Revista Foco Livre 13

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Porque a vida tem diversos olhares

Foco livre www.focolivre.com.br

Ano V | #13

ESPECIAL

LAÍS LATRÔNICO aLVARENGA

SAÚDE

Hospital Socimed INOVA PARA CUIDAR MELHOR DAS PESSOAS editora

GJ

R$ 20,00

Dr. Fernando Antônio Viegas Delgado

CRM 4289 - Diretor Executivo do Hospital Socimed




APRESENTAÇÃO | FOCO LIVRE

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FOCO LIVRE:

Apresentação

Edição 13 Especial Saúde É preciso a cada dia confiar em profissionais capacitados para lidar com o bem mais precioso que temos, a Saúde. Nesta edição estamos com a Socimed, uma empresa que com tecnologia e eficiência se consolida no mercado com inovação. Conheça mais sobre esta equipe que faz parte da vida de muitas famílias.



EXPEDIENTE Diretor-Executivo - Fernando Carvalho Diretora-COMERCIAL - Katharina Siqueira (48) 9 9970.8111 kaka@grandejornal.com.br REVISÃO DE TEXTOS - Milena Steckert Vitto FOTOGRAFIAS - Katharina Siqueira REPORTAGENS - Anny Caroline Siqueira de Carvalho - Danilo Gomes - Fernando Carvalho - Kaká Siqueira - Milena Steckert Vito IMPRESSÃO - Gráfica Soller CIRCULAÇÃO - Santa Catarina - Rio Grande do Sul FOTO DA CAPA - Hospital Maternidade Socimed Dr. Fernando Antônio Viegas Delgado CRM 4289 - Diretor Executivo Socimed Foto de capa: Laís Latrônico

ÍNDICE

12 Jovem médico 16 Dr. Angioletti 24 sobrevivência 27 Grão do bem 32 casa de repouso 34 bem estar no trabalho 38 vontade de viver 66 saúde em Garopaba 72 escoteiros do SAMU Socorristas dão exemplo de atendimento.

Roberto Kendi é destaque na Clínica Médica Integrada.

Mais de 8 mil partos aplicando uma medicina humanista.

A história de superação da jornalista Lysiê Santos.

A menina por trás da empresa de produtos saudáveis.

Um olhar sensível sobre o trabalho e a vida no asilo.

Artigo de Lito Guimarães, empresário portuário.

Richard Albuquerque relata a vida após o acidente.

O GRANDE JORNAL EDITORA LTDA Rua Nereu Ramos 719 - SALA 215 Galeria JAC - Centro - Imbituba - SC Fone: (48) 3255-6906 REVISTA FOCO LIVRE Ano 5 - Número 13 - 2018

Ampliação de atendimentos acontece na região.



REPROGRAME SUA MENTE

COM JULIA KOCH

Julia Koch já mostrou sua força empreendedora a frente do fabuloso Projeto Pink Mix, que deu origem à grande Feira de Comerciantes Locais de Imbituba que já está na quarta edição e ao Programa Pink Mix na Rádio Bandeirantes, ambos de extremo sucesso. Formada em Relações Internacionais, Coach e Mentoring e com especializações Internacionais em Harvard e MIT, é criadora do REPROGRAME SUA MENTE: destinado a pessoas que desejam, profundamente, conquistar alguma meta para sua vida, seja mudar de profissão, passar em um concurso público, aumento de confiança, emagrecimento,quebra de barreiras limitantes, solucionar relacionamentos entre várias outras vertentes , incluindo a mentoria para empreendedores que pretendem desenvolver seus negócios, desde os primeiros passos até a ampliação, fortalecimento profissional e conquistas de objetivos.

“Imagine a liberdade de viver sua vida sem os comportamentos disfuncionais automáticos que estão com você durante anos atrapalhando seu desenvolvimento. Agora pare de imaginar e reprograme sua mente comigo!”

08 < foco livre, Março, 2018

CALÇADÃO CENTRAL DE IMBITUBA GALERIA JAC - PISO SUPERIOR FONE/WHATS: 48 99999 5073 www.facebook.com/juliakochoficial





Equipes do SAMU, como escoteiros, sempre alertas Com conhecimento e perfeito domínio das ações que realiza como socorrista do SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) de Imbituba, a técnica de enfermagem, Silmara Carvalho Pereira, 26 anos, tem consciência da importância do trabalho que ela e seus colegas das quatro equipes da unidade realizam. Há sete anos na atividade, ela se confessa realizada. “Não posso me imaginar atuando em outra área que não seja na saúde”, especifica. Ela fala também da parceria e companheirismo da equipe de socorristas, que atuam sempre sob a orientação de um médico. 12 < foco livre, Março, 2018

Nascida em Imaruí, a entrevistada é filha de Maria Margareth Carvalho Pereira e Anselmo João Pereira. Silmara aproveita para traçar um paralelo e explicar o sistema de trabalho e as diferenças do Samu e do Corpo de Bombeiros. Sua equipe recebe as solicitações de atendimento por telefone, enquanto os bombeiros recebem por rádio - o que pode deixá-los mais rápidos. A eficiência do Samu, explica, está no fato de que no pronto-atendimento médico os primeiros procedimentos são feitos por telefone enquanto a equipe não chega ao local. Segundo ela, o órgão recebe a liga-

ção de pedidos de urgência, faz a triagem e classifica em função da urgência do caso. E responde de acordo com a necessidade do mesmo. Hoje, o órgão de Imbituba, que atende também Imaruí e Praia do Rosa, atende de 100 a 110 ocorrências por mês. Silmara, que também é bombeira voluntária, reconhece os riscos da profissão, mas revela que no calor do atendimento de uma ocorrência não dá para pensar que algo não vai dar certo. “Tudo dependerá de nossa agilidade no atendimento”, assinala. A socorrista fala em nome das quatro equipes do Samu, que se revezam entre


12 horas e 36 horas. E conta ainda que toda a atividade do órgão em campo depende muito da união e do companheirismo do grupo. “Não há como prestar um bom atendimento se todos não participarem com a consciência e o propósito de salvar vidas”, afirma. Segundo ela, “todos temos consciência de que, em nosso trabalho, o tempo e a dedicação no atendimento podem ser decisivos para salvar uma vida”. Silmara fala também de parcerias.

Ela explica que de acordo com o tipo de atendimento, traumático ou clínico, e a gravidade estimada do caso, podem ser acionadas unidades de suporte básico (bombeiros, polícia). Ou ainda, unidades de suporte básico do SAMU, UTIs Móveis do SAMU e até helicóptero, se houver necessidade. Neste caso, cabe ao Corpo de Bombeiros acionar o helicóptero. “Somos assim, uma espécie de escoteiros, temos que estar sempre alertas”, encerra. Março, 2018. foco livre > 13


Com mais de 25 anos de experiência em ensino de inglês e escola de idiomas, Leda Soares inaugurou neste dia 01/02 a Achieve Languages Imbituba. Achieve Languages é uma parceria com a Oxford University Press, um departamento da Oxford University, na Inglaterra. Com plataforma de ensino utilizada pela NASA, Harvard University e Yale University, este projeto inovador trará a Imbituba um ensino de línguas mundialmente renomado. Esta parceria também traz uma carga horária maior do que todas as escolas de línguas da cidade, 120 horas - sendo 90 horas presenciais e 30 horas on-line pela plataforma. Tudo isso a um custo acessível. A Achieve Languages Imbituba conta também com material exclusivo para seus alunos.

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Aulas das 08 horas às 20h30min e diversos idiomas. Nossa escola é a única do Estado a possuir a certificação pela Secretaria Estadual de Educação, o que dá certificados a seus diplomados com a garantia de provas de títulos e pontuação extra em concursos públicos. Possuímos também convênios com várias entidades da cidade e do Estado, entre elas: Prefeitura Municipal de Imbituba, Sindicato dos Bancários, CDL, Centro Educacional Porto Seguro, Centro Educacional Evolução, Coopeimb, Centro Educacional Bocaiúva Catão, escolas estaduais, CAASC, e muito mais. Aguardamos você para uma visita! Rua: Nereu Ramos, 965 Sala 1 – Centro – Imbituba/SC (48) 3255-0962 / (48) 9 8432-8292.



Jovem médico em destaque “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original’’ - Albert Einstein

No dia a dia das profissões, podemos perceber alguns profissionais que se destacam pela paixão e dedicação ao que fazem. Na medicina não é diferente, e o amor pelo resultado de seu trabalho pode ser percebido no médico Roberto Kendi A Lanna. “No cotidiano do consultório, eu percebi que precisava fazer algo a mais para meus pacientes, e foi aí que tive a ideia de iniciar meus estudos em Nutro-

logia. Busquei conhecimentos e o sonho foi tornando-se realidade. Hoje consigo ajudar meus pacientes nesta luta diária. Amo muito o que eu faço, por isso não só falo ou oriento. Mas também sigo uma vida de atividade física aliada aos equilíbrios alimentar e mental, exatamente como prescrevo aos pacientes”, comenta Kendi.

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Roberto Kendi A Lanna é graduado em medicina pela UNOESC Universidade do Oeste de Santa Catarina, é especialista em Ortopedia e Traumatologia pela COT Concórdia - SC e pós-graduado em NUTROLOGIA pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)


Com o passar dos anos de sua prática em Ortopedia e Traumatologia, Roberto relata que sentiu a necessidade de obter maior abrangência em seus tratamentos, ou seja, iniciar seus estudos em Nutrologia. “Vivemos hoje uma triste realidade da população brasileira. Uma estatística divulgada pelo Ministério da Saúde aponta que a cada cinco pessoas, uma está acima do peso. E isso ocasiona muitos problemas à saúde, complicações clínicas metabólicas, hipertensão e diabetes. Assim como as injúrias osteomusculares - que ocorrem pela sobrecarga em articulações suscetíveis, causam dores e desgastes articulares”, relata. A iniciativa profissional do médico vem sendo destaque em todo Estado. É alvo de muitos elogios por seu sucesso na Ortopedia e auxílio na perda de peso e longevidade saudável. “Levo muito a sério em minha atuação a interdisciplinaridade das minhas qualificações para auxiliar meus pacientes. Ela abrange

a

Nutrologia, reconhecida pela Associação Médica Brasileira, é a especialidade que estuda os nutrientes dos alimentos e as suas funções no organismo. Além do modo como essas funções alteram-se em decorrência do nosso comportamento alimentar,e transformam-se em disfunções ou patologias. A Nutrologia também ocupa-se do diagnóstico e do tratamento dos distúrbios nutricionais. Sendo importante que se entenda os efeitos desencadeados pela falta ou pelo excesso de nutrientes. Ou seja, os desequilíbrios metabólicos e as suas consequências funcionais e clínicas. Como exemplo dessas patologias, podemos destacar a obesidade, as cardiopatias, o diabetes, a hipertensão arterial e o colesterol alto, entre outras doenças que seguem acometendo as pessoas em números cada vez maiores. Diante de todos os prejuízos causados pelo excesso de gordura corporal e das demais doenças associadas à alimentação, o papel desempenhado pelo Médico Nutrólogo tornas-se cada vez mais essencial.

parte física, alimentar e comportamental, e resulta em mudanças significativas em suas vidas”, explica. Ele atua desde 2011, procura

qualificação e especialização profissional, e participa de cursos, congressos e simpósios. Sempre na busca incessante do melhor para seus pacientes.

