FTM #2016

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FlapTurMagazine Uma parceria Flap Tur e Grappa Marketing Editorial #5 / 2016

TURISMO: Seleção especial de hotéis e destinos ENTREVISTA: O grafite de Alex Senna MÚSICA: Rumos do jazz brasileiro COMIDA: A onda dos ceviches DESEJO: Barcos, luxo, conforto e prazer


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ex plo re Jardins: Alameda Lorena, 1784 Itaim: Rua Amauri, 334


Como resultado do trabalho realizado pelos sócios Fernando Senna, Luís Henrique Sassi e Roberto Nascimento, a FlapTur consolidou a sua atuação no mercado baseada na excelência no atendimento. Desde a sua fundação em 1999, a FlapTur atende a um público exigente, oferecendo roteiros diferenciados com muito conforto e requinte. Em 2008 a agência sai na frente mais uma vez e lança a primeira revista customizada de uma agência de viagens no Brasil, a FTM – FlapTur Magazine. E agora, em 2016, ela retorna mais moderna e recheada de dicas de viagem, gastronomia e cultura. Sempre preocupada com a excelência no atendimento, atrelada a um serviço just in time, a FlapTur buscará sempre fortalecer a sua relação com seus clientes e fidelizá-los, oferecendo as melhores opções do mercado do turismo mundial. Boa leitura! FlapTur

REVISTA FTM | Editorial

FlapTur: just in time


Colaboradores Conselho Editorial Juliano Guarany De Luca Adriano De Luca Fernando Senna Luis Henrique Sassi Roberto Nascimento

Sérgio Zacchi é o convidado especial da seção Ensaio Fotográfico. Tem 15 anos de experiência em trabalhos editoriais e publicitários (38)

Editor-chefe Adriano De Luca (Mtb 49.539) Diretor de Marketing e Vendas Juliano Guarany De Luca Projeto Gráfico Grappa Marketing Editorial Diagramação e Arte Grazieli Barreto Cunha Pedro Pedrosa C Dias de Gouvea

Carlos RV Silva Filho, Vice-Presidente da ISWA International Solid Waste Association, escreve sobre turismo e sustentabilidade (66)

Redação Beatriz Atihe Vitor Leite Suenia Cardoso Colaboração Carlos RV Silva Isabella Santoyo Marcella Chartier Martha Lopes Revisão Mario Givanotti Capa Divulgação

Isabella Santoyo é coach e conta como deixou o mercado corporativo após 18 anos para reconstruir toda sua vida (70)

www.flaptur.com.br tel. (11) 2107-4888 fax (11) 2107-4861 flaptur@flaptur.com.br

Esta publicação é produzida e comercializada pela

www.grappa.com.br contato@grappa.com.br tel. (11) 3035-4500 Rua Hungria, 658, Jardim Europa São Paulo SP 01455-000 Publicidade e Marketing comercial@grappa.com.br Comentários, sugestões e críticas contato@grappa.com.br Alex Senna

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Os artigos e matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.


Há oito anos, o que era uma simples conversa de bar acabou virando uma ideia mais sólida, com metas e processos, e terminou por se concretizar em um projeto real, que marcaria o início de muito trabalho, aprendizado e conquistas. Após meses de reportagens, edições, entrevistas, fotografias e diagramações, saía em 2009 a primeira edição da FTM – Flap Tur Magazine, revista customizada para a agência de turismo Flap Tur em parceria com a Grappa. Após quatro edições, pelas flutuações do mercado e pela necessidade de investir em outras frentes, a FTM ficou de lado, guardada na gaveta durante alguns anos. E agora, mesmo vivendo uma realidade de recessão, remamos contra a maré para relançar a revista, que volta a circular com projetos editorial e gráfico totalmente reformulados. Para nós, da Grappa, é um momento de celebração. Acreditamos que a vida é feita de momentos bons e ruins, e o que nos fortalece é perceber o quanto somos capazes de nos reerguer, de recriar e renascer, trazendo à tona o que há de melhor em nós – ou nas coisas. É mais ou menos assim que nos sentimos com a FTM: um projeto pelo qual temos muito carinho e no qual depositamos muita força criativa, suor e risadas. Um projeto que, enfim, nos inspirou em diversos caminhos. E aqui estamos, retornando ao início de tudo, para oferecer a vocês, leitores, uma revista de qualidade, uma leitura prazerosa que se traduz em um momento de relaxamento. No caso da FTM, customização é isso: traduzir em palavras e layouts todos os atributos intangíveis e emocionais que você coleciona no seu estilo de vida, seja numa viagem de férias, na escolha de um restaurante ou na hora de ouvir uma boa música. Uma ótima FTM para você! Grappa Marketing Editorial

REVISTA FTM | Carta ao Leitor

Um brinde ao retorno


Sumário Entrevista | 08

A arte em duas cores

52 | Música Jazz à brasileira

Destino | 14

Santa Mônica

58 | Gastronomia A onda do ceviche

Hotéis | 18

64 -70 | Olhar pessoal Crônicas, opiniões e artigos

Ensaio | 38

As lentes de Sérgio Zacchi

72 | Viajantes Clientes FlapTur

Desejo | 46

Barcos: Velejar é preciso

74 | Olhar



REVISTA FTM | Entrevista

A arte em duas cores A street art de Alex Senna, ilustrador e grafiteiro de SĂŁo Paulo, transforma os muros da capital paulista em telas para os mais variados desenhos, com sĂ­mbolos universais que expressam amor, solidĂŁo, alegria ou tristeza. E grande parte disso, em apenas duas cores.

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Dortmund foto por Fera Feitosa

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REVISTA FTM | Entrevista

Nada mais admirável quanto a combinação preto e branco. Melhor ainda, quando ela transmite emoções por meio de traços simples, porém, marcados pela riqueza de detalhes e simplicidade de situações. Suas obras, um misto de desenhos de histórias em quadrinhos e ilustrações, também já transformaram o cenário urbano de Londres, Paris, Berlim e Barcelona em uma realidade totalmente afetiva. Orlândia tem pouco mais de 40 mil habitantes. Como foi esse choque, o contraste na sua vinda para São Paulo? Orlândia é minha terra natal, mas vivi a maior parte da minha vida em São Paulo. Esse choque nunca aconteceu, foi meio misturado, não tinha essa consciência. Hoje você se sente totalmente adaptado (e até dependente) de uma vida mais agitada, mais urbana, ou fica uma nostalgia, uma saudade do interior, da natureza? O importante é o equilíbrio. A cidade grande é onde eu faço os meus murais, o contraste da cidade, a experiência em si. Existem muitos lugares para pintar, o que sempre me atrai. Mas, no final, é no interior que eu me sinto melhor, na natureza. Você tem outras temáticas em mente que gostaria de retratar na sua arte, ainda que o sucesso tenha vindo com personagens urbanos, relacionamentos e o “fazer nada”? Estou sempre testando e experimentando novos temas. Gosto de mudar, sempre mantendo a essência do meu trabalho, e estudar, para não cair na mesma. Na maioria de suas entrevistas fala-se muito de melancolia, mas não como algo negativo, e sim como inspiração, reflexão. Isso faz sentido? Essa carga emocional tem alguma raiz? Família, amigos, infância? Sim, penso em situações reais e tento transpor para o desenho. A vida é repleta de momentos bons e ruins, mas é isso que faz a coisa acontecer de verdade, as experiências. Tem que buscar na memória para que saia verdadeiro. Como você escolhe as paredes para grafitar? Claro que a maioria da obra está na zona oeste, onde mora, mas você mapeia a cidade, às vezes, por bairros, pensando em levar seus personagens para regiões mais afastadas, como zona leste, onde a arte de rua tem mais visibilidade? Onde a oportunidade aparece. Eu não fico escolhendo muito, eu vou para onde me convidam, não tem uma regra. A cidade está aí, é preciso explorá-la e sair da zona de conforto. 10


