FTM - Flap Tur Magazine

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cinema: a era da dimensรฃo

primeira classe

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os tipos de olhares

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viagem: experimente a

gustavo rosa: ousadia e humor

coelho revela seu sucesso

GRAPPA

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chef: bel

consumo: รณculos para todos

designer ucraniano andy kurovets

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TAX FREE

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3 – 2011 – nº 4

Os Editores

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Depois de alguns aperfeiçoamentos e modificações, a quarta edição da FTM chega às mãos do leitor e cliente Flap Tur repleta de matérias interessantes e editorias novas, marcando o ano de 2011 com muitas novidades. Além de um bate-papo cativante com Gustavo Rosa – artista plástico conhecido por retratar formas arredondadas e figuras coloridas em seus quadros – a publicação expandiu ainda mais as seções ligadas ao turismo. Destinos estonteantes como o Sofitel Guarujá Jequitimar, o Tivoli Collection em Portugal e o Royal Mansour Marrakech em Marrocos fundem-se com relatos de viagens dos sócio-diretores da Flap Tur, que mostram a Toscana e a Croácia de um ângulo totalmente inusitado e envolvente. Isso sem contar os encantos e confortos de uma primeira classe em aviões, tema também abordado nesta edição. Na editoria de moda, há a volta da feminilidade com o look ladylike e, no ensaio fotográfico, apresentamos as incríveis imagens captadas pelo fotógrafo subaquático Alcides Falanghe, editor chefe da Revista Mergulho. Confira ainda as exóticas criações do designer ucraniano Andy Kurovets e, na seção de música, os álbuns preferidos de três DJs famosos: Mario Fischetti, Michel Saad e Buga. Em “Cinema”, desvende os bastidores da tecnologia 3D e delicie-se com os principais lanches e sanduíches de São Paulo na editoria “Gastronomia”. Não deixe de ler também nossa entrevista com a cliente Flap Tur Bel Coelho, chef e dona do restaurante “Dui”, no Jardim Paulista. Como novidade, duas seções diferentes marcam o final da revista FTM: a “Flap Tur Networking”, que traz fotos dos principais parceiros da Flap Tur, e a coluna “Viajantes”, com imagens de nossos clientes em suas viagens mais marcantes e inesquecíveis. Por fim, é importante evidenciar que o trabalho da Flap Tur tem sido constantemente reconhecido por instituições consagradas no mercado hoteleiro, como a The Leading Hotels of The World, responsável por representar os principais hoteis de luxo em todo o mundo. A Flap Tur ganhou por duas vezes consecutivas, em 2010 e 2011, o prêmio Top Sellers Leading, mostrando sua representatividade nas vendas de pacotes de luxo para diversos destinos. Além de nos trazer notoriedade e reafirmar a fidelidade de nossos clientes, um prêmio como esse garante atendimentos preferenciais e exclusivos aos clientes Flap Tur durante as suas viagens. E, acima de tudo, mostra que nosso esforço e empenho estão sendo levados em conta. Esperamos que desfrutem dessa edição e até a próxima!

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Editorial

Guilherme Burti, sócio-diretor da Flap Tur, e Andreza Dreyer, diretora de vendas da The Leading Hotels of the World, na ocasião da entrega do prêmio Top Sellers 2011

Divida conosco sua opinião sobre a FTM: redacao@grappa.com.br

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3 | 2011 | nº

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nº 4

| cinema: a era da dimensão 3d | viagem: experimente a primeira classe

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entrevista: gustavo rosa: ousadia e humor

bel coelho revela seu sucesso os tipos de olhares

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chef:

consumo: óculos para todos

designer ucraniano andy kurovets

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Conselho Editorial Juliano Guarany De Luca, Adriano De Luca, Fernando Pereira de Almeida, Guilherme Burti, Luis Henrique Sassi, Roberto Nascimento Editor-chefe Adriano De Luca (Mtb 49.539) Diretor de Marketing e Vendas Juliano Guarany De Luca Diretora de Arte e Projeto Gráfico Paula Cristina d’Andréa A ssessoria Jurídica Xavier, Bernardes, Bragança Sociedade de Advogados Guilherme B. M. Filardi

GRAPPA

EDITORA

Na capa, da esquerda para a direita e de cima para baixo: [1] relógios Andy Kurovets [2] foto de Algides Falanghe (Ensaio) [3] Divulgação Air France (Viagens) [4] Gustavo Rosa (Entrevista) [5] Divulgação (Cinema)

A ssistente de Redação Verônica Petrelli Colaboradores Alcides Falanghe, Beatriz Betancourt, Kelly Alves, Laura Folgueira, Leonardo Barros, Marcelo Ermini e Tania Zagury C apa: Divulgação, Andy Kurovets e Alcides Falanghe

www.flaptur.com.br tel. (11) 2107-4888 fax (11) 2107-4861 flaptur@flaptur.com.br Esta publicação é produzida e comercializada pela

www.grappa.com.br tel. (11) 2533-0544 fax (11) 2532-0544 Publicidade e Marketing comercial@grappa.com.br Comentários, sugestões e críticas redacao@grappa.com.br Os artigos e matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

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FTM Arte e Cultura Nesta edição, uma das obras do artista Paulo Stocker ilustra a Seção Arte e Cultura, na página 82. Para conhecer mais sobre seu trabalho, acesse: www.stockadas.zip.net


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Sumário

ENTREVISTA

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60

Gustavo Rosa: artista plástico

VIAGENS

| 14

66 |

| 30

74 |

| 34

| 42

Designer ucraniano da criatividade

MÚSICA

| 48

Tops CD’s de três DJ’s

CINEMA

| 52

Terceira dimensão

LIVROS

Especial cinematográfico

76 |

Alcides Falanghe, fotografia subaquática

ANDY KUROVETS

CONSUMO

Óculos para todos os olhares

Feminilidade

ENSAIO

GASTRONOMIA

Lanches e sanduíches

Destinos e hoteis

MODA

60 |

BEL COELHO

Chef de sucesso

34

79 |

FLAP TUR NETWORKING

Hoteleiros e parceiros

80 |

VIAJANTES

Álbum de fotos dos clientes Flap Tur

82 |

ARTE E CULTURA

Paulo Stocker


entrevista

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...eu fiz sucesso sem “pedir licença” para o mercado.

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Gustavo por Verônica P etrelli

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fotos

Divulgação

O criativo autor das famosas formas arredondadas e pinturas coloridas já passou por várias fases no decorrer de sua vida artística: desde as figuras mais românticas até as telas geométricas de traços bem marcados. Hoje, no entanto, Gustavo garante que, devido à fase em que lutou contra o mieloma múltiplo (tipo de câncer na medula óssea), sua obra atingiu o ápice do humor e do colorido. Afinal, depois do sofrimento da doença, o artista descobriu que a vida não pode ser levada tão a sério. Sem nenhuma referência na família para o campo das artes, Gustavo se embrenhou na carreira de pintor sozinho, quando tinha apenas 20 anos de idade. E nem a sua atuação de sucesso na área da publicidade o fez mudar de ideia. Depois de ter ganhado como prêmio uma viagem à Europa em 1968, seu tino para as artes se aflorou ainda mais. A partir daí, muitas exposições, prêmios no exterior, trabalhos corporativos, encomendas de pessoas famosas e, como não poderia deixar de ser, muitas críticas. Por ter atrelado seus quadros a marcas como Bloominngdale’s, Cris Porto, Ambev e Tecnisa, Gustavo é taxado por muitos como um pintor mercadológico. Mas ele tem a convicção de que as críticas não o abalam; pelo contrário: ajudam-no a evoluir. 7


entrevista

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ftm: Como começou o seu gosto pela arte? É verdade que você pintou, aos dois anos de idade, a parede da casa da sua mãe com carvão? gustavo rosa: É verdade. Eu peguei um carvão da lareira e desenhei na casa toda. Essa foi a minha primeira obra de arte. E daí começou. Eu sou autodidata, nunca tive professor, nunca tive nenhum artista na família. Eu acredito na vocação. É um dom natural, veio comigo. ftm:

O fato de você não ter ninguém para lhe indicar no início da carreira dificultou o seu acesso ao campo das artes? gr: Eu sou a favor da luta. Acho que a dificuldade, o fato de você ter que ir buscar alguma coisa, é muito saudável. Porque se eu não tivesse passado por todas as dificuldades que passei, talvez não tivesse chegado aonde cheguei, talvez não tivesse dado valor. ftm:

Uma curiosidade: por que as pessoas e os animais retratados em suas obras têm um olho de cada cor? gr: Isso eu comecei a fazer nem eu sei bem o porquê! Teve início nos anos 70, em uma exposição que eu fiz no Rio de Janeiro. Na verdade, eu queria mexer com a figura. Da mesma forma que eu engordava, também aproveitava o cubismo e a geometrização dos desenhos para colocar as figuras de forma engraçada. O olho foi um dos detalhes (fazer um olho vermelho e o outro preto). E isso se tornou uma constante. Veio depois uma crítica dizendo que esses dois olhos tinham o princípio do Yin Yang, contrastando a vida e a morte, que nós todos carregamos. O vermelho, então, seria a vida e o preto, a morte. Instintivamente eu fazia isso. E acabou se tornando uma marca minha.

Obra realizada em conjunto com portadores de Síndrome de Down, fruto do projeto “Pintou a Síndrome do Respeito”, de 2009.

ftm:

Todos dizem que suas obras têm um teor de crítica e humor ao mesmo tempo. Por que utilizar a crítica e o humor? gr: O Theon Spanuds (que para mim foi um dos maiores críticos do Brasil) dizia que as minhas obras tinham uma crítica bem humorada, não no sentido pejorativo, mas no sentido construtivo. O humor faz parte da minha vida como colorido. Eu sempre cito que, quando eu era criança, havia uma casa de doces que eu adorava, e eu sempre escolhia o doce mais colorido, e não o mais saboroso. Eu comia as cores, e não o sabor. Eu sempre abracei as cores; elas têm um papel muito importante. ftm: O Ziraldo comentou uma vez com você que só quem já passou por um grande sofrimento pode entender e fazer um bom humor. Depois da morte de sua irmã, suas obras

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Pintura da época geométrica de Gustavo; depois da morte de sua irmã, as obras perderam o tom cerebral e ficaram mais despojadas e coloridas


O rei Pelé, nas formas arredondadas e gordinhas, características do pintor.

ficaram mais bem humoradas, devido às dores do passado? gr: Eu penso que sim. Depois da morte dela, em 1978, eu passei a ter um humor mais ferrenho. Até então, eu estava desenvolvendo um trabalho bastante intelectual, mais cerebral, geometrizando as figuras. Mas após o falecimento de minha irmã, eu vi que a vida não pode ser levada tão a sério. Então, comecei a arredondar as figuras, a brincar com as cores, com o humor. Minhas obras ficaram mais despojadas, mais leves, mais coloridas.

[ ftm:

vem de dentro. A minha pintura é de dentro para fora, e não de fora para dentro, diferente do que acontece normalmente hoje em dia, onde artistas seguem a tendência do mercado para ficarem engajados na programação. Nos dias atuais, a figura do crítico de arte infelizmente saiu de cena e deu lugar à figura do curador. Críticos como Angélica de Moraes, Jacob Klintowitz e Olívio Tavares de Araújo, que antigamente tinham suas colunas estampadas nos principais jornais, perderam espaço para o curador, que só pensa na questão mercadológica da arte. Os críticos, que são pessoas intelectuais, cultas e entendidas, foram substituídos por curadores sem cultura, que fabricam artistas com o único objetivo de faturar. Esses “pseudoartistas” moldados pelos curadores produzem obras de arte que não são mais visuais, e sim intelectuais. A obra atual não é mais completa por si só: ela vem com um encarte explicativo, com um CD ou livro complementar, e isso para mim não é arte. Então, acho a figura do crítico de arte muito importante para a evolução do artista. Eu evoluí muito com as críticas que recebi, e isso é fundamental. ftm: Então as críticas não incomodam você? gr: De jeito nenhum. Pelo contrário... As críticas já foram piores, e hoje em dia estão mais amenas. Depois que você vence barreiras, os inimigos começam a te respeitar. Eu acho que a crítica maior e melhor vem do meu público, e não dos especialistas.

Depois que você vence barreiras, os inimigos começam a te respeitar.

Seu trabalho é bastante diversificado, e talvez até por isso, você recebe muitas críticas. Em sua opinião, por que isso acontece? gr: Eu brinco e digo que eu fiz sucesso sem “pedir licença” para o mercado. Porque o campo das artes é uma máfia muito grande, e você é obrigado a seguir tendências. Aquele que não está seguindo a tendência do momento é considerado um outside, é mantido fora da programação. E como eu sempre fiz o que queria fazer, independente do mercado ou da vontade de outros, isso talvez tenha irritado essa camada intelectual. Eu tenho uma crítica severa comigo mesmo, com o meu trabalho. Mas eu faço aquilo que me dá prazer, que

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ftm:

De onde vem a inspiração para as suas obras? Eu não acredito em inspiração; eu acredito no trabalho. O Picasso tinha uma frase muito bacana sobre isso: “Se existe inspiração, ela vai me encontrar trabalhando”. Inspiração é uma palavra romântica. É o trabalho que responde às suas expectativas.

gr:

ftm:

Mas existe algo que o ajuda a se concentrar? Ouvir música, por exemplo? gr: Não, eu pinto sem música. É uma coisa natural. Eu, por exemplo, adoro a cidade. Então, eu não seria capaz de pintar em uma ilha isolada, em uma fazenda. Eu preciso dessa agi-

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entrevista

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“Selinho da Hebe”, obra em homenagem à apresentadora de televisão.

Cantora Madonna também é retratada em quadro de Gustavo Rosa.

tação da cidade. E eu também só pinto de dia, só com a luz natural; não pinto à noite. Até porque a noite me dá tédio. Acho que ela serve para tomar vinho e jogar conversa fora. ftm:

Você acredita que a cidade de São Paulo em algum momento influenciou a sua obra? gr: Não. É lógico que você sofre influências do meio em que você vive, mas eu acho que a caligrafia principal você já traz na sua genética. Eu acredito que a pessoa já nasce com um potencial, que pode ser desenvolvido ou não ao longo da vida. Para mim, o artista tem que ser inato, nascer com o dom. Hoje, fazem-se muitos artistas. O pintor não precisa mais saber desenhar e pintar, basta saber manipular bem um computador. ftm:

E o que você acha da nova geração de ilustradores e designers que fazem trabalhos artísticos pelo computador? gr: Na verdade, o computador é muito importante e veio para ajudar. Mas eu não sei como é que vai ser o futuro daqui para frente. Tem um ditado chinês antiguíssimo que diz: “Enquanto a mão trabalha, o coração descansa”. E hoje já não há mais esse trabalho manual. Quando eu era criança, gostava muito de fazer balão, pipas, com composições coloridas, mexendo com as mãos. Hoje já não se faz mais isso. Acho que, no futuro, a criatividade das pessoas irá ficar mais limitada por conta do computador. ftm:

E as mídias sociais? Você não pensa em promover o seu trabalho por meio delas? gr: Não, eu estou bem distante disso, porque eu acho uma coisa fria. Eu sou mais emotivo. Computador para mim ainda é uma coisa bem distante, bem fria. Mas é claro que eu tenho pessoas que me ajudam com isso. Afinal, para mim é como trocar um pneu: para quê eu vou colocar a mão na massa se tem alguém para fazer isso por mim?