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Hospital Socimed completa 15 anos de experiência em saúde na região Olhar para frente e pensar sempre regionalizado. Este é um dos focos do Hospital Socimed, que cada vez mais se identifica com o público da região. Só em 2017, Imbituba esteve entre as cinco primeiras cidades de maior atendimento nas diversas especialidades disponibilizadas pela instituição. Localizado em Tubarão – polo de saúde na região da Amurel – o Socimed completa 15 anos em maio, e não cansa de se reinventar. Recentemente inaugurou a Ninho - primeira Maternidade Conceito do Sul de Santa Catarina. Ela nasceu com dois motes mais modernos em saúde: o cuidado centrado no paciente e na experiência do paciente. Este é o posicionamento: não ter clientes; e, sim, pacientes. “Em saúde, a experiência do paciente é uma sensação que ele tem, é 80% sentimento. Enquanto paciente, posso ficar satisfeito porque atenderam minhas expectativas. Mas isso também é relativo, depende de vários fatores, não está vinculado ao resultado diretamente. Em alguns casos, como nos pacientes terminais, por exemplo,

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Proporcionar a melhor experiência ao paciente e seus familiares é o objetivo de um hospital moderno, em constante evolução e com prioridade nas pessoas. Seu caráter regional supre a necessidade de quem precisa contar, aqui, com uma estrutura de ponta e equipe preparada sempre.

nem sempre conseguiremos atender a melhor expectativa. Mas ao fazer cuidados paliativos, neste caso, damos às pessoas o máximo de conforto, de atenção e de recursos disponíveis. Atendemos o paciente na individualidade, proporcionamos a ele a melhor experiência, e isso é o que importa”, explica o Dr. Fernando Delgado, anestesiologista e diretor executivo do Hospital Socimed. Ao olhar para a estrutura física e as

pessoas, o médico lembra que “Hospital Vivo é Hospital em Obras”, uma frase que cabe bem na realidade do Socimed. “Temos um projeto-piloto de implantação do hospital, que contempla um prédio de quatro andares para expansão da Emergência, UTI Adulto e Unidades de Internação. Temos ainda todo o terreno em torno, na nossa própria quadra. Enfim, há vários planos de expansão e, vale ressaltar, não só na cidade”, completa.

Parto Humanizado A Maternidade Ninho reforça um conceito novo na região - valorizar a gestante e o bebê como protagonistas. Ou seja: eles escolhem o que é melhor, desde o momento do nascimento até o pós-parto. Suprir o desejo das mamães e familiares que estavam rotineiramente deslocando-se para Florianópolis e outros locais foi um dos objetivos. Por isso, todos os quartos da Ninho permitem que o nascimento seja ali mesmo, com banheira para o 18 < foco livre, Março, 2018

parto embaixo da água, se a gestante assim quiser. “Já fizemos vários, inclusive. Utilizamos tecidos acrobáticos nos quartos e no corredor para o famoso rebojo, temos protocolos bem definidos de atendimento e uma equipe em constante treinamento para o atendimento multidisciplinar com foco na parturiente. Sempre respeitando e discutindo com ela, e sua doula se for o caso, todas as ações tomadas para estímulo ao parto natural”, explica.


Uma das parcerias é com a enfermeira obstétrica Mayra Calvette, renomada e conhecida, entre outros trabalhos, por acompanhar os partos da modelo Gisele Bündchen. A enfermeira presta consultoria para a equipe da Ninho, que conta ainda com sua moderna UTI Neonatal. Dotada de seis leitos e completamente equipada, possui acesso restrito, para a prevenção de infecções. Para se ter ideia, o leito de isolamento tem um sistema de pressão negativa que impede que

germes da criança isolada passem para o resto da local. Para o coordenador da equipe da UTI Neonatal, pediatra e neonatologista Dr. Willian Esmeraldino, a região beneficia-se de modo significativo com esta estrutura. “Devido ao aumento da população de toda Amurel, cresce naturalmente o número de gestantes. E também as com problemas de saúde, que necessitavam do nascimento precoce de seus bebês. Muitos deles não conseguiam vaga de UTI Neo nos

hospitais próximos, sendo transferidos para hospitais em qualquer parte do Estado. E ficando incômodo para o bebê, a mãe e os familiares. Isto foi observado pela direção do Hospital Socimed, ao criar uma UTI Neonatal na região Sul de Santa Catarina, dentro da Maternidade Ninho”, completa.

ano, de reunião no Aeroporto Regional Sul - Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna. O objetivo foi de discutir o plano de gerenciamento, em caso de acidentes. “Nesta reunião, ficou bem claro o papel estratégico do nosso hospital,

também por ser o de acesso mais rápido via terrestre. Mas o fato de termos um heliponto homologado é imprescindível em casos mais graves, em que o paciente pode chegar em minutos para ser atendido”, reforça Delgado.

Tempo é vida

A proximidade do Socimed com a BR-101 faz com que se precise de pouco tempo para chegar ao atendimento. Lembrando que minutos, em medicina, são preciosos. Único hospital com heliponto na região, o Socimed participou, neste

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Cardiologia referência O Centro de Hemodinâmica Socimed tornou-se referência em Cardiologia por possibilitar ao paciente, que antes necessitava deslocar-se, para grandes centros, a realização de exames e tratamento na região. Para isso, conta com profissionais titulados, equipe 24 horas para atender de forma personalizada, e equipamentos

de ponta. Entre os procedimentos realizados na Hemodinâmica, voltados à aérea da Cardiologia, está a Tomografia de Coerência Óptica – OFDI (com tecnologia japonesa). Só existem seis equipamentos deste no Brasil, e o Socimed é um deles. O que traz ainda mais segurança nos procedimentos

cardiológicos. Além deste recurso, incluem-se ainda a Cineangiocoronariografia (mais conhecida como cateterismo cardíaco), angioplastia coronariana, estudo eletrofisiológico, fluxo coronariano de obstrução (FFR), ultrassom intracoronariano, e tratamento de doenças das valvas do coração, entre outros.

Com esta estrutura, o Socimed já realizou vários procedimentos pioneiros na região. Investir em equipamentos de ponta para a realização do que há de mais moderno em procedimentos menos invasivos fez com que o serviço tornasse-se referência no Sul. “Como consequência, quando algum equipamento, material ou técnica nova precisa ser demostrada, a escolha para isso tem sido o nosso serviço. E reunimos, aqui, médicos envolvidos na técnica - normalmente

médicos estrangeiros para compartilhar sua experiência. Muito nos orgulha que sejamos sempre os escolhidos nestes casos”, detalha o diretor executivo. Vale lembrar que a Hemodinâmica Socimed é uma parceria com a Clínica Pró-Vida e com a Multimed Clnica Cardiológica. Aliás, firmar parcerias para oferecer a melhor experiência não é algo recente no Socimed. A parceria com a Pró-Vida também existe na terceirização do Centro de Diag-

nóstico e Imagem, com Tomografia e Ressonância Magnética. Sendo o único com o mais atualizado protocolo de tratamento de AVC (Acidente Vascular Cerebral). “Reforço aqui que AVC não significa sequela, necessariamente, se o paciente for atendido em até seis horas”, menciona. Ele lembra também do protocolo de dor no peito, que é o de menor tempo da região - desde a chegada na porta do hospital até à Hemodinâmica.

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estrutura “Para tratar bem das pessoas, precisamos tratar bem de quem trata das pessoas”, afirma o Dr. Fernando. Ele, que assumiu, há cerca de um ano, a gestão do hospital, afirma que precisaria de um espaço enorme para falar sobre administração hospitalar. Ain-

da assim, consegue citar alguns dos principais desafios: “Temos perto de 370 funcionários e outros tantos terceirizados. Somados a isso, lidamos com cerca de 30 mil itens. Nosso produto nunca é o mesmo, temos que individualizar para cada paciente um

produto diferente. A velocidade com que as coisas acontecem na medicina, a atualização, a idealização de novos equipamentos, a manutenção do que já temos, tudo isso torna a administração hospitalar a área mais desafiadora neste ramo”.

Especialidades Uma estrutura deste porte, que preza a inovação, a excelência e a melhor experiência possível, não poderia deixar de fora diversas especialidades em seu quadro. Destacar-se em saúde depende da multiplicação destas diversas experiências proporcionadas. Desta forma, este princípio está presente também no atendimento feito a Cirurgias Plásticas, Urologia, Ortopedia, Neurocirurgia, Gastroenterologia, Pediatria, Oncologia e tantas

outras frentes de atendimento. Na emergência, protocolos priorizam os casos mais urgentes, a fim de preservar ao máximo a vida. Por isso, o Socimed quer expandir esta atenção às pessoas com parcerias em municípios vizinhos, e aumento do leque de planos de saúde e convênios. Tudo para continuar a oferecer serviço de excelência e contribuir com a qualidade de vida das pessoas.

www.socimed.com.br /hmsocimed @hospitalsocimed Telefone (48) 3621-2500

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Dr. Angioletti revela como consegue praticar uma medicina de resultados Com 42 anos de medicina em Imbituba, o ginecologista e obstetra Dr. José Carlos Angioletti tem uma receita ortodoxa para uma medicina de resultados. “O segredo é unir a tecnologia ao humanismo”, ressalta. Com seu consultório sempre cheio, ele contabiliza a realização de aproximados 8.600 partos na área da obstetrícia e outros tantos atendimentos na ginecologia. Outra receita, acrescenta, está na relação saudável entre médico e paciente, “meio caminho andado para garantir o sucesso do tratamento”, assegura. Ao lado da esposa Cheila Felizardo Angioletti, Dr. José Carlos recebeu a reportagem da Foco Livre, e emitiu vários conceitos sob temas de sua especiali24 < foco livre, Março, 2018

dade. E enfatizou sempre sua preocupação com o caráter humano do atendimento que presta. “O médico precisa praticar empatia para sentir a verdadeira angústia do seu paciente, e desta forma facilitar a busca da melhor solução na terapia a ser aplicada”, ensina o entrevistado. Na sua ótica, a massificação da medicina com as metas de atendimento estabelecidas pelo serviço público comprometem a relação médico-paciente, vínculo praticamente inexistente hoje. Contudo, esta condição, destaca ele, acaba sendo compensada pelo avanço tecnológico. Adverte, porém, que a tecnologia ajuda por facilitar o diagnóstico; mas, por outro lado, compromete a rela-