“A VIDA É REPLETA DE MOMENTOS BONS E RUINS, MAS É ISSO QUE FAZ A COISA ACONTECER DE VERDADE, AS EXPERIÊNCIAS. “

divulgação

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REVISTA FTM | Entrevista

Onde foi o lugar mais incrível para grafitar? Por quê? Tel Aviv. A região onde estava tinha mais de 3.000 anos, e o choque cultural foi muito forte. O cenário é muito diferente, as portas, as paredes, os lugares abandonados, antigos. Tem muita história na região. Jerusalém é super perto e a atmosfera toda de um lugar histórico ainda está lá. O que você fazia antes do grafiti? Como você imagina que teria sido sua vida em outro emprego? Eu trabalhei em escritórios de design, produtoras e agências de publicidade por dez anos. Antes disso, já tinha sido garçom e havia trabalhado numa locadora de videogame. Não tenho a menor ideia, mas, provavelmente, iria me frustrar se não fosse relacionado a artes. Você se vê desenhando para sempre? O tempo todo. Assim como você foi incentivado a se entregar à arte por pessoas próximas e amigos, o que diria a tantos jovens que precisam de um empurrão? Acho que o mais importante é produzir, fazer um monte. No começo ainda rola uma insegurança, por isso, é bom sempre produzir, para que role uma evolução nas técnicas e ideias, sem medo de experimentar. 12

foto por Tel Aviv


foto por Rodrigo Erib

Em uma das entrevistas você cita que em algumas obras retratou a relação de pai e avô. Isso tem a ver com sua vida pessoal? Essas figuras foram (ou são) muito fortes e representativas para você? Eu acho que se você retrata algo pessoal, o impacto é mais verdadeiro. São métodos para ter ideias, mas não significa que tudo o que faço vem da minha vida pessoal. Eu observo, vejo. As ideias vêm de outros lugares também. Em 2015 você começou nas esculturas e 3D. Como foi essa nova realidade? E as dificuldades? Bem diferente. Colocar volume em um personagem que sempre foi 2d foi algo muito interessante, mas muito trabalhoso. A maioria das esculturas foram feitas para uma exposição que fiz ano passado chamada Tempo. Trabalhei com vários escultores e envolvi várias pessoas. As dificuldades são várias, pois elas vão aparecendo a cada momento, mas como trabalhei com vários escultores de talento, tudo o que precisava, foi feito. Qual característica da sua obra e traço você acha que te garantiu tanta visibilidade nos anos recentes (afinal, sabemos que o cenário paulistano conta com muita gente fazendo bons trabalhos)? Não sei bem, mas talvez, na época em que comecei, os temas que eu usei eram bem diferentes do que se fazia na época, onde tudo era muito colorido e chamativo. Eu pensei em fazer algo mais simples, mais puxado para as histórias em quadrinhos e ilustrações. 13


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REVISTA FTM | Destino


fotos divulgação

Santa

mônica

História A região de Santa Mônica foi descoberta em 1542 pelo explorador espanhol Juan Rodriguez Cabrillo, que era até então povoada por índios gabrielinos e chumash. Mais de 200 anos depois, em 1769, durante uma expedição espanhola comandada pelo explorador Gaspar de Portola, o grupo decidiu nomear o lugar de Santa Mônica, homenageando uma figura conhecida na igreja católica. Comandada pela Espanha até 1822, a região foi passada para o México, que dividiu a área em três lotes de terra destinados à produção agrícola. Na época da corrida pelo ouro, por volta de 1849, um dos lotes foi comprado pelo coronel Robert Baker, que logo conheceu o senador John Jones e juntos começaram a pensar na construção de uma cidade naquela área. Em 1875, os primeiros lotes foram colocados em leilão e em nove meses surgiram casas e lojas, fazendo com que Santa Mônica fosse reconhecida como uma cidade em 1887. Em 1905, a cidade possuía 7.208 habitantes e lugares como o Ocean Park e o Píer de Santa Mônica começaram a atrair multidões do mundo inteiro. Atualmente, a cidade possui 92.472 habitantes. 15


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Passeio que cabe no seu bolso A cidade conhecida pelas praias encantadoras e glamorosas pode ser ainda mais acessível. Por causa de uma iniciativa da Santa Monica Travel & Tourism, uma associação sem fins lucrativos que tem como objetivo aumentar as receitas de turismo e as oportunidades locais de emprego por meio da promoção da cidade como destino de viagem, é possível criar um itinerário com menos de 600 dólares para conhecer uma das praias luxuosas da região. Dentro desse pacote, os turistas podem ter contato com artes, entretenimento, cultura e gastronomia a preços razoáveis. Para mais informações, visite o site: santamonica.com/portuguese

Descobrindo a cidade Situada a apenas 12,5 km do aeroporto internacional de Los Angeles, Santa Mônica fica próxima de diversos pontos turísticos, como a noitada de West Hollywood, as aventuras da Universal Studios e o letreiro de Hollywood.

Os bairros de Santa Mônica Em uma área de 21,797 km2 é possível conhecer os 8 diferentes bairros que compõem a cidade de Santa Mônica, englobando mundos da gastronomia, do comércio e do entretenimento para variados estilos.

O lado sustentável de Santa Mônica

• Dê uma volta por Downtown Santa Monica e Third Street Promenade, que parece um shopping a céu aberto, com milhares de lojas, restaurantes e artistas de rua. • Quer ter um dia de glamour? Então vá conhecer as boutiques de luxo e os restaurantes da moda na Montana Avenue. • Vá tomar sol e ter um dia cheio de aventuras nas praias e parques na área do Píer de Santa Mônica e na Ocean Avenue. • Conheça um pouco mais da história da cidade passeando pelo Pico Boulevard. • Explore o mundo da aviação no Museu do Voo, localizado no Aeroporto de Santa Mônica. • Bastante frequentada pelos esportistas, a Main Street abriga diferentes comércios para os amantes de exercícios. • Para quem gosta de artes, a Mid City é o lugar ideal. A região abriga mais de 40 galerias de artes com estilos variados. • Uma das ruas mais conhecidas da cidade, a Wilshire Boulevard contempla a maior livraria do oeste dos Estados Unidos.

Na região é possível encontrar também atrações, restaurantes, hotéis e transportes que não agridem o meio ambiente. Algumas opções são: • Tongva Park: inaugurado recentemente, o parque possui lugares que oferecem belas vistas das praias e do Píer. • Aquário do Píer de Santa Mônica: o lugar conta com apresentações interativas e atividades para incentivar as crianças a cuidarem do ambiente. O valor de entrada para pessoas acima de 12 anos é de US$ 5. • Shore Hotel: o lugar é considerado eco-friendly, ou seja, adota medidas que têm o objetivo de causar menores danos à natureza.

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Hotéis

Rocco Forte

Verdura Resort Sicília, Itália

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1 -The Balmoral Edimburgo, Reino Unido 2-Brown’s, Londres 3- The Charles Hotel, Munique

A coleção de Hotéis Rocco Forte é uma ótima opção para férias em família. Composta por nove hotéis e um resort, todos em prédios históricos na Europa, cada propriedade tem características únicas da sua cidade, com a localização perfeita entre diferentes pontos turísticos e belas vistas. O programa “Families R Forte” oferece cuidado e entretenimento para crianças de todas as idades. Cada hotel, seja em Londres, Edinburgo, Bruxelas, Florença, Roma, Sicilia, Berlim,

Munique, Frankfurt e São Petersburgo tem seu programa personalizado de acordo com as curiosidades e história de cada lugar. O cuidado especial pode ser visto em todos os detalhes. Desde ficha de registro lúdica no check-in às amenidades no apartamento. Guloseimas, lençóis temáticos diferentes para meninos e meninas, roupões sob medida, pantufas coloridas, artigos de toalete infantis, livros para colorir, jogos e outros

passa-tempos são disponibilizados para os hóspedes mirins. Os adolescentes não ficam de fora! Roteiros pela cidade, tratamentos especiais no Spa e video game no apartamento são alguns dos mimos que esses jovens podem aproveitar. Cada hotel tem o seu próprio mascote com uma historinha que é contada na chegada, quando a criança recebe um exemplar de pelúcia para acompanhar sua ‘Aventura Rocco Forte’ nos próximos dias da viagem. 19


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Reino Unido 1. Brown’s Hotel, Londres 2. The Balmoral, Edimburgo

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Itália 3. Hotel Savoy, Florença 4. Hotel de Russie, Roma 5. Verdura Resort, Sicília

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Bélgica 6. Hotel Amigo, Bruxelas

Alemanha 7. Hotel de Rome, Berlim 8. Villa Kennedy, Frankfurt 9. The Charles Hotel, Munique

Rússia 10. Hotel Astoria, São Petesburgo

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Jeddah, Arábia Saudita 5

Hotel Savoy Florença, Itália

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Hotel Astoria São Petesburgo, Rússia

OS PROGRAMAS R Babies Destinado para crianças de 0 a 3 anos, o programa oferece louças infantis, cadeirão para comer, berço com móbile, banheirinha e produtos para hora do banho, toalha com capuz, patinho de borracha, esterelizdor, tapete de jogos, e qualquer outro serviço solicitado, incluindo babá para dar um descanso para os pais!

R Kids

Hotel Amigo Bruxelas, Bélgica

As crianças de 4 a 12 anos são recebidas de forma especial no check-in com um passaporte Rocco Forte Kids que dá dicas da cidade em forma de jogo, e ainda podem desfrutar de aulas de gastronomia com os Chefs dos restaurantes do hotel. A equipe de concierges está preparada para criar roteiros animados pela cidade e tranformar um “programa de adulto” em diversão garantida para toda família. Os cardápios dos restaurantes e serviço de quarto também contam com opções de pratos infantis e no apartamento são disponibilizadas uma variedade de revistas, filmes e jogos. 21


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Hotel de Russie Roma, Itália

R Teens Dos 13 aos 16 anos, ninguém quer mais ser chamado de criança. Pensando nisso, o Spa criou um menu especial de tratamentos para os jovens. Além disso, no apartamento eles vão encontrar um console de video game para que a viagem de família se pareça mais com a reunião dos seus amigos. Os roteiros para conhecer o destino incluem toda a programação que está na moda e as últimas tendências da cidade. No Verdura Resort, o hotel que fica na Sicília, Itália, à beira do Mar Meditarrâneo, a programação é ainda mais intensa. Já que não faltam espaços, brinquedos e atividades para divertir os pequenos. Além disso, eles ainda 22

podem aprender novos hobbies nas aulas de culinária, passar o dia na horta, agendar classes de golfe ou tennis, aprender diversos esportes aquáticos e participar de excursões à outras praias vizinhas. Outra grande atração para as crianças é o Verdùland, um clube infantil que conta com piscina exclusiva para os pequenos, supervisionada por monitores e pelo mascote Verdù, um simpático porco espinho. O You Club é um espaço de convivência dedicado para os jovens que tem até noites de discoteca. O Hotel tem uma trattoria com forno à lenha. Todas as noites preparam as mais deliciosas pizzas Sicilianas, abrindo o apetite dos pequenos hóspedes!


