DESTAQUE: PREFEITO JAISON FAZ RETROSPECTIVA
PÁGINA 15
Porque a vida tem diversos olhares
Foco livre Ano I | #04
www.focolivre.com.br
Mevlana Garden, um espaço único em Imbituba e região PÁGINA 32
EDIÇÃO ESPECIAL
MORAR
editora
GJ
Preço R$10,00
Equipe Tomaz Imóveis de Imbituba/SC www.tomazimoveis.com
PÁGINAS 2 E 4
EXPEDIENTE DIRETOR-EXECUTIVO - Fernando Carvalho paraiba@grandejornal.com.br DIRETORA-COMERCIAL - Kaká Siqueira | (48) 9978-6830 kaka@grandejornal.com.br EDITORA-CHEFE - Anny Caroline Siqueira de Carvalho anny@grandejornal.com.br ARTE E DIAGRAMAÇÃO - Lucas Francisco Gonçalves lucas@grandejornal.com.br FOTOGRAFIAS - Anny Caroline Siqueira de Carvalho - Anna Paula Cuadro - Andrei Garcia - Léo Freitas REPORTAGENS - Anny Caroline Siqueira de Carvalho - Fernando Carvalho COLABORADORES - Felipe Sgrott - Jeser Batista e Ná Menegari - Leonardo Fraga - Joane Gabrielle - Wilson Zambardino - Manoel de Oliveira Martins - Gervázio Plácido - Lia Ferreira - Felipe C. Novaes IMPRESSÃO - Coan Indústria Gráfica LTDA O GRANDE JORNAL EDITORA LTDA Rua Ernani Cotrin, 243 - Sala 104 Centro - Imbituba - SC Fone: (48) 3255-6906
NOSSA CAPA
ÍNDICE
19 TEMPLO DO SABER 26 GRUPO DE IRMÃOS 34 LOGÍSTICA 45 UM BELO MONUMENTO 47 ESTILO CIGANO 60 CONSTRUÇÃO 72 APICULTURA 84 CASAS SUSTENTÁVEIS 92
ENTREVISTA COM NILSO P. PEREIRA Presidente da Cerpalo faz balanço dos seus trabalhos Conheça um pouco da Biblioteca de Imbituba
Shalom de Imbituba finaliza um ciclo
Fernando Carvalho fala sobre logística
A torre Eiffel de Bruxelas
Conheça um pouco sobre essa tendência
Azulejos, beleza sem fim
Terra que emana mel
Uma forma sustentável de construir um lar
Mevlana Garden e Tomaz Imóveis
EDITORIAL:
Foco livre e direcionado A quarta edição da revista Foco Livre traz como foco principal a palavra “Morar”. Morar engloba tudo que existe a respeito de casa, construção, decoração de ambientes e amor pelo lar. Trazemos em destaque uma matéria espe cial sobre as antigas construções de Imbituba, através do relato do maior jornalista desta ci dade, senhor Manoel de Oliveira Martins, que contribuiu grandemente com este trabalho, com uma memória rica em informações que conseguiu através de testemunho próprio. O destaque principal desta matéria em questão, foi o Chalé Quatro, a moradia do primeiro ad ministrador do Porto de Imbituba, Henrique Lage, adquirida pelo último administrador da Cia Docas de Imbituba, Jesiel Pamato, que nos abriu as portas para acessarmos este ambiente de muitas discussões políticas que mudaram o rumo de Imbituba no passado. Apesar do assunto destaque da revista estar bem direcionado, e esta ser uma edição es pecial que fala de moradia, ela continua com o Foco Livre para tudo o que for interessante aos nossos leitores. Apreciem!
Com carinho, respeito e gratidão; Anny Caroline Siqueira de Carvalho Editora chefe.
O Voo da garรงa, Lagoa do Mirim
ANDREI GARCIA
BELEZAS NATURAIS
Compre e concorra a um Toyota Etios
CERTIFICADO DE AUTORIZAÇÃO DA CAIXA Nº 6-0206/2014
Aberta todos os dias das 7:30h as 21:00h Inclusive Domingos e Feriados. De Dezembro à Fevereiro até a meia noite. Sorteio 30/12/2014. Todos os clientes que efetuarem compras acima de R$ 20,00 (vinte reais e seus múltiplos na Ferju terão direito a 1 cupom.
Camiseta FERJU a partir de R$ 3,90 Vestido floral a partir de R$ 19,90 Calรงa Jeans a partir de R$ 19,90 Camiseta HERING a partir de R$ 9,99 Havaiana Top a partir de R$ 13,90 Polo Fila a partir de R$ 39,90
(48) 3255-7186
FOTO MERAMENTE ILUSTRATIVA
MALHAS FERJU 8000M2 DE OFERTAS NO TREVO DE IMBITUBA- SAIDA 283 NORTE
BREVE 12.000M2
POLÍTICA IMBITUBA
Prefeito Jaison faz um balanço do ano de 2014 Jaison Cardoso concede entrevista à Foco Livre e expõe sobre os trabalhos já executados, planos para o futuro da cidade e também de seu grupo político. O prefeito Jaison Car doso fez uma avaliação da arrecadação e dos investi mentos feitos em seu go verno. “Num momento difícil entre as prefeituras de todo país, dados estes expostos na imprensa nacional, Imbi tuba teve a condição de ter minar o ano com as contas em dia e com um aumento de receita de aproximada mente 25%, o estado não chegou a 5%, e o pais ob teve menos de 2%. Com isso a gente consegue inve stir melhor na Saúde, Edu cação, Assistência Social e Infraestrutura”, afirma. O prefeito também relata que conseguiu terminar o ano com as contas em dia e re cursos em caixa para fazer os investimentos planejados para 2015. Na área da Saúde, além da estrutura física dos postos, Jaison investiu diretamente no cidadão que precisa de auxílio. “Tivemos uma taxa de 20% no atendimento pessoal na área de exames laboratorias, ultrasom, tomografias, ressonâncias, entre outros e 25% a mais na disposição de re médios”, conta. Jaison fez uma análise na situa ção da saúde em todo país, e viu que mais uma vez Imbituba altera o quadro de maneira positiva. Em Imbituba também há o maior repasse finan ceiro da região da Amurel para hospitais. Além disso está previsto para o ano que vem um re passe de R$400.000,00 (quatrocentos mil reais) a mais do que já é investido, totalizando quase
R$2.000.000,00 (dois milhões de reais), num hos pital que é de responsabilidade do Estado. “Quere mos um atendimento melhor na emergência, pois entendemos que é um dos setores mais impor tantes de um hospital, que decide entre a vida e a morte”, diz. Sobre a transferência da água e saneamento básico para a administração municipal, apesar de todos os problemas que isso gerou, Jaison ga rante que o mais importante é que a população é a maior beneficiada com as melhorias na estru tura de abastecimento e serviços. “Não tivemos o apoio das oposições, nem das pessoas da antiga empresa, mas a população nos apoiou, pois seria a maior beneficiada com a troca do sistema. Diver sos investimentos já foram feitos, e ainda têm-se
cerca de R$2.000.000,00 (dois milhões de reais) em caixa. Hoje de forma imediata as melhorias são feitas e planejamos novas construções de subesta ções para resolver os pro blemas de falta de água em alguns bairros. Quanto às melhorias no Transporte Público, no mesmo dia desta entrevista, Jaison recebia dois ônibus novos, que proporcionavam acessibilidade. “No primeiro momento investimos em ônibus mais novos, em seguida adquirimos dois ônibus zerados, logo refor maremos o terminal que os abriga e também implanta remos uma tarifa única em Imbituba”, declarou. Quanto ao futuro político, Jaison disse que se importa mais com a estabilidade do grupo que ad ministra Imbituba há dez anos. “Sem o apoio deste grupo não teríamos executado esse trabalho. Tenho certeza que somos o melhor governo desta cidade. Se vou à releição ou não, pouco interessa, mas sim a estabilidade desse grupo que trabalha por todos e que trouxe auto-estima para os ci dadãos. Minha luta é para que acima de tudo, isso continue. Não fico só no gabinete, eu saio bastan te, vou a todos os lugares, olho de perto as estra das que desejo pavimentar. Garanto à população que me empenharei ainda mais nos próximos dois anos, para mostrar efetivamente para que viemos até aqui”, concluiu.
SAÚDE E BEM ESTAR
PROJETO VERÃO 2015 O verão está chegando, preciso emagrecer!
Este é o pensamento que aflige muitas pessoas as vésperas do verão. Você não pode pensar que ter um corpo saudável é se cuidar por 3 meses du rante um ano inteiro. Não tenha pressa. O objetivo não é emagrecer para uma festa ou para o encon tro de sábado à noite, mas para o resto da vida. A ansiedade pode acabar levando você a comer mais ainda. O corpo saudável é a combinação de vários hábitos que praticamos e o equilíbrio nas escolhas de tudo que fazemos na vida. O ideal é seguirmos um estilo de vida saudável o ano inteiro, e ai sim, no final do ano focar no Projeto Verão. Dicas para o verão, que você pode adotar para toda uma vida com mais saúde e bem-estar: Use e abuse do filtro solar. Aplique o ano inteiro, mesmo em dias nublados. Use no mínimo FPS 30. Dê preferência aos que contém filtros solares físicos, como óxido de zinco e dióxido de titânio, as crianças agradecem; Beba bastante água, no mínimo 2 litros nos dias frescos e 2,5 litros quando estiver mais quente. Além de hidratar o organismo e eliminar as toxinas, a água reduz a sensação de fome; Pratique atividades físicas. Fazem bem para o corpo e para a mente, pois driblam o estresse
e lembram você do compromisso com uma vida mais saudável. Alimentação mais saudável com verduras, legumes e cereais. Evite frituras e gordu ras. Opte pelos integrais, pois contêm fibras, que aumentam a sensação de saciedade e ajudam no funcionamento do intestino.
Produtos que auxiliam no emagrecimento saudável: 5-HTP: o 5-hidroxitriptofano é a substân cia precursora da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar. Pode
por Fillipe Sgrott sgrott@hotmail.com
ser utilizado em casos de depressão, ansiedade, insônia, estresse, compulsão alimentar e ao au mento do desejo por massas e doces. L-Theanina: é um aminoácido não protéico en contrado naturalmente no chá verde. A L-Theanina induz o relaxamento sem sono, reduz os sintomas da TPM, reduz a ansiedade e o estresse, melhora a capacidade de aprendizado e o desempenho, aumenta a concentração, reduz a pressão alta. Garcínia cambogia: reduz apetite e o gosto pelo doce; Citrus aurantium: termogênico e diminui o apetite; Cassialamina: reduz a produção de gor duras; Faseolamina: diminui a absorção de car boidrato e melhora as concentrações de insulina e glicose; Chá verde: reduz a absorção de gorduras e aumenta a termogênese. Cavalinha: diurético, repositor de minerais perdidos e evita o acúmulo de gordura. Centella asiática: ativa a circulação sanguínea e serve como um diurético natural. *Estes produtos citados você encontra na Farmácia de Manipulação e Drogaria São Luiz. Fale com a equipe de atendentes e farmacêuticos.
Diretores sempre presentes no escritório participam ativamente para que objetivo seja continuado e consolidado.
Da esquerda para direira - Eliton (2º tesoureiro), João Batista (vice-pre sidente), Uander (2º secretário), Beto (gerente) e Anderson (presidente).
Uma ideia que deu certo! Fundada e administrada por caminhoneiros, a APRO CIMB é uma associação de amigos, caminhoneiros au tônomos, onde a diretoria trabalha com transparência e seriedade, reflexo do crescimento continuado e sólido. Anderson Nunis, o atual presidente junto ao gerente, Beto Pereira, ambos fundadores e mentores da APRO CIMB, são os responsáveis pela formação da atual dire toria. Juntos e unidos, através de um choque administra tivo, fazem esta associação ser uma das melhores do sul do Brasil, o que pode ser comprovado pela busca diária de caminhoneiros para se associar, vindos de várias ci dades brasileiras e principalmente do sul.
Junto com os caminhoneiros pelo Brasil! Sempre atentos para recuperar os caminhões furtados
APROCIMB - Entidade sem fins lucrativos foi fundada no dia 08 e janeiro de 2011 por caminhoneiros autônomos, donos e proprietários de veículos do transporte de cargas de Imbituba e Região, visto a necessidade de desenvolver atividades que beneficiem a classe, promovendo a aproximação e coopera ção, bem como representar, defender e lutar por seus inte resses e, ainda fornecer alternativa de segurança, relacionado somente ao seu veículo de transportes de cargas (colisão ou incêndio, roubo ou furto). Neste sentido, foi elaborado o Programa de Proteção da APROCIMB – PPA, que além do Estatuto Social, tem Regu lamento próprio que garante ao Associado, caminhoneiro au tônomo, ter seu bem garantido e segurado por custo justo e baixo.
OS NÚMEROS: 205 Associados com 125 Equipamentos Ativos COLISÃO: 19 Sinistros, sendo apenas 02 em 2014 FURTOS E ROUBOS: 10 Equipamentos roubados - 8 recuperados até o momento. 03 Associados com seu bem reposto e 01 foi resgatado.
Antônio Valdírio Duarte (Buda), o tesoureiro da APROCIMB trabalha intensamente e acompanha todo trabalho financeiro junto ao gerente, Beto Pereira.
Na foto acima, na DISE - Delegacia de Investigação sobre Entorpecente de São Bernardo do Campo/SP, da esquerda para direita, delegado Carlos Alberto da Cunha, André Luiz L Cardozo, associado que teve seu caminhão furtado recentemente, Beto Pereira, gerente da APROCIMB e Cristiano, investigador responsável pela megaoperação que envolveu cerca de 300 po liciais e 100 viaturas e resultou na apreensão de 60 veículos, 53 motores e 123 cabines, ambos de cami nhões, tendo sido cumprido 88 mandados de busca e apreensão e 50 mandados de prisão, durante a Ope ração “Não Pare na Pista”.
