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EFICÁCIA DA TERRA DE DIATOMÁCEA EM MILHO

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Utilíssimas

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TECNOLOGIA 23

EFICÁCIA DA TERRA DE DIATOMÁCEA EM MILHO

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O uso da terra de diatomácea vem sendo apontada como uma importante alternativa de controle de pragas durante o período de armazenagem dos grãos, que tem causado perdas consideráveis na quantidade e qualidade do produto.

Luiz Ricardo dos Santos

Integrada Cooperativa Agroindustrial Acadêmico de Pós-graduação em PósColheita de Grãos na Segurança Alimentar da Unifil luiz.ricardo@integrada.coop.br

Irineu Lorini

Integrada Cooperativa Agroindustrial Professor do Curso de Pós-graduação em Pós-Colheita de Grãos na Segurança Alimentar da Unifil irineu@lorini.com.br

Estima-se que, no Brasil, as perdas nas etapas de pós-colheita de grãos são de aproximadamente 10% do produzido, sendo causadas principalmente por insetos-praga, fungos e roedores (IBGE, 2011). Grãos podem ser infestados por insetos ainda no campo, durante o armazenamento, na industrialização, em armazéns, supermercados e no nível doméstico. A presença de insetos nos diferentes produtos agrícolas apresenta relevância econômica devido aos diferentes tipos de danos provocados ou pela contaminação com seus fragmentos, resultando em deságios e, em alguns casos, na recusa do produto na comercialização (PINTO JUNIOR, 2008).

De acordo com Lorini (2008), dentre os principais insetos de grãos armazenados, destacam-se Sitophilus zeamais Motschulsky (Coleoptera: Curculionidae) e Tribolium castaneum (Herbst) (Coleoptera: Tenebrionidae). A espécie S. zeamais é uma praga primária interna, ou seja, é capaz de danificar o grão ainda sadio e seu desenvolvimento nas fases imaturas (ovo, larva e pupa) ocorre no interior de apenas um grão. Esta espécie apresenta elevado potencial de multiplicação e capacidade de infestar os grãos ainda no campo, e possui muitos hospedeiros como, por exemplo, milho, trigo, arroz e triticale.

A espécie T. castaneum é uma praga secundária devido a não apresentar a capacidade de danificar os grãos ainda sadios. Esta espécie alimenta-se de diversos grãos (milho, trigo e arroz) e causa prejuízos ainda maiores do que os resultantes do ataque de pragas primárias que permitem sua infestação (LORINI, 2008). É comum o uso de produtos químicos para a proteção dos grãos armazenados

contra o ataque de pragas, como inseticidas piretróides, organofosforados e fumigantes, em geral, sendo todos de alta periculosidade e com período de carência específico. Porém, existem os métodos físicos de controle, como temperatura, radiação, som e o uso de pós-inertes.

Dentre os pós-inertes, a terra de diatomáceas destaca-se no controle de pragas de grãos armazenados, por ser um excelente inseticida porque absorve a película protetora que envolve o corpo dos insetos, e estes morrem por desidratação, sem o risco de desenvolverem resistência como no caso de produtos químicos. Segundo esse autor, a morte dos insetos pela terra de diatomácea é atribuída à dessecação provocada pela absorção e abrasividade deste pó inerte, que rompe a camada de cera da epicutícula dos insetos, fazendo com que eles percam água do corpo até morrerem (LORINI et al. 2002).

A terra de diatomácea é uma rocha sedimentar biogênica, que se forma pela deposição dos restos microscópicos das carapaças de algas diatomáceas em mares, lagoas e pântanos. Origina-se de depósitos estratificados ou maciços. Apresenta-se de forma porosa, leve (flutua na água, se não estiver saturado dela), absorvente e fina, pulverulenta, quebradiça, insolúvel em ácidos, exceto o ácido hidrofluorídrico, mas solúvel em bases fortes. É insípida e inodora, terrosa e tem ponto de fusão alto: de 1400 °C a 1650 °C. Possui a propriedade de absorver quatro vezes seu peso em água. As partículas que o compõem têm alta dureza, mas, devido à alta porosidade, é uma rocha de dureza baixa. É quimicamente inerte em muitos líquidos e gases, tem baixa condutividade térmica. A cor é branca quando pura, mas pode ser creme, cinza ou marrom-esverdeada, raramente preta, dependendo da presença de impurezas, que podem ser mais ou menos abundantes. Essas impurezas são matéria orgânica, argilas, areia, óxido de ferro, carbonato de cálcio e magnésio, cinzas vulcânicas, espícu las de esponjas e menores quantidades de outros materiais. Quando as espículas de esponjas predo minam, constitui um espongilito. É conhecida no Brasil desde quando nosso país era colônia de Portugal. Hoje sua presença é conhecida em todos os estados, mas as reservas mais importantes estão no Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Amazonas, Maranhão, Piauí, Pernambuco e Paraná.