Hotel de Rome Berlim, Alemanha

Villa Kennedy, Frankfurt

Pacotes

Hotel Astoria São Petesburgo, Rússia

Todos os hotéis oferecem promoções especiais para famílias. O quarto para duas crianças pode sair com 50% de redução nas tarifas ou até mesmo de graça quando é reservada uma Suíte para os pais. Café da manhã incluido para todos e desconto em outras refeições também estão disponíveis. Consulte a Flaptur e saiba mais sobre os pacotes: +55 (011) 2107-4888 23


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ANANTARA

resorts

Maldivas é composta por 1.192 ilhas com características particulares e belezas únicas, como se cada uma fosse um lugar particular. Pensando nesse contexto, a rede Anantara pensou em quatro resorts com diferentes estilos e para diferentes públicos: o Anantara Dhigu, o Anantara Veli, o Naladhu Maldives e o Anantara Kihavah Maldives Villas. Com o objetivo de surpreender e oferecer conforto, diversão e diferentes momentos para casais, famílias e viajantes que buscam uma experiência luxuosa, os resorts ficam localizados em um dos lugares mais bonitos do mundo. As Maldivas são conhecidas pelas belezas naturais como as famosas barreiras de corais. Ao passar por um desses resorts é possível se deparar com momentos como aventuras aquáticas, pesca em alto mar, menus preparados por você e um dos chefes dos hotéis e muitas outras atrações. Três dos resorts estão localizados na região de South Male Atoll, próximos ao Aeroporto Internacional de Malé, um percurso de aproximadamente 35 minutos de lancha. Já o Anantara Kihavah Maldives Villas fica em Baa Atoll, lugar ideal para explorar o mundo submarino do Oceano Índico. A rede é conhecida no ramo turístico por ganhar prêmios como o World Travel Awards.

Atrações Já pensou como seria divertido aprender a jogar tênis durante suas férias? Nos resorts localizados em South Male Atoll agora isso é possível. Graças a uma parceira com o Jim Courier Tennis, os hóspedes dos Anantara Dhigu, Anantara Veli e Naladhu Maldives poderão contar com treinadores profissionais durante sua estadia. O objetivo é fazer com que você atinja seu melhor nível enquanto desfruta de um dos lugares mais lindos do mundo. A quadra de tênis fica localizada em uma ilha separada acessível por meio de um passeio de barco. As aulas com jogadores profissionais como Tony Rajaobelina custam cerca de US$ 140 por hora. Já as aulas em grupo são para no máximo três pessoas e custam cerca de US$ 60 para cada. Agora, se a sua vontade é levar as crianças para um lugar diferente, onde personagens encantados tornam a experiência nas Maldivas ainda mais divertida, os resorts Anantara Dhigu e o Anantara Kihavah são os lugares ideais. A ideia é entreter os hóspedes mais novos com atividades criativas e imaginativas, enquanto os pais desfrutam dos prazeres dos resorts. Não importa qual é o seu estilo, com o Anantara Resorts você encontra o roteiro ideal para ter uma viagem inesquecível. 25


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ANANTARA

DHIGU

A experiência luxuosa para quem decide ir para o Anantara Dhigu começa já pelo diferente e exótico design do local. Banhado por uma lagoa natural, o resort brinca com texturas e elementos que tornam o ambiente ainda mais requintado. Todos as áreas foram projetadas pelos renomados arquitetos Mohamed Shafeeq, da GX Associates e John Lightbody, da Abacus. O projeto arquitetônico tem o formato de uma concha de vieira, bastante encontrada nos recifes costeiros das Maldivas. A estrutura dos telhados da áreas em comum também chama a atenção por representar os ramos de uma árvore, com minuciosos detalhes e desenhos esculpidos com técnicas tradicionais de carpintaria. Todos os espaços foram pensados com o objetivo de trazer o ambiente marinho externo para dentro do resort. Com isso, os hóspedes conseguem desfrutar das lindas paisagens de qualquer ambiente. Outro aspecto interessante é o jogo de iluminação e cores em toda propriedade. A decoração dos quartos se destaca por tornar o ambiente acolhedor e romântico utilizando elementos rústicos. 26


Um paraíso para as crianças

Todo esse luxo está espalhado pelos 20.000m2 na Ilha de Dhigufinolhu, em South Male Atoll. A propriedade explora a beleza natural, as tradições culturais e os patrimônios históricos das Maldivas. O resort conta com 103 apartamentos, alguns com piscina privativa, duas vilas dedicadas a famílias e outras cinco vilas com piscina exterior Uma das grandes vantagens de escolher o Anantara Dhigu como destino é a possibilidade de aproveitar os tratamentos holísticos que o spa oferece. Com diferentes mé-

todos, o objetivo é proporcionar experiências inesquecíveis, como o uso de ervas indianas para tratamentos corporais, florais inovadores e um banho com lama Moor, tudo para deixar os viajantes relaxados, rejuvenescidos e revigorados. O spa do resort se destaca pela exuberância do ambiente, são 1500m2 com diversos quartos e suítes com vista para o ambiente marinho. Além disso, há uma área aberta destinada a tratamentos de relaxamento. Tudo pensado para proporcionar momentos únicos aos hóspedes.

Se o Anantara Dhigu é incrível para os adultos, ele pode ser considerado um paraíso para as crianças. Isso porque oferece atividades diárias para os pequenos se divertirem e aprenderem sobre a cultura local. Além disso, eles podem passar momentos cheios de aventura no Dhoni Club. Além disso, as crianças também podem fazer passeio pelas belezas naturais das ilhas, entrando em contato com corais e recifes. Os restaurantes do resort contam com menus personalizados para suprir as necessidades alimentares das crianças.

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ANANTARA

KIHAVAH

Para quem tem interesse em conhecer o mundo subaquático do Oceano Índico, o Anantara Kihavah é o lugar ideal. Localizado em Baa Atoll, o resort permite que os viajantes tenham contato com uma praia de areia branca, bosques exuberantes e um mar azul turquesa de tirar o fôlego. 28

No Kihavah tem vilas para todos os gostos: suspensas sobre o mar ou em um trecho privativo da praia. Não importa a escolha, qualquer uma oferece vistas deslumbrante e momentos inesquecíveis. Os hóspedes podem ter diferentes experiências ao longo de sua estadia,

como praticar esportes aquáticos, passear por recifes e apreciar a vida marinha da ilha. Já dentro do quarto, ainda é possível aproveitar momentos luxuosos na piscina privativa, no terraço de madeira e na ampla área de descanso com um sofá cama, uma rede e uma espreguiçadeira.


Um lugar romântico O Kihavah oferece uma rota diferenciada para uma fuga romântica. Em um destino nada casual é possível fazer um casamento maravilhoso ao som dos famosos tambores das Maldivas. Com um pacote especial, o casal tem vantagens como um altar preparado na praia, espumante e um bolo, decoração romântica na vila e no apartamento, um certificado de casamento simbólico, entre outras. O casal também podem aproveitar de cafés da manhã na cama com uma bela vista do oceano. Depois de desfrutar passeios cheios de aventuras e momentos relaxantes no spa é possível acompanhar o pôr do sol e jantar em um dos diferentes restaurantes e bares com ambientes e menus distintos.

Mundo subaquático Que tal fazer um passeio aquático e se deparar com golfinhos, tartarugas e diferentes corais? Isso provavelmente acontecerá caso você vá para o Anantara Kihavah. O resort conta com a consultoria do renomado biólogo Joseph Lassus que durante uma verdadeira expedição com os hóspedes explica sobre as belezas do aquário natural em que o Kihavah se encontra. Entre os passeios estão o mergulho, o windsurf e o Seabob, conhecido como o trenó aquático mais rápido do mundo.