Rodovia SC 434 km 14, nº 2196 Araçatuba – Imbituba/SC www.aprocimb.com.br Dezembro, 2014. FOCO LIVRE > 17
TRABALHO E VIDA
Entrevista com o presidente da CERPALO, Nilso Pedro Pereira Por Fernando Carvalho e Anny Caroline Siqueira de Carvalho
O
s anseios, perspec tivas, tra balhos e lutas mar caram os ideais de uma sociedade cooperativista no município na déca da de 60. Com a necessidade de ins talação de energia elétrica, levaram um grupo abnegado de senhores a discutir um meio de suprir tal necessidade. Este grupo chegou a uma conclusão brilhan te, que foi a criação de uma cooperativa para atender essas necessidades. Após vá rias reuniões com lideranças da região e po líticos do estado, finalmente em 21 de maio de 1962, foi fundada a Cooperativa de Ele trificação Rural de Paulo Lopes. Desde sua fundação até os atuais dias, os associados puderam presenciar o trabalho administrativo de nove presidentes, inserindo o atual, Nilso Pedro Pereira. Atualmente a Cooperativa de Eletricidade de Paulo Lopes, agrega cerca de 8.000 con sumidores, atendendo de forma excêntrica quatro municípios: Imbituba. Garopaba, lma ruí e Paulo Lopes, e manda energia elétrica numa extensão de aproximadamente 700 km de rede em alta e baixa tensão. A Cooperativa de Eletricidade de Pau lo Lopes, uma empresa jovem e dinâmica, fica localizada na Rua João de Souza, 355 – Centro – Paulo Lopes/SC, e conta com uma sede bem localizada e bem estrutura da, dispondo das melhores instalações para atendimento ao cliente. Foco Livre- Nilso, como está a Cerpalo em Imbituba? Temos feito um ótimo trabalho dentro de nossas possibilidades, tudo ocorrendo bem e agora esperamos o verão que está che
onde tenho audiên cia mensalmente, já tive duas com Salomão, diretor geral da Neo e com todas as secretarias da própria Neo.
F.L- Qual lugar que a Cerpalo ocupa no estado? São vinte e duas cooperativas em Santa Catarina, somos a oitava no estado, e pelo trabalho e desenvolvimento somos ainda consideradas de pequena à média, porque temos grandes cooperativas na região Sul.
F.L - Esse final de ano você deixa o cargo de presidente, como foi estar nessa posição pelo período de três mandatos? Foram onze anos de administração, e dia 31 de mar ço acaba o último mandato, mas estou me candidatando mais uma vez. A gente acumula experiências, mas nunca sabe tudo, a cada dia aprendemos, por exemplo eu já fui vice da cooperativa, e sempre dizia o seguinte “não posso errar onde ‘eles’ erraram”, partindo deste princípio a gente já sabe como agir, e nesses onze anos eu fiz toda uma estrutura que compõe a Cerpalo. Antes havia só o galpão e nesse período fiz o que se encontra hoje em Ibira quera, toda rede de Paulo Lopes à Imbituba foi ao chão, então tivemos que fazer toda uma nova, e também promovemos a subes tação em Araçatuba.
F.L – A Cepalo conquistou para nossa região espaços na Fecoerusc. Como são esses espaços? O que representam? Fecoerusc é Federação das Cooperativas do Estado de Santa Catarina, somos vin te e duas cooperativas, cada uma com um presidente. Isso nos fez adquirir novos co nhecimentos, e ficamos por dentro do que acontece em nível de Brasil. Fui eleito vicepresidente da Confederação Brasileira a IN FRACOP. Isso também me deu conhecimen to a nível nacional que é o RJ, SP, PR, MT, SC e RS. Nossas viagens são para Brasília
F.L - Deixe uma mensagem final. Como presidente da cooperativa de Paulo Lopes Fecoerusc, do estado de SC, vicepresidente da confederação brasileira, quero desejar a todos os associados e consumido res da Cerpalo, um 2015 melhor do que os anos passados, e que nossa região progrida cada vez mais. Precisamos que as autorida des constituídas invistam em bons empreen dimentos, assim cresceremos todos juntos. Hoje a Cerpalo pratica um preço 7,26 mais barato que a Celesc, e isso já é convidativo, concorrência é sempre saudável. Um abraço em todos que confiam neste trabalho.
gando, e é o nosso pico de atividades. F.L - Quantos funcionários a Cerpalo tem na região? Sessenta funcionários, alguns em transi ção de papeis, mas em ativa são por volta de quarenta e quatro.
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE > 19
ANDREI GARCIA
BELEZAS NATURAIS
Rancho de pescador, prรณximo a centenรกria praรงa do Mirim.
PARA REFLETIR
A integração como indutor de um destino turístico Na edição passada da Foco Livre falamos de uma das possibilidades do que chamamos de economia criativa, naquele caso a criação de um arranjo econômico a partir do mar - em uma de suas possibilidades - a náutica. Agora vamos continuar trabalhando as possi bilidades da economia criativa, e abordaremos o turismo e suas primeiras necessidades. O turismo existe a partir do momento que se identifica, cria e se explora um atrativo. Em nossa região os principais atrativos são praia, férias, ve rão e seus entornos. Entretanto para que uma região possa desen volver seu turismo é necessário integração em to das as suas instâncias e possibilidades. Considerando a região dos Encantos do Sul te mos um número extraordinário de possibilidades que não são trabalhadas de forma integrada. Acima mencionamos a praia, as férias e o verão, pois são os atrativos mais populares de nossa re gião. Porém é nesta afirmação que encontramos a problemática principal que faz com que uma região não se torne um destino turístico reconhecido e explorado por viajantes. É fácil perceber que algumas regiões do país tenham uma identidade turística muito mais forte do que outras. Isso acontece porque há integra ção, reconhecimento local da atividade turística e planejamento para seu desenvolvimento. Na região Encantos do Sul nos faltam estes quesitos indispensáveis para o sucesso da meta de transformar a região em destino turístico. Não há integração efetiva dos equipamentos, não há roteiros e não há capacitação técnica para este salto. Quando falamos de integração devemos pen
sar em vários aspectos como, parcerias das ins tâncias públicas e privadas, integração dos equi pamentos entre si, dos municípios entre si, do comércio convencional com o trade turismo, dos serviços periféricos ao turismo e os equipamentos e outras necessidades prementes. Isto acontece por falta de iniciativa dos poderes constituídos, e da iniciativa privada também que poderia ser um provocador das políticas públicas. Há algum tempo, que algumas ações têm sido encaminhadas para que alcancemos a meta de tornar nossa região em um destino turístico reconhecido. A instância de governança Encantos do Sul é uma iniciativa pública, que agrupa poder público e iniciativa privada, tem dado passos im portantes para chegarmos ao objetivo. Nesta última semana de novembro acontece em Capivari de Baixo um seminário sobre turismo regional com foco no reconhecimento da região como destino reconhecido. No evento ou em qualquer outra instância é preciso debater a integração conforme citamos anteriormente neste texto. É desta forma que en contraremos os caminhos e as soluções. Mas é preciso perguntar: onde está o impeditivo para esta integração? O que dificulta é a falta de planejamento de tra de e do poder público, que como mencionamos têm feito algumas coisas neste sentido. Porém também é importante mencionar a falta de interes se e busca de oportunidade pela iniciativa privada. Os empresários têm tido preocupação com seus equipamentos em especial e o resultado é a sa zonalidade que desequilibra a sustentabilidade do conjunto turístico, pois sempre houve foco no turismo de férias, praia, e verão.
Esta falta de integração é que dificulta o reconhecimento do destino, pois gera um foco exclusivo. Para elucidar podemos citar outras pos sibilidades que acontecem de forma totalmente desagregada, como: caminhadas, passeios em trilhas, cicloturismo, passeios náuticos de diversas áreas, vinhos e vinhedos, turismo cultural, ecotu rismo, turismo de aventura, produção local de arte sanatos e agrícola e de produtos da cultura da re gião, além da possibilidade de integração sonhado por alguns idealizadores e do turismo Serra Mar, a maior e mais fantástica possibilidade que temos, e que tornaria duas regiões, a Encantos do Sul e a Serra catarinense, naquilo que pode ser um dos 5 destinos turísticos mais importantes do Brasil. É preciso repensar, debater extenuadamente, e encontrar as saídas desta situação de potencial para nos elevarmos a condição de efetivação. Imaginar e criar, organizar e principalmente inte grar o que já existe é um dos passos mais decisi vos e importantes para alcançarmos o reconheci mento como destino turístico. Em tese é criatividade. E é por isso que turismo está entre as principais industrias econômicas da economia criativa. Com criatividade podemos criar arranjos econômicos em muitas atividades hoje em segundo plano em algumas regiões do Brasil. Vamos integrar os atrativos, as cidades, os equi pamentos e criar os roteiros mais extraordinários que possamos sonhar. Assim iremos transformar uma atividade com dificuldades de equilíbrio finan ceiro e consolidação, numa das principais econo mias da região. Vamos gerar empregos, distribuir renda, e melhorar as nossas cidades. E aí vamos juntos? Jeser Batista e Ná Menegari.
Pilares da Ponte Anita Garibaldi de Laguna, a primeira ponte estaiada (suspensa por cabos) em curva do Brasil e tambĂŠm a segunda maior do paĂs.
Novembro 2014
por Anna Paula Cuadro facebook.com/annablanchardfotografa
ANDREI GARCIA
BELEZAS NATURAIS
Obras na Ponte estaiada de Laguna.
Novembro 2014
por Anna Paula Cuadro facebook.com/annablanchardfotografa
LIVROS CULTURA
Conheça a Biblioteca Pública de Imbituba Anny Caroline Siqueira de Carvalho
A Biblioteca Cônego Itamar Luís da Costa conta com novas adequações em seu espaço físico, para promover mais aconchego aos leitores. Além disso, diversas iniciativas culturais já foram tomadas, para aproximar o leitor da Biblioteca. Fique por dentro! Desde março de 2012, Gláucia Maindra está no comando das atividades na Biblioteca Pública Mu nicipal Cônego Itamar Luiz da Costa. Ao voltar para Imbituba ela pôde aplicar vários projetos que viu dar certo em outras cidades. “Trabalho para cons truir um bom relacionamento com a comunidade”, ressalta a importância de parcerias. Uma das mais recentes aconteceu em julho deste ano, quando a Biblioteca completou 39 anos e recebeu a doação de um acervo de livros e móveis do Ponto de Leitu ra e Cultura de Ibiraquera. Para marcar todos esses acontecimentos foi organizado o II Sarau Musical no dia 18 de julho. Gláucia então entrou em con tato com a designer de interiores Isabella Torquato e pediu uma orientação sobre como dispor estes móveis doados. “A partir daí, o layout da Biblioteca de Imbituba foi invertido, algumas estantes de livros foram relocadas e foi criado um lounge com pufes coloridos na entrada do espaço. As estantes triviais cinzas foram transformadas em mostruários para livros infantis, ganharam cores e tecidos. O teto do lounge foi rebaixado com placas de aramados. Es tas além de deixarem o local mais aconchegante, também se tornaram painéis de exposição. E al gumas paredes receberam cores para delimitar os ambientes”, explica Isabela Torquato, idealizadora do souIM, que reúne os ‘criativos’ de Imbituba. Ela ainda afirma “esse foi o start para uma mudança simples, mas com grande ganho para os frequen 26 < FOCO LIVRE, Dezembro, 2014
tadores do espaço”. Gláucia acredita que para a Biblioteca Pública funcionar, ela precisa assumir sua função social. Em Imbituba, os próprios leitores que frequentam a biblioteca, aos poucos se familiarizam com esta nova forma de gerir o espaço. “Às vezes, quando realizamos determinados eventos, somos questio nados se esta é realmente a função da Biblioteca. Eu digo que sim, pois é necessário que promo vamos além da leitura, o acesso à informação e cultura”, afirma a bibliotecária que trouxe as primei ras mostras de cinema alternativo para Imbituba, utilizando-se de contatos que adquiriu ao longo da carreira e de oportunidades disponíveis nas redes sociais. As ações mais significativas que firmam o compromisso social da Biblioteca foram a exibição do filme “O Renascimento do Parto” e a realização da “Hora do Mamaço”, ambos propostos pela co munidade. “Foi durante a organização do Mamaço, junto à Biblioteca Pública de Imbituba que o Ma ternarte nasceu. As mulheres que se envolveram, enquanto comunidade, na realização do evento, perceberam a oportunidade de unir forças e formar um grupo independente, com um trabalho contínuo para a promoção dos temas referentes à materni dade”, agradece Michelle Guterres Pazin, uma das participantes. Gláucia reforça que apenas com a participação da comunidade foi possível ousar em novos projetos. “Mas ainda dependemos muito do
poder público para incentivar essas ações”, ressal ta. A Biblioteca Pública via Sistema Municipal de Bibliotecas, Livros, Leitura e Literatura (SMBLLL) al meja um trabalho que abranja também às escolas. Mas para isso, primeiramente é necessário deixar o próprio espaço num padrão ideal, para assim auxiliar as outras bibliotecas na sua organização. O Encontro do Projeto “Mais Bibliotecas Públicas - Apoio à instalação e qualificação de Bibliotecas Públicas” realizado na cidade em maio pelo Sis tema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) da Biblioteca Nacional, em parceria com o Sistema de Bibliotecas Públicas de Santa Catarina (SBPSC) fortalece esse compromisso. Mas, para implantar o acompanhamento dos serviços oferecidos pela biblioteca é essencial a aquisição de um software de gerenciamento de suas rotinas, que possibilite facilitar o acesso a informação, além da sinalização do acervo, que permitirá que o leitor se guie e saiba onde está o material que procura. “A aproximação de nossos leitores ainda é tímida, mas comparado ao que era antes de assumirmos a coordenação, é muito satisfatório, e isso nos motiva a aprimorar”, afirma Gláucia. São quase 40 anos de existência, no entanto a Biblioteca Pública ainda conta com poucos regis tros de sua história. Por isso, uma das preocupa ções é compilar sua memória e buscar o que ainda
não é do conhecimento de todos. “Muitos ainda não sabem sobre a existência dos demais tipos de bibliotecas na cidade, como as comunitárias e escolares, e que podem também usufruir destas”, lamenta Gláucia, enquanto conta sobre os planos para fazer com que isto mude. Para isso, o cida dão precisa estar ciente de que ter uma biblioteca na escola é um direito básico, suprido pela Lei nº. 12.244 de 24 de maio de 2010.
