências a partir da organização de viagens com roteiro personalizado, em grupo ou mesmo uma lua de mel. Já realizou tours como “A arte da ourivesaria na Itália”, “Expedição Mata Atlântica”, entre outros. Pessoas interessadas em um roteiro específico podem sugerir a viagem no site da empresa,

que avalia e, caso aprovada, cria o roteiro para ser oferecido a outras pessoas interessadas. Caso o número mínimo de participantes seja alcançado, a pessoa que sugeriu o roteiro pode, inclusive, ganhar a viagem para acompanhar o grupo. A agência Floripa Xperience, por sua vez, atua com o planejamento, organização e gestão de experiências turísticas da Ilha de Santa Catarina, como: conhecimento e degustação de ostras e cachaça; jantar com um chef; passeios de escuna; trilhas e rafting para grupos, além de pesca e degustação de tainhas. Para os micro e pequenos empresários do setor que querem investir em serviços focados no turismo criativo, o SIS/Sebrae recomenda: - Atente para o que a sua região oferece de melhor e que pode ser tratado como uma experiência aos turistas. Gastronomia, belas paisagens, vida cultural e até mesmo vida rural são alguns temas a serem explorados; - Participe de eventos do setor turístico para conhecer as tendências, tecnologias e informações sobre o comportamento do turista. A participação em eventos proporciona, além da obtenção de conhecimentos, o networking entre profissionais, especialistas e empresários da área, o que pode resultar em novos negócios e parcerias; Conte com o Sebrae para inovar no seu negócio. São diversas soluções oferecidas para tornar o seu negócio mais competitivo e inovador. O Sebraetec oferece auxílio às empresas em áreas como design, inovação, qualidade, serviços digitais entre outros, o que pode contribuir para a criação de um turismo criativo em seu negócio. Para saber dessa e de outras soluções do Sebrae, entre em contato pelo 0800 570 0800 e agende um horário com um dos consultores na unidade mais próxima.

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Escrevendo com a necessária clareza Por Eurico de Andrade Neves Borba Publicado no blog Diário do Poder, Brasília, DF, de 26/06/17

Há algum tempo penso em escrever este artigo. No entanto, o receio de não ser compreendido e a forte possibilidade de parecer um ridículo dono da verdade, me levaram a postergar a escrita e a divulgação. O que me apavora neste nosso destroçado Brasil é que atitudes e pensamentos óbvios não são sequer considerados pelas elites, pela mídia, pelos detentores do poder. As elites, intelectual e moralmente pobres, de onde se poderia esperar uma reação ao desatino coletivo, parece gostar do que está acontecendo, estendendo suas teias de poder e de suas possibilidades de lucros. Que o Presidente Temer e o Senador Aécio devem renunciar, que os parlamentares e autoridades do Poder Executivo indiciados pela justiça devem se licenciar para facilitar as apurações, que as eleições devem ser antecipadas para melhorar o nível de legitimidade do Estado brasileiro, atualmente em frangalhos, é o “obvio ululante”, como diria Nelson Rodrigues. Basta prestar honesta e inteligente atenção para o que o povo está dizendo, com irritação crescente, nas filas, nos transportes coletivos, nos encontros, nas redes sociais, onde de forma espontânea, sem análises sofisticadas, expressam o que pensam e sentem: nojo e repulsa pelos políticos, descrença nas instituições democráticas, com muita raiva beirando o ódio. Sem a confiança da maioria da população nas

instituições republicanas, democráticas, nada de bom e de duradouro poderá ser edificado. Estamos perigosamente próximos de uma confrontação física, que poderá ser entendida como um basta radical do povo à situação amoral e anárquica que tomou conta do país. Não há possibilidades de demagógicos acordos para garantir a governabilidade, pois esta já não existe. Os proponentes e participantes ou estão envolvidos nas falcatruas, ou quase todos não merecem mais a confiança do povo. Estes atores desacreditados precisam se convencer que devem sumir de cena, para não irritar mais a população, com o deboche das suas presenças. O povo quer, exige, caras novas honestas e competentes. Quando a ira do povo explodir nas ruas, por falta de alternativa para a demonstração do seu desagrado, o que vai se fazer? Chamar as forças armadas para conter a população? Esperar que as Igrejas restaurem a paz social com seus apelos que não ecoam mais numa sociedade afastada das religiões? São 14 milhões de desempregados, um sistema econômico que não investe, sem sinais consistentes e honestos de recuperação. Que o bando dirigente entenda que a antecipação, urgente, das eleições é a única saída politica possível e aceitável para a restauração da legitimidade do poder republicano. O contrário será o caos.

