UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO
Graziele Zeferino da Silva RGM 11151100455
CENTRO DE CULTURA E ESPORTES
Mogi das Cruzes, SP 2019
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO
Graziele Zeferino da Silva RGM 11151100455
CENTRO DE CULTURA E ESPORTES
Trabalho apresentado a disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I, como parte dos requisitos de composição de notas da disciplina do 9º semestre.
Prof.ª Orientadora Ms.: Martha Lúcia Cardoso Rosinha
Mogi das Cruzes, SP 2019
GRAZIELE ZEFERINO DA SILVA
CENTRO DE CULTURA E ESPORTES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Arquitetura.
Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em: dia, mês e ano. Banca examinadora:
______________________________________________________ Prof.ª. Ms. Martha Lúcia Cardoso Rosinha Orientadora UMC
______________________________________________________ Prof. (titulação). (Nome do membro da banca) (sigla da instituição)
______________________________________________________ Prof. (titulação). (Nome do membro da banca) (sigla da instituição)
Dedico este trabalho, bem como todas às minhas conquistas, os meus amados pais Flávio e Andréia, que me apoiaram e incentivaram. E aos meus avós Leopoldo, Nisete, Antônia e Mario (in memorian) que sempre acreditarem em mim.
AGRADECIMENTO Primeiramente а Deus qυе me deu discernimento, saúde e força para continuar e conquistar meus objetivos, е nãо somente nestes anos como universitária, mаs que еm todos оs momentos que fez com que não perdesse a fé. Agradeço também, imensamente, aos meus pais que fizeram de tudo para tornar meu sonho realidade, as palavras de incentivo, conforto e orgulho me proporcionando tranquilidade para vencer essa etapa. A Prof.ª Ms. Martha Rosinha pelo empenho, paciência e o incentivo que me deu para a elaboração desse trabalho. Aos professores pelos conhecimentos proporcionado, ensinamentos racionais e morais que ajudaram na minha formação profissional.
“Já mais tenha medo dos obstáculos da vida, as provas são grandes; se elas ocorrem,
encare-as
como
uma
oportunidade para o seu EU reeditar aquela zona traumática que nunca antes havia sido tocada. Bem-vindo ao sucesso”. Augusto Cury
RESUMO O projeto tem como base análises, estudos e referências de equipamentos de cultura, lazer e esportes, além dos levantamentos da área de intervenção. Com objetivo de transformar não só o espaço, mas também a vida da comunidade. Para alcançar tal resultado, foram feitos estudos de caso e visitas técnicas em locais da mesma modalidade, para compreender o funcionamento, setorização, circulação e perfil dos usuários. Os levantamentos da área e da legislação completaram a pesquisa para a elaboração de um programa de necessidades que atenda aquela região.
Palavra-chave: Centro cultural; centro esportivo; cultura; esporte; lazer.
ABSTRACT The project is based on analyses, studies and references of culture, leisure and sports equipment, as well as surveys of the intervention area. In order to transform not only the space, but also the life of the community. To achieve this result, case studies and technical visits were carried out in places of the same modality, to understand the operation, sectorization, circulation and profile of users. Searches of the area and legislation completed the research for the elaboration of a needs program that serves that region.
Keywords: Cultural Center; sport center; culture; sport; recreation.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Praça pública com equipamentos de ginástica............................................ 22 Figura 2: Cultural Georges Pompidou........................................................................ 28 Figura 3: Centro de Cultural Jabaquara...................................................................... 35 Figura 4: Casa Sede do Sítio da Ressaca.................................................................. 35 Figura 5: Plano de reurbanização e restauração do Sítio da Ressaca....................... 36 Figura 6: Topografia Sítio da Ressaca....................................................................... 37 Figura 7: Implantação................................................................................................ 38 Figura 8: Planta pavimento térreo.............................................................................. 38 Figura 9: Planta pavimento superior........................................................................... 39 Figura 10: Planta 1º pavimento.................................................................................. 39 Figura 11: Planta terraço............................................................................................ 40 Figura 12: Corte A-A e B-B......................................................................................... 40 Figura 13: Corte C-C e D-D........................................................................................ 41 Figura 14: Elevação Noroeste e Sudeste................................................................... 41 Figura 15: Elevação Nordeste e Sudoeste................................................................. 42 Figura 16: Cultural and Sport Center Saint-Blaise…………………………………….... 43 Figura 17: Planta térreo.............................................................................................. 45 Figura 18: Planta 1º pavimento.................................................................................. 46 Figura 19: Planta 2º pavimento.................................................................................. 46 Figura 20: Corte longitudinal...................................................................................... 47 Figura 21: Corte transversal....................................................................................... 47 Figura 22: Elevação frontal......................................................................................... 48 Figura 23: Elevação lateral......................................................................................... 48 Figura 24: Centro Cultural e Recreativo do Esporte Clube Pinheiros (CCR).............. 50 Figura 25: Planta térreo.............................................................................................. 52 Figura 26: Planta 1º pavimento.................................................................................. 52 Figura 27: Planta 2º pavimento.................................................................................. 53 Figura 28: Planta 3º pavimento.................................................................................. 53 Figura 29: Planta cobertura........................................................................................ 54 Figura 30: Corte esquemático.................................................................................... 54 Figura 31: Corte longitudinal...................................................................................... 55 Figura 32: Corte transversal A.................................................................................... 55
Figura 33: Corte transversal B.................................................................................... 56 Figura 34: Corte transversal C.................................................................................... 56 Figura 35: Elevação Norte.......................................................................................... 57 Figura 36: Elevação Sul............................................................................................. 57 Figura 37: Elevação Leste.......................................................................................... 58 Figura 38: Elevação Oeste......................................................................................... 58 Figura 39: Hall de entrada.......................................................................................... 62 Figura 40: Fachada principal...................................................................................... 62 Figura 41: Teatro........................................................................................................ 63 Figura 42: Piscina...................................................................................................... 63 Figura 43: Área de convivência.................................................................................. 64 Figura 44: Comedoria................................................................................................ 64 Figura 45: Área de internet......................................................................................... 64 Figura 46: Passarela.................................................................................................. 64 Figura 47: Solário....................................................................................................... 64 Figura 48: Odontologia............................................................................................... 65 Figura 49: Academia.................................................................................................. 65 Figura 50: Administração........................................................................................... 65 Figura 51: Ginásio poliesportivo................................................................................. 65 Figura 52: Área de jogos............................................................................................ 65 Figura 53: Vestiário.................................................................................................... 66 Figura 54: Planta 2º subsolo....................................................................................... 66 Figura 55: Planta 1º subsolo....................................................................................... 67 Figura 56: Planta térreo.............................................................................................. 67 Figura 57: Planta mezanino........................................................................................ 68 Figura 58: Planta 2º pavimento...................................................................................68 Figura 59: Corte esquemático.................................................................................... 69 Figura 60: Corte transversal....................................................................................... 69 Figura 61: Corte piscina............................................................................................. 70 Figura 62: Acesso...................................................................................................... 74 Figura 63: Estacionamento........................................................................................ 74 Figura 64: Sanitários.................................................................................................. 74 Figura 65: Praça de eventos....................................................................................... 74 Figura 66: Pista de Skate........................................................................................... 75
Figura 67: Pista de Skate........................................................................................... 75 Figura 68: Arquibancada. ......................................................................................... 75 Figura 69: Pista Bowl.................................................................................................. 75 Figura 70: Pista Banks............................................................................................... 75 Figura 71: Pista de caminhada e ciclovia.................................................................... 76 Figura 72: Academia ao ar livre.................................................................................. 76 Figura 73: Ginásio de Sumô. .................................................................................... 76 Figura 74: Mini-Ramp................................................................................................ 77 Figura 75: Pista de Pump Track para iniciantes.......................................................... 77 Figura 76: Áreas de convivência................................................................................ 77 Figura 77: Playground................................................................................................ 78 Figura 78: Academia para a primeira idade. .............................................................. 78 Figura 79: Equipamentos de alongamento. .............................................................. 78 Figura 80: Espaço para Parkour. .............................................................................. 78 Figura 81: Espaço para Slackline. ............................................................................ 78 Figura 82: Espaços de convivência............................................................................ 79 Figura 83: Pista de Pump Track de nível intermediário.............................................. 79 Figura 84: Pista de Pump Track de nível intermediário.............................................. 79 Figura 85: Pista de Pump Track de nível avançado.................................................... 79 Figura 86: Pista de Pump Track de nível avançado.................................................... 80 Figura 87: Implantação Centro de Esportes Radicais................................................. 80 Figura 88: Secretaria Municipal de Cultura de Itaquaquecetuba................................ 83 Figura 89: Acesso pela R. Ribeirão Preto................................................................... 83 Figura 90: Acesso pela R. Ribeirão Preto. ................................................................ 83 Figura 91: Sala de instrumentos................................................................................. 84 Figura 92: Sala de instrumentos................................................................................. 84 Figura 93: Sala para curso de violão.......................................................................... 84 Figura 94: Sala para curso de violão.......................................................................... 84 Figura 95: Sala de dança............................................................................................ 85 Figura 96: Sala de dança............................................................................................ 85 Figura 97: Espaço para eventos ................................................................................ 85 Figura 98: Curso de expressão corporal. .................................................................. 85 Figura 99: Sala capoeira............................................................................................ 86 Figura 100: Vista da R. Ribeirão Branco. .................................................................. 88
Figura 101: Vista da R. Ribeirão Preto........................................................................88 Figura 102: Acesso pela R. Ribeirão Preto................................................................. 88 Figura 103: Entrada pela lateral direita da construção................................................88 Figura 104: Sala de espera interna e externa............................................................. 89 Figura 105: Recepção e acesso a sala administrativa................................................ 89 Figura 106: Acesso a brinquedoteca pela recepção................................................... 89 Figura 107: Acesso a salas de atividade. .................................................................. 90 Figura 108: Capoterapia para terceira idade no CRAS Jd. Caiubi............................. 90 Figura 109: Croqui implantação CRAS Jd. Caiubi...................................................... 91 Figura 110: Índice territorial estado de São Paulo...................................................... 94 Figura 111: Índice populacional estado de São Paulo................................................ 94 Figura 112: Matriculas ensino fundamental no estado de São Paulo........................ 95 Figura 113: Matriculas ensino médio no estado de São Paulo.................................. 95 Figura 114: Paróquia Nossa Senhora D'Ajuda........................................................... 99 Figura 115: Índice territorial cidade de Itaquaquecetuba.......................................... 104 Figura 116: Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade em Itaquaquecetuba...104 Figura 117: Terreno de intervenção......................................................................... 108 Figura 118: Estudo orientação solar e os ventos predominantes no terreno........... 109 Figura 119: Foto do terreno, vista Avenida Pedro de Toledo................................... 111 Figura 120: Foto do terreno, vista Avenida Pedro de Toledo................................... 111 Figura 121: Foto do terreno, vista Avenida Pedro de Toledo................................... 112 Figura 122: Foto do terreno, vista Avenida Pedro de Toledo................................... 112 Figura 123: Foto do terreno, vista Av. Pedro de Toledo com Estrada do Cuiabá.... 112 Figura 124: Foto do terreno, vista Estrada do Cuiabá com Rua Paulo de Faria.......112 Figura 125: Foto do terreno, vista Rua Paulo de Faria............................................. 112 Figura 126: Foto do terreno, vista Rua Paulo de Faria............................................. 112 Figura 127: Foto do terreno, vista Rua Paulo de Faria............................................. 113 Figura 128: Foto do terreno, vista Rua Paulo de Faria............................................. 113 Figura 129: Entulhos e materiais de construção, vista Rua Paulo de Faria. .......... 113 Figura 130: Estrutura de extensão do bar, vista Rua Paulo de Faria...................... 113 Figura 131: Estrutura de extensão ferro velho, vista Rua Paulo de Faria. .............. 113 Figura 132: Estrutura de extensão ferro velho, vista Rua Paulo de Faria................ 113 Figura 133: Veículos estacionados no terreno, vista Rua Paulo de Faria. ............. 114 Figura 134: Entulhos e materiais de construção, vista Avenida Pedro de Toledo... 114
Figura 135: Caminho feito pelos moradores, vista Rua Paulo de Faria.................... 114 Figura 136: Caminho feito pelos moradores, vista Rua Paulo de Faria.....................114 Figura 137: Caminho feito pelos moradores, vista Rua Paulo de Faria. .................. 115 Figura 138: Quadra da escola, vista Avenida Pedro de Toledo............................... 115 Figura 139: Quadra da escola, vista Avenida Pedro de Toledo.............................. 115 Figura 140: Quadra da escola, vista Avenida Pedro de Toledo............................... 116 Figura 141: Estudo uso e ocupação do solo............................................................ 116 Figura 142: Cheios e vazios.................................................................................... 117 Figura 143: Gabaritos ............................................................................................ 117 Figura 144: Sistema viários e transporte público...................................................... 118 Figura 145: Equipamento urbano. .......................................................................... 118 Figura 146: Mobiliário urbano. ................................................................................ 119 Figura 147: Agenciamento, acesso.......................................................................... 139 Figura 148: Agenciamento, setor cultural................................................................. 139 Figura 149: Agenciamento, setor esporte e lazer..................................................... 140 Figura 150: Agenciamento, convivência................................................................... 140 Figura 151: Agenciamento, área restrita.................................................................. 141 Figura 152: Setorização........................................................................................... 141 Figura 153: Fluxograma........................................................................................... 142 Figura 154: Acesso Centro Cultural de São Paulo pelo Rua Vergueiro................... 167 Figura 155: Jardim sensorial, Alex Hanazaki........................................................... 167 Figura 156: Muxarabis............................................................................................. 168 Figura 157: Playground............................................................................................ 169 Figura 158: Pista de Pump Track............................................................................. 169 Figura 159: Grafite do artista Pedrox........................................................................ 170 Figura 160: Iluminação espaço público.................................................................... 171 Figura 161: Iluminação piso..................................................................................... 171 Figura 162: Iluminação pública noturna.................................................................... 172
LISTA DE MAPAS Mapa 1: Bairros que estão envolvidos no estudo....................................................... 21 Mapa 2: Levantamento de escolas públicas............................................................... 23 Mapa 3: Cultural do estado de São Paulo................................................................... 96 Mapa 4: Espaços esportivos no estado de São Paulo................................................ 97 Mapa 5: Cidade de Itaquaquecetuba no estado de São Paulo................................... 97 Mapa 6: Região Metropolitana de São Paulo............................................................. 98 Mapa 7: Espaços culturais cidade de Itaquaquecetuba........................................... 105 Mapa 8: Raio de 1km a parti do terreno de implantação, imagem 2008.................. 106 Mapa 9: Raio de 1km a parti do terreno de implantação, imagem 2018.................. 106 Mapa 10: Manchas de aumento na densidade demográfica, imagem 2018............ 107 Mapa 11: Manchas de aumento na densidade demográfica no entorno, imagem 2018..........................................................................................................................110 Mapa 12: Terreno de implantação, imagem 2000................................................... 110 Mapa 13: Terreno de implantação, imagem 2018.................................................... 111 Mapa 14: Zoneamento de Itaquaquecetuba............................................................. 121
LISTA DE GRÁFICO Gráfico 1: Temperaturas na cidade de Itaquaquecetuba............................................ 99 Gráfico 2: Faixa de nebulosidade na cidade de Itaquaquecetuba............................. 100 Gráfico 3: Conforto em umidade na cidade de Itaquaquecetuba.............................. 100 Gráfico 4: Precipitação na cidade de Itaquaquecetuba............................................ 101 Gráfico 5: Incidência solar na cidade de Itaquaquecetuba........................................ 102 Gráfico 6: Conforto em umidade na cidade de Itaquaquecetuba.............................. 103
LISTA DE TABELAS Tabela 1: Anexo Lei Complementar, quadro 1......................................................... 122 Tabela 2: Pirâmide Etária de 2010, cidade de Itaquaquecetuba............................... 137 Tabela 3: Programa de Necessidades..................................................................... 143
SUMÁRIO INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 19 OBJETIVO GERAL.................................................................................................. 20 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................... 20 JUSTIFICATIVA....................................................................................................... 21 PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................................. 22 1. DEFINIÇÃO DO TEMA......................................................................................... 24 1.1 CENTRO DE CULTURA................................................................................. 24 1.1.1 O Que é Cultura............................................................................................ 24 1.1.2 O Que são Centros de Cultura...................................................................... 25 1.1.3 Tipologias..................................................................................................... 26 1.1.4 Conceito Centro de Cultura.......................................................................... 26 1.1.5 História dos Centros de Cultura.................................................................... 27 1.2 CENTRO DE ESPORTES.............................................................................. 28 1.2.1 O Que é Esporte........................................................................................... 28 1.2.2 Tipologias..................................................................................................... 30 1.2.3 O Que São Centros De Esportes................................................................... 31 1.2.4 Conceito Centro de Esportes........................................................................ 32 1.2.5 História dos Centros de Esportes................................................................. 33 2. ESTUDOS DE CASO............................................................................................ 34 2.1 CENTRO CULTURAL JABAQUARA – SÃO PAULO..................................... 34 2.1.1 Ficha Técnica............................................................................................... 34 2.1.2 Descritivo..................................................................................................... 35 2.1.3 Programa Arquitetônico............................................................................... 37 2.1.4 Projeto Arquitetônico.................................................................................... 38 2.1.5 Análise Crítica.............................................................................................. 42 2.2 CULTURAL AND SPORT CENTER SAINT-BLAISE – PARIS......................... 43 2.2.1 Ficha Técnica............................................................................................... 43 2.2.2 Descritivo..................................................................................................... 43 2.2.3 Programa Arquitetônico............................................................................... 44 2.2.4 Projeto Arquitetônico.................................................................................... 45 2.2.5 Análise Crítica.............................................................................................. 48
2.3 CENTRO CULTURAL E RECREATIVO DO ESPORTE CLUBE PINHEIROS – SÃO PAULO............................................................................................................. 49 2.3.1 Ficha Técnica............................................................................................... 49 2.3.2 Descritivo..................................................................................................... 50 2.3.3 Programa Arquitetônico............................................................................... 51 2.3.4 Projeto Arquitetônico.................................................................................... 52 2.3.5 Análise Crítica.............................................................................................. 59 2.4 ANÁLISE COMPARATIVA - ESTUDOS DE CASO......................................... 59 3. VISITAS TÉCNICAS............................................................................................. 60 3.1 SESC SANTANA – SÃO PAULO.................................................................... 60 3.1.1 Ficha Técnica............................................................................................... 60 3.1.2 Descritivo..................................................................................................... 60 3.1.3 Programa Arquitetônico............................................................................... 61 3.1.4 Relatório Fotográfico.................................................................................... 61 3.1.5 Projeto Arquitetônico.................................................................................... 66 3.1.6 Análise Crítica.............................................................................................. 70 3.2 CENTRO DE ESPORTES RADICAIS – SÃO PAULO..................................... 71 3.2.1 Ficha Técnica............................................................................................... 71 3.2.2 Descritivo..................................................................................................... 71 3.2.3 Programa Arquitetônico............................................................................... 72 3.2.4 Relatório Fotográfico.................................................................................... 74 3.2.5 Projeto Arquitetônico.................................................................................... 80 3.2.6 Análise Crítica.............................................................................................. 81 3.3
SECRETARIA
MUNICIPAL
DE
CULTURA
E
TURISMO
DE
ITAQUAQUECETUBA.............................................................................................. 81 3.3.1 Ficha Técnica............................................................................................... 81 3.3.2 Descritivo..................................................................................................... 81 3.3.3 Relatório Fotográfico.................................................................................... 82 3.3.4 Análise Crítica.............................................................................................. 86 3.4 CRAS - JD. CAIUBY........................................................................................ 87 3.4.1 Ficha Técnica............................................................................................... 87 3.4.2 Descritivo..................................................................................................... 87 3.4.3 Relatório Fotográfico.................................................................................... 88 3.4.4 Projeto Arquitetônico.................................................................................... 91
3.4.5 Análise Crítica.............................................................................................. 92 3.5 ANÁLISE COMPARATIVA – VISITAS............................................................. 92 4. ÁREA DE INTERVENÇÃO................................................................................... 93 4.1 ESTADO: SÃO PAULO................................................................................... 93 4.2 CIDADE: ITAQUAQUECETUBA..................................................................... 97 4.3 BAIRRO: JARDIM CAIUBI............................................................................ 105 4.4 TERRENO.................................................................................................... 108 4.4.1 Relatório Fotográfico.................................................................................. 111 4.4.2 Estudos do Entorno.................................................................................... 116 5. PREMISSAS LEGAIS......................................................................................... 119 5.1 ZONEAMENTO............................................................................................. 119 5.2 NORMAS ESPECÍFICAS.............................................................................. 122 5.2.1 Entradas e Rotas de Acesso...................................................................... 122 5.2.2 Estacionamento......................................................................................... 123 5.2.3 Escadas e Rampas.................................................................................... 124 5.2.4 Comedoria e Refeitório............................................................................... 126 5.2.5 Praça de Exposição, Foyer e Bilheteria...................................................... 128 5.2.6 Anfiteatro.................................................................................................... 128 5.2.7 Biblioteca................................................................................................... 130 5.2.8 Salas de Aula e Oficinas Culturais.............................................................. 131 5.2.9 Quadras..................................................................................................... 132 5.2.10 Sanitários e Vestiários ............................................................................. 132 5.2.11 Mobiliário.................................................................................................. 135 6. PERFIL DO USUÁRIO........................................................................................ 136 7. PROGRAMA ARQUITETÔNICO........................................................................ 138 7.1 AGENCIAMENTO......................................................................................... 138 7.2 SETORIZAÇÃO............................................................................................ 141 7.3 FLUXOGRAMA............................................................................................. 142 7.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES.............................................................. 142 8. CONCEITO......................................................................................................... 166 9. PARTIDO ARQUITETÔNICO............................................................................. 166 10. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO.............................................................. 172 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 177 REFERÊNCIAS....................................................................................................... 178
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INTRODUÇÃO Seja em uma praça, praia, rua ou parque os espaços públicos sempre foram locais de representação da vida urbana. Lugares onde se faz presente a democratização, convívio coletivo, representatividade e a sinônimo de qualidade de vida dos cidadãos. Para executar um espaço público, primeiramente, deve se fazer uma leitura da área, diagnosticando suas potencialidades e seus pontos de melhoramento. Por meio de mapeamento deve ser levantado os problemas e itens de interesse, que darão base a possíveis soluções apresentadas. Após essas análises e escolhido o local de implantação, devemos estudar o entorno e as diretrizes. O espaço público é o local onde as pessoas vivem grande parte do tempo. É o espaço onde circulam, seja ele automóvel ou a pé, é o espaço onde se encontram, onde se sentam, onde conversam. É onde se fazem as manifestações e as procissões, as grandes festas e os funerais, é onde se expressam colectivamente as grandes alegrias e as grandes dores. Vendo bem, o espaço público é a essência da cidade e é através dela que ela é representada. (SALGADO, 2000, p. 7)
A cultura e o esporte são elementos importantes na formação de um cidadão, potencializando a educação, respeito ao próximo, reconhecimento de pertencer a um grupo e a construção de uma identidade pessoal. Um Centro de Cultura e Esportes tem a função de atender essas necessidades, uma estrutura de formação que funciona como extensão das escolas e centros educativos. O presente trabalho consiste na elaboração do projeto de um Centro de Cultura e Esportes, estudando a dinâmica do local onde será implantado afim de atender as necessidades do público, requalificando um vazio urbano oferecendo um bem comum de forma que incentive o povo a cuidar e desfrutar do espaço. O surgimento do Centro Cultural vai, além disso, provocando modificações nos ambientes construídos, podendo recuperar, revitalizar e dar uma nova funcionalidade para os espaços considerados degradados. (NEVES, 2013, p.1)
O projeto será proposto na cidade de Itaquaquecetuba, município localizado na região da grande São Paulo, foi escolhido a partir do desprovimento de um
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equipamento como esse para atender a população, em especial a região do bairro do Caiuby. A expansão populacional ocasionou o crescimento de comércios, equipamentos urbanos de segurança, saúde, educação e assistência social que atende os moradores dos bairros vizinhos, já que estes se encontram a aproximadamente 10Km do centro da cidade onde se localiza alguns equipamentos voltados a cultura, esporte e lazer. A proposta é ampliar essa estrutura do bairro e consequentemente da cidade, tentando resolver problemas existentes proporcionando melhor qualidade de vida para os cidadãos, com espaço confortável, acolhedor, acessível e inovador. Um bom projeto é resultado de uma boa escolha do local e da leitura dos usuários, para Teixeira Coelho (1986) deve se relacionar com a comunidade e os acontecimentos locais.
