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Exportações de aves e suínos devem alcançar recorde em 2021 sem comprometer oferta interna
As vendas de aves e suínos devem atingir um novo recorde em 2021. Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) as exportações de carnes de frango podem chegar a 4,46 milhões de toneladas. Mesmo com os embarques recordes, a disponibilidade interna do produto também irá aumentar, passando de 10,6 milhões de toneladas para 10,9 milhões de toneladas – crescimento de 3%. De janeiro a outubro deste ano, o Brasil já exportou cerca de 3,75 milhões de toneladas de carnes de aves. As informações estão disponíveis no boletim AgroConab, divulgado Companhia.
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A maior oferta do produto no mercado é acompanhada da elevação na produção em 4,5%, chegando a 15,3 milhões de toneladas (quando comparada com 2020). Como consequência, a quantidade de carne de frango disponível para os brasileiros no ano também é a maior registrada na série histórica, passando de 50 quilos por habitante.
O cenário para a carne suína é semelhante. Com a estimativa de um rebanho próximo a 42 milhões de cabeças, tanto a produção quanto as exportações tendem a atingir os maiores níveis já registrados, ficando em torno de 4,45 milhões de toneladas e 1,24 milhão de toneladas, respectivamente. O maior volume de carne produzida reflete na elevação da disponibilidade deste tipo de carne do mercado, o que garante a oferta interna e mantém a quantidade de produto por habitante estável, próximo da marca de 15 quilos por pessoa.
Para os bovinos, a Conab estima um aumento de rebanho, devido à retenção de vacas para o abate. Ainda assim, a produção da carne bovina deverá ser menor neste ano, atingindo 8,1 milhões de toneladas. Já as exportações tendem a apresentar um ligeiro recuo em comparação com 2020, e podem chegar a 2,65 milhões de toneladas. A expectativa para a oferta de produto no mercado interno também é de redução, e está estimada em 5,5 milhões de toneladas, o que resulta em uma disponibilidade interna de 25,8 quilos por habitante no ano.
Preços pagos aos produtos e custos de produção – Um dos fatores que explicam a menor produção de carne bovina no país é a restrição da demanda. Os custos elevados da produção repercutem no preço para o consumidor. A suspensão das exportações para a China fez com que o preço pago ao produtor registrasse uma forte queda a partir de setembro, atingindo o menor valor no final de outubro. No entanto, esse reflexo nos preços ao consumidor final começa a ser sentido nos mercados de maneira menos acentuada. Com a retomada das negociações com a China, a tendência é que os preços voltem aos patamares anteriormente vistos, encontrando o equilíbrio entre o aumento nos custos de produção, a baixa demanda e a recuperação da oferta de animais prontos para o abate.
Já os preços recebidos pelo produtor de carne de frango seguem com tendência de alta. Entre os principais fatores para este movimento altista estão a maior demanda pelo produto e a elevação dos custos dos insumos para ração (milho e farelo de soja), apesar da redução das cotações de milho em setembro. Dados da Embrapa mostram que a despesa para alimentação do plantel praticamente dobrou entre julho de 2018 a julho de 2021. Neste mesmo período, a participação da alimentação nos custos para o produtor passou de 68% para 76%.
Os produtores de carne suína também são impactados pela cotação elevada de milho. Apesar da entrada da segunda safra de cereal, os valores de comercialização deste insumo continuam pesando no custo de produção. No sentido contrário, o mercado continua com pressão baixista dos preços para este tipo de carne, dando relativa estabilidade das cotações, sem espaços para avanços consideráveis.
Demais produtos – Além do panorama do mercado de carnes, o AgroConab traz o cenário para outras importantes culturas, como o trigo. Neste ano, a produção do cereal no país deverá ser recorde, sendo estimada pela Companhia em 7,6 milhões de toneladas. No entanto, mesmo em reta final de colheita do grão, os preços pagos ao produtor seguem em estabilidade. A valorização do dólar é o principal fator que interfere nas cotações do produto no mercado interno.
Assim como o trigo, a publicação da Companhia traz informação de mercado de algodão, arroz, feijão, milho e soja.
André Dobashi é reeleito presidente da Aprosoja/MS
O produtor de Antônio João, André Figueiredo Dobashi, por unanimidade, foi reeleito à presidência da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul. A entidade representa os produtores de grãos do Estado em esferas políticas e econômicas, e tem por finalidade apresentar projetos e propostas que estimulem o avanço da cadeia em todas as instâncias. O novo mandato se estenderá pelo biênio: 2022/2023.