dual de Cinema Infantil; participação na programa ção da XI Feira da Mandioca de Imbituba, com o Cine Cultura; segunda edição do Sarau Musical e o primeiro Escambo Literário, com Painel Intera tivo e Leituras Notívagas, atividades que passam a integrar o calendário anual da Biblioteca; interação com a comunidade e realização da Oficina de Ori gami, com Tiago Silvano; adesão ao Dia D - Dia Drummond, com exibição do longa-metragem Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade; o Espa Surgimento da “Entrelinhas” ço Literário da Biblioteca Pública começa a circular Para Glaucia, ultimamente um dos auges da dis em outros eventos, esteve na Semana da Baleia cussão em Imbituba é o movimento cultural. Muitos Franca, com o lançamento do livro infantil “O nas eventos já aconteceram, mas ainda se ouve falar cimento de Bartolomeu: um lindo filhote de baleia pouco da literatura na cidade. Por franca” e no 2º Festival Cultural isso, um grupo de pessoas, com o no Teatro Usina; inscrição para “Utilizei estratégias para aproximar a comunidade da biblioteca e intuito de movimentar esse cenário, participar da 9º Mostra Cinema e decidiu reunir-se na criação de uma Direitos Humanos na América do fazer as pessoas compreenderem que ela vai além de um espaço organização sem fins lucrativos. Da que preserva o saber, pois é um organismo vivo e em crescimento, Sul, onde a euqipe aguarda o re niele Freitas, integrante da organiza sultado; além de outras atividades que necessita dialogar com o público por meio de diferenciadas ção em processo de formação, ex já citadas, para 2015 prepararão ações de leitura para assim se manter.” plica que “a ONG Entrelinhas surge algumas novidades ainda em pla com o intuito de semear o interesse nejamento. pela leitura e escrita literária em Imbituba, para isso períodico de livros em suportes acessíveis pela buscará auxiliar e promover iniciativas voltadas ao Fundação Dorina; o recebimento de livros de diver Melhorias almejadas livro, leitura, literatura, bibliotecas, demais espaços sas áreas oriundos do SBPSC; e a mais recente, o Criação da Rede de Bibliotecas de Imbituba via de leitura e unidades de informação”. repasse em comodato da Secretaria de Educação Sistema Municipal de Bibliotecas, Livros, Leitura e de livros de literatura infanto-juvenil e na área da Literatura (SMBLLL); automatização dos serviços Leitura em braile e áudio-livro educação, oriundos do FNDE e demais de edito da Biblioteca por meio de um software de gerencia Um dos principais saltos que a biblioteca deu, foi ras nacionais. Também recebemos mensalmente o mento de suas rotinas; descentralização do acesso fornecer os suportes de leitura em braile e áudio- jornal literário Rascunho e o Jornal Expressão Uni à informação e leitura; ampliação e renovação do livro oriundos de doações da Fundação Dorina, e versitária. Além de inúmeras doações da sociedade acervo da biblioteca; fortalecimento de parcerias capacitar através da Oficina de Leitura Inclusiva, civil. para expansão dos serviços já prestados; e novas bibliotecários, educadores, profissionais da leitura parcerias para o desenvolvimento de outros proje e demais interessados. Um evento realizado a nível Principais eventos promovidos pela Bibliotos. Para tal, Gláucia agradece ao Governo de Im estadual, em parceria com a Fundação Catarinen teca em parcerias bituba pelo apoio e pela autonomia nas iniciativas se de Cultura (FCC), através do Sistema de Biblio A programação do Circuito FAM - Florianópolis da Biblioteca. E agradece especialmente aos que tecas Públicas de Santa Catarina (SBPSC), em Audiovisual Mercosul, desde 2012; segunda edi junto partilham hoje dessa caminhada: Janete Cos parceria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos ção da Mostra Melhores Minutos do Festival do ta, Laiane Martins, Luan Ramildes e Gabriel Ramos. e Secretarias de Cultura e Educação do Governo Minuto na cidade; exibida em 2013 a Mostra do de Imbituba. Filme Livre; neste ano recebeu-se o Circuito Esta Renovação do acervo da Biblioteca O investimento do Poder Público em 2014 no acervo da biblioteca foi focado nas obras de litera tura indicadas ao vestibular da Universidade Fede ral de Santa Catarina (UFSC), recursos que os es tudantes necessitam para sua aprovação. A soma representativa de ampliação do acervo foi oriunda de doações e repasses, dentre eles a doação de livros na área de educação, ciência e cultura via UNESCO – Organização das Nações Unidas; im portantíssima oficialização do repasse do acervo do Ponto de Leitura e Cultura de Ibiraquera, pelo Conselho Comunitário de Ibiraquera (CCI); o envio
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE > 27
28 < FOCO LIVRE, Dezembro, 2014
ANNA PAULA CUADRO
PONTE DE LAGUNA
CIÊNCIA ESPACIAL
Philae encontra moléculas orgânicas no cometa onde pousou Philae, o módulo da missão Rosetta que pousou em um cometa, detectou moléculas orgânicas na atmosfera dele. Os cientistas ainda não sabem exatamente o que são essas moléculas, mas elas poderiam ajudar a explicar o início da vida na Terra. Na verdade, este foi o principal motivo para enviamos a Rosetta até um cometa solitário no Sistema Solar. Moléculas orgânicas são aquelas que contêm carbono. Nós somos formas de vida baseadas em carbono, portanto somos todos feitos de tais moléculas – mas elas podem ter origens extraterrestres. Simulações sugerem que, quando a radiação ultravioleta bombardeia partículas de gelo, ela pode formar moléculas orgânicas no espaço. Por sua vez, os cometas podem ter trazido essas moléculas para a Terra, fornecendo a base para a vida em nosso planeta. A equipe da Rosetta esperava encontrar moléculas orgânicas no cometa 67P/ChuryumovGerasimenko, mas não sabia exatamente qual. Poderiam ser moléculas orgânicas simples como o metano, confirmando o que temos observado de longe nos cometas. Ou poderiam ser moléculas mais complexas, como aminoácidos, que compõem as proteínas. Eles podem ser imagens espelhadas um do outro, sendo “canhotos” ou “destros”. Os cientistas estão há muito tempo intrigados porque a maioria dos aminoácidos na Terra é canhota. Se encontramos o mesmo no cometa, isso daria credibilidade à teoria de que a vida no planeta foi semeada por cometas. As moléculas orgânicas foram encontradas na atmosfera. Para obter mais detalhes, os cientistas terão que analisar amostras retiradas abaixo da superfície do cometa. O módulo Philae até perfurou o solo, mas a ESA (Agência Espacial Europeia) diz que ele não conseguiu retirar amostras – o experimento parece ter falhado. Pode haver outra chance de o Philae receber mais luz solar, à medida que o cometa se move em direção ao Sol. Enquanto isso, o módulo está hibernando, mas os cientistas ainda estão trabalhando duro para analisar os dados que ele enviou à Terra. O módulo Philae fez um pouso falho no cometa 67P/C-G, quicando duas vezes até cair na sombra de um penhasco, onde seus painéis solares não conseguem obter luz o suficiente.
Ponta da Custódia, primavera em Imaruí.
ANDREI GARCIA
BELEZAS NATURAIS
Construção da Ponte de Laguna
ANNA PAULA CUADRO
NOSSO ESTADO
FÉ E AMIZADE
Movimento de Irmãos de Imbituba finaliza ciclo No mês de novembro, os coordenadores, casal Cizão Pires Fermino e Goreti Pires Fer mino, finalizaram uma gestão de um ano, e contam como foi estar à frente do Movimento de Irmãos da Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição de Imbituba. O Movimento é composto por mais de 90 casais que trabalham pelo bem da comunidade.
Em novembro de 2013, Cizão e Goreti assumiram o Movimento de Irmãos de Imbituba, mas só iniciaram os trabalhos em janeiro deste ano. Para quem não sabe do que se tra ta, o Movimento de Irmãos faz parte da Igreja Católica e tem como objetivo dar estabilidade e estrutura espiritual para a família cristã. O movimento de irmãos foi fundado em Curitiba, nos anos 70, pelo Monsenhor Bernardo José Kraisinski, então vigário da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba – PR, que deu o primeiro passo de um de sejo que acalenta va há muito tempo: formar uma comu nidade verdadeira mente cristã, sus tentando a base da sociedade. Não existe eleição no Movimento de Ir mãos, os cargos são por escolha. “Se eu achar que qualquer casal tenha condições, meu voto irá para ele, e o que tiver mais votos é eleito. O voto é secreto e individual, inclusive entre casa is, um não interfere na escolha do outro”, explica o casal, que foi eleito com cerca de 77 votos. O número 7 é especial para o casal, por diversos motivos. “Sabemos da grande responsabili dade que é estar à frente do Movimen to”, disse o casal, que muitas vezes se 34 < FOCO LIVRE, Dezembro, 2014
deslocou para participar de reuniões de aprimoramento em dioceses de cidades vizinhas. O planejamento para o desen volvimento deste trabalho é muito estra tégico, são sete paróquias que fazem parte da “área 2” e que requerem a pre sença dos líderes de diversos setores, em reuniões que acontecem uma vez ao mês. O objetivo do Movimento de Irmãos é
também estimular a prática da solidarie dade. “Um sábado por mês nós visita mos os doentes no hospital, levamos o violão, cantamos e rezamos em cada quarto. Num domingo por mês vamos à Casa de Repouso e fazemos o mes mo.”, disse o coordenador Cizão, que junto ao grupo também promove cam panhas de arrecadação de bens ne cessários. “Gostamos de fazer nossas serenatas na porta das casas dos casais
que participam do Movimento. Cada um retribui com doações. Essas doações são entregues aos casais líderes, que representam as paróquias locais, pois eles conhecem as necessidades da comunidade”, disse. O Movimento tam bém contribui anualmente com o bingo da Apae e promove diversos eventos. Todos esses irmãos são incentivados a participarem através de reuniões nas paróquias e tam bém em domicí lios. “Temos 11 grupos, cada um tem um líder e nós repassamos as atividades à esta liderança”, explica o casal. Deste modo o Movimento consegue realizar muitas atividades por ano, incluindo datas comemo rativas à família, aniversários de casamento e even tos esportivos. Com certeza, a coordenação do Movimento foi um desafio delicioso para o casal, que agradece imensamente às lideranças que os ajudaram a fazer um trabalho compromissado, aos casais que participaram e aos setores que de sempenharam com alegria e responsa bilidade suas funções, correspondendo às expectativas do casal coordenador. “Foi por isso que nossa coordenação deu certo. Cada um fez sua parte”, fi nalizaram.
BELEZA FEMININA
edição especial
MORAR
ESPECIAL MORAR
Entrevista com o corretor de imóveis,
GILBERTO PIRES
mentos, a cidade é outra, temos bastante oferta e o ramo imobiliário se expandiu muito. GJ – O senhor trabalha também na região, ou somente em Imbituba? Temos alguns contatos com corretores da região, mais o nosso forte é Imbituba, e princi palmente as praias de Ibiraquera e Ribanceira, locais privilegia dos. GJ - Como o senhor vê as leis ambientais para o crescimento imobiliário? Eu penso que tem que ter uma legislação severa, não per mitindo construção onde é área de proteção ambiental, porém, às vezes se encontra alguns obstáculos, pedimos a viabi lidade e dizem que fica perto GJ - Há quanto tempo o das dunas ou restingas, até se senhor trabalha como correspeita. Mas existem situações retor de imóveis? Como se que deveriam ser melhor anali encontrou nesta profissão? sadas. Trabalho há sete anos com a minha filha Tatia com Educação há mais de 30 anos, fui diretor do GJ - O aluguel ainda está na moda ou as na Pires, ambos temos a credencial para atuar na Colégio Annes Gualberto, secretário de Educação pessoas preferem comprar o imóvel? área. no governo do Luiz Dário, e ao longo desses anos Hoje as pessoas têm optado pela compra de Corretor de imóveis é um especialista da venda, fiz muitas amizades e contatos, isso abriu muitas imóveis, o mercado financeiro oferece várias op um profissional que ajuda o cliente a não se de portas. ções de crédito. Tem também o programa do cepcionar e a consolidar os projetos no ramo imo GJ - Como o senhor vê o mercado imobigoverno, “Minha Casa, Minha vida”. Mas existem biliário de forma mais segura. Não muitas restrições quanto a docu basta ser inscrito no Creci, é pre mentação de terrenos e casas em ciso conhecer bem a atividade de “Imbituba tÊm vários prédios vários empreendi- Imbituba, a grande maioria só tem um corretor de imóveis. Sucesso mentos, a cidade é outra, temos bastante ofer- escritura do terreno, não é averbada é uma questão de perseverança e a casa isso implica no financiamento. ta e o ramo imobiliário se expandiu muito”. atitude. “Nesses sete anos como GJ – Deixe uma mensagem corretores de imóveis fizemos par final. te da história de várias pessoas, que tornaram-se liário de Imbituba e região? Gostaria de agradecer a oportunidade de fazer amigas. A profissão de corretora vai além da ven O mercado está bem ascendente e bem aque esta entrevista e contribuir mostrando nosso tra da, é a busca por conhecimento, trabalhar muito e cido, sempre vendo imóvel , não posso reclamar balho. realizar sonhos”, conta Tatiana Pires. é difícil o mês que agente não vende, estamos Desejo saúde a todos e que 2015 seja um ano GJ - O que despertou o interesse de tra- felizes. de vários e bons negócios. balhar nesse ramo? Imbituba tem vários prédios vários empreendi
FOTO: ANNY CAROLINE
Gilberto trabalha na área da Educação. Mas por ser um morador antigo do bairro, as pessoas o procuravam constantemente em busca de infor mações sobre casas e terrenos. Por isso, junto à filha Tatiana Pires, ele decidiu se aventurar numa nova profissão, e através de muito trabalho e de dicação, ambos são corretores de imóveis há sete anos, desde 2007. Honestidade e trabalho duro são características do pro fissional. Pai e filha são creden ciados pelo CRECI/SC, aten dendo seus clientes na Praia da Ribanceira, em Imbituba/SC, e também pelo telefone, qualquer dia da semana. Nesta entrevista Gilberto expõe os desafios do mercado em nossa região.
Somos moradores antigos do bairro, e as pes soas nos procuravam em busca de terrenos ou casas para comprar, então resolvemos fazer o cur so e nos formar para trabalhar nessa área. Trabalho
SAÚDE E BELEZA
com Joane Gabrielle
Acadêmica de Cosmetologia e Estética
Como chegar bem na melhor idade Hoje em dia todos querem viver bem, com qualidade de vida. Na televisão, nas revistas, a mídia sempre vem trazendo receitas para se viver bem e por muito mais tempo. Hoje a taxa de pessoas que chegam além dos oitenta anos está aumentando, e o melhor é que essas pessoas estão chegando muito bem, com saúde física e mental. Cuidados como alimentação e exercícios fazem toda a dife rença pra quem quer chegar bem na melhor idade. Alguns alimentos que contém natural mente substâncias essenciais para serem consumidos todos os dias. Exemplo de ali mentos para por no cardápio diário são: A laranja, rica em vitamina C pode ser incluída
de diversas formas no cardápio como suco ou em saladas. A castanha do Pará é rica em selênio, incluir ela em sua alimentação
diária pode fazer toda a diferença, ajudando a emagrecer e evitando doenças graves, como o câncer. Chocolate negro, o famoso chocolate amargo, rico em flavonóides, é um
ponto positivo para os diabéticos, pois tem o poder de baixar a insulina no sangue, além de ser um poderoso antioxidante. Prefira cereais integrais, como pão integral, arroz integral e o macarrão integral, pois nos so corpo absorve melhor seus nutrientes encontrados neles. Além de uma boa alimentação, exercícios são fundamentais para nosso corpo chegar lá da melhor forma, caminhadas são uma boa pedida pra quem gos ta de se exercitar sem ter mui tas lesões, 30 minutos diários são um santo remédio para o corpo, não se esquecendo da importância de alongar-se antes e depois dos exercícios.