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...as pequenas coisas dão felicidade. ...Você encontra nas coisas mais simples maneiras de se alegrar, de ser feliz.

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ftm:

O que torna uma obra ou um artista imortais? Para mim é o percurso que o artista fez durante a vida. O Volpi, por exemplo, percorreu todo um trajeto em sua carreira, chegando até o concretismo das bandeirinhas, que eu acho lindo. Mas houve um começo, um meio e um fim. Outros pintores, porém, se aproveitaram de um momento, reproduziram uma tendência e faturaram em uma determinada época, mas a obra não resistiu ao tempo.

ftm: Mas você ainda utiliza a publicidade para algumas de suas obras corporativas. Afinal, você já desenvolveu trabalhos para a Ambev, a Globo, a rede Pão de Açúcar... gr: Esse corporativismo é inerente a mim. Eu gosto muito de fazer obras corporativas. Hoje eu sou muito procurado pelas empresas, mas eu tenho plena liberdade também. Eu fiz uma campanha inteira para a Visa, durante quatro anos, e eu é quem tomei a frente e disse como iria ser.

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gr:

O que o motivou a largar toda a estabilidade na carreira publicitária e ir para o mundo das artes? gr: Na arte eu via a liberdade. E eu amo a liberdade. Mesmo que na publicidade eu pudesse exercer o meu dom, há uma limitação. Quantas vezes eu fiz um layout maravilhoso e o cliente não gostou? Acho inclusive que uma das razões de eu não ter me casado é para não ter mulher no meu pé, para ter uma certa liberdade mesmo.

A designer Cris Porto já fez uma coleção de joias baseadas em seus quadros. Além disso, suas obras já foram reproduzidas em camisetas e roupões em Nova Iorque. Como é transcender a barreira da tela e do pincel? gr: É que eu sempre lutei para fazer o que eu queria. Porque se eu fosse obediente e seguisse o que a crítica falava, eu nunca teria feito a minha grife na Bloominngdale’s, não teria feito todos esses trabalhos corporativos. Quando eu fazia, era

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entrevista

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Inspiração é uma palavra romântica. É o trabalho que responde às suas expectativas.

criticado. Hoje em dia não; agora, todo artista procura fazer isso. Além de divulgar o trabalho, dá uma receita muito boa. ftm: Quando você percebeu que o seu nome havia virado uma marca? gr: Acho que foi em Nova Iorque, quando eu fiz a minha grife lá, em 1994. Eu fui muito mais reconhecido lá do que aqui no Brasil. Infelizmente, apesar de eu adorar o meu país de origem, o Brasil tem um defeito: não aguenta o sucesso alheio, como já dizia o Tom Jobim. Fazer sucesso no Brasil é uma ofensa pessoal. Lá nos Estados Unidos eu expus obras em vários lugares; as pessoas andavam com camisetas estampadas com o meu trabalho. Aqui o pessoal dizia que eu estava me vendendo, que eu era comercial. ftm:

Você gosta de viajar? Qual lugar você visitou e mais gostou? gr: Por incrível que pareça, eu odeio viajar. Eu viajo mais aqui dentro do meu espaço, na minha cabeça, do que fisicamente. Eu detesto arrumar as malas, pegar avião, estar no aeroporto. Eu sempre acho que vou perder as malas, que não vou conseguir entrar no voo. Dá nervosismo. Quanto aos lugares que conheci, gostei muito de Hamburgo, na Alemanha. Fui muito bem recebido lá. Também adorei uma cidade

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nos Estados Unidos chamada Carmel, ao sul de São Francisco. Parece uma cidade de boneca; é um lugar muito romântico. ftm: Em 2009, você participou do projeto “Pintou a Síndrome do Respeito”, desenvolvendo obras junto a pessoas com Síndrome de Down. Como foi trabalhar com esse público? gr: Eu sempre digo que foi um aprendizado muito grande, foi muito saudável. Eu aprendi mais com eles do que eles comigo, porque os excepcionais são muito autênticos. Às vezes eu ia ajudá-los a pintar e eles não deixavam, se impunham. Eu acabei aproveitando esse trabalho e realizei uma série especial de obras feitas por eles, mas com intervenções minhas, que foram expostas no Museu da Escultura. E eu não quero vender esses quadros. ftm:

Você tem alguma mania, ou superstição? gr: No ano de 2003, uma numeróloga amiga minha disse que a assinatura dos meus quadros deveria mudar. Que eu não poderia mais cortar o “T” do Gustavo, porque isso sempre iria significar uma cruz na minha vida. Então eu segui a dica dela e modifiquei a assinatura. Com certeza vi muitas melhoras na minha vida a partir daí. ftm: E religião para você, significa alguma coisa? gr:

Não, eu abomino religião. Eu acredito em uma força maior, mas não em religião. Ela inclusive já atrapalhou a arte. A Igreja já proibiu determinados artistas de desenvolverem seus trabalhos porque era algo pecaminoso, contrário à sua vontade. Ela impede o desenvolvimento da sociedade e da ciência.

ftm:

O momento da sua doença está sendo mais de luta e esperança, ou mais de reflexão e introspecção? gr: Um pouco dos dois. É uma porrada que você recebe, sem dúvida. Você para um pouco para pensar, se questiona. Acho que toda a carga emotiva de sofrimento eleva a espiritualidade. Depois que eu tive esse problema, meu trabalho ficou mais forte, mais colorido e mais alegre, como foi quando a minha irmã morreu. É uma atitude até compensatória. Eu pinto aquilo que eu ainda gostaria de viver. Porque eu não sei fazer drama, só sei fazer comédia. Quando eu recebi o diagnóstico, ao invés de dramatizar e achar que o mundo acabou, a minha atitude foi de pintar ainda mais, e com mais alegria e lucidez. ftm:

Qual foi a primeira coisa que você pensou ao sair do hospital? gr: Puxa, como a vida é frágil.... Você está aqui hoje, mas

foto roberto rosa

amanhã pode não estar mais. Acabo questionando muito a morte. Eu não tenho medo dela, eu tenho medo é de sofrer. Afinal, quando eu tive a recidiva, fiquei três meses dormindo sentado, e isso foi um sofrimento físico muito grande. Depois, quando eu operei o disco lesionado da coluna, pude dormir deitado, e foi uma alegria imensa. E é aí que você vê que as pequenas coisas dão felicidade. O sofrimento vem para te ensinar a valorizar determinadas coisas que você, quando é são, não dá valor. Você encontra nas coisas mais simples maneiras de se alegrar, de ser feliz. ftm: E mesmo já tendo feito de tudo, você tem planos para o futuro? gr: Não. Eu acredito muito na magia das coisas. Como eu já disse, amo a liberdade, e a liberdade para mim é o desconhecido. Se eu souber que em dezembro terei que fazer uma exposição com 15 quadros, e que terei que pintar um determinado tema, acaba-se toda a fantasia. O bacana é não saber o que vai acontecer amanhã. Eu detesto fazer programações. 

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viagem flap tur

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alto d Vista do

a

S an torre de

Gimign

ano

Vista da casa em que Fernando se hospedou

Toscana por Verônica P etrelli

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fotos Fernando P ereira de

Almeida

Ponte Vecchio,

em Florença

A região italiana da Toscana, famosa pela beleza de seus campos e pela qualidade de seus vinhos, encanta muitos turistas que buscam destinos mais tranquilos, repletos de história e tradição. As comunas da Toscana têm um forte estilo medieval, sempre situadas no pico de uma colina e com muros envolvendo as construções. “Essa era uma estratégia utilizada nos séculos passados, para que os nativos conseguissem vislumbrar os invasores que se aproximavam de suas terras”, conta Fernando Pereira de Almeida, sócio-diretor da Flap Tur. Ele, junto com 16 pessoas, teve a oportunidade de passar sete dias conhecendo algumas das principais cidadezinhas que compõe a Toscana. “Alugamos uma casa em uma Villa que ficava a três quilômetros de Pienza, uma comuna italiana. Era um local mais isolado e sossegado, mas a vista era incrível. Todo dia acordávamos, tomávamos café da manhã e partíamos para conhecer diferentes lugares da Toscana”. Ao todo, Fernando e seu grupo desbravaram oito cidades da região: Montalcino (famosa pelos vinhos), Montepulciano, Chianti, Siena, San Gimignano, Assis, Pienza e Firenze (Florença). “Todas as cidades têm sua beleza e são parecidas entre si, mas Siena foi uma das que mais gostei de conhecer. Lá ocorrem todos os anos o Palio di Siena, uma corrida de cavalos na Piazza del Campo. Ganha aquele que primeiro der três voltas ao redor da praça. Essa corrida existe há séculos, desde a Idade Média”, diz Fernando. Como não poderia deixar de ser, o sócio-diretor da Flap Tur também foi à Galeria da Academia de Belas Artes em Florença. Conheceu as obras de Michelangelo – como o célebre David, por exemplo – e passeou pelos pontos turísticos da cidade. Fernando comenta que, apesar de ser maravilhosa em seu aspecto cultural, Florença não lhe agradou muito por estar sempre agitada e repleta de turistas. Outro local que chamou a atenção foi a comuna San Gimig-

Viela em Montalcino 14


C

qu as a em

po s e o gru

e ho sp

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G r up o

nano. “A cidade é bem famosa por seus sorvetes. É lá que fica a gelateria Pluripremiata, que ganhou por duas vezes o prêmio de melhor do mundo. Além disso, também gostei bastante de Montalcino, pois há muitas vinícolas nos arredores da cidade. Os melhores vinhos da Itália, e talvez do mundo, estão nessa região”. Por esse motivo, o passeio que Fernando mais gostou de fazer foi um tour pelas principais vinícolas de Montalcino, como Casa Nova di Neri e Biondi Santi. Ele afirma que voltou para o Brasil com muitas garrafas da bebida.

Pia a nd o n a d e Fe r n

,o C am p o

iena

alio di S

Além do charme das ruas e beleza da arquitetura tradicional, Toscana conquistou Fernando pelos seus sabores e aromas; de acordo com ele, a gastronomia é um ponto muito forte da região. “Sem dúvida alguma, o que eu mais apreciei nesse pedaço da Itália foi a gastronomia. A comida é incrível, maravilhosa. Contratamos um chef para fazer um jantar para nós por duas noites, e isso foi um show à parte. Ele levava todos os ingredientes e preparava tudo na casa onde estávamos hospedados. Os pratos eram sensacionais”. 

Fe r n a n Rua em Pienza

z z a del

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Almeid

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Piazza del Campo, em Siena

Para aqueles que gostariam de conhecer a Toscana, basta entrar em contato com a FLAP TUR flaptur@flaptur.com.br – Tel.: (11) 2107-4888

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viagem flap tur

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Dubrovinik Zagreb

Croácia por Verônica P etrelli

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fotos

Divulgação e Luis Henrique Sassi

Split

Independente desde 1991, a Croácia concentra um incrível número de Patrimônios da Unesco e parques nacionais que exalam riqueza natural. Os antigos palácios, castelos, catedrais e fortificações militares, aliados

foto luis henrique sassi

às belezas naturais do Mar Adriático, formam um cenário inigualável. As terras croatas respiram história, com seus tradicionais pontos turísticos e sua arquitetura renascentista e barroca, sendo o destino dos sonhos para muitos viajantes. Luis Henrique Sassi, sócio-diretor da Flap Tur, teve a oportunidade de conhecer as mais belas cidades da Croácia em sua viagem de oito dias ao país. A Flap Tur foi convidada para participar de uma feira de turismo que mostra os principais pontos turísticos da região e Luis recebeu a assistência de guias em cada local que visitou. O primeiro passeio foi para Zagreb, capital croata, que fica às margens do rio Sava. Lá, Luis pode conhecer a Igreja de St. Mark, a Catedral de St. Stephen e a Praça Josip Jelacic, destinos mais frequentados pelos turistas. “Zagreb é o centro cultural do país; é imperdível para os cosmopolitas”, diz. Depois de passar duas noites no local, o sócio-diretor da Flap Tur rumou em direção a Split, cidade famosa por ter o Parque Nacional de Plitvice (um dos patrimônios naturais da Unesco) e o Palácio Diocleciano, que foi construído pelo imperador homônimo em 295 a.C., sendo um dos edifícios mais bem conservados da Antiguidade. “Além das construções famosas, Split encanta os visitantes pelo seu calçadão com palmeiras às margens de praias cercadas por bosques”, comenta Luis. Ele também afirma que um dos destinos mais interessantes da Croácia é a Ilha Hvar: “Com belíssimas praias de areia branca, Hvar tem a noite mais vibrante do litoral, sendo hoje o balneário mais desejado do mundo. É um local muito procurado por jet sets, pessoas sofisticadas e elegantes”. A estonteante cidade costeira Dubrovnik, conhecida como a “Pérola do Adriático”, também foi um dos destinos visitados por Luis. Dubrovinik 16


foto en ri lu is h ssi qu e sa

Dubrov Split

Com suas muralhas divisadas pelo mar, o lugar é rico em história e um dos principais cartões postais da Croácia, possuindo paisagens maravilhosas. “Dubrovnik é um museu a céu aberto. Foi construída no século VII e possui um charme medieval peculiar. O mais arrepiante é você andar por cima do forte e pensar em tudo o que aconteceu ali há tempos atrás: guerras, ataques, invasões. Muralhas que anteriormente serviram para proteger a cidade hoje estão apinhadas de turistas, lojas, restaurantes e bares. É muita riqueza cultural”, conta Luis. Dentre tudo o que visitou, o sócio-diretor afirma que adorou conhecer a Croácia pelo mar, desbra-

inik

vando as ilhas e os vilarejos. “A cor do Mar Adriático é muito inspiradora. Além disso, o povo croata é extremamente simpático e acolhedor. A diversidade cultural do país é um ponto muito forte, ainda mais depois de tudo o que eles passaram com a Guerra da Bósnia em 1992”. Depois de todos os passeios, Luis ainda fez uma passagem rápida por Montenegro, país fronteiriço à Croácia. Lá ele conheceu Kotor, um tranquilo e pequeno povoado, e passou pelo Hotel Aman, que fica em um balneário rodeado de construções do século XV. O resort chegou a ser a casa de verão da rainha Maria Karadordevic há tempos atrás. 