Métodos alternativos de controle estão sendo enfatizados, a fim de reduzir o uso de produtos químicos, diminuir o potencial de exposição humana e reduzir a velocidade e o desenvolvimento de resistência de pragas a inseticidas. Recentemente disponibilizados no mercado, os pós inertes à base de terra de diatomáceas constituem uma alternativa para os armazenadores de grãos para controlar as pragas durante o armazenamento. A qualidade dos grãos armazenados, em especial a física, pode ser afetada pela ação de diversos fatores, entre es tes as pragas de armazenamento, em especial Sitophilus zeamais, S. oryzae, Rhyzopertha dominica, Acanthoscelides obtectus, Lasioderma serricorne, Sitotroga cerealella, Efhestia kuenhniella e E. elutella, podem ser responsáveis pela deterioração física do lote de grãos armazenados (LORINI et al. 2010).

O tamanho reduzido do corpo dos insetos e seus apêndices longos e delgados resultam em área de grande superfície de evaporação por unidade de volume. Sabendo que os insetos morrem quando perdem cerca de 30% do seu peso total ou 60% do teor corpóreo de água e que estes são protegidos da desidratação por uma barreira lipídica epicuticular. Em virtude dos insetos de produtos armazenados viverem em ambientes cujas condições são muito secas, a conservação de água é crucial para sua sobrevivência. O pó inerte adere à epitícula dos insetos por carga eletrostática, levando à desidratação por absorção da camada lipídica pelos cristais ou de abrasão da cutícula ou de ambos. Quando as moléculas de cera são absorvidas pelas partículas de sílica, ocorre o rompimento da camada lipídica

protetora, o que permite a evaporação dos líquidos armazém de fundo chato, sem aeração e ventilação do corpo do inseto (GOLOB, 1997; KORUNIC, 1998). natural limitada devido às paredes do armazém. O

O tratamento de grãos com terra de diatomáperíodo de armazenagem foi de 180 dias que além cea possui vantagens em relação aos demais tipos das avaliações periódicas para detectar a presen de tratamentos, tais como: a) Controle das diversas ça de insetos, também foi avaliada a umidade do pragas que atacam grãos armazenados; b) Longo grão, presença de grãos ardidos, trincados, acidez, efeito residual nos grãos; c) Segurança para os opeteor de amido e óleo, grãos avariados e impurezas. radores manusearem o produto, pois é de origem A análise inicial foi feita no dia 20 de fevereiro de natural; d) Controle de população de pragas resis2014 e análise final no dia 19 de agosto de 2014. tentes aos inseticidas químicos e não promove a resistência em insetos (LORINI, 2008).Os grãos, apeResultados e Discussão sar das características morfológicas de resistência Através das análises de resultados do experie rusticidade próprias de cada espécie, desde sua mento, notou-se a vulnerabilidade dos grãos de formação estão sujeitos ao ataque de microorgamilho, quando não aplicado a terra de diatomácea nismos, ácaros, insetos, pássaros, roedores e outros como inseticida protetor aos ataques de insetos e animais, a danificações mecânicas e a alterações posterior alterações nas características físicas. Foquímicas e bioquímicas. Esse conjunto de fatores ram constatadas alterações significativas nos peradversos provoca perdas, quantitativas e qualitaticentuais de grãos avariados, impurezas, amido e vas, pelo consumo de reservas e por modificações trincas, cujo principal motivo foi o ataque e proli na composição química dos grãos, redução do feração rápida dos insetos encontrados durante o valor nutritivo, formação de substâncias tóxicas e período de armazenamento experimental (Tabela diminuição do valor comercial. Por consequência, 1). Nos percentuais de umidade dos três lotes de acaba comprometendo a utilização do produto experimento também ocorreram reduções conpara o consumo e, mesmo, para industrialização, se sideráveis, entende-se que a alta temperatura e não forem adotados métodos adequados e eficiena baixa umidade relativa do ar contribuíram para tes de conservação (ANTUNES et al. 2010). essa ocorrência, as quais foram de 29 o C e 45 %, de