UMA REFLEXÃO
Sempre teremos um novo dia!
Nunca imaginei ser professor e muito menos professor uni versitário, o desafio foi e está sendo grande. Por isso, preci samos nos esforçar e acreditar em cada potencial que temos. Existem muitos dentro de cada um de nós. Hoje me vejo muito mais experiente com essa fase de estar em sala de aula. Tenho muito o que explanar sobre essa turma de Logística do Polo IEP Uniasselvi de Imbituba, uma turma que sempre está a frente do seu tempo, principalmente quando se trata de debate sobre nossa área de Logística. Estamos nesse ca minho porque o país precisa mudar sua maneira de renovar a logística dos serviços, a começar pelas estradas e outras vias
que não são suficientes para fazer esse Brasil gigante crescer. A palavra crescimento vem junto com pensamento de tornar o meio logístico mais rápido e eficiente, embora existam os gargalos por todo país, sabendo disso, o ope rador logístico precisa se atentar para possíveis atrasos. Aqui neste espaço desejo ho menagear toda turma de Logística 0172 por sua garra e determina ção diante dos obstáculos. Parabéns para estes acadêmicos que acreditam no desenvolvimento de Imbituba. Agradeço imensamente as professoras Ieda e Alba pela oportunidade a mim oferecida. FERNANDO CARVALHO tutor de Logística
Atomium A Torre Eiffel de Bruxelas Por Wilson Zambardino ex-editor de arte jornal Lance!
Depois da Feira Mundial que onde fizeram a Torre Eiffel, para não ficar atrás dos Franceses, os belgas fizeram o Atomium em outra Feira Mundial em Bru xelas. Tem a altura de um prédio de 18 andares e você anda por dentro dele todo e pra completar tem um restaurante lá em cima. Na época, e acho que até hoje, é uma das construções de engenharia mais fantásticas que existem no mundo.
Com 103 metros de altura, o Atomium representa um cristal elementar de ferro ampliado 165 mil milhões de vezes, com tubos que ligam as 9 partes formando 8 vértices. As esferas de ferro com cerca de 18 metros de diâmetro estão ligadas por tubos com escadas no seu interior, com um comprimento de cerca de 35 metros. As janelas instaladas na esfera do topo oferecem aos visitantes uma vista panoramica da cidade.
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 47
UM LAR AZUL
No bairro do Village, em Imbituba, um ambiente aconchegante chama a aten ção. É a casa da dona Maria da Graça, que com muito carinho e zelo, matém o ambiente bonito e bem cuidado. Segundo dona Maria, que nos rece beu, ela morou muitos anos na “Rua de Baixo”, às margens da Praia do Porto, onde Imbituba iniciou. Hoje mora com a filha, o genro e os netos, num bairro tran quilo da cidade. A cor favorita dela é a azul, e ela faz a manutenção da tinta com frequência, para a mesma sempre resplandecer em contraste com as janelas brancas. A calçada ela fez estilo Copacabana, a janela com vitrais coloridos, e as estantes cheias de porta retratos e bibelôs, alguns que a filha dela, Viviane,confecciona. Dona Maria é feliz com seu lar, pois ela acredita que ele tem a sua essência, já que cultiva em cada detalhe o apreço pela família e pela organização.
EDIÇÃO MORAR
Roel Ruiz Corretor
completa 27 anos
O
corretor Roel Ruiz herdou a imobi liária do pai. “Na época em que eu morava em Recife, meus pais se sepa raram e meu pai me ofereceu a compra da imobiliária”, disse o empresário, que se orgulha de tudo que aprendeu, e da oportunidade que teve de administrar um negócio pré-estabelecido em Imbi tuba. No dia 05 de setembro a Roel Ruiz Corretora completou 21 anos de credi bilidade e serviços prestados à região, contando com os seis anos de adminis tração de seu pai, somam-se 27 anos de história da empresa Roel Ruiz Corretora. “Os três primeiros anos de adaptação no mercado imobiliário foram difíceis. Eu comecei a trabalhar com vendas aos 14
anos no Irmãos Candemil, mas no ramo de imóveis, é outra história, não é só sa ber vender. Antigamente sofríamos muito com a seleção para entrar nesse ramo, hoje está tudo mais facilitado”, ressaltou. Se existe uma coisa da qual Roel se orgulha é dos bons frutos da honesti dade. “Foram diversas estratégias para se adaptar às mudanças no mercado, todas elas executadas com muita em patia com o próximo, e também sempre buscando especialização no ramo dos estudos desta área”, afirmou o corretor. Hoje a Roel Ruiz conta com mais de 160 imóveis para vender, e mostra que tem selo de qualidade, garantia e cre dibilidade junto ao crescimento de Imbi tuba.
Sobre política, Roel reconhece que em Imbituba falta mais empenho real que seja revertido em benefícios para o município. Roel está feliz com o filho Rafinha, que já termina o Ensino Médio e pensa em fazer Direito, e a esposa Cláudia que decidiu engrenar no ramo da imobiliá ria ao lado dele, recentemente. “Quero continuar com esse engajamento e te nho a intenção ter a minha construtora. Faz tempo que persigo este sonho, e agora tudo está encaminhado. Tem uma frase que gosto muito, que diz que se pode-se enganar muita gente por pouco tempo, mas nunca enganar muita gente por muito tempo, creio que a partir daí vemos nossos 37 anos de história”.
UNIVERSO ZEN
Mandalas decorativas, um estímulo positivo no ambiente A mandala é originária da Índia, onde o símbolo representa harmonia. A artesã e terapeuta Adriana Santos Antunes acredita que as mandalas deixam a casa com mais espiritualidade, levantam o astral e estimulam a criatividade.
O significado de cada cor Vermelho: é estimulante afasta a depressão, tira o desânimo. É a cor das conquistas, das paixões e da sexualidade. Quando a cor vermelha está em uma mandala ela precisa ser bem usada por que ela pode causar irritação ou tirar o sono. Amarelo: é ativadora e dinâmica, age sobre processos mentais. O amarelo afasta as ideias fixas e au menta a capacidade de raciocínio. É a cor da inteligência e da criatividade. Laranja: é restauradora e regenera dora, traz recuperação depois de um processo destrutivo e a capacidade de refazer o que não está certo. É a cor da coragem, da restruturação e da melhora. Verde: é calmante e equilibradora. O verde melhora qualquer estado físico negativo e energiza o corpo e a alma. Quando uma mandala tem a cor verde, suas vibrações são sem pre bem energizadas e, seja em que nível for, é benéfica para todos. As mandalas de lã são produzidas pela artesã Adriana, que também dá aula de danças circulares e é terapeuta holística, hábito que adquiriu após provar os benefícios na própria vida. “Quis que todas as pessoas tivessem a oportuni dade de conhecer isso, porque me fez muito bem”, afirma. Ela trabalhou durante muito tempo numa clínica de fisioterapia, mas sentia vontade de abordar o aspec to espiritual com mais liberdade, por isso montou seu próprio espaço terapeutico. Mandala é uma palavra que vem do
sânscrito, que significa círculo. Univer salmente a mandala é símbolo da to talidade, da integração e da harmonia. Pode ser utilizado na decoração de am bientes, observando os significados das cores, para atingir os benefícios dese jados. “A mandala sempre me traz um centramento, um equilíbrio”, explica so bre sua paixão. Adriana acredita que em tudo há uma troca de energia. Encomende sua mandala pelo tele fone (48) 9927-3559.
Azul: traz equilíbrio, paciência, har monia e serenidade, tranquiliza o cor po e a mente. Ajuda nos casos de insônia e estresse. Violeta ou lilás: é profundamente espiritual, mística e religiosa. O violeta atua sobre quem está espiritualmente desequilibrado, descrente e sem co nexão com as forças divinas. Quan do uma mandala tem cor lilás ela lim pa e isola o ambiente em que está.
TURISMO EM IMBITUBA
O turismo e a economia de Ibiraquera Manoel Souza Corretor de Imóveis explica os motivos de tantos investimentos naquela região. Manoel acre dita que o mer cado imobiliário de Imbituba está numa crescen te. “Os grandes investidores vem até nossa cidade através do porto. Se somos a 25ª economia do es tado, entre 295 municípios é por que temos algo a oferecer”, diz. Manoel se sente privilegiado por morar na região de Ibiraquera, pois diversos investimentos têm reconhecido o valor da quela região. “Trabalho junto à minha família, e cada vez mais buscamos aperfeiçoamento, pois o clien te está cada vez mais exigente. Eu não tenho hora para mostrar os imóveis, atendo nos finais de se mana também, pois o pessoal de outras cidades só tem tempo nesse período”, conta, exemplificando sua flexibilidade. À direita é o mar, à esquerda é a lagoa, por isso o turismo e a infra-estrutura na Barra da Ibiraquera
são referências fortes em toda região. “Temos divertimento para toda a família, da criança ao ido so”, afirma Ma noel. Além de toda beleza na natural, têm-se a área industrial que vai até o bairro de Nova Brasília e atrai diversas famílias em busca de totali dade em qualidade de vida. O corretor acredita que em no máximo dez anos acontecerá um crescimen to estrondoso em Ibiraquera, que se alastrará por toda a cidade. “A exigência principal do cliente é ter proximidade com a natureza e ao mesmo tempo com o desenvolvimento econômico”, explica. Manoel agradece a Deus pela saúde para ocupar este espaço e a vontade de acolher bem a todos. “Em qualquer seguimento da sociedade é importan te ter esta concepção, por isso nossa equipe têm se doado muito”, finaliza.
Agosto, 2014. FOCO LIVRE > 57
CORRETOR DE IMÓVEIS “Imbituba me trouxe vontade de crescer e de buscar os meus sonhos”.
Entrevista com
Luiz Fernando Oliveira Luiz Fernando Oliveira é corretor de imóveis em Imbituba, e conta um pouco de sua história na cidade. Por Fernando Carvalho e Anny Caroline Siqueira de Carvalho
F
oco Livre- Luiz Fernando, como é que você descobriu a cidade de imbituba? O que você veio fazer aqui pela primeira vez? Vim para Imbituba com 16 anos, e vim para surfar. Surfei na Vila e gostei, e com o decorrer dos anos, tive pro blemas na minha família por causa da violência que passamos lá em Porto Alegre, e isso acabou me fazendo procurar um lugar mais tranquilo e belo para se viver. Aqui em Imbituba, escolhi a Praia de Itapirubá. Morar na praia era um sonho de juventude. Em 1999 comprei meu primeiro lote, no ve rão de 2000 comprei o segundo, aonde veio a ser uma pequena mercearia e após seis anos de luta, minha mercearia se transformou em um mercadinho que cresce todos os anos. Eu decidi ser corretor porque de repente as pessoas começaram a me perguntar e a me pedir para alugar umas casas, arranjar terrenos e etc. Para isso, voltei a estudar, terminei o segundo grau, na época do prefeito Beto Martins. Emocionei-me muito no dia que recebi meu diploma, Imbituba me trouxe vontade de crescer e de bus car os meus sonhos. Assim, o negócio imobiliário ganhou espaço na minha vida. Acredito que a Praia de Itapirubá seja um dos bairros mais valorizados do município, em questão de imóveis, terrenos e belezas naturais. O mercado imobili ário é sazonal, principalmente nessa região, onde o verão mo vimenta a economia. As pessoas que vem para nossa cidade buscam tranquilidade e equilíbrio, e isso me orgulha muito em estar aqui. Sempre digo, moro em Itapirubá há 12 anos, e acredito na força que este local representa para todo o estado. F.L- Fale um pouco de suas parcerias no ramo profissional. Faço parte de um grupo que se chama RIASC, onde temos parceria com personalidades do ramo imobiliário em todo o município de Imbituba, Garopaba, Laguna e Tubarão. Mas eu sou focado muito no meu bairro de Itapirubá, o que eu tenho 58 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
fora passo aos meus colegas da região. FL- Nesse ramo, credibilidade é importante. Por exemplo, o modo de tratar o cliente, não só apenas fazer um negócio. Acreditas nesse princípio? Com certeza, acredito que acabamos formando um vínculo de amizade, uma vez um corretor amigo meu mais experien te me disse algo importante: “no negócio imobiliário funciona assim, são três pernas, o comprador, o vendedor e o corretor, que formam um trio de amigos que se multiplicam”. Não esqueci essa lição. Também temos que ter honestidade e transparência, isso é muito im portante. F.L- Sua família gosta de morar aqui? Eles sofrem um pouco com a dis tância dos lazeres, pois viemos de uma cidade grande e agitada. Mas mi nha esposa sempre me apoia e esta há 14 anos firme comigo nesse em preendimento. Estamos muito felizes de morar nessa cidade, nossos familia res nos visitam e agora teremos também essa ponte de Laguna que facilitará ainda mais esse acesso. F.L- Deixe suas considerações finais. R- Minha mensagem é: sempre praticar a verdade, por pior que seja, sempre prevalece, mesmo que as vezes ela seja contra nós. Assumo todas as situações em minha vida. Perdi cedo meu pai que era meu parceiro, mas ele deixou plantado dentro de mim o amor e a amizade, que estão As pessoas que vem acima de todas as van para nossa cidade bus tagens que um negócio cam tranquilidade e equilí pode oferecer. Temos brio, e isso me orgulha que dar valor ao amigo, muito em estar aqui sorrir mais, e honestida de sempre.
“
} ”
Luiz Fernando Corretor de Imรณveis.