Luis H

enriqu

e S as s

i

Aman

Luis Henrique Sassi e a gerente da cadeia do Hotel Radisson

Para aqueles que se interessaram pela Croácia, basta entrar em contato com a FLAP TUR flaptur@flaptur.com.br – Tel.: (11) 2107-4888

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viagens

| ftm

por

Ver么nica P etrelli

Avi玫es de

Primeira

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Há algumas décadas, devido à ausência de tecnologias de ponta e restrição de espaço nas aeronaves, uma viagem de avião costumava ser penosa, maçante e desconfortável para os passageiros. Não havia salas VIP nos aeroportos e as regalias eram bastante limitadas. Hoje, porém, esse cenário é totalmente inverso: as acomodações, refeições e recursos de entretenimento em uma primeira classe são dignos de um hotel de luxo, ou dos restaurantes mais renomados. Poltronas que fazem massagem, atendimento diferenciado e cardápio especial, que atende às dietas e etnias de cada um, são poucos dos muitos mimos que uma primeira classe proporciona. Isso fora a ala VIP, que conta com áreas específicas para os negócios, SPA para relaxar antes da viagem e espaço para as crianças pequenas. Nessa edição, a FTM separou para você as principais vantagens que cada companhia aérea oferece, bem como o que há de inovação nesse tipo de serviço. Singapore Airlines

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foto Divulgação – Singapore Airlines

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ftm ftm | | viagens tivoli

A maioria das aeronaves A380 possui cabines privativas; essa da Emirates, por exemplo, tem portas acionadas por controle remoto, dando privacidade ao passageiro. | foto Divulgação – Emirates Airlines

Airbus A380 Utilizada por muitas companhias aéreas ao redor do mundo, sendo a Emirates Airlines a principal operadora desse modelo, o Airbus A380 é a maior aeronave comercial de passageiros da história da aviação. Seu voo experimental ocorreu em 2005, e a empresa Singapore Airlines foi a primeira operadora desse modelo. Com sua imensa capacidade e motores mais eficientes, o avião atende rotas com amplo fluxo de passageiros entre grandes cidades. Devido à sua estrutura, a aeronave pode até parecer um hotel, dependendo da companhia aérea contratante. Os da Emirates Airlines, por exemplo, possuem uma primeira classe com suítes exclusivas de portas acionadas por controle remoto, proporcionando privacidade ao passageiro, além de escrivaninha, mini bar e SPA a bordo, com direito a dois banheiros completos com chuveiros. Uma sala de estar, com bar e assentos de couro, também faz parte da estrutura. Infelizmente, o A380 raramente é operado no Brasil, apesar do contínuo interesse das companhias aéreas. São necessárias pistas superlongas para o pouso e decolagem e, para isso, alterações nas pistas de taxi e fingers deveriam ser arquitetadas.

Check in rápido Para os passageiros que irão embarcar no serviço primeira classe, a maioria das companhias aéreas disponibiliza um serviço que acelera o processo de check in do viajante. O despache

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das malas é facilitado e o atendimento é preferencial. Além disso, muitos aeroportos já aderiram ao sistema e-gate, guichês de imigração automáticos que fazem a leitura do chip do passaporte e a análise biométrica do passageiro. Tudo é feito de maneira automática, dispensando a presença de um operador no guichê. No entanto, essa tecnologia só é válida para aqueles que têm passaportes especiais para o e-gate.

Gastronomia na Primeira Classe A sofisticação no paladar é um artifício bastante aproveitado pelas companhias aéreas. A Air France, por exemplo, em sua primeira classe denominada La Première, emprega uma culinária nova e contemporânea chefiada por três renomados chefs da cozinha francesa: Joël Robuchon, Guy Martin e Jacques Le Divellec. Utilizam-se toalhas bordadas e finas porcelanas, além de disponibilizarem um bar para o passageiro pedir sua


os guardanapos e com as sacolas de brinquedos. Ao final de cada voo, a equipe prepara relatórios com as opiniões dos passageiros sobre o serviço de refeições da empresa, a fim de avaliar se os padrões estão sendo mantidos. Outra vantagem é a questão dos fornecedores de alimento: as cozinhas dos serviços de bufê são geralmente localizadas em uma área próxima ao aeroporto. A Air France utiliza toalhas bordadas e porcelanas finas ao servir as refeições. | foto Divulgação – Air France

bebida a qualquer momento. Em voos superiores a 10 horas e meia, um buffet também encontra-se disponível em período integral. Já em outra empresa, a British Airways, produtos agrícolas frescos são utilizados em todos os pratos. O cardápio muda mensalmente, de acordo com a qualidade dos ingredientes sazonais. Entre os diferenciais oferecidos está o britânico Chá das Cinco, inspirado no renomado hotel The Dorchester, um dos maiores ícones da hotelaria londrina. Na Emirates Airlines, por sua vez, as refeições exclusivas podem ser solicitadas a qualquer hora através de uma chamada telefônica para a equipe de voo. Para passageiros que estão viajando com bebês, há um serviço de aquecimento de mamadeiras e alimentos específicos. Já com relação às crianças maiores, a Emirates possui um cardápio especial para elas, colorido e despojado, combinando com

Emirates Airlines | foto Divulgação – Emirates Airlines

British Airways | foto Divulgação – British Airways

Nos dias de hoje, praticamente todas as companhias aéreas oferecem um serviço de menu especial para aqueles que seguem alguma dieta específica, que têm alguma ressalva por problemas salutares ou, então, que são de países com gastronomia específica. Para garantir tal serviço diferenciado, o passageiro deve ressaltar essa necessidade no ato da reserva ou, então, com pelo menos 24 horas de antecedência ao embarque. Com relação aos vinhos, nem todos eles são adequados para as condições de voo. Devido à baixa umidade do ar e à pressurização da cabine, são escolhidos vinhos jovens, sem deterioração nem sedimentação, evitando-se o alto nível de tanino. A bebida, bem como champanhe e outros drinks, está disponível em qualquer serviço primeira classe.

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viagens

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British Airways | foto Divulgação – British Airways

Estrutura e serviços nas aeronaves Em quase todos os voos primeira classe, pelo menos dois membros da tripulação são destinados a atender somente esse público diferenciado. Os funcionários recebem treinamento específico para o serviço. E a estrutura dos aviões e entretenimento obviamente são os maiores chamarizes. Por não poderem abrigar o Airbus A380 no Brasil, algumas empresas aéreas, como a British Airways e a Singapore Airlines, têm investido massivamente no Boeing 777-300ER, o qual emite 23% menos dióxido de carbono por assento. No caso da British, a primeira classe também é equipada com cabines privativas, conferindo privacidade e maior conforto. Um em cada dois aviões da empresa no Brasil já vem com as cabines denominadas First. Nelas, a decoração de herança britânica, os tapetes felpudos e os assentos de couro com acabamento costurado à mão são os mimos apresentados. Além disso,

Air France | foto Divulgação – Air France

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outra novidade é a nécessaire assinada por Anya Hindmarch, famosa designer inglesa de bolsas. No caso da Singapore Airlines, os aviões 777300ER começaram a circular no Brasil em março deste ano, tendo conexão em Barcelona (o percurso abrange, portanto, São Paulo – Barcelona – Cingapura). Chamada de The New First Class, a primeira classe da Singapore aloca somente oito poltronas por voo, as quais são as mais largas da categoria, garantindo uma cama mais larga e confortável na hora do repouso. Os assentos são de design da Givenchy e cada um deles possui uma penteadeira própria, com espelho e gaveta, para o passageiro não precisar se dirigir até o banheiro para retocar a maquiagem ou passar algum creme. Outro diferencial são compartimentos específicos para se colocar as luvas, os óculos, a carteira ou o livro de bolso. O kit de amenidades vem com cremes e perfumes de Salvatore Ferragamo, além de pijamas e chinelos de camurça da Givenchy. Todas as poltronas da primeira classe são equipadas com televisores LCD de 23 polegadas. A empresa Air France também possui vários requintes. Os assentos têm uma série de comandos discretos integrados: massagem nas costas, monitor interativo de vídeo e telefone individual. Em frente a cada assento há um banco (pufe) com espaço para guardar objetos, que permite ao passageiro


convidar um colega de trabalho ou companheiro de viagem para sentar-se com ele em seu espaço privativo. Nos voos Air France primeira classe também são distribuídos kits amenidades, com produtos da Clarins. No caso da Emirates Airlines, são 600 canais na área de Informação, Comunicação e Entretenimento (mais conteúdo do que qualquer outro sistema de entretenimento a bordo). Há uma grande variedade de filmes árabes e hindus, além de câmeras externas de visão panorâmica, que mostram tomadas ao vivo das decolagens e aterrissagens. Em cada poltrona há telefonia por satélite, em que as chamadas são cobradas a U$5 o minuto.

Antes da decolagem e depois do pouso – serviços em solo As companhias aéreas costumam oferecer áreas VIP para todos os seus clientes primeira classe, para que eles possam relaxar, trabalhar ou se divertir antes e depois do voo. Um destaque especial vai para a Baobab Premium Class Lounge, área VIP oferecida pela South African Airways no Aeroporto Internacional OR Tambo, em Joanesburgo. Construída há pouco tempo para atender especificamente a demanda da Copa do Mundo, o local é cheio de requinte. Com decoração especial que mostra as raízes africanas, a área conta com chuveiros, alas para fumantes, espaço de entretenimento audiovisual e um lugar dedicado às crianças. Mas talvez a empresa que mais se destaque quando o assunto é presteza e inovação em solo é a Qatar Airways. Em seu terminal VIP no aeroporto de Doha, a companhia oferece um Business Center completo equipado com três salas de reunião que possuem video e teleconferência. Há também um Duty Free especial da Qatar para compras. O espaço das crianças é maravilhoso, com diversos videogames e simuladores de corrida virtuais. Para as crianças menores, o serviço de babá é disponibilizado, para que os pais fiquem tranquilos ao desfrutarem dos artifícios oferecidos pela ala VIP. No SPA, o viajante pode encontrar: jacuzzi, sauna, massagem relaxante, tratamento de rejuvenescimento facial e corporal e dormitórios com macias roupas de cama do tipo Frette Italiano. No entanto, é importante lembrar que o serviço primeira classe da Qatar não existe no Brasil, onde somente a classe executiva é operada. Mas para quem partirá de Doha com outros destinos em mente, o terminal VIP é uma excelente opção. O serviço VIP da Air France no Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, em Paris, além de oferecer uma biblioteca exclusiva, dez diferentes tipos de águas minerais e decoração com obras de arte contemporâneas, também conta com o serviço de chofer. Os passageiros são acompanhados pessoalmente a um elevador privativo que os leva até um dos sofisticados carros que os conduzirão até a escada da aeronave. Esse serviço também é proporcionado pela Emirates Airlines como cortesia, que disponibiliza uma limusine com chofer para alguns aeroportos selecionados. Além disso, na Inglaterra, a companhia oferece traslado da primeira classe gratuito no Heathrow Express (trem que sai do aeroporto e leva o passageiro ao centro de Londres por apenas quinze minutos) e telefone celular grátis por 28 dias na chegada em Londres, nos aeroportos Heathrow e Gatwick.  South African Airways | foto Divulgação – South African Airways

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pérola Atlântico

Conforto e requinte são marcas registradas do Sofitel Guarujá Jequitimar

Muito procurado pelos mais variados turistas em alta temporada, o Guarujá é conhecido como “Pérola do Atlântico”, devido às esplendorosas praias e belezas naturais. A estância balneária conta com praias urbanizadas e outras mais selvagens, acessíveis apenas por trilhas. Além disso, a cidade oferece aos visitantes a exploração de construções históricas e trilhas de ecoturismo, isso sem contar a deliciosa gastronomia local. Em meio a esse paraíso, mais especificamente na charmosa praia de Pernambuco, está situado o Sofitel Guarujá Jequitimar, o mais completo empreendimento hoteleiro de lazer no segmento de luxo do litoral paulista. Com 77 mil metros quadrados, sendo que 44 mil são de área construída, o Sofitel Guarujá Jequitimar tem uma arquitetura muito bem distribuída e composta por ambientes contemporâneos, com espaços amplos que dão a sensação de leveza e liberdade. Divididos em seis categorias, os 301 apartamentos do complexo hoteleiro foram planejados nos mínimos detalhes para levar ao cliente o conforto e a sofisticação pelos quais a marca Sofitel é reconhecida em todo mundo. As suítes Ópera e Prestige possuem, respectivamente, piscina e banheira com hidromassagem em suas varandas, levando ao hóspede conforto e bem-estar em um ambiente com fantástica vista para o mar. Para mais informações, consulte a FLAP TUR: flaptur@flaptur.com.br Tel.: (11) 2107-4888. Sofitel Guarujá Jequitimar: www.sofiteljequitimar.com.br

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Outra instalação que marca o requinte da rede Sofitel é o Le Spa, eleito o melhor SPA de hotel pelo Guia 4 Rodas Brasil de 2009. Com equipamentos avançados, sauna e piscina coberta e aquecida, oferece tratamentos especiais para face, mãos, pés e corpo, além de massagens envolventes e banhos especiais. Os cinco sentidos do hóspede são aguçados por meio de aromas, toques e sons da natureza, tudo complementado com linda vista para o mar, em uma atmosfera especial para relaxar.

Além da estrutura das acomodações, o Sofitel Guarujá Jequitimar também preza pela impecável qualidade gastronômica, oferecendo uma ampla gama de restaurantes e bares aos hóspedes e clientes. Há o restaurante Les Épices, que opta pela culinária francesa com toques da cozinha mediterrânea e brasileira, e os restaurantes Brisa e Mar Casado, que oferecem buffets variados e petiscos de frutos do mar. Os bares L´Eau Vive, localizado no lobby, e Pool Bar, na piscina, trazem um ar de modernidade e descontração.

O Sofitel Guarujá Jequitimar também oferece atenção especial para as crianças com o Kids’ Club, espaço que possui jogos educativos, livros, gibiteca, palco de teatro e camarim com fantasias. Para a comodidade dos pais, um berçário também fica disponível para o uso, sendo que a primeira hora da babá é gratuita. No mês de junho, o resort promoveu, em parceria com o Guarujá Golf Clube, o XXVII Torneio Aberto do Guarujá Golf Clube; os jogadores que participaram do campeonato tiveram a pontuação válida para o ranking da Federação Paulista de Golfe nas categorias masculina e feminina. 

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Portugal Experience

Tivoli Collection

A rede Tivoli Hotels & Resorts criou uma coleção de hoteis exclusivos e diferenciados: os Tivoli Collection. Eles representam um patamar superior, que une qualidade e personalização do serviço, conforto e bem-estar , sofisticação e estilo único. Descubra o universo de experiências Tivoli, desenvolvido para proporcionar momentos inesquecíveis. Tivoli Palácio de Seteais O luxo do Tivoli Palácio de Seteais remonta ao século XVIII, com mobiliário de época e uma atmosfera autêntica, mas o conforto e o rigor do serviço são totalmente contemporâneos, pois o hotel foi renovado em sua totalidade. Em plena encosta da Serra de Sintra, é possível admirar uma vista arrebatadora sobre o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena e, também, passear pelos luxuosos jardins do hotel e seguir até a vila de Sintra, classificada como Patrimônio Mundial pela UNESCO. A tranquilidade domina todos os espaços; o hotel é perfeito para uma estada serena e sossegada, seja a lazer ou a trabalho. Dada a riqueza do cenário natural e arquitetônico do Tivoli Palácio de Seteais, as celebrações sociais têm aqui um local extraordinário e de enorme prestígio, com salões e jardins exuberantes que definitivamente marcarão para sempre qualquer casamento, batizado ou grande evento social.

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Tivoli Lisboa O Hotel Tivoli Lisboa é um dos mais carismáticos da capital e um prestigiado ponto de encontro, onde a decoração rejuvenescida e atualizada cria uma atmosfera urbana e cosmopolita. Os elevados padrões de qualidade e de serviço o mantêm invariavelmente como hotel referência em Lisboa, o que o torna também a escolha natural de altos executivos para reuniões nas modernas e tecnológicas salas do Centro de Conferências e Eventos. De todos os motivos para visitar o Tivoli Lisboa, o grande destaque é o Restaurante Terraço, com vista magnífica e inspiradora sobre a cidade. O Brasserie Flo com seu espírito parisiense ou o Tivoli Caffè são pontos ideais para descontrair e conversar entre amigos. Os jardins e a piscina são locais de refúgio em plena cidade.