O objetivo deste trabalho foi de avaliar a eficitemperatura média e umidade relativa do ar, resência da terra de diatomácea, de forma preventiva pectivamente. em relação ao aparecimento de insetos e na prePerdas no peso dos grãos, ocasionados por praservação das propriedades físicas durante o armagas em armazéns, presença de fragmentos de inzenamento de milho. setos nos subprodutos alimentares, deterioração da massa de grãos, contaminação fúngica, pre

Material e Métodos sença de micotoxinas, efeitos negativos na saúde

O experimento foi instalado na Unidade de humana e animal, dificuldades para exportação de Recebimento de Grãos da Integrada Cooperativa produtos e subprodutos brasileiros devido ao poAgroindustrial localizada na cidade de Bandeirantencial de risco de contaminação, constituem um tes, PR. dos problemas que a má armazenagem de grãos

Os grãos de milho foram entregues na unidatraz para sociedade brasileira. Os insetos são os de armazenadora pelos cooperados, que no reprincipais agentes disseminadores da contaminacebimento foram classificados de acordo com o ção biológica e química dos grãos, devido a necesRegulamento Técnico do Milho determinado pela sidade de controle (Lorini, 2008). IN 60/2011 e IN 18/2012 do MAPA, após foram limpos, secos a 14 % Tabela 1. Características físicas do milho armazenado em função do tempo de armazenamenumidade e armazenados. to e do tratamento com terra de diatomáceas

Previamente ao armazenamento, todo o milho foi expurgado visando a eliminação de insetos pragas provenientes do campo. O experimento foi dividido em três lotes de 5 mil quilos de milho cada, isentos de insetos, onde foram aplicados os tratamentos de 1 e 2 kg de terra de diatomáceas por tonelada de milho, para os lotes 1 e 2, respectivamente, e um terceiro mantido sem aplicação da terra de diatomáceas para comparação. O armazenamento do milho foi em Fonte: da pesquisa (2014).

As operações de armazenamento e de manutenção dependem do sistema de conservação e podem incluir movimentação, manuseio, expurgo corretivo, intra-silagem, transilagem, aeração, combate a roedores, proteção contra ao ataque de pássaros e retificação da secagem e limpeza. Todas devem ser acompanhadas de amostragens periódicas e monitoramento por análise e observações criteriosas. Os resultados obtidos mostraram que os lotes tratados com terra de diatomácea ficaram isentos do ataque de insetos. Enquanto que o lote que não recebeu aplicação ficou vulnerável ao surgimento e proliferação dos mesmos. As espécies encontradas foram Sitophilus zeamais, praga primária que apresenta elevado potencial de reprodução, Tribolium castaneum, praga secundária que geralmente depende do ataque de outras pragas para se alojarem e Cryptolestes ferrugineus, praga secundária que ataca grãos fendidos, rachados e quebrados. Constatou-se que a ocorrência das duas primeiras espécies foram em aproximadamente sessenta dias, enquanto que a terceira espécie surgiu próximo aos cento e vinte dias de armazenamento (Tabela 2).

Para evitar perdas maiores foram necessários a aplicação de dois expurgos no milho sem o tratamento com terra de diatomáceas, o primeiro após a proliferação dos primeiros insetos encontrados,

Tabela 2. Número de insetos pragas, por espécie, encontradas no milho armazenado em função do tempo de armazenamento e do tratamento com terra de diatomáceas

oitenta dias após a instalação dos experimentos. O segundo expurgo foi feito após cento e quarenta dias de armazenamento. As dosagens utilizadas fo- ram de três pastilhas de 2 g/ m³ (Gastoxin B57 a 6 g/m³) em ambas as aplicações. O expurgo ser bem sucedido, ou seja, para que todas as fases de vida do inseto (ovo, larva, pupa e adultos) sejam elimi- nados, a concentração de fosfina deve ser mantida por no mínimo em 400 ppm por pelo menos 120 horas (LORINI et al., 2011).

Conclusões

Grãos de milho sem a terra de diatomácea são danificados facilmente pelos insetos, que em aproxi- madamente 60 dias começaram a surgir e a prolife- rar-se rapidamente, causando alterações em relação à quantidade e qualidade do milho armazenado.

A terra de diatomácea é um produto extrema- mente seguro para o uso na prevenção do milho contra o ataque dos principais insetos que atacam os grãos armazenados. E na dosagem de 1 quilo por tonelada de milho, mostrou-se suficiente para con- trolar todas as pragas, não sendo prejudicial aos aplicadores e consumidores porque não deixam residual tóxico no produto tratado, possui uma ação inseticida eficiente e duradoura, não compro- metendo o meio ambiente.