Restaurante embaixo da água Um dos tesouros do resort é o restaurante Sea, um lugar que oferece almoço e jantar em uma experiência subaquática. No estabelecimento, os hóspedes têm uma visão de 360° da vida marinha do Oceano Índico. Nos últimos dois anos, o restaurante recebeu o prêmio três estrelas do World of Fine Wines Magazine. O Sea ganhou na categoria de melhor carta de vinhos do mundo. 29


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ANANTARA

VELI

Com belos bangalôs, o Anantara Veli mistura tranquilidade e emoção, podendo ser um ótimo destino tanto para quem busca férias relaxantes em um lugar paradisíaco como para aqueles que têm vontade de dominar altas ondas nas praias do Oceano Índico. Localizado na ilha de Veligandu, um lugar reservado e único, o resort proporciona um grande contato entre os hóspedes e a natureza. Com acomodações de luxo e ambientes exclusivos, a propriedade oferece vistas incríveis de qualquer uma das suas áreas. Se você tiver vontade de explorar a região é possível fazer um cruzeiro por diversas ilhas das Maldivas, tentar a sorte na pesca em alto mar ou passear pelos famosos mercados da capital Malé. As acomodações misturam romance e intimidade que são combinados com 30

um serviço especializado, é só escolher seu estilo: em bangalôs sobre a água com acesso aos corais, apartamentos luxuosos com piscina privativa ou com vista para as ondas do oceano. Para sua experiência ser completa, você pode se deliciar com os menus dos restaurantes do resort. A ideia é fazer das refeições, momentos mais informais e descontraídos. Os hóspedes ainda podem ser criativos e escolherem um jantar adaptado a um ambiente de sua escolha.


Spa ayurvédico Recém inaugurado, o Spa Sundari tem como proposta trazer a abordagem holística para incorporar elementos do estilo ayurvédico em todas as atividades oferecidas pelo resort. Os hóspedes tem a oportunidade de alcançar seu equilíbrio ideal de relaxamento e bem estar em um paraíso com climas tropicais e praias cristalinas. Isso tudo é possível por causa da combinação das técnicas com uma antiga filosofia oriental e o uso de ingredientes tirados da natureza. Na Ayurveda, a definição de saúde é baseada em um trabalho harmonioso entre os três componentes do ser: o corpo, a mente e a alma.

Piscina e bangalôs Se você quer surpreender alguém que você ama, o Veli pode te ajudar. Com uma acomodação especial, lá é um ótimo lugar para casais viverem momentos inesquecíveis. Com uma vista panorâmica sobre o mar, o apartamento tem áreas de relaxamento pessoal, além de ter uma piscina para mergulho e um acesso especial

a lagoa que banha os bangalôs. Para chegar a praia exclusiva e privada, os hóspedes precisam fazer apenas uma pequena caminhada ao longo de um trajeto rodeado de árvores que deixam o clima ainda mais agradável.

Atividades Além do clima de romance que domina o resort, os viajantes podem aproveitar de diferentes atividades oferecidas nos ambientes como a Escola de Culinária Anantara, surfing, mergulho, centro fitness, cursos de tênis, meditação matinal e aulas de yoga. 31


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ANANTARA NALADHU

MALDIVES

Se você busca um destino que te dê conforto em um ambiente luxuoso, o Naladhu Maldives é o lugar. As acomodações lembram casas praianas rodeadas por uma linda praia privativa, onde todos os momentos vividos são embalados pelo barulho das ondas do Oceano Índico. Ao entrar no resort você tem a impressão de estar em um oásis mágico, onde tudo é bonito. Localizado na Ilha de Velighandu Huraa, lá é a ilha paradisíaca que você sempre sonhou. O lugar, que possui um design elegante, foi projetado para dar ênfase no relaxamento total, por isso possui uma sala de tratamentos corporais com piscina privativa, treinamento de tênis com o time de Jim Courier, salas de jantar a céu aberto e uma piscina de água doce, tudo acessível apenas para 42 pessoas. Viaje por uma época antiga e explore as curiosidades exóticas da região escolhendo um dos estilos das 19 casas disponíveis no Naladhu: uma clássica inspirada na elegância colonial ou uma majestosa residência de dois quartos com uma piscina que tem vista para o mar. Ao chegar na ilha, os viajantes são recebidos e acompanhados por um personal house master, também conhecido como mordomo. Ele será o responsável por cuidar de cada capricho do hóspede, que vai desde desfazer as malas até preparar banhos diferentes. Com ele, sua viagem será organizada para que você viva só momentos inesquecíveis. 32


Jantares íntimos Comemore uma ocasião especial com um jantar a céu aberto com um pôr do sol ou luar estrelado que compõem as belezas naturais das Maldivas. Com a ajuda do personal house master, você cria um jantar diferente em seu lugar preferido dentro do resort. Vale ressaltar que os hóspedes podem contar com menus exclusivos criado por chefs renomados. Tudo para surpreender alguém querido.

Recreação No Naladhu, os viajantes encontram diferentes atrações para tornar a viagem ainda melhor: atividades emocionantes, exploração de ilhas vizinhas e sabores luxuosos das Maldivas. Entre os serviços oferecidos estão a meditação, aulas de yoga e tênis e viagens culinárias. Durante todo o ano são realizados eventos especiais com a participação de chefs com estrela Michelin, músicos e sommeliers. Se seu estilo pede adrenalina, o resort também oferece atividades para você: pratique diferentes tipos de pesca, faça um passeio de veleiro, vá surfar em uma das praias da ilha, voe de parapente. Enfim, no Naladhu seu estilo vêm em primeiro lugar.

Terapias e restauração Para se desligar dos problemas e relaxar o corpo, o resort conta com um spa que oferece diferentes métodos holísticos para trazer tratamentos e terapias que complementarão sua estadia. O spa conta com uma sala de tratamentos com sauna, piscina privativa, ducha de chuva tropical e um deck para relaxamento. Todos os serviços podem ser usufruídos com vistas de paisagens encantadoras. 33


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PER AQUUM

HUVAFEN FUSHI

A Per Aquum Resorts & Hotels se destaca pela ousadia em inovar. Cada projeto exige originalidade para capturar os desejos mais sofisticados de cada viajante que deseja explorar destinos nada convencionais como as Maldivas. É nesse complexo de ilhas onde está o PER AQUUM Huvafen Fushi. Muito mais que um resort, o lugar proporciona uma experiência que mescla luxo e singularidade. O nome da propriedade significa ilha do sonho, na língua local das Maldivas e esse conceito serve de inspiração para os momentos na região. O Huvafen Fushi abriga o primeiro spa subaquático da história e é considerado o melhor resort de praia do mundo pelo Harper’s Bazaar Travel Guide. As acomodações se dividem em bangalôs modernos e veleiros tradicionais que agradam diferentes gostos e estilos.

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Hospedagem moderna Todos os ambientes do resort oferecem altos níveis de hospitalidade com bastante privacidade. A intenção das acomodações é imergir os viajantes nas belezas naturais oferecidas pela ilha, por isso é possível encontrar piscinas com queda d’água, decks e acesso direto a uma lagoa cristalina. Ao chegar nas acomodações você encontra um quarto todo equipado com ar-condicionado, uma cama com grandes dimensões, telas de plasma, um sistema de som surround, uma biblioteca de músicas para o seu Ipod, um bar pessoal e produtos de banho da melhor qualidade.

LIME Spa Um dos principais destaques do Huvafen Fushi é o spa. Com seis salas de tratamento sobre o recife e mais duas subaquáticas, o local oferece vistas fascinantes para os corais e a vida marinha do Oceano Índico. Elementos da natureza local também são utilizados em diferentes serviços.

Viagem gastronômica É possível conhecer diferentes sabores fazendo um passeio pelos restaurantes do resort, como uma deliciosa pizza a lenha, um marisco requintado ou os mistérios da cozinha oriental. Se você adora um bom vinho deve passar pelo Vinum, a maior adega do oceano com um estoque de 6.000 garrafas de vinho. Tudo isso pode ser degustado e usufruído em um lugar de sua preferência dentro do resort, permitindo que você surpreenda alguém que ame em um lugar paradisíaco.

Diversão Se aventure e encare uma atração aquática. O resort oferece jet skis, caiques, Wind surf e cursos de mergulho com certificação. Uma das experiências mais emblemáticas é o passeio no dhoni, veleiro tradicional nas Maldivas. A bordo dele, você pode ver golfinhos e descobrir mais sobre outras ilhas próximas. 35


REVISTA FTM | Hotéis

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PER AQUUM

NIYAMA

Localizado no atol de Dhaaalu, o resort Per Aquum Niyama desperta experiências distintas cheias de luxo aos hóspedes. O lugar ideal para casais e famílias abriga diferentes vilas em uma praia de areia branca e águas azul turquesa. Com atrações como luaus encantadores, um super spa, o clube infantil mais emocionante das Maldivas, jantares tribais e passeios surpreendentes, o resort oferece diversão e tranquilidade para todas as idades.

Explores Club Imagine um mundo onde a imaginação das crianças é estimulada o tempo todo. Esse lugar existe e fica no Niyama. O Explores Club tem uma equipe altamente qualificada responsável por entreter as crianças enquanto os pais aproveitam os recursos do resort. 36


PER AQUUM launches PULSE

O clube é dividido em quatro tribos baseadas em diferentes faixas etárias: • Entre 1 e 2 anos, os pequenos são conhecidos como Globetrotters e desfrutam de áreas tranquilas e tem contato com as artes, a música e a natureza. • Entre 3 e 4 anos, os Adventurers também ficam sob a supervisão de instrutores e são entretidos com diferentes atividades. • Os Voyagers, crianças de 5 a 7 anos, e os Pioneers, de 8 a 12 anos, desfrutam de atividades como passeios de barco para outras ilhas, mini olimpíadas, entre outras.