“A produção de grãos em Mato Grosso do Sul avança de forma vertiginosa e esses avanços ocorrem de forma alinhada com conceitos de sustentabilidade. Outro destaque do agronegócio local são as parcerias institucionais, que facilita o trabalho, com base na informação, na ciência e na tecnologia”, aponta Dobashi. “Nesta nova gestão, além de nos aproximarmos ainda mais do agricultor, teremos a missão de estreitar o laço entre a ciência e o campo, por meio das Fundações de pesquisa, universidades e Embrapas. São a essas parcerias que creditamos o sucesso da produção de soja e milho em MS”, pontua.
Com perfil técnico, Dobashi é defensor de iniciativas sustentáveis na agricultura, característica que o levou a representar a agricultura Brasileira em evento que antecedeu a COP 26, na Bélgica, onde lançou o termo “kidnapping Carbon”, para facilitar aos representantes de outros países o entendimento sobre o processo de sequestro de carbono, que ocorre na agricultura local, na tradução literal: rapto de carbono.
Em sua primeira gestão à frente da Associação, Dobashi precisou reavaliar ações de proximidade com o produtor rural, devido a pandemia da Covid-19. Foi quando a entidade investiu em ferramentas online para manter o diálogo direto. Entre os méritos, está o aumento da equipe e da produtividade da Aprosoja/MS, que passou a contar com um escopo de colaboradores mais robusto, que atualmente repassa, aos agricultores, informações técnicas, econômicas e políticas, diariamente.
Atualmente André Dobashi é produtor rural no município de Antônio João, onde se dedica a produção soja, milho, sorgo, aveia e pastagens. Também é consultor técnico da empresa AgroExata em Mato Grosso do Sul, na área de implantação e condução de sistemas integrados de lavoura e pecuária.
É Casado com Marina, pai da Elisa e da Cecília. Engenheiro agrônomo pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e especialista em Engorda Intensiva de Bovinos de Corte (California/ EUA) e em Nutriçao de plantas e Manejo de Pastagens, também pela ESALQ/USP
Conab e Unicamp firmam acordo para gerar inteligência ao setor agropecuário
Com o compromisso de gerar inteligência para o setor agropecuário, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) celebraram Acordo de Cooperação Técnica. A primeira atividade entre as instituições acontece nesta segunda-feira (29). A intenção é disponibilizar uma visão sistêmica de produção e comercialização, de forma a favorecer a eficiência nos processos, a relação custo/ benefício e o negócio competitivo e sustentável.
Entre as ações previstas no acordo está o intercâmbio de dados primários do setor agropecuário elaborados pela Conab e de informações produzidas pelas Faculdades e Institutos ligados à Unicamp, reservando os de conhecimento sensível e que requerem resguardo das instituições, a fim de subsidiar os estudos de interesse das entidades. Além disso, o projeto prevê o desenvolvimento de pesquisas em conjunto.
“A união entre as duas instituições traz benefícios para a geração de informações agropecuárias que poderão auxiliar na tomada de decisões dos produtores rurais, bem como, no processo de desenvolvimento de novas políticas públicas para o Agro. Além disso, a parceria com a Unicamp, universidade com excelência no ensino e produção científica, está alinhada e propiciará manter e melhorar a atuação da Conab enquanto empresa de referência de inteligência, formulação e execução de políticas públicas voltadas à agropecuária e ao abastecimento, um dos objetivos estratégicos que são perseguidos pela Companhia” ressalta o superintendente de Inteligência e Gestão da Oferta da Conab, Allan Silveira.
O acordo de cooperação técnica terá duração de 5 anos.
GRANOS 144 JÁ CHEGOU!
Apresentamos a última edição de nossa primaApresentamos a última edição de nossa prima-irmã a revista Granos (em espanhol).
Entre outros temas, são apresentadas informações sobre: a traça da farinha indiana - Sistema de regulação de aspiração de pó - Sistema de secagem de grãos em silos com baixas temperaturas - Blockhain interrupções no transporte marítimo de mercadorias - Onde, quando, como e quanto resfriar - Ozonização de grãos armazenados, etc. Prestigiosas empresas do Brasil e de outras partes do mundo participam desta publicação, que já cumpriu 26 anos e chega a todos os países de língua espanhola. Interessados em fazer assinatura gratuita da revista digital ou fazer publicidade contatar: consulgran@gmail. com