*Eurico de Andrade Neves Borba. 76, aposentado, escritor, ex professor da PUC RIO, ex Presidente do IBGE, mora em Caxias do Sul, RS.




SAÚDE E BEM ESTAR

Logística na indústria farmacêutica Durante décadas, a indústria farmacêutica foi marcada por altas margens de lucro e taxas de crescimento estáveis, advindas das patentes e produtos inovadores. Ao longo dos últimos anos, no entanto, a dinâmica do mercado vem mudando consideravelmente. A popularização dos medicamentos genéricos e a expiração de patentes impulsionam um cenário competitivo mais agressivo, marcado pela necessidade de reposição de portfólio, ao mesmo tempo em que há crescente pressão sobre a formação de preços no setor. Com isso, o segmento busca novas maneiras de aumentar a margem melhorando a eficiência em toda a supply chain (cadeia logística). Neste contexto, o operador logístico assume um papel importante para atender todas as demandas deste setor, que tem exigências próprias e requer alto nível de serviço. A abertura do mercado farmacêutico para a terceirização e a atratividade dos preços no transporte de remédios está mobilizando os prestadores de serviços logísticos a cumprir as

exigências necessárias para entrar neste mercado, como a aquisição de licenças e certificados. Todavia, estas legalizações são o ponto de partida para outras exigências que são determinantes para a operação. Anteriormente, a indústria farmacêutica, dotada de altas margens de lucro, não era impactada pelas questões logísticas. As mudanças e a evolução do mercado, porém, foram motivadores para o surgimento da preocupação com operações logísticas interligadas, eficientes e otimizadas no setor. As mudanças no ambiente regulatório envolvem restrições importantes e frequentes, com crescentes requerimentos tecnológicos e de rastreabilidade da cadeia de medicamentos. A Resolução 54/2013 é um exemplo claro do desafio da indústria farmacêutica. Neste contexto, os prestadores de serviços logísticos surgem como opção de suporte e provedores de soluções diante de um cenário turbulento de mudanças. A abertura do mercado farmacêutico para

por Fillipe Sgrott

a terceirização provocou uma movimentação por parte de operadores e transportadoras na direção da adequação no transporte de medicamentos. O mercado tem se especializado e houve um aumento de opções de operadores aptos a transportar medicamentos. Ainda assim, é um desafio tanto para a indústria quanto para os prestadores de serviços logísticos garantir que a parceria seja benéfica para ambos os lados e marcada por uma relação ganha-ganha nos serviços prestados. A confiança e o conhecimento do serviço prestado fazem com que, hoje, ainda haja predominância de parcerias entre grandes operadores com a indústria farmacêutica. O sucesso da empresa na terceirização depende da relação entre custo e qualidade e da eficiência da cadeia de fornecimento, além da estratégia definida para lidar com o trade-off entre oportunidades de terceirização, seja em estoques e/ou transporte, levando em consideração a complexidade do setor.



Leonardo Fraga

Empreendedoras montam empresa que vende saúde através de produtos deliciosos Imbituba sustentou por um tempo o slogan “Um Mar de Oportunidades”. Realmente o mar chama muitas pessoas para o município e as oportunidades estão aí, basta prestar atenção. Há dois anos o Porto de Imbituba, já capitaneado pela empresa SC Par promoveu um concurso que atraiu pessoas de vários estados. Felipe e Kelvin, foram duas dessas pessoas que conseguiram passar para Assistente Portuário e se mudaram com suas então namora-

das Marcelli e Mariana para Imbituba. As empresárias se conheceram através de seus maridos, porém suas relações vão além da amizade. Mariana Ávila é gaúcha e sempre quis trabalhar na área de nutrição. Chegou a começar um curso técnico em nutrição, mas ela e seu então namorado, Kelvin queriam viver na praia, com uma vida mais tranquila e com a oportunidade do concurso do Porto se mudaram para Imbituba.