Tivoli Victoria Há várias razões para acreditar que o Tivoli Victoria é de fato um hotel à parte na nobre área de Vilamoura. Graças à colaboração de três das mais representativas galerias nacionais, o hotel foi transformado em um imenso espaço de arte contemporânea portuguesa. Além de estar rodeado de formidáveis peças de arte, o hóspede recebe um atendimento característico de hotel cinco estrelas, desfrutando da visão panorâmica dos fairways do Oceânico Victoria Golf Course. Neste campo oficial da PGA European Tour, desenhado por Arnold Palmer, a arte de bem jogar é posta à prova nos 18 buracos desafiantes. Já a arte de relaxar o corpo e a mente é praticada no Elements Spa by Banyan Tree, o primeiro, na Europa, da cadeia mundial de spas de luxo Banyan Tree. Mas se o hóspede procura um local grandioso para uma reunião de empresa ou uma celebração social, no Tivoli Victoria há o espaço adequado e a equipe pronta para proporcionar serviços impecáveis. 

Para mais informações, consulte a FLAP TUR: flaptur@flaptur.com.br – Tel.: (11) 2107-4888. Tivoli Hotels & Resorts: www.tivolihotels.com

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hoteis

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Royal Mansour fotos

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Segunda maior cidade de Marrocos e um destino muito agradável para os turistas, Marrakech apresenta inúmeros monumentos que são considerados Patrimônios da Humanidade, como a Medina de Marraquexe, o Palácio do Sultão e as Mesquitas dos Escribas. Localizada ao sopé da Cordilheira do Atlas, Marrakech é conhecida como “a cidade vermelha”, possuindo o maior mercado tradicional de Marrocos. É nesse ambiente inspirador e cheio de riquezas culturais que está situado o Royal Mansour Marrakech, hotel de primeira linha que chega a superar as expectativas do viajante mais exigente. Ao construir o Royal Mansour, seu proprietário quis colocar em evidência o radiante estilo de vida de Marrakech, reproduzindo os elementos da arquitetura e do artesanato marroquinos em toda a propriedade de 3,5 hectares. A começar pela entrada do hotel, cujo portão principal, esculpido por artesãos locais, lembra o famoso monumento marroquino Bab Fes Khemis. Depois de passar pelo imponente portão, o hóspede se depara com jardins cuidadosamente cultivados, que servem de refúgio para leitura ou simplesmente para apreciar a paisagem. O hotel é totalmente circundado por muros de cinco metros de altura, sendo um dos lados pertencente à antiga muralha da Marrakech. O Royal Mansour oferece aos seus hóspedes 53 riads – típica residência marroquina – concebidos individualmente, cada qual com uma decoração única e diferenciada. Os riads são compostos por três andares, sendo que o piso térreo apresenta sala de estar, bar, lobby e um pátio ao ar livre. Já os riads maiores possuem galeria e sala de jantar, alguns até com terraços privativos, piscinas, lareiras e tendas beduínas. Com móveis feitos sob medida e diversas inovações tecnológicas, os riads misturam tradição e modernidade: são equipados com sensores automáticos de teto e paineis touch screen, tudo para promover conforto e praticidade ao hóspede. Além disso, essas acomodações são acessadas por túneis disponíveis somente ao staff do hotel, garantindo privacidade total ao viajante.

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Um dos destaques do Royal Mansour Marrakech é, sem dúvida, a área de Spa, um verdadeiro paraíso que estimula os sentidos, promove relaxamento e oferece uma experiência única. Logo na chegada, os hóspedes iniciam uma verdadeira jornada espiritual, deixando para trás a agitação da cidade e as preocupações cotidianas. As consultas com os especialistas do Spa podem ser personalizadas e privativas, de acordo com a necessidade de cada cliente. Os tratamentos são baseados nos tradicionais rituais marroquinos, cujo ponto alto são os hammans (banhos especiais que estimulam a circulação e permitem uma profunda desintoxicação e limpeza da pele). Além das massagens e tratamentos corporais, a área de Spa oferece salão de beleza, piscina aquecida e sala com aparelhos de ginástica. Como a cidade de Marrakech é o reduto de uma das gastronomias mais diversificadas do mundo, o Royal Mansour não poderia ficar atrás em termos de alimentação. Há dois restaurantes principais no hotel: “La Grande Table Marocaine”, que oferece a versão tradicional da cozinha marroquina, e “La Grande Table Française”, que apresenta o melhor da alta gastronomia francesa. Para satisfazer os diversos gostos e ocasiões, o hotel também possui uma seleção de bares e lounges exclusivamente decorados: “Le Salon de Thé”, com drinks e refeições saudáveis; “Le Bar”, maravilhosamente enfeitado em folhas de ouro pink; “Le Piano Bar”, com vista para os jardins da Andaluzia; e “Le Bar a Cigaré”, que possui uma vasta seleção de bebidas vintage e charutos famosos. Renée Behar, que se hospedou no Royal Mansour Marrakech entre fevereiro e março deste ano, não poupa elogios ao resort: “É o paraíso na terra. Desde a recepção, logo na entrada, me senti transportada no tempo. Isso sem contar o atendimento do staff, todos vestidos com uniformes fantásticos inteiramente bordados, tratando os hóspedes individualmente, como se cada um fosse único. Se eu pudesse classificar, o hotel levaria muito mais do que dez estrelas. É o máximo do luxo e do bom gosto”.  Para mais informações, consulte a FLAP TUR: flaptur@flaptur.com.br – Tel.: (11) 2107-4888.

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moda

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Nessa temporada, o ladylike retorna com cinturas marcadas, tecidos leves e estampas florais

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foto:

Daniela Toviansky

Cena do seriado “Mad Men”

por L aura Folgueira

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fotos

Divulgação

A volta da 31


moda

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As

últimas temporadas de moda trouxeram uma

espécie de libertação reversa para as mulheres (ao menos as mais fielmente seguidoras das tendências fashion).

Depois de uma quase overdose de ombros marcados e formas estruturadas, que remetem às décadas de 40 e 80, os tecidos voltaram a ganhar fluidez, os comprimentos ficaram maiores e o destaque ficou nas cinturas. Esse retorno da feminilidade ganhou, na mídia especializada, o nome de ladylike. E faz sentido que as mulheres se sintam agora tão à vontade nessa tendência: a moda funciona de forma cíclica, precisando de opostos de temporada em temporada – logo, alguns anos de minissaia garantem que, algum tempo depois, a tendência se volte aos comprimentos mais longos, por exemplo. Além disso, os ombros marcados e tecidos estruturados remetem ao poder feminino – nos anos 80, especialmente à sua participação no mercado de trabalho. Por isso, há uma corrente de estudiosos fashionistas que dizem que esse retorno da “mulher forte” tem a ver com os tempos de crise, como o que passamos, por exemplo, em 2009. Passada a onda, é possível relaxar em tecidos mais leves, confortáveis, num papel mais feminino, mas que, no século XXI, não perde seu poder. (Prova disso é que o ladylike fica lindíssimo combinado com outra tendência igualmente forte e quase oposta, o militarismo.) O comprimento midi – aquele que cai abaixo do joelho e antes da canela – traz a década de 60 às passarelas, e fica perfeito com cintura marcada – não alta, mas no lugar, apenas delineando a silhueta naturalmente feminina, como mostrado com maestria por Marc Jacobs na Louis Vuitton, primavera/ verão 2011. Lá fora, também apostam no ladylike Prada e Dior. Ainda em alta nessa tendência estão as estampas joviais, que podem ser florais, como no jardim criado pela italiana D&G, com influências setentistas, ou ainda divertidas, como fez a estilista Alessa, na última edição do Fashion Rio (inverno 2011): a mulher de Alessa não está interessada em seriedade, nem em poder. Nessa temporada, ela quer usar camisetas com frases e estampas que remetem à doçura.

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Cori

Sta. Ephigênia


Iódice

Na edição de verão 2011 do São Paulo Fashion Week, a Cori, desenhada por Alexandre Herchcovitch, apostou em elementos clássicos do ladylike: saia rodada, volumes e cintura sempre bem marcada. Na mesma edição do evento, a Iódice utiliza a renda, outro elemento que remete à extrema feminilidade. Atualmente, o estilo ladylike é bem representado pelas personagens do seriado Mad Men, que se passa na década de 60. No figurino, a sensualidade feminina é representada de forma sutil. A carioca Sta. Ephigênia também aposta em saias amplas, cintos e rendas em seu desfile de inverno 2011 no Senac Rio Fashion Business. 

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ensaio fotogr谩fico

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por

Ver么nica P etrelli |

fotos

A lcides Falanghe

Os segredos do do 34

MAR


Alcides Falanghe é um dos mais consagrados fotógrafos subaquáticos do Brasil. E não é por menos. Seu gosto pelas profundezas marinhas, e paralelamente pela fotografia, surgiu quando ainda era um menino. Depois de retornar do Tahiti, inscreveu-se em um curso de mergulho da Escola Bandeirantes do Mar e dois anos depois já era monitor de mergulho. Ao longo de sua carreira, foi campeão brasileiro de fotografia por dois anos e ganhou medalha de bronze em foto subaquática na Coreia do Sul, além de prêmios no Egito e em Búzios. Atualmente, Alcides é juiz da Confederação Brasileira de Pesca e Deportos Subaquáticos, além de editor chefe da renomada revista “Mergulho”. 35


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| ensaio fotogrรกfico


ftm: De onde surgiu o seu gosto por fotografia? alcides falanghe: Comecei a fotografar para registrar

as viagens que fazia com meus pais nas férias de julho. Desde cedo, encarei a fotografia mais como uma forma de registrar minhas aventuras do que de expressão artística. Minhas primeiras fotos foram de uma viagem de Motor Home que fiz com minha família, aos 13 anos de idade. Depois fiz um curso de fotografia, mas meu grande mestre foi Jorge Albuquerque, um português pioneiro da fotografia submarina. Em 1989, ele me convidou para participar de um campeonato de fotografia subaquática na ilha de Ústica, na Itália. Depois que ele faleceu, continuei participando do circuito mundial de fotosub, representando o Brasil nos campeonatos mundiais. ftm: E sua paixão por mergulho? De onde veio? af: Acho que é uma coisa nata. Quando criança eu era fã

de carteirinha da série “As Aventuras Submarinas de Mike Nelson”. Na minha adolescência sonhava em fazer parte da equipe do Jacques Cousteau. Meu primeiro mergulho no mar foi só de máscara, snorkel e nadadeiras com meu pai, que na época praticava caça submarina ao longo da costeira da Península da Enseada no Guarujá. Debaixo do pier do Clube Samambaia tinha um lindo cardume de cocorocas e aquela imagem nunca mais saiu da minha cabeça. Em 1975, viajei com minha família para o Tahiti. Foi aí que me apaixonei de vez pelo fundo mar.

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ftm: De todos os lugares para os quais você foi viajar,

de todos os mergulhos, qual foi o mais marcante? af: Acho que o que mais me marcou foi um encon-

tro com uma baleia-franca na Península de Valdez, na Argentina. Estava fotografando seu filhote, que parecia querer brincar comigo. Ele tinha mais de cinco metros de comprimento e pesava algumas toneladas. Qualquer esbarrão poderia me machucar seriamente. De repente apareceu a mãe, com mais de 15 metros e muitas toneladas de peso. Parou na minha frente e ficou me encarando, como se estivesse perguntando quais eram minhas intenções com seu filho. Fiquei paralisado, não sei se por medo ou emoção, olhando fixamente em seu olho enorme. Depois de alguns segundos, saiu nadando suavemente e levou o filhote embora. Outros grandes encontros com as raias-mantas, nas Ilhas Revillagigedo no México, com tubarões-baleias e leões-marinhos nas Ilhas Galápagos e com tubarões-tigres na África do Sul vão ficar para sempre em minha memória. ftm: Quais são as dificuldades de se fotografar embaixo

d’água? af: Fotografar debaixo d’água é como fotografar em um

nevoeiro. A visibilidade é bastante reduzida e nos melhores dias dificilmente ultrapassa os 40 metros de distância. Outro fator é que as cores são absorvidas à medida que a profundidade aumenta. Por isso, temos que fotografar o mais próximo possível do objeto e usar um flash externo potente para repor as cores. Além disso, é necessária a utilização de caixas estanque que permitam o acesso aos comandos da câmera com lentes corretoras para reduzir o efeito de refração, que faz os objetos parecerem maiores e mais próximos do que realmente estão.

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ensaio fotográfico

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ftm: O que o mundo marinho tem de diferente que o

mundo terrestre não possui? af: É outro planeta, onde você flutua sem gravidade e

se movimenta em três dimensões. Os seres marinhos são tão ou mais exóticos do que qualquer ET imaginado pelas mentes mais criativas de Hollywood. Você não tem nenhum controle sobre o ambiente, que pode mudar de uma hora para outra. Diferente de fotos em estúdio, dificilmente consegue-se repetir uma cena. É lidar com a natureza em seu estado mais puro e saber aproveitar suas deixas. ftm: O que exatamente atrai o seu olhar fotográfico? af: Prefiro fotos panorâmicas que registram o ambien-

te marinho como um todo, mostrando mergulhadores inseridos no contexto. Procuro mostrar que é possível uma convivência harmoniosa entre a espécie humana e a natureza. ftm: Qual é a principal lição que você passa aos seus

alunos de fotografia? af: Não adianta ter os melhores equipamentos disponí-

veis no mercado, saber tudo sobre técnicas de fotografia e ser criativo ao compor imagens se você não tiver o que fotografar. Nossos mares estão em situação caótica. A verdade é que nossos oceanos estão doentes devido às inúmeras agressões que sofrem diariamente. A maioria das pessoas que vivem nos centros urbanos não tem noção do que está acontecendo. Só percebem que tem alguma coisa errada quando sua cidade é alagada ou sua casa desmorona devido a uma enxurrada. Mais do que fazer fotos bonitas, temos que usá-las em prol da preservação do ambiente marinho. Os mergulhadores são os olhos dos oceanos. 