OBJETIVO GERAL O objetivo desse trabalho é desenvolver um estudo para a implantação de um Centro de Cultura e Esportes no município de Itaquaquecetuba, atendendo a necessidade de uma maior parte. Esse equipamento tem como potencialidade promover identidade cultural e fortalecer a inclusão social, fornecendo ao público a possibilidade de participar de atividades independente do seu nível social. Ofertando projetos para desenvolver habilidades de crianças, jovens e adultos, ampliando área de conhecimento e consciência social. [...] os centros culturais, sendo espaços criados com a finalidade de se produzir e se pensar a cultura, tornam-se o território privilegiado da ação cultural e da ação informacional na Sociedade da Informação e do Conhecimento. (RAMOS, 2007, p. 2)
OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Atender a carência de espaço para cultura e esporte da área; - Proporcionar educação e atividades culturais; - Desenvolver o pensamento crítico e criativo dos jovens; - Estimular o interesse à arte e ao esporte; - Elaborar espaço de convivência e bem-estar; - Requalificar espaços vazios.
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JUSTIFICATIVA O bairro Jardim Caiuby é um dos mais antigos da cidade e mais desenvolvidos, porém ainda necessita de equipamentos de cultura, esporte e lazer. Por conta da sua estrutura ele atende muitos dos bairros mais afastados do centro, como mostra no mapa abaixo (mapa 1) a infraestrutura abrange os bairros Jardim Mossapyra, Jardim Carolina, Jardim Silvestre, Condomínio Vilage, Jardim Ikes, Chácara Cuiabá, Estância Guatambu, Jardim Pinheirinho, Cidade Nova Louzada, Jardim Novo Horizonte, Jardim Amazonas e Jardim Rio Negro. Existe um número notável de creches, escolas primárias e de ensinos fundamentais e médios no bairro, e esses jovens necessitam de um local que seja uma extensão do desenvolvimento educacional, onde seja possível desenvolver habilidades, talentos, pensamentos críticos e se comuniquem com o meio que estão inseridos. Por isso a escolha do tema, para que não apenas os jovens, mas todos tenham acesso a um espaço cultural e de lazer, onde possam praticar esportes, ter acesso a artes, realizar atividades de lazer, tenham melhor qualidade de vida.
Mapa 1: Bairros que estão envolvidos no estudo. Fonte: Jardim Caiuby Itaquaquecetuba, Google Maps – dados do mapa 2019.
O espaço escolhido para implantar o Centro de Cultura e Esportes hoje é um vazio no tecido urbano do bairro, não é feito uma manutenção para evitar crescimento do mato o que leva muitos moradores a jogar lixos e entulhos. A ideia é implantar um equipamento que faça com que os habitantes ocupem e cuidem, um espaço onde
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possam se expressar, descobrirem capacidades, participem de dinâmicas de inclusão social, resultando na consciência do uso e cuidado com o meio ambiente
PROBLEMATIZAÇÃO Os eventos de cultura que hoje acontecem no bairro do Jardim Caiuby são realizados muitas vezes na quadra da escola municipal Engenheiro Chiozo Kitakawa ou em vias públicas, onde alguns moradores praticam também esportes como skates, BMX Freestyle, futebol e basquete nesses locais, devido à falta de um espaço para receber essas atividades. Isso causa alguns problemas, como a danificação da quadra da escola e até acidentes de trânsito. Apesar do bairro ter uma boa estrutura de comércios e alguns equipamentos urbanos, local ainda tem um déficit em relação a esporte, lazer e cultura. Próximo ao lote onde será proposto o Centro de Cultura e Esportes, existe apenas uma praça com equipamentos de academia ao ar livre (figura 1), onde o mesmo está deteriorado. Não existe espaços onde os moradores possam realizar atividades físicas, nem mesmo um local seguro e apropriado para uma caminhada ou andar de bicicleta.
Figura 1: Praça pública com equipamentos de ginástica. Fonte: Autoria própria, em 19/01/2019.
Além das escolas, próximo a Av. Pedro de Toledo existe um CRAS (Centro de Referências de Assistência Social) onde é realizado algumas atividades físicas voltadas a terceira idade, algumas dessas atividades ocorrem externamente, pois a estrutura da unidade do CRAS não atende as necessidades por completo, porém não existe nenhum preparo ou local adequado para esse tipo de atividade. Alguns eventos para a terceira idade ou para a comunidade do bairro que são organizadas pelo CRAS,
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são realizadas na escola municipal Engenheiro Chiozo Kitakawa, ou no parque ecológico municipal, que fica próximo ao centro da cidade, que devido à distância muitos moradores não comparecem. Considerando um levantamento (mapa 2) feito num raio de 1Km do local proposto para a implantação do centro, foram encontradas dez escolas públicas, sendo elas municipais ou estaduais. Isso demonstra que há um número expressivo de crianças e jovens no bairro, mas além das atividades de educação físicas que fazem parte do currículo escolar eles não tem um local para praticar esportes e desenvolver tais habilidades, e ter contato com cultura como música, dança e artes visuais.
Mapa 2: Levantamento de escolas públicas. Fonte: Av. Pedro de Toledo Itaquaquecetuba, Google Earth, levantamento realizado pelo autor em 2019.
A Secretaria Municipal de Cultura de Itaquaquecetuba oferece cursos gratuitos de ballet, canto coral, capoeira, dança rítmica e zumba para crianças, adolescentes e adultos, muitas das apresentações dos alunos acontecem no local além de algumas exposições. O prédio é próximo à estação de trem, cerca de 10Km de distância do jardim Caiuby, e muitas famílias não tem condições de matricular seus filhos nesses cursos devido o gasto com transporte, alimentação e uniformes, a ideia é que Centro de Cultura e Esportes seja uma extensão da Secretaria Municipal de Cultura para os bairros da zona norte da cidade.
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1. DEFINIÇÃO DO TEMA 1.1 CENTRO DE CULTURA 1.1.1 O que é Cultura Cultura é formada por ação humana e práticas sociais, ou seja, seus costumes, culinária, esporte, arte, meio lucrativo, modo de vida e crenças são exemplos. Essa diversidade local e mundial faz crescer a responsabilidade da preservação e valorização do patrimônio material e imaterial de grupos das nações. Por isso é um termo muito abrangente, que envolve a valorização da diversidade e oportunidades iguais. Devido a sua amplitude defini-la não é simples, pois envolve atividades multidisciplinares como história, artes, filosofia, comunicação e economia, além do uso da palavra como sinônimos de diferentes interesses, como tradição, produção e política. Antes a palavra se referia apenas ao cultivo agrícola e de animais, mas a partir do século XVIII houve a utilização do termo no campo das artes e intelectuais, no sentido de denominar algo que estava sendo desenvolvido pelo homem seja no meio cientifico, artístico ou na literatura. A cultura e a sociedade estão sempre ligadas, nos processos individuais e coletivos, são conhecimentos individuais compartilhados com o próximo e transmitidos com o passar do tempo. Algumas ideologias defendem que as diferenças de grupos são determinadas pela ordem cultural, que era necessário entender o contexto que aquele individuo está inserido, sua origem e história para compreender sua formação cultural individual e coletiva. Deste modo a cultura pode ser construída a partir de alguns conceitos como a interação com o outro que interfere na criação dos valores, modos de pensar, agir e na identidade. O segundo fator está relacionado a produção e distribuição de uma cultura específica, que acontece quando à criação na área das artes, entretenimento ou intelectual, é elaborada com objetivo de atingir um público alvo. Essa realização movimenta o setor econômico desenvolvendo a nação e contribuindo para distribuição em massa gerando movimento comercial e mão de obra, seja ela no campo da música, dança, teatro, moda, arquitetura, turismo, tecnologia e esporte. O último conceito é do desenvolvimento social quando essa são elaboradas atividades com objetivo educativo para estimular pensamento crítico e atitudes políticas que podem diminuir problemas sociais.
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Desse modo podemos concluir que todo individuo cultiva cultura, que é desenvolvida a partir dos valores do meio que está inserido, e isso leva a produção em massa das atividades culturais que são vantajosas para o desenvolvimento econômico e indústria cultural. E o contato e distribuição da cultura é importante para o desenvolvimento crítico, político e social do ser humano. 1.1.2 O que são Centros de Cultura Centros culturais são espaços de uso coletivo que reúnem diversas atividades culturais, de pequenas a grandes escalas. É um local onde se expõem todo tipo de arte desenvolvida pelo homem, então podemos considerar Centros Culturais espaços como bibliotecas, galerias, teatros, museus até mesmo um hall de um edifício que é destinado a expor, discutir e criar produtos culturais. Tem o objetivo de promover, desenvolver e criar conhecimentos para os usuários de uma comunidade. Os centros culturais são espaços para se fazer a cultura viva. [...] uma cultura viva é construída pelos próprios sujeitos, em interação com outros sujeitos, com a obra de arte, com a informação; inseridos em um processo crítico, criativo, provocativo, grupal e dinâmico. (Teixeira Coelho 1986).
Um edifício cultural pode ser considerado um equipamento informacional, que possibilita o cidadão ter contato com várias manifestações culturais aprimorando seu olhar crítico sobre cultura e questões coletivas do mundo. As atividades fornecidas nesses locais são muitas vezes gratuitas ou de valores baixos, de forma que todos tenham acesso à cultura. Essas estruturas costumam ser estatal ou cooperativa, poucas vezes privadas, pois são instituições sem fins lucrativos. Após serem implantadas tornar-se um ponto de encontro dos habitantes da região, onde é desenvolvido atividades coletivas, enaltecimento da memória, conversas, debates e reuniões através de estruturas como auditórios, salas multiuso, atividades esportivas, oficinas, workshops, cursos e salas de informáticas. Por esses fatores, um centro de cultura é destinado a artistas de várias modalidades, para aqueles que desejam desenvolver alguma arte, aqueles que desejam expor trabalhos desenvolvidos dentro ou fora do centro de cultura e para espectadores de diferentes particularidades.
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1.1.3 Tipologias Qualquer local que tenha como objetivo desenvolvimento de atividades culturais pode ser considerado um Centro de Cultura, abordaremos algumas abaixo. Museus - locais destinados a armazenagem e exibição de coleções de objetos de interesse artístico, cultural, científico e histórico. Tem como objetivo aumentar o conhecimento individual e coletivo através da apresentação da história para despertar o interesse da preservação do patrimônio cultural como ferramenta de interação. Galerias - são espaços destinados a exposição de arte, algumas vezes fotografias, cinema ou apresentação de dança. Com salas amplas para atender essas atividades multidisciplinares e com programação regular, muitas vezes a entrada tem um valor acessível e pode ou não acontecer venda dessas artes expostas. Teatros - esses podem ter diversos tamanhos, irá depender do programa que será atendido, podendo ser um auditório, anfiteatro ou teatro, o que mudará será a estrutura do local como capacidade de lotação, acústica, pé direito, foço para orquestra e infraestrutura de luz e som. Esses espaços recebem apresentações de dança, peças teatrais, concertos musicais, palestras e shows. Casa de Cultura e Bibliotecas - locais que promovem cursos e oficinas de música, dança, teatro, literatura e lutas, por exemplo, gratuitamente ou por um valor acessível e muitas vezes local conta com biblioteca. As bibliotecas são um tipo de centro cultural, com serviço de internet, tecnologia, áreas de estudos, literaturas, romances, artigos, publicações e livros didáticos, acessível a todo público. Hoje muitas disponibilizam um acervo digital, como a Fundação Biblioteca Nacional que conta com obras rara, mapas antigos e ilustrações, ao alcance dos internautas. 1.1.4 Conceito Centro de Cultura Apesar do crescimento de Centros Culturais não há um modelo estabelecido, como visto anteriormente Cultura se refere a vários pontos, a funcionalidade é a maior preocupação, fator que leva as variações conforme a necessidade de cada local. Muitas vezes o campo artístico e intelectual é elevado, notando-se a ausência do resgate da memória, lazer, crença e modo de vida, que também definem o conceito. Para Milanesi (2003) para promover Cultura existe três requisitos gerais: informação, discussão e criação. Esse tipo de equipamento é a segurança do público de ter acesso a informação, e é a partir dela que o cidadão se torna hábil para a discussão e criação. Já o segundo requisito se refere a uma atividade muito exercida
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nesse tipo de construção, com objetivo de intensificar a informação o responsável pelo projeto deve pensar em locais onde possa ser praticada discussão, como seminários e debates. O último, criação, requisito é o objetivo de um Centro de Cultura, ele que dá “sentido aos dois outros verbos (informar e discutir) [...] ele deve ser o gerador contínuo de novos discursos e propostas” (MILANESI, 2003, p. 180). Ou seja, é um espaço com atividades diversas que acontecem dependentes, simultâneas e multidisciplinares. Os Centros Culturais devem incluir três campos comuns de trabalho, o primeiro é a criação, como dito em um dos requisitos anteriores, o recinto deve promover ações que incentivem a criação de produção de bens culturais, através de bibliotecas, espaços para exposição, cursos e laboratórios. Quando esses produtos estiverem produzidos, isso deve ser exposto ao público, de forma que a população participe, isso é o segundo campo de trabalho a circulação, e para preparar esse público para esses eventos, deve se criar seminários, salas de vídeo conferências, convivência social e debates onde desenvolvam a discussão, segundo requisito tratado anteriormente. O último campo de trabalho é o da preservação, para garantir a memória desse produto que foi criado e tornado público ele deve ser preservado, para que essa informação seja passada adiante. 1.1.5 História dos Centros de Cultura Há sinais que os espaços culturais tenham surgido na Grécia antiga com a construção da Biblioteca de Alexandria, no século II a.C. Com o objetivo de passar e preservar os conhecimentos nos campos da religião, mitologia, filosofia e medicina. Era um lugar de estudo e culto a divindades, mas também guardava estátuas, obras de ares, instrumentos cirúrgicos e astronômicos. Era composto por um anfiteatro, zoológico, jardim botânico, refeitório, observatório e sala de trabalho. Mas foi no século XIX que foram feitos os primeiros Centros de Cultura ingleses, conhecidos como Centro de Artes. E na década de 1950 que surgiram os primeiros espaços que hoje se entende como Centros de ação Cultural, com a proposta de lazer e interação dos operários locais, com áreas de convivências, centros sociais e quadras esportivas, conceito mais próximo do que hoje conhecemos como Centro de Cultura. E em 1977, em Paris, foi inaugurado o Centro Cultural Georges Pompidou (figura 2), que tem sido o grande responsável pelo “modelo” de centro culturais que
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se espalharam pelo mundo até hoje, devido sua grandiosidade física e as atividades fornecidas.
Figura 2: Cultural Georges Pompidou. Fonte: Centre national d’art et de culture Georges Pompidou Beaubourg Paris, Yann Caradec, Flickr, 2011.
De acordo com a autora Renata Neves, revista Especialize On-Line IPOG de julho 2013, foi na década de 60 que o Brasil começou a demonstrar interesse no modelo de equipamento, e só na década de 80 foi criado um espaço para esse uso, com o Centro Cultural do Jabaquara e o Centro Cultural de São Paulo. E após a implantação desses edifícios houve um aumento considerável no setor de cultura do país, segundo o site do Governo do Brasil, existe mais de 2.500 centros culturais no país, entre museus, bibliotecas e teatros. Houve um aumento na economia também, segundos dados do Ministério da Cultura do Brasil o setor de cultura movimenta significativamente o PIB brasileiro além da geração de trabalho, o que leva a criação de novas leis e projetos de incentivo à cultura. 1.2 CENTRO DE ESPORTES 1.2.1 O que é Esporte O esporte pode ser entendido de diversas maneiras, com características que se difere através das normas e dos praticantes, que sofre alterações pelas características socioculturais do meio que está inserido, por isso o esporte é considerado em constante mudança e passível de transformações, porém não existe várias categorias de esportes e sim manifestações diferentes. Existe textos sobre o surgimento de manifestações esportivas na sociedade primitiva, mas o que hoje entendemos como esporte foi configura no século XVIII na Inglaterra, quando os jogos populares foram inseridos nas escolas públicas com
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regras e controle dos professores, para diminuir a violência corporal que ocorria na prática desses jogos regionais. Esse processo se espalhou pelo país, mas a criação de regras exclusivas de cada região ou até mesmo cada escola impossibilitava a competição entre os adversários, foi quando um grupo de ex-alunos criaram ligas e clubes esportivos para regularizar e normalizar os jogos. Isso se expandiu pelo continente reproduzindo o que hoje se compreende como esporte moderno, o que foi entendido de diversas maneiras pelos estudiosos, alguns defendem a ideia que esse processo ocorreu junto ao processo de civilização, controlando a violência. E foi após a Segunda Guerra que passou por um processo de comercialização aumentando a significativamente
a
prática
dessas
atividades
evoluindo
para
o
esporte
contemporâneo. E é essa necessidade do ser humano de competir, superar, se divertir, socializar e se emocionar que enriquece o desenvolvimento da cultura. O autor Luciano Bueno (2008) traz três conceitos com elementos interligados, a Atividade Física, o Esporte e a Educação Física. Apesar de muitos confundirem, cada conceito tem uma característica, segundo o autor Atividade Física está relacionada a pratica de exercícios com auxílio de aparelhos, de modos formais e informais, com objetivos de promover flexibilidade, força muscular, agilidade e capacidade aeróbica. Já o Esporte é entendido como conjunto de atividades físicas específicas,
realizadas
individualmente
ou
coletivamente,
com
objetivo
de
competição, prazer e condicionamento físico. E a Educação Física é um termo mais complexo, hoje definido como “educação pelo físico” pois envolve o desenvolvimento moral (valores sociais), cerebral (aperfeiçoamento da coordenação e precisão de movimentos) e intelectual (funções e uso do esporte). Assim como em outras manifestações culturais, a prática esportiva apresenta grande elasticidade semântica e oferece disponibilidade para usos diferentes, ou até opostos (BOURDIEU, 1990).
O esporte desenvolve funções muito importantes no âmbito social como a pedagógica no processo de formação do indivíduo, disciplina, respeito a hierarquia, solidariedade, desenvolvimento humano, espírito de equipe, instrumento de resgate social (como programas de recuperação de dependentes químicos) e combate à violência. A prática do esporte tem resposta diretas na educação e saúde dos
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cidadãos, sendo solução para problemas sociais do país, além da relevância econômica que está ganhando força. Outro aspecto relevante da importância do esporte é a aproximação e confraternização dos povos que resulta na divulgação dos países, esses fatores podem ser usados a favor da motivação dessa educação que aumenta a interação das pessoas com o ambiente. O esporte também desenvolve papel importante no âmbito econômico, pois movimenta uma grande indústria de diferentes seguimentos, como a produção de equipamentos e materiais esportivos, marketing, empresas patrocinadoras e organização de eventos, mas apesar de mostrar grande crescimento nos últimos anos as
empresas
brasileiras
não
são
tão
envolvidas
quando
comparado
internacionalmente. Isso leva a geração de empregos em várias áreas como médicos, nutricionistas, técnicos, fisioterapeutas, professores e dirigentes, além das vagas para o setor de apoio e manutenção. 1.2.2 Tipologias O esporte se manifesta de acordo com o sentido que lhe é atribuído, por exemplo, as competições de alto rendimento, os campeonatos e as atividades de lazer são práticas esportivas com diferentes características, situações e valores. Dessa forma podemos dividir as manifestações esportivas em duas categorias, o sentido da prática e a modalidade prática. A primeira trata da diferenciação das práticas esportivas de alto rendimento onde tem como objetivo a concorrência e a competição, do lazer que tem o objetivo a inclusão e a autovalorização. Já a segunda trata das diferentes modalidades que são caracterizadas por regras e normas, muitas possuem as próprias entidades reguladoras, como as federações, associações e ligas, que normatizam as atividades, como por exemplo o boxe, natação, basquete e o futebol. Porém uma mesma categoria pode ter características ou se manifestar de formas diferentes, a depender do sentido que lhe é atribuído. Não se pode atribuir uma função social exclusiva a cada modalidade esportiva. Sem dúvida, uma mesma modalidade pode ser desfrutada como prática recreativa, ser ensinada como atividade pedagógica, ou ser comercializada como espetáculo de massa (PRONI, 1998, p. 75).