Ao chegar na cidade Mariana sentiu dificuldades em se adaptar a alguns empregos e resolveu manter seu sonho em trabalhar com alimentos saudáveis criando a Grão do Bem. Empresa que vende produtos como bolos, quiches e outros seguindo a dieta low carb, com redução de carboidratos ingeridos. “A intenção foi sempre tentar vender saúde através de comidas gostosas e com preços acessíveis. No início, por não conhecer a cidade tive dificuldades, mas através da postagem dos produtos que eu produzia nas redes sociais de uma amiga, foi quando eu comecei a ver que era um negócio que eu poderia trabalhar em Imbituba e região”, destaca Mariana. A oportunidade se mostrou ainda mais segura quando Mariana conheceu Marcelli. Natural de Vitória, Espírito Santo, Marcelli é formada em nutrição e alguns meses depois do início da Grão do Bem virou sócia de Mariana. “Eu trabalho na área de cosméticos desde 2012 e com a Grão do Bem vi a oportunidade de voltar a fazer o que sou formada. Juntas, nós definimos o público alvo e minha experiência em atender e fidelizar clientes junto ao talento gastronômico de Mariana conseguimos formar uma grande parceria”, destaca a nutricionista.

As empreendedoras então se dedicam todos os dias em buscar novas receitas, modernizar a produção, conseguir mais clientes através das redes sociais em especial do Instagram: graodobemsc. “É desafiador vender saúde. É uma grande responsabilidade”, destaca Marcelli. Seus produtos low carb não possuem conservantes o que beneficia a saúde dos clientes. “Evita doenças que se pode vir a ter, melhora a qualidade de vida, disposição e o humor. Deixar de comer alimentos industrializados, além de estar evitando problemas como obesidade e diabetes, melhora a qualidade de vida, deixando a pessoa mais do bem”, ressalta. Com um ano de empresa, a Grão do Bem atende uma média de 200 clientes em toda a região e Florianópolis. A produção é diária e varia de acordo com o número de encomendas que podem ser feitas através dos telefones: (48) 9 9166-4867 e (48) 9 9152-6080. “Nossa intenção é que com ao consumir os produtos da Grão do Bem as pessoas possam conseguir mais saúde e manter um estilo de vida saudável”, comenta Mariana que hoje estuda gastronomia e junto com Marcelli conseguiram encontrar o mar e as oportunidades que Imbituba oferece.



Foto: Divulgação/Conab

Safra de grãos poderá chegar a 238 milhões de toneladas Estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar o ano com uma produção de 238,6 milhões de toneladas. O número é 29,2% maior do que o alcançado em 2016, quando registrou 184,7 milhões de toneladas. Segundo dados do IBGE, a área a ser colhida deverá ser 60,9 milhões de hectares, apresentando acréscimo de 6,7% frente à área colhida em 2016 (57,1 milhões de hectares). Arroz, milho e soja são os três principais produtos deste grupo que, somados, representaram 93,4% da estimativa da produção e responderam por 87,8% da área a ser colhida. O estado de Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 25,6%, seguido pelo Paraná (17,9%) e Rio Grande do Sul (15,3%), que juntos representaram 58,8% do total nacional previsto. Outros estados importantes na produção de grãos foram Goiás

(9,7%), Mato Grosso do Sul (7,7%), Minas Gerais (6,0%), São Paulo (3,5%), Bahia (3,2%), Santa Catarina (2,8%) e Maranhão (1,9%), entre os dez maiores produtores do País. Safra recorde Outro levantamento divulgado nesta quintafeira (8) reforça as projeções de aumento para a safra de grãos 2016/17. A 9º estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que a produção de grãos neste ano será recorde e chegará a 234,3 milhões de toneladas, com um aumento de 25,6%. De acordo com a companhia, os responsáveis pela super safra atual foram o crescimento de área e as produtividades médias. A previsão é de ampliação de 3,7% na área total, podendo chegar a 60,5 milhões de hectares, incluídas as culturas de segunda e terceira safras e as de inverno. Fonte: Portal Brasil, com informações do IBGE e da Conab Junho, 2017. foco livre > 83