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andy kurovets

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ANDY KUROVETS

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Andy Kurovets – modelos em 3D

Talvez as

ideias

venham do , trazidas por um pássaro fantástico... O designer ucraniano Andy Kurovets nasceu no ano de 1979, no berço do socialismo, quando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ainda estava em vigor. Mesmo sendo criança à época , Kurovets ainda se lembra dos pontos positivos e negativos do sistema socialista na Ucrânia: garantia de emprego, educação e saúde, mas fronteiras com muralhas totalmente intransponíveis para o restante do mundo. Hoje, o contexto em que Andy vive é totalmente diferente: o sistema capitalista e mercadológico possibilitou que ele observasse conceitos e objetos e, consequentemente, criasse peças artísticas diferentes, arrojadas e inconfundíveis. O designer mora há dez anos em Kiev, capital da Ucrânia. Quando indagado sobre o que mais gosta na cidade, diz que adora as vibrações positivas que encontra nas igrejas e prédios antigos (que datam do século XII) e os parques, onde pode descansar da correria da vida na metrópole. Para ele, Kiev é uma grande cidade verde. Os pais de Andy Kurovets sempre quiseram que o filho seguisse a carreira da Engenharia. Inclusive, sua própria mulher tem projetos e trabalha na área. Ele chegou a se formar engenheiro, mas estudou design industrial por dois anos e percebeu que esta era a sua verdadeira paixão, sua real vocação. De acordo com ele, as duas áreas andam de mãos dadas no processo criativo. “Engenharia e design de produtos são muito próximos. Ao criar um objeto, é necessário não só elaborar um lindo rascunho, mas também calcular as medidas exatas, levar em consideração a ergonomia, entender como as diferentes partes se combinam... Para mim é fácil conectar tudo isso”.

foto anton pavlin

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por Verônica P etrelli


Toda essa aptidão de Kurovets resultou em peças artísticas diferentes de tudo o que já se viu antes. Exemplos disso são o ”G-Spot Mouse” (mouse de computador que tem formato de vagina), as ”Sanitary Pads Shelves” (prateleiras que imitam absorventes íntimos), o ”Fone de Ouvido Espião” (que vira uma webcam para computador) e uma legião de relógios ousados e inovadores (como o ”Relógio da Fertilização” e o ”Relógio Labirinto”). E a inspiração, vem de onde? ”Talvez as ideias venham do ar, trazidas por um pássaro fantástico”, diz Andy. ”Mas falando sério, o mais importante para mim é analisar o que eu vejo. Tudo no mundo pode ser interconectado, e essa é a espécie de alquimia da transformação de um objeto em outro”. Em 2009, Andy participou de uma competição de design chamada “Tatskinz”, na Ucrânia, e foi agraciado com o prêmio de 1000 USD. No entanto, ele confessa que não gosta muito de tomar parte em concursos. ”Eu gosto quando o meu trabalho aparece online, no contexto do ”free design”, o design gratuito. Além disso, muitas das minhas obras estão mais propensas para o campo das artes”. Com ou sem competições de design, o importante é que Kurovets está pretendendo comercializar suas criações em breve. ”O meu ”G-Spot Mouse” está em processo de desenvolvimento e será finalizado como produção massiva nos próximos meses. E claro, se houver interesse, pretendo negociar com investidores aqui no Brasil”. Sobre suas obras favoritas, Andy diz: ”Minhas criações de maior sucesso são o ”Relógio Invisível” (que mostra as horas na pele por meio de projeção a laser) e o ”G-Spot Mouse”. Mas, como um pai que ama os filhos da mesma maneira, eu também amo meus projetos de forma igual. É difícil escolher”.

Bend Mobile Além de possuir uma câmera de alta definição que se projeta para fora do celular, esse modelo criado por Kurovets é diferente em vários aspectos. Possui tela dupla, aumentando a amplitude de visão do usuário, e ainda tem o design curvado, para facilitar o deslize nos bolsos traseiros da calça.

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andy kurovets

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Sanitary Pads Shelves Uma ideia simples e criativa de Andy Kurovets. “Certa vez, eu vi na televisão um comercial sobre absorventes íntimos. A propaganda mostrava o processo de passagem do líquido por diferentes camadas do absorvente. Eu achei isso divertido, e depois me dei conta de que se eu expandisse essas camadas, elas pareceriam prateleiras de um cômodo”, conta o designer.

Earphone Esse fone de ouvido é charmoso e prático ao mesmo tempo. Embaixo do cristal que enfeita a peça está escondida uma câmera filmadora. Além de ser um “fone espião”, esse objeto acaba se tornando uma webcam depois de alguns ajustes.

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G-Spot Mouse “Na natureza, muitos objetos (como as flores, por exemplo) lembram o formato de uma vagina. No início, minha intenção era somente criar um mouse extraordinário. Mas foi durante o processo de rascunho que fiz a conexão entre o design que eu estava desenvolvendo e o órgão sexual feminino”, afirma Andy Kurovets.

Toy Art “Eu gosto de criar “toys”. Os brinquedos que desenvolvo são mais para adultos do que para crianças. Brinquedos são parte de nossa infância, e é por isso que amo trabalhar com eles. No meu ponto de vista, não são necessárias grandes e profundas ideias para criar um brinquedo. É só pensar em uma imagem divertida que não tem sentido nenhum. A criança não precisa de um significado explicitado, pois ela irá utilizar a subconsciência dela. Alguns dos meus “toys” são feitos à mão, em madeira (como os da foto). Outros são somente conceitos por enquanto, ainda não saíram do modelo 3D”. 45


relógios

andy kurovets

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É notável a grande preferência de Andy Kurovets por relógios. Quando indagado sobre seu gosto por relógios, ele conta: “Nos tempos atuais, podemos ver carros, prédios e aparelhos eletrônicos que diferem muito do que tínhamos há 20 ou 30 anos atrás, se levarmos em conta a questão da aparência. Porém, o design dos relógios de pulso praticamente não mudou e o estilo continua clássico. É muito difícil encontrar relógios inovadores no mercado. E eu gosto de fazer mudanças nesse tipo de produto. Levando em consideração que o relógio faz parte do estilo da pessoa, ele precisa ser original e diferente, acima de tudo”. Veja os modelos que Andy já desenvolveu:

Invisible Watch Esse é talvez o relógio mais ousado de Andy Kurovets. À primeira vista, o objeto parece uma simples pulseira, nada mais do que uma espécie de bracelete. Porém, quando o botão principal é apertado, a hora exata é projetada a laser na pele do usuário. Essa obra é chamada pelo designer de “relógio invisível”.

Zipper Bracelet Watch Um assessório muito formoso para as mulheres, em formato de pulseira bracelete. É essa a impressão que se tem ao analisar o objeto pela primeira vez. Porém, quando os botões prateados centrais são apertados, as horas e os minutos aparecem como um passe de mágica nos zíperes do então revelado relógio. As horas podem ser vistas nos zíperes superiores e os minutos, nos zíperes inferiores.

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Maze Watch O “relógio labirinto” serve realmente para confundir a cabeça dos seus usuários. Como mostrado no esquema ao lado, cada cor e cada posição representam um dígito diferente das horas e dos minutos. A parte mais externa e amarela condiz com o primeiro numeral da hora, enquanto a parte mais interna e verde diz respeito ao último numeral dos minutos.

Liquid Time Esse relógio de design inovador simula o conceito do “tempo líquido”. Possui o formato de uma ampulheta, e os números dão a impressão de passarem como água para o outro lado do relógio.

Fertilization Watch No relógio da fertilização, o espermatozoide menor indica os segundos; o médio, os minutos e o maior as horas. Ao centro, o óvulo espera para ser fecundado. 

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Os top de três por Verônica P etrelli

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A reportagem da FTM conversou com três famosos DJ’s da noite paulistana para saber quais os CDs que, segundo a opinião deles, não podem faltar em sua biblioteca especializada de música eletrônica. Confira as dicas e sugestões de Mario Fischetti, Michel Saad e Buga.

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MARIO FISCHETTI DJ e produtor, Mario Fischetti se dedica à música eletrônica há 15 anos. Seus sets são aclamados em clubs como Green Valley e Pacha Buzios, onde mantém residências permanentes. Mario tem conseguido certa notoriedade internacional no ramo da música, sendo inclusive indicado para prêmios de melhor DJ e melhor álbum. O produtor montou uma lista caprichada com seus principais CDs. Confira: TWO SIDES TO EVERY STORY – LIL LOUIS “Depois de muito tempo produzindo clássicos da House Music, Lil Louis lançou um de seus trabalhos mais bonitos. As músicas são lindas. Composições recheadas de vozes e cordas vigorosas, mas com a influência sensual encontrada nos beats e na atmosfera, uma de suas marcas registradas. O disco é de 2009, mas vai continuar moderno por muito tempo”. BRAZIL 11’ – DEFECTED IN THE HOUSE “Mixada pelos DJs Memê e Sandy Rivera, a compilação traz o melhor do casting de uma das mais importantes gravadoras de House Music do mundo, a inglesa Defected, que parece estar voltando seus olhares para o Brasil. O CD traz faixas com vocais e beats que caem muito bem em qualquer ocasião, do sunset ao after hour”. TENSNAKE – DEFECTED IN THE HOUSE “Autor de uma das melhores faixas de 2010, Comacat, Tensnake debutou em sua primeira compilação com uma ótima resposta de crítica e público. Passeando pelo Nu-Disco, você pode ter a impressão de que está ouvindo algo lançado nos anos 90, e é essa mesmo a influência do trabalho do produtor. Old School e eletrônico, atente para faixas como Can’t get away (from your Love), L-O-V-E, Want you in my soul e, claro, a ótima Comacat”. APPARAT – DJ KICKS “Baseado em Berlim, o produtor lançou um dos trabalhos mais comentados de 2010. Conceitual, indo do Techno ao Indie, a compilação reflete anos de trabalho. Além de faixas próprias, traz outras assinadas por produtores como o ótimo Ripperton, Oval, Ramadanman e Vincent Markowski. Techno sem ser chato, o disco expressa claramente o sentido e as nuances que permeiam o seu trabalho”.

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MICHEL SAAD Flexível e carismático, o DJ Michel Saad começou a tocar com 21 anos, em pequenas reuniões e festas de amigos. Depois de passar um tempo em Londres, aflorou a sua aptidão e gosto pela música e acabou utilizando muitas referências europeias para o seu trabalho. Seu estilo é o House, com pendência à vertente Soulful. Seus sets são sempre uma surpresa, nos quais não raramente mesclam-se hits com sons mais conceituais. Fora do Brasil, o DJ já se apresentou na Bélgica, Portugal, Itália, França, Estados Unidos e Punta del Este. Veja as dicas de Michel: CHIC ORGANIZATION BOX SET “A melhor banda da era disco relança seus sucessos com remixes do “maestro” Dimitri from Paris. O que era bom ficou ainda melhor!” A NIGHT AT THE PLAYBOY MANSION – DIMITRI FROM PARIS (VOLUME 1) “Esse é o primeiro disco da série de vários, que reúne o melhor da Disco e Sexy House. Um clássico para se ouvir em qualquer ocasião”. MINISTRY OF SOUND SESSIONS 5 MIXED BY CJ MACKINTOSH “O disco foi lançado para comemorar os cinco anos do clube londrino de renome internacional, o Ministry of Sound. São três CDs em um Box prateado, remixados por CJ Mackintosh, Todd Terry, LTJ Bunkem, John Pleased Wimenn e Seb Fontaine. Reúne títulos que fazem parte da história da música eletrônica”. PACHA IBIZA 1996 COMPILATION – DJ PIPI “O DJ mais famoso de Ibiza, Pipi, ajudou a divulgar a House Music pelo mundo com esse CD, lançado há 15 anos. É um clássico!” CAFÉ DEL MAR CHILL HOUSE MIX 2 – DJ BRUNO “O bar mais célebre de Ibiza lançou essa coletânea de Deep e Funky House que pode ser ouvida a qualquer hora e simplesmente não cansa! Destaque para a faixa Love and Tears, de Aquarian Dream”.

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foto midori de lucca

BUGA O DJ Buga estreou nas pick-ups no ano de 1995. Desde então, o músico já entrou em cena com vários DJs de renome, como Paul Van Dyk e Nick Warren. Buga já foi agraciado com os prêmios “DJ Revelação” da Noite Ilustrada (da Folha de São Paulo), Cool Awards e Philips Expression. Atualmente, se apresenta todas as semanas no programa Clubtronic, da rádio Energia 97. Seu set de House é marcado pelo “build-up”, e ele já trabalhou como produtor em remixagens para Rita Lee e Jota Quest. Olhe os CDs que Buga indicou: HOMEWORK – DAFT PUNK “Simplesmente absurdo o álbum de estreia da dupla. Lembro-me que Da Funk e Rollin & Scratchin foram lançados antes, como single. Depois ainda vieram Around The World, Revolution 909, Burnin e muitos outros. A influência disco é característica da dupla e seu estilo é referência para muitos”. DEEPER PENETRATION – DEEP DISH “Essa compilação é de 1995. Eu já tocava, e esse foi um dos CDs que eu mais ouvi na época. Minha faixa preferida é The Dream, que inclusive foi relançada há pouco tempo. O álbum é muito bom, do começo ao fim!” TOURISM – DANNY TENAGLIA “Elements e Music Is The Answer. Essas músicas são sampleadas e remixadas até hoje. São clássicas. Elements tem uma pegada mais dark e Music Is The Answer conta com os vocais de Celeda”. JUNK SCIENCE – DEEP DISH “Esse álbum da dupla Dubfire e Sharam não poderia ficar de fora. Future Of The Future (Stay Gold). Não tenho mais nada para falar”. NUYORICAN SOUL – NUYORICAN SOUL “Little Loui Vega e Kenny Dope Gonzales dispensam apresentações. Funk, Soul, House... Tudo isso e mais um pouco nesse excelente álbum. George Benson, Roy Ayers e India são alguns dos nomes que participam. Runaway, It’s Alright I Feel It e I’m The Black Gold Of The Sun são as músicas mais marcantes”. 

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cinema

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Cena do filme “Alice no País das Maravilhas” A esperada versão de Tim Burton para a fantástica obra de Lewis Carroll chegou em terceira dimensão. A adaptação, bastante independente da história original, presenteia o público com uma excêntrica versão do “Chapeleiro Maluco”, papel perfeito para o também excêntrico Johnny Depp.

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por

K elly A lves |

fotos

Divulgação/R eprodução

Encanta no cinema, surpreende em casa

Os

filmes

3D

foram a aposta da indústria do cinema para reconquistar os espectadores na

era do download.

Com a promessa de colocar a plateia no local da ação, o artifício conse3,5 vezes mais pessoas aos cinemas que o tradicional 2D – e cobrando em média 6 reais a mais por ingresso. A mágica também chegou às casas. Aproveitando a publicidade já iniciada com o home theater, reúne agora a qualidade de som, a qualidade de imagem da tecnologia digital, e esse tempero extra chamado 3D. guiu recuperar o público à tela grande, levando

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cinema

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Cena do filme “Up”

A primeira sala de cinema em três dimensões do Brasil foi inaugurada em São Paulo, pela rede Cinemark, em dezembro de 2006. O filme foi A Casa Monstro, da Columbia Pictures. Desde então, as salas se espalharam por todo o país. Segundo o último relatório da Ancine (Agência Nacional de Cinema), em 2009 havia 109 salas 3D no país, 53% delas no estado de São Paulo. Todos saem ganhando: as salas de cinema voltam a estar cheias, o público volta a ter um motivo para sair de casa. Estúdios como a DreamWorks e a Pixar apostam seriamente na ideia. A vantagem para essas empresas é que animações feitas em computador são facilmente convertidas para o sistema, já que são produzidas originalmente em três dimensões. Além disso, como atualmente os filmes são distribuídos em cópias digitais, e não mais em películas de 35 mm, os distribuidores economizam com a confecção dos rolos. Sem contar que as cópias digitais garantem maior qualidade ao filme exibido no cinema, porque não arranha e nem desbota com o tempo, como acontecia com os rolos. Com o êxito garantido no cinema, a tecnologia 3D agora está voltada para conquistar também nossas casas. Além das modernas televisões, também já existe a oferta de videogames, notebooks, câmeras fotográficas e filmadoras que utilizam o sistema. Com a nova tecnologia, até mesmo as vídeoconferências foram aprimoradas: já foram inventadas webcams que permitem gravar imagens tridimensionalmente e emiti-las em tempo real. Para os inovadores, o 3D é o novo brinquedinho do momento.