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O esporte de alto rendimento é marcado pela análise das atividades desenvolvidas e a comparação dos resultados, isso leva a busca constante de melhorar as performances exigindo treinamento rigoroso, materiais profissionais, estruturas adequadas e dedicação dos atletas. Já as atividades de lazer são caracterizadas pelo não-profissionalismo, são devidos dos esportes profissionais ou uma readequação de alguma modalidade. Nessas atividades podem acontecer competições que ocorrem com objetivos diferentes, como superação pessoal ou motivação, mas sempre oferecendo prazer e interação social. Uma modalidade que vem crescendo tanto em nível mundial quanto nacional são os esportes radicais, que ganharam força com a urbanização e globalização devido à procura do ser humano em se conectar com a natureza. Essa busca de atividades ao ar livre se dá pela necessidade de fazer algo que não seja comum no seu dia a dia, principalmente os jovens optam por essa modalidade que envolve exercício físico, bem-estar, saúde e descarga de adrenalina, o surfe, skate e o slack line são alguns exemplos dessas atividades. E as estatísticas mostram que a prática dos jogos olímpicos caiu enquanto houve um aumento significativo dos esportes radicais, mas apesar desse crescimento a modalidade é praticada há muito tempo, porém foi na década de 70 que a categoria começou a ser mais praticada. Para entender o que são esportes radicais consideramos algumas características básicas como a aventura, superação de limites físicos e psicológicos, o risco, ação e o contato com a natureza, a palavra radical pode ser entendida por dois significados, o extremismo e a busca a origem. Eles são divididos em quatro categoria os aéreos como o paraquedismo, asa delta, voo livre e bungee jumping; nos aquáticos podemos citar a canoagem, boia cross, surf e o jet-ski; e por último os terrestres como o mountain bike, motocross, alpinismo, skate e esqui na neve. A prática desses esportes traz diversos benefícios como qualquer outra modalidade esportiva, mas em especial o contato com a natureza, a consciência da preservação do meio ambiente, testar os limites e a adrenalina. 1.2.3 O que são Centros de Esportes O esporte está muitas vezes relacionado ao lazer, mas nem sempre eles estão totalmente ligados visto que nem toda prática de esporte é feita por lazer e nem todo lazer é realizado através de esportes, porém ambos são de grande importância na
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qualidade de vida dos cidadãos. Como visto anteriormente, no século XIX, na Europa, a necessidade de criar estruturas de lazer para os operários frequentarem em suas folgas veio junto com o processo urbano-industrial, foi percebido que para um melhor rendimento e saúde dos funcionários eram necessários esses “passatempos”, e essa prática se tornou disputada entre a burguesia. “O lazer, como instancia distinta e específica da vida social, só é percebido com o advento da Revolução Industrial e a separação dos espaços familiares, comunitários e profissionais, ou seja, existe no objeto lazer um aspecto histórico de “não-trabalho” (GUTIERREZ, 2001, p. 6).
1.2.4 Conceito Centro de Esportes A criação de equipamentos esportivos, tem a função de formação de atletas para competições estaduais e nacionais, mas hoje o Brasil não tem grande participação nas modalidades olímpicas, devido a quantidade, qualidade e acesso da população aos centros esportivos. Por essas particularidades faz-se necessários a implantação de centros para a práticas de esportes onde seja sediado competições, introduzir a comunidade nesse meio assim fortalecendo educação física, conceito tratado acima. Como a construção de centros esportivos ocorrem em grande intervalo de tempos, cabe aos arquitetos elaborarem projetos de polos esportivos que atendam as mesmas funções em menor escala, considerando o programa de necessidades de cada local. O melhoramento dos equipamentos de segurança também foi o responsável no aumento da prática dos esportes radicais, mencionado anteriormente, o investimento tecnológico permite vivenciar de melhor forma as experiências, que antes era considerada perigosa e restrita a uma parcela pequena da população caiu no gosto da maioria. E essa mudança das escolhas esportivas é nítida, principalmente os jovens, vem optando cada vez mais pelo skate, patins e pump track, por exemplo. Quando um indivíduo a praticar alguma modalidade, começa a ter contato com os valores do esporte, filosofias e características ligadas aos praticantes, além do contexto social que é inserido, de forma a se sentir parte de algo, de uma “tribo”. A relação social presente nos esportes, devido ao conjunto de valores e condutas que distinguem os gêneros, faz com que se torne uma identidade, conhecido como estilo de vida. Como por exemplo os praticantes de skate têm uma diferenciação
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não apenas pela pratica do esporte, mas também preferência musical e vestimentas, o que pode começar como uma alternativa de lazer e diversão. 1.2.5 História dos Centros de Esportes Para a origem dos esportes existes diferentes explicações, para muitos historiadores as primeiras aparições surgiram na Grécia Antiga, com as Olimpíadas que surgiram por volta de 770 a.C., porém muitos creem que antes mesmo do esporte se tornar uma atividade, os guerreiros tinham costume de se divertir com a cabeça de um dos derrotados da guerra, o que evoluiu as práticas esportivas. As modalidades esportivas foram evoluindo conforme as regiões, de modo a se tornar uma identidade cultural, as condições climáticas foi uma das principais características influenciadora. Na China, por exemplo, o esporte mais popular é o tênis de mesa, já no Canadá o hóquei no gelo e no Brasil o futebol, mas algumas modalidades se destacam mundialmente como o beisebol, atletismo, voleibol, futebol, patins, ciclismo, tênis, golfe, basquetebol e hóquei. A preferência dos brasileiros é por esporte com bola e cada região se destaca se destaca por uma modalidade, como o vôlei no litoral e o basquete no estado de São Paulo. Mas como fito anteriormente o esporte que mais agrada a população é o futebol, apesar de ser pouco praticado no período escolar, devido à falta de campos construídos para os alunos. Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Esporte do Brasil, em 2013, mostrou que metade dos brasileiros praticam alguma atividade física é coligada a algum esporte. No mundo acontece eventos mundiais que reúne diversos países e modalidades, nas Olimpíadas de Inverno e Verão, e a Copa do Mundo de Futebol, esporte mais popular no Brasil. Em uma pesquisa realizada pelo Ministério do Esporte do Brasil, em 2013, os esportes mais praticados no país são, em ordem: futebol; caminhada e corrida; voleibol; academia e musculação; natação; futsal; musculação; ciclismo; handebol; e basquetebol. Até o final do século XIX quase não existia esporte organizado no Brasil, mas hoje esse cenário mudou, devido ao marketing esportivo e a televisão segmentada, e a tendência é que esse interesse aumente cada vez mais. A participação das empresas nas modalidades esportivas não só como patrocinadoras para também como gestoras dos clubes fez com que indústria de entretenimento crescesse notavelmente.
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Mas para o Brasil acompanhar o crescimento mundial da indústria esportiva deve ser investido em soluções de problema existentes, como planejar e organizar programas que democratizem o direito à educação física, esporte e lazer, aumentando o interesse da população, com projetos de centros de capacitações de profissional e gerenciando verbas para apoiar e todos os níveis do esporte desde os profissionais as escolas; valorizar e motivar as escolar a atividades de educação física, estabelecendo normas onde seja importante a formação de atletas e que os alunos tenham contato com profissionais, investindo em espaços e equipamentos qualificados; elaborar projetos onde toda a população tenha acesso e pratique algum tipo de esporte; criar condições para aumentar o patrocínio e competições rendáveis para o esporte de alto nível, usando essa modalidade para apoiar a formação novos atletas; criar programas que incentive a criação de novas modalidades esportivas; motivar a capacitação de profissionais e empresas demonstrando a potencialização do mercado esportivo; desenvolver eventos esportivos de repercussão nacional e internacional com objetivo de atrair turistas para movimentar a economia; formação de clubes e times especializados em alguma modalidade esportiva; construção de instalações esportivas de vários padrões e portes incorporando novas tecnologias, além da recuperação e manutenção dos espaços.
2. ESTUDOS DE CASO O papel principal da pesquisa dos Estudos de Caso são as inspirações e a referências que serão usadas na composição do Projeto do Centro de Cultura e Esportes, pela análise feita da variedade presente na materialidade desses edifícios, da setorização, localização, estudos do entorno e elaboração do programa nos projetos. 2.1 CENTRO CULTURAL JABAQUARA – SÃO PAULO 2.1.1 Ficha Técnica ● Escritório: Shieh Arquitetos Associados ● Localização: R. Arsênio Tavolieri, 45 - Jardim Oriental, São Paulo - SP, 04321-030, Brasil ● Arquitetos: Shieh Shueh Yau, Marco Antonio Mancini e Pei Ling Shieh ● Paisagismo: Rosa Grena Kliass
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● Estrutura: Engº Yutaka Kubota ● Instalações: Engº Sérgio El Beck ● Ano do projeto: 1977 2.1.2 Descritivo Inaugurado em 1980, o Centro de Cultural Jabaquara (figura 3) foi um dos primeiros do país. Tinha como objetivo principal a valorização e preservação da Casa Sede do Sítio da Ressaca (figura 4), de 1719 segundo inscrito na verga da sua porta principal, patrimônio tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado) em 1972, hoje abriga atividades voltadas à memória afro-brasileira na região de São Paulo. É um vestígio da vida rural em meio a Cidade Grande, vinculada às atividades dos Bandeirantes do séc. XVI e XVII, construída de taipa de pilão despertou interesse dos historiadores desde a década de 1930.
Figura 3: Centro de Cultural Jabaquara. Fonte: Centro Cultural Jabaquara, Shieh Arquitetos Associados, ArchDaily, 2017.
Figura 4: Casa Sede do Sítio da Ressaca. Fonte: Centro Cultural Jabaquara, Shieh Arquitetos Associados, ArchDaily, 2017.
O projeto de fazia parte do projeto de CURA de 1977 da Empresa Municipal de Urbanização (EMURB) da cidade de São Paulo, que tinha como objetivo reurbanizar o bairro Jabaquara (figura 5), e os pontos principais do plano era: - Restauro da Casa Sede, devolvendo seu valor arquitetônico que tinha sido perdido devido as reformas anteriores; - Projeto de reurbanização do entorno; - Criação de novos espaços para atividades culturais que seriam realizadas pela Secretaria Municipal de Cultura junto à comunidade.
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Figura 5: Plano de reurbanização e restauração do Sítio da Ressaca. Fonte: Publicações Centro Cultural Jabaquara, blog SAA - Shieh Arquitetos Associados, 2014.
Para elaboração do projeto foi realizado uma análise dos seguintes pontos: a dimensão da Casa Sede, topografia do terreno, carência de equipamentos culturais na região e a criação de um futuro equipamento de identificação cultural. Assim, foi realizada a restauração do edifício histórico e a recomposição do micro paisagismo, resultando no isolamento da Casa Sede, devido o afastamento e a movimentação de terra, e a diferenciação de acessos foi feita pelo projeto de paisagismo do entorno e dos pisos. Apesar do edifício cultural ter três pavimentos, o prédio aparente ter apenas um, evitando um confronto entre as construções, a topografia foi grande aliada para tal feito (figura 6), inclusive na ligação do pavimento superior, onde fica a biblioteca, com o terreno. Esse resultado é de grande importância, considerando que além das
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atividades culturais oferecidas a comunidade, um dos usos é o estudo e preservação do monumento histórico.
Figura 6: Topografia Sítio da Ressaca. Fonte: Publicações Centro Cultural Jabaquara, blog SAA - Shieh Arquitetos Associados, 2014.
Existem três acessos ao equipamento cultural, sendo possível adentrar por todos os pisos. No pavimento térreo (figura 7), considerado o principal, temos a portaria. O segundo acesso é pelo primeiro pavimento (figura 9), pelo terraço paralelo à biblioteca. E por último pela passarela do terraço (figura 10) ligando ao terreno, que tem função de mirante. Todos os pisos são ligados por uma escada externa, servindo de passagem para os cidadãos que vem da Avenida do Contorno em direção ao fundo do vale, através da Rua 1. Essa função de circulação, equipado por bancos, jardins, mirante e área de lazer, compensa a área ocupada pelo prédio no terreno. 2.1.3 Programa Arquitetônico O Centro Cultural do Jabaquara desenvolve atividades didáticas e informativas, além da preservação patrimonial, disponibiliza para a região biblioteca pública, palestras, cursos de artesanato e culinária, exposições de artes, ciências, músicas e teatro de bonecos, projeção de filmes e slides às ligadas ao ensino das artes plásticas e à fotografia. A Secretaria Municipal de Cultura dispõe serviços do Departamento de Bibliotecas Infanto-Juvenis, o Departamento de Bibliotecas Públicas, o Departamento do Patrimônio Histórico, o Departamento de Informação e Documentação Artística e o Departamento de Teatros.
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2.1.4 Projeto Arquitetônico Implantação
Figura 7: Implantação. Fonte: Desenhos Originais Centro Cultural Jabaquara, blog SAA - Shieh Arquitetos Associados, 2014, setorização autoria própria em 04/04/2019.
Planta pavimento térreo
Figura 8: Planta pavimento térreo. Fonte: Desenhos Originais Centro Cultural Jabaquara, blog SAA - Shieh Arquitetos Associados, 2014, setorização autoria própria em 04/04/2019.
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Planta pavimento superior
Figura 9: Planta pavimento superior. Fonte: Desenhos Originais Centro Cultural Jabaquara, blog SAA - Shieh Arquitetos Associados, 2014, setorização autoria própria em 04/04/2019.
Planta 1º pavimento
Figura 10: Planta 1º pavimento. Fonte: Desenhos Originais Centro Cultural Jabaquara, blog SAA - Shieh Arquitetos Associados, 2014, setorização autoria própria em 04/04/2019.
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Planta terraço
Figura 11: Planta terraço. Fonte: Desenhos Originais Centro Cultural Jabaquara, blog SAA - Shieh Arquitetos Associados, 2014, setorização autoria própria em 04/04/2019.
Corte A-A e B-B
Figura 12: Corte A-A e B-B. Fonte: Desenhos Originais Centro Cultural Jabaquara, blog SAA - Shieh Arquitetos Associados, 2014.
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Corte C-C e D-D
Figura 13: Corte C-C e D-D. Fonte: Desenhos Originais Centro Cultural Jabaquara, blog SAA - Shieh Arquitetos Associados, 2014.
Elevação noroeste e sudeste
Figura 14: Elevação Noroeste e Sudeste. Fonte: Desenhos Originais Centro Cultural Jabaquara, blog SAA - Shieh Arquitetos Associados, 2014.
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Elevação nordeste e sudoeste
Figura 15: Elevação Nordeste e Sudoeste. Fonte: Desenhos Originais Centro Cultural Jabaquara, blog SAA - Shieh Arquitetos Associados, 2014.
2.1.5 Análise Crítica A implantação do Centro Cultural se deu devido ao desprovimento de um equipamento dessa tipologia, considerando a relação das construções com a topografia do local, foi elaborado um desenho de forma que se adequasse aos níveis do terreno sem a necessidade de muitas alterações. Podemos analisar a importância da valorização do edifício histórico e a inserção de um novo equipamento que converse com o entorno. Esses aspectos foram os mais relevantes para se criar uma identidade cultural na paisagem urbana local. O paisagismo foi uma peça fundamental na integração da Casa Sede, com a nova construção e o terreno, mas a questão da acessibilidade é esquecida. Por se tratar de um projeto da década de 70, esse quesito não era prioritário e nem muito falado, mas por ser um edifício com objetivo de levar cultura a todos, nem todos terão facilidade em acessar e circular por conta da inexistência de rampas e elevadores.
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2.2 CULTURAL AND SPORT CENTER SAINT-BLAISE – PARIS 2.2.1 Ficha Técnica ● Escritório: Bruther ● Localização: Saint Blaise, 75020 Paris, França ● Arquitetos: Stéphanie Bru e Alexandre Theriot ● Acústica: Altia ● Estrutura: Batiserf ● Economista: Michel Forgue ● Ambiental: Louis Choulet ● Área: 1.300m² ● Ano do projeto: 2011 - 2014
2.2.2 Descritivo Saint-Blaise, local de implantação do Centro Cultural e Esportivo (figura 16), é um dos bairros mais densos de Paris, porém apesar da sua grande população o local carecia de um equipamento de lazer, esporte, cultura e interação. Antes o lugar era um vazio, em meio aos prédios, grande maioria residencial, dos anos 70 e 80.
Figura 16: Cultural and Sport Center Saint-Blaise. Fonte: Centro Cultural e Esportivo, BRUTHER, ArchDaily, 2015.
O local se tornou um ponto de encontro que atrai e reúne os habitantes, reflete e projeta luz, proporciona espaço público renovado e restituído ao distrito de SaintBlaise. Foi projeto para se tornar um marco no distrito de Saint-Blaise, a leste do centro da cidade, atendendo a diversas atividades sua fachada multicamadas meio
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transparente demonstra a variedade de serviços públicos prestados. Segundo os arquitetos Stéphanie Bru e Alexandre Theriot "Ele economiza terreno - um recurso real da área - e é desenvolvido verticalmente, respeitando as distâncias necessárias e respeitosas com os edifícios circundantes”. A transparência, através das cortinas envidraçadas, faz uma conexão do público interno com o externo, o que também permite a ligação do prédio com o entorno. "O projeto se torna um elo que estabelece novas perspectivas e cria relações entre as diferentes amenidades do bairro por sua localização e materialidade", acrescentaram Stéphanie Bru e Alexandre Theriot. O vidro permite que a estrutura feita de concreto, com sistema de contraventamento diagonal, seja vista de fora. No teto da entrada, foram colocados painéis espelhados suspensos, com a intenção de refletir os edifícios vizinhos. Na parte superior há uma varanda em balanço que envolve as bordas do edifício. Internamento os materiais foram deixados em seu estado bruto, com concreto aparente e compensado complementado por iluminação cônica, suspensos em encaixes de tubos de metal. A parte superior é direcionado ao esporte, o revestimento enrugado de cor preta circula o pavilhão na parte externa. 2.2.3 Programa Arquitetônico O projeto Grand Projet de Renouvellement Urbain, de renovação urbana, tinha como objetivo unificar e trazer sustentabilidade para o espaço, além dos objetivos que tal equipamento carrega, e tem quatro aspectos expressivos, que abordaremos com mais detalhes abaixo. Uma arquitetura de referência, devido a densidades do bairro onde foi instalado, a compacidade do projeto, executado verticalmente, se tornou um ponto marcante no local. Por conta dos recuos das edificações existentes o prédio se beneficia do sol, além da localização privilegiada que oferece espaços públicos e áreas verdes que antes não existiam. A transparência faz uma conexão da instalação com o meio que está inserido, convidativo o espaço público funciona como hall urbano, que liga, a população com o equipamento usual, através da transparência e porosidade dos materiais de suas fachadas, que diversifica conforme o ambiente, esses que a noite ficam iluminados dando suporte à renovação da atratividade da comunidade.
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A flexibilidade do programa com plantas livres, permitindo um novo uso atendendo as novas necessidades que vão surgindo com as evoluções, atende as funções iniciais sem interferir na forma, das paredes cortinas e a estrutura de concreto. Apesar do seu volume compacto, o projeto unifica uma diversidade de usos, espaços e materiais. Isso em um bairro onde antes não havia um equipamento para tal modalidade, expressando a sobreposição de múltiplas funções em elevação, cada característica do edifício contrasta com o local. 2.2.4 Projeto Arquitetônico Planta térreo
Figura 17: Planta térreo. Fonte: Cultural and Sports Center, Bruther, Amal Lective, 2017, setorização autoria própria em 04/04/2019.
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Planta 1º pavimento
Figura 18: Planta 1º pavimento. Fonte: Cultural and Sports Center, Bruther, Amal Lective, 2017, setorização autoria própria em 04/04/2019.
Planta 2º pavimento
Figura 19: Planta 2º pavimento. Fonte: Cultural and Sports Center, Bruther, Amal Lective, 2017, setorização autoria própria em 04/04/2019.
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Corte longitudinal
Figura 20: Corte longitudinal. Fonte: Fonte: Cultural and Sports Center, Bruther, Atlas of Places, 2017.
Corte transversal
Figura 21: Corte transversal. Fonte: Fonte: Cultural and Sports Center, Bruther, Atlas of Places, 2017.
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Elevação frontal
Figura 22: Elevação frontal. Fonte: Fonte: Cultural and Sports Center, Bruther, Atlas of Places, 2017.
Elevação lateral
Figura 23: Elevação lateral. Fonte: Fonte: Cultural and Sports Center, Bruther, Atlas of Places., 2017
2.2.5 Análise Crítica O projeto do Cultural and Sport Center Saint-Blaise tinha como principal objetivo requalificar um vazio urbano em meio a um distrito bem denso e sem muitas áreas verdes. Com ele, conseguimos notar a importância de tal equipamento para o
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bem-estar de uma comunidade, oferecendo atividades de cultura, esporte e lazer. O projeto mostra também que para tal modalidade não é necessário um edifício de grande porte, desde que atenda às necessidades da população, uma construção compacta pode se torna um grande marco na paisagem urbana e de grande importância de uso. Foi pensando também na questão de conforto e acessibilidade, já que o centro foi projetado para que a população desfrute de seus serviços, o uso deve ser agradável para todos. O programa foi organizado de forma que as práticas culturais e esportivas aconteçam em salas multifuncionais e na área externa onde existe uma quadra também acontece eventos para a comunidade, esse dinamismo é bem comum nesse tipo de equipamento, permitindo futuras readequações. 2.3 CENTRO CULTURAL E RECREATIVO DO ESPORTE CLUBE PINHEIROS – SÃO PAULO 2.3.1 Ficha Técnica ● Escritórios: Milton Braga, Marta Moreira, Gleuson Pinheiro, Maria João Fiqueiredo (MMBB), Márcia Terazaki (ATM), Marcus Damon, Guilherme Bravin (Estúdio Módulo) e Hugo Mesquita ● Localização: Rua Angelina Maffei Vita, 493, Jardim Europa, São Paulo SP, Brasil ● Equipe: Alessandra Figueiredo, Alex Patarro, Amanda Tamburus, Ana Carolina Hidalgo, Anna Luiza Gaspar, Daniel Korn, Gleuson Pinheiro, Júlia Marques, Maria João Figueiredo, Martin Benavidez e Victor Oliveira ● Estrutura e Fundações: Inner Engenharia ● Instalações Prediais: PHE Projetos ● Luminotécnica: Lux Projetos Luminotécnicos ● Climatização: Fundament-ar Consultoria, Engenharia e Planejamento ● Automação, Segurança, Supervisão Predial e Comunicações: SI2 Consultoria ● Conforto Ambiental, Acústica, Eficiência Energética: Joana Carla Gonçalves, Rodrigo Cavalcante, Marcelo Mello ● Cenotecnia: GS Lanfranchi Arquitetura Cênica ● Cozinhas: Nucleora Arquitetura Sustentável ● Esquadrias: Eder Cordon Mehes Consultoria
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● Paisagismo: Bonsai Paisagismo ● Consultoria de Prevenção e Combate a Incêndio: Coronel AltiGianesini ● Orçamentos: Nakamura & Galvão Orçamento e Planejamento ● Área: 8908.02 m2 ● Ano do projeto: 2017
2.3.2 Descritivo O Centro Cultural e Recreativo do Esporte Clube Pinheiros (CCR) promoveu em 2017 um concurso de revitalização, onde vários escritórios participaram e o ganhador, MMBB, executaram a revitalização do CCR (figura 24). O projeto deveria ter suas áreas renovadas, a transformação do auditório em num teatro completo e a ampliação da área cultural do clube de 5.000m² para 9.000m². O escritório escolheu duas diretrizes para executar o projeto de revitalização, a abertura e transparência das fachadas e a escadas em duas das fachadas do edifício.