ção médico-paciente. Angioletti defende um atendimento médico mesclado com tecnologia e humanismo. Dr. Angioletti, ferrenho torcedor do Avaí e do Fluminense, reitera sua crença de que a relação de confiança e respeito entre médico e paciente garante a esperança que domina cada pessoa que procura um profissional médico. Foi esta sensibilidade e ética profissional que garantiram ao entrevistado outras conquistas na esfera pessoal e comunitária. Ex-vereador em Imbituba, ele já atuou no ambulatório da Secretaria de Saúde, onde inclusive foi secretário municipal. Ele é considerado pelos seus pacientes como humano acima de tudo. Profissional dedicado, humanitário


Dr. Angioletti ao lado de seu colega de turma Dr. Ricardo Baratieri, cirurgião bariátrico em Florianópolis

e orgulhoso do seu trabalho, Dr. Angioletti ostenta, com altivez, um diploma de Honra ao Mérito que recebeu do Conselho Federal de Medicina, por meio do Conselho Regional de Santa Catarina, quando completou 40 anos de exercício profissional. A honraria, segundo inscrição do próprio documento, reconhece a conduta ética profissional e agradece pelos relevantes serviços prestados à medicina de Santa Catarina. Ao revelar preocupação com a falta de recursos em algumas áreas, inclusive para o atendimento de gravidez de risco, o entrevistado defende a necessidade de melhorar a área da saúde como um todo, no município. Inclusive com a instalação de uma UTI no Hospital São Camilo. Porém, realista, ele acredita que esta é uma conquista ainda muito distante.

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Mulheres em Filantropia

O projeto Mulheres em Filantropia visa a reunir, no primeiro grupo, aproximadamente vinte (20) mulheres, com valor intelectual agregado aos conhecimentos de problemas sociais. Além de conhecer as habilidades da filantropia e o que a distingue do serviço social acadêmico. No primeiro grupo, estas mulheres filantrópicas serão as madrinhas do próximo grupo a ser lançado, e assim, sucessivamente. A priori começaremos com mulheres exclusivamente imbitubenses e que serão apresentadas à sociedade por meio da mídia local, jornal, revista Foco Livre e “outdoor”. Sendo este colunista o idealizador do projeto e tendo como apoiadores Fernando Carvalho e Katharina Siqueira, diretores e proprietários d’O Grande Jornal e Revista Foco Livre.

O intuito do projeto é realizar ações sociais voltadas a instituições não governamentais. Sendo que o grupo irá realizar festas, como: jantares, bingos e ca-

fés coloniais, entre outras datas festivas do calendário anual. São para angariar, a princípio, recursos financeiros que serão destinados ao Hospital São Camilo e à Casa de Repouso Imaculada Con-

Miro Luz | Colunista Social

ceição. Ou, em casos extraordinários, em alguma situação de vulnerabilidade social coletiva. Esta que será avaliada pelos membros do grupo das Mulheres em Filantropia. Haverá um valor de inscrição e não serão cobradas mensalidades ou anuidade das mesmas. Vale lembrar que este projeto não visa a tirar as responsabilidades do poder público e muito menos comparar-se ao serviço social, este que não tem conotação de filantropia ou caridade. Os trabalhos serão exclusivamente com mulheres voluntárias. Não haverá uniforme, porém será formado um estatuto para que as ações sociais não percam os objetivos e não frustrem o projeto em ação. Em breve apresentaremos as Mulheres Filantrópicas a toda sociedade.


Sobrevivendo ao impossível A jornalista Lysiê Santos do Notisul conta como superou a prova mais difícil de sua vida Foco Livre: Como ocorreu o acidente, e como você foi socorrida? Lysiê Santos: No dia 31, estava na BR-101, retornando para Tubarão, quando o carro que estava à minha frente freou inesperadamente, em Capivari de Baixo. Tentei reduzir a velocidade, mas o carro não obedeceu aos comandos e capotou. Lembro-me de acordar sentada, ao lado do carro. Dois jovens pararam e socorreram-me. Eles me colocaram no carro deles, para que eu não corresse o risco de ser atropelada. Sentia muita dor nas costas e falta de ar, mas tinha adrenalina suficiente para falar ao telefone do meu pai. Eles chamaram o SAMU, e, enquanto aguardavam, outros carros paravam para ver o acidente. Veio outro veículo e colidiu nos que estavam parados, o que provocou um engavetamento. Logo o SAMU chegou e me encaminhou para o Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão. FL: Como foram os dias de internação? LS: Cheguei ao hospital e fui encaminhada para a UTI em estado grave, já que os dois pulmões estavam perfurados e o coração batia fora do compasso. Quebrei a clavícula e várias costelas, entre outras escoriações. Foram 16 dias na UTI, respirando por aparelhos e induzida ao coma, para não forçar o pulmão e não sentir as fortes dores. Foram longos dias em que as horas demoravam a passar, e o que restava era a esperança de dias melhores. Depois fui transferida para o quarto, onde fiquei durante dez dias. Ali comecei a andar, fazer fisioterapia e retomei a alimentação, já que até então estava à base de soro. Não tenho muitas lembranças do que ocorreu na UTI, até por causa do coma e dos medicamentos. FL: Qual foi a importância dos familiares naquele momento? LS: O apoio da minha família foi fundamental para enfrentar este momento

difícil. Meus pais revezavam-se para me dar assistência e apoio durante todos os dias em que estive internada. Minhas irmãs também acompanharam-me no hospital, sempre sorridentes e me transmitindo alegria e incentivo para continuar a luta pela vida. FL: E o apoio dos colegas, amigos e da igreja? LS: Fiquei surpreendida com a quantidade de pessoas que se sensibilizaram com o acidente. Minha família recebeu centenas de mensagens de apoio. Pessoas de diferentes crenças fizerem correntes de oração, pedindo a Deus pela minha recuperação. Nos momentos vagos, enquanto eu ficava sozinha, estava o tempo todo orando, pedindo a Deus que me concedesse saúde. Enquanto estive no hospital, também recebi visitas de amigos e parentes todos os dias. Nos primeiros dias perdi muito sangue; e, por meio da divulgação nas redes sociais, dezenas de pessoas organizaram uma campanha para doação de sangue - cerca de 60 pessoas doaram. O ato chegou a abastecer a unidade do HEMOSC de Tubarão, que chegou a informar que não havia mais necessidade. Todo este incentivo foi importante para a minha recuperação, que foi bastante rápida apesar da gravidade da minha situação. FL: Como será sua vida após passar por estes momentos? LS: O acidente fez eu refletir sobre muitas áreas da minha vida que podem ser melhoradas. Ficou ainda mais evidente que a vida é um sopro e que precisamos valorizar as pessoas que estão à nossa volta. Devemos ser agradecidos por tudo que temos. Hoje penso em aproveitar com mais qualidade os meus dias. Penso que Deus me deu uma segunda chance. Posso dizer que me sinto um milagre de Deus. Março, 2018. foco livre > 27


JB Corretora de Seguros tem opções que protegem toda a família A JB Corretora de Seguros oferece em seu portfólio diversas opções de seguro de vida, com coberturas e assistências que cobrem as necessidades e prioridades de famílias de todos os tamanhos. Descubra o produto certo para cada perfil de família:

CORRETORA DE SEGUROS (48) 3255-1151 / 9643-4140 jbsegurosimbituba@terra.com.br Acidentes Pessoais Esta é a solução para quem quer ter coberturas básicas para proteger quem ama, caso algo aconteça. O segurado conta com indenização em caso de invalidez permanente, indenização às pessoas indicadas em caso de morte, e ainda pode optar por reembolso de despesas médicas em caso de acidente. Apesar de ter o pacote mais básico de coberturas, Acidentes Pessoais conta com diversas assistências, que são o maior diferencial. Entre elas, podem ser contratadas a Assistência Nutricionista, que oferece orientação profissional sobre cardápios adequados e controle de peso. E a Assistência Pet, que protege os membros de quatro patas da família. Vida Mais Tranquila Como o nome já diz, este é o seguro que oferece uma solução simples para quem almeja a tranquilidade de saber que as pessoas amadas estão protegidas, caso algo aconteça. O Vida Mais Tranquila conta com indenização a beneficiários indicados em caso de morte natural ou acidental. E indenização para o segurado em caso de acidente que cause invalidez total ou parcial. O cliente ainda pode contratar o serviço de Assistência Funeral, além de participar de sorteios mensais no valor de R$ 10 mil. 28 < foco livre, Março, 2018

Vida Especial O Vida Especial também começa com um plano mais básico - conta apenas com a indenização a indicados em caso de morte natural ou acidental. No entanto, quem o contrata tem a chance de escolher uma série de coberturas opcionais para deixar sua família mais bem protegida, como indenização em caso de doenças graves, acidente e invalidez. O segurado conta também com a opção de contratar os serviços de: Assistência Pet, Segunda Opinião Médica, Assistência Domiciliar e Assistência Funeral, além de concorrer semanalmente a R$ 5 mil. Previdência Infantil Poderá investir no futuro dos filhos ou de outra criança que queira beneficiar. São recursos que podem ser utilizados na formação educacional, na vida profissional ou para realizar outros projetos. Os planos estão disponíveis nas modalidades PGBL e VGBL, e possuem diversas opções de fundos de investimento para aplicação de recursos. Com valor mínimo de R$ 100,00 por mês, você pode garantir o futuro de seu filho.

Vida Perfil Este seguro oferece uma série de serviços diferenciados ideais para o cliente que valoriza qualidade de vida para sua família. E o segurado paga o preço justo de acordo com o seu perfil e hábitos de vida. Como cobertura básica, o Vida Perfil oferece indenização às pessoas indicadas pelo cliente em caso de sua morte natural ou acidental. Além disso, o produto conta com diversas opções de serviços complementares, como Assistência Funeral Familiar, Assistência Nutricionista, Segunda Opinião Médica Internacional, Invalidez por Acidente e ainda dois grandes diferenciais que beneficiam toda a família: Assistência a Filhos e Personal Fitness. O primeiro conta com serviços como babá e transporte escolar para os filhos do segurado, em caso de hospitalização do responsável. Já o segundo complementa a Assistência Nutricionista com orientações sobre atividades físicas adequadas a cada perfil. Previdência Individual Com os planos de Previdência, você pode acumular recursos para realização de projetos no futuro ou até mesmo para a manutenção do padrão de vida no momento da aposentadoria. Os planos estão disponíveis nas modalidades PGBL e VGBL e possuem diversas opções de fundos de investimento para aplicação de recursos.