Subseção de Imbituba completa 30 anos A Subseção de Imbituba foi a 30ª criada pela Seção de Santa Catarina, abrangendo as Comarcas de Imbituba e Imaruí e os Municípios de Imbituba, Garopaba e Imaruí, até então pertencentes à Subseção de Laguna. No dia 11 de agosto de 1987, na denominada “Sala dos Advogados” localizada no Edifício do Fórum da Comarca de Imbituba, sito à Av. Dr. João Rimsa, 870 – Centro, às 17 horas, reuniram-se 18 (dezoito) advogados com a finalidade de fundarem Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil e sua primeira Diretoria. Presentes no ato os advogados Júlio César Sampaio Teixeira e Ervin Rubi Teixeira, respectivamente, Presidente e Secretário da Subseção de Laguna. A Assembleia foi presidida pelo Advogado Humberto Silva Cabral, secretariado pelo Advogado Ady Evaristo Nunes. Após deliberarem, por unanimidade, pela criação da Subseção de Imbituba da OAB/SC, ad referendum da Seccional, os presentes escolheram uma Diretoria Provisória assim constituída: Dr. Milton Chukster, como presidente. Dr. Humberto Silva Cabral, como vice-presidente. Dr. Zulamir Cardoso da Rosa, como secretário geral e Dr. Frederico Cecy Nunes, como tesoureiro. Em 20 de agosto de 1987, o Presidente da Diretoria Provisória deflagrou o processo de criação da Subseção, remetendo ofício ao Presidente do Conselho Seccional Catarinense, Dr. João José Ramos Schaefer, comunicando a aprovação de proposição para criação de Subseção da OAB/SC em Imbituba através de Assembléia especialmente realizada, e requerendo a realização do pertinente processo. O pedido foi autuado em 9 de outubro de 1987, tendo sido designado Relator do processo o Conselheiro Estadual Dr. Antonio Boabaid.

OAB/SC

Atual diretoria da OAB/SC Subseção de Imbituba

Em sessão ordinária realizada em 24 de março de 1988, o Conselho Seccional aprovou, por maioria de votos, o pedido de criação da Subseção de Imbituba, tendo sido lavrado o acórdão nº 012/88 pelo Relator p/acórdão Conselheiro Waltoir Menegotto, que proferiu voto vencedor. Pela Resolução nº 016/88-GP, de 24 de março de 1988, o Conselho Seccional de Santa Catarina resolveu criar, ad referendum do Conselho Federal da OAB, a Subseção de Imbituba, bem como ratificar os nomes dos eleitos provisoriamente para comporem a Diretoria da Subseção. Pelo Of. nº 203/88-GP, de 29 de junho de 1988, a Seccional remeteu o processo de criação da Subseção para o Conselho Federal, tendo o mesmo acusado o recebimento através do Ofício nº 175/88/TC, de 12 de julho de 1988. Pelo Ofício nº 184/88/TC, de 20 de julho de 1988, o Conselho Federal comunicou à Seccional que em sessão realizada no dia 18 de julho de 1988, a Terceira Câmara do Conselho Federal apreciando o processo nº 1.357/88/TC, que tratava da criação da Subseção de Imbituba, tinha resolvido aprová-lo por unanimidade. O Presidente da Diretoria Provisória da Subseção foi comunicado da aprova-