Belezas naturais Com diferentes tipos de acomodações, o Niyama possui piscinas exclusivas, vistas encantadoras do Oceano Índico, acesso privado às praias e suítes ideais para casais e famílias que buscam por conforto e espaço. Outro diferencial do resort é a área de estar equipada com diversos elementos interativos, além de ser bastante espaçosa.

Culinária fora do convencional Desafiando as cozinhas tradicionais, o Niyama leva os hóspedes para uma verdadeira aventura gastronômica pelos diferentes restaurantes da propriedade, permitindo que haja uma fusão sensorial ao entrar em contato com a cultura local.

LIME Spa O spa do resort é ideal para quem busca experimentar algo novo. Com oito salas, seis sobre o mar e duas com jardim privativo e banhos ao ar livre, o lugar oferece tratamentos de relaxamento e contemplação. Um dos destaques é o tratamento de rejuvenescimento com oxigênio hialurônico, oferecido nas Maldivas apenas pelo Niyama. O LIME Spa oferece também pacotes familiares, permitindo que as crianças também desfrutem de tratamentos de beleza e relaxamento.

Diversas atrações Além de esportes aquáticos como mergulho e passeios em dhonis e caiaques, o resort conta com um laboratório de biologia marinha que ensina como conservar os corais e os recifes. Também têm os mergulhos noturnos, a academia 24 horas e cinemas privados.

A novidade de 2016 do PER AQUUM é o PULSE, uma experiência em que os viajantes poderão ter contato com artistas e profissionais considerados ícones criativos. O primeiro ponto é o encontro com Justine Picardie, editora da Haper’s Bazaar e da Town & Country. Apaixonada por moda e pela escrita, um de seus livros é a biografia de Coco Chanel. Os viajantes conhecerão ela no Huvafen Fushi e assim terão a visão de uma das principais influenciadoras da indústria da moda. Em abril, os dois resorts sediarão o renomado chef Akira Back, conhecido na culinária japonesa com um toque coreano. Com ele, os hóspedes saberão mais sobre o restaurante Kumi e sobre a carreira de um chef. O Niyama também receberá a equipe do Chin Chin Labs, conhecida pelos famosos sorvetes artesanais. Com técnicas e sabores nada convencionais, os produtos são congelados em nitrogênio líquido, provocando uma experiência surpreendente e divertida. Os viajantes que escolherem o Huvafen Fushi como destino também terão a oportunidade de participar de workshops com artesões indianos, que darão ao resort um toque a mais de misticismo e romance. 37


REVISTA FTM | Ensaio

A Histรณria das 38

pessoas


Pescadores conferem as redes depois de uma madrugada de pescaria em Salinas da Margarida – Baía de Todos-os-Santos – Bahia.

SÉRGIO ZACCHI é fotógrafo há 15 anos, tendo trabalhado para as principais revistas, agências de publicidade e empresas do país. “A minha relação com a fotografia começou na adolescência, viajando pelo Brasil. Aos 18 anos a brincadeira começou a ficar séria,

quando fui trabalhar como assistente em um estúdio de fotografia publicitária”, recorda. Atualmente, ele define seu estilo como uma mistura entre a preocupação técnica da fotografia publicitária e a agilidade e espontaneidade do fotojornalismo. 39


REVISTA FTM | Ensaio

Morador em sua casa no vilarejo de Codajás nas margens do Rio Solimões.

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Crianças brincando no Rio Negro – Amazônia.

O que mais te inspira em projetos pessoais? O que você busca com esse trabalho? Gosto de contar a história das pessoas. Acho que só é possível entender um povoado, uma cidade ou um país, a partir de detalhes do cotidiano de quem vive lá. Os meus trabalhos pessoais me dão a oportunidade de contar histórias da maneira como eu as sinto, sem pauta, pressa ou expectativa, inevitáveis nos trabalhos comercias do dia a dia do fotógrafo. Qual a sua maior referência profissional no campo da fotografia? Tenho muitos fotógrafos contemporâneos como referência, mas todos eles foram influenciados pela simplicidade genial do fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson, que é minha maior referência. 41


REVISTA FTM | Ensaio

Pescador controlando o leme na Baía Da Cajaíba em Paraty – RJ.

Criança em rede de barco subindo o Rio Negro – Amazônia.

Qual lugar gostaria de fotografar? Por quê? Sempre sonhei em fotografar o Irã. Tenho muita curiosidade de entender um pouco da sua história milenar. Uma nação multicultural, berço de uma das civilizações mais antigas do mundo, que esconde muitas surpresas por trás da imagem que o seu governo religioso passa para o mundo. Qual o personagem mais difícil ou excêntrico que já fotografou? Fiz um ensaio fotográfico em Guiné Bissau, na África, sobre um pai de santo. Enquanto eu fotografava, ele incorporou um espírito vaidoso que viveu alguns séculos antes, naquele arquipélago, e me contou detalhes sobre sua vida na época em que os europeus chegaram ao século XVI. Essas coisas ainda deixam este descrente fotógrafo um pouco confuso. 42


Barco subindo o Rio Negro – Amazônia.

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REVISTA FTM | Ensaio

Barco de pesca indo para alto mar em Mucuri – Bahia.

Pescador remando sua canoa em Salinas da Margarida – Baía de Todos-os Santos – Bahia.

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Casa na margem do Rio Solimões – Amazônia.

Pescador chegando no porto em Arraial do Cabo – RJ

Veja mais fotos de Sérgio Zacchi no site www.sergiozacchi.com.br 45


REVISTA FTM | Desejo

Barcos: velejar é preciso A FTM preparou uma seleção com os principais barcos comercializados no Brasil: conforto, luxo e exclusividade

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fotos divulgação

Intermarine 80 Luxo e conforto: as quatro suítes estão no deck inferior. A máster, localizada à meia-nau, ocupa toda a largura da embarcação. Possui cama queen-size e amplas janelas com vista para o mar. Na proa está a suíte vip, com cama de casal e amplos armários.

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Fly 42 Alto desempenho e cuidado nos detalhes. Na parte inferior, possui cozinha completa e uma aconchegante sala de jantar, além de duas refinadas suítes. A versão brasileira ainda oferece uma churrasqueira na popa, com pia e cooktop em pedra vulcânica.

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MC6 Amplitude nos espaços, elegância e requinte: o MC6 conta com uma cuidadosa escolha nos materiais e nos acabamentos. Este iate de 60 pés segue a tradição da marca, oferecendo uma infinidade de soluções, conforto e segurança.

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REVISTA FTM | Desejo

Princess S72 O casco em V profundo mostra leveza e robustez incríveis. As portas de vidro dobram-se para transformar o salão do convés e o cockpit em uma área social de um só nível. No convés inferior há três cabines em suíte, incluindo a suíte máster.

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Schaefer 560 A grande área de convívio é um convite para receber e festejar: tanto a praça de popa quanto o amplo fly bridge possuem áreas gourmet. Além das áreas externas, a tecnologia envolvida na criação da Schaefer 560 traz modernidade e potência com mais espaço

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REVISTA FTM | Música

JAZZ à brasileira

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Para quem não consegue ficar acordado até tarde assistindo ao Grammy, a maior premiação industrial musical do mundo, o dia seguinte é reservado para checar a lista dos ganhadores, ver os trajes do tapete vermelho, assistir a algumas das apresentações e ler o que os jornais e sites de notícia estão comentando. É quase uma rotina – que, neste ano, foi acompanhada de um jazz da mais pura qualidade pelos brasileiros. É que entre os ganhadores estava a pianista e cantora brasileira Eliane Elias, vencedora da categoria melhor álbum de jazz latino com Made In Brazil. Eliane mora nos Estados Unidos desde 1981 e é figura conhecida nas listas de jazz da Billboard, revista americana de música cujos rankings são reconhecidos internacionalmente. Made in Brazil é o 25º disco gravado da pianista e ela já vendeu mais de 2 milhões de álbuns. Não para por aí. Eliane já tocou com Toquinho e Vinícius de Moraes, Herbie Hancock e Gilberto Gil. Um belo histórico para uma artista que nasceu num país onde o jazz é pouco reconhecido. Mas por que isso acontece? Para o músico Michel Leme, que tem mais de 25 anos de carreira, isso se deve à característica improvisadora do jazz, que ensina a ouvir o outro, a sair da zona de conforto e a superar os próprios limites. “Estes valores não são legais numa sociedade onde cada cidadão deve ser um consumidor passivo, apenas cumprir ordens e pagar contas e, de preferência, calado”, diz. Por isso, esse gênero musical acaba sendo de nicho. Noutras palavras, se restringe àqueles que apreciam boa música e não se contentam com as listas das mais tocadas nas rádios.