A Art&Lar chegou em Imbituba! Recém-inaugurada na cidade, a Art & Lar, loja especializada em cortinas sob medida, persianas e papéis de parede chega a Imbituba oferecendo o que há de mais atual para decoração de interiores. A loja tem a matriz em Laguna, no bairro Mar Grosso, com atividades consolidadas há 5 anos, o que possibilitou trazer seus produtos e serviços ao público imbitubense. Disponibiliza equipe especializada de Assessoria em Decoração, para orientar os clientes na escolha de modelos, cores, tecidos e texturas. Tudo isso com um único objetivo: deixar o ambiente - casa, apartamento ou local de trabalho exatamente como você deseja. A Art&Lar oferece aos clientes produtos, como: cortinas de tecidos sob medida (modelos, medidas, tecidos, cores e acessórios à escolha do cliente), confecção de kits de cama personalizados, persianas, papéis

10 < foco livre, Junho, 2017

de parede, piso laminado, rodapés, acabamentos e complementos para decoração. Com equipe própria de instalação para todos os produtos, a Art&Lar garante um perfeito acabamento nos produtos e serviços. Para eles, cada cliente é único, e o objetivo é realizar sonhos. Entre em contato, para que esta equipe vá até você. Em Laguna, na Avenida Senador Galotti, 313, sala 03, bairro Mar Grosso. Atende pelos telefones (48) 3644-2053 e (48) 99649-2963, e pelo e-mail artlarlaguna@gmail.com. Em Imbituba, na Avenida Dr. João Rimsa, 601, sala 07, Centro Empresarial Ferjú, bairro Centro. Atende pelos telefones (48) 3255-3926 e (48) 98433-8914, e pelo e-mail artlarimbituba@gmail.com. No facebook a Art&Lar pode ser encontrada na fanpage: facebook. com/artlarlaguna ou pelo perfil facebook.com/rodapes.laguna.

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A menina da cozinha saudável Conheça um pouco sobre a menina por trás dos produtos da Grão do Bem, uma empresa que encontrou em Imbituba o equilíbrio para florescer. “Amo a Grão do Bem. Sinto que é uma terapia”, nos conta Mariana, que, com persistência, faz aquilo em que acredita. Por Anny Caroline Siqueira de Carvalho

Mariana Ávila, 22 anos, nascida em Porto Alegre, mora em Imbituba há dois anos e meio. Neste lugar onde encontrou qualidade de vida, ela também descobriu uma paixão: cozinhar. E a natureza desta cidade inspira-a a cada dia fazer alimentos que tragam saúde a quem consome, num equilíbrio que é puro bem-estar. “Vim de Porto Alegre, e a primeira vez que eu vi o mar foi aqui. Costumava vir com a família para veranear, durante toda a infância. Quando conheci o Kelvin, meu companheiro de vida, começamos a vir para a praia com mais frequência, até decidirmos que gostaríamos de viver aqui. Era uma coisa que idealizávamos pela qualidade de vida. Eu amo ir à praia, e isso me inspira muito a fazer meu trabalho”, conta a jovem que ouviu o coração, arregaçou as mangas, e colocou a mão na massa.

Cozinhar é uma alquimia, e isso Mariana sabe fazer. Como ela conseguiu? Simplesmente entregou-se a esta paixão. Não foi algo que ela considerasse um dom, nem que gosta de ostentar como um talento, mas que aconteceu do nada. Se sentiu pega de surpresa, como um primeiro amor. “A Grão do Bem foi uma surpresa. Eu já fazia receitas de bolo para todo mundo. Era eu que ficava na cozinha quando me reunia com a família e amigos, fazia janta, almoço, bolos... E assim testei receitas inéditas. Todos começaram a elogiar e a dizer que eu deveria vender. Simples assim”, conta.

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Mariana sempre busca inovar por meio das próprias experiências, e quer oferecer o que há de melhor na cozinha saudável. E além do amor depositado no preparo, para ela a alimentação tem que estar aliada à saúde, e proporcionar bem estar. Ela sente a paz que precisa no conforto de seu lar, no bairro da Ribanceira, onde está equipada com tudo de que necessita, inclusive dentro de si mesma. Sua cozinha é o laboratório perfeito para desabrochar receitas de sonhos. Não aqueles de padaria, mas de grãos, que unidos transformam-se em algo único. “Quando cheguei aqui, senti-me um pouco perdida por não ter


a realização de muitas coisas neste projeto. Nunca esquecerei as parcerias iniciais que me ensinaram muito, e me fizeram crescer. Agradeço também a receptividade do povo imbitubense, encontrei pessoas maravilhosas aqui”, especifica. Por fim, Mariana conta sobre como funciona seu trabalho. “Trabalho sob encomenda. Entregas a domicílio e alguns produtos a pronta-entrega. Produção artesanal. Pedidos com 24 horas de antecedência. Linha de produtos sem glúten, sem lactose, e low

qualquer formação. Foi tudo muito rápido, terminei o ensino médio em Porto Alegre e vim para cá. Busco subir um degrau de cada vez, e sei que as coisas acontecem devagar, pois cada conquista, por menor que seja, é uma vitória diária”, relata. Por certo a Grão do Bem é mais que uma empresa, cada grão é uma semente de amor. E pelo exemplo das sementes, é necessário respeitar e apreciar o tempo de cada etapa. Sobre a história da Grão do Bem, uma empresa que já completou um ano de vida, Mariana, que tem muito orgulho de ser gaúcha, agradece a receptividade de Imbituba, sua cidade do coração. “Inicialmente utilizei estratégias para captar clientes e procurar parcerias. Conheci muitas pessoas que me ajudaram de livre e espontânea vontade, e que foram essenciais para

carb. Marmitas congeladas. Alimentação abrangente a todos os públicos, com foco no saudável.Transformo produtos tradicionais em produtos fit”, revela. E você, já conhece a Grão do Bem? Não perca tempo e caia de boca nas coxinhas saudáveis! #ficaadica.


Casa de Repouso leva carinho e cuidado à terceira idade da região

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É o caso das cerca de 60 mulheres da Associação Lanche da Amizade – sociedade filantrópica mantenedora da casa. “Cada uma de nós, voluntárias, doa uma mensalidade à entidade. E também promovemos eventos beneficentes, em prol da casa, que já fazem parte do calendário da cidade. Como bingos, rifas, pedágios, festas, almoços (feijoadas, sopas, carreteiros) e outras promoções para auxiliar financeiramente nas despesas”, esclarece a presidente do Lanche da Amizade, Ivone Lopes de Oliveira.

ARQUIVO CASA REPOUSO

região encontram na Casa de Repouso Imaculada Conceição, de Imbituba. O asilo possui 17 funcionários remunerados, que incluem uma coordenadora, oito técnicos em enfermagem, uma enfermeira responsável, uma nutricionista, duas cozinheiras, dois serviços gerais, uma lavadeira e um jardineiro. E também conta com a colaboração de alguns profissionais da cidade que prestam serviços gratuitos, como contador, médico, fisioterapeuta, cabeleireiro e manicure. Há ainda quem se dedica a angariar fundos para manter o funcionamento da casa e a qualidade no atendimento. ARQUIVO CASA REPOUSO

Os períodos mais delicados na vida de qualquer pessoa tendem a ocorrer durante a infância e a velhice. A atenção e a dedicação dispensadas ao recémnascido e ao idoso são semelhantes, devido à fragilidade de seus corpos. Ao nascer, o bebê é envolto pelo amor e dedicação dos pais, que têm suas vidas moldadas às necessidades deste ser tão pequenino. À medida que cresce, a criança aprende a cuidar de si mesma e, quando adulto, torna-se responsável por seu bem-estar. Mas, já na terceira idade, a pessoa volta à fase de receber cuidados de outra pessoa - período que demanda paciência e amor. E nem sempre as famílias têm a real possibilidade de auxiliar seus idosos com toda a atenção que eles requerem. Então, nestes casos, senhores e senhoras em idades avançadas passam por inúmeras dificuldades que os levam a ter que residir num asilo. Seja por escolha própria ou mesmo encaminhados por parentes ou amigos, a busca é por um ambiente acolhedor e que ofereça a eles companhia, cuidado, carinho, amor, dedicação e tudo o mais que eles merecem. Quando estes e tantos outros desejos são alcançados, a vivência na terceira idade pode ser mais uma realização. Pois o que os idosos precisam é de que seu local de moradia seja o que podemos chamar de um verdadeiro lar. E é exatamente isso que os idosos da

KAKÁ SIQUEIRA

Milena Vitto


Atualmente são 32 idosos acolhidos, com idades entre 68 e 96 anos, sendo que 12 são cadeirantes e 22 usam fraldas. Todos tomam remédios e precisam de ajuda para o banho e alguns precisam de comida na boca. “Por todos estes detalhes, nossa instituição possui uma despesa mensal de cerca de R$ 60 mil, sendo em torno de R$ 36 mil somente com o pagamento dos funcionários. São gastos R$ 6 mil com medicação; R$ 5 mil com alimentação; outras despesas com fraldas, materiais de limpeza, energia elétrica, água, táxi (para deslocamentos, pois com um carro próprio gastaríamos mais), gás de cozinha, telefones, roupas de cama, mesa e banho; e os extras com a manutenção do local. Temos pagado até os velórios e enterros, quando a família não pretende ou não consegue arcar com as despesas”, esclarece a presidente. E para economizar na compra da alimentação, nos fundos do terreno há um quintal com árvores com frutas e uma horta de verduras orgânicas - que também ajudam na saúde dos idosos. Ivone explica que é uma luta muito grande todos os meses, mas que juntos têm conseguido manter a Casa de Repouso Imaculada Conceição funcionando. “Cada idoso hospedado contribui com sua aposentadoria ou pensão, que somam cerca de R$ 27 mil. Então temos que arrecadar mais valores para atingir o total gasto”, informa. Além dos eventos, há fontes variadas para obter renda: a mensalidade das voluntárias, R$ 1,8 mil; algumas subvenções estaduais; doações esporádicas da comunidade; e o auxílio da prefeitura de R$ 10

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Despesas e como ajudar

mil. “E ainda as parcerias com a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) e a Cerpalo (Cooperativa de Eletricidade de Paulo Lopes), por meio de débitos mensais na conta de luz. Nos dois casos, as doações juntas atingem entre R$ 5mil e R$ 6 mil por mês”, calcula a presidente. Outras formas de ajudar são com doações de roupas e comida, visitas e realização de atividades recreativas com os acolhidos. “Como eles possuem uma rotina a seguir todos os dias, pois já estão em idades avançadas ou muito doentes, sempre são bem-vindas pessoas para interação com nossos hóspedes. Recebemos pessoas que trazem lanches, que tocam violão, cantam, dançam, passeiam e conversam com eles; turmas de escolas; grupos de idosos e de mães; e até um padre para rezar missas. Temos ainda uma recreadora, que todas as semanas vem para brincar e

jogar com eles. E comemoramos com bolo o aniversário de cada um deles, com a presença de suas famílias – que sempre estimulamos a nos visitar mais vezes”, exemplifica.