TENDÊNCIA DE DECORAÇÃO
Estilo cigano O colorido e desigual está em alta para as almas alegres, que apreciam a energia que cada cor trans mite, por isso, a Foco Livre apresenta o “estilo cigano”, inspirado num povo que vivia livre e longe das padronizações sociais. Apreciem esta riqueza, que deixa vestígios da nossa natureza mais selvagem
60 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
Os ciganos são um povo sem escrita. Eles nunca deixaram nenhum registro que pudesse explicar suas origens e costumes. Suas tradições são trans mitidas oralmente. A dificuldade em se fixar, o con ceito quase inexistente de propriedade e a forma com que lidam com a morte (eliminando todos os pertences do falecido), dificulta ainda mais o tra balho de pesquisa. O universo cigano é tão antigo e extenso, tão cheio de crenças e histórias que nem mesmo seu povo conhece bem o limite entre ver dade e lenda. A história dos ciganos é toda base
ada em suposições. Definir a identidade cigana é bem mais difícil do que parece. Subdivididos em 3 principais etnias (rom, calon e sinti), eles não constituem um povo homogêneo. Nem todos são nômades. Nem to dos falam romani. Nem todos dançam ao redor de fogueiras ou usam roupas coloridas. Podem ser pobres ou ricos. Podem ser cristãos, muçulmanos, judeus. O que faz deles um povo é uma sensação comum de não serem gadgés – como eles chamam os não-ciganos.
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 61
UMA CONSTRUÇ Chalé Quatro, residência oficial do primeiro
62 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
ÇÃO HISTÓRICA administrador do Porto de Imbituba, Henrique Lage.
Por Manoel de Oliveira Martins
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 63
“As mulheres que faziam parte da família Catão, Dona Zita, Dona Lourdes Catão e Dona Sônia da Cruz, realizavam grandes festas no Chalé Quatro, com convidados de Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo.” Henrique Lage, ao chegar a Imbituba em 02 de novembro de 1912, teve logo uma preocupação: construir a estrutura para o porto, bem como as residências para os funcionários. Começou imediatamente a construção da Usina Elétrica para gerar energia para o porto e para as famílias até então existentes na Vila. A partir de 1915 começaram as primeiras construções. En tre 1920 e 1934 foram edificados prédios para a Usina Elétri ca, armazéns do Porto, escritório central, oficinas e uma coo perativa de alimentos para funcionários. No mesmo período, foi construída a caixa d’água, até hoje existente, no Morro do Mirim, como era conhecido. A caixa d’água é até hoje um local turístico, embora esteja abandonada tanto pelo porto, quanto pelo município. A caixa d’água é um pedaço da história de Imbituba. Em 1920 Henrique Lage já inaugurava o Imbituba Hotel, até hoje existente, porém, abandonado. O Imbituba Hotel foi inaugurado com grande festa, com con vidados vindos do Rio de Janeiro. Os talheres do Hotel eram
64 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
todos de prata. O primeiro gerente foi Manoel da Costa Moure, português que veio do Rio de Janeiro para Imbituba a convite de Henri que Lage. Era conhecido como “Manoel Gerente, pai do se nhor Maurício Costa Moure. A partir de 1920, Henrique Lage ordenou ao seu assessor imediato, engenheiro Álvaro Monteiro de Barros Catão, que iniciasse as construções de residências para os engenheiros e funcionários do porto. Assim nasceram as casas da Vila Operária, muitas existentes até hoje, e os chamados chalés, que eram residências de luxo na época. Foram construídos o Chalé Quatro, a residência oficial do primeiro administrador do Porto, Henrique Lage, Chalé Três, onde morava o administra dor da Granja Henrique Lage, engenheiro agrônomo Dr. João Rimsa, Chalé Seis, Chalé Dez e Chalé Onze, onde morou por muito tempo o engenheiro Edgar de Sá. Até hoje o Chalé Três faz parte do espóçio da Indústria Cerâ mica (que pertencia a João Rimsa). O engenheiro Ernani Biten court Cotrin Filho, ocupava com a família o Chalé Seis.
Até hoje o chalé quatro mantém móveis clássicos que conservam uma concordância com a arquitetura usada no prédio. Na imagem podemos ver os detalhes da sala de estar. Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 65
66 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
A arquitetura do chalé quatro exemplifica o que estava em alta na arquitetura na época de sua construção, visto que seu papel era hospedar o primeiro administrador do porto. Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 67
68 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
Após a morte de Henrique Lage, no dia 02 de julho de 1941, o Chalé Quatro passou a ser ocupado pelos novos administradores do porto (Companhia Docas de Imbituba), a família Catão. Dr. Francisco Bocaiu va Catão e seu irmão Dr. Álvaro Catão, passaram a ocupar o Chalé Quatro. As mulheres que faziam parte da família Catão, Dona Zita, Dona Lour des Catão e Dona Sônia da Cruz, realizavam grandes festas no Chalé Quatro, com convidados de Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo. O famoso editor da revista O Cruzeiro, Gustavo Barroso, era um dos freqüentadores do Chalé Quatro, a convite do grupo Catão. Vicente Celestino e esposa Gilda de Abreu eram frequentemente convidados para descansar em Imbituba, como hóspedes da família Catão, no Chalé Quatro. Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 69
Preocupação com os detalhes
Av. Santa Catarina, 187 - Loja 02 Centro - Imbituba/SC (48) 9630-8276 (48) 3255-1821 www.monaco.ind.br 70 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
LÉO FREITAS LÉO FREITAS LÉO FREITAS
LÉO FREITAS
A Mônaco foi fundada em 2006 com o objetivo de produzir móveis sob medida de qualidade, sempre uti lizando matéria prima de ótima procedência, criando assim, um produto com longa durabilidade. Cada pro jeto é elaborado na medida certa, sem excessos, feito com muita dedicação, atendendo as necessidades de nossos clientes residenciais, comerciais e corporati vos. Uma de nossas prioridades é otimizar o ambiente de forma que este não perca sua personalidade, man tendo-o aconchegante, elegante e ao mesmo tempo descontraído. Não trabalhamos com móveis modula dos, estes produzidos em série, pois criam limitações e bloqueiam a criatividade. O ramo da decoração está em constante mudança, isto nos deixa cada vez mais fascinados e encantados. O mobiliário para nós não tem limites, seja em nossas criações (projetos), na aplicação de materiais, ilumina ção ou decoração.
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 71
Azulejos,
beleza sem fim
O termo azulejo designa uma peça de cerâmica de pouca espessura, geralmente, quadrada, em que uma das faces é vidrada, resultado da cozedura de um revestimento geralmente denominado como esmalte, que se torna impermeável e bril hante. Esta face pode ser monocromática ou policromática, lisa ou em relevo. O azulejo é geralmente usado em grande número como elemento associado à arquitetura em revestimento de superfícies interiores ou exteriores ou como elemento decorativo isolado. Os temas oscilam entre os relatos de episódios históricos, cenas mitológicas, iconografia religiosa e uma extensa gama de elementos decorativos (geométricos, vegetalistas etc) aplica dos a parede, pavimentos e tetos de palácios,jardins, edifícios religiosos (igrejas, conventos), de habitação e públicos. Com diferentes características entre si, este material tornouse um elemento de construção divulgado em diferentes países, assumindo-se em Portugal como um importante suporte para a expressão artística nacional ao longo de mais de cinco séculos, onde o azulejo se transcende para algo mais do que um simples elemento decorativo de pouco valor intrínseco. Este material convencional é usado pelo seu baixo custo, pelas suas fortes possibilidades de qualificar esteticamente um edifício de modo prático. Mas nele se reflete, além da luz, o repertório do ima ginário português, a sua preferência pela descrição realista, a sua atração pelo intercâmbio cultural. De forte sentido cenográ fico descritivo e monumental, o azulejo é considerado hoje como uma das produções mais originais da cultura portuguesa, onde se dá a conhecer, como num extenso livro ilustrado de grande riqueza cromática, não só a história, mas também a mentalidade e o gosto de cada época. Atualmente, a procura por azulejos tem se dado menos por seu valor decorativo e mais por suas características impermeabi lizantes, sendo muito utilizado em cozinhas, banheiros e demais áreas hidráulicas.
Construção da Ponte de Laguna
ANNA PAULA CUADRO
NOSSO ESTADO
ANNA PAULA CUADRO
NOSSO ESTADO
Construção da Ponte de Laguna
Grand-Place A praça central de Bruxelas Por Wilson Zambardino ex-editor de arte jornal Lance! Cronologia Século XII: a praça já existia; onde hoje é a Casa do Rei existia um edifício em madeira onde se ven dia pão. 1402-1459: construção da Câmara Municipal. Em 1401 foi colocada a primeira pedra e apenas em 1459 se deu a construção por totalmente
76 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
Considerada Patrimônio Mundial pela Unesco, a Grand-Place (Grande Praça) de Bru xelas é a praça central de Bruxelas, nela ficam a Câmara Municipal a Casa do Rei, pas sados séculos da sua criação, é o melhor exemplo da arquitetura belga do século XVII. No século XI realizavam-se mercados ao ar livre e no final do século XIV foi construída a Câmara Municipal de Bruxelas. concluída, sendo considerado o mais belo edifício cívico da Bélgica, estatuto que goza ainda hoje. Jacques van Thienen foi encarregado de desenhar a ala oeste e o campanário do edifício, onde usou colunas decoradas, esculturas, torreões e arca das. 1523: os primeiros mártires protestantes, Hen
ri Voes e Jean Van Eschen, são queimados pela Inquisição espanhola. 1695: a maior parte das ca sas, construídas em madeira, foram destruídas a 13 de Agosto num bombardeamento pelas tropas francesas comandadas pelo Marechal de Villeroy 1873: construção da atual Casa do Rei em Es tilo Neo-gótico
ANNA PAULA CUADRO
NOSSO ESTADO
Construção da Ponte de Laguna
NATUREZA DA RIBANCEIRA
Patrício Amilton de Medeiros
Baleia Franca IMBITUBA O morador do bairro de Vila Esperança (Ribanceira), Nilo Pittigliani, contabilizou 15 grandes mamíferos, acompanhados de filhotes, a olho nu. O biólogo Luiz Augusto Farnettani tam bém estava no local, junto à família, para tentar visualizar o animal mais de perto. “Elas costumam treinar os filhotes, pró ximas às pedras das encostas, contor nando o local para decorarem o trajeto”, explicou. Segundo informações, já chegamos ao final da temporada de procriação, que se deu até novembro. E essa histó ria de amor entre o mamífero e a cidade de Imbituba, continua no próximo ano.
78 < FOCO LIVRE, Agosto, 2014
Anny Caroline Siqueira de Carvalho
15 baleias franca se despedem do litoral imbitubense, na Praia da Ribanceira.
Anny Caroline Siqueira de Carvalho Anny Caroline Siqueira de Carvalho Anny Caroline Siqueira de Carvalho
ENERGIA FLUIDA
Anny Caroline Siqueira de Carvalho
Om Arquitetura, um conceito Zen
Pousada Mevlana Garden, Ibiraquera, Imbituba.
A Om arquitetura nasceu da parceria entre dois arquitetos amantes da arte e do design, Shantideva Molari e Devadasi Audra, que têm como foco a busca de uma vida com mais consciência. A criação de espaços e soluções nasce a partir de encontros nos quais são captadas as necessidades do cliente, permitindo assim ao arquiteto tornar-se um instrumento para materializar ideias e anseios únicos. Levando em consideração os impactos ao meio ambiente, o uso e a qualidade de diferentes materiais, esse criar consciente gera projetos belos e harmoniosos, integrados à natureza, funcionais e adequados à realidade econômica do contratante. Foco Livre - Devadasi, Fale um pouco sobre o trabalho diferenciado da Om Arquitetura. Quem são os envolvidos? Como este projeto criou vida e deu vida a muitos que confiaram no trabalho de vocês? A Om arquitetura surgiu com a mudança para Ibiraquera (Imbituba), tanto minha (Dasi) quanto do Shantideva, e o anseio de criar e compartilhar a possibilidade de viver de forma mais consciente e consequentemen te mais bela e relaxada. Então esta ideia foi amadurecendo, crescendo e sendo pratica da na arquitetura. Aos poucos o trabalho foi criando forma e hoje podemos viver o prazer de trabalhar por amor, de forma relaxada e harmônica e a reposta a tudo isto vem natu ralmente, hoje tanto as pessoas que traba lham conosco quanto as pessoas que nos procuram pelo nosso trabalho compreendem e também buscam o que estamos compar tilhando. FL - Muitas pessoas sonham com a casa própria, pois pagar aluguel lhes 80 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
parece desperdício. Por isso, na pressa de ter um lugar para chamar de seu, muitas vezes, adquirem casas que não satisfazem totalmente seus desejos mais pessoais. Depois de um tempo, eles constroem, reformam, mas a casa se transforma num “quadrado”, e não transmite a paz desejada. Com que tipo de arquitetura a Om trabalha, para satisfazer o espaço físico do cliente, e também dar a sensação de que o lugar foi retirado de um sonho? A arquitetura da troca, pois através da compreensão das necessidades do morador a semente do projeto surge, e juntos com a parceria entre o arquiteto e o cliente o proje to vai se desenvolvendo e criando forma. Eu sempre brinco com meus clientes enquanto estamos desenvolvendo o projeto que esta mos polindo ele aos poucos, por isto proje tar demanda paciência, e para uns é mais rápido e outros mais devagar, mas é assim que é. Até que chega no ponto em que am bos ficam satisfeitos, então não resta dúvida sabemos que está na hora de começar a
construir. Este é um processo natural, indivi dual e que só acontece se houver sincronia entre cliente/arquiteto. Por isso a importância de conhecer o trabalho do arquiteto na hora de contratá-lo, pois é fundamental que você aprecie e sinta afinidade com ele e seu tra balho. FL - Aqui em Imbituba, muitos já tiveram o prazer de visitar a pousada Mevlana Garden, no bairro de Ibiraquera. O lugar parece incrível, até para quem vê somente por fotos, pois é caracterizado pela cultura oriental. Quais traços desta cultura estão presentes nesta pousada, que acabou se tornando um ponto turístico da região? Na verdade este traço vem pela total ad miração da cultura oriental, e a arquitetura é apenas uma parte, seja ela japonesa, chine sa, tailandesa, balinesa, nepalesa, indiana... Esta cultura sempre nos atraiu e vem nos ensinando uma forma de viver completa mente diferente ao que estamos habituados, no oriente existe um cuidado, uma atenção,
Fonte no jardim da Pousada Ibirawave.
Namastê Boutique.
uma reverencia ao sagrado, que não encon tramos com tanta facilidade aqui no ocidente.
mundo e todas são tocadas pela energia e beleza deste lugar.