Figura 24: Centro Cultural e Recreativo do Esporte Clube Pinheiros (CCR). Fonte: Centro Cultural e Recreativo do Clube Pinheiros, MMBB, ATM, Estúdio Módulo, Hugo Mesquita, ArchDaily, 2018.
O primeiro original, construído na década de 1970 projeto do Escritório Ícaro de Castro Mello, conta com duas alas, a primeira onde se localiza o lado do boliche, bolão e auditório e a segunda ala, que precisa de mais organização, bocha, cozinhas e restaurante. O principal plano foi organizar a segunda ala de forma verticalizada. Da construção existente a subdivisão interna da ala do bocha, no térreo e no primeiro andar foi reaproveitada e reformulada. Mas a fachada, escadas e a cobertura foram
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demolidas. E um novo nível de cota de 9m foi adicionado a partir do térreo e um mezanino na cota 12,5 m 2.3.3 Programa Arquitetônico O CCR fica próximo a uma das portarias do clube, alinhado à Rua Tucumã, oposto a isso encontra-se um espaço vazio, onde se localiza um dos campos de futebol, que além de acessível tem uma vista privilegiada do clube. A circulação vertical principal fica ao longo da fachada voltada para o campo, fazendo com que o edifício fique mais aberto. Os acessos também foram modificados, para a entrada de serviços não interferir na entrada dos sócios, pensou-se adequar para potencializar o drop off existente, de forma que ele receba e acomode todo o movimento de veículos de passageiros e cargas. Devido ao intenso movimento dos sócios, a qualificação da entrada pela Rua Tucumã tinha como objetivo tornar mais confortável o acesso, que também servirá de apoio e espera coberta para a portaria. Já para o acesso independente do público externo foi projetada uma nova entrada, alinhada a uma das novas escadas principais, que será usado apenas nos horários dos espetáculos. Pouco foi mexido na vegetação existente, a proposta de verticalização do CCR favoreceu essa preocupação. O projeto propõe que poucas árvores sejam transplantadas ou removidas, e a mudança das máquinas de ar condicionado para a nova cobertura deu origem ao projeto de revitalização do jardim existente ao lado da pista de atletismo. A transformação do auditório em um teatro, para que possa receber espetáculos teatrais em geral, foi possível pela ampliação do palco e a criação das áreas de apoio, como coxias, camarins e a criação da caixa de cena. A ampliação do palco permite o uso para palestras e outras atividades cenográficas, sem interferir no cenário montado para a peça teatral que esteja simultaneamente em cartaz, que ficaram ocultos pelas cortinas. Um dos destaques arquitetônicos é o volume circular da plateia, que será mantido da construção original, será possível notar toda a sua altura devido à elevação da cobertura. O revestimento de madeira foi recuperado e ampliado, mantendo o vínculo histórico e cultural das pessoas com o edifico original. Além da circulação vertical avarandada, as propostas das fachadas eram que fossem bem abertas e envidraçadas. Para proteger da chuva e do sol, foi proposto
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uma segunda fachada de quebra-sóis/chuvas, garantindo a proteção e o conforto térmico, mas sem abrir mão da visão e das grandes aberturas. Esse elemento resulta a ventilação natural da construção, contando com a possibilidade da ventilação cruzada, considerando que os principais ambientes acontecem de fachada a fachada. 2.3.4 Projeto Arquitetônico Planta térreo
Figura 25: Planta térreo. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017, setorização autoria própria em 04/04/2019.
Planta 1º pavimento
Figura 26: Planta 1º pavimento. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017, setorização autoria própria em 04/04/2019.
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Planta 2º pavimento
Figura 27: Planta 2º pavimento. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017, setorização autoria própria em 04/04/2019.
Planta 3º pavimento
Figura 28: Planta 3º pavimento. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017, setorização autoria própria em 04/04/2019.
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Planta cobertura
Figura 29: Planta cobertura. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017.
Corte esquemรกtico
Figura 30: Corte esquemรกtico. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, Concursos de Projeto, 2018.
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Corte longitudinal
Figura 31: Corte longitudinal. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017.
Corte transversal A
Figura 32: Corte transversal A. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017.
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Corte transversal B
Figura 33: Corte transversal B. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017.
Corte transversal C
Figura 34: Corte transversal C. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017.
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Elevação Norte
Figura 35: Elevação Norte. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017.
Elevação Sul
Figura 36: Elevação Sul. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017.
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Elevação Leste
Figura 37: Elevação Leste. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017.
Elevação Oeste
Figura 38: Elevação Oeste. Fonte: Centro Cultural e Recreativo, Clube Pinheiros, MMBB, 2017.
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2.3.5 Análise Crítica A revitalização do CCR chama atenção pela grandiosidade e organização do programa, mantendo parte da construção original integrada a nova ala, funções e estilo. Sua fachada envidraçada, com brises e destacando as escadas nos recorda o Cultural Georges Pompidou de Paris, que torna o edifício mais convidativo e interativo com o entorno. Essa integração se dá além dos materiais escolhido para a fachada, mas também pelos acessos ao clube e as áreas externas. A forma do novo teatro é o destaque interno do prédio, que ganhou um layout bem definido. O conforto térmico pensado para os ambientes internos se dá pelas grandes aberturas, os brises e a ventilação cruzada dos espaços que vão de uma face a outra. Houve uma preocupação com a vegetação existente, auxiliando na climatização da construção. E apesar das escadas serem grandes destaques arquitetônicos, não foi deixado a acessibilidade de lado. 2.4 ANÁLISE COMPARATIVA - ESTUDOS DE CASO Os estudos foram escolhidos pelas suas particularidades, alguns se tratam de reabilitar um local histórico, requalificar um espaço vazio outros de revitalizar um equipamento existente. Mas todos se tornaram grandes marcos na paisagem, seja pela forma que tornou uma identidade local como o Centro Cultural Jabaquara, seja pelo contraste do Cultural and Sport Center em meio aos prédios residências de SaintBlaise, ou pela conexão com o meio mesmo se tratando de um projeto mais atual do Centro Cultural e Recreativo do Esporte Clube Pinheiros. Além da diferença de volume e estilo, todos foram pensados para atender a carência de um determinado grupo. Apesar de cada projeto ter seu programa alguns espaços e métodos construtivos se coincide, como por exemplo, as fachadas envidraçadas do Cultural and Sport Center e o CCR, ou a estrutura feita de concreto dos dois primeiros estudos. Analisando projetos de diferentes datas, percebemos que esses equipamentos passam por muitas mudanças, para atender novos usos, esse aspecto de transformação deve ser pensado na fase de elaboração do projeto, para não se tornar uma construção sem continuidade. A setorização e circulação são elementos cruciais para realizar um projeto dessa categoria, deixar marcada as áreas de serviço, cultura e lazer, por exemplo, facilita a circulação do público e a funcionalidade do edifício.
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3. VISITAS TÉCNICAS É de extrema importância a fase das visitas técnicas para criação de um projeto, como forma de orientação e embasamento. Por isso foram realizadas algumas visitações em equipamentos com a mesma modalidade, que serviram de referências para a elaboração do projeto do Centro de Cultura e Esportes. 3.1 SESC SANTANA – SÃO PAULO 3.1.1 Ficha Técnica ● Arquiteto responsável: Miguel Juliano e Silva ● Localização: Av. Luiz Dumont Villares, 579 - Santana, São Paulo – SP ● Projeto: 2004 ● Conclusão da obra: 2005 ● Interiores: Spadoni & Associados ● Assessoria técnica e de planejamento: Valter Schreiber ● Gerenciamento da obra: Sesc - Luciana França ● Projeto acústico: Acústica & Sônica ● Ensaios tecnológicos: L. A. Falcão Bauer ● Estrutura de concreto: Júlio Kassoy e Mário Franco ● Estrutura metálica: Kurkdjian & Fruchtengarten ● Fundações: Consultrix ● Construção: Talude ● Conforto ambiental: Daltrini e Granado ● Consultoria das fachadas: AEC - Paulo Duarte; Escola de Engenharia da USP/São Carlos - Rosana Caram ● Área do terreno: 6.756m² ● Área construída: 16.568m²
3.1.2 Descritivo O Sesc (Serviço Social do Comércio) é uma entidade privada que faz parte do chamado “Sistema S”, um conjunto de instituições criadas por empresários brasileiros nos anos 1940. Hoje mantidas por recursos vindos dos setores correspondentes, como comércio e serviços, a fim de reverter essa verba para o bem-estar do
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trabalhador. Com o objetivo de assegurar bem-estar e qualidade de vida dos usuários, com projetos de educação, saúde, lazer, assistência e cultura. O Sesc Santana se destaca na região onde foi implantado, o arquiteto uso das condicionantes de um terreno pequeno e um programa amplo como ferramentas para elaborar o projeto. O programa conta com piscinas aquecidas, solário, restaurante, área de internet livre, academia, odontologia, áreas para atividades físicas e jogos, quadra poliesportiva, administração, estacionamento e um teatro. A escolha do pé direito duplo e a aplicação da transparência do vidro em fachadas, coberturas e setores de circulação, foram estratégias para os usuários não terem a sensação de confinamento nos ambientes projetados. 3.1.3 Programa Arquitetônico Havia uma preocupação com o conforto térmico, principalmente na área da piscina da incidência solar e das coberturas de vidro. E após com o projeto arquitetônico concluído foi contrato o escritório Daltrini e Granado para fazer uma avaliação das condições térmicas, foi feito um estudo para analisar as trajetórias solares sobre a cidade de São Paulo, com o objetivo de identificar o desempenho de cada fachada. O objetivo era utilizar apenas soluções arquitetônicas e materiais adequado e garantir o conforto ambiental dos usuários tanto no verão, quanto no inverno, sem ser necessário o uso de sistemas mecânicos de ventilação e exaustão, e consequentemente a redução de custos relacionados a consumo de energia e manutenção. Para a eficiência energética foi elaborada intervenções após o projeto arquitetônico finalizado, para o edifício ter um desempenho térmico interno agradável. A engenheira explica que o resultado foi obtido pelas coberturas com vidros especiais de alto desempenho, que permitem a entrada de luz com maior reflexão do calor. Para garantir acesso entre os ambientes, considerando as dimensões do terreno, foi projetado uma passarela entre o restaurante e o solário, com 3,80m sobre as piscinas, o fechamento de vidro garante integração visual e protege de possíveis quedas. 3.1.4 Relatório Fotográfico A unidade do Sesc Santana conta com espaços com amplo pé-direito (figura 39), vidro nas coberturas e setores de circulação e fachadas revestidas de painel de
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alumínio composto, com cores vibrantes, como o azul, o amarelo e terracota, cores do logotipo, aplicados em volumes que sugerem movimento (figura 40).
Figura 39: Hall de entrada. Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
Figura 40: Fachada principal. Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
Toda a edificação conta com acessibilidade universal, com rampas responsáveis pela circulação entre os pavimentos, elevadores e amplos corredores.
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São cerca de 20 terminais de Internet livre, que permitem que os frequentadores estudem, trabalhem ou usem apenas para lazer, já que o Sesc também tem vários pontos com mesas de trabalho, em geral, próximas ao hall de acesso aos elevadores. No primeiro subsolo estão parte do estacionamento, que no total, possui 122 vagas e 19 vagas para bicicletas, um teatro com capacidade para 349 pessoas e um pequeno café com algumas mesas para refeições rápidas (figura 41). Os acessos para a área das piscinas semiolímpica e infantil cobertas e aquecidas, deck, vestiários feminino, masculino e familiar e o solário também estão nesse pavimento (figura 42).
Figura 41: Teatro. Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
Figura 42: Piscina. Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
No térreo, uma ampla área de convivência com espaço pra exposições, uma livraria, loja de presentes e espaço para brincadeiras (figura 43). No mezanino há uma cafeteria e comedoria, assinada pelo escritório Mattar Design (figura 44). Logo ao lado da comedoria, uma área equipada com computadores destinada aos frequentadores (figura 45) e também uma passarela (figura 46) que passa sobre a área das piscinas, o solário (figura 47) e dá acesso a essas áreas.
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Figura 44: Comedoria. Figura 43: Área de convivência.
Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
Figura 45: Área de internet.
Figura 46: Passarela.
Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
Figura 47: Solário. Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
No 1º pavimento estão as salas de expressão corporal e uma academia de ginástica multifuncional, espaço para amamentação, fraldário, 4 consultórios de tratamento odontológico, salas de ginástica e academia (figura 48, 49 e 50).
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Figura 48: Odontologia.
Figura 49: Academia.
Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
Figura 50: Administração. Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
No 2º pavimento, a área de esportes conta com ginásio poliesportivo coberto, área para brincadeiras, tênis de mesa, oficina cultural multiuso, vestiários e sala de apoio (figura 51, 52 e 53).
Figura 52: Área de jogos. Figura 51: Ginásio poliesportivo. Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
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Figura 53: Vestiário. Fonte: Autoria própria, em 23/02/2019.
3.1.5 Projeto Arquitetônico Planta 2º subsolo
Figura 54: Planta 2º subsolo. Fonte: Sesc Santana São Paulo, Miguel Juliano Arquitetura, Arcoweb, 2006.
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Planta 1º subsolo
Figura 55: Planta 1º subsolo. Fonte: Sesc Santana São Paulo, Miguel Juliano Arquitetura, Arcoweb, 2006.
Planta térreo
Figura 56: Planta térreo. Fonte: Sesc Santana São Paulo, Miguel Juliano Arquitetura, Arcoweb, 2006.
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Planta mezanino
Figura 57: Planta mezanino. Fonte: Comedoria do Sesc Santana São Paulo, Mattar Design, Arcoweb, 2006.
Planta 2º pavimento
Figura 58: Planta 2º pavimento. Fonte: Sesc Santana São Paulo, Miguel Juliano Arquitetura, Arcoweb, 2006.
Não foi encontrada a planta do 1º pavimento.
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Corte esquemático
Figura 59: Corte esquemático. Fonte: Sesc Santana São Paulo, Miguel Juliano Arquitetura, Arcoweb, 2006.
Corte transversal
Figura 60: Corte transversal. Fonte: Sesc Santana São Paulo, Miguel Juliano Arquitetura, Arcoweb, 2006.
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Corte piscina
Figura 61: Corte piscina. Fonte: Sesc Santana São Paulo, Miguel Juliano Arquitetura, Arcoweb, 2006.
3.1.6 Análise Crítica Com a visita ao Sesc Santana foi possível conhecer presencialmente como funcionam os grandes centros culturais, modelo semelhante ao que será elaborado nesse trabalho. Pode-se compreender a importância que os edifícios de modelo Sesc têm para a comunidade e motivo do rápido crescimento de equipamentos de cultura e lazer, lidando com áreas de interesse popular. Nota-se a infraestrutura do local e a abrangência dos serviços prestados pelo Sesc, como lazer, esporte e saúde gratuitos ao alcance da população. A setorização e os métodos construtivos usados para obter mais conforto e acessibilidade dos usuários, são pontos interessantes para referências projetuais. O edifício foi setorizado de forma que os serviços e manutenção fica próximo ao estacionamento, acima o teatro com a cafeteria e os apoios. Já no hall de entrada, que é acessado pela entrada principal do prédio, existe uma área de convivência anexada as circulações verticais, os setores de esporte, cultura, saúde e administração tem uma setorização marcante. A forma como foi organizada o programa no projeto chama muita atenção, e serve como grande referência para a elaboração de um projeto de modelo Sesc.
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3.2 CENTRO DE ESPORTES RADICAIS – SÃO PAULO 3.2.1 Ficha Técnica ● Localização: Avenida Presidente Castelo Branco, nº 5.700, Bom Retiro, São Paulo – SP ● Projeto: 2016 ● Equipe: Jean Wainer (Parkour) e Blue Herbert (pista de Pump Track) ● Área do terreno: 38.500m² 3.2.2 Descritivo O primeiro Centro de Esportes Radicais da cidade de São Paulo foi inaugurado em março de 2016, o equipamento de lazer com área de 38.500m², é um dos maiores da América Latina nessa categoria. Direcionado para prática de skate, patins, patinete, bike e parkour, o local é de fácil acesso, paralelo a Marginal Tietê, e ao lado do Estádio Municipal de Beisebol Mie Nishi e próximo ao Clube Tietê. Essa era uma área da cidade que estava completamente esquecida e combina com o Clube Tietê como um conjunto de equipamentos esportivos na margem do Tietê, que será muito utilizada pela juventude de São Paulo, do centro e da periferia. O povo virá para cá, porque tudo o que tem de melhor em termos de desenho e formato dos circuitos está nesse local. (Haddad, prefeito Fernando, 2016, inauguração do Centro).
O espaço funciona todos os dias da semana das 8 às 22 horas, com entrada e uso gratuitos, sendo obrigatório o uso do capacete em todas as pistas. Mas Secretaria Municipal de Esportes e Lazer incentiva e orienta o uso de equipamentos de proteção, joelheiras, cotoveleiras e proteção para o punho, em todas as atividades. Antes da construção do parque existia um ginásio de Sumô no terreno, o qual foi agregado ao projeto do centro esportivo o ginásio, para usá-lo deve-se procurar a administração e ágar uma taxa que varia conforme o período de utilização, diurno R$23,00 e noturno R$45,00. O campo de Beisebol que também já estava no local foi ampliado e recebeu alguns reparos, mas também deve-se fazer uma reserva e pagar uma taxa de R$80,00 a hora diurna e R$ 159,00 a hora noturna. O local oferece aulas para iniciantes, gratuitamente, a administração que é responsável pelo agendamento. Aos finais de semanas, também é disponibilizado monitores para orientar a prática das atividades esportivas oferecidas no local.
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O objetivo do Centro é incentivar atividades esportivas, para todos de forma gratuita. As pistas foram planejadas junto aos atletas, de forma que os circuitos atendam completamente as necessidades dos usuários, desde os atletas mais experientes aos iniciantes, e para a acessibilidade de todos existem três níveis de pista Pump Track, iniciantes, intermediária e avançada. O espaço de 650m² para à prática exclusiva do Parkour, é o primeiro local projetado para a modalidade em São Paulo, equipado para que os praticantes consigam executar os movimentos de forma segura e confortável. Para o público da terceira idade foi instalado equipamentos de ginástica e alongamento, modelo usado em muitos parques da cidade. O local pode ser usado apenas para lazer, conta com uma pista de caminha e uma ciclovia, além da área de convivência onde pode ser realizado piqueniques e o praça de eventos. Pensando na sustentabilidade e segurança, o equipamento conta com 134 luminárias LED, garantindo uma luminosidade e economia de energia elétrica. A acessibilidade foi um elemento considerado no projeto, o playground projetado para as crianças é todo adaptado para deficiente físicos, e pensando na segurança e saúde deles alguns brinquedos são feitos com pneus anti-dengue. A vegetação está em estágio inicial de sucessão, composta por remanescente de Mata Atlântica. 3.2.3 Programa Arquitetônico O Centro de Esportes Radicais de São Paulo conta com uma variedade de modalidades de esportes e lazer, os amantes de esportes radicais poderão desfrutas das pistas de Pump Track (para bikes, skates e patins), uma Mini Ramp (para skate), Street Park (para skate, patins e bikes), espaço para Parkour além ciclovia, pista de caminhada, playground, academia ao ar livre, equipamentos de alongamento, área de convivência e praça de eventos. O local foi integral ao ginásio de sumô e o campo de Beisebol, mas essas são atividades são pagar e devem ser pré-agendadas. O Parkour começou a cair no gosto dos jovens por volta de 2004, um esporte de obstáculos onde é usado apenas o corpo para realizar os movimentos, utilizando técnicas de corrida, salto, equilíbrio e escalada. O espaço dedicado a prática do esporte no Centro conta com obstáculos horizontais e verticais de diferentes níveis, o local foi desenhado pelo empresário Jean Wainer, praticante do esporte há mais de 10 anos, "Para construi-la, me baseei nos obstáculos que vemos nas ruas. Esse esporte nos ensina a reconhecer riscos e enfrentar dificuldades. Ele exige criatividade
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dos praticantes para trabalhar com os desafios de infinitas formas diferentes" (Wainer para o portal G1, 2016). Para os amantes do skate, o Centro conta com uma Mini-Ramp em formato de U com 480m², voltado para prática da modalidade Vertical, esse espaço ainda pode ser usado por BMX e patins in-line. A Street Park que é composta por pistas para skatista, patinadores e ciclistas, composta por rampas e escadarias com objetivo de simular o espaço urbano. O espaço pode ser usado também por cadeirantes, na categoria Hardcore Sitting. O conjunto conta com duas pistas para a modalidade vertical, uma Banks, espécie de piscina, mais rasas para iniciantes e uma Bowl com inclinação de quase 90 graus, para os mais experientes. Segundo a Secretaria Municipal de Esporte a pista é a terceira maior do estado e foi escolhida para compor o espaço devido o skate ser o segundo esporte mais praticado no país, segundo o secretário municipal Walid Shuqair. Mas o grande destaque do Centro de Esportes Radicais são as pistas de Pump Track, modalidade que vem ganhando espaço no Brasil, a atividade é realizada em um circuito com início, meio, mas nunca um fim, onde o praticante ganha velocidade na medida em que passa pelos obstáculos, sem ser necessários impulsionar. As pistas ainda podem ser usadas por patins e skate além das bicicletas, os projetos das pistas ficaram na responsabilidade do Blue Herbert, atleta que pratica BMX (bikes de aro 20 geralmente sem freio) há pelo menos de 20 anos, ele explica que o objetivo é despertar a curiosidade das pessoas e incentivar a prática da modalidade "O sonho é que este tipo de pista não seja mais novidade dentro de dois anos e que haja demanda suficiente para um parque um pouco maior". O local conta com três pistas de diferentes níveis, a empresa pioneira no país fala que a ideia é que o espaço seja aproveitado tanto pelos iniciantes quanto aquelas que já dominam o esporte. A pista iniciante de 100m lineares são para aqueles que nunca tiveram contato com o esporte, a pista de 130m lineares para os que já dominam alguns movimentos de embalo e curvas do nível iniciante, já para os atletas dominantes da modalidade a pista de nível avançado com 220m lineares.
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3.2.4 Relatório Fotográfico O acesso ao local se dá pelo portão de entrada de veículos, seguindo adiante o estacionamento (figura 62 e 63), em frente as vagas foram dispostas os sanitários que atendem a praça de eventos (figura 64 e 65). No dia da visita não foi visto nenhum monitor, conforme informações encontradas na internet, mas havia segurança em toda a extensão do espaço, inclusive controlando a entrada de veículos.
Figura 62: Acesso.
Figura 64: Sanitários.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Figura 63: Estacionamento.
Figura 65: Praça de eventos.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Ao lado direito da praça está localizado as pistas para prática de skate, mas que também podem ser usadas por patins e bikes. A Street Park composto por pistas e arquibancada (figura 66, 67 e 68), e duas pistas Bowl e Banks (figura 69 e 70).
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Figura 66: Pista de Skate.
Figura 68: Arquibancada.
Fonte: Autoria prรณpria, em 16/02/2019.