Brechó da Casa de Repouso O asilo ainda administra uma loja de roupas usadas em Imbituba, em que os lucros são repassados para custear as despesas mensais com os idosos. “Fazemos uma triagem das doações que recebemos e as peças são vendidas no Brechó da Casa de Repouso, por voluntárias. A localização é numa sala comercial na rua Otacílio de Carvalho, ao lado de uma clínica, bem no centro da cidade”, situa Ivone.


Em 2018, Ivone completa 67 anos de em sua capacidade máxima, sempre sua história na Casa de Repouso Imacuidade e 30 anos de atuação como presi- com fila de espera para novos hóspe- lada Conceição. E destaca que nestas dente do Lanche da Amizade. Em 1988, des. “Temos um projeto de ampliação, três décadas tem melhorado bastante assim que ingressou para a associação, para mais 10 lugares, que ainda não foi como pessoa, por causa do voluntariacomeçou a ser colocado em prática o colocado em prática porque é difícil fazer do e das experiências vividas com os sonho de construir a Casa acolhidos. “Antes eu era de Repouso. “Na época “É tão bom ajudar os outros, que nem vi o tempo impulsiva, hoje sou mais eu era muito nova, tinha tolerante, caridosa e pospassar.” Ivone Lopes de Oliveira - 30 anos como suo jogo de cintura para 37 anos, e as voluntárias presidente da entidade mantenedora do asilo. lidar com pessoas e dificulda associação me elegeram já com o intuito de dades. Apesar de às vezes eu liderar os trabalhos para a obra ser campanhas paralelas às que já fazemos ficar cansada, tenho ainda muito fôlego realizada. Eu estava meio insegura, não para manter o local”, explica a presiden- para ajudar. Não imagino como seria a sabia o que fazer, mas sempre contei com o incentivo do meu marido, Francisco Duarte de Oliveira”, comemora a presidente. O casal já havia presidido o Lions Clube (organização internacional voltada para serviços humanitários) de Imbituba, onde adquiriu experiência e teve sua gestão aprovada pelas colegas. “Quando entrei para o Lanche da Amizade, a nossa associação continha 18 mulheres voluntárias, que já organizavam chás em beneficio da população carente da cidade, há 10 anos. Confeccionávamos panos de prato e outros trabalhos manuais, que eram vendidos, e os valores revertidos em óculos, livros, chás de bebê e demais necessidades que surgissem”, relembra Ivone - que vem sendo reeleita desde que entrou para o cargo. Com ainda mais ações e o empenho da sociedade, o asilo foi edificado de 25 de setembro de 1988 a 30 de abril de 1994 (data da inauguração). A casa te. minha vida sem ter feito tudo o que fiz, e atende idosos moradores de Imbituba, Após um sorriso no rosto e com olhos foi de coração”, ressalta. Garopaba, Paulo Lopes e Imaruí, e está emocionados, Ivone conta com paixão

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30 anos de dedicação


A visão dos acolhidos A senhora com mais idade atendida pela casa é Adalgiza André, de 96 anos, carinhosamente chamada de Zazá. Há sete anos no asilo, ela nasceu em Garopaba, foi criada em Imbituba e nos últimos anos residia sozinha. “Gosto bastante de morar aqui, fiz amizades e converso sempre sobre as minhas histórias de vida. Como fui doméstica em casas de famílias, eu cuidava das crianças e sempre viajava com eles. Conheci muitos lugares e é sobre eles que gosto de contar”, detalha. Zazá é uma dos hóspedes que mais frequenta as atividades de recreação. “Canto e danço bastante, mas o que eu mais gosto é quando saímos para tomar sorvete e passear. Pois vamos a lugares turísticos da região e revivo as minhas viagens antigas”, empolga-se. Outra idosa sempre participativa é Rosa Leandro Cardoso, com 69 anos de idade, cinco deles no local. Mesmo cega dos dois olhos por causa da diabetes, Rosinha age como se enxergasse. “Não consigo ver as pessoas; mas meu coração, sim. Sou sensível, vejo com a emoção e sinto as pessoas, acompanho os rostos pela voz de cada um”, identifica. Imbitubense, ela revela que compensa a falta de visão com sua boa memória, e lembra-se de seus tempos de trabalho – foi cozinheira em banco, serviços gerais em hotel, e atuou em cerâmica e em casas de família. “Mesmo com tantas lembranças boas do que já vivi, quero continuar aqui por toda a minha vida, pois todos cuidam de mim e me tratam bem. E também porque

No cotidiano do asilo, Ivone conta com o apoio da voluntária, tesoureira e coordenadora Cleuza Maria de Araujo. “Ela está na casa desde 1997, presente todos os dias aqui, e me auxilia em vários momentos. Mensalmente fazemos reuniões, e cada detalhe dos valores são apresentados e até publicados na imprensa. Possuímos várias voluntárias no Lanche da Amizade, que se revezam, mas ainda convido para que novas pessoas venham juntar-se ao nosso grupo”, especifica. A entidade sempre realiza melhorias para se adequar às vistorias e à legislação, e possui os alvarás municipais, estaduais e federais necessários. A Associação Lanche da Amizade já foi homenageada duas vezes na Câmara de Vereadores de Imbituba, pelos serviços prestados aos idosos. sempre tem muitas coisas boas para nos distrair – orações, ginástica, dança, música e tudo o mais”, ressalta Rosinha, animada.

Voluntariado Segundo a presidente Ivone, em 1988 era difícil conseguir pessoas dispostas a auxiliar os outros. “Todos achavam que era obrigação do governo, não era fácil encontrar alguém que fizesse trabalho voluntário, ninguém aceitava. E fico satisfeita em ver que atualmente estes conceitos mudaram. Hoje sempre tem alguém ajudando quem necessita. E posso garantir: ao fazer isso, nós mudamos e nos tornamos pessoas muito mais felizes. É tão bom ajudar os outros, que nem vi o tempo passar”, ela comenta, satisfeita com seus feitos.

Casa de Repouso Imaculada Conceição Rua Pedro Antônio Gonçalves, 416, Vila Santo Antônio - Imbituba. Telefone: (48) 3255-5663.


O bem-estar no ambiente de trabalho no âmbito da pequena e média empresa Muito tem-se discutido e escrito sobre este importante tema, pois negar a verdade dos fatos, neste caso, é impossível. Naturalmente, um ambiente favorável às inter-relações (onde os direitos e deveres sejam objetivamente divulgados e respeitados, onde os benefícios obtidos pelas partes sejam orientados para formação de uma espiral crescente, que culminará na conquista das metas, em superação dos desafios, e fatalmente no crescimento do colaborador como pessoa e profissional, e da empresa como ente gerador de receita e renda), deve por princípio ser louvado e respeitado. Acompanho com interesse os artigos relativos a estes temas, e em sua grande maioria, tratam-se dessas relações no âmbito da grande empresa. Sendo que, via de regra, possuem meios e recursos, principalmente financeiros, para implantação das políticas de RH voltadas ao desenvolvimento de práticas e benefícios. Estes promovem mais eficientemente o fortalecimento das relações, a satisfação do trabalhador e objetivamente, o melhor resultado da empresa. O questionamento é de que forma a pequena e média empresas (neste emaranhado de leis, tributos, taxas, burocracia exacerbada, intervenção desmesurada do Estado no seu dia a dia, que acabam gerando adicionais de custos, na maioria das vezes inabsorvíveis), devem tratar o tema, sem os recursos da grande corporação. Qual a fórmula

mágica, necessariamente eficiente, que atenda às expectativas das partes, encaixe-se no orçamento escasso e economicamente proporcione os melhores resultados? Quero aqui fixar-me na realidade do nosso País, onde 70% das empresas são pequenas ou médias e que juntas absorvem percentual semelhante da mão de obra oficialmente ocupada. Como desenvolver políticas de RH, adaptadas ao seu cotidiano, que lhes permitam minimamente prestar um serviço ou produzir economicamente, com a necessária competitividade frente ao mercado, com o envolvimento adequado da sua força de trabalho? Não sei, infelizmente, dar a resposta mais correta. No entanto, ao longo dos anos de experiência na administração de pequenos e por vezes médios negócios, e depois de 20 anos de experiência como executivo de uma grande empresa, tenho uma única resposta. “O desenvolvimento do respeito nas relações, o jogo limpo, a prática da boa educação, a objetividade nas definições das metas, pelo menos um mínimo de benefícios adicionais aos legalmente determinados pela legislação, e principalmente a valorização do trabalhador como homem, sua importância profissional inserida no projeto da empresa. E, talvez o maior desafio, permitir que todos percebam naturalmente, que a soma dos esforços de todos assegurará a manutenção e desenvolvimento do negócio e garantirá a seguran-

Lito Guimarães Empresário do setor portuário

ça econômica do trabalhador e de sua família”, seja o objetivo a ser buscado. O pequeno empresário, necessariamente, talvez precise ser uma espécie de mentor dos seus trabalhadores. E demonstrar segurança nas suas atitudes, valorizar o sucesso dos envolvidos e cobrar adequadamente as sempre necessárias correções de rumo. Transmitir o otimismo realista é imperativo, cobrar o resultado necessário é imprescindível. Parece simples, mas não é bem assim. Os grandes mestres propagam benefícios na maioria das vezes inatingíveis, pelos pequenos empresários, na promoção da satisfação dos seus colaboradores: ginástica laboral com professor contratado pela empresa, creche para os filhos, encontros motivacionais nos finais de semana, auxílio-academia, horários flexibilizados e planos de saúde, etc. Portanto, mais uma vez a criatividade torna-se necessária, pois as relações na pequena empresa, diferentemente das grandes, são absolutamente pessoais, quase como na família. Assim, mal comparando o pequeno empresário ao pai, deve-se obrigatoriamente fazer o mais com o menos e valorizar o sucesso do trabalho desenvolvido pela soma do conjunto de pequenos empresários e trabalhadores, criar os aspectos motivacionais que permitam a todos, a necessária satisfação laboral. E o desejo de fazer mais e melhor, ao entender com clareza que o sucesso final será o sucesso de todos!