FL - Como foi participar da construção da pousada? Qual a história por trás de tanta beleza? O que tantos detalhes, delicadeza e ao mesmo tempo, minimalismo, transmitem aos que visitam o lugar? Quando chegamos na pousada ela já es tava construída, nós fomos apenas transformando e a deixando cada vez mais bonita, mais aconchegan te, criando um espaço que seja um convite a contem plação. E por trás de tanta beleza tem muita devoção e dedicação, pois nós so mos um grupo de medita dores e temos um Mestre, seu ensinamento é nos ajudar a encontrar a beleza, a verdade e o amor dentro de nós mesmos e ao nos so redor, e a pousada foi o lugar escolhido para ser o centro para seus retiros de meditação, assim nasceu a Pousada Mevlana Garden e o Templo Flor de Lótus Branca, que foi a nossa primeira cons trução na pousada e o que possibilitou que ela seguisse na direção do que realmente acreditamos, vivemos e queremos compar tilhar com quem passar por lá, o viver de for ma consciente, amorosa e harmônica. Hoje recebemos pessoas de muitos lugares do
FL - Observei que no site de vocês, há uma construção super diferenciada, onde o telhado é coberto de grama, e as pessoas podem caminhar por cima dele. Incrível! Como foi a idealização deste projeto? Que tipo de manutenção um local assim exige?
combinada com a beleza e harmonia que a cobertura verde proporciona. Na verdade a concepção não é tão complicada, mas deve ser muito bem feita, para evitar problemas futuros, e sua manutenção pode ser bem simples, temos casas em nossa região em que a grama segue sem manutenção nenhu ma, mais selvagem, sendo cuidada apenas pela natureza. Mas claro se você quiser uma grama sempre verde e aparada, neste caso demanda a manutenção de uma grama de jardim. FL - De onde vem a inspiração para a execução deste trabalho? A inspiração simples mente acontece, em cada momento que me dou conta da benção que é estar aqui, viva e presente, nestes momentos sinto um ‘bum’ de energia e a von tade de criar acontece na turalmente, é espontânea e gratificante. FL - Deixe uma mensagem final. A casa sempre será um reflexo externo do que se passa dentro de nós, se o nos so coração estiver em harmonia, em paz e amoroso assim será o nosso lar, pois só nos sentimos realmente em casa quando esta mos conectados com o nosso coração. Esta tem sido a minha experiência.
Conceito simples, conforto garantido.
Este foi um projeto do Shantideva na Cha pada dos Guimarães, Mato Grosso. A cober tura de grama é uma opção sustentável cer teira para que a casa se integre totalmente na natureza, ela é um excelente isolante térmico, ajuda a manter a temperatura do interior da casa, mais fresca no verão e quente no inver no quando aquecida, são muitas vantagens
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 81 Cozinha.
Casa do Shanti.
CIÊNCIA E TECNOLOGIA >>
Tempestade Cerebral
.com.br
Defender uma opinião é correr o risco de ser considerado arrogante Defender o que a maioria acha correto, mesmo que a maioria não pratique, é fácil. Ser um revolucionário das causas já ganhas é simples e amacia o ego. Lutar verdadeiramente pelo que você acha correto, e que não é um senso comum ou algo que poucos ainda entendem, é uma luta árdua e desleal. Mesmo nas melhores intenções, isso pode parecer para muitos como arrogância, mas na verdade é quase um altruísmo. Abram os olhos, as aparências enganam, e não apenas a física. Se você é uma pessoa que estuda um pouco sobre diversos assuntos, e gosta de opinar quando são levantadas questões em que você tem um pouco de bagagem, já deve ter passado por uma situação um pouco desconfortável, que é defender um ponto de vista que não agrada a maioria que acompanha o desenrolar do debate. Isso acontece por dois motivos, um deles é que você pode mesmo estar completamente errado e sua opinião não agrada por ser controversa ou simplesmente ilógica. O outro é que você pode estar correto e sua opinião vai de encontro a dogmas, cultura, moralismo ou o senso comum da maioria que lhe escuta. Nem sempre as pessoas estão dispostas a mudar opiniões, principalmente se são frutos de uma convenção cultural ou/e está ligada a alguma doutrina religiosa ou ideológica. Por isso, muitos que buscam apenas a aceitação em um grupo social, pregam ideias diretamente ligadas à doutrina ideológica, religiosa ou cultural. Vide o caso dos extremistas de esquerda e direita, que apenas seguem uma cartilha. Quando eles expõem alguma opinião, já tem um público que lhes aprova. O caso mais frequente na nossa sociedade é quando debates filosófico-sociológicos entram na seara entre a ética e moral. A moral é mais ligada aos costumes, já a ética visa estudar esses costumes e avaliá-los. Também é muito comum uma pessoa que argumenta algo que envolva alguma religião ser alvo de duras críticas, mesmo se a intenção é apenas ajudar os seguidores, e não atacar a religião em si. É um problema quando alguém vê tantos escândalos envolvendo o uso indevido do dízimo e tenta alertar os fiéis a investigar seus lideres e questioná-los sobre como o dinheiro é gasto. Assim já é feito com os políticos. Nunca vi alguém que faz esse tipo de comentários, sair da discussão sem receber em troca, duras criticas de alguns religiosos. Posso exemplificar também uma situação onde se luta contra o charlatanismo de alguns “profissionais”, visando o bem estar das pessoas enganadas. Este sofre ataques falaciosos de apelo à autoridade, e é visto como um ser de mente fechada, que não respeita o mérito da profissão alheia. Sendo mais direto posso falar das práticas homeopáticas que matam muitos todos os anos por não oferecer nada além de efeito placebo, e que mesmo sem comprovação cientifica, e até mesmo com provas cientificas de sua ineficácia, são defendidas por muitos que faturam enganando as pessoas. O apelo de autoridade nesses casos vem de médicos e especialistas da saúde que veem nesse nicho de mercado mais lucro que apenas tratar as pessoas da forma convencional. Também temos os psicanalistas que se baseiam em textos de opinião do inicio do século passado para tratar pessoas com práticas que mesmo tendo uma vasta bibliogra-
82 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
fia, a não se baseiam em nenhuma metodologia científica, não tem provas de sua eficácia e há mais de 50 anos já é comprovada por vários artigos que não funciona. Mas os profissionais da área apenas distribuem várias acusações aos autores desses estudos. O pior disso é que essas ações levam muitos a acharem que a psicologia é uma pseudociência, mesmo que a psicologia esteja muito bem com outras vertentes testadas, que usam uma metodologia e têm bons resultados. Os políticos têm ciência disso e usam ao seu favor, pois na maioria das vezes analisam quais opiniões são mais populares e utilizam em seus discursos, em vez de ver quais propostas realmente seriam o melhor para todos, pois essas poderiam ser ruins para sua imagem. Já os que olham o bem de todos, muitas vezes são vistos com maus olhos, pois querem “destruir os bons costumes”. Analise comigo, quantos dos políticos corruptos que conhecemos já foram jovens idealistas que lutavam pelo bem comum? Muitos, não é mesmo? Será que eles eram mesmo honestos, ou apenas representavam um papel? Temos também o feminismo extremista, que na primeira vista parece algo bom, pois luta pelos direitos das mulheres que foram vitimas reais de uma sociedade culturalmente patriarcal, mas aos poucos vemos que tudo vai além dos direitos iguais e acaba se parecendo com discurso de ódio ao homem, e quem acaba indo contra esse discurso de ódio é visto por muitos como machista e opressor, mas na verdade, às vezes apenas querem lutar contra o sexismo por uma sociedade com direitos iguais. Poderia citar aqui muitos outros exemplos, porém acredito que nesta altura os que leram com mente aberta esse artigo entenderam a mensagem, já para muitos outros eu sou mais um arrogante, fazer o que. Na busca eterna para ser justo em minhas opiniões, esses dias li um artigo do Universo Racionalista com o titulo “A falsa ignorância étão ruim (ou pior) que a ilusão do conhecimento” e esse texto cabe como complemento a tudo que foi dito aqui, pois com toda certeza alguns irão me achar arrogante, por querer passar conhecimento. Sou humano e falho, sempre preciso aprender mais. Mas a falsa ignorância é covarde, pois é claramente mais fácil se calar e não ser julgado, como também seguir algo, mesmo que seja prejudicial, para ter toda uma blindagem ao seu favor. Outro ponto que coloca as pessoas que lutam contra um senso comum em uma situação complicada é a vitimização, em vez da resposta com argumentos válidos. É mais fácil alguém se vitimizar quando o que segue ou acredita é atacado, do que responder de forma coerente. O próprio Schopenhauer em dialética erística já nos alerta que muitas vezes não é preciso você defender que seu argumento é válido para dar uma de quem tem razão, mas mostrar aos outros que o seu adversário também pode estar errado. Uma forma de fazer isso é se colocar no papel da vitima. “O papel de vítima é a mais refinada forma de vingança.” -Bert Hellinger
O AUTOR
Lucas Francisco Gonçalves Cientista da Computação lucas@grandejornal.com.br (48) 9640-7214
REFLEXÃO >>
Filosofias de Guardanapo “Filosofias de Guardanapo” é um blog de dá valor aos variados pensamentos do dia a dia, que mudam a vida das pessoas, ensinando elas a ver o mundo de uma forma mais poética e sentimental, enquadrando situações inusitadas, à vida real.
Por amor às causas perdidas Mudança, igualdade, utopia, realidade.
Às vezes me deparo com algumas atitudes que eu poderia mudar. Mas na maioria das vezes, igual à maioria das pessoas, percebo que sozinha não chego muito longe, e isso estagna. Afinal, o mundo está todo errado, e uma coisa está ligada a outra. Quando nasci, infelizmente já estava tudo assim. Outros já reclamaram do mundo antes de nós. E o que mudou? “Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades”, como cantava o Cazuza. Será que chegará o dia em que aprenderemos com os erros do passado? Ou o passado continuará sendo um carma? Não sei qual a primeira má atitude humana que provocou esse caos generalizado. E se foi humana. E também não sei direito o que é ser humano. Será que sou um humano direito? Pelo pouco que sei, acredito que o capital conseguiu a façanha de corrom per tudo. A procedência alimentícia (desde as plantações), o tratamento com os animais, a indústria cosmética, o trabalho escravo na China, nos canaviais e até na fábrica do iPhone, a prostituição infantil, o tráfico de drogas, armas e mulheres, a degradação do meio ambiente... Corrompeu inclusive o próprio governo, que deveria ser justo (melhor nem se estender muito). Se quisermos fazer TUDO certo num mundo corrompido pelo capital, isso decididamente envolve o isolamento nas montanhas. E se isso não estiver em nossos planos, vamos devagar. Não, isso não se chama conformismo, mas sensatez. Pelo poder do capital, vejo a diferença de classes como a maior que exis te, a mais problemática. Ela se difundiu por diversos aspectos, e por causa dela outras diferenças foram impostas, a exemplo da questão racial. “Sou europeu, mestre em extração de ouro em território alheio, tenho a tecnologia mais avançada, fui até a África, vi pessoas negras pela primeira vez, eram fortes, mas servis e primitivas, talvez porque não se dessem conta de nossa maldade, não imaginavam o que as esperava. De qualquer forma, tínhamos armas. As capturamos como animais, transformamos a cor negra num selo de inferioridade que ultrapassou séculos.”, Imaginei o que diria o primeiro racista, se ele fosse bem sincero. Poucos se lembram que não foram só os negros que sofreram com ra cismo. Povos de toda língua e cor foram escravizados e subjugados ao longo da história. Mas quando se fala em racismo, se lembra de imediato da cor da pele. É como uma ferida aberta que teimam em cutucar. Vejo nisso um grande problema porque a maioria das pessoas não se preocupa em transcender esse problema. Elas lembram a todos os momentos que os negros são alvo disso. Sim, concordo, e quem sofre com racismo deve se manifestar. Mas o ator Morgan Freeman disse algo muito interessante a respeito, quando ques tionado sobre como acabar com o racismo, ele disse mais ou menos: “... O racismo acaba, quando pararmos de falar nele. Não precisamos de um mês para a consciência negra, porque a história dos negros é a história da Améri ca, não podem reduzir tudo o que construímos a um curto período de tempo. Pare de me chamar de negro, eu paro de te chamar de branco, nos chame mos por nossos nomes e o racismo não mais existirá”. Essa mensagem causa
muita controversa, porque o racismo ainda acontece. Mas será que lembrá-lo a todo o momento é a melhor forma de combatê-lo? Será que criar um mês de homenagem aos negros, funciona como uma espécie de redenção? As religiões, até hoje, também crescem com o poder capital. Mas a Igreja Católica passa por uma revolução, onde esse sistema está sendo pondo em cheque pelo Papa Francisco, que prega o diálogo entre cristãos e não cristãos e a simplicidade missionária. Numa época onde as pessoas defendem ideias como se estivessem em trincheiras, essa flexibilidade é um sinal positivo, prin cipalmente numa instituição a nível do catolicismo. “Toda a forma de poder é uma forma de morrer por nada”, canta o Hum berto Gessinger. Por isso devemos cuidar com algumas bandeiras que levan tamos ferozmente, levando em conta todos os problemas acima citados. O radicalismo em certas questões, ignora a vaidade diária. Pessoas se metem em lutas que definitivamente não entendem. Apenas querem fazer parte de algo, para darem sentido às suas vidas. Como diria o cantor Falcão, “eu bebo, eu fumo, eu ‘fresco’ e encho o bu cho de hóstia”. Essa música trata a ironia da realidade, de uma forma muito cômica. Numa sociedade chamada de “aldeia global”, é certo nos atermos ao individualismo cego? Chega de julgar e de limitar os outros à sua própria visão de mundo. Olhe para si mesmo e para os ideais que defendes cegamente. Precisamos analisar se algumas bandeiras realmente nos representam, nas pequenas coisas, ou se apenas seguramos trapos com as mãos bem sujas de hipocrisia. Neste mundo estruturalmente corrompido, se queremos fazer algo certo, isso se chama saber pelo que devemos lutar. Um exemplo: se você é vegetariano e demoniza quem come carne, você é só mais um, nesse mar de moralismo pós-moderno. Lute pelo que você acre dita com serenidade e respeito às escolhas alheias. Mesmo que você saiba o quão problemático é o comércio de carne para o meio ambiente, e também o quanto algumas empresas não se preocupam com a dignidade dos ani mais, não é um discurso agressivo de contra-evangelização que fará alguém ser como você acredita ser certo. Conheço pessoas que comem carne com muita gratidão ao que a natureza dá, e também com muita preocupação com a procedência do alimento. Você precisa respeitar as escolhas individuais, diferentes das suas, quebrar esse caminho de dualidade, onde para algo ser certo, a outra coisa precisa ser errada. Outro exemplo: se você se diz feminista, gostaria que os homens criassem o “masculinismo”? Cuidado com os grupos radicais que se fecham ao debate. Se você reclama da violência que a mulher sofreu ao longo dos séculos, será que enxerga o que os homens sofreram também, nos horrores da guerra, por exemplo? Está na hora de quebrarmos todos os padrões de gênero, se quisermos discutir uma sociedade mais igualitária.