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REVISTA FTM | Música

A origem do jazz no Brasil Criado pelos negros no delta do Mississipi e em New Orleans, nos Estados Unidos, no início do século XX, o jazz começa a viajar pelo mundo a partir de 1920. É nessa época que músicos brasileiros começam a imitar as jazz bands americanas, seja nas canções ou na maneira de tocá-las. Com o surgimento da Bossa Nova no final dos anos 1950, o improviso, essência do jazz, começa a contagiar músicas tipicamente brasileiras. Ao mesmo tempo, os artistas brasileiros passam a experimentar em suas canções diferentes gêneros e estilos nacionais – desde o samba até o maracatu, passando pelo xote, baião, frevo e seresta. Esse pluralismo característico da cultura brasileira, então, delineia as propriedades do chamado jazz brasileiro. 54

Alguns anos mais tarde, em 1978, acontece o 1º Festival de Jazz São Paulo-Montreux. Centenas de músicos e milhares de pessoas se reuniram durante oito dias numa maratona nunca vista até então. Entre os convidados brasileiros estavam Luiz Eça, Hélio Delmiro, Victor Assis Brasil, Raul de Souza, Márcio Montarrovos e a Rio Jazz Orquestra. Da década seguinte em diante, a onda fusion (fusão de várias ideias, origens e tendências), da qual um dos principais expoentes foi o trompetista americano Miles Davis, facilitou a expansão da música instrumental produzida no Brasil, na qual se insere o jazz. Nessa época, emergem artistas como Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti, que chamaram a atenção da crítica e levaram o jazz feito no país para o mundo. Apesar disso, é consenso entre


No centro, Daniel D’Alcantara

“O JAZZ BRASILEIRO TEM EM SUAS ENTRANHAS OS RITMOS DO NOSSO PAÍS, SEJA NO GROOVE, ENTRE A BATERIA E O BAIXO PRINCIPALMENTE, SEJA NAS MELODIAS”

músicos e especialistas que é impossível rotular o jazz brasileiro. Afinal, existe um jazz brasileiro? Cada tentativa de definição se revela incompleta. Entretanto, é possível destacar alguns traços característicos dessa música que carregam certa brasilidade. O primeiro diz respeito à formação instrumental, com uma sólida tradição nos sopros, piano, violão e percussão. No plano estético, melodias breves, ritmos simples e cantorias a capella. “O jazz brasileiro tem em suas entranhas os ritmos do nosso país, seja no groove, entre a bateria e o baixo principalmente, seja nas melodias. Difícil e desnecessário se desvencilhar desta riqueza cultural que traz tanta personalidade para nossa música”, diz Lupa Santiago, vice-diretor do Conservatório Souza Lima.

O jazz no Brasil hoje Dos anos 1980 para cá, houve uma considerável valorização do jazz brasileiro. Hoje, é uma percepção geral de que músicos brasileiros são capazes de criar canções elaboradas, coerentes, 55


REVISTA FTM | Música

#ouça aqui

“APESAR DO AUMENTO SIGNIFICATIVO DOS FESTIVAIS DE JAZZ PELO PAÍS, O GIRO AINDA NÃO É SUFICIENTE PARA QUE O MÚSICO POSSA VIVER DE SEU PRÓPRIO TRABALHO”

Eliane Elias Águas de março

César Camargo Mariano & Hélio Delmiro - Curumin

Hermeto Pascoal Quebrando Tudo

Deep Funk Session Footprint

tecnicamente bem realizadas e que nada devem ao melhor do jazz norte americano. “É uma cena riquíssima”, diz Santiago. Dela, faz parte a banda Deep Funk Session, formada por Sidmar Vieira (trompete/flughorn), Cássio Ferreira (saxofones), Leandro Cabral (piano e keyboards), Robinho Tavares (baixo) e Vitor Cabral (bateria). “Nós temos raízes na música negra que se espalhou e se desenvolveu no mundo a partir da diáspora africana, como o jazz, o funk, música afro-brasileira e do norte da África”, diz Cabral. “Mas a música clássica toca, de uma maneira mais distante, a estética do grupo.” 56

A Deep Funk Session surgiu na turnê do cantor Ed Motta do disco Chapter 9, em 2008. Vitor, Leandro e Robinho se conhecem desde pequenos e eram integrantes da banda. “Durante as passagens de som ficávamos tocando e falando de música, até que um dia surgiu a ideia do grupo”, diz Cabral. “O plano agora é concluir o primeiro CD ainda este ano.” Outro artista que têm chamado a atenção é o trompetista Daniel D’Alcântara, que atualmente toca na formação de quinteto com Vitor Alcântara (saxofone), Edson Sant’Anna (piano), Bruno Migotto (baixo acústico) e Cuca Teixeira (bateria). Para D’Alcântara, a priorida-


Lupa Santiago

de no trabalho deles é a espontaneidade que o jazz proporciona, o desafio de se atirar no desconhecido por meio da criação individual e coletiva. “A ideia é tentar tocar, sempre que possível, de uma maneira diferente”, diz. Sobre o cenário para as bandas de jazz no Brasil atualmente, D’Alcântara tem uma visão positiva. “Apesar do aumento significativo dos festivais de jazz pelo país, o giro ainda não é suficiente para que o músico possa viver de seu próprio trabalho, mas eu sou otimista e acredito que é uma questão de tempo para que todo trabalho de qualidade tenha seu espaço e oportunidade”, diz.

ONDE

ouvir

Para quem quer curtir um bom jazz, há festivais Brasil afora – desde São Paulo, no Bourbon Street Fest, até Garanhuns, em Pernambuco, no Garanhuns Jazz Festival. Outra boa opção é conferir a programação dos Sesc’s, que trazem agendas semanais de instrumental. Ainda, a capital paulista abriga casas tradicionais de jazz, como Jazz B, Casa de Francisca, The Blue Pub e Sampa Jazz Bar.

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REVISTA FTM | Gastronomia

Do Peru

às mesas brasileiras fotos divulgação

Na ponta da língua, as papilas gustativas dão as boas-vindas à batata-doce e ao milho. Enquanto isso, o suco do limão desperta as laterais e o salgado do tempero anima a parte de cima. Logo atrás, tudo fica mais picante – é o encontro da pimenta com a cebola roxa. Marinados nesses e outros ingredientes, pequenos cubos de peixe branco unem delicadamente todos os sabores. A essa festa gustativa, dá-se o nome de ceviche, prato típico do Peru que vem conquistando o paladar dos brasileiros. Se para nós é um prato que se popularizou recentemente, para os peruanos são mais de 4 mil anos de história. No início, o ceviche era preparado com o suco de um fruto parecido com o maracujá. Com a chegada dos espanhóis ao Peru no século XVI, entretanto, o limão foi introduzido na culinária do país e passou a ser o ingrediente essencial da receita. Para se ter uma ideia, lá, o ceviche é orgulho nacional, merecendo até mesmo uma data comemorativa – 28 de junho, véspera do dia de São Pedro. Só na capital do país, Lima, são mais de 2 mil cevicherias, nome dado aos restaurantes cujo prato principal é o ceviche. Ficou com água na boca? Selecionamos seis casas em São Paulo conhecidas por seus saborosos ceviches. ¡Buen provecho! 58


Suri Ceviche foto Rogerio Voltan

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REVISTA FTM | Gastronomia

Suri Ceviche Bar Endereço: Rua Mateus Grou, 488 – Pinheiros Telefone: 11 3034-1763 / 3034-1451 Comandado pelo chef Dagoberto Torres, o Suri Ceviche Bar serve diversas opções do prato – algumas com abacate, ovo e até molho de tamarindo. Para quem quer provar a receita tradicional, o coentro dá graça ao peixe branco, mas não ofusca o sabor do limão, das perninhas de lula e do camarão.

La Mar Cebicheria Peruana Endereço: Rua Tabapuã, 1410 - Itaim Bibi Telefone: 11 3073-1213 Quem chega ao La Mar, logo de cara, tem uma boa impressão. A madeira e o bambu da decoração convidam para uma refeição simples, mas sofisticada. Os pratos, elaborados pelo chef Gastón Acurio, são preparados com o chamado “leche de tigre” – suco feito com peixe marinado no limão e outros ingredientes.

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Comedoria Gonzales Endereço: Rua Pedro Cristi, 31-71 box 85 - Pinheiros Telefone: 11 3813-8719 É dentro do Mercado Municipal de Pinheiros que fica o Comedoria Gonzales, um simpático quiosque com comidas típicas andinas. O nome vem do chef responsável, o boliviano Checo Gonzales. Há a opção com apenas peixe branco e outra com frutos do mar, como camarão e lula. Seja qual for o pedido, é certo o uso de ingredientes frescos comprados diariamente, ali mesmo, no mercadão.

Killa Novoandino Endereço: Rua Tucuna, 689 – Perdizes Telefone: 11 98551-8511 Para quem quer experimentar diferentes versões do ceviche de uma só vez, o Killa Novoandino é uma boa opção. São três porções menores que variam diariamente. Para quem gosta de comida apimentada, há a versão três ajís, que leva salmão e pepino marinado no “leche de tigre” temperado com três tipos de pimenta. 61


REVISTA FTM | Gastronomia

Rinconcito Peruano Endereço: Rua Aurora, 451 - Santa Efigênia Telefone: 11 3361-2400 Próximo ao famoso cruzamento entre as avenidas São João e Ipiranga localiza-se o Rinconcito Peruano, restaurante com certo gosto de viagem. Por alguns instantes, a decoração com direito a bandeira do Peru e o sotaque dos garçons transporta os clientes para o país de origem do chef Edgar Villar. As duas versões do ceviche – uma com pescado, e outra, com frutos do mar – são servidas em porções individuais ou para grupos. Bom para dividir!