Fonte: Autoria prรณpria, em 16/02/2019.
Figura 67: Pista de Skate.
Figura 69: Pista Bowl.
Fonte: Autoria prรณpria, em 16/02/2019.
Fonte: Autoria prรณpria, em 16/02/2019.
Figura 70: Pista Banks. Fonte: Autoria prรณpria, em 16/02/2019.
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Ao lado do Street Park inicia a pista de caminhada paralela a ciclovia (figura 71) e a academia ao ar livre, em frente ao ginásio de Sumô (figura 72 e 73), o qual não foi acessado pois se encontrava fechado.
Figura 71: Pista de caminhada e ciclovia. Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Figura 72: Academia ao ar livre.
Figura 73: Ginásio de Sumô.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Entre a pista de caminha e o ginásio foi implantado a Mini-Ramp, e logo a diante fica disposto a pista de Pump Track para iniciantes (figura 74 e 75), e parte dela se encontra com uma das áreas de convivência, equipada mesas e bancos (figura 76). Foi notado que em toda a extensão do Centro existem bebedouros e lixeira instalados
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em pontos estratégicos, muitas vezes próximos aos locais onde ocorrem as atividades esportivas.
Figura 74: Mini-Ramp.
Figura 75: Pista de Pump Track para iniciantes.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Figura 76: Áreas de convivência. Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Próximo da Mini-Ramp e a pista de Pump Track estão as instalações do playground e a academia para a primeira idade (figura 77 e 78). Existem duas pontes que passam em cima de um córrego que dão aceso ao campo de beisebol, mas no dia da visita ambas se encontravam interditadas. Seguindo em direção aos fundos do Street Park estão os equipamentos de alongamento, próximos ao espaço destinado a prática de Parkour e do Slackline, que no dia não está sendo utilizada por nenhum praticante (figura 79, 80 e 81).
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Figura 77: Playground.
Figura 79: Equipamentos de alongamento.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Figura 78: Academia para a primeira idade.
Figura 80: Espaço para Parkour.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Figura 81: Espaço para Slackline. Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
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Na outra extremidade da praça de eventos, fica mais um dos espaços de convivência (figura 82), em frente a segunda pista de Pump Track de nível intermediário (figura 83 e 84). A ciclovia e a pista de caminha percorrem por todos os espaços do Centro, chegando até o limite do local contornando a pista de Pump Track de nível avançado (figura 85 e 86).
Figura 82: Espaços de convivência.
Figura 84: Pista de Pump Track de nível
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
intermediário. Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Figura 83: Pista de Pump Track de nível
Figura 85: Pista de Pump Track de nível
intermediário.
avançado.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
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Figura 86: Pista de Pump Track de nível avançado. Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
3.2.5 Projeto Arquitetônico Implantação
Figura 87: Implantação Centro de Esportes Radicais. Fonte: Autoria própria, em 16/02/2019.
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3.2.6 Análise Crítica O Centro de Esportes Radicais de São Paulo é um projeto de grande importância e serve como uma ótima referência na modalidade de equipamentos de esporte e lazer, devida a sua estrutura e destaque das pistas executadas, muitas no quesito de grandeza. Para a melhor elaboração do projeto e com o objetivo de alcançar as expectativas do público, a prefeitura entendeu que a melhor alternativa era executar junto aos atletas de cada modalidade. Essa alternativa teve bons resultados, após a inauguração muitos praticantes experimentaram e deram ótimos feedbacks referente a execução das instalações. A escolha da visita se deu pela representatividade do local, que além de ocupar uma área que estava esquecida na cidade integrou as atividades que ali próximo já existia, como o ginásio de Sumô e o campo de Beisebol. Um ponto negativo que foi notado na visitação foi a falta de manutenção de alguns equipamentos, como as pontes de passagens e alguns brinquedos para crianças especiais. Devido ao fato da flora está em estágio inicial alguns dos espaços para convivência falta sombra, a visita foi realizada no período da tarde em um dia com temperaturas bem altas, e muitas famílias se acomodaram de forma adaptável em baixo de árvores maiores e os espaços destinados para tal uso estavam vazios. 3.3
SECRETARIA
MUNICIPAL
DE
CULTURA
E
TURISMO
DE
ITAQUAQUECETUBA 3.3.1 Ficha Técnica ● Localização: Avenida João Fernandes da Silva, n.º 53, Vila Virgínia, Itaquaquecetuba - SP 3.3.2 Descritivo A Secretaria Municipal de Cultura de Itaquaquecetuba está localizada próximo ao centro da cidade, ao lado da prefeitura e câmara dos vereadores, mas ganhou essa nova estrutura a cerca de um ano. O prédio conta com três pisos, térreo, mezanino e primeiro pavimento, onde é disposto as atividades culturais da cidade, cursos, exposições, biblioteca e apresentações. O local funciona de segunda a sexta, das 8:30 ás 17:00, nas terças e quintas até as 21:00 por conta de alguns cursos noturnos, e em alguns sábados o local abre para ensaios de algumas atividades. Os cursos oferecidos ao público são totalmente
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gratuitos e os interessados devem ficar atentos as agendas das aberturas de vagas, procurar a secretaria, se inscrever, realizar um teste de aptidão sendo aprovado a matricula é feita após a entrega dos documentos para cadastro. Alguns cursos que antes eram ofertados tiveram que fechar devido à falta de estrutura, como a banda marcial que carecia de uma sala ampla e o novo prédio não possui nenhum espaço para atender. Outro exemplo é o curso de teatro, que tinha sido fechado por falta de professor, recentemente houve a contratação de um novo docente e as vagas estão abertas e iniciaram assim que formar turmas mas para desenvolver as atividades do curso é necessário um local espaçoso além do deposito para cenários e figurinos, por isso o curso será realizado no museu da cidade, próximo a secretaria, o local não está totalmente preparado mas projetos estão seno executados para atender esse curso que sempre foi um dos mais procurados. Conversamos com o novo professor que nos informou que serão dadas aulas para duas categorias, jovens de 12 a 16 anos e para adultos até 40 anos, as turmas serão formadas por 25 pessoas em dois períodos, manhã e tarde, as aulas noturnas irão depender do número de inscritos. Acessando ao prédio temos o espaço de exposição e eventos, na esquerda foi executada algumas salas com divisórias onde se encontra a recepção e algumas salas de aula. Já o mezanino é ocupado pela área administrativa, e o último andar pelas salas de aula e a biblioteca. A circulação vertical acontece por meio de escadas e elevador, próximo à entrada está instalado o elevador, junto a uma das escadas, que dá acesso a todos os andares, e na outra extremidade do prédio uma escada que dá acesso ao mezanino. 3.3.3 Relatório Fotográfico A Secretaria Municipal de Cultura oferece cursos de música, dança, instrumentos e capoeira (figura 88). Quando houve a mudança de prédio, a biblioteca da cidade foi integrada no novo espaço, utilizam um sistema onde estão cadastrados todos os livros e as pessoa que fizeram a carteirinha, para retirada de algum exemplar é necessário apresentar a carteirinha após 7 dias devolver ou renovarem o empréstimo. O acervo conta com literatura brasileira e internacional, enciclopédias e livros didáticos (figura 89 e 90).
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Figura 88: Secretaria Municipal de Cultura de
Figura 89: Acesso pela R. Ribeirão Preto.
Itaquaquecetuba.
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
Figura 90: Acesso pela R. Ribeirão Preto. Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
A sala da biblioteca dá acesso a sala de instrumentos, onde é ministrado o curso de teclados, as aulas são para crianças de 6 a 12 anos e para adultos, as duas professoras explicaram que as aulas acontecem de forma dinâmica, podendo ser individuais ou coletivas, pois é ensinado a parte teórica e prática, porém os alunos devem levar o seu instrumento para as aulas, pois no local existe apenas um teclado e dois pianos, quantidade que não atendem a todos os alunos (figura 91 e 92).
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Figura 91: Sala de instrumentos.
Figura 92: Sala de instrumentos.
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
No último andar também está localizado a sala para curso de violão, o curso é para jovens a partir de 12 anos, adultos e terceira idade. Cada turma é formada por 10 pessoas, e atualmente existem 18 turmas formadas, mas o professor informou que a procura é muito maior do que a demanda que eles conseguem atender. E assim como as aulas de teclado, cada aluno deve levar seu instrumento (figura 93 e 94).
Figura 93: Sala para curso de violão.
Figura 94: Sala para curso de violão.
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
As aulas de ballet, jazz e dança do ventre é ministrado por uma única professora, totalizando 15 turmas semanais (figura 95 e 96). O curso de ballet é separado por de idade baby class de 6 a 7 anos, preparatório de 8 a 10, juvenil e adultos até os 40 anos, já os cursos de jazz e dança do ventre são turmas com idades
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misturada. Os grupos são formadas por 6 até 28 pessoas. Na sala de dança também acontece as aulas de Karatê e Tai Chi Chuan no período da manhã.
Figura 95: Sala de dança.
Figura 96: Sala de dança.
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
A sala de canto e coral estava fechada, pois não havia aulas no dia da visita. Então fomos para o primeiro andar, o espaço na entrada do prédio acontece aulas, exposições e apresentações, acomoda até 350 pessoas sentadas (figura 97). No dia da visita estava tendo aula de expressão corporal, as turmas são divididas por idade crianças, adolescentes, adultos e terceira idade, ocorre 5 turmas por dia com até 20 pessoas, tem como objetivo desenvolver coordenação motora através de vários ritmos como funk e zumba (figura 98).
Figura 97: Espaço para eventos.
Figura 98: Curso de expressão corporal.
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
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O curso de capoeira acontece em uma sala ao lado do espaço de exposições, as turmas menores, das crianças com até 10 pessoas, o professor prioriza o uso da sala para que não aja distrações externas, já a turma com os jovens e adultos acontece na maioria das vezes no espaço de exposições, por conta do tamanho ser mais adequado para a prática de alguns golpes e a quantidade de pessoas que chega até 28 (figura 99).
Figura 99: Sala capoeira. Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
3.3.4 Análise Crítica A secretaria de cultura atende muitas crianças, alguns jovens e poucos adultos, devido à dificuldade de se adequar o horário com os deveres do trabalho e família. A nova estrutura supri bem melhor muitos cursos, como o de música que tem uma acústica mais adequada e o de danças, porém muitos cursos ainda carecem de um espaço com estrutura adequada para cada atividades, muitos tiveram fim por conta da falta de espaço. Outra carência do município é de um espaço para apresentação, o local da secretaria atende muito bem as pequenas exposições, mas não para as apresentações que ocorrem durante o ano e no final do ano com maior frequência devido a formatura das turmas de cada curso. A visita no local só afirmou o quanto a cidade precisa de um local para receber esses eventos, como peças teatrais, danças e musicais. Alguns cursos são muito procurados, como o de ballet e capoeira, mas alguns locais da cidade acabam atendendo essa procura, como o CRAS. Os cursos de
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instrumentos são bem populosos também, mas o fato do aluno precisar do instrumento para fazer as aulas e treinar, pois não existe uma estrutura que atenda esses alunos em horas além das aulas para treino, faz com que muitos não se inscrevam na modalidade. Todos os uniformes são custeados pelos alunos, mas os figurinos e cenários para as apresentações são produzidas no próprio local para diminuir custos e ser acessível para mais pessoas. Apesar da boa localidade a prefeitura não disponibiliza transporte gratuito para os alunos o que dificulta o acesso para os bairros mais distantes e carentes. Quanto a setorização do prédio foi feita algumas adaptações para atender o programa, como salas feitas de divisórias, que acabam interferindo na acústica de cada aula. E mesmo assim algumas aulas ocorrem no espaço de exposição por conta da quantidade de alunos, ou até mesmo em outro prédio como o curso de teatro. Outra dificuldade que eles encontram é a falta de equipamentos e mobiliários, por conta disso algumas atividades não são praticadas, para as apresentações, por exemplo, é necessário o empréstimo de cadeiras de outras secretarias municipais. 3.4 CRAS - JD. CAIUBY 3.4.1 Ficha Técnica ● Localização: R. Ribeirão Preto, nº 09, Jd. Caiuby, Itaquaquecetuba – SP ● Inauguração: 25 de junho de 2008 3.4.2 Descritivo O CRAS (centro de referência de assistência social) é um equipamento de assistência social com o objetivo de facilitar o acesso da comunidade aos serviços, benefícios e projetos sociais, através de ações comunitárias como palestras, eventos e campanhas. Atua junto à comunidade na solução dos problemas locais como violência, trabalho infantil, acessibilidade, transportes, baixa qualidade nos serviços e espaços de lazer e cultura. E apesar de ser um equipamento com objetivo diferente do de cultura, esporte e lazer, ele oferece oficinas, cursos e atividades para a comunidade. O CRAS do Jd. Caiuby além dos programas sociais como o Cadastro Único e o Programa Bolsa Família, oferece de culinária, crochê, capoeira, pintura em tecido, decoração de eventos, empregabilidade e atividade física para a terceira idade.
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3.4.3 Relatório Fotográfico O CRAS Jd. Caiuby foi implantado em uma antiga residência (figura 100 e 101), foi realizado apenas algumas modificações internas para atender a estrutura.
Figura 100: Vista da R. Ribeirão Branco.
Figura 101: Vista da R. Ribeirão Preto.
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
Apesar do terreno ser de esquina o acesso é apenas por uma das ruas, mas é necessário percorrer um corredor em formato de “L” para entrar na construção (figura 102 e 103).
Figura 102: Acesso pela R. Ribeirão Preto.
Figura 103: Entrada pela lateral direita da
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
construção. Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
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As salas de esperas são os primeiros ambientes que temos acesso (figura 104), do lado esquerdo, temos a recepção em seguida a sala administrativa e brinquedoteca que atualmente funciona como sala administrativa (figura 105 e 106).
Figura 104: Sala de espera interna e externa.
Figura 105: Recepção e acesso a sala
Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
administrativa. Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
Figura 106: Acesso a brinquedoteca pela recepção. Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
Do lado direito da primeira sala de espera, temos um corredor de acesso as salas onde acontece as atividades (figura 107), no dia da visita não estava acontecendo nenhuma atividade, por isso todas as salas se encontravam fechadas.
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Figura 107: Acesso a salas de atividade. Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
Em conversa com o professor Vinicius Henrique dos Santos, instrutor de Capoterapia de 832 alunos da terceira idade, que é contratado pela empresa ACALEDE que presta serviço para a prefeitura, questionou a falta de um local segura e adequado para realizar suas atividades. A empresa que terceiro tal serviço para a prefeitura também é responsável pelo fornecimento dos materiais como tatame e pilares, mas infelizmente mesmo com essa disponibilidade o professor não tem como trabalhar todos as suas metas pela falta de espaço, pois os exercícios acontecem nas salas da unidade do CRAS e a estrutura oferecida permite apenas a pratica da Capoterapia básica (figura 108).
Figura 108: Capoterapia para terceira idade no CRAS Jd. Caiuby. Fonte: Fornecida pelo professor Vinicius, 2019.
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Capoterapia é um projeto criado em Brasília pelo mestre Gilvan, ajuda na redução de medicações, alimentação, relações sociais, prevenção de doenças, retardamento de diagnósticos, redução de estresse e qualidade de vida. Trabalha com a dicção através da contagem dos exercícios, músicas e exercícios físicos desenvolvidos especialmente para os idosos. O mestre também questionou sobre a falta de um local seguro para realizar algumas atividades externas como caminhadas, pois elas seriam realizadas com cerca de 30 a 50 idosos, mas isso não ocorre já que não existe nenhuma estrutura que atenda tal necessidade. Vinicius também é responsável pela a criação do projeto independente “Criança Longe das Drogas”, há cerca de 3 anos, onde todos os sábados no bairro Jd. Amazonas oferece aulas de capoeira para crianças, jovens e adultos, com objetivo de reduzir o número de dependentes químicos. 3.4.4 Projeto Arquitetônico Implantação
Figura 109: Croqui implantação CRAS Jd. Caiuby. Fonte: Autoria própria, em 20/03/2019.
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3.4.5 Análise Crítica O CRAS tem como objetivo oferecer serviços de assistência social para a comunidade, mas o objetivo de visitar a unidade se deu devido aos cursos e oficinas que são ofertadas aos moradores. Por não ter a proposta principal de atender essas necessidades do bairro, o local não tem uma estrutura compatível para tais atividades, o que foi interessante visualizar e conversar com um dos professores para entender essa carência. A conversa com o professor da terceira idade foi proposital, por ser o único local onde oferece tal serviço voltado especialmente aos idosos. 3.5 ANÁLISE COMPARATIVA - VISITAS Cada visita tinha um objetivo diferente, apesar de todas servirem para compreender como acontece as atividades que estão sendo pensadas para esse trabalho, cada local tem uma proposta, programa e organização distinto. O Sesc é uma grande referência de centro de cultura, a forma como é setorizado e organizado sua circulação são bons exemplos a serem seguidos, apesar de ter um programa maior do que desenvolveremos nesse projeto, podemos usar a disposição do projeto como base. O Centro de Esportes Radicais é uma referência atual de equipamento de esporte e lazer, possuí instalações inovadoras do campo de atividades físicas que estão sendo crescendo cada vez mais nos centros urbanos. As visitas realizadas na cidade de Itaquaquecetuba tinham como objetivo entender as estruturas existentes que hoje atende a população na modalidade cultura, o que foi observado a carência que a cidade tem nesse quesito. A Secretaria de Cultura está em uma nova instalação, mas que ainda necessita de muitas melhoras, principalmente de um espaço onde os alunos possam apresentar os trabalhos desenvolvidos durante o curso, já que na cidade não existe nenhum teatro, auditório ou semelhante. O CRAS não é um equipamento de cultura ou esporte, mas é o único local que oferece atividades para a terceira idade, mas como dito anteriormente a estrutura oferecida impossibilita o desenvolvimento total dos exercícios. O que comprova a necessidade de elaborar um equipamento onde atenda todas essas deficiências, de forma segura, confortável, acessível e eficiente.
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4. ÁREA DE INTERVENÇÃO A implantação do Centro de Cultura e Esporte, projeto desenvolvido nesse trabalho, será no bairro de Jd. Caiuby, no município de Itaquaquecetuba pertencente ao estado de São Paulo. 4.1 ESTADO: SÃO PAULO Em 1532 foi iniciado a colonização, por Martim Afonso de Sousa que fundou a vila São Vicente, a exploração dos bandeirantes levou a expansão do domínio português na América do Sul, mas foi após a independência que São Paulo ganhou um aumento populacional e econômico. A capital de São Paulo hoje é o maior polo econômico e a maior cidade da América do Sul, e isso começo na década de 60, a chegada de uma empresa automobilística no ABC paulista em 1950 trouxe muitos migrantes devido à falta de mão de obra ocasionando o aumento populacional da região metropolitana. Na região central do território paulista o clima é o tropical de altitude, caracterizado por seca no inverno e temporada de chuvas durante o verão, com temperatura média superior a 22ºC, mas algumas áreas serranas são inferiores a 22ºC. Já na região noroeste do estado o clima é tropical chuvoso, caracterizado por temperaturas significativamente mais quentes e inverno bastante seco, com temperaturas médias superiores a 18ºC. Na região sul o clima tropical, temperaturas elevadas no verão, mas não possui seca no inverno. Nas áreas de Serra do Mar e Serra da Mantiqueira, o verão é mais ameno e chuvoso, com as temperaturas mais baixas do estado. No literal o clima tropical chuvoso, sem estação de seca. Possuindo 645 municípios o estado tem limites com Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e o Oceano Atlântico. Segundo dados estatísticos do IBGE o estado de São Paulo tem 248.219,627 km², sendo o 12º maior de expansão territorial, mas o tem maior índice populacional (figura 110 e 111).
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Figura 110: Índice territorial estado de São Paulo. Fonte: Estado São Paulo, panorama, IBGE, 2017.
Figura 111: Índice populacional estado de São Paulo. Fonte: Estado São Paulo, panorama, IBGE, 2017.
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São Paulo tem o maior número de jovens matriculas no país, uma pesquisa feita pelo IBGE em 2017 apontou que 5.276.326 matriculas no ensino fundamental e 1.802.429 matrículas no ensino médio (figura 112 e 113).
Figura 112: Matriculas ensino fundamental no estado de São Paulo. Fonte: Estado São Paulo, panorama, IBGE, 2017.
Figura 113: Matriculas ensino médio no estado de São Paulo. Fonte: Estado São Paulo, panorama, IBGE, 2017.
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Além da sua economia e densidade demográfica São Paulo também é conhecido pelas suas atividades culturais, o governo criou até um portal onde pode ser consultado os espaços, projetos e agenda de eventos cadastrados, SP Estado da Cultura, nesse site alguns dados estatísticos são fornecidos, existem 2.986 agentes cadastrados e 76 agentes das 737 Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, além dos 4.483 espaços de cultura cadastrados. O portal disponibiliza também um Mapa Cultural, desenvolvido pelo Instituto Tim, com objetivo de identificar os espaços do estado, os gestores, colaboradores e usuários, auxiliando os gestores na elaboração da agenda cultural, existem 3.086 locais no mapa e mais 1.397 espaços sem localização (mapa 3). A pesquisa também pode ser filtrada por Áreas e Tipos, utilizamos filtros relacionados a esportes em ambas as abas notamos uma redução grande dos pontos no mapa, com apenas 18 locais e mais 25 espaços sem localização (mapa 4).
Mapa 3: Cultural do estado de São Paulo. Fonte: Estado São Paulo, Espaços, SP Estado da Cultura, 2019.
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Mapa 4: Espaços esportivos no estado de São Paulo. Fonte: Estado São Paulo, Espaços, SP Estado da Cultura, 2019.
4.2 CIDADE: ITAQUAQUECETUBA A cidade de Itaquaquecetuba é um município do estado de São Paulo (mapa 5), distante 1.036 quilômetros do Distrito Federal, seus principais acessos são pelas Rodovia João Afonso de Souza Castellano (SP-66), Rodovia Alberto Hinoto (SP-56), Rodovia Pedro Eroles (SP-88), Rodovia Ayrton Senna (SP-70) e Rodoanel Mário Covas (SP-21), e também é servido pelos transportes públicos metropolitanos e a Linha 12 Safira da CPTM.
Mapa 5: Cidade de Itaquaquecetuba no estado de São Paulo. Fonte: Itaquaquecetuba, Wikipédia, 2019.
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Itaquaquecetuba é um dos 39 municípios da Região Metropolitana do estado de São Paulo (mapa 6), localizado na sub-região Leste, distante 36 quilômetros da capital do estado. Seus limites são com Guarulhos, Arujá, Mogi das Cruzes, Suzano Poá, Ferraz de Vasconcelos e São Paulo.
Mapa 6: Região Metropolitana de São Paulo. Fonte: Região Metropolitana de São Paulo, EMPLASA, 2019.