ção da criação da mesma por telex (nº 239/88) remetido em 19 de outubro de 1988 pelo Presidente do Conselho Seccional, Dr. João José Ramos Schaefer. A instalação definitiva da Subseção ocorreu em 30 de junho de 1989, quando foi empossada a primeira Diretoria efetiva da Subseção, formada pelos mesmos Advogados que compunham a Diretoria Provisória (vide Ata transcrita). Presentemente, com a criação da Comarca de Garopaba, englobando os Municípios de Garopaba e Paulo Lopes, a Subseção tem abrangência territorial sobre as Comarcas de Imbituba, Imaruí e Garopaba e os Municípios de Imbituba, Garopaba, Paulo Lopes e Imaruí. DA ATUAL DIRETORIA Atualmente a 30ª Subseção de Imbituba da OAB/SC está sendo dirigida pela sua 11ª Diretoria, eleita para o período de 1/1/2016 a 31/12/2018. Sua composição é a seguinte: O advogado Orlando Gonçalves Pacheco Júnior é o presidente, a vice-presidente é a Dra. Maria Isabela Cantarelli Sahione, o secretário geral Dr. Tchalles Correa Lino, o secretário geral adjunto Dr. Raul Carlos Orleaes, e o tesoureiro Dr. Leandro de Souza Ribeiro. Junho, 2017. foco livre > 85



Grupo The Claytons completa 50 anos e comemora junto com a Rádio Bandeirantes de Imbituba Por Gabriela David

A história de Imbituba conta com diversas personalidades e uma delas é a presença cativa do Grupo The Claytons. Quem diria que o sonho de amigos contaria e embalaria a história de muitas pessoas? A Rádio Bandeirantes, que neste em 2017 completa 60 anos, tem como pauta principal assuntos que inspiram a cidade de Imbituba. Através de sua programação, com o “Panorama Bandeirantes”, que vai ao ar todos os sábados, os “The Claytons” comemoraram 50 anos de alegria e descontração aos imbitubenses. O grupo começou no ano de 1967, com passagem por diversas gerações, contando com a presença de alguns musicistas da cidade, como: João Rosa, João Rodrigues, Jair, Sueli, Gel, Valmir, o Coy, Paulinho, Alceu, Chapolin, Roberto lagartixa, Vardinho, Gordinho, Pavão, Gláucia, Daniel, Sabrina, Rita, Saravá, Fabrício e Lourenço. Sem esquecer os já falecidos, Levi Martins e Serginho Raspa. O programa contou com a participação de alguns membros do grupo, que puderam relembrar canções e encantar corações dos ouvintes da emissora. Nosso locutor e apresentador, Fernando Carvalho, emocionou-se ao relembrar o casamento feliz com a esposa, Katharina Siqueira, embalado pelo som dos Claytons. Além de toda a emoção de reavivamento da história, nossa emissora disponibilizou aos integrantes e aos ouvintes, áudios importantes do trajeto da equipe.

Levi Martins (in memorian), um dos componentes iniciais do grupo, teve uma de suas entrevistas reprisadas. “Quando estava em casa achei interessante o nome da margarina que estávamos usando, margarina Clayton, peguei papel e desenhei a logomarca do grupo, batizando de “The Claytons” relembra o saudoso Levi. Muitas foram às manifestações de carinho expressas por todos que participa-

ram. Foram duas horas de pura emoção. Hoje, consagrados pelo tempo, o grupo que iniciou praticamente com a história da cidade, ainda se faz presente no coração dos imbitubenses. A banda surgiu na influência de grupos ingleses, que na década de 1960 começaram uma grande revolução musical. Figurino, penteado e trejeitos tornaram-se referência a músicos de todo o planeta.





Divulgação/Governo de São Paulo

Mais de 65% dos passageiros optaram por viajar de avião no País em 2016 A maioria dos passageiros no Brasil optou pelo transporte aéreo em vez do rodoviário em 2016. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), 65,4% dos brasileiros escolheu viajar de avião entre os estados, enquanto 34,6% preferiram fazer os trajetos de ônibus. Em 2016, as viagens aéreas apresentaram aumento de 0,7% em relação a 2015, crescimento percebido anualmente desde 2007, quando 41,3% das viagens interestaduais eram aéreas, frente a 58,7% terrestres. Desde 2010, as viagens aéreas têm superado as viagens rodoviárias. O relatório Transporte Interestadual Regular de Passageiros – Aéreo e Rodoviário - pode ser consultado no site da Anac. As informações re-