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Marakuthai Endereço: Alameda Itu, 1618 - Jardins Telefone: 11 3062-7556 / 3061-1015 É um restaurante, mas a decoração delicada faz parecer uma casa composta por diversas salas de jantar. Seja nas duas de São Paulo ou na de Ilhabela, onde surgiu, o clima se mantém. A chef responsável, Renata Vanzetto, oferece duas opções de ceviche: uma mais suave, com um leve toque de coentro e pimenta, e outra mais forte, com cardamomo e pimenta verde. 62



REVISTA FTM | Olhar pessoal

Comida é

prazer, formação e amor Quando eu era criança, meu prato favorito era frango à milanesa, arroz, feijão e creme de espinafre, com uma saladinha de alface temperada com vinagre, bem azedinha (eu até tomava o “caldinho” salgado depois que se acabavam as folhas). Até hoje, quando vou na casa da minha mãe almoçar e o menu é esse, sinto um acolhimento enorme: é como se fosse um carinho em forma de cheiro, de grãos, de folhas, de crostinha frita na manteiga. Essa comida era do dia a dia. Também tinha quibe de forno, macarrão, bife acebolado. Às vezes pastel, pizza de fim de semana. E até lasanha congelada quando o tempo era pouco ou quando a vontade da minha mãe de cozinhar era zero. Eu, que sempre gostei muito de comer, cresci assim, numa casa nem muito natureba, nem muito cheia de industrializados. Sempre acompanhei minha mãe na feira e no mercado. Assistia ela cozinhando, adorava ver as transformações dos ingredientes. Aprendi logo, então, o que era uma beterraba, um pepino, um kiwi, um feijão jalo. Não gostava de levar cheetos pra escola. Meu paladar já tinha aprendido a reconhecer o que de fato era interessante para meu organismo e, de64

“EU APROVEITO PARA FAZER DA COZINHA UM LUGAR DE LAZERTAMBÉM PARA O MEU FILHO”

finitivamente, o conteúdo daqueles pacotinhos não era. Tudo isso pra dizer que eu tive uma boa “alfabetização alimentar”. Fui fazendo minhas escolhas, mesmo que não tão conscientes naquela época: comer bem, com variedade, bom senso e o mais importante, com prazer. E, já adulta, fui passando cada vez mais tempo na cozinha preparando aquilo que como. Hoje, aos 31 anos e mãe de um menino de 4 (para o qual eu não cozinho todos os dias), alimentação é um dos meus temas favoritos. Gosto não só de estar na cozinha, de aprender e testar receitas, de ir a restaurantes, mas também de ler sobre alimentação, assistir a documentários. Mas não é pelo que aprendo nessas experiências que eu ofereço ao meu filho uma alimentação equilibrada, saudável, sem

exageros, uma variedade possível de ingredientes de acordo com a sazonalidade, uma vivência na cozinha preparando receitas. É porque eu aprendi com a minha mãe o que era comida de verdade. Nem todo mundo teve uma história como essa, mas é possível refazer as rotas: a nutricionista Sophie Deram garante que é viável transformar sua relação com a comida e é contra dietas. PhD em Nutrição e doutora pela USP, a francesa que se naturalizou brasileira se debruça sobre o estudo de dietas e transtornos alimentares há mais de 20 anos. E decidiu levar seu conhecimento acadêmico a atendimentos individuais em que conduz as pessoas a fazerem um caminho diferente daqueles tão restritivos inerentes a qualquer dieta, que nos fazem pensar no que precisamos comer o dia


Ilustração: Grappa MKT Editorial

todo, racionalizando um processo que deveria ser muito mais harmonioso e tranquilo. Um dos fatores que motivou Sophie foi justamente o alto índice de obesidade que temos atualmente, em tempos em que quase todo mundo faz dieta — e ela garante, baseada em estudos e pesquisas, que pessoas que fazem dieta engordam mais do que as que não fazem. Sophie tem até mesmo um programa online de acompanhamento, em que orienta seus pacientes a seguir passos necessários para alcançar o objetivo final. Um deles é cozinhar mais. E desse passo, não dá pra fugir: intimidade com a cozinha e os preparos, mesmo que você não goste de cozinhar, é um ingrediente essencial para que se tenha uma boa alimentação. É como afirma Michael Pollan (jornalista norte-ameri-

cano especializado em alimentação e autor de vários best-sellers sobre o tema), também munido de estudos para comprovar: cozinhar mais nos faz comer menos e melhor. É por isso que eu aproveito para fazer da cozinha um lugar de lazer também para o meu filho. As receitas de que ele mais gosta são aquelas em que pode afundar os dedinhos nas misturas, revirando com as mãos os ingredientes enquanto explora suas texturas. Se nós nos alimentamos pelo menos três, quatro vezes por dia, me parece que fazer da comida uma experiência prazerosa e integrante do nosso processo de formação pessoal é um caminho obviamente proveitoso. Se o percurso for feito com uma boa dose de amor, respeito à natureza e cumplicidade entre os envolvidos, só pode dar certo.

Por Marcella Chartier, jornalista e curadora de conhecimento criativo na Cobogó (www.cobogo. cc). Adora comida, e não só pra comer: pra ler, escrever e fazer.

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REVISTA FTM | Olhar pessoal

Como fazer uma viagem sustentável sem se tornar um “ecochato”? O turismo é um dos setores que mais crescem na atualidade, sendo inclusive uma das principais fontes de recursos para muitas localidades. Nessa onda de crescimento, uma tendência que tem se destacado é a do “turismo sustentável” – para muitos, logo trazendo à cabeça a noção de ecoturismo, que pode ser entendida como aqueles passeios desenvolvidos junto à natureza. No entanto, a expressão “turismo sustentável” é muito mais do que isso e pode significar experiências bastante amplas,aem que há o envolvimento do turista com aspectos sociais (povo), culturais e ambientais dos locais visitados. Há várias maneiras de empreender viagens mais sustentáveis, saindo do lugar comum e sem se tornar um “ecochato”. Aqui vão algumas dicas: • Descubra o máximo possível. Quanto mais você souber sobre o local visitado antes da sua chegada, mais esse local se tornará interessante. Aproveite a facilidade de acesso à internet e pesquise o máximo que puder sobre a história, cultura, costumes, atrações e outros detalhes do seu destino. • Aprenda o básico do idioma. Fazer um pequeno esforço para falar o idioma local lhe permitirá inte66

“HÁ VÁRIAS MANEIRAS DE EMPREENDER VIAGENS MAIS SUSTENTÁVEIS, SAINDO DO LUGAR COMUM”

ragir com aquelas pessoas que mais conhecem sobre o seu destino: os moradores do local. Utilizar as expressões básicas como “Bom dia”, “Por favor” e “Obrigado” sempre fazem uma grande diferença. • Explore opções alternativas de transporte. Devemos lembrar que em qualquer viagem a componente do transporte afeta as condições ambientais. Muitas vezes não é possível fazer uma viagem sem incluir algum tipo de transporte que causa impactos ambientais (aéreo, terrestre, etc), mas ao chegar ao destino, tente ao máximo explorar o local à pé, de bicicleta ou via transporte público. Essa é uma das melhores formas de se aprender sobre a cultura e hábitos locais e, muitas vezes, de conhecer maravilhas que não estão incluídas nos roteiros tradicio-

nais de turismo de massa. Além disso, sempre vale a pena experimentar uma viagem de metrô ou ônibus num lugar novo, e “se perder” em alguma área do centro antigo da cidade onde você está, pois são locais com história viva pra contar. • Deixe-se envolver pela cultura local. Qualquer viagem apresenta uma oportunidade única para aprender sobre uma nova cultura e ver as coisas sob um olha diferente. Como diz o ditado: “quando em Roma faça como os romanos”. Comer em restaurantes típicos, comprar em mercados municipais e participar de festivais são uma boa maneira de experimentar situações únicas da cultura do local visitado. • Privilegie a compra de produtos e serviços locais. Ao escolher dar


Ilustração: Grappa MKT Editorial

preferência aos negócios de operadores locais qualquer dinheiro gasto será direcionado para a comunidade visitada, estimulando o seu desenvolvimento e assegurando seu sustento. Além disso você terá oportunidades únicas de provar sabores e produtos muitas vezes não encontrados em nenhum outro lugar. • Respeite o meio ambiente. Adote as práticas de reduzir, reutilizar e reciclar mesmo quando estiver fora de casa. Mesmo quando estamos somente por alguns dias em um local não deixamos de causar impactos nos serviços públicos, com a geração de resíduos, consumo de água e de energia. Podemos reduzir esses impactos com ações bastante simples como desligar o ar condicionado quando sair do

quarto; recusar o excesso de sacolas plásticas e embalagens; separar os resíduos recicláveis; não trocar as toalhas diariamente e usar a água com consciência. • Hospedagem Sustentável. Procure se hospedar em hotéis que disponham de uma política de sustentabilidade, com ações em prol do meio ambiente, da geração de empregos locais e promoção da cultura local. Por fim, compartilhe. Não guarde as suas experiências e dicas somente pra você. Mostre suas fotos, divida os momentos da viagem com familiares e amigos. Rememorar os detalhes da viagem e estimular os outros a explorar novos lugares é recompensador. E lembre-se, tudo o que fazemos gera algum impacto, nossa missão é garantir que ele seja positivo.