A AUTORA
Anny Caroline S.de Carvalho Jornalista anny@grandejornal.com.br (48) 9624-0514
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 83
SABOR NATURAL
Terra que emana mel Uma aérea localizada no bairro de Vila Nova Alvorada – Imbituba era conhecida por abrigar um dos maiores “lixões” da cidade. Agora, esse triste cenário está no passado. Um morador do bairro adquiriu os lotes e fez da apicultura sua maior fonte de renda. Jorge Luiz de Souza, há 25 anos tem a posse do terreno onde se situa va o antigo lixão. Demorou muito para que aquelas terras voltassem a ter vida, segundo Jorge. “A sujeira imperou por muito tempo, mas consegui transformar esse espaço nessa aérea verde que é hoje”, diz. O lugar possui 3,5 hectares e Jorge lida com abelhas africanas. Para que as mesmas se reproduzissem bem, foi necessário todo um cuidado no plantio das árvores adequadas ao gosto da espécie, a exemplo dos eucaliptos, bu tiazeiros, jacaré, entre outras espécies. “Eu já cheguei a possuir 58 caixas de produção de mel”, conta. A grande safra de seu Jorge acontece em fevereiro, março e abril. 84 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
O mel Entende-se por mel o produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores e de secreções de partes vivas de certas plantas ou de secreções de insetos sugadores de plantas, que vivem sobre algumas espécies vegetais e que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, arma zenam e deixam maturar nos favos da col meia. O produto foi assim definido em 1993 pelo Mercosul. O sabor, aroma, cor e densidade variam de acordo com as flores das plantas que for neceram o néctar, classificando-o em diver sos tipos pela sua origem botânica. A variação na cor do mel é influenciada pela concentração de minerais – quanto mais escuro, maior é a quantidade de min erais presentes. O mel é um dos alimentos mais completos da natureza, sendo que a composição varia muito conforme a origem floral. Pela sua composição alguns cuidados são essenciais para o consumidor, para que não se perca o valor nutricional do mel, a exem plo da validade. A cristalização é um indicati vo de que realmente o mel é puro e ela auxilia na conservação. O mel deverá ser armazenado em local com temperatura amena, pouca lumino sidade, bem fechado e longe de produtos com odores fortes.
A Apicultura em Santa Catarina A apicultura é uma atividade que está em plena expansão, principalmente na produção de mel e pólen, que para muitos ainda são considerados remédios. Por sua com posição, no entanto, os dois produtos devem ser considerados como alimentos nobres. Vale destacar que a geleia real, apitoxina e a própolis estão sendo cada vez mais estu dados e ganhando espaço no mercado, es pecialmente a própolis que está ocupando cada vez mais espaço no mercado por suas propriedades biológicas e terapêuticas. Para atender a essa demanda crescente do mercado a atividade apícola em SC passa por um “choque tecnológico”. Para dar su porte a esse crescimento a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) aprimora a forma de atuar junto aos produtores, com a presença de técnicos especializados nas diversas regiões do estado. Santa Catarina terminou o primeiro se mestre de 2014 como o segundo maior ex portador de mel do país. Com uma produção de aproximadamente seis mil toneladas de mel por ano, o estado exportou mais de três mil toneladas com um rendimento de US$ 12.063.638,00 até junho deste ano. O líder em exportações de mel neste primeiro semestre foi São Paulo com um volume de 4,7 mil toneladas e um rendimento de US$ 18.047.631,00. Os dados são da Associa ção Brasileira dos Exportadores de Mel (Abe mel).
AR DO CAMPO
O Sítio Mané João fica localizado na Rua Alameda Santa Paulina, e é um lugar de paz e simplicidade, onde o amor e a boa vontade para com o que a natureza oferece, constrói tudo. Lorinho herdou esse sítio do pai dele, e tam bém pretende passar para os filhos. Por toda a parte se mostra o talento em carpintaria e reformas de diversos objetos, antes sem uso.
86 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 87
COLUNA POLÍTICA
O Brasil que queremos e sonhamos. Gervázio Plácido – Jornalista e Radialista. Terminada a guerra fria em que os eleitores brasileiros se envolveram a partir das indicações dos postulantes ao mais alto cargo político e ad ministrativo do país, através das candidaturas de Eduardo Campos, (morto em um acidente aéreo) Dilma Rousseff, e Aécio Ne ves, posteriormente Marina Silva, os principais protago nistas da acirrada disputa eleitoral de 2014, concluída com a vitória de Dilma Rous seff, acredito que o momen to é de calmaria, reflexão e aceitação, principalmente porque não adianta mais es pernear, socar o ar ou esbra vejar, a realidade é uma só, a maioria escolheu e decidiu democraticamente pela con tinuação da atual estrutura e perfil político do PT e seus simpatizantes. É real que os questionamentos existem e até a posse marcada para o dia 1º de janeiro tan tas outras acusações deverão acontecer, indepen dentemente se somos do sul, norte, sudeste ou do nordeste, somos todos brasileiros e que sobra desta acirrada eleições é o apoio, a continuação das investigações dos escândalos e a nossa fis calização aos nossos representantes, nas assem bleias, câmara federal, senado e no palácio onde trabalha a presidente Dilma. CONGESTIONAMENTO - Durante o congestiona do pleito, li muito, ouvi bastante e assisti tudo o que pude nos nossos canais de televisão, que se comportou como se fossem eles os donos do país, quem assistiu com olhos neutros entendeu os recados daqueles que acreditam estar acima da ética que o verdadeiro jornalismo impõe aos profissionais de imprensa, aconteceu de tudo con tra e a favor das coligações, ou seja, o verdadeiro
papel da imprensa não foi cumprido pelas grandes mídias, pelo menos foi o que consegui captar. Uns conseguiram seus objetivos, outros nem tanto. Mas como a democracia permite tudo bem.
car para viabilizar a nova administração que come ça em janeiro com apoio da maioria dos eleitores, democraticamente.
A ESPERANÇA DE UM NOVO BRASIL Quem reelegeu Dilma Rousseff tem esperança e acredita que a partir de janei ro começa o Brasil do futuro, ao contrário não teriam vota do na sua reeleição e é a par tir daí que o brasileiro deve repensar e dá um, voto de confiança ao novo governo brasileiro, independentes de siglas partidárias e de todos os problemas em que a dis puta eleitoral proporcionou. Agora todas as atenções se voltam para o Brasil do futuro, mesmo com os desconten tes afirmando que não estão Aécio e Dilma. REPRODUÇÃO dispostos na aproximação e PERCENTUAL DAS ELEIÇÕES - O resultado final no diálogo proposto pela presidente reeleita. agradou 52% dos brasileiros contra outros 48%, o que nos possibilita uma reflexão, o que os re FISCALIZAÇÃO - O papel da oposição é inves sultados das urnas quer dizer? Um país dividido, tigar, fiscalizar, cobrar e apresentar novas ideias, geograficamente? Uma presidente cercada de de para que nós brasileiros possamos ter dias me núncias de corrupção, consciente de que muitas lhores na saúde, educação, área social, habitação outras deverão surgir verdadeiras ou caluniosas? e novos empregos, afinal, não foram as principais Um candidato da oposição que começou a dispu propostas de todos os candidatos? O Brasil agora ta lentamente e terminou já como o principal nome pode ser aclamado como o país antes e depois da para 2018, provavelmente disputando a cadeira era PT. Iniciado na era da monarquia, democracia, presidencial com o ídolo petista Luiz Inácio Lula da regime militar e novamente democracia, sem es Silva? Juntamos tudo isso aos problemas que a quecermos o surgimento dos marajás e dos men oposição cobra constantemente sobre a econo saleiros, nós merecemos um país limpo, transpa mia, as reformas tributárias e políticas? Somos rente e com políticos sérios. Passada as eleições, brasileiros e como filhos do Brasil, temos respon a nossa missão agora é ficarmos atentos na es sabilidades com a nossa pátria mãe e esta respon pera de um país melhor para que os nossos filhos sabilidade passa necessariamente pela união de e netos tenham um lugar decente para morar, um todos, termos um governo forte com o apoio de Brasil que todos nós queremos e sonhamos. uma base aliada que o novo governo terá de bus
RP LOCAÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PORTUÁRIOS adh@rplocacao.com.br (48) 9997-4852 | (48) 9652-1357 90 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
Operando em dragagem; Serviços de caldeiraria industrial; Locação de equipamentos em todo território nacional. Realizamos trabalhos de dragagem para aprofundamento de rios, portos e abertura de canais em geral.
Draga de sucção e recalque de 10”
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 91
MÍDIA SOCIAL
SUSTENTHABILIDADE
MANUAL DOS PRIMEIROS SOCORROS DA CONSCIÊNCIA
CASAS SUSTENTÁVEIS
Reduzir as despesas domésticas e ao mesmo tempo preservar o meio-ambiente é sim possível Água na torneira, comida armazenada e luz elétrica. O que parece básico pode se tornar um desafio nos próximos anos. A recente seca no su deste, por exemplo, parece ser apenas um aviso. Mais do que nunca, as crises de mudan ças climáticas e o au mento da população nos levam a repensar nosso estilo de vida. Imagine não mais ter que se preocupar com as contas de luz, de água e com as fi las de supermercado. Ou, pelo menos, re duzir ao máximo as despesas domésti cas. É sim, possível. Basta agir de forma sustentável, ou seja, tomar atitudes para suprir as necessida des mais básicas da sua família e se com prometer com o des tino daqueles que ainda virão. Pensando no futuro, empresas oferecem alternativas para a construção de moradias elegantes, confortáveis e que podem se manter estáveis por longos períodos. A empresa estrangeira EarthshipBiotecture leva a sustentabilidade ao seu nível mais radical. O concei to da Earthship transforma sua vida num dia-a-dia singular, celular, in dividual e descen tralizado. Ou seja, você é, de fato, independente do sistema. As casas são construídas ao redor do mundo, com materiais re cicláveis. O terreno é estudado e a ar quitetura analisada para obter os me lhores ângulos de fontes de energia naturais. Caso o cliente não queira contratar um serviço pronto, a empresa disponibiliza manuais em que ele mesmo pode construir sua própria
92 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
casa (ou obter ajuda para tal). “Muitos anos atrás, eu construí uma versão inicial do modelo de sobrevivência que estamos apresentando agora. Eu construí o prédio com a
num período de 4 a 6 meses, ou seja, o méto do de construção assegura ser duas vezes mais rápido que o convencional. O imóvel conta ainda com isolamento térmico e acústico, além de uma tecnologia sustentá vel que chega a ter uma redução de até 80% em emissão de gás carbônico e de 85% de geração de resíduos durante a construção. É possí vel financiar o imóvel através da parceria que a empresa tem com o banco San tander, que oferece o programa “Constru ção Fácil”, em até 30 anos, ou pela Caixa Econômica Federal. Estes são apenas dois exemplos de a realidade co Earthship Biotecture como meça a mudar. A de manda por áreas ver ajuda de amigos. Ele fez a sua própria energia e des, orgânicas e sustentáveis está cada vez mais água e tratava o seu próprio esgoto e ficou con evidente. O sujeito torna-se de fato livre quando fortável com o mínimo de combustível. É também consegue viver de forma autônoma e sustentável. produzida uma quantidade razoável de alimentos. Caso ainda não seja possível adquirir algum imóvel Eu vivi lá por um tempo em total liberdade porque como este, procure ao menos pesquisar a mais eu não tinha con respeito de como funcionam tais construções e de tas. Eu possuía a como você pode fazer a sua parte. Com simples minha vida”, afirma mudanças de hábitos é possível ir construindo Michael Reynolds, uma realidade cada vez mais independente, ao principal arquiteto menos aos pouquinhos. responsável. Todo o sistema Saiba mais: http://www.tecverde.com.br é pensado de for http://earthship.com (site em inglês com opção ma a tornar a casa de tradução para o espanhol) independente, desde captação e tratamento da água, da obtenção de energia elétrica de fontes naturais (sol e vento), até à produção de alimentos orgâni Tecverde cos. O design das casas lembra um pouco o de Star Wars, mas ainda mais agradáveis aos olhos. O Brasil também conta com uma empresa sus tentável. A Tecverde promete entregar uma casa Por Lia Ferreira | Editora da revista e portal Vero.