ARQUIVO SCPAR/PORTO IMBITUBA

Ginástica laboral promove saúde dos colaboradores da SCPar Porto de Imbituba

Praticar atividades físicas, inclusive nos dias de trabalho, não só é recomendado, como melhora o ambiente profissional e a qualidade de vida do trabalhador. Foi pensando nisso que, em março de 2017, a SCPar Porto de Imbituba implantou o programa de ginástica laboral para seus colaboradores, ao promover exercícios diários nos escritórios da administração e ao ar livre. Ao todo, quatro sessões de 15 a 20 minutos são oferecidas todos os dias para atender o quadro técnico da Autoridade Portuária. Alongamento, flexibilidade, fortalecimento muscular e relaxamento são alguns dos exercícios ministrados pela fisioterapeuta Laura Wuttig Berbam, coordenadora das sessões. Com uma série de movimentos le-

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ves, o programa visa à prevenção de patologias relacionadas às atividades profissionais, como as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao trabalho (DORT) e ao alívio das dores e tensões. Segundo Laura, a ginástica laboral também “é um momento de descontração e integração entre colegas, que proporciona melhor produtividade, motivação, disposição e qualidade de vida no trabalho”, justifica. Ou seja, ganha a empresa e o colaborador, pois contribui para o desenvolvimento de um ambiente de trabalho saudável e aumenta o engajamento de toda a equipe. Oceanógrafa portuária, Camila Kuminek de Amorim conta que às vezes é difícil parar o


ARQUIVO SCPAR/PORTO IMBITUBA

“A ginástica laboral proporciona um momento de relaxamento no expediente de trabalho e faz com que a rotina de serviços torne-se mais agradável e confortável”, destaca Clayton Cipriano, técnico em operações logísticas. Ele ressalta, inclusive, a importância das atividades para quem passa longos períodos sentado em frente ao computador. Além dos progressos já visíveis, ao completar seu primeiro ano, o programa de ginástica laboral na SCPar Porto de Imbituba prevê a realização de uma avaliação de queixa de dores, teste de força e flexibilidade, para mensurar os resultados iniciais. ARQUIVO SCPAR/PORTO IMBITUBA

trabalho para iniciar as sessões, “mas quando acabam os alongamentos, sinto-me mais disposta para continuar o trabalho”, completa. Para tornar as atividades mais estimulantes são utilizados recursos como bolas, elásticos e bastões. Em alguns dias de sol, os colaboradores também são convidados a fazer os exercícios e pequenas caminhadas ao ar livre. Outro aspecto importante é a presença de música durante as sessões. Segundo a instrutora, “as canções melhoram a disposição, auxiliam na descontração do ambiente e evitam a monotonia”, identifica.

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A meritocracia de hoje é o escravismo de outrora Lucas F. Gonçalves

No passado, a desigualdade social era vista com normalidade, em grande parte pela ideia de nobreza - em que a elite era merecedora de seus privilégios por causa de seu sangue. E costumava ter a autoridade reforçada pela bênção da igreja. Por consequência, as camadas mais pobres, aceitavam a natureza do sofrimento pelo tradicionalismo e influência religiosa. Com a descoberta do novo mundo, surgiu uma nova elite. Não mais de sangue nobre abençoado, e sim de colonizadores, que a mando da nobreza, exploravam as terras desconhecidas. Utilizavam de mão de obra escrava, e acumulavam poder neste novo território. Neste novo panorama, surgiu o novo mito do merecimento dos privilégios. A nova elite era merecedora, pois supostamente conquistou tudo pelo próprio esforço. E o pobre não era tão esforçado, inteligente, ou não se esforçou o suficiente. Esta nova elite cresceu principalmente com o uso de mão de obra escrava. A escravidão gerou mais desigualdade em nosso território, e era vista como algo normal e natural até pelos mais liberais da elite. A elite republicana, que era contra o reinado e buscava liberdade para o “povo” escolher seus representantes, passava longe de discutir a escravidão. Já que a escravidão lhe dava o poder econômico e político. Um dos grandes motivos da Proclama-

ção da República foi o fim da escravidão sem a indenização dos senhores de escravos. O império caiu e um dos principais motivos foi a elite não estar satisfeita com o fim do sistema escravagista. E as datas dos acontecimentos escancaram isso, pois a Lei Áurea foi sancionada em 1888, e a Proclamação da República foi realizada em 1889. A elite passou de merecedora dos privilégios por sangue, para merecedora por “esforço”. E para isso toda uma ideologia meritocrática, que simplesmente descarta as injustiças sociais, foi criada. Neste ideário, o pobre torna-se culpado por sua própria miséria. Para sustentar esta farsa, muitas biografias foram compradas e propagadas por todos os meios de comunicação. Surgiu o mito do pobre empreendedor que se tornou magnata pelo simples esforço pessoal. E tudo caminhou para a construção de uma farsa que sustenta o status quo. Hoje em dia isso fica evidente quando observamos um pobre desempregado, que recebe um pequeno auxílio do Bolsa Família, ser chamado de vagabundo. Enquanto uma casta ganha milhares de reais retirados dos cofres públicos em auxílio-moradia, mesmo tendo onde morar, e não é criticada com o mesmo peso. A mentalidade “o doutor estudou e merece, o pobre não fez por merecer” reforça esta atitude. O miserável é o novo escravo, não me-

recedor dos privilégios, desumanizado e que não pode receber auxílios financeiros. Mas pode trabalhar por baixíssimos salários, e executar as mais diversas funções, para que a classe média e a elite tenham tempo de sobra para o lazer. E, principalmente, estudos que lhe asseguram o status de merecedores do privilégio de explorar. E não podemos esquecer que esta opressão é reforçada dependendo do tom de pele do explorado. Somos uma sociedade formada do escravismo e apadrinhamento dos senhores de engenhos de açúcar. E que está acostumada a desumanizar para explorar, e usa a mentira da meritocracia para relativizar as desigualdades e injustiças sociais, e assim manter seus privilégios. Esta estrutura de opressão sempre se renova, com novos jargões que estão na ponta da língua de grupos de liberalismo conservador. Estrutura que também faz parte da onda do “empreendedorismo”, que faz surgir um coach de negócios em cada esquina. Sabendo de tudo isso, é importante conhecermos a história brasileira, observar o histórico de injustiças sociais, e termos consciência de classe. É preciso frear urgentemente a desigualdade social, e o primeiro passo para isso é destruir os mitos que sustentam um ideário meritocrático. Mas a luta é desleal, pois a grande mídia nos bombardeia diariamente com estas distorções de realidade.




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FOCO LIVRE

OGMO atua para fortalecer ações do trabalhador portuário avulso

A advogada Jeanne Santos, diretora executiva do OGMO (Órgão de Gestão de Mão de Obra), que atua no Porto de Imbituba, demonstra ter plena consciência da responsabilidade que pesa sobre seus ombros. Ela orienta e facilita a vida de pelos menos 300 trabalhadores portuários avulsos, ligados àquela unidade. Para a reportagem da Foco Livre, a jovem advogada, que iniciou como assessora jurídica em 1916 e logo tornou-se diretora, contou como atuam outras 22 pessoas ligadas ao setor administrativo da entidade que dirige. “Nosso propósito é fortalecer os profissionais portuários, na medida em que facilitamos benefícios nas áreas trabalhista e da saúde, para garantir segurança e qualidade de vida, extensivas aos familiares”, acentua. Foco Livre – Quais são as principais atribuições do OGMO? Dra. Jeanne Santos – Eu diria que nosso principal propósito é proporcionar segurança ao trabalhador portuário avulso, para que ele entenda que nossa instituição procura tão somente fortalecer e valorizar o trabalho deles, e também garantir segurança aos seus familiares. FL – A senhora acredita que os objetivos têm sido alcançados? JS – O feedback do nosso trabalho tem demonstrado um retorno satisfatório, resultado de uma série de ações que envolvem a participação dos familiares, convidados a interagir em várias oportunidades. Como, por exemplo, durante a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho), realizada no final de cada ano - até mesmo por exigência legal da legislação trabalhista. 50 < foco livre, Março, 2018

FL – Hoje quais são os planos e prioridades da entidade que a senhora dirige? JS – Nosso foco hoje está voltado para a necessidade de recadastramento dos trabalhadores portuários avulsos, fazer um levantamento de grupos e separá-los por doenças. Para facilitar, assim, campanhas estratégicas de saúde e segurança do trabalho. Esses grupos são compostos por pessoas propensas à obesidade, prédiabéticos e hipertensos. Com estas ações podemos evitar a conversão em doenças. FL – Estes trabalhadores recebem treinamentos? JS – O OGMO tem a preocupação de treinar os trabalhadores avulsos, para o que geralmente contamos com a parceria com a Marinha. E quando isso não ocorre, nós próprios realizamos os cursos, para permitir que os trabalhadores tenham acesso e conheçam o funcionamento de novos equipamentos e novas técnicas de trabalho.


ARQUIVO OGMO

Eventos da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho

FL – Fale um pouco sobre a importância da SIPAT. JS – A Semana de Prevenção de Acidentes é muito importante para nosso trabalho, principalmente por garantir que os trabalhadores e seus familiares interajam entre si. No ano passado fizemos uma boa parceria com o Colégio Henrique Lage, utilizamos aquele espaço físico, além de promover visita dos familiares ao porto, local de trabalho dos chefes de família. Principalmente os filhos destes tiveram excelente aproveitamento, tirando dúvidas, conhecendo navios e outros detalhes do terminal portuário. Este congraçamento permite fortalecer o laço familiar e criar na família admiração pelo trabalho do pai. FL – Quais outras vantagens de o trabalhador ser vinculado ao OGMO? JS – Mantemos um banco de dados atualizados sobre a família, filhos, documentação e outras exigências da Previdência Social, para apoiar o trabalhador em tudo o que ele precisar. Mas é bom dizer que o trabalhador avulso não tem vínculo empregatício, por isso deve estar atento aos nossos apelos, pois nosso propósito é protegê-lo. Na área da saúde, temos um trabalho com-

petente de atendimento ao trabalhador, coordenado pelo médico Odimar Pires Pacheco - experiente profissional que sempre procura novas estratégias na área. FL – Como é a questão do horário de trabalho dos profissionais portuários avulsos? JS – O nosso Porto de Imbituba enfrenta desafios similares aos demais portos do país, mas tem hoje uma estrutura e movimentação exemplares. Inclusive com vantagens para os trabalhadores avulsos, hoje beneficiados no horário de trabalho. Trabalham 6 horas e folgam 11 horas. FL – A revista Foco Livre agradece pelo calor de sua recepção. JS – Também fico gratificada e aproveito para cumprimentar a equipe da revista, uma semente que germinou e hoje ocupa um lugar importante no mercado da comunidade em Imbituba e região. A Foco Livre é orgulho para Imbituba, seja pelo trabalho sério da sua equipe, seja pela criatividade dos profissionais que atuam neste importante veículo de comunicação.