28 ATUALIDADE

PANDEMIA: UM BOM MOMENTO PARA REFLEXÃO

A Pandemia do COVID-19 derrubou todas as previsões econômicas no mundo, provocando a maior crise de saúde e abastecimento de alimentos em grau extremamente catastrófico.

Oswaldro J. Pedreiro

Novo Horizonte - Assessoria e Consultoria contato@nhassessoria.com.br

Com isso acabou pegando de surpresa a maior parte dos países sem o necessário estoque regulador e obrigando a cada um repensar e buscar soluções para atravessarmos VIVO essa grave situação jamais prevista ao longo dos anos.

O mundo superou 2 grandes guerras, a crise econômica de 1929, a peste negra, os tsunamis, e algumas outras fatalidades que não me vem à mente no momento, e conseguiu felizmente se superar em cada situação, claro que com perdas significativas, mas com a união dos esforços científicos e com bastante boa vontade para com os governantes de cada país envolvido a se unirem em um único objetivo: juntar as forças para sair de cada crise por sua vez!

Os traders permanecem focados na reativação da economia mundial após passado o pico da pandemia do novo coronavírus em alguns países com base no comportamento do dólar; nas perspectivas sobre a demanda chinesa e no clima norte-americano para a safra 2020/21.

No quadro climático, de acordo com a consultoria internacional Allendale, Inc., as previsões indicando um aumento das temperaturas em partes do Corn Belt nos EUA nas próximas semanas e de chuvas um pouco mais pesadas chamam a atenção do mercado e exigem monitoramento.

MERCADO INTERNACIONAL

O comportamento chinês no mercado norte-americano também segue acompanhado de perto, principalmente depois das últimas

notícias sobre as relações entre os dois países e da Com quase 50 milhões de toneladas de soja já necessidade crescente da nação asiática da oleaembarcadas no acumulado de 2020, o Brasil deve ginosa. rá ver seus embarques começando a se desacelerar

Apesar disso, o anúncio de uma nova venda de a partir de julho. Segundo o consultor de mercado soja dos EUA pela China pelo USDA (DepartamenVlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, a to de Agricultura dos Estados Unidos) estimulou as oferta brasileira é bastante limitada agora e o procotações, que terminaram por registrar ganhos de dutor que ainda possui volumes para vender tende pouco mais de 9 a 10 pontos nos principais vencia se retrair um pouco mais agora. mentos. "Quem tem soja neste momento a mantém "Foi bom, e positivo também no mercado financomo uma reserva de capital", explica Brandalizze. ceiro, até porque nesse ambiente de crise entre "Há pouco mais de 15% para se negociar e o produChina e EUA houve essa notícia de negócios, além tor não precisa e não quer correr pra vender agora", de uma melhora no controle da Covid-19 e do inícompleta. cio de uma reativação da economia global", explica De acordo com o diretor da ARC Mercosul, MaFlávio França Jr., chefe do setor de grãos da Datatheus Pereira, o Brasil tem capacidade para embargro. car no presente ano comercial, que termina em 31

França reafirma a necessidade da China de de janeiro de 2021, 84 milhões de toneladas de soja. seguir comprando soja dos EUA diante da pouca "E não me surpreenderá se este volume for de 3% a oferta disponível para o Brasil seguir atendendo 5% superior", diz. os chineses e toda sua necessidade até o final do Afinal, já são 59 milhões de toneladas compro ano. No entanto, determinar uma tendência para metidas com a exportação, ou seja, grão já embaro mercado agora é bastante difícil, principalmente cado, em fila de embarque ou programado para com informações que ainda são muito divergentes. chegar, o que representa um incremento para "O ponto central é que não há oferta sul-ameri o período de 44% em relação a 2019 e de 23% se cana suficiente para atender a necessidade chinecomparado a 2018, ano recorde, ainda como lemsa e eles precisam comprar bom volume ainda de bra Pereira. soja americana, e essa é a leitura do mercado", diz Mais do que isso, o diretor da ARC complemeno analista. ta sua análise trazendo ainda as confusas relações entre China e Estados Unidos que, nesta semana,

MERCADO BRASILEIRO passam por um novo momento de escalada nas

No Brasil, permanece o foco do mercado sobre o tensões. E assim, o Brasil pode se beneficiar ainda movimento cambial. Nesta terça-feira (2 de Junho), mais desse distanciamento. o dólar perdeu mais de 3% e fechou o dia na casa dos R$ 5,20. Dados safra de soja no PR - Fonte: Deral Todavia, o chefe do setor de grãos da Datagro afirma que para a moeda americana ainda não sinaliza uma tendência definida, especialmente pelos fatores que a interferem internamente.