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E como funciona? As imagens 3D simulam o efeito de profundidade da visão humana. Nossos olhos veem em três dimensões devido a essa pequena distância existente entre eles, o que faz com que registremos imagens do mesmo objeto em dois ângulos diferentes, uma capturada por cada olho. Nosso cérebro é o responsável por traduzir essas duas imagens em uma, criando a sensação de profundidade que chamamos de terceira dimensão. Esse é o efeito buscado pelo cinema 3D, que grava as cenas sob dois ângulos diferentes e depois projeta essas duas imagens intercalando em grande velocidade as que seriam vistas pelo olho esquerdo com as que seriam vistas pelo olho direito – o que chamamos de imagem estereoscópica. Os óculos filtram essas imagens, direcionando uma para cada olho, “enganando” o cérebro para que ele veja em profundidade. Atualmente, nossos cinemas utilizam quatro tipos de tecnologia para obter esse resultado: os filtros polarizadores do IMAX 3D e do Real D, a roda de cor do Dolby 3D e o emissor infravermelho do XpanD 3D.

Sala IMAX 3D

Sistema RealD 3D Sistema pioneiro, o RealD 3D emite as imagens captadas pelas duas câmaras em um único projetor, a 144 frames por segundo (2 olhos x 24 imagens x 3 vezes cada imagem). As imagens são polarizadas (ver “Como funcionam os óculos”) e a tela do cinema é prateada (silver screen), para que a luz reflita e exista menos transpasso de imagem de um olho ao outro. Os óculos são de plástico, e seu baixo custo permite que em

alguns países eles sejam dados de presente depois da sessão. É o sistema utilizado pela rede Cinemark.

Sistema Dolby 3D Utiliza o mesmo sistema de imagens intercaladas do RealD 3D, mas cria a terceira dimensão através da diferenciação espectral, ou seja, a distinção de cores – algo parecido ao antigo sistema dos óculos de lente vermelha e azul (entenda em “Como funcionam os óculos”), mas bem mais moderno, com um disco de diferenciação de cores dentro do

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cinema

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projetor. A tela onde se projeta a imagem é branca, com um tratamento perolizado, e os óculos são feitos de cristal colorido, potencializando o efeito de tridimensionalidade. As lentes são mais caras, e a manutenção também. É a tecnologia encontrada nas redes Playarte e Severiano Ribeiro/Kinoplex.

distribuídos em seis caixas acústicas, algo três vezes superior ao Dolby Surround. Devido à diferença de formato dos rolos, nem todos os filmes estão disponíveis neste sistema. A primeira sala IMAX do Brasil foi aberta no Espaço Unibanco Pompéia, no Shopping Bourbon, em São Paulo.

Imax 3D

Sistema XpanD 3D

Utiliza dois rolos de filme (dez vezes maiores que os convencionais), separando assim as imagens que serão vistas por cada olho, e que são exibidas simultaneamente pelo projetor para depois serem filtradas pelos óculos. A projeção é feita em uma tela prateada de 14 metros de altura e 21 de largura, três vezes maior que a tela tradicional. O sistema de som possui 16 amplificadores e 44 alto falantes

Sua maior diferença são os óculos de lentes ativas, que sincronizam o efeito 3D com o projetor, utilizando um emissor infravermelho instalado na sala. É projetado em uma tela de cinema comum e possui os maiores custos de manutenção para limpeza das lentes e troca de baterias. O único complexo que oferece essa tecnologia no país é a Box Cinemas do Brasil.

Cena do filme “Avatar” O título dispensa comentários. É o segundo filme mais visto da história do cinema, atrás apenas do clássico E o Vento Levou. Garantiu o posto de maior bilheteria, batendo o recorde de U$ 1.843.201.268 de Titanic, também do diretor James Cameron. É verdade que, como costuma acontecer com filmes campeões de audiência, nem todos ficaram satisfeitos com a obra. Mas vale à pena conferir as maravilhosas paisagens da terra de Pandora brilhando em 3D em frente aos nossos olhos.

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Como funcionam os óculos Atualmente, são dois os tipos de óculos para imagens 3D mais utilizados. Os primeiros são os chamados passivos, usados pela primeira vez em 1922, quando foram lançados os óculos anáglifos, aqueles que possuíam uma lente vermelha e outra azul. Nesta época as imagens estereoscópicas eram produzidas utilizando uma imagem principal, no centro, e outras duas sobrepostas – uma azul e uma vermelha –, com certa diferença de posição. Cada lente dos óculos anáglifos absorvia a imagem de mesma cor, fazendo com que esse olho não visse essa imagem (o olho não consegue ver a imagem azul se a lente também for azul). Dessa maneira, cada olho via apenas uma das imagens, ambas em tom escuro, criando a ilusão de profundidade. O efeito era 3D, mas sem muita qualidade de cor. A versão “moderna” em óculos passivos são os polarizados. Em vez de filtrar a cor, essas lentes filtram as ondas de luz que são emitidas vertical e horizontalmente pelas imagens estereoscópicas, fazendo com que cada olho veja apenas a luz polarizada compatível à lente. As imagens ainda são estereoscópicas, mas com uma grande vantagem em relação aos sem graça anáglifos: boa definição de cores. O segundo tipo de óculos são os ativos. Enquanto os óculos passivos polarizam as imagens, os óculos ativos realizam um processo chamado sequenciamento por frames alternados: as lentes se escurecem alternadamente, enquanto a tela emite as imagens estereoscópicas. Eles utilizam um sensor infravermelho que permite sincronizar as imagens alternadas da tela com as lentes dos óculos. Esses óculos precisam de bateria e são mais pesados – e mais caros – que os polarizados que normalmente encontramos no cinema, e estão disponíveis para alguns modelos de televisão e jogos eletrônicos.

Dispensando os óculos Algumas marcas de televisão também estão apostando nas imagens 3D que são criadas no próprio aparelho. A tecnologia mais popular é a barreira paralaxe, uma espécie de “peneira” que funciona utilizando uma fina camada de cristal líquido em frente à tela, com espaços que permitem passar imagens em dois ângulos diferentes de maneira entrelaçada, sendo uma sequência de faixa para cada olho. Devido à opacidade da barreira, as imagens tendem a escurecer, perdendo qualidade de cores. Os melhores resultados são os conseguidos com as telas de OLED, que possuem mais claridade nos detalhes – e que prometem substituir as telas de LCD no futuro. Esta tecnologia ainda está em desenvolvimento, em fase de descobrir como evitar, por exemplo, a perda da percepção 3D quando movemos a cabeça ou Cena do filme “Toy Story 3” olhamos de lado. Toy Story, menina dos olhos da Pixar, foi a primeira animação produzida inteiramente por computador 3D, em 1995. Agora, com as salas de cinema preparadas para receber a nova tecnologia, o público pode aproveitar inteiramente a obra: em 2010 os três filmes do cowboy Woody finalmente puderam ser vistos em 3D na telona.

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cinema

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Considerações para comprar uma TV 3D • Quanto maior a frequência do aparelho, melhor a definição de imagem. É ela que determina o número de imagens formadas por segundo, importante para garantir a qualidade da imagem 3D, que é feita justamente de quadros intercalados rapidamente. • Verifique o tipo de conexão de imagem e áudio da televisão. HDMI é a tecnologia mais avançada, um cabo que conecta o aparelho ao videogame e ao Blu-ray transmitindo os sinais de forma digital. A versão mais evoluída é o HDMI 1.4, com maior velocidade de transmissão e mais qualidade na transferência de dados, elementos importantes na hora de formar as duas imagens que constituem o 3D. • Quanto à escolha do tipo de tela, dependerá do que você busca – e de quanto está disposto a gastar. A tela de LCD é a mais brilhante, sendo a melhor para ambientes claros e também a menos afetada por reflexos. A tela de Plasma tem menos brilho, mas melhor contraste que o LCD – porém tem menos tempo de vida, podendo apresentar manchas de queimadura com o tempo, principalmente causadas por imagens estáticas, como as de videogames. Já a tela de LCD com painel de LED apresenta televisores finos, com melhor contraste de cor que o Plasma e mais brilho que o LCD tradicional, sendo também a tecnologia mais cara. A tela de OLED possui melhor brilho, contraste, resolução e ângulo de visão, mas a oferta é pequena no Brasil, e o custo muito alto. Além dessas questões, sua escolha também dependerá do tamanho de tela que está procurando, já que algumas tecnologias só estão disponíveis para aparelhos de determinadas polegadas. • Verifique a praticidade do controle remoto e do menu de funções do aparelho. Pode parecer uma bobagem, mas a TV oferece muitas vantagens tecnológicas, e você vai querer saber utilizá-las. • Se a sua intenção é usar a TV para jogar videogame em 3D, considere as marcas que também possuem sua própria linha de consoles. • Antes de escolher entre uma TV com ou sem óculos, verifique seus pontos positivos e negativos. Vantagem da TV com barreira paralaxe: possibilita que muitas pessoas vejam em 3D ao mesmo tempo; desvantagem: perdemos a percepção da imagem 3D quando movemos a cabeça. • Verifique a quantidade e o tipo de óculos que acompanham o aparelho, assim como o preço dos óculos extras, que existem em tamanho adulto e infantil. Eles serão necessários para que toda sua família aproveite o 3D. • Existem televisores que também convertem as imagens 2D em 3D. O resultado nem sempre é o esperado, mas vale à pena conferir o efeito antes de comprar um televisor.

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Qualidade digital em casa Já são mais de 4 milhões de televisões 3D no mundo, e esse número crescerá consideravelmente nos próximos anos. Com a promessa de programas de TV e filmes com essa tecnologia, a expectativa é de que cada vez mais pessoas adiram à novidade. Até o final do ano de 2011, a previsão é de que sejam lançados cerca de 40 filmes em formato 3D na plataforma Blu-ray. Sendo assim, é de se esperar que aqueles que investirem num aparelho de TV preparado para exibir em três dimensões terão opções para o cinema em casa como nunca antes.

Perigos para a vista Oftalmologistas do Colegio de Ópticos – Opto-metristas de la Comunitad Valenciana, Espanha, alertam sobre os riscos que as imagens digitais 3D oferecem à visão. Segundo os médicos, pessoas com problemas visuais podem sofrer mal estares como tontura, náusea, visão dobrada e desequilíbrios. Isso acontece porque o ser humano possui uma visão binocular, uma capacidade natural de ver em três dimensões, calculando distâncias e criando a noção de profundidade. Porém, quando a pessoa possui estrabismo ou ambliopia (também chamada de “olhos preguiçosos”), os olhos não veem de forma sincronizada, impedindo situar perfeitamente o objeto no espaço. Desse modo, a pessoa que padece dessas irregularidades visuais não será capaz de ver um filme em 3D, porque carece dessa percepção natural. O esforço causado pela tentativa de traduzir a imagem causa as moléstias já mencionadas. Por isso, se o espectador continuar sentindo mal estar passados os primeiros minutos de adaptação do filme em 3D, os oftalmologistas recomendam a procura de um especialista para verificar se ele não possui um problema de vista.

Indicamos mais dois filmes em 3D que valem à pena conferir:

Museu de Cera Para não esquecer as raízes do cinema 3D, está esse clássico de 1953. Considerado o melhor filme da categoria pela revista britânica Empire, o longa oferece uma excelente interpretação de Vincent Price – um gênio do terror, homenageado por Tim Burton em seu curioso curtametragem Vincent, narrado pelo próprio Price. Curiosidade: o diretor André De Toth não tinha a visão em um dos olhos, e não pode desfrutar de sua obra com o efeito 3D.

Dia dos Namorados Macabro

Seguindo a linha das refilmagens do gênero de terror que vêm aparecendo nos últimos anos, está essa versão 3D do filme homônimo, de 1981. Destaque para a cena de perseguição nua protagonizada por Betsy Rue, marcando este clichê do gênero. 

Cena do filme “Tá chovendo hambúrguer”

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gastronomia

Verônica Petrelli |

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SANDUÍCHES Pequenos ou enormes, calóricos ou naturebas, exóticos ou tradicionais. Não importa o jeito: não há quem não goste de um lanche suculento e caprichado. Para as páginas de gastronomia dessa edição, a FTM foi atrás de hamburguerias e restaurantes dos mais variados estilos. Você está livre para desfrutar das opções deliciosas e diferentes que a cidade de São Paulo oferece.

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Fire Pit Bacon Burger Uma opção bastante suculenta para apimentar a refeição é o incrível sanduíche Fire Pit Bacon Burger. Com o diferencial de ser feito artesanalmente, com ingredientes sempre fresquinhos, esse lanche do Applebee’s possui um hambúrguer de 200 gramas coberto com queijo americano e bacon defumado, com um toque da maionese picante Chipotle, alface, tomate, picles e cebola roxa para dar o gostinho. O toque final é o pão, levemente tostado. Alameda dos Arapanés, 508 – Moema Veja outros endereços no site: www.applebees.com.br 61


gastronomia

| ftm foto antonio basiliano

Presunto Cru A delícia apresentada na fotografia é de uma casa aberta há pouco tempo na Vila Madalena: a Marcelino Pan y Vino, dos mesmos donos do Lola Bistrot. O novo restaurante propõe uma gastronomia descomplicada e saudável, assim como esse sanduíche, o Presunto Cru. Além do ingrediente que lhe dá o nome, o prato vem com queijo brie, salsa de tomate à espanhola e rúcula. Rua Girassol, 451 – Vila Madalena www.marcelinopanyvino.com.br

Club Turkey Sandwich Não é só o ambiente aconchegante da casa de lanches P.J. Clarke’s – com suas toalhas quadriculadas e decoração tipicamente norte americana – que encanta os frequentadores do restaurante. O generoso Club Turkey Sandwich, por exemplo, é um grande e saboroso chamariz do local. Feito com peito de peru, bacon defumado, brie, tomate, alface, maionese especial de ervas e batata chips, a opção dá água na boca. Rua Dr. Mario Ferraz, 568 – Itaim Bibi www.pjclarkes.com.br foto maurício mestieri

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Super Burguer Para os mais desavisados, esse lanche da Hamburgueria Nacional pode parecer um simples e comum cheese salada. Porém, o segredo do Super Burguer está no preparo. O restaurante utiliza o sistema da chapa Salamandra para a preparação deste e de outros sanduíches. Essa chapa nada mais é do que um forno americano especial, que assa a carne ao invés de fritá-la. Nesse sistema, o calor vem de cima para baixo e a gordura do hambúrguer vai para a área fria do forno, em vez de voltar à carne como gordura saturada. Rua Leopoldo Couto de Guimarães Jr, 822 – Itaim Bibi www.hamburguerianacional.com.br

Prime Angus Esse saboroso sanduíche possui um hambúrguer especial de 200 gramas feito de picanha angus, além de pedaços de panceta. Ainda acompanha queijo prato, alface e tomate. Uma ótima opção para os famintos que procuram o restaurante General Prime Burger. Rua Oscar Freire, 450 – Jardins Veja outros endereços no site: www.primeburger.com.br foto divulgação

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gastronomia

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Jubileu Burger O restaurante Ritz oferece aos ávidos por hambúrgueres essa apetitosa opção: Jubileu Burger, com 200 gramas de carne, queijo emmenthal, rúcula, tomate caqui e um diferente molho apimentado. Ainda há como opção o acréscimo de alguns acompanhamentos, como onion rings, fresh salad, batata frita ou bolinhos de arroz. Alameda Franca, 1.088 – Jardim Paulista Veja outros endereços no site: www.restauranteritz.com.br

Bombom Essa é, sem dúvida, a opção mais pedida da famosa Lanchonete da Cidade. O nome diferente vem do modo como o lanche é servido, embalado como se fosse um bombom. Ele vem recheado de um hambúrguer de 220 gramas, junto ao célebre molho de tomates frescos da casa.