Por Carlos RV Silva Filho, Vice-Presidente da ISWA International Solid Waste Association

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REVISTA FTM | Olhar pessoal

O hóspede

russo

Há alguns anos, meu companheiro e eu decidimos passar duas semanas em Nova York, um descanso em uma das cidades mais fascinantes do mundo. Fechamos o pacote de última hora, e o objetivo era encontrar um hotel acessível e com o mínimo de conforto. Depois de muita pesquisa, e correndo contra o tempo, uma luz se fez: descobrimos um pequeno hotel perto do Central Park em que poderíamos nos hospedar. Enfim, reservas feitas, passagens emitidas, e em poucos dias, partimos para Nova York. Quando chegamos, uma situação atípica se instalou: por um erro do sistema de reservas do hotel, não havia um quarto disponível para nós. Ficamos desolados, mas o gerente nos apresentou uma solução alternativa: podíamos ficar no dormitório de um funcionário do hotel, o russo Pavel, que estava viajando naquele momento. Com medo de não encontrar outra opção que pudesse valer a pena, aceitamos e, em poucos instantes, 68

mergulhamos em nossa nova morada. Na verdade, se fosse uma piscina, o dormitório não permitiria um mergulho, mas uma breve submersão dos joelhos, já que tinha um banheiro bem encardido e um quarto com uma inusitada cama de casal suspensa, acessada por uma escadinha lateral. Não era perfeito, mas o suficiente para receber nossos corpos cansados ao fim de longas horas de passeio. No entanto, logo percebi que explorar o quarto de Pavel na tentativa de decifrar quem ele era se tornou uma atração à parte. O russo de 30 e poucos anos tinha várias fotografias

pelo quarto, aparentemente tiradas por ele. Em uma delas, via-se o corpo nu de uma mulher. Outras exibiam cenários norte-americanos. Já nas estantes, encontrei uma série de livros de humor, assim como títulos para quem quer se aventurar no mundo da comédia. No banheiro, um enorme mapa russo cobria a parede com outro de Nova York por cima. Eu juntava as peças e entendia tudo: Pavel, de certo, largara a Rússia amargurado, encantado pelo sonho americano. Agora desejava ser um astro da comédia enquanto tirava fotos para seduzir mulheres até sua cama de casal suspensa.


Ilustração: Grappa MKT Editorial

Mas, àquela altura, eu me questionava: será que Pavel seria mesmo um bom rapaz? E se fosse um criminoso? Um psicopata? E se fizesse parte da máfia russa e devesse uma enorme quantidade de dinheiro, que usara para fugir? De madrugada, eu acordava assustada, com medo de que um careca de dois metros de altura e um bigode ruivo, do tipo que aparece em filmes do Jason Statham, arrombasse a porta e nos levasse como pagamento da dívida. E os dias se passaram até que chegasse o último. Quando fechávamos as malas, e eu me sentia quase aliviada de me salvar de um pesadelo imaginário,

recebemos uma visita surpresa: Pavel, que acabara de retornar de suas férias. Meu sangue gelou, seria o fim? Mas Pavel mostrou-se falante e simpático. Mostrou-nos as fotos de sua viagem, perguntou sobre a estada em seu dormitório e agradeceu pelos cuidados com o quarto na sua ausência. No fim, ainda disse que poderíamos ficar lá sempre que quiséssemos – acolhedor como não se espera de um suposto mafioso russo. No táxi, no caminho para o aeroporto, não podia deixar de pensar em outra coisa: talvez Pavel não fosse tão mal assim...

Por Martha Lopes, jornalista, escritora e viajante. Atualmente trabalha com edição de livros, projetos educacionais e empoderamento feminino para a literatura. Seu primeiro livro, “Em Carne Viva”, foi publicado em 2014 pela Kayá Editora.

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REVISTA FTM | Olhar pessoal

Somos mais para o mundo do que a nossa profissão

Após dezoito anos integrando o mercado corporativo, atuando como advogada de escritórios de grande porte e departamentos jurídicos de bancos e, depois, como executiva das mais sofisticadas áreas do mercado financeiro, há 3 anos pedi demissão. Foi o primeiro dia da minha vida em que eu não precisava mais vestir minha fantasia de executiva e chegar à minha mesa para passar, no mínimo, doze horas fazendo algo que eu não amava. Eu sempre acreditei que eu podia dar mais de mim mesma para o mundo. Acordei pela primeira vez livre. Ao mesmo tempo, não me reconhecia mais. Era como se eu tivesse perdido a minha identidade, criada durante todos aqueles anos. Eu havia construído uma executiva com formação invejável, de carreira bem sucedida, mas percebi que estava montando um currículo bonito para agradar os outros, os headhunters, os clientes, meus pais e, acima de tudo, meu ego. Aquilo para mim não era a fotografia do sucesso pois já não me trazia vitalidade. Eu admirava meus chefes mas não almejava ocupar seus lugares. Minha crise profissional já durava uns oito anos, mas eu sempre arrumava um jeito de me motivar: ora 70

“A VONTADE DE SER FELIZ E DE SER UM EXEMPLO DE VIDA PARA MINHA FILHA FALARAM MAIS ALTO”

com o fechamento de um negócio, aumento de salário, viagem de férias, carro novo e até mesmo o meu casamento. Ah, o meu casamento me trouxe tanta felicidade que serviu de combustível para a minha máquina continuar trabalhando freneticamente. Mas, virava e mexia, eu sentia uma angústia no peito, principalmente aos domingos à noite. Eu vivia aquela famosa “felicidade de final de semana”. Certo dia, meu casamento, que era meu porto seguro, acabou. E não foi um término voluntário. Na verdade, um ano antes de pedir minha demissão, eu vivi a maior crise de todas: meu marido teve um AVC e faleceu subitamente. De longe, o momento mais incompreensível da minha vida. Vinte dias depois da morte dele, descobri que esta-

va grávida. Sim, viúva e grávida. Um enorme paradoxo. Mas foi esta a forma que o universo encontrou para secar as minhas lágrimas, colocando diante de mim um lindo e intenso desafio, a maior experiência de amor que alguém pode viver: a maternidade. A vida tirou um grande amor mas trouxe, no momento seguinte, um enorme presente. No meio desse tumulto emocional, eu tinha duas escolhas: abraçar o luto e assumir uma depressão ou lutar para continuar seguindo em frente e restabelecer-me, me sentir feliz novamente. A vontade de ser feliz e de ser um exemplo de vida para minha filha falaram mais alto e a viuvez foi um grande estalo para eu ter a coragem de mudar a rota e vivenciar um trabalho que não só me geras-


Ilustração: Grappa MKT Editorial

se renda mas que, acima de tudo, resgatasse o meu propósito de vida. Um trabalho no qual eu pudesse fazer a diferença no mundo e na vida das pessoas. Após muito trabalho interno e de autoconhecimento, encarei um processo de coaching, por meio do qual desvendei coisas que eu não sabia sobre mim. Eu me planejei e usei uma boa dose de ousadia para deixar a carreira de sucesso no mercado financeiro e sacar meu plano B

da gaveta, assumindo meus dons e talentos adormecidos. Hoje, sou coach e atendo pessoas com questões diversas e que buscam, principalmente, um propósito, um porquê, um norte. Meu trabalho hoje é a extensão de quem eu realmente sou. É a forma pela qual escolhi crescer, evoluir e contribuir para o mundo. Afinal, eu sempre fui mais para o mundo do que o meu sobrenome “executiva”.

Isabella Santoyo é Coach, sócia da QI - Empreender Grandes Ideias que promove cursos, palestras e workshops tais como “Qual é o seu Propósito?” e “Plano B”. Possui formação em Direito, atuou no mercado corporativo por 18 anos e hoje, é mãe da Estela (bellasantoyo@hotmail.com).

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1 -Nydia Masini em NY;

2-Felipe V. Gandolfo e Erica Christina R. S. Gandolfo - Hotel Fasano Rio de Janeiro; 3-Heródoto Barbeiro e Walkiria dos Santos em Sri Lanka;

4 -Flavia A. D. Oliveira e Guilherme Define;

5 -Família Parente em Merrick Park - Miami;

6-Luiz Eduardo Lourenço Sassi e amigos comemorando aniversário em Costão do Santinho; 7 -Família Batochio em Assis- Itália;

8-Grupo FlapTur em Pragelato Vialattea - Itália; 9 -Familia Apovian - Carmelo- Uruguai;

10-Familia De Luca em Orlando;

11-Mane Cutolo, Fernando Senna, Fabiano Milani, Guilherme Armond em Pragelato

12 -Rosana Sassi de Abreu e Ricardo Lorenzo Filho - África do Sul.

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Imagem enviada por VirgĂ­lio Nunes Machado, cliente FapTur, em Telluride, Colorado

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