ferentes ao modal rodoviário são provenientes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e refletem os passageiros que utilizaram o serviço regular de transporte rodoviário coletivo interestadual. Por não haver periodicidade de divulgação, os dados serão publicados sempre que estiverem disponíveis. As informações do modal aéreo são extraídas da Base de Dados Estatísticos do Transporte Aéreo e consideram os passageiros pagos transportados em voos domésticos regulares com origem e destino interestaduais, de modo a se aproximar o máximo possível da definição utilizada pela ANTT. Fonte: Anac


História da Apae de Imbituba Desde 1974 com o ideal de respeitar vidas. Conheça um pouco da história da única Escola Especial do de Imbituba.

Construção da APAE

Com o objetivo de promover e articular ações de defesa e garantia de direitos, prevenção, orientações, prestação de serviços, atendimento e apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e à construção de uma sociedade justa e solidária, surgiu a APAE de Imbituba. Na década de 70, numa reunião do Lions Clube Centro, sob a presidência de Joel Picaski, foi sugerido que fosse fundada em Imbituba uma Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE, já que um grande número de deficientes estava sem atendimento, a mercê da sorte. A ideia foi aceita por todos, e a semente foi plantada nos corações das pessoas que realmente acreditaram. A partir daí formaram um grupo, que ficou responsável pelos contatos com a Federação Estadual das APAEs , viabilizando as documentações necessárias. Foi então que em 21 de setembro de 1974, tendo como local o Imbituba Hotel foi fundada a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Imbituba – APAE, a reunião foi promovida 92 < foco livre, Junho, 2017

Primeiro ônibus da APAE

pelo Lions Clube de Imbituba, onde o presidente do clube Srº Joel Picaski informou que a CIA Docas teria atendido a solicitação feita e seria doado um terreno pela Emacobrás para a construção da Sede da APAE. Em seguida foi efetuada a eleição da diretoria provisória


da APAE, que fico constituída com Tenente Ilvécio Pereira, como presidente, Dr. Glycênio Ribeiro de Castro, como vice-presidente, Renato João da Silva, como o primeiro secretário, Adriano Dalbosco, como segundo secretário, Werner Herst, de primeiro tesoureiro, e Manoel Vicente Lopes, como segundo tesoureiro. No dia 23 de outubro de 1974, com a presença do Dr. Álvaro José de Oliveira, vice presidente da Federação Nacional das APAEs, foi empossada a diretoria da APAE. A partir daí, a diretoria empenhou-se em trabalhar em prol da construção da Sede, reunindose periodicamente para sugestões de campanhas para angariar fundos, para que a semente que hora havia sido lançada fosse concretizada, através dos esforços das pessoas que realmente acreditavam numa escola diferente e desconhecida, que criava fantasias sem fim na imaginação dos primeiros colaboradores. Enquanto a Diretoria trabalhava para a construção da sede em Vila Nova, a escola iniciou como Centro de Desenvolvimento Humano 43 (CDH), suas atividades provisoriamente em 02 de abril de 1980, em uma pequena casa de madeira, alugada na Rua Nereu Ramos, nº 917, Centro de Imbituba. A escola iniciou com oito alunos, uma diretora, duas professoras e uma servente. E apesar das improvisações, a boa vontade e o bom senso iam conduzindo o atendimento. Houve persistência e determinação até a construção da Sede própria da escola. E então, no dia 21 de agosto de 1983, foi inaugurada a Escola CDH – 43, situada a Rua Farrapos, 481 Vila Nova. Nessa ocasião a APAE estava na