A expedição liderada pelo padre José de Anchieta, no Brasil Colonial, formou doze aldeias a borda do rio Tietê, uma dessas aldeias era Itaquaquecetuba fundada em 1560, com o objetivo de aumentar a defesa. Muitas questões sobre a fundação da cidade, mas se sabe que em 1624 o Padre João Álvares resolveu junto aos missionários jesuítas construir uma Igreja em glorificação a Nossa Senhora d´Ajuda (figura 114) para catequizar os índios Guaianases que habitavam a região. No século XIX alguns donatários saíram de São Miguel e se instalaram ao redor da Igreja de Nossa Senhora D'Ajuda, tornando a capela o marco inicial para o núcleo de povoação da cidade. O primeiro censo demográfico levantado foi datado em 1765, com 59 casa, 117 e 109 mulheres, sem detalhes de idades e raças. Após esse período, a cidade se tornou um distrito de Mogi das Cruzes, e foi nesse tempo que aconteceu a construção da primeira estação ferroviária de Itaquaquecetuba, em 1925, responsável pelo seu crescimento que levou a sua emancipação em 1953, se tornando uma das cidades
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mais antigas do estado de São Paulo. Itaquaquecetuba vem do tupi, sua primeira forma taquaquicé-tuba, que significa “abundância de taquaras que cortam”, por conta da existência de imenso taquaral, margeando os rios Tietê e Tipóia, na da fundação da aldeia.
Figura 114: Paróquia Nossa Senhora D'Ajuda. Fonte: Paróquia Nossa Senhora D'Ajuda, Facebook, 2018.
Itaquaquecetuba tem um clima tropical, com temperaturas entre 12 °C a 28 °C (gráfico 1), com céu mais encoberto por nuvens entre outubro e março (gráfico 2).
Gráfico 1: Temperaturas na cidade de Itaquaquecetuba. Fonte: Cidade de Itaquaquecetuba, Clima característico durante o ano, Weather Spark, 2019.
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Gráfico 2: Faixa de nebulosidade na cidade de Itaquaquecetuba. Fonte: Cidade de Itaquaquecetuba, Clima característico durante o ano, Weather Spark, 2019.
O período mais agradável em níveis de conforto em umidade é entre maio e setembro, nos outros meses costuma ter condições mais abafadas (gráfico 3).
Gráfico 3: Conforto em umidade na cidade de Itaquaquecetuba. Fonte: Cidade de Itaquaquecetuba, Clima característico durante o ano, Weather Spark, 2019.
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A precipitação fica maior entre outubro e abril, apresentando somente chuva, somente neve ou uma mistura de ambas, mas em janeiro tem uma probabilidade máxima de 69% de somente chuva (gráfico 4).
Gráfico 4: Precipitação na cidade de Itaquaquecetuba. Fonte: Cidade de Itaquaquecetuba, Clima característico durante o ano, Weather Spark, 2019.
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Em relação ao sol, os dias mais curtos são no mês de junho e os mais longos em dezembro (gráfico 5).
Gráfico 5: Incidência solar na cidade de Itaquaquecetuba. Fonte: Cidade de Itaquaquecetuba, Clima característico durante o ano, Weather Spark, 2019.
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Os ventos predominantes durante maio e julho vem do Norte, e Leste no outro período, e a época com ventos mais fortes é entre agosto e dezembro (gráfico 6).
Gráfico 6: Conforto em umidade na cidade de Itaquaquecetuba. Fonte: Cidade de Itaquaquecetuba, Clima característico durante o ano, Weather Spark, 2019.
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Segundo dados do IBGE, 2010, a cidade tinha uma população de 321.770 pessoas com estimativa de 366.519 pessoas em 2018, ocupando a 20º posição da cidade com maior densidade populacional do estado de São Paulo (figura 115), com uma área territorial de 82,622 km².
Figura 115: Índice territorial cidade de Itaquaquecetuba. Fonte: Cidade de Itaquaquecetuba, panorama, IBGE, 2017.
Os dados do IBGE de 2010 mostram uma taxa de escolarização de 96,4% de 6 a 14 anos (figura 116), e em 2017 apresentou 49.070 matrículas no ensino fundamental e 17.423 matrículas no ensino médio.
Figura 116: Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade em Itaquaquecetuba. Fonte: Cidade de Itaquaquecetuba, panorama, IBGE, 2017.
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Consultando o Mapa Cultural do estado de São Paulo no site SP Estado da Cultura, foi encontrado quatros espaços culturais cadastrados a Secretaria Municipal de Cultura de Itaquaquecetuba, Biblioteca Pública Municipal Prof. Aroldo Azevedo, Pátio da Feira e o Projeto Guri - Polo CASA Itaqua 1 (mapa 7). Usamos mesmo filtro de esporte, da pesquisa anterior, mas não foi localizado nenhum no mapa da cidade com essa modalidade, porém o Ginásio Poliesportivo de Itaquaquecetuba está na lista dos 25 locais sem localização.
Mapa 7: Espaços culturais cidade de Itaquaquecetuba. Fonte: Zoom cidade de Itaquaquecetuba estado São Paulo, Espaços, SP Estado da Cultura, 2019.
4.3 BAIRRO: JARDIM CAIUBY O bairro do Jardim Caiuby é um dos mais antigos e mais populosos da cidade de Itaquaquecetuba, o que levou a infraestrutura que tem hoje de comércios e equipamentos urbanos. Prova disso é um dado histórico encontrado em uma pesquisa realizada para esse trabalho, em 1968 havia uma linha de ônibus da Viação Santa Mônica do cento da cidade até o Jardim Caiuby, com intervalos de uma hora, isso aconteceu por volta de dez anos depois da inauguração da primeira linha de Itaquaquecetuba até o centro da cidade de São Paulo, o que mostra o crescimento e destaque do bairro. Usando a ferramenta do Google Earth, analisamos o crescimento populacional em um raio de 1km do ponto onde será proposto a implantação do equipamento de cultura, esporte e lazer, a primeira imagem é de dezembro de 2008 (mapa 8), já a segunda de julho de 2018 (mapa 9).
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Mapa 8: Raio de 1km a partir do terreno de implantação, imagem 2008. Fonte: Jardim Caiuby, Google Earth, imagem histórica de dezembro de 2008.
Mapa 9: Raio de 1km a partir do terreno de implantação, imagem 2018. Fonte: Jardim Caiuby, Google Earth, imagem histórica de julho de 2018.
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Foi feito um estudo do aumento da densidade demográfica a partir dessas imagens, as manchas em amarelo feitas no mapa (mapa 10) demonstra os locais com aumento mais notável em um raio de 1km, fora do raio (manchas em azul) existe um aumento significativo nos bairros Cidade Nova Louzada, Jardim Pinheirinho, Jardim Amazonas e Jardim Rio Negro, por serem bairros mais novos ainda estão em processo de povoação, isso significa que a estrutura ainda está sendo montada, como comércios e equipamentos urbanos, o que leva os habitantes desses lugares usarem a infraestrutura do Jardim Caiuby, devido à proximidade.
Mapa 10: Manchas de aumento na densidade demográfica, imagem 2018. Fonte: Estudo realizado pelo autor, 2019.
Essa foi uma das premissas que levaram a escolha do Jd. Caiuby para implantar o Centro de Cultura e Esportes, sua potencialidade de crescimento, estrutura que atende os bairros vizinhos que se encontram mais distante do centro da cidade, onde está centralizado esses equipamentos. Mas como visto anteriormente a cidade tem um carência em equipamentos de cultura e principalmente de esporte e lazer, o projeto além de atender essas necessidades tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento do bairro a longo prazo, já que tal equipamento irá trazer visitantes
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de fora e se tornar um ponto de encontro e lazer não só para a comunidade local mas para a cidade de Itaquaquecetuba e talvez até as cidades mais próximas. 4.4 TERRENO O terreno escolhido para a implantação do Centro de Cultura e Esportes está localizado na Av. Pedro de Toledo, s/n, bairro Jardim Caiuby, CEP 08588-420 Itaquaquecetuba – SP. Com latitude de 23°26'17.06"S, longitude de 46°19'0.73"O, altitude de 773m, área de 13.036,05m² e perímetro de 646,30m (figura 117).
Figura 117: Terreno de intervenção. Fonte: Autoria própria em 05/05/2019.
Considerando essas condicionantes e usando a carta solar de Latitude 24º Sul, foi elaborado um estudo da orientação solar e os ventos predominantes no terreno (figura 118).
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Figura 118: Estudo orientação solar e os ventos predominantes no terreno. Fonte: Autoria própria em 18/02/2019.
Fizemos um estudo (mapa 11) para analisar o aumento da densidade demográfica nas quadras do entorno do terreno, usando o mesmo método do estudo anterior, como base usamos uma imagem de janeiro de 2000 (mapa 12) e outra de julho de 2018 (mapa 13). Usamos três cores de manchas para demonstrar o aumento na área rural (verde) onde se concentra as chácaras de eventos e de plantações, área de predominância residencial (azul) e a avenida principal do bairro a onde se concentra os comércios (amarelo), isso mostra que houve um aumento não só populacional mas também de comércios e serviços para atender esses novos moradores.
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Mapa 11: Manchas de aumento na densidade demográfica no entorno, imagem 2018. Fonte: Estudo realizado pelo autor, 2019.
Mapa 12: Terreno de implantação, imagem 2000. Fonte: Jardim Caiuby, Google Earth, imagem histórica de janeiro de 2000.
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Mapa 13: Terreno de implantação, imagem 2018. Fonte: Jardim Caiuby, Google Earth, imagem histórica de julho de 2018.
4.4.1 Relatório Fotográfico No dia 16 de março de 2019 foi realizado uma visita ao local para levantamento fotográfico do terreno e do entorno. O terreno tem uma grande extensão longitudinal maior que na transversal (figura 119 a 128), atualmente se encontra com mato bem alto e consequentemente com entulhos e lixos, alguns moradores utilizam o terreno para guardar veículos ou montar estruturas comerciais (figura 129 a 134).
Figura 119: Foto do terreno, vista Avenida Pedro
Figura 120: Foto do terreno, vista Avenida Pedro
de Toledo.
de Toledo.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
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Figura 121: Foto do terreno, vista Avenida Pedro
Figura 124: Foto do terreno, vista Estrada do
de Toledo.
Cuiabá com Rua Paulo de Faria.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Figura 122: Foto do terreno, vista Avenida Pedro
Figura 125: Foto do terreno, vista Rua Paulo de
de Toledo.
Faria.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Figura 123: Foto do terreno, vista Avenida Pedro
Figura 126: Foto do terreno, vista Rua Paulo de
de Toledo com Estrada do Cuiabá.
Faria.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
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Figura 127: Foto do terreno, vista Rua Paulo de
Figura 130: Estrutura de extensão do bar, vista
Faria.
Rua Paulo de Faria.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Figura 128: Foto do terreno, vista Rua Paulo de
Figura 131: Estrutura de extensão ferro velho,
Faria.
vista Rua Paulo de Faria.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Figura 129: Entulhos e materiais de construção,
Figura 132: Estrutura de extensão ferro velho,
vista Rua Paulo de Faria.
vista Rua Paulo de Faria.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
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Figura 133: Veículos estacionados no terreno,
Figura 134: Entulhos e materiais de construção,
vista Rua Paulo de Faria.
vista Avenida Pedro de Toledo.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
O terreno também é usado como passagem de pedestre da Avenida Pedro de Toledo para a Rua Paulo de Faria pelos moradores, para encurtar caminho devido a extensão da quadra (figura 135, 136 e 137).
Figura 135: Caminho feito pelos moradores, vista
Figura 136: Caminho feito pelos moradores, vista
Rua Paulo de Faria.
Rua Paulo de Faria.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
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Figura 137: Caminho feito pelos moradores, vista Rua Paulo de Faria. Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
No dia mesmo dia aproveitamos para visitar a quadra da escola, que se encontrava fechada, mas mesmo assim havia jovens jogando bola (figura 138, 139 e 140). Podemos notar a reforma que foi feita no local no início do ano de 2019, onde foi pintado a quadra, arquibancada e as paredes, instalado tela na estrutura do telhado por conta dos pombos e consertado os portões para evitar as invasões.
Figura 138: Quadra da escola, vista Avenida
Figura 139: Quadra da escola, vista Avenida
Pedro de Toledo.
Pedro de Toledo.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
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Figura 140: Quadra da escola, vista Avenida Pedro de Toledo. Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
4.4.2 Estudos do Entorno Para entender como funciona a região onde está sendo proposto o Centro de Cultural e Esportes foi realizado estudos do entorno, o primeiro foi o de uso e ocupação do solo (figura 141). Notamos que os uso em sua maioria são residenciais, existe uma área rural próxima ao terreno, destinado a plantações e chácaras de eventos, há poucas áreas industriais, e os comércios ficam concentrados na Estrada dos Índios, via principal que dá acesso ao bairro.
Figura 141: Estudo uso e ocupação do solo. Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
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Assim como as áreas industriais existem poucas áreas vazias, como vimos anteriormente a densidade demográfica teve um grande aumento nos últimos anos (figura 142).
Figura 142: Cheios e vazios. Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
O gabarito da região é baixo, o empreendimento de habitação social (em verde) é o mais alto, e a Estrada dos Índios onde está centralizada os comércios é o segundo mais alto (figura 143).
Figura 143: Gabaritos. Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
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O estudo do sistema viários e transporte público tem como objetivo identificar a intensidade dos fluxos, a Estrada dos Índios é a que tem o fluxo mais intenso, por ser a via principal de acesso ao bairro. A Avenida Pedro de Toledo também é uma rua de grande fluxo por ser passagem da linha de ônibus municipal 18TR, Jardim Alto do Pinheirinho (via UPA) – Monte Belo, exceto aos domingos devido a feira de rua (figura 144). Na Estrada dos Índios também passa a linha municipal 08TR Village – Trevo de Poá e a intermunicipal 353 Terminal rodoviário de Arujá - Residencial Village via Jardim Caiuby.
Figura 144: Sistema viários e transporte público. Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
Nas quadras próximas ao terreno de estudo existe quatro tipos de equipamentos urbanos, que demonstra a estrutura e centralidade do bairro (figura 145).
Figura 145: Equipamento urbano. Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
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Não foram encontrados mobiliários urbanos no terreno nem no entorno como lixeiras, bancos e orelhões. Foi levantado as árvores, postes de iluminação pública e o ponto de ônibus que é localizado apenas por uma placa (figura 146).
Figura 146: Mobiliário urbano. Fonte: Autoria própria, em 16/03/2019.
5. PREMISSAS LEGAIS 5.1 ZONEAMENTO O Plano Diretor Estratégico da cidade aprovado está desatualizado, pois o período era de 2006 até 2015, mas a política de desenvolvimento tinha como umas das diretrizes o investimento na autoestima dos cidadãos e melhoria dos sistemas públicos de atendimento social no campo do lazer, cultura, esporte, qualificação dos espaços públicos, educação e saúde. Inclusive na seção de segurança pública o Art. 47 item IV trata sobre a realização de “programas de inclusão social, com atividades de cultura, esportes e educação, destinada a jovens residentes em áreas vulneráveis à violência”.
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Já a seção V desenvolve sobre a Política da Cultura, do Esporte, Lazer e Recreação onde apresenta diretrizes como implantação de centros de cultura com espaço para teatro, palestras e mostras que estimulam a cultura local e regional; criação de casas de cultura em bairros para a pratica de atividades artísticas; instalações de bibliotecas em bairros populosos para que alunos tenham acesso à leitura; execução de oficinas para cursos de pintura, música, dança e desenhos para jovens e adultos; implementar espaços para lazer para realização de passeios e caminhadas; criação de pistas de skate, quadra de futebol, vôlei de areia e playground. Conforme mapa de uso do solo anexo a Lei Complementar nº 156, de 10 de julho de 2008, que dispõe sobre o uso e ocupação do solo no município de Itaquaquecetuba, o terreno está inserido na ZUEC - Zona de Uso em Consolidação (mapa 14), é permitido as categorias Residencial Unifamiliar (R1), Residencial Multifamiliar (R2), Condomínio Residencial (R3), Comércio Varejista de Âmbito Local (C1), Comércio Varejista Diversificado (C2), Serviços de Âmbito Local com área menor ou igual a 250m² (S1), Serviços Diversificados (S2), Instituições de Âmbito Local (E1), Instituições Diversificadas (E2), Condomínio Industrial (CDI) de controle especial de Comércio Atacadista (C3), Serviços Especiais (S3) e Instituições Especiais (E3) e Usos Especiais (E4) com uso sujeito a controle especial.
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Mapa 14: Zoneamento de Itaquaquecetuba. Fonte: Recorte anexo Mapa, Lei complementar nº 156/2008 de Itaquaquecetuba-SP.
Consultando o Decreto nº 6366, de 23 de setembro de 2010, que dispõe sobre as subcategorias de uso e respectivas atividades relativas ao uso e ocupação do solo, o lote se enquadra nas subcategorias E2.2 de lazer e cultura (ginásio, parque e pistas de esporte; pista de skate; quadras descobertas) e E3.2 de Lazer e Cultura (auditório para convenções, congressos e conferências; espaços e edificações para exposições). Analisando a Lei Complementar, o projeto se enquadraria nas categorias E1, E2 e E3, as duas primeiras categorias tem a mesmas descrições “estabelecimentos, espaços ou instalações destinadas à educação, saúde, lazer, cultura, assistência social, culto religioso ou administração pública, que tenham ligação direta, funcional ou espacial com o uso residencial” porém a E1 é destinada a construções com até 250m² e lotação máxima de 100 pessoas, e a E2 área de 2.500m² e lotação de 500 pessoas. Já a E3 se aplica em locais com maior
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movimentação de pessoas “estabelecimentos, espaços ou instalações destinadas à educação, saúde, lazer, cultura, assistência social, culto religioso ou administração pública, que implicam em grande concentração de pessoas ou veículos, em altos níveis de ruído, ou, em padrões viários especiais”, por ter uma maior restrição iremos considerar o uso E3 no projeto. Os lotes nas zonas ZUEC de uso E3 necessitam ter frente mínima de 20m, com área quadrada de 1.000m², o recuo frontal de 10m, recuo dos fundos de 3m, recuos laterais em construções de até dois pavimentos de 3m, não existe parâmetros para taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento e taxa de permeabilidade, conforme o quadro 1 (tabela 1) do anexo da Lei Complementar.
Tabela 1: Anexo Lei Complementar, quadro 1. Fonte: Recorte zona ZUEC, quadro 1 anexo Lei complementar nº 156/2008 de Itaquaquecetuba-SP.
5.2 NORMAS ESPECÍFICAS 5.2.1 Entradas e Rotas de Acesso Segundo a NBR 9050/2015:
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A entrada do público deve estar, preferencialmente, localizada na via de menor fluxo de tráfego de veículos. Deve existir pelo menos uma rota acessível interligando o acesso do público às áreas administrativas, de prática esportiva, de recreação, de alimentação, salas de aula, laboratórios, bibliotecas, centros de leitura e demais ambientes culturais. Todos estes ambientes devem ser acessíveis. Segundo a NBR 9077/2001: Orienta que as portas que abrem para dentro de rotas de saída, em ângulo de 180°, em seu movimento de abrir, no sentido do trânsito de saída, não podem diminuir a largura efetiva destas em valor menor que a metade, sempre mantendo uma largura mínima livre de 1,10 m para as ocupações em geral. As portas que abrem no sentido do trânsito de saída, para dentro de rotas de saída, em ângulo de 90°, devem ficar em recessos de paredes, de forma a não reduzir a largura efetiva em valor maior que 0,10m. Os acessos devem ter: - Pé-direito mínimo de 2,50 m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de portas, e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,00 m; - Ser sinalizados e iluminados com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o estabelecido nesta Norma. A distância máxima percorrida para as saídas de emergência deve ser de 30m para uma saída e 40m para duas. Segundo o Código Sanitário de São Paulo - Lei Estadual 10083/1998: Os corredores não poderão ter larguras inferiores a: I - 1,50m para servir a até 200 pessoas; II - 1,50m acrescidos de: a) 0,007m (sete milímetros) por pessoa, de 200 a 500; b) 0,005m (cinco milímetros) por pessoa, de 501 a 1.000; c) 0,003m (três milímetros) por pessoa excedente de 1.000. Segundo o Código de Obras - Lei Ordinária 509/1970 de Itaquaquecetuba: Os corredores deverão ter largura mínima de 0,90m e os edifícios de fins comerciais, a largura mínima é de 1,20m quando de uso comum. 5.2.2 Estacionamento Segundo a Lei Complementar 131/2006 de Itaquaquecetuba: O Art. 21 diz respeito ao número de vagas para automóveis, devendo obedecer ao quadro 6 anexo da lei, onde dispõe que para as categorias “E” deve-se prever 1 vaga para cada 75m² de área edificada e um espaço destinado a carga e descarga
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correspondendo a 1/3.000m² da área total construída, conforme item XII do Art. 12. E no caso o número de vagas seja superior a 500 deverá ser previsto dispositivos para entrada e saída de veículos que minimizem a interferência no tráfego da via de acesso ao imóvel. Segundo a NBR 9050/2015: A indicação de acessibilidade deve feita por meio do símbolo internacional de acesso - SIA. As saídas de garagens e estacionamentos devem possuir alarmes que emitam um sinal, com 10 dBA, acima do ruído no local, que informe a manobra de saída de veículos, o percurso entre o estacionamento e os acessos deve compor uma rota acessível. As vagas para pessoas com deficiência e para pessoas idosas devem estar a uma distância máxima de 50 m até um acesso acessível, também devem contar com um espaço adicional de circulação com no mínimo 1,20 m de largura. Segundo o Código Sanitário de São Paulo - Lei Estadual 10083/1998: Não poderá ter pé direito de altura inferior a 2,30 m na garagem. 5.2.3 Escadas e Rampas Segundo a NBR 9050/2015: Os corrimãos de escadas fixas e rampas devem ter sinalização tátil (caracteres em relevo e em Braille), identificando o pavimento. Essa sinalização deve ser instalada na geratriz superior do prolongamento horizontal do corrimão. A sinalização visual dos degraus de escada deve ser aplicada aos pisos e espelhos em suas bordas laterais e/ou nas projeções dos corrimãos, contrastante com o piso adjacente, preferencialmente fotoluminescente ou retro iluminado. Segundo o Código Sanitário de São Paulo - Lei Estadual 10083/1998: As escadas e rampas deverão ter em sua totalidade, largura não inferior a resultante da aplicação dos critérios de dimensionamento dos corredores, para a lotação do pavimento a que servem, acrescida da metade daquela necessária para a lotação do pavimento imediatamente superior. Para os efeitos deste artigo serão considerados os dois pavimentos que resultem no maior valor.