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Funerária São João busca fortalecer imagem do setor Com a credibilidade de quem atua há 30 anos no ramo, a conhecida Funerária do Janga continua ganhando espaço. Seu atual diretor, Reinaldo de Aguiar, de olho no futuro, afirma que o trabalho não pode parar. “Os mesmos cuidados que uma família tem para receber um novo membro, principalmente por ocasião do nascimento, deveriam ser repetidos em outro momento importante na vida de cada um de nós, na hora da morte - quando um ente querido nos deixa. Para isso existe o serviço funerário, hoje tão comum quanto qualquer outra atividade, até mesmo porque neste momento devemos manifestar tanta tristeza quanto o reconhecimento pela importância da passagem das pessoas por nossa vida”. A afirmativa é do diretor da Funerária e Capela São João, de Imbituba, Reinaldo de Aguiar, em depoimento à Revista Foco Livre. Para o entrevistado, o serviço funerário, há muito tempo perdeu aquele estigma de uma atividade sombria, na medida em que cada pessoa um dia vai precisar da funerária. Motivo suficiente para que todos estejamos preparados para quando este momento chegar. Reinaldo assumiu há cinco anos a direção da funerária, após a morte do pai, Janga, que iniciou suas atividades nesse ramo há mais de 30 anos. Ele deixou a atividade que exer-

cia na área de software, em Blumenau/SC, para continuar o trabalho do pai. Por considerar que “a família tinha e tem um compromisso com Imbituba, portanto o trabalho não podia parar”, acentua. Aqui realizamos um trabalho sério que nos rendeu muita credibilidade e o compromisso de oferecer um serviço cada vez melhor, detalha o dirigente. A empresa presta serviços funerários convencionais do setor, desde o translado, onde ocorrer o óbito na região, prioritariamente em Imbituba e Garopaba, até o local desejado pela família. Hoje a Funerária São João possui completa estrutura com ampla capela climatizada, projetada para oferecer conforto para a família, para assim minimizar os momentos de consternação. Na medida do possível, a empresa também procura facilitar a questão de pagamentos e contratação do serviço. Bem como oferece assistência religiosa, de acordo com o credo da família. Para isso, mantém convênio com diversas entidades de seguros e assistência funerária. Para prestar auxílio exclusivo para os planos

MedCare, por meio do qual as pessoas podem garantir completo atendimento quando precisarem de um funeral. Com larga experiência na área de software, Reinaldo trabalha na melhoria do setor administrativo da empresa e também no marketing, para dar maior visibilidade ao trabalho. Ele se diz empenhado em desmistificar a imagem superada e taciturna da atividade funerária. “É uma área comercial como as demais, portanto não há mais porque discriminá-la”, constata. Mantendo seu endereço tradicional, a antiga Funerária do Janga atende com sua capela e escritórios na Rua São Camilo, 33, sala 01, ao lado do Hospital São Camilo. Sua atividade é reforçada pela atualização permanente do site www.funerariadojanga.com.br. Seus preços acompanham a cotação do mercado, sem se afastar do sentimento humanitário da ocasião. Contatos pelos fones (48) 3255-1027 e (48) 99638-5505. Ou contato@funerariadojanga.com.br.



Empresária Katharina Siqueira recebe Troféu Destaque em Governador Celso Ramos Aconteceu no dia 10 de março de 2018, em Governador Celso Ramos, a entrega do Troféu Estadual Mulher Destaque 2017, onde 44 mulheres de todo o estado receberam a honraria. Na oportunidade, a empresária Katharina Siqueira de Carvalho foi uma das agraciadas com o importantíssimo troféu, pelo seus trabalhos na área de comunicação. “Quero agradecer a ALBSC, e ao casal Miguel João Simão e Lu. Essa foi uma noite memorável para minha família, meus colaboradores, meus patrocinadores e meus amigos. Fiquei honrada pela presença de Luiz Vieira, Alba da Rosa Vieira, Nilsa Oliveira, Aline Zucatti, Rosa Nadir Teixeira Jerônimo. Essa premiação é muito importante para meus veículos de comunicação, Revista Foco Livre e O Grande Jornal. Estar entre as 44 mulheres que foram homenageadas com troféu Mulher Destaque 2017, no estado catarinense, ficará em minha memória para sempre. Gratidão por esse reconhecimento! Obrigada à Deus! 8 anos de luta reconhecida hoje. Te amo Fernando Carvalho, Anny Caroline, Lucas Gonçalves, Guilherme Gabrielle e netinho Miguel Henrique”, relata Katharina em sua rede social.

Perozin Fotografia


56 < foco livre, Marรงo, 2018


Estudos comprovam: Viajar faz bem à saúde Esse papo de que viajar faz bem para o corpo, a mente e o coração, é a mais pura verdade, sabia? Afinal, descansar, conhecer pessoas/lugares e vivenciar novas experiências proporciona sensação de bem-estar e, de quebra, faz um bem danado à saúde. Independente de ser uma viagem de férias ou um feriado, a experiência sempre trará pontos positivos e muitas histórias para contar. Sendo assim, está mais do que na hora de você tirar aquelas férias que estão atrasadas, e curtir um pouco, pois seu corpo, sua mente e, principalmente, seu coração merecem. Mas para que você não fique com dúvidas de que viajar faz realmente bem, separamos neste post alguns motivos para te mostrar que viajar faz bem à saúde, sim. Muitíssimo bem, inclusive. Viajar te impulsiona a desenvolver habilidades que talvez você nem sabia que tinha. E também aumenta sua disposição para vivenciar algo que você não imaginava ou não teria coragem de fazer, e se você tem filhos, as viagens de férias são o momento para aproveitar com eles. Viajar te proporciona descanso, lazer e mais proximidade com eles. Diversos estudos comprovam que tirar férias é essencial para manter corpo e mente saudável. Um estudo americano acompanhou algumas profissionais por 20 anos e constatou que mulheres que não tiram férias tem maior tendência em ter problemas cardíacos. Já outro estudo, feito com homens, mostrou que a falta de descaso aumenta o risco de doenças coronárias. temporada livre



Autoconhecimento e a Paz Interior Conhece a ti mesmo - nos disse Sócrates, 24 séculos atrás, e ainda nos debruçamos sobre o tema. Algo complexo esta questão de conhecer a si mesmo. Quem de nós pode dizer que conhece totalmente suas emoções e reações? Você pode estar perguntando-se o que o autoconhecimento influencia na paz interior. Ouso dizer que é algo fundamental para conquistarmos esta paz que dulcifica nosso espírito. Quando nos conhecemos profundamente, nada nos abala, pois sabemos o que queremos e acreditamos. E acima de tudo, sabemos do que somos capazes! Assim, temos uma capacidade de não nos ofender com algo do que nos dizem - pois, se for verdade, não há motivo para revolta. E se for mentira, não terá poder algum para nos tirar a paz interior, pois sabemos da verdade e

do nosso real valor. Faz sentido para você que o autoconhecimento é a grande conquista do ser humano? Pense comigo: de que adianta, por exemplo, alguém falar inglês, francês e alemão se não consegue dominar suas emoções depois de uma “fechada” no trânsito? Qual é a maior conquista de uma pessoa? Alguns podem pensar que é morar em uma mansão, ter muito dinheiro, ser famoso, ter poder... Todas estas conquistas trazem realmente poder às pessoas, mas a plena satisfação da alma humana dá-se quando atingimos um grau de paz interior tão profunda que nada, nem ninguém abala! Busquemos a paz interior, por meio do autoconhecimento, pois este é o único caminho!

Mitsuê Porto Coach, palestrante e Master Pratictioner PNL (Programação Neolinguística), certificada pela AICIS – Academia Internacional de Coaching Integrativo Sistêmico. Atua com Lyfe & Executive Coaching, transição de carreira, palestras e treinamento de equipes.



A origem do seu pescado Conforme a definição contida no Regulamento da Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal, pescados são todos os peixes, crustáceos, moluscos, quelônios e mamíferos de água doce e salgada. Nos dias atuais, a indústria da pesca tem crescido consideravelmente, tanto pela demanda do consumidor, como pelas novas invenções tecnológicas pela qual a indústria passa. Sendo assim, são necessários novos programas de qualidade e processamento. É muito importante que você, consumidor, esteja atento para saber o processo de fabricação de seu produto antes de chegar à sua mesa. O pescado é uma das fontes de pro-

teínas mais saudáveis e também um dos alimentos mais perecíveis. Então, necessita de cuidados - desde a captura fresca, até chegar à indústria pesqueira e posteriormente ao consumidor. Por isso, é recomendo o seu beneficiamento o mais rápido possível, e a maneira de manipulação neste intervalo de tempo influencia diretamente nas características microbiológicas e físico-químicas dentro dos padrões da legislação. Ao fazer um processamento adequado, agregamos valor ao pescado - que de matéria-prima perecível, passa a ser um produto com maior vida útil e novas opções de consumo. Por isso, a importância do consumidor em adquirir um

produto em estabelecimentos que possuam Sistema de Inspeção, seja Municipal, Estadual ou Federal. Diversas vezes ocorrem surtos de doenças, em que as pessoas sofrem severas intoxicações como consequência da ingestão de diferentes alimentos, inclusive o pescado. No mundo, as intoxicações são inúmeras e muitas delas devem-se a erros de manipulação e processamento. Bruno Jorge Augusto Médico Veterinário CRMV/SC 5012



Recordando e Projetando Isabela Rodrigues Ferreira, administradora de empresas e docente da Fundação Logosófica de Imbituba Quando meu avô faleceu, em meio a toda tristeza que vivemos, foi preciso dar início a um processo complexo e muito longo: a confecção do inventário. Ao pesquisar o conceito da palavra, aprendi que o inventário representa uma “descrição detalhada do patrimônio da pessoa falecida, para que se possa proceder à partilha dos bens.” Nossa família contratou um profissional especializado, que deveria analisar o patrimônio existente - patrimônio que toma, comumente, o nome de “herança”. E assim deu-se início ao processo da partilha material da herança do meu avô. Ele não foi um homem de muitas posses, mas ainda assim deixou um patrimônio físico. Recordando do meu avô, percebi que as coisas que me faziam lembrar dele não eram a casa que ele tinha, ou o terreno, ou a empresa que deixou ao falecer. Recordo de seu abraço muito, muito apertado (apertado, mesmo); recordo de como sempre queria que comêssemos um pouco mais; de como adorava nos fazer filé mignon. E dizia que precisávamos bater com muita força na carne para ela ficar macia; das vezes que ia ao supermercado e queria trazer tudo o que estava em promoção. Todas essas coisas que recordo... fariam elas parte, também, da herança do meu avô? E será que estas recordações

que mencionei podem ser somente dos seus filhos? Acaso não as estou tendo aqui, na condição de neta? Para mim está aí revelada uma nova dimensão do conceito de herança. Podemos herdar muitas coisas, não somente um patrimônio material. Podemos herdar uma recordação querida, um pensamento, um sentimento; podemos herdar uma vontade de ser melhor, de ajudar os outros a ser melhores, de se conhecer. De meu avô herdo, todos os dias, o amor do meu pai e de meus tios; herdo seu pensamento de abraçar forte; herdo a minha vida. Herança, portanto, pode e deve ser muito mais do que aquilo que advogados dividem entre irmãos preocupados. Herança são porções de vida, são recordações, são anelos, objetivos. Por que sou do jeito que sou? Por que gosto das coisas que gosto? Acaso não herdei tudo isso de meus antecessores? Quanta gratidão e amor não devo a esse avô querido, que, mesmo com tantas limitações, me permite herdar, diariamente, a parte de bem que realizou em vida. E quanta responsabilidade não tenho em forjar, para as gerações futuras, uma herança de bem, de verdadeiras obras, para que possam construir um mundo melhor!