Gestão da Presidente Srª Valdete Rocha Francisco, e o município contava com o prefeito municipal o Srº Engº Jerônimo Lopes . Estava concluído o sonho de todas aquelas pessoas abnegadas, que muito lutaram para a realização da sede própria, de uma escola especial para atendimento de pessoas portadoras de necessidades especiais, do nosso município. Em 14 de Janeiro de 1985, recebeu o registro e autorização da Escola CDH – 43, sofrendo alteração do nome em 02 de setembro do mesmo ano para Escola Especial Girassol. A origem do nome Girassol, surgiu em uma reunião onde os participantes (professores e diretoria) exibiram suas ideias. Por esta flor seguir a luz solar, necessitando de um esforço físico para a sua sobrevivência. O aluno com necessidades especiais, também necessita de muita luz e compreensão para fazer parte desta sociedade, com dignidade. E foi com grande esforço e empenho da diretoria e com grande ajuda da comunidade que em 28 de agosto de 1983, foi inaugurada a nova dede, onde funciona até hoje a escola, na Rua Farrapos, n° 481 no Bairro de Vila Nova. A Escola Especial Girassol conta atualmente com 132 alunos portadores de deficiência intelectual e múltipla, desde 0 ano até a idade adulta. Atualmente a APAE tem como Presidente Sr. Roel Antonio Ruiz e como Diretora Renata Domingos Nunes Francisco. A escola conta, com uma assistente social, um fisioterapeuta, uma psicóloga, uma fonoaudióloga, um médico neurologista, uma terapeuta ocupacional, uma naturóloJunho, 2017. foco livre > 93


ga, duas pedagogas, um professor de educação física, um professor de artes, 11 professores de sala de aula, dois motoristas, um roteirista, uma merendeira, uma servente, todos empenhados em atender os portadores de deficiência intelectual e múltipla matriculados na Escola Especial, afinal a clientela e especial e exige certas especificidade. A APAE continua na luta em busca dos direitos da pessoa com deficiência, conseguindo avanço na qualidade de vida, participação na sociedade, acessibilidade etc. É importante ressaltar que a pessoa com deficiências tem as mesmas necessidades das outras e, principalmente o direito, a educação, a saúde, ao trabalho, e a participação em outras áreas da vida social.


Atual Diretoria Executiva Presidente - Roel Antonio Ruiz Vice Presidente – Osvaldo Rui Ribeiro 1° Diretor Financeiro – João Bento 2° Diretor Financeiro – José Lauro Manoel 1° Diretor Secretário – Jandir Silva de Aguiar 2º Diretor Secretário – Kátia Regina Vieira Diretor de Patrimônio – Leila Cascaes Barbosa Diretor Social: Lucia Maria Binotto

Conselho de Administração Alice Cardoso Righetto da Silva Aleir Feliciano de Souza Alice Rosa de Araújo Gilson Joaquim Ramos Josiane dos Santos Carlos Alberto Crispim

Conselho Fiscal Marindia de Fátima Wourters Renê Ernesto Paul Valdeci Martins

Suplentes Orlando Liduino Auzenir Latrônico Ribeiro Rosimare Lopes Hessmann

Roel Ruiz e Família

“Minha maior meta é aumentar a arrecadação mensal e construir uma piscina para hidroginástica. No momento nossos custos são muito altos. Em torno de 45/50 mil por mês. No mês de dezembro chega a 70 mil. Além disso, poucas empresas ajudam.”, disse o presidente Roel Ruiz. Junho, 2017. foco livre > 95


Jandir afirma que em seu mandato o sucesso foi de todos os diretores e funcionários que se mantiveram unidos. “Conseguimos algumas ações para a entidade, um micro ônibus, um projeto feito pela assistente social Dagmar, tivemos uma participação no calçamento da rua Farrapos, méritos também para o vereador Antônio Clésio e fizemos a renovação de algumas salas”, disse dando um destaque especial para as contribuições feitas através do Tribunal do Trabalho por Carlos Alberto Crispim, sem dúvida um grande parceiro da entidade. Depois de 25 anos à frente dos trabalhos, Jandir diz que a missão continua e é preciso estar sempre na luta pela APAE. António Clésio Costa esteve por três vezes no comando da APAE. Segundo Clésio, “no primeiro momento encontramos muitas dificuldades, mas em uma ação de parcerias com os diretores, inclusive com a participação da dona Bernadete, a instituição enfrentou as adversidades. Num segundo momento, também com a colaboração da dona Graça, o grupo estava com uma administração mais tranquila, o que proporcionou a busca de diversas parcerias. E em outro momento, com o apoio da jovem Renata Nunes, a APAE conquistou inclusive um micro ônibus, e obteve melhorias nas atividades. Vale ressaltar o apoio de Júlio Garcia, e do fundo social, que somou para os alunos e funcionários da entidade”.