Dessa forma, as referências para a soja brasileira recuaram forte nos portos, com indicativos Dados safra de soja no MT - Fonte: IMEA no disponível entre R$ 103,00 - Rio Grande - a R$ 112,00 - Santos. Para safra nova, os preços têm referências entre R$ 100,50 e R$ 105,00/saca.

Para França, as expectativas são de prêmios mais valorizados e dúvida em relação ao câmbio, o que poderia distanciar os preços em relação aos melhores momentos da temporada.

Ao lado apresentamos um rápido resumo das condições das lavouras no Brasil, e o percentual já comercializado com base em levantamentos recentes.

"Entretanto, cabe o alerta aos nossos representantes para cativar este laço político entre Brasil e Ásia, deixando-o sólido para a manutenção do forte fluxo comercial que o agro brasileiro presencia e continuará presenciando até o fim de 2020", explica o executivo.

A imagem a seguir, da Refinitiv, mostra o fluxo de navios carregados com soja em todo mundo, onde é possível perceber que o Brasil segue mandando soja para o mundo todo. As informações datam de 1º de janeiro e mostram navios saindo do porto de Santarem com destinos como Holanda, e México, por exemplo, além do intenso movimento de cargueiros para a China.

CONCLUSÃO

A única certeza que temos no momento, é que após passarmos por essa pandemia do COVID-19, o mundo terá que se adaptar à uma nova realidade, terá que se adequar a uma nova maneira de

se relacionar sob todos os pontos de vista, seja no âmbito de cada lar, de cada município, de cada país e também o relacionamento a nível internacional, com todos buscando a paz e a harmonia pois essa pandemia veio mostrar à humanidade que há uma força superior que domina o mundo, e com certe za Deus está usando essa situação para mostrar o quanto somos frágeis e de quanto dependemos da SUA proteção!

32 SAFRA

NOVO RECORD PARA O BRASIL (250,5 milhões de t)

O 9º Levantamento da Safra 2019/2020, divulgado nesta terçafeira (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirma o crescimento recorde da produção de grãos no país, estimada em 250,5 milhões de toneladas, ou seja, ou 8,5 milhões de t (3,5%) a mais do que o colhido em 2018/19.

Em relação ao levantamento passado, houve queda de 400 mil toneladas na estimativa de produção. Mas o recorde da safra se mantém, resultado de uma área semeada de 65,6 milhões de hectares, com crescimento de 2,3 milhões de hectares (3,6%) sobre a safra passada.

Com a colheita finalizada praticamente em todas as culturas de primeira safra, e as de segunda em andamento, o que falta agora é a conclusão do plantio das culturas de inverno e os números resultantes da terceira safra. Além disso, será necessário observar o comportamento climático, que pode influenciar na produtividade destas culturas.

A soja apresenta uma produção recorde de 120,4 milhões de t, 4,7% a mais do que a safra 2018/19. Já o milho total, somatório da primeira, segunda e terceira safras chega ao recorde de 101 milhões de t com uma área de 18,5 milhões hectares. A produção nas três safras devem alcançar, respectivamente, 25,4 milhões de t, 74,2 milhões de t e 1,33 milhão de toneladas. A colheita de arroz

está próxima do fim e sua produção está estimada em 11,1 milhões de t, 6,5% superior ao volume produzido na safra passada.

A produção de feijão chegará a 3,07 milhões de t, 1,9% superior ao obtido em 2018/19. A primeira safra está totalmente colhida, enquanto as lavouras de segunda safra estão em processo de colheita e as de terceira safra finalizando o plantio. Já o algodão em pluma tem uma produção estimada em 2,89 milhões de t, 3,9% superior à safra passada.

Finalmente, nas culturas de inverno, o trigo têm boas perspectivas, com um crescimento de 6,7% na área a ser cultivada e a produção devendo chegar a 5,7 milhões de t, dependendo do comportamento climático.

Safras de milho – Depois de se firmar como uma opção rentável para os produtores que aproveitam melhor a janela de plantio na segunda safra, começa a surgir a terceira safra de milho na região da Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia). A estimativa para este ano é uma colheita de 1,3 milhão de toneladas.

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