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Avenida Macuco, 355 – Moema Veja outros endereços no site: www.lanchonetedacidade.com.br

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Sambódromo O lanche Sambódromo, da Matriz Hamburgueria, é com certeza uma ótima pedida. O sanduíche vem aberto no prato e tem como ingredientes o hambúrguer de picanha, queijo prato, cogumelo paris no molho shoyo, alface, rúcula, tomate e a maionese da casa. Rua Dr. Mario Ferraz, 404 – Itaim Bibi www.matrizhamburgueria.com.br

The Outbacker foto divulgação

É claro que uma indicação do renomado restaurante Outback, especializado em culinária australiana, não poderia ficar de fora dessa lista. Um dos pratos mais pedidos pelos frequentadores da casa é o lanche The Outbacker, com 150 gramas de hambúrguer, maionese, tomate, alface, cebola, picles e queijo (o bacon é opcional). Acompanha batatas fritas com casca, crocantes e sequinhas.

foto divulgação

Rua Marechal Hastinphilo de Moura, 641 Portal do Morumbi Veja outros endereços no site: www.outback.com.br

Pic Asiático O tradicional The Fifties, restaurante que possui decoração inspirada nos anos sessenta, lançou na temporada da Copa do Mundo os deliciosos sanduíches temáticos de cada continente. Nunca será demais lembrar do Pic Asiático, opção que contém o clássico hambúrguer de picanha, cream cheese e shitake. Praça Villaboim, 77 – Higienópolis Veja outros endereços no site: www.thefifties.com.br

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consumo

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Gifts

por Verônica P etrelli

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ÓCULOS

Oakley www.oakley.com.br Ray-Ban www.ray-ban.com/brazil Calvin Klein e Nike sac: 0800-707-1516 www.marchon.com Bvlgari www.bulgari.com (11) 3031-7424

modelo 7794s Com o estilo meio futurista e design moderno, principalmente devido às suas vultuosas hastes, esse modelo da Calvin Klein é destinado ao homem que tem bom gosto e aprecia o diferente. Charmoso e simples ao mesmo tempo.

modelo split jacket

Essa maravilha apresentada pela Oakley é ideal para os homens esportistas. Além de conter unobtainium nas hastes – material que garante o agarre seguro ao transpirar – o modelo é ótimo para aqueles que se exercitam em ambientes com grande variação de luz, devido à tecnologia das lentes intercambiáveis. É possível escolher entre uma enorme gama de cores de lentes para os mais diversos ambientes e condições de iluminação.

modelo B vlgari Esse par de óculos masculino da Bvlgari veio para revitalizar e inovar com o modelo clássico “aviador”. Com aros finos e delicados, e com o detalhe do selo “Bvlgari” nas hastes diferenciadas, esse belo exemplar se encaixa em qualquer ocasião.

modelo show x1

Com a cor chamativa e design arrojado, essa peça da Nike possui o que há de melhor em tecnologia de lentes da marca. O modelo conta também com o artifício das lentes intercambiáveis, que podem ser modificadas de acordo com as condições de iluminação do ambiente. As hastes emborrachadas conferem segurança e conforto ao usuário, isso sem contar o suporte nasal, que é ajustável e proporciona ventilação.

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Gifts ÓCULOS

Oakley www.oakley.com.br Ray-Ban www.ray-ban.com/brazil Calvin Klein e Nike sac: 0800-707-1516 www.marchon.com Bvlgari www.bulgari.com (11) 3031-7424 bvlgari

O modelo acima com certeza figura nos sonhos de muitas mulheres vaidosas e apreciadoras de peças refinadas. Esse par de óculos edição limitada da Bvlgari possui detalhes de pedras nas hastes, formando um belo e diferente desenho. Ideal para aquelas que não querem passar despercebidas.

modelo “R adar Jet Black ” Ideal para as mulheres esportistas, essa preciosidade da Oakley possui design inovador e muitos atributos: tem revestimento hidrofóbico nas lentes, repelindo sujeira, óleos da pele e impressões digitais, e apresenta protetor de nariz intercambiável. Por seu alto poder de filtrar os raios solares e reflexos, o modelo é próprio para a prática de golf.

7792s Esses óculos femininos da Calvin Klein trazem consigo dois principais diferenciais: a cor roxa (que chegou para ficar no mundo da moda) e o detalhe das maravilhosas hastes, acompanhando os aros grossos que envolvem a lente. Chique e diferente, esse é um item que não pode faltar no dia a dia de uma mulher. modelo

modelo Vintage 76 Diferente e jovial, essa peça da Nike faz parte da coleção especial “Vintage”, que traz uma linha retro e ao mesmo tempo moderna aos apaixonados por óculos de sol. Esse acessório foi inspirado no formato dos óculos de esqui, e é feito artesanalmente.

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| dinheiro

Em com as suas finanças Barros – executivo da área de finanças e investimentos –, conversarei com você neste espaço sobre uma série de assuntos ligados a estes temas, com a participação de especialistas. Nos dias de hoje, é importante ter em mente o planejamento de cada passo da sua vida e isso inclui o controle de gastos e aplicações financeiras. O Brasil abriu portas para uma gama de oportunidades e novos canais de investimento e o momento, apesar de próspero, requer precauções básicas no dia a dia. Para isso, é imprescindível que os jovens de hoje saibam o valor real do dinheiro que recebem através do seu trabalho e aprendam a gerir suas finanças, a fim de investir tanto em sua carreira como no futuro pessoal estável. Segundo pesquisa do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), 28,6% dos jovens entrevistados dizem ter medo do futuro profissional e 22,5% se preocupam com problemas financeiros. O IBGE também realizou uma pesquisa em que constata que 75% das famílias brasileiras possuem algum tipo de dificuldade financeira e cerca de 80% dos jovens chegam ao mercado de trabalho sem conhecimento de como gerir suas finanças. Mas, com planejamento e uma boa dose de educação financeira, os jovens podem se aproximar do sucesso com solidez e tranquilidade. É muito importante entender que um dos caminhos disponíveis para se organizar financeiramente é através da leitura. Atualmente, há diversos cursos sobre finanças, economia e um mercado inteiro de empresas e consultores independentes à disposição para quem quer aprender a viver sem a famosa “corda no pescoço”. Na rede mundial de computadores é possível encontrar uma série de artigos na área financeira e, nesta coluna, você terá dicas e textos explicativos sobre como

é possível controlar melhor o seu dinheiro de maneira didática e bem simples. Nas próximas edições, abordarei assuntos ligados a vários temas do seu interesse, como por exemplo, a melhor maneira de planejar suas finanças pessoais, como arrecadar seus impostos de forma adequada, como lidar com heranças, dicas sobre como descobrir qual é o seu perfil para investir – conservador, equilibrado ou ousado – e as melhores alternativas de investimentos para cada um, quais são os vários tipos de fundos de investimento, como avaliar os planos de previdência existentes no mercado e vários outros temas que envolvem planejamento financeiro, planejamento tributário e alocação de investimentos. A cada edição, convidarei especialistas no assunto abordado para participar desta coluna e ajudá-lo a aplicar, passo a passo, as dicas que daremos para que sua vida financeira seja mais saudável. 

foto: jacinto alvarez

Saudações, caro leitor! A partir desta edição eu, Leonardo

Leonardo Barros é Diretor E xecutivo do Dinar Finance Group, graduou- se em A dministração de Empresas com especialização em Gestão de Negócios e Finanças, MBA em Gestão E stratégica e Econômica de Mercado pela Fundação Getulio Vargas – FGV/SP e Gestão E stratégica de Vendas pela Michigan University.

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marketing

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ilustração

Beatriz Betancourt

A faz a diferença No início deste ano, organizei um café da manhã com amigos em moema, bairro em são paulo. Data e horário acertados, precisávamos definir o local e cada um defendia seus preferidos. As opções ficavam a menos de três quadras de distância umas das outras e cada uma tinha características e diferenciais que as tornavam únicas. Cardápio, ambiente, atendimento, sistema buffet e preço (um dos nossos amigos é muito focado nesse diferencial). A seu estilo cada local se destacava dentre tantas opções no mesmo bairro. Escolhemos um local confortável, bom serviço e preço. Apesar de muito próximo da minha casa, não conhecia. Gostamos do ambiente, decoração, tranquilidade da rua e ficamos impressionados com a diversidade de pães e complementos. Por três horas falamos de nossas carreiras, família, política, esportes e de como foi difícil escolher aquele local. A manhã passou muito rápida, mas o ambiente e o menu fizeram a diferença. O valor das despesas ficou alto. Fomos fundo em experimentar o que estava incluso no buffet (preço único) e outras delícias que não estavam (exageramos um pouco). Meu amigo, preocupado com custo, conferiu e dividiu em partes iguais. Para o espanto geral, disse que iria voltar, pois o local era ótimo – “caro, mas vale a pena”. Porém, no instante final daquela experiência, presenciamos uma cena que nos deixou atordoados e até sem reação imediata. Aconteceu algum erro na cobrança de outra mesa e a atendente optou por não incomodar

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sem nenhum planejamento, de repente compramos um CD de músicas típicas peruanas, executadas ali ao vivo por músicos caracterizados com roupas típicas e seus instrumentos produzidos artesanalmente com um tipo de “bambu”. Nada contra a cultura andina, mas não conseguimos evitar, foi algo mais forte, que assumiu o controle de nosso processo de decisão e que fez convergir toda a experiência daquele fim de semana em algo único e prazeroso. Foi a chamada “experiência de compra” que agiu sobre nossos sentidos, fazendo-nos adquirir produtos que não imaginávamos que iríamos consumir. Menos de uma semana depois, minha noiva reencontrou o CD no porta luvas do meu carro e lembrou carinhosamente, como toda mulher gosta de fazer, daquela compra que “eu” havia realizado. Fato é que várias são as forças que influenciam em nossas decisões de compra e não atuam mais isoladas sobre nossas decisões. É a soma do ambiente, atmosfera, atendimento, serviços e produtos, preços (altos ou não), entre tantas outras influências. Vivemos em um novo mercado de superofertas e hipercompetições e tudo concorre com tudo. Assim, a decisão de local para tomar o próximo café da manhã com os amigos vai além do racional, influenciada por questões alheias ao negócio em si. Observe os locais que mais gosta de frequentar. O que eles oferecem que motiva você a consumir seus produtos e serviços? Talvez você perceba que, em alguns casos, sua decisão foi influenciada por questões que não têm nada a ver com aquilo que vendem. A experiência de compra é que faz a diferença. Dois meses depois, voltamos a Campos, dessa vez com minhas filhas, amigos, e fomos aos mesmos locais e com as mesmas sensações. Por pouco, quase voltamos com mais um CD. Desta vez, com o lançamento da versão dos Beatles em acústico som dos Andes.  Marcelo Ermini é consultor , professor universitário, vice -presidente de marketing e eventos do popai brasil

(associação brasileira de merchandising) e diretor da titanium trade marketing estratégico, empresa especializada em trade marketing e ativação de marca . divulgação

a consumidora. Frequentadora assídua, já havia ido embora, e a diferença de valor era muito pequena. O proprietário ficou alterado, usou palavras duras com a funcionária, colocou em dúvida sua confiança e isto em voz alta diante dos demais consumidores. Uma cliente, com pouco mais de 60 anos, tentou argumentar e ouviu em tom de desculpas que “aquilo não era da conta dela”. Trocamos poucas palavras, olhares de reprovação e com mais alguns clientes saímos com a boca amarga e a convicção de que ali, nunca mais. No meio do ano passado, precisava de uns dias de descanso e colocar em dia a vida pessoal. Reservei uma pousada em Campos do Jordão, próxima ao Capivari, e fui para lá com minha noiva. O clima pessoal não estava bom e mesmo com esforços, a noite não foi tão boa. Porém, a mistura de sol forte e frio agradável da manhã seguinte, fez com que as coisas começassem a mudar, auxiliados pelo ótimo café da manhã com as delícias locais e passeios pelo centrinho comercial. Comportei-me bem, com paciência, e aguardei sem reclamar que ela visitasse todas as lojas e experimentasse tudo o que gostasse, como aquelas meias coloridas – que ficam com os dedinhos do pé separados, luvas, malhas e chocolates até escolher o que realmente iria comprar. Completamos o dia com passeio até a Pedra do Baú e reserva para noite no restaurante Sóqueijo, um dos melhores fondues da cidade. Nossa mesa ficou próxima à lareira e fomos acompanhados por boa música e bom vinho (bem encorpado). A noite foi ótima e o clima ruim passou. Acordamos muito bem dispostos, ansiosos pelo café da manhã e mais alguns passeios. Fomos para o Morro do Elefante e, logo que chegamos, turistas pediram que ajudássemos com fotos. Foram mais de quatro famílias e jovens casais. Claro que fizemos, o dia estava lindo, estávamos relaxados, o aroma da montanha nos entorpecia e a vista panorâmica da cidade estava incrível. Momento de total integração com outros turistas, olhares rápidos para souvenires, aos poucos fomos invadidos por uma sensação diferenciada, única, sons inusitados que nos deixavam leves. Nesse ambiente, a experiência estava intensa, sem que pudéssemos evitar,

email: m.ermini@ ti 22.com.br

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comportamento

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Lei, palmada ou diálogo dizagem.

Pode até parecer que garante porque, como ninguém gosta de apanhar, inibe comportamentos inadequados mais rapidamente. Portanto, o que importa analisar é de que forma conscientizar quem educa de que, com segurança e afeto, se conseguem melhores resultados do que com agressão física. Se parece que nossos avós conseguiam mais do que se consegue hoje, seguramente não foi porque batiam nos filhos... O que ocorreu foi que uma série de fatores se conjugou nas últimas décadas tornando educar um desafio: a influência das mídias exacerbando o consumismo; a corrupção e a impunidade dos que deveriam dar o exemplo; a desestruturação da família, a ausência de ambos os pais e outros. Com isso, perdeu-se o foco do que é realmente importante. Muitos hoje consideram tarefa principal da família “fazer o filho feliz”, resultando em apenas satisfazer desejos e vontades. Há pouco era “fazer dos filhos homens de bem”, significando priorizar fundamentos éticos na educação. E isso se alcança com muito diálogo e ensinando a pensar. Em vez de novas leis, o que a sociedade precisa é realocar a ética e resgatar conceitos. Afinal, autoridade não é sinônimo de autoritarismo; democracia e liberdade não significam fazer tudo que se tem vontade. Como se ensina isso: com lei ou com palmada? Nem com um, nem com outro. A nossa geração acreditou que a melhor forma de comunicação se faz através da troca de ideias. Mas o diálogo está efetivamente acontecendo? Pais, filhos, professores, colegas estão sabendo ouvir e reivindicar? Não. Alguns usam o diálogo como forma de alcançarem o que desejam, para em seguida mostrarem-se autoritários, fazendo grassar a desesperança. Outros o abandonam à primeira oposição. Entender-se de verdade com o outro, mantendo o equilíbrio frente a opiniões contrárias, é tarefa muito difícil. Raros dominam tal competência.