O casal Rosália e Elísio Sgrott parabeniza a APAE e toda sua equipe por todas estas décadas de lutas e vitórias, com o objetivo de dar dignidade e educação ao próximo.

“Nesses 43 anos de APAE, eu professora Maria Martins dedico essa singela homenagem à todos os profissionais que passaram e que estão à frente da mesma. Parabéns.”


Ferrovia Litorânea: trajeto pelo Morro dos Cavalos é defendido pelo DNIT Durante a reunião da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), no dia 9 de junho, em Florianópolis, o engenheiro, coordenador de construções ferroviárias do DNIT Nacional e responsável pelo projeto da Ferrovia Litorânea (SC), Jean Carlo Trevisolo de Souza, afirmou que “a posição do DNIT em relação à Ferrovia Litorânea é pelo traçado original passando pelo Morro dos Cavalos. Estudamos à exaustão outras alternativas, mas elas trazem um custo muito grande para a ferrovia o que a inviabiliza”, explicou. Segundo Souza, a Ferrovia Litorânea foi dividida em dois lotes para a realização do projeto e em quatro lotes para realização da obra. O lote 1 é de 125 quilômetros de extensão e vai do Porto de Imbituba ao Rio Tijucas. O lote 2 tem 119 quilômetros de extensão e vai do Rio Tijucas até Araquari, onde se encontra com a ferrovia que vai ao Porto de São Francisco. “Hoje o projeto básico está pronto, mas não consigo aprovar dentro do DNIT sem a licença do IBAMA, que só vai emitir a licença prévia se houver o componente indígena. Para fazer o componente indígena preciso de um termo de referência emitido pela Funai, que não estamos conseguindo obter”, explicou o engenheiro. Ele disse ainda que o custo dos dois lotes da Ferrovia está estimado em R$ 6,29 bilhões e prevê 96 obras de arte especiais. Participaram da reunião lideranças empresariais, parlamentares, representantes dos Portos e da Funai. Representantes da Regional Sul da Facisc – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina, que acompanham o tema, como o vice-presidente regional, Carlos Fornazza

e o presidente da Associação Empresarial de Imbituba – ACIM, Jaime Pacheco Alves, também estiveram no encontro, acompanhados do presidente do Conselho Superior da Facisc, Alaor Tissot. Para o presidente da ACIM, Jaime Pacheco Alves, não ter uma ferrovia que ligue o sul ao restante da malha ferroviária nacional, não pode ser uma opção. “Como representantes do Sul, precisamos estar atentos, pois já há propostas para cancelar o lote 1 do projeto. Assim, mais uma vez, ficaríamos isolados, o que é um absurdo. Além da movimentação de cargas, precisamos pensar também no transporte de pessoas. Com um estado provido de ferrovias que o integram de Norte a Sul e de Leste a Oeste, passando por todos os seus portos, é uma condição inigualável para desenvolver para o turismo”, acredita Alves. O projeto da Ferrovia Litorânea foi iniciado em 2008 com previsão de entrega para 2011. Se considerar a concessão do governo imperial em 1870 para construção da Litorânea, já são 147 anos de espera. Conforme informações da FIESC, uma composição de trem com 100 vagões substitui 357 caminhões em trajetos de longo curso, reduzindo emissões de CO2. A matriz de transporte de Santa Catarina está concentrada em 68% no modal rodoviário e os eixos rodoviários, mesmo ampliados, não terão a capacidade de absorver o aumento exponencial da população, das cidades, da atividade econômica, da movimentação portuária e do turismo. Além disso, a postergação exigirá atualização dos projetos pela ocupação das áreas previstas no traçado. Por Emanuelle Querino Alves de Aviz. Junho, 2017. foco livre > 97





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