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As escadas não poderão apresentar trechos em leque; os lances serão retos, não ultrapassarão a 16 degraus e estes não terão espelhos com mais de 0,16m, nem piso com menos de 0,30m, e os patamares terão extensão não inferior a 1,50m. O número de escadas será de 2 no mínimo, dirigidas para saídas autônomas. As escadas terão larguras não inferiores a 1,50m e deverão apresentar lances retos de 16 degraus, no máximo, entre os quais se intercalarão patamares de 1,50m de extensão, no mínimo, não podendo apresentar trechos em leque. Quando o número de pessoas que por elas devem transitar for superior a 150, a largura aumentará à razão de 8mm por pessoa excedente. As rampas não poderão apresentar declividade superior a 12% e serão revestidas de material não escorregadio, sempre que acima de 6%. Segundo a NBR 9077/2001: O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos: - Sempre que a altura a vencer for inferior a 0,48 m, já que são vedados lanços de escadas com menos de três degraus; - Quando a altura a ser vencida não permitir o dimensionamento equilibrado dos degraus de uma escada; - Para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das edificações em que houver usuários de cadeiras de rodas (ver NBR 9050). Os patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo comprimento mínimo de 1,10 m, medidos na direção do trânsito, sendo obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,70 m. A declividade máxima das rampas externas à edificação deve ser de 10% (1:10). Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o espaço livre exterior devem ser dotados de escadas. As larguras das escadas devem atender aos seguintes requisitos: - Ser medidas no ponto mais estreito da escada ou patamar, excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que se podem projetar até 10 cm de cada lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura das escadas; - Ter, quando se desenvolver em lanços paralelos, espaço mínimo de 10 cm entre lanços, para permitir localização de guarda ou fixação do corrimão. Os degraus devem: - Ter altura compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com tolerância de 0,05 cm;
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- Ter largura dimensionada pela fórmula de Blondel: 63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm - Ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais e, em lanços sucessivos de uma mesma escada, diferenças entre as alturas de degraus de, no máximo, 5 mm; O lanço mínimo deve ser de três degraus e o lanço máximo, entre dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,70 m de altura. O comprimento dos patamares deve se no mínimo, igual à largura da escada, quando há mudança de direção da escada sem degraus ingrauxidos, não se aplicando, neste caso, a fórmula anterior Em ambos os lados de vão da porta, deve haver patamares com comprimento mínimo igual à largura da folha da porta. 5.2.4 Comedoria e Refeitório Segundo a NBR 9050/2015: Os restaurantes, refeitórios e bares devem possuir pelo menos 5 % do total de mesas, com no mínimo uma, acessíveis à P.C.R. Estas mesas devem ser interligadas a uma rota acessível. A rota acessível deve incluir o acesso ao sanitário acessível. As mesas devem ser distribuídas de forma a estar integradas às demais e em locais onde sejam oferecidos todos os serviços e comodidades disponíveis no estabelecimento. Segundo o Código Sanitário de São Paulo - Lei Estadual 10083/1998: Os compartimentos ou locais destinados à preparação, venda ou distribuição de alimentos ou bebidas, deverão satisfazer às exigências para estabelecimentos comerciais de gênero alimentícios, no que lhe forem aplicáveis. As áreas destinadas à administração e ao pessoal de serviço, deverão atender às prescrições para locais de trabalho, no que aplicáveis. Para iluminação e ventilação de cozinhas, copas e despensas serão suficientes: I - Os espaços livres fechados com: a) 6,00m² em prédios de até 3 pavimentos e altura não superior a 10,00m; b) 6,00m² de área mais 2,00m² por pavimento excedente de três; com dimensão mínima de 2,00m e relação entre seus lados de 1 para 1,5 em prédios de mais 3 pavimentos ou altura superior a 10,00m; II - Espaços livres abertos de largura não inferior a: a) 1,50m em prédios de 3 pavimentos ou 10,00m de altura; b) 1,50m mais 0,15m por pavimento excedente de três, em prédios de mais de 3 pavimentos;
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Considera-se lotação de uma edificação o número de usuários, calculado na dependência de sua área e utilização. Frequentadores em pé 0,40 Frequentadores sentados 1,00 Demais áreas 7,00 Usuários sentados 1,00 Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 empregados é obrigatória a existência de refeitório, ou local adequado a refeições, atendendo aos requisitos estabelecidos nesta Subseção. Quando houver mais de 300 empregados é obrigatória a existência de refeitório com área de 1,00m² por usuário, devendo abrigar de cada vez 1/3 do total de empregados em cada turno de trabalho. O refeitório ou local adequado para refeições obedecerá aos seguintes requisitos mínimos: I - Piso revestido com material resistente, liso e impermeável; II - Forro de material adequado, podendo ser dispensado em casos de cobertura que ofereça proteção suficiente; III - paredes revestidas com material liso, lavável, resistente e impermeável, até a altura de 2,00m, no mínimo. IV - ventilação E iluminação de acordo com as normas fixadas no presente Regulamento; V - água potável; VI - Lavatórios individuais ou coletivos; VII - cozinha, no caso de refeições preparadas no estabelecimento; ou local adequado, com fogão, estufa ou similar, quando se tratar de simples aquecimento das refeições. O refeitório ou local adequado a refeições não poderá comunicar-se diretamente com os locais de trabalho, instalações sanitárias e com locais insalubres ou perigosos. Em casos excepcionais, considerando as condições de duração, natureza do trabalho e peculiaridades locais, poderão ser dispensadas as exigências de refeitório e cozinha.
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5.2.5 Praça de Exposição, Foyer e Bilheteria Segundo a NBR 9050/2015: As bilheterias e os balcões de informação devem estar próximos às entradas, exceto em locais de grande ruído. Devem ser facilmente identificados e localizados em rotas acessíveis. As bilheterias e balcões de informação acessíveis devem possuir altura entre 0,90 m a 1,05 m. Próximo às bilheterias devem ser disponibilizados dispositivos organizadores de fila, para que as filas de espera não interfiram no acesso de pessoas com mobilidade reduzida. Nos casos de separação do atendente com o usuário por uma divisória de segurança, deve ter sistema de amplificação de voz. 5.2.6 Anfiteatro Segundo a NBR 9050/2015: Os cinemas, teatros, auditórios e similares, incluindo locais de eventos temporários, mesmo que para público em pé, devem possuir, na área destinada ao público, espaços reservados para pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, atendendo às seguintes condições: a) estar localizados em uma rota acessível vinculada a uma rota de fuga; b) estar distribuídos pelo recinto, recomendando-se que seja nos diferentes setores e com as mesmas condições de serviços, conforto, segurança, boa visibilidade e acústica; c) ter garantido no mínimo um assento companheiro ao lado de cada espaço reservado para pessoa com deficiência e dos assentos destinados às P.M.R. e P.O.; d) estar instalados em local de piso plano horizontal; Segundo o Código Sanitário de São Paulo - Lei Estadual 10083/1998: Os auditórios ou salas de grande capacidade das escolas, ficam sujeitos também às seguintes exigências: I - área útil não inferior a 0,80m² por pessoa; II - Ventilação natural, ou renovação mecânica de 50m² de ar por pessoa, no mínimo, no período de 1 hora. As salas de espetáculos e auditórios, serão construídos com materiais incombustíveis. Só serão permitidas salas de espetáculos no pavimento térreo e no imediatamente superior, ou inferior, devendo em qualquer caso, ser assegurado o rápido escoamento dos espectadores. s portas de saída das salas de espetáculos,
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deverão obrigatoriamente abrir para o lado de fora, e ter na sua totalidade a largura correspondente a 1cm por pessoa prevista para lotação total, sendo o mínimo de 2,00m por vão. Os camarins deverão ter área não inferior a 4,00m² e serão dotados de ventilação natural ou por dispositivos mecânicos. Os camarins individuais ou coletivos serão separados para cada sexo e servidos por instalações com bacias sanitárias, chuveiros e lavatórios na proporção de 1 conjunto, para cada 5 camarins individuais ou para cada 20,00 m² de camarim coletivo. As instalações sanitárias destinadas ao público nos cinemas, teatros e auditórios, serão separadas por sexo e independentes para cada ordem de localidade. Deverão conter, no mínimo, uma bacia sanitária para cada 100 pessoas, um lavatório e um mictório para cada 200 pessoas, admitindo-se igualdade entre o número de homens e o de mulheres. Deverão ser instalados bebedouros, com jato inclinado, fora das instalações sanitárias, para uso dos frequentadores, na proporção mínima de um para cada 300 pessoas. As paredes dos cinemas, teatros, auditórios e locais simulares, na parte interna deverão receber revestimento ou pintura lisa, impermeável e resistente, até a altura de 2,00m. Outros revestimentos poderão ser aceitos, a critério da autoridade sanitária, tendo em vista a categoria do estabelecimento II - Salas para escritórios, comércio ou serviços: 10,00m²; vestiários: 6,00m²; III – nas escolas: a) nas salas de aulas e anfiteatros, valor médio 3,00m, admitindo-se o mínimo em qualquer ponto 2,50m; b) instalações sanitárias 2,50m. V - Em salas de espetáculo, auditórios e outros locais de reunião: 6,00m, podendo ser permitidas reduções até 4,00m, em locais de área inferior a 250m²; As salas de espetáculos serão dotadas de dispositivos mecânicos, que darão renovação constante de ar, com capacidade de 13,00m³ de ar exterior, por pessoa e por hora. Quando instalado sistema de ar condicionado será obedecida a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Em qualquer caso, será obrigatória a instalação de equipamentos de reserva. As cabines de projeção de cinemas deverão satisfazer as seguintes condições: a) área mínima de 12,00m², pé direito de 3,00m; b) porta de abrir para fora e construção de material incombustível; c) ventilação natural ou por dispositivos mecânicos; d) instalação sanitária.
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Segundo o Código de Obras - Lei Ordinária 509/1970 de Itaquaquecetuba: Os cinemas e teatros a disposição das poltronas deverá feita em setores separados por passagens longitudinais e transversais a lotação de cada setor não poderá ultrapassar de 200 poltronas. As poltronas serão dispostas em filas e observado o seguinte: a) quando situada na plateia, de 90 c/m para as poltronas estofadas, e 85 c/m para poltronas não estofadas b) quando situadas nos balcões, de 95 c/m para as estofadas e 90 cm para as não estofadas c) para as larguras mínimas nas poltronas estofadas será de 55 cm as não estofadas 50cm medidas centro a centro dos braços d) não poderão as filas ter mais do que 15 poltronas As passagens longitudinais da plateia não poderão ter degraus, se os desníveis forem vencidos por rampas de declividade de até 12%. A parte restrita para os artistas deverá ter acesso direto do exterior, independente da parte destinada ao público, e os camarins individuais deverão ter: a) área mínima de 4m² b) pé direito mínimo de 2,50m c) janela comunicando para o exterior para ventilação forçada d) compartimentos sanitários separados por sexo, e dotados de latrinas, chuveiros e lavatórios e) número correspondente a um conjunto para cinco camarins Os camarins coletivos serão servidos por compartimentos sanitários com latrina e chuveiro, na base de 1 conjunto para cada 10m², devidamente separados por sexo 5.2.7 Biblioteca Segundo a NBR 9050/2015: As bibliotecas devem garantir recursos audiovisuais, publicações em texto digital acessível e serviço de apoio. Recomenda-se que possuam também publicações em Braille. Pelo menos 5 % do total de terminais de consulta por meio de computadores e acesso à internet devem ser acessíveis à P.C.R. e P.M.R. Recomenda-se, além disso, que pelo menos outros 10 % sejam adaptáveis para acessibilidade. A largura livre nos corredores entre estantes de livros deve ser de no mínimo 0,90 m de largura. Nos corredores entre as
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estantes, a cada 15 m, deve haver um espaço que permita a manobra da cadeira de rodas. A altura dos fichários deve atender às faixas de alcance manual e parâmetros visuais. 5.2.8 Salas de aula e Oficinas Culturais Segundo a NBR 9050/2015: As salas de aula, recomenda-se que elementos do mobiliário interno sejam acessíveis, garantindo-se as áreas de aproximação e manobra e as faixas de alcance manual, visual e auditivo. Quando forem utilizadas cadeiras do tipo universitário (com prancheta acoplada), devem ser disponibilizadas mesas acessíveis à P.C.R na proporção de pelo menos 1 %, para cada caso, do total de cadeiras, com no mínimo uma para cada duas salas. Pelo menos 5 %, com no mínimo uma das mesas, devem ser acessíveis. Recomenda-se, além disso, que pelo menos outros 10 % sejam adaptáveis para acessibilidade. As lousas devem ser acessíveis e instaladas a uma altura inferior máxima de 0,90 m do piso. Deve ser garantida a área de aproximação lateral e manobra da cadeira de rodas. Segundo o Código Sanitário de São Paulo - Lei Estadual 10083/1998: A área das salas de aula corresponderá no mínimo a 1,00m² por aluno lotado em carteira dupla e de 1,20m², quando em carteira individual. A área de ventilação natural das salas de aula deverá ser no mínimo igual à metade da superfície iluminante, a qual será igual ou superior a 1/5 da área do piso. Será obrigatória a iluminação natural unilateral esquerda, sendo admitida a iluminação zenital, quando prevenido o ofuscamento. A iluminação artificial, para que possa ser adotada em substituição à natural, deverá ser justificada e aceita pela autoridade sanitária e atender às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Segundo o Código de Obras - Lei Ordinária 509/1970 de Itaquaquecetuba: Todo compartimento deverá dispor de abertura comunicando diretamente com logradouro ou espaço livre dentro do lote, podendo ser ou não em plano vertical e deve estar a qualquer altura acima do piso do compartimento. As aberturas destinadas
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a iluminação, insolação ou ventilação deverão apresentar as seguintes áreas mínimas: a) 1/8 da área útil do compartimento, quando voltada para o logradouro, área de frente ou área de fundo b) 1/7 da área útil do compartimento quando voltada para espaço aberto em duas faces opostas (corredor) c) 1/6 da área útil do compartimento quando voltada para espaço livre fechado (metade no mínimo, da área iluminante exigida deverá ser destinada a ventilação) 5.2.9 Quadras Segundo o Código Sanitário de São Paulo - Lei Estadual 10083/1998: As escolas de 1.º grau e centros culturais é obrigatória a existência de local coberto para recreio, com área, no mínimo, igual a 1/3 (um terço) da soma das áreas das salas de aula e/ou das principais áreas do centro cultural. As áreas de recreação deverão ter comunicação com o logradouro público, que permita escoamento rápido do público, em caso de emergência; para tal fim, as passagens não poderão ter largura total inferior a correspondente a 1cm por aluno, nem vão inferiores a 2 metros. As edificações destinadas à prestação de serviços de educação e à cultura até o nível do segundo grau, deverão prever áreas de recreação para a totalidade da população de alunos, na proporção de: a) 1,00m² (um metro quadrado) por aluno para recreação coberta; b) 2,00m² (dois metros quadrados) por aluno para recreação descoberta. 5.2.10 Sanitários e Vestiários Segundo a NBR 9050/2015: As portas de sanitários e vestiários devem ser, no lado oposto ao lado da abertura. Os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devem localizar-se em rotas acessíveis, próximas à circulação principal, próximas ou integradas às demais instalações sanitárias, evitando estar em locais isolados para emergências ou auxílio, e devem ser devidamente sinalizados. Recomenda-se que a distância máxima a ser percorrida de qualquer ponto da edificação até o sanitário ou banheiro acessível seja de até 50 m da porta, um puxador horizontal associado à maçaneta.
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As barras de apoio são necessárias para garantir o uso com segurança e autonomia das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Todas as barras de apoio utilizadas em sanitários e vestiários devem resistir a um esforço mínimo de 150 kg no sentido de utilização e estar firmemente fixadas a uma distância mínima de 40 mm entre sua base de suporte (parede, painel, entre outros), até a face interna da barra. O sanitário coletivo é de uso de pessoas com mobilidade reduzida e para qualquer pessoa. Para tanto, os boxes devem atender às condições do boxe comum sendo um deles com a instalação de bacia infantil para uso de pessoas com baixa estatura e crianças. Recomenda-se a instalação de um boxe com barras de apoio para uso de pessoas com mobilidade reduzida. Nos boxes comuns, as portas devem ter vão livre mínimo de 0,80 m e conter uma área livre com no mínimo 0,60 m de diâmetro. Nas edificações existentes, admitese porta com vão livre de no mínimo 0,60 m. Recomenda-se que as portas abram para fora, para facilitar o socorro à pessoa, se necessário. A bica deve ser do tipo de jato inclinado, estar localizada no lado frontal do bebedouro, permitir a utilização por meio de copos e ser de fácil higienização. Devese instalar bebedouros com no mínimo duas alturas diferentes de bica, sendo uma de 0,90 m e outra entre 1,00 m e 1,10 m em relação ao piso acabado. Segundo o Código Sanitário de São Paulo - Lei Estadual 10083/1998: Os complexos culturais deverão ter compartimentos sanitários, devidamente separados para uso de cada sexo. Esses compartimentos, em cada pavimento, deverão ser dotados de bacias sanitárias em número correspondente, no mínimo, a uma para cada 25 mulheres; uma para cada 40 homens; um mictório para cada 40 homens; e um lavatório para cada 40 homens ou mulheres. As portas das celas em que estiverem situadas as bacias sanitárias deverão ser colocadas de forma a deixar vãos livres de 0,15m de altura na parte inferior e de 0,30m, no mínimo, na parte superior. Deverão, também, ser previstas instalações sanitárias para professores/ instrutores e demais funcionários que deverão atender, para cada sexo, à proporção mínima de uma bacia sanitária para cada 10 salas de aula; e os lavatórios serão em número não inferior a um para cada 6 salas de aula/ambiente.
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É obrigatória a existência de instalações sanitárias nas áreas de recreação, na proporção mínima de 1 bacia sanitária e 1 mictório para cada 200 pessoas; uma bacia sanitária para cada 100 mulheres e um lavatório para cada 200 homens ou mulheres. Quando for prevista a prática de esportes ou educação física, deverá haver também chuveiros, na proporção de um para cada 100 homens ou mulheres e vestiários separados, com 5,00m², para cada 100 homens ou mulheres, no mínimo. É obrigatória a instalação de bebedouros de jato inclinado e guarda protetora na proporção mínima de 1(um) para cada 200 pessoas, vedada sua localização em instalações sanitárias; nos recreios, a proporção será de 1(um) bebedouro para cada 100 pessoas; Nos bebedouros, a extremidade do local de suprimento de água deverá estar acima do nível de transbordamento do receptáculo. Os vestiários e as instalações sanitárias, independentes por sexo, conterão, pelo menos: I - Bacias sanitárias e lavatórios na proporção de 1 para cada 60 homens e 1 para cada 40 mulheres; II - Mictórios na proporção de 1 para cada 60 homens. Segundo o Código de Obras - Lei Ordinária 509/1970 de Itaquaquecetuba: - Quando destinados a comportar latrina, permitindo-se a instalação de chuveiro, a área mínima será de 2 m²; - No caso de agrupamento de aparelhos sanitários, da mesma espécie as celas destinadas a cada aparelho serão separadas por divisão, com altura máxima de 2,20m, cada cela apresentara a superfície mínima de 1 m², e acesso mediante corredor com largura não inferior a 0,90 m; - Os compartimentos sanitários não podem ter comunicação direta com sala de refeição, cozinha ou dispensa; - Nos compartimentos sanitários de uso coletivo, deverá ser garantida a ventilação permanente; - Nos compartimentos sanitários as paredes até 1,50m de altura no mínimo, e os pisos, serão revestidos de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens.
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5.2.11 Mobiliário Segundo a NBR 9050/2015: Todos o s elementos do mobiliário da edificação, como bebedouros, guichês e balcões de atendimento, bancos de alvenaria, entre outros, devem ser acessíveis. Em complexo culturais, quando existirem equipamentos complementares, como piscinas, livrarias, centros acadêmicos, locais de culto, locais de exposições, praças, locais de hospedagem, ambulatórios, bancos e outros, estes devem ser acessíveis. As áreas de alcance em superfícies de trabalho, em vista lateral, devem atender ao seguinte: a) altura livre de no mínimo 0,73 m entre o piso e a superfície inferior; b) altura entre 0,75 m a 0,85 m entre o piso e a sua superfície superior; c) profundidade inferior livre mínima de 0,50 m para garantir a aproximação da pessoa em cadeira de rodas. Objetos como corrimãos e barras de apoio, entre outros, devem estar afastados no mínimo 40 mm da parede ou outro obstáculo. Quando o objeto for embutido em nichos, deve-se prever também uma distância livre mínima de 150 mm As maçanetas devem preferencialmente ser do tipo alavanca, possuir pelo menos 100 mm de comprimento e acabamento sem arestas e recurvado na extremidade, apresentando uma distância mínima de 40 mm da superfície da porta. Devem ser instaladas a uma altura que pode variar entre 0,80 m e 1,10 m do piso acabado. Em edificações, os elementos de sinalização essenciais são informações de sanitários, acessos verticais e horizontais, números de pavimentos e rotas de fuga. A sinalização deve estar disposta em locais acessíveis para pessoa em cadeira de rodas, com deficiência visual, entre outros usuários, de tal forma que possa ser compreendida por todos. As mesas ou superfícies de refeição acessíveis devem ser facilmente identificadas e localizadas dentro de uma rota acessível e estar distribuídas por todo o espaço. As mesas ou superfícies de refeição devem ter altura de tampo entre 0,75 m a 0,85 m do piso acabado. Devem ser asseguradas sob o tampo a largura livre mínima de 0,80 m, altura livre mínima de 0,73 m e profundidade livre mínima de 0,50 m para possibilitar que as P.C.R. avancem sob a mesa ou superfície. Segundo a NBR 9077/2001:
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Os extintores a altura máxima de fixação são de 1,60 m, e a mínima é de 0,10m. Dependendo do risco, percurso máximo para se atingir um extintor, é de 15, 20 ou 25 metros. Os extintores devem estar desobstruídos e sinalizados. Obedecendo-se o percurso máximo, cada pavimento deve ser protegido no mínimo por 2 unidades extintoras distintas, sendo uma para incêndio de classe A e outra para classes B:C ou duas unidades extintoras para classe ABC. Até 50 m² de área no pavimento, é aceita a colocação de um extintor do tipo ABC As placas plásticas, as chapas metálicas e outros materiais semelhantes podem ser utilizados na confecção das sinalizações de emergência. Os materiais devem possuir resistência mecânica e espessura suficiente para que não sejam transferidas para a superfície da placa possíveis irregularidades. Devem utilizar elemento fotoluminescente para as cores branca e amarela dos símbolos para indicar a sinalização de orientação e salvamento e equipamentos de combate a incêndio. Os requisitos básicos para Sinalização de Emergência: • Deve destacar-se em relação à comunicação visual adotada para outros fins; • Não deve ser neutralizada pelas cores de paredes e acabamentos, dificultando a sua visualização; Deve ser instalada perpendicularmente aos corredores de circulação de pessoas e veículos; • As expressões escritas utilizadas devem seguir os vocábulos da língua portuguesa; • Se destinadas à orientação e salvamento e equipamentos de combate a incêndio (extintores) devem possuir efeito fotoluminescente. Os reservatórios de água potável das escolas terão capacidade, adicional a que for exigida para combate a incêndio, não inferior a correspondente a 50 litros por aluno. Esse mínimo será de 100litros por aluno, nos semi-internatos e de 150 litros por aluno nos internatos
6. PERFIL DO USUÁRIO O projeto do Centro de Cultura e Esportes tende atender a população do bairro Jd. Caiuby e região, com o objetivo de todos terem acesso à cultura, esporte e lazer em um equipamento adequado para recebê-los. O local atenderá crianças, jovens,
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adultos e terceira idade, pois será oferecido atividades para cada faixa etária onde poderão desenvolver habilidades que lhe darão melhor qualidade de vida. Conforme gráfico disponibilizado pelo IBGE no censo de 2010 (tabela 2), a maior parte da população da cidade de Itaquaquecetuba é de jovens entre 10 a 14 anos, seguido por jovens com 15 a 29 anos, como vimos anteriormente o esporte e a cultura tem papel importante na formação do cidadão, e o contato com locais que ofereçam tais atividades ajudam na formação do senso crítico, afastamento das drogas e interação social.