Richard Albuquerque Medeiros, superação e vontade de viver Oito anos após ter sofrido um acidente por atropelamento, na BR101, entrada do acesso Norte de Imbituba, que o deixou dois meses no hospital, em coma na UTI, Richard de Albuquerque Medeiros representa mais do que um exemplo de vida. Ele representa a força de vontade e o desejo de viver, que deveriam mover outras pessoas que nem sempre encontram coragem para um desafio similar. Ele tem consciência de ter nascido de novo. Foram oito anos de luta para recuperar sua vida e seus amigos, e retornar ao seu antigo trabalho, sempre com o apoio da família e a certeza de que tudo daria certo. Richard conversou com a reportagem da “Foco Livre”, relatou sua experiência de vida, mostrou como o exercício e a prática espiritual ajudaram-no a recuperar a autoestima e a enfrentar as dificuldades. Abaixo, a conversa com o supervisor de trabalho do OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra do Trabalho), instrumento de apoio do Porto de Imbituba. Foco Livre: Quem é Richard Albuquerque Medeiros Richard: Gosto de resumir minha história como sendo de um imbitubense que sente muito orgulho de aqui ter nascido e hoje viver nesta terra maravilhosa.

Sempre amei esta terra e seria um verdadeiro castigo se um dia eu tivesse que deixar minha cidade. Sou morador da Vila Nova, filho de Isabel e Laércio, neto de Yatocan, da extinta Cia Docas de Imbituba. Após longo período de recupe-

ração do acidente, retornei ao trabalho como Supervisor de Trabalho Portuário, no OGMO – Órgão Gestor de Mão de Obra do Trabalho, onde há atuo há mais de 15 anos.


FL: O acidente te deixou muito tempo afastado do trabalho? R: Verdade, sofri um acidente bem grave e depois de um tempo afastado voltei ao OGMO na mesma função. O que hoje para mim é uma motivação pela certeza de me sentir útil novamente. Realizo todas as minhas funções anteriores, com exceção de uma ou outra atividade comprometida pela minha atual limitação física. FL: Como ocorreu seu acidente? R: Era 24 de junho de 2012, eu havia participado do aniversário de minha irmã. E, com um amigo, decidimos ir a Garopaba, onde ingerimos alguma bebida. No retorno, eu o convidei para tomar a saideira no Recanto. Ele preferiu não parar e meu deixou na BR, já que eu resido no outro lado. Naquele momento, por ter bebido eu vacilei ao atravessar o asfalto, falando ao celular. Então fui atropeado, imediatamente entrei em estado de coma. Fui encaminhado ao Hospital São Camilo e posteriormente transferido para Tubarão. O acidente rendeu dois meses de hospital, um mês na UTI e destes, 17 dias em coma. FL: Fale do processo de recuperação R: Considero minha recuperação como um verdadeiro milagre e foi bem rápida, considerando a gravidade dos ferimentos. Enfrentei uma verdadeira batalha, sempre procurando o melhor, sou daqueles que não desistem. Na verdade, vai fazer 6 anos de luta, com fisioterapia e algumas cirurgias corretivas. Hoje, minha fisioterapia está limitada à prática do ciclismo. Tenho feito pequenos percursos visitando Itapirubá, Divinéia e outros. FL: O que mudou na sua vida a partir do acidente? R: Meu processo de recuperação foi facilitado por meio da espiritualidade.

Hoje frequento o espiritismo, faço palestras com o tema “Superação”, falo de minha experiência e como é possível superar as dificuldades com força de vontade e desejo de viver. Após os traumas pelos quais passei, eu poderia ficar em casa no sofá, esperar que me ajudassem e depender dos outros. Mas prefiro fazer minha parte, correr atrás, batalhar e procurar tocar a vida com normalidade. Sinto-me útil e esta disposição eu quero passar para as outras pessoas. Tenho consciência hoje de que muita coisa eu faço até com mais disposição do que outras pessoas. FL: Como superar as limitações físicas? R: Minha vida mudou, deu um giro de 180 graus. Não digo que foram 360 graus porque então eu estaria voltando ao mesmo lugar, não foi isso que ocorreu. Hoje, pela prática da espiritualidade e as palestras, convivo mais com o pes-

soal do espiritismo e mantenho mais afinidade. Fisicamente tenho algumas limitações, mas não impedem de levar uma vida normal. Ando de bicileta e dirijo, pois sei que a decisão de fazer ou não é totalmente minha. Dependo exclusivamente da minha cabeça e força de vontade. FL: Foi bom o retorno para o trabalho no OGMO? R: No OGMO temos uma equipe nota dez. São pessoas que entendem a minha situação, o que hoje me permite executar normalmente minhas tarefas. Para mim foi essencial o retorno ao trabalho, sinto-me útil e mostro às outras pessoas como é importante acreditar em si e principalmente acreditar na vida. Quero encerrar com uma mensagem: não adianta ficar reclamando e dizer que não vai dar certo. Façam como eu, com pensamento positivo e confiança em si mesmo tudo é possível.






Secretaria da Saúde amplia atendimentos em Garopaba “Estamos aqui para acolher as pessoas, com plena consciência da projeção nacional e internacional de Garopaba e sua importância para o turismo de Santa Catarina.” Quem afirma é a secretária de Saúde do município, vereadora Tatiane Rosa Ávila Pacheco. E destaca a vocação do município para o bom atendimento, “até mesmo pela responsabilidade e vocação que temos para o bom atendimento, por vivermos em uma região abençoada por Deus. A qualidade no atendimento da saúde em todos os setores, segundo a entrevistada, visa a atender não só os garopabenses, em torno de 22 mil habitantes, mas uma população flutuante que no verão chega a 100 mil pessoas. “Fazemos de tudo para que nossos visitantes sintam-se bem e tenham vontade de voltar”, assinala a secretária, há um ano no cargo. Segundo ela, a boa sintonia e o apoio que encontra no prefeito Sérgio, que também já foi secretário de Saúde, tem sido essencial

para atingir os objetivos do setor. O grande desafio de sua pasta, destaca a titular, é trabalhar com recursos fixos para uma população variável. Mesmo assim, a secretaria consegue manter um Pronto-Atendimento de qualidade e abrangência microrregional. E mantém o serviço de saúde municipal com portas abertas 24 horas. Este trabalho é feito em parceria com o Samu e Corpo de Bombeiros local, que completam o trabalho das três unidades de saúde do município. A secretária Tatiane especifica ainda que o sucesso de trabalho é fruto de parcerias, e o empenho de uma equipe enxuta, que trabalha de mãos dadas, com o compromisso de fazer a diferença. Até pela sua condição de vereadora, Tatiane reconhece que tem

conseguido muitos recursos e benefícios para a saúde, graças a uma sintonia com o poder legislativo, tanto Estadual como Municipal. Por entender ser impossível ao município sobreviver somente com recursos do IPTU e outros impostos. Por isso o direcionamento de emendas pela articulação política com apoio de parlamentares é essencial para setores como a saúde. A secretária mostra números otimistas para justificar as ações de sua secretaria. Segundo ela, quando assumiu havia mais de 500 exames de tomografia e ressonância na fila de espera, há mais de sete anos. Esta deficiência foi atendida graças a emendas do deputado federal César Souza, que direcionou mais de R$ 1 milhão para Garopaba - recursos carimbados para exames de média complexidade. Também foi equipado o Pronto-Atendimento, foi renovada a frota de veículos, contratados novos especialistas e veículos para hemodiálise, entre outras conquistas.


Ria: sua saúde agradece Rir é uma delícia: relaxa o corpo e a mente, diminui o estresse, melhora a circulação e fortalece o sistema imunológico, entre outros benefícios

A vida está difícil neste fim de ano? Falta tempo e sobra estresse para resolver os problemas que se acumulam? O coração aperta, a crise de ansiedade se insinua e parece que não há saída? Calma, respire fundo e tente encontrar motivos para uma boa risada. Se possível, uma gargalhada das boas, de desopilar o fígado. Pode não ser fácil rir assim do nada, mas vale a pena reconhecer e valorizar os momentos engraçados. E quem diz isso é a ciência. Estudos indicam que pessoas

que riem mais ao longo da vida têm menos problemas de saúde. O riso, além de relaxante, fortalece as defesas do organismo, melhora a circulação e a pressão arterial e libera os chamados hormônios da alegria – a endorfina, a dopamina e a serotonina –, que promovem uma sensação de bem-estar geral. O mais curioso é que o riso, de acordo com o neurocientista cognitivo Scott Weems, nada mais é do que resultado da longa batalha cerebral entre emoções e pensamentos opostos. “Ao chegar ao ápice

de um impasse, sem alternativa de solucioná-la, rimos. E, assim, não só reconciliamos as ideias contrárias como enxergamos respostas. Rir nos conecta a outras pessoas para dividir nossas lutas, temores e confusões”, afirma o neurocientista em matéria publicada no site do Doutores da Alegria, uma organização sem fins lucrativos que utiliza a arte dos palhaços para ajudar crianças hospitalizadas, acompanhantes e profissionais de saúde a diminuir a ansiedade na hora de enfrentar uma doença. Por Bayer Jovens





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