COLUNA PSICOLOGIA
Brucutus e mocinhos num mundo além do preto e do branco Felipe C. Novaes Acadêmico de Psicologia pela UFRJ
O
mundo das produções cultu rais em geral usa como ma téria prima a vida cotidiana. O sofrimento e sua superação são os temas mais usados, assim como o modo como entendemos esse sofrimento. Esse jogo constitui um fluxo em que reali dade e ficção moldam uma a outra, ficando pouco claro quem veio primeiro, o ovo ou a galinha, embora saibamos que tudo se trata de uma via de mão dupla. É assim que nas cem personagens que tanto nos influenciam. O entendimento sobre o que é o sofrimen to e como lidar com ele, em suma, a filosofia de vida das pessoas, está intimamente liga da ao zeitgeist. Observando a linha do tem po de filmes dos anos 70 para cá podemos traçar essa mudança de padrões. Se antigamente predominava o jeitão Clint Eastwood, com cara de mau e um pé sem pre pronto para chutar o traseiro dos proble mas, hoje temos um grupo mais misto, com homens que escolhem uma abordagem di ferenciada. Essa mistura indica que estamos numa época de transição, ou que encontra mos um meio termo para agir. Não estou presumindo que homens nos anos 80/70 eram brutamontes incultos e burros. Sim, eles podiam ser inteligentes, mas o estilo era muito mais pragmático. So luções eram vistas muito mais como ação do que como mudança de perspectiva sobre a realidade circundante. Esse foi o modus operandi que governou o homem oitentista e setentista, que moldou seu cinema de ação e que ao mesmo tempo foi moldado por ele. Esse padrão aparece em diversos perso nagens, como Rambo, Rocky, John McCla ne e outros. Imagine um desses sujeitos discutindo di reito de minorias, filosofia, ou discutindo re lacionamento com a esposa. Provavelmente sairiam falando que são todos uns frescos tagarelas. É o protótipo do macho que acha que tudo é simples e que quem reclama de algo não está exigindo um direito ou queren do uma negociação, mas sendo fresco e
fracote. Por determinado ângulo é admirável um cara sisudo, com aquela marra de badass, capaz de proteger a si e aos que estão ao redor, sem medo de desafios nem do perigo. Isso deve fazer a cabeça de mulheres, que por mais independentes que sejam hoje, são atraídas por homens com recursos e meios capazes de protegê-la. Para esses caras, problemas são comidos no café da manhã, simples assim. Se restar algo pendente, uma boa dose de birita no bar com os amigos, falar bastante mal do chefe e do político da vez resolve as coisas. Essas características estão sumindo - para o bem ou para o mal. Parte disso se deve ao afastamento pro gressivo dos tempos de guerra, que preci sam, de fato, de homens belicosos e durões. De fato, estamos dando uma amolecida, e isso é natural, já que as gerações hoje nas cem em meio à relativa paz e só devem se preocupar com a qualificação intelectual para enfrentar o mercado de trabalho. Num nível individual, pode ser que esse estilo esteja falhando como um solucionador de problemas. Ao invés de resolver pepinos, as pessoas acabam achando que é melhor reprimi-los. Talvez isso explique o motivo pelo qual, em homens, a agressividade seja um sintoma de depressão. Vivemos também numa realidade sociocultural e histórica muito mais complexa. Em tempos de Guerra Fria, um clima de dualismo rondava as esferas da moralidade e da polí tica. Era o bem e o mal, o preto e o branco. Atualmente, num cenário internacional bem mais pacífico, demoramos mais para extrair um padrão moral (certo ou errado) da realidade. Vemos uma enorme gama de co res intermediárias, não apenas o preto e o branco. Esse, inclusive, é um dos dilemas do Ca pitão América, tanto nos quadrinhos quan to nos filmes. Ele, um soldado da Segunda Guerra Mundial, foi parar numa época total
mente diferente, cujos fatos refutam toda a sua filosofia de vida. A partir dos anos 90 passa a diminuir os personagens e as histórias maniqueístas e vem os enredos muito mais mistos. Nossas melhores produções hoje combi nam essa confusão na bússola moral, antes apontada somente para o norte. Histórias que nos permitem questionar o que é a virtu de e o que é o vício, quem está certo e quem está errado, são as que mais instigam. O estilo dos personagens mais atuais in dica que estamos repensando a filosofia de vida do macho dos anos 80. A chegada dos brucutus-coração-mole, essa espécie que acaba de ser descoberta, combina ele mentos um tanto contraditórios entre si, mas cuja combinação resulta numa liga fortíssima quando entrelaçados adequadamente. Duas boas referências desse novo uni verso masculino é o Rocky Balboa do sexto filme da série Rocky e Rust Cohle, da série True Detective. Os dois mantém uma postura badass, mas o primeiro parece sábio, refle xivo e com disposição para os desafios que virão, enquanto o outro é mais pessimista e desorientado. Mas ambos estão muito mais articulados e falastrões do que o típico bru cutu. Muitos outros filmes e séries poderiam compor um infográfico recheado de perso nagens e histórias que ajudam a contar o rumo da filosofia pessoal das pessoas desde a Guerra Fria até hoje. A sétima arte ajuda muito bem a traçar essa jornada na medi da em que é espelho e ourives do mundo. A julgar por esse critério, então, diria que o novo modo de viver e se relacionar com o mundo é estar disposto a ser prático, rápido e objetivo como uma katana, mas ao mesmo tempo, analítico, disposto ao diálogo e à re flexão, adicionar uma dose de sensibilidade. De fato, creio que um indivíduo que apren deu a conciliar essa multiplicidade de traços está preparado para a maioria dos dilemas da vida.
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 93
EXPEDIÇÃO CICLONE
Motociclistas enfrentam o desafio de percorrer a maior Praia do Mundo
Acampamento em Mostardas
O imbitubense Rafael Fraga de Paula e o blumenauense Alexandre J. Vicente percorreram os mais de 250 km da Praia do Cassino, no Rio Grande do Sul Leonardo Fraga, jornalista no Jornal Nosso Povo Na busca por novas paisagens, desafios e prin e Rio Grande, estava inoperante devido ao vento como hippies, porém acabaram comprando duas cipalmente aventuras, muitos motociclistas partem forte. Decidimos pernoitar em uma pousada ali bicicletas e estão há 4 anos pedalando. Saíram do para regiões longínquas do Brasil e da América do mesmo e seguir viagem no dia seguinte”, comenta Equador, Peru, desceram o Chile e estão subindo Sul para capturar imagens de paisagens muitas Rafael. pela Argentina até chegar ao Brasil”, explica Rafael. vezes desconhecidas. Foi o que fez o imbitubense Como de costume, quem está na estrada Pela manhã o canal continuava fechado, so Rafael Fraga de Paula e seu colega Blumenauense acaba encontrando outros viajantes e na Pousa mente às 14:30 da tarde a balsa foi liberada. Alexandre J. Vicente. Os Os motociclistas atraves dois encararam o desa saram em uma viagem de fio de percorrer a maior 40 minutos. “Chegamos praia do mundo, a Praia do à cidade de Rio Grande, Cassino, que fica no lito demos uma volta na cidade ral do Rio Grande do Sul. e então fomos até o Bal Mas no caminho havia um neário Cassino, onde per problema, um Ciclone que noitamos, já que tínhamos se formou no Uruguai e não perdido grande parte do dia ajudou em nada a viagem. devido à balsa. Saímos às 7 Os dois partiram de Blu horas da manhã na quintamenau, no dia 26 de agosto feira(28) para iniciar nossa às 4:30 da manhã, com o viagem. Depois dos molhes objetivo de percorrer 900 são 260 km de praia”, fala km até a cidade de Rio Rafael. A praia do Cassino Grande. Cada um em uma é deserta, com moradias Teneré 250cc. Porém um muito distantes do litoral. ciclone castigava o litoral A próxima cidade depois Rafael e Alexandre com os espanhóis Ana e Moisés gaúcho com ventos de até de Balneário do Cassino é 120 km/h. “Percorremos Hermenegildo, próxima de apenas 770 km no primeiro dia, parando na cidade da do Seu Neri, local onde pernoitaram, os dois Chuí, extremo sul do país. de Tavares para abastecer. Lá fomos informados acabaram encontrando um casal de espanhóis, Rafael comenta que nos três primeiros dias, as que a balsa que faz a travessia do canal da Lagoa Moisés e Ana que viajam de bicicleta. “Alugaram pessoas que eles encontravam os desencoraja dos Patos entre a cidade de São José do Norte a casa na Espanha e queriam viajar de Kombi, vam a realizar tal viagem. “Diziam que não era uma 94 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
boa época para fazer e que era muito difícil. Que a Praia do Cassino era muito perigosa. Disseram-nos que próximo ao Balneário do Cassino ex istia uma lama por cerca de 10 km que era impossível passar. Esta lama é um fenômeno natural da Praia. A lama grudava e a moto não andava. Foi quando tivemos que pegar uma estrada lateral para atravessar a lama e voltar a praia”, explica Rafael. No terceiro dia de viagem final
mente o vento acalmou e os mo tociclistas seguiram até a Barra do Chuí. Segundo eles a diversão foi imensa, com belas paisagens e muitos animais marinhos, revoadas de aves e também muitos sustos com a areia fofa da praia, colocando as habilidades dos motociclistas à prova. Logo há 16 km do Balneário é possível encontrar o navio Altair, encalhado na beira da praia. O navio afundou em 1976 devido a uma forte tempestade. Passando o navio enc
Os dois conseguiram chegar à barra do Chuí, seguiram até a fronteira do país com o Uruguai. A missão estava cumprida e os moto ciclistas depois de muitos problemas chegaram até o objetivo, mas faltava retornar. Às 18 horas da tarde ini ciaram o retorno Rio Grande. “A noite caiu e o frio aumentou. Estávamos molhados devido ao “salvamento” da
um banho na moto, tirando o sal e a moto voltou a funcionar. No domingo finalmente os dois chegaram em Blu menau, encerrando a Aventura. “Fomos fazer a viagem pela aven tura, por querer fazer algo diferente, algo novo e também para enfrentar o desafio de percorrer a maior praia do mundo. Foi uma viagem muito posi tiva, queremos refazê-la com mais
moto. Decidimos ir pelo asfalto, pas sando no meio da Reserva do Taim, onde inúmeras capivaras atraves savam na frente da moto”, conta Alexandre. As capivaras estavam acuadas devido ao alagamento de seu território na beira da estrada, por causa do ciclone. Pela manhã os motociclistas foram até uma concessionária da Yamaha arrumar as motos. Trocaram óleo, filtro e vela da moto que afundou. Seguiram até Tavares e acamparam próximo ao Farol de Mostardas. A noite estava tranquila e estrelada, onde foi possível tirar belas fotos. No
tempo e aproveitar melhor o percur so”, comenta Rafael que trabalha na empresa Santos Brasil em Imbituba e tem como hobby fotografar e viajar. Rafael destaca que um dos benefí cios das viagens é o conhecimento adquirido. “Conhecemos muitas pessoas e fizemos novas amizades. Por causa do compromisso com o trabalho é difícil sair, mas a aventura já está no sangue. Gosto de conhec er novas culturas e corro atrás disso, de sempre absorver mais conheci mento”. Alexandre, que é moto frentista de jornal em Blumenau e também tem
sábado, os motociclistas andaram 300 km até Torres. Próximo a Torres, a moto de Ra fael começou a pifar e não funcionou mais. Foi rebocada por 40 km até dois amigos virem socorrer. Os dois fizeram batedor para a moto até a casa de um dos amigos. Rafael deu
como hobby viajar, comenta o único ponto negativo da viagem. “Durante todo o trajeto vimos muitos Leões marinhos e Pinguins mortos devido à ingestão de lixo, e redes de pes cadores e essa foi a única imagem negativa dessa expedição”.
alhado existem ruínas daquele que, segundo os moradores antigos, viria a ser um imenso cassino que, devido à perseguição a italianos e alemães durante a Segunda Guerra Mundial e a proibição do jogo de roleta em 1946, causaram danos à economia local e o abandono da construção. As ruínas do cassino, que dá nome à imensa praia, estão semicobertas pela areia, quase desaparecendo. Quase chegando a cidade de
Chuí, Rafael Fraga foi surpreendido ao passar por um dos inúmeros ria chos e prender a moto em uma areia movediça, que acabou atolando sua moto até a metade do motor. Os dois tentaram retirar a moto do lugar, que afundava cada vez mais e depois de 30 minutos conseguiram. “A moto não ligava, então trocamos a vela e o óleo na cidade do Chuí que ficava cerca de 40km do local, enquanto Rafael esperava na praia”, comenta Alexandre.
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 95
ALTO VALE MARMORARIA
Escada em mármore branco Paraná, arquiteta Carla Alves.
MÁRMORE ETERNO Partenon - Templo em Atenas, Grécia
96 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
TIAGO B. MACIEL
Os egípcios foram os primeiros a extrair e a utilizar essas fotos naturais na construção de túmulos e também de seus monumentos. E tudo isso devido a grande preocupação que tinham com a estética. Tanto que até hoje sua arquitetura de um modo geral é considerada como a mais valorizada. São considerados gênios da arquitetura antiga. Logo após os egípcios encontram-se os gregos. As cons truções gregas com a utilização do Mármore começou-se por volta de VI a.C., eles utilizavam esse material pois, perdiam muitos templos em incêndios já que suas construções eram feitas com madeiras até então. O Mármore foi muito utilizado nas construções gregas, como o Partenon onde mais de trinta mil toneladas de már more foi dedicado a Deusa Atenas e a Parthenos. Outras fa mosas construções gregas foi o Templo de Zeus e o Templo de Artemis. Posteriormente os romanos que passaram a utilizar o már more e o granito em suas construções. Eles tinham um gran de apreço por esses materiais e utilizavam principalmente em banhos públicos. Já na Idade Média, com melhores condições de transfor mação, tanto o mármore quanto o granito passou a ser mais utilizado em interiores de casas, igrejas, em pisos de cozinhas e banheiros. No Brasil, o uso desses materiais foram introduzidos pelos portugueses, ainda no período da colonização. Atualmente são utilizados principalmente em decorações interiores e exteriores. Fonte: Marmoraria da Serra
Nova Déli, Índia – - Estrutu ras feitas em mármore branco e detalhadas com pedras preciosas preenchem o ambiente. Note o detalhe dos pilares. Nomes: Divan-I-Khas e ao fundo Khas Mahal
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 97
FOTO: ARQUIVO PESSOAL
98 < FOCO LIVRE | MORAR, Dezembro, 2014
A Gilson Divisórias e Decorações, é fruto de um sonho de seu proprietário Gilson, que, há anos tra balhando neste ramo, vinha alimentando-o através da alegria que via nos olhos de seus clientes quan do seu trabalho se concluía. E, foi ao iniciar o curso de arquitetura e urba nismo que tomou a decisão de abrir sua própria empresa. “Empecilhos, claro que tivemos. Pedras no caminho, nem se fala até hoje encontramos”, mas nos sentimos felizes e satisfeitos ao ver nosso trabalho realizado. Quando vendemos algo para nossos clientes é
como se estivéssemos vendendo para nós mes mos, por isso, não importa o quanto seja difícil ou trabalhoso, tudo tem que ficar perfeito. “Imagino que quando um cliente me procura para executar um serviço, ele não quer apenas um serviço, ele quer olhar para seu ambiente e ver uma cena dig na de revista”. “É isso que nos motiva, poder oferecer qualida de e bom atendimento aos nossos clientes.” Em breve estaremos inaugurando nossa própria loja, que será mais uma forma de estar perto de nossos clientes e poder expor nossos produtos e
serviços ao público. Será na Avenida Brasil, 725 – sala 01 – Paes Leme aqui mesmo em Imbituba. Trabalhamos com Divisórias, Forros, Piso Lami nado, Persianas, Móveis e Cadeiras para escritó rio, Rodapés e Vistas, Cimalhas e muito mais. Solicite seu orçamento Fones: (48)3255-4553 – (48)9949-0293 (48)9818-4470 E-mail: contato@gilsondivisorias.com.br WebSite: www.gilsondivisorias.com.br Facebook: Gilson Divisórias e Decorações
Dezembro, 2014. FOCO LIVRE | MORAR > 99