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Quem deseja exercer autoridade de forma a alcançar adesão, seja pai, chefe ou professor, deve utilizar o diálogo como forma de entendimento. Líderes e liderados precisam estar cientes, porém, de que nem sempre serão atendidos em tudo. É o que torna o diálogo tão difícil: a suposição equivocada de que, através dele, todos os anseios se concretizem. Porém entendimento não é atendimento. Não se pode supor que só houve diálogo quando atendem a tudo o que desejamos; diálogo é troca, análise, decisão; não imposição. No diálogo verdadeiro não há vencedores nem vencidos, há, isso sim, grupos que se ouvem sem pré-julgamentos, com respeito e intenção de analisar argumentos ou reivindicações. E há, ao final, aceitação das decisões tomadas pelo grupo ou pela autoridade – ainda que nem sempre elas contemplem tudo ou parte daquilo que todos e cada um desejavam. 

Profa . Tania Z agury é filósofa , mestre em educação, conferencista e escritora . é autora de 13 livros, entre os quais “educar sem culpa” e “limites sem trauma”.

professora adjunta da ufrj. divulgação

Palmada no passado era método pedagógico. Mas os estudos evoluíram e hoje sabemos que castigo físico não garante apren-

www.taniazagury.com.br



livros

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por Verônica P etrelli

Especial

Adaptação O Diabo veste Prada

“O Diabo veste Prada” – Lauren Weisberger – ano 2004 – Ed. Record Lauren Weisberger viveu na pele quase tudo aquilo que a protagonista de sua história, Andrea Sachs, vivenciou ao longo das páginas de O Diabo veste Prada. Talvez seja por isso que a escritora possa falar com tanta precisão e convencimento sobre os infortúnios de uma recém formada jornalista que aceitou o emprego de assistente júnior da mais famosa personalidade da moda: Miranda Priestly, editora da revista Runway. Na vida real, Lauren Weisberger trabalhou como assistente de Anna Wintour, a amada e odiada editora chefe da revista Vogue. Toda essa vivência gerou-lhe bagagem para escrever o seu primeiro livro, O Diabo Veste Prada, obra que permaneceu por um bom tempo nas prateleiras norte americanas de bestsellers. Na história, a personagem Andrea Sachs é uma jovem jornalista que tem como sonho trabalhar para a renomada revista The New Yorker. Porém, ela é surpreendida com a oportunidade de prestar serviços à editora chefe da revista Runway, que é uma das principais publicações de moda do país. Andrea aceita a proposta, mesmo não gostando da área de moda, pensando que esse seria um grande degrau para lhe deixar ainda mais perto da The New Yorker. Porém, ao longo do tempo, os caprichos, mandos e desmandos de Miranda Priestly acabam modificando completamente a vida da jornalista. O curioso em relação à obra é notar que sua adaptação cinematográfica (dirigida por David Frankel em 2006) acabou superando em vários aspectos a narrativa literária, trazendo mais brilho e vivacidade ao enredo construído por Weisberger.

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O Caçador de Pipas “O Caçador de Pipas” – Khaled Hosseini – ano 2005 – Ed. Nova Fronteira A história é narrada em primeira pessoa pelo personagem Amir, um homem que relembra suas peripécias da infância ao lado do fiel amigo Hassan, em Cabul, no Afeganistão. O problema é que Amir e Hassan sempre foram muito diferentes entre si, tanto psicológica quanto hierarquicamente. Hassan, totalmente fiel e leal a Amir, é uma pessoa inocente e de origem humilde. É um hazara, etnia considerada desprezível pelos afegãos do mais alto escalão. Amir, por sua vez, é o oposto de Hassan: um menino inteligente e de certa forma malicioso. Filho de pai rico, é um pashtun, uma das mais nobres etnias afegãs. Apesar das divergências, os dois meninos sempre mantiveram uma grande amizade entre si, brincando nos jardins e correndo atrás de pipas. É esse o enredo da comovente história contada por Khaled Hosseini em seu primeiro livro escrito. Durante a infância, Hosseini teve a oportunidade de se aproximar do filho do empregado de sua casa, também um hazara, fato que o inspirou a criar o romance. O livro é uma obra extremamente rica em vários aspectos, por trazer elementos especiais da cultura afegã e mostrar nitidamente um Afeganistão pré e pós-golpe de estado, com a invasão das forças soviéticas. Um país no qual as crianças passaram a dormir e acordar ao som de tiros e explosões. O livro de Khaled Hosseini foi adaptado para os cinemas em 2007, pelo diretor Marc Foster, obtendo uma receptividade muito positiva. reprodução

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O Parque dos Dinossauros

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“O Parque dos Dinossauros” – Michael Crichton – ano 1990 – Ed. Rocco Para elaborar o livro Jurassic Park (em tradução para o português, O Parque dos Dinossauros), o autor Michael Crichton fez longas pesquisas baseadas nos trabalhos de renomados paleontólogos, além de buscar informações com biólogos e matemáticos. Tudo isso culminou em uma obra de ficção científica que traz uma discussão muito interessante acerca dos rumos da ciência, com apologias inteligentes e verossímeis sobre a engenharia genética. No livro, o capitalista e empresário John Hammond tinha o sonho de construir um parque turístico na Ilha Nublar, na Costa Rica, apresentando espécimes de dinossauros recriados em laboratório a partir de uma revolucionária tecnologia de engenharia genética. O problema é que as coisas acabam não saindo exatamente como ele planejava e os jurássicos fogem, espalhando medo em todos os que acompanhavam a expedição ao Parque dos Dinossauros. Apesar da maestria da obra de Michael Crichton (que recebe uma sequência em 1996, intitulada O Mundo Perdido), muitos leitores criticam Steven Spielberg, o responsável por adaptar a história para as telas dos cinemas. Enquanto o filme é menos sanguinário e mais uma produção hollywoodiana, o livro é extremamente sangrento, sombrio e inteligente. Além de escrever esse e outros clássicos, Crichton também redigiu o roteiro do filme Twister, que foi aos cinemas em 1996.

Bilionários por acaso: A criação do Facebook “Bilionários por acaso: A criação do Facebook. Uma história de sexo, dinheiro, genialidade e traição” – Ben Mezrich – ano 2010 – Ed. Intrínseca Colhendo lembranças de diversas testemunhas, analisando registros e ações judiciais e recriando os diálogos entre Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin, o autor Ben Mezrich repassou brilhantemente para o papel a história da criação do Facebook, que foi fruto de uma tentativa de dois jovens para ganhar popularidade e status social na faculdade. O livro já começa com o brasileiro Eduardo Saverin em uma festa reservada para pessoas influentes, tentando a qualquer custo fazer parte de um grupo seleto de estudantes do último ano de Harvard. Em uma dessas comemorações, Saverin avistou um garoto quieto de cabelos encaracolados, pensando que esse sujeito nunca chegaria perto de entender a rede de relacionamentos sociais dos estudantes influentes. Ele mal sabia que aquele era Mark Zuckerberg, o garoto que mudaria completamente o curso do relacionamento entre pessoas. Recheada de traição, dinheiro e mulheres, essa trama escrita por Ben Mezrich retrata a história e os sujeitos por trás do Facebook, obra que recentemente ganhou adaptação para os cinemas, com o filme A Rede Social. É curioso saber que Mark Zuckerberg se recusou a fornecer seus depoimentos para Mezrich durante a apuração dos fatos, mesmo após a grande insistência do escritor. Ben Mezrich é famoso por escrever histórias de jovens que enriqueceram e conquistaram fortunas em pouquíssimo tempo, como é o caso do livro Quebrando a Banca: Como seis estudantes ganharam milhões em Las Vegas, que também foi adaptado aos cinemas, em 2008.

reprodução

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cliente flap tur

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por Verônica P etrelli

Bel Coelho A

cliente

Flap Tur Bel Coelho

tem muitos motivos para celebrar

os frutos colhidos em sua carreira de sucesso na área gastronômica .

Aos 31 anos, a chef já possui a bagagem de ter trabalhado em inúmeros restaurantes renomados, tanto no Brasil quanto no exterior, e hoje tem o privilégio de gerir o seu próprio restaurante (o Dui, localizado no bairro Jardim Paulista, em São Paulo). Ela mal sabia que, após ingressar no Culinary Institute of America, em Nova York, com apenas 19 anos, conquistaria com imensa rapidez os paladares de tantas pessoas ao redor do mundo. A chef é conhecida por trazer sabores das mais diferentes culturas e mesclá-los à culinária brasileira, de uma maneira sutil e diferente. Tudo isso lhe rendeu alguns prêmios, como o de Chef Revelação em 2004, pelo júri da revista Veja São Paulo, e a indicação no blog S. Pellegrino de 50 maiores restaurantes no mundo, em 2010. Na entrevista a seguir, Bel Coelho deixa claro que é apaixonada por sua profissão e que está sempre em busca de descobertas, novidades e sabores inusitados.

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foto andré passos

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Você tem a Gastronomia no sangue (seus avós tinham um restaurante português), mas seus pais não aceitaram de início sua ideia de trabalhar na área. Como foi lidar com essa situação? Bel Coelho: Meu pai foi ligeiramente contra no começo por saber que essa era uma profissão dura e cansativa, mas logo se encantou com a ideia e tudo ficou bem. Eu cheguei a entrar na faculdade de psicologia, mas não cursei. Ainda assim, sempre me interesso por essa área e faço análises há anos. ftm:

Você já trabalhou no D.O.M., no Fasano, no Buddha Bar, restaurantes muito renomados. Você imaginou que o sucesso iria chegar tão rápido? Bel Coelho: Eu nem imaginava que haveria tanto sucesso. Não pensava nisso. Sempre pensei em realizar um bom trabalho e proporcionar momentos de prazer e alegria para as pessoas.

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Como é poder estar pela primeira vez no comando total de um restaurante (o Dui)? Bel Coelho: É tudo que sempre quis. Tenho total liberdade criativa e isso, para um chef, é o que há de mais prazeroso. ftm:

Você viajou por vários lugares (Espanha, Inglaterra, França, Portugal) para trazer sabores diferentes aos pratos que cria. Qual será sua próxima viagem? Bel Coelho: Vou para a Colômbia de férias por uma semana. Não sei o que vou encontrar por lá, mas viajar é sempre inspirador para um chef. Meu desafio sempre serão as novas criações e os novos projetos. ftm:

De todas as viagens que você fez, buscando sabores e técnicas diferentes, qual foi a que você mais gostou? Por quê? Bel Coelho: Foram muitas. Não consigo falar só de

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cliente flap tur

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uma. Cada uma traz algo especial e uma nova influência. Sou muito eclética e interessada em gente nova, novas culturas e, claro, nova cozinha. ftm:

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Há alguma coisa da qual você se arrependa na sua profissão de chef? Bel Coelho: Não. E mesmo as que poderiam fazer com que eu me arrependesse são tão importantes como aprendizado que passam a fazer sentido em terem acontecido.

foto cleybe trevisan

Explique um pouco sobre o espaço “Clandestino”, que você arquitetou no primeiro andar do restaurante Dui. Como funciona? Qual é o diferencial? Bel Coelho: O Clandestino é uma experiência gastronômica mais complexa e profunda. É um menu degustação com vários cursos no qual eu uso e abuso da minha criatividade. DUI Al. Franca, 1590 Jd. Paulista – São Paulo (11) 2649-7952 contato@duirestaurante.com.br www.duirestaurante.com.br

foto andré passos

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Carla Goke - Sales Executive Mandarin Oriental Singapore

Henrik Muehle - Managing Director St. James’s Hotel and Club

Jean-Luc Cousty - General Manager Hìtel Lutetia, Paris

flap tur networking

São muitos os empresários, hoteleiros e parceiros que ajudam a Flap Tur a planejar destinos inigualáveis para seus clientes, construindo em conjunto uma história de sucesso. Veja um álbum de fotografias com alguns desses parceiros Flap Tur:

Martein Van Wagenberg - Managing Director Las Ventanas Al Paraíso

Rodrigo Lovatti - Gerente de Vendas do Copacabana Palace Hotel

Karin Weber Director of Travel Industry Sales Mandarin Oriental Miami e Steven Savini Director of Travel Industry Sales Mandarin Oriental, London

Liliana Romero - Senior Sales Manager Mandarin Oriental Hotel Group, Steven Savini - Director of Travel Industry Sales MO, London e Karin Weber - Director

Karin Weber - Director of Travel Industry Sales e Alexandra Wensley - Director Communications Mandarin Oriental Miami

Staff Equipe Fasano em Punta Del Este

Mark Kerwin - Director of S&M Las Ventanas Al Paraiso, Lucita Marques da Costa - Director fo S&M X-Mart e Sabine Masságlia - Director of S&M Guanahani&Spa

Rosana Takahashi - Executiva de Contas do Copacabana Palace Hotel

Maria Alice do Explora na Ilha de Páscoa

Natália Pessoa - Gerente do Tivoli Hoteis

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álbum

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Viajantes Aspen – USA: Giuliana Sammarone, João Fermando Sammarone, Marcelo Sammarone e Rodrigo Yasbek

São Francisco – USA: Gustavo Figueiredo

Aspen – USA: Felipe Sigaud, Fernando Sigaud, Francisco Sigaud, Marco Parente, Franco Parente

Disney – USA: Da esquerda para a direita: Fabiana e Fernando Scheffer (com o filho Felipe no colo) Sra. Maria Stella dos Santos (aniversariante e avó da Fabiana e do Fernando Santos) Sra. Albertina Mendonça (tia) Fernando e Tânia dos Santos com a filha Isabella

Boston – USA: Fabio e o irmão Rafael Domingos

Nova York – USA: Alessandra Arouca

Agradecemos a todos os clientes Flap Tur pelo envio das imagens. mande sua foto, com nomes completos e lugar visitado. redacao@grappa .com .br

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Dordonha – França: Ana Paula Pinto de Souza e Renato Vianna (viagem de bicicleta)


Disney Flórida – USA: Família Julianelli: Fernando, Cristina (mãe), Maria e Clara

Veneza – Itália: Camila Ricco Kahn e David Kahn

Itália: Pedro Cintra e Tatiana Gabriel Cintra

Hotel Atlantis – Bahamas: Família Menusier: Fábio e as filhas Isabela e Fernanda

Chiullan – Chile: Família Didier: Ique, Milly, Luque e Duda

Deserto do Atacama – Chile: Juliano Guarany De Luca e Mariana Cacace De Luca

Hayman Island – Austrália: Marcelo Apovian

Disney Flórida – USA: Família Jardim: José Eduardo, Renata (mãe) e filhos Gabriela, Bruno e Felipe.

Santiago – Chile: Lizandra Ferraz Alvim e Luiz Felipe

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arte e cultura

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PAULO STOCKER

Paulo Stocker é natural de Santa Catarina, da cidade de Brusque – um importante pólo industrial nos setores têxtil e metalúrgico. O artista tem 45 anos de idade e já possui 25 anos de experiência profissional. É famoso por ter criado as tirinhas humorísticas do personagem Clóvis (que se comunica com o leitor de forma muda) e os traços do boêmio Tulípio. Paulo afirma que sua formação no desenho se deu à forma antiga, de maneira clássica, aprendendo com os grandes mestres e suas experiências de vida. Fã do cinema mudo e do teatro gestual, não é só nas tirinhas cômicas que Paulo exerce o seu gosto pela arte. Desenhos de máquinas voadoras, como a da foto, também são de autoria do artista. Elas partem da fantasia dele, uma mistura de impressionismo, grafite e quadrinhos, fruto das lembranças de sua juventude. Saiba mais sobre Paulo Stocker em seu site: www.stockadas.zip.net

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