Tabela 2: Pirâmide Etária de 2010, cidade de Itaquaquecetuba. Fonte: Cidade de Itaquaquecetuba, panorama, IBGE, 2017.
As crianças de 0 a 9 anos ocupam um dos primeiros lugares no ranking, por isso também será pensado em atividades para eles, além do espaço de lazer como playground e outras atividades que poderão participar com a família, os cursos e oficinas atenderam a menor idade com formação de turmas mais novas, além do anfiteatro e o espaço de exposições que poderá receber eventos voltados aos mais novos. Os adultos de 30 a 49 anos são os próximos, seguindo a pirâmide, para eles será pensado em atividades onde poderão desenvolver novas habilidades, que não tiveram oportunidade por falta do contato ou até mesmo tempo, a ideia é que esse espaço seja um local de lazer e interação nas horas vagas, como a proposta da década de 50 que incentivo o surgimento dos centros e cultura. Esse público poderá desfrutar da academia além dos espaços de cultura e esporte.
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Os idosos são a minoria na população da cidade, mas o projeto tem como proposta que todos usufruam do local, e por isso foi realizado a visita ao CRAS do bairro para entender qual a estrutura mais próxima que hoje atende esse público, como vimos, apesar do projeto ter um objetivo positivo ele não é totalmente atingido por falta da infraestrutura necessária. Pensando na solução desse problema será elaborado uma sala de ginástica onde essas atividades poderão acontecer de forma mais confortável, além do desenvolvimento de novos exercícios como caminhadas na pista da área externa. O programa visa atender todos os moradores, sem exceções, com espaços que possam acontecer atividades flexíveis para todas as idades de forma acessível e confortável, os cursos e oficinas aconteceram em turmas separadas por faixa etária, modelo que foi apresentado na visita a Secretaria de Cultura de Itaquaquecetuba, para que todos tenham acesso todos os serviços, do mesmo modo acontecerá com as apresentações do anfiteatro, exposições, eventos e até mesmo na biblioteca.
7. PROGRAMA ARQUITETÔNICO 7.1 AGENCIAMENTO O agenciamento foi elaborado para elaborar um programa de necessidades mais completo possível. A montagem ocorreu pela separação dos ambientes em setores e cada espaço foi destrinchado com objetivo de observar individualmente a necessidade de cada lugar. Dessa forma, foi possível realizar complementos e remover excessos, obtendo um programa mais primoroso. Os acessos (figura 147) foram divididos em dois ambientes, o estacionamento e a recepção, que será por onde as pessoas chegaram no local, tanto de carro quanto a pé. Esses espaços terão além da função de receber, orientar e direcionar os usuários para os setores onde irão desenvolver as atividades.
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Figura 147: Agenciamento, acesso. Fonte: Realizado pelo autor, em 23/04/2019.
O setor cultural (figura 148) é formado pela biblioteca, o anfiteatro e o centro de formação, a biblioteca acomodará um acervo com mais de 3000 exemplares de livros, revistas e periódicos, além dos espaços destinados a estudo e leitura de crianças, jovens e adultos. O anfiteatro poderá receber até trezentos expectadores que poderão apreciar peças teatrais, apresentações culturais, palestras e até mesmo workshops. O centro de formações será composto por salas com estruturas adequadas onde possa acontecer ensaios e aulas individuais e coletivas de atividades culturais voltada a música, dança e oficinas de arte, além da sala de tecnologia.
Figura 148: Agenciamento, setor cultural. Fonte: Realizado pelo autor, em 23/04/2019.
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O setor de esportes e lazer (figura 149) é voltado as atividades físicas e esportivas do centro, a área interna é composta por uma academia, sala de ginastica aeróbica e um espaço para as crianças. Já na área externa foi pensado em atividades que pudessem ser praticadas interagindo com o entorno, pistas de caminhada, skates, pum track, ciclovia, quadra poliesportiva e uma área para as crianças, que aconteceram em meio a uma praça que terá espaço para eventos ao ar livre, como shows e feiras gastronômicas.
Figura 149: Agenciamento, setor esporte e lazer. Fonte: Realizado pelo autor, em 23/04/2019.
É no setor de convivência (figura 150) que foi disposto a comedoria, o local poderá receber até cem pessoas para realizar refeições no período da manhã, com controle de nutricionista.
Figura 150: Agenciamento, convivência. Fonte: Realizado pelo autor, em 23/04/2019.
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O setor administrativo, de serviço e técnico (figura 151) compõe a área restrita, onde será realizado a administração, gestão, controladoria e manutenção do centro, além do espaço de apoio aos funcionários, com área para descanso e refeições.
Figura 151: Agenciamento, área restrita. Fonte: Realizado pelo autor, em 23/04/2019.
7.2 SETORIZAÇÃO Após alguns estudos realizados, considerando todos os dados, levantamentos e análises realizadas, a setorização (figura 152) do projeto do Centro de Cultura e Esportes resultou na imagem abaixo. Tudo se inicia pelos acessos, tanto dos pedestres quanto dos automóveis, seguido da área de convivência, que servirá de apoio para o público que passará um tempo considerável no local. O setor cultural e de lazer e esportes, que serão os principais atrativos do projeto, acontecerá na parte interna e externa do projeto. E por último a área restrita composta pelos setores administrativos, de serviço e técnico.
Figura 152: Setorização. Fonte: Realizado pelo autor, em 23/04/2019.
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7.3 FLUXOGRAMA O fluxograma (figura 153) foi montado a partir da setorização elaborada anteriormente e do programa de necessidades do projeto. Os ambientes e setas na cor rosa são acessíveis ao público geral, e os cinzas são acessos restritos aos funcionários. A área pública foi centralizada para que as atividades culturais, de lazer e esportivas aconteçam de forma integrada. Já a área restrita é destinada aos ambientes de apoio, administrativo, gerência e manutenção.
Figura 153: Fluxograma. Fonte: Realizado pelo autor, em 23/04/2019.
7.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES Cada equipamento terá um programa diferente, que irá acontecer conforme a necessidade do público local, as atividades relacionadas a cultura e esporte serão as que sofreram mais mudanças. Porém os setores serão o que resultará num bom funcionamento desse espaço, para isso deve ser pensado em setores de apoios como salas administrativas, almoxarifados, sanitários, reserva técnicas, cantinas, livrarias e até mesmo lojinhas de artesanatos, tudo a depender do programa de necessidades de cada projeto.
143
Com relação aos centros de cultura, os principais atributos são: possibilidade de vários acessos, democratização dos espaços, integração das diversas atividades através de visuais livres, adequação ambiental nas salas de exposições, integração do público. (NEVES, 2013, p.6)
E para o projeto que está sendo elaborado nesse trabalho foi pensando em um programa de necessidades (tabela 3) a partir dos dados levantados nos estudos de casos, visitas técnicas, levantamento de dados e legislação.
SETOR
AMBIENTE
FUNÇÃO
Nº DE PESSOAS
LAYOUT
CONDICIONANTES AMBIENTAIS
QUANT.
ÁREA MÍNIMA
ÁREA MÍNIMA TOTAL
ESTACIONAMENTO
ACESSO
Portaria
Estacionamento
Controlar acesso
Guarda de veículos
02
268
Mesas, cadeiras e computadores
Sanitário anexo
01
15,00 m²
15,00 m²
Vagas demarcadas por pintura no piso
1 vaga para cada 75m² de área edificada Pé direito mínimo de 2,30 m 2% das vagas devem ser para portadores de necessidades especiais, e 5% para os idosos
107 vagas
12,50 m²
1.337,50 m²
144
Carga e descarga
Recebimento e despacho
09
Vagas demarcadas por pintura no piso
1 vaga para cada 3.000m² da área total construída Pé direito mínimo de 2,30 m
03 vagas
15,00 m²
45,00 m²
6,00 m²
18,00 m²
RECEPÇÃO Central de atendimento
Informar e destinar os visitantes
Espaço de exposição
Exposição de atividades culturais e sociais
Sanitário coletivo masculino
Necessidades fisiológicas
Sanitário PNE individual masculino
Necessidades fisiológicas
12
Ventilação natural, Cadeiras, pé direito mínimo 04 postos balcão de 3,00 m, circulação e de atendimento e passagens mínimas atendimento computadores de 1,20 m
50
Ventilação natural, Bancos, pé direito mínimo expositores, e 3,00 m, circulação e balcão de passagens mínimas informação de 1,20 m
01
200,00 m²
200,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
24,00 m²
24,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
08
01
Lavatórios e vasos sanitários
145
Sanitário coletivo feminino
Sanitário PNE individual feminino
Necessidades fisiológicas
Necessidades fisiológicas
08
01
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
24,00 m²
24,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
20,00 m²
20,00 m²
10,00 m²
10,00 m²
7,50 m²
15,00 m²
2,00 m²
8,00 m²
Lavatórios e vasos sanitários
CULTURAL
BIBLIOTECA Hall
Receber e controlar acesso
10
Guarda volume
Guarda de pertences pessoais
05
Recepção
Informar, cadastrar e controlar empréstimos
04
Terminal de consulta
Pesquisar acervo
04
Pé direito mínimo Catracas para 3,00 m, circulação e controle de 01 passagens mínimas acesso de 1,20 m Armários com Pé direito mínimo chave, 3,00 m, circulação e balcão, 01 passagens mínimas cadeiras e de 1,20 m computadores Mesas, Pé direito mínimo 02 postos cadeiras, 3,00 m, circulação e de armários e passagens mínimas atendimento computadores de 1,20 m Pé direito mínimo Balcão com 3,00 m, circulação e 04 terminais computadores passagens mínimas de 1,20 m
146
Acervo
Hemeroteca
Espaço de leitura
Armazenagem de livros
Armazenagem de revistas e peródicos
Leitura de exemplares
Sala de estudos
Estudo e pesquisa
Espaço de leitura infantil
Leitura de exemplares
Sanitário coletivo masculino
Necessidades fisiológicas
Armários
Ventilação natural, pé direito mínimo 3000 3,00 m, circulação e exemplares passagens mínimas de 1,20 m
0,33 m²
100,00 m²
Armários
Ventilação natural, pé direito mínimo 1000 3,00 m, circulação e exemplares passagens mínimas de 1,20 m
0,05 m²
50,00 m²
Mesas e cadeiras
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
52,50 m²
52,50 m²
20
Mesas e cadeiras
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
30,00 m²
30,00 m²
15
Mesas e cadeiras
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
22,50 m²
22,50 m²
05
Lavatórios e vasos sanitários
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
30
15
35
147
Sanitário PNE individual masculino
Necessidades fisiológicas
Sanitário coletivo feminino
Necessidades fisiológicas
Sanitário PNE individual feminino
Necessidades fisiológicas
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
02
Ventilação natural, pé direito mínimo Mesa, cadeira 3,00 m, circulação e e computador passagens mínimas de 1,20 m
01
16,00 m²
16,00 m²
10
Mesas, Pé direito mínimo cadeiras, 3,00 m, circulação e sofás, TV, passagens mínimas armários, de 1,20 m bancada e pia Copa anexo
01
40,00 m²
40,00 m²
01
05
01
Lavatórios e vasos sanitários
ÁREA ADMINISTRATIVA E RESTRITA (Biblioteca)
Direção
Administração da biblioteca
Sala bibliotecários
Descanso funcionário e refeições rápidas
148
Depósito para livros
Armazenagem de novos e velhos exemplares
Sala de restauração de livros
Recuperação e limpeza de exemplares
Sala de catalogação
Organização e registro de exemplares
Sanitário coletivo masculino
Sanitário PNE individual masculino
Sanitário coletivo feminino
Necessidades fisiológicas
Necessidades fisiológicas
Necessidades fisiológicas
01
Armários
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
Mesas, cadeiras, armários
Ventilação natural, pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
16,00 m²
16,00 m²
Ventilação natural, Mesas, pé direito mínimo cadeiras, 3,00 m, circulação e armários e passagens mínimas computadores de 1,20 m
01
16,00 m²
16,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
9,00 m²
9,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
9,00 m²
9,00 m²
01
03
01
03
Lavatórios e vasos sanitários
Lavatórios e vasos sanitários
01
20,00 m²
20,00 m²
149
Sanitário PNE individual feminino
Necessidades fisiológicas
01
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
01
225,00 m²
225,00 m²
5,00 m²
15,00 m²
ANFITEATRO
Foyer
Receber e espera
Bilheteria e Chapelaria
Informar, controlar acesso e guardar pertences
Café
Área de convivência e alimentação
Sanitário coletivo masculino
Necessidades fisiológicas
150
10
Sofás, poltronas, mesas, cadeiras, bancada, pia e caixa
Ventilação natural, pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m Café anexo
Mesas, Pé direito mínimo 03 postos cadeiras, 3,00 m, circulação e de armários e passagens mínimas atendimento computadores de 1,20 m
50
Mesas, cadeiras e caixa
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
75,00 m²
75,00 m²
08
Lavatórios e vasos sanitários
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
24,00 m²
24,00 m²
150
Sanitário PNE individual masculino
Necessidades fisiológicas
Sanitário coletivo feminino
Necessidades fisiológicas
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
24,00 m²
24,00 m²
01
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
01
270,00 m²
270,00 m²
01
08
Lavatórios e vasos sanitários
Sanitário PNE individual feminino
Necessidades fisiológicas
Plateia
Acomodar espectadores
300
Poltronas
Pé direito mínimo 10,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
Palco
Apresentação de atividades culturais e sociais
08
-
Pé direito mínimo 10,00 m
01
210,00 m²
210,00 m²
Cortinas
Pé direito mínimo 10,00 m, ½ da boca de cena cada de ambos os lados
02
30,00 m²
60,00 m²
Coxia
Apoio palco
02
151
Camarim coletivo feminino
Camarim coletivo masculino
Descanso e concentração
Descanso e concentração
Copa
Apoio
Depósito
Armazenagem de materiais do antiteatro
05
Pé direito mínimo Mesas, 3,00 m, circulação e cadeiras, TV, passagens mínimas armários e de 1,20 m sofás Sanitário anexo
01
25,00 m²
25,00 m²
05
pé direito mínimo Mesas, 3,00 m, circulação e cadeiras, TV, passagens mínimas armários e de 1,20 m sofás Sanitário anexo
01
25,00 m²
25,00 m²
10
Ventilação natural, Mesas. pé direito mínimo Cadeiras, 3,00 m, circulação e armários, passagens mínimas bancada e pia de 1,20 m
01
20,00 m²
20,00 m²
01
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
01
12,00 m²
12,00 m²
Armários
CENTRO DE FORMAÇÃO Sala de música individual
Aulas e ensaio de atividades musicais
02
Mesas, cadeiras, lousa e instrumentos musicais
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
152
Sala de música coletiva
Aulas e ensaio de atividades musicais
Sala dança
Aulas e ensaio de atividades de dança
Oficina cultural
Aulas de arte e atividades culturais
Sala multiuso
Atividades alternativas
Sala de tecnologia e internet
Pesquisa e estudo
Depósito
Armazenagem materiais e instrumentos dos cursos de cultura
11
Mesas, cadeiras, lousa e instrumentos musicais
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
02
30,00 m²
60,00 m²
11
Espelhos, Pé direito mínimo corrimão e 3,00 m, circulação e equipamentos passagens mínimas de dança de 1,20 m
02
100,00 m²
200,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
50,00 m²
50,00 m²
11
Mesas, Pé direito mínimo cadeiras, 3,00 m, circulação e lousa, passagens mínimas equipamento de 1,20 m de mídia
01
80,00 m²
80,00 m²
16
Pé direito mínimo Mesas, 3,00 m, circulação e cadeiras e passagens mínimas computadores de 1,20 m
01
60,00 m²
60,00 m²
02
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
100,00 m²
100,00 m²
11
Mesas, cadeiras, lousa, bancadas e pia
Armários
153
Sanitário coletivo masculino
Sanitário PNE individual masculino
Sanitário coletivo feminino
Sanitário PNE individual feminino
Necessidades fisiológicas
Necessidades fisiológicas
Necessidades fisiológicas
Necessidades fisiológicas
05
01
05
01
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
15,00 m²
15,00 m²
Lavatórios e vasos sanitários
Lavatórios e vasos sanitários
ÁREA ADMINISTRATIVA E RESTRITA (Centro de Formação) Coordenação
Administração da biblioteca
02
Pé direito mínimo Mesa, cadeira 3,00 m, circulação e e computador passagens mínimas de 1,20 m
01
154
Sala dos professores
Sanitário coletivo masculino
Sanitário PNE individual masculino
Sanitário coletivo feminino
Sanitário PNE individual feminino
Descanso funcionário e refeições rápidas Necessidades fisiológicas
Necessidades fisiológicas
Necessidades fisiológicas
Necessidades fisiológicas
06
03
01
03
01
Mesas, Pé direito mínimo cadeiras, 3,00 m, circulação e sofás, TV, passagens mínimas armários, de 1,20 m bancada e pia Copa anexo
01
25,00 m²
25,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
9,00 m²
9,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
9,00 m²
9,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
Lavatórios e vasos sanitários
Lavatórios e vasos sanitários
155
ESPORTE E LAZER
ÁREA INTERNA Sala de ginástica multifuncional
Exercícios aeróbicos
Sala de atividade físicas
Exercícios fisícos com auxilio de equipamentos
Recreação infantil
Educação fisíca para crianças
Sanitário coletivo masculino
Necessidades fisiológicas
Sanitário PNE individual masculino
Sanitário coletivo feminino
Necessidades fisiológicas
Necessidades fisiológicas
16
Equipamentos Pé direito mínimo de ginásticas 3,00 m, circulação e e armários passagens mínimas para de 1,20 m armazenazem
01
100,00 m²
100,00 m²
20
Equipamentos Pé direito mínimo academia e 3,00 m, circulação e armários para passagens mínimas armazenazem de 1,20 m
01
150,00 m²
150,00 m²
16
Equipamentos Pé direito mínimo de ginásticas 3,00 m, circulação e e armários passagens mínimas para de 1,20 m armazenazem
01
70,00 m²
70,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
05
01
05
Lavatórios e vasos sanitários
Lavatórios e vasos sanitários
156
Sanitário PNE individual feminino
Necessidades fisiológicas
Vestiário coletivo masculino
Necessidades fisiológicas, banho e troca de roupa
Vestiário coletivo feminino
Necessidades fisiológicas, banho e troca de roupa
01
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
05
Lavatórios, vasos sanitário, chuveiros e guarda volume
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m 5% do total deve ser P.N.E.
01
20,00 m²
20,00 m²
05
Lavatórios, vasos sanitário, chuveiros e guarda volume
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m 5% do total deve ser P.N.E.
01
20,00 m²
20,00 m²
200
Trave de Medida oficial 40x20 futebol, tabela Arquibancada de basquete, anexo rede de vôlei
01
1.100,00 m²
1.100,00 m²
02
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
100,00 m²
100,00 m²
ÁREA EXTERNA Quadra poliesportiva
Prática de futsal, basquete e vôlei
Depósito
Armazenagem equipamentos de esportes e praça de eventos
Armários
157
Playground
Pista de Saúde Ciclovia Pista de Pump Track Street Park Praça de eventos Bicicletário Sanitário coletivo masculino
Recreação infantil Caminhar e correr Circulação de bicicletas Pista para bikes, skates e patins Pista de skate e bikes Atividades culturais e sociais ao ar livre Guarda de bicicletas Necessidades fisiológicas
10
Balanço, escorregador, Passagens mínimas gangorra, gira de 1,20 m - gira e casa playground Passagens mínimas de 1,20 m Passagens mínimas de 1,20 m
01
340,00 m²
01
200,00 m
01
250,00 m
340,00 m² 200,00 m 250,00 m
15
-
10
-
05
-
Passagens mínimas de 1,20 m
01
520,00 m
520,00 m
08
-
Passagens mínimas de 1,20 m
01
570,00 m²
570,00 m²
500
-
Passagens mínimas de 1,20 m
01
800,00 m²
800,00 m²
01
100,0 m²
100,0 m²
01
24,00 m²
24,00 m²
10
08
Suporte para Passagens mínimas bicicletas de 1,20 m Pé direito mínimo Lavatórios e 3,00 m, circulação e vasos passagens mínimas sanitários de 1,20 m
158
Sanitário PNE individual masculino
Necessidades fisiológicas
Sanitário coletivo feminino
Necessidades fisiológicas
Sanitário PNE individual feminino
Necessidades fisiológicas
Vestiário coletivo masculino
Necessidades fisiológicas, banho e troca de roupa
Vestiário coletivo feminino
Necessidades fisiológicas, banho e troca de roupa
01
08
01
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
24,00 m²
24,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
Lavatórios e vasos sanitários
05
Lavatórios, vasos sanitário, chuveiros e guarda volume
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m 5% do total deve ser P.N.E.
01
20,00 m²
20,00 m²
05
Lavatórios, vasos sanitário, chuveiros e guarda volume
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m 5% do total deve ser P.N.E.
01
20,00 m²
20,00 m²
159
COMEDORIA Controle de abastecimento
Receber e despachar
CONVIVÊNCIA
Área de Receber e recepção e préhigienizar higienização matéria-prima Área para estocagem
Armazenagem de matériaprima
Higienização dos funcionários
Higienizar
Área de prépreparo e cambuza
Limpeza, separação de alimentos e montagem
Área de cocção
Controle de abastecimento
Preparo de alimentos
Lavagem de louça
Pé direito mínimo Mesa, cadeira 3,00 m, circulação e e computador passagens mínimas de 1,20 m
01
10,00 m²
10,00 m²
Armários e pias
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
10,00 m²
10,00 m²
Armários e câmara fria
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
30,00 m²
30,00 m²
03
Lavatórios
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
5,00 m²
5,00 m²
02
Bancadas, pias e armários
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
50,00 m²
40,00 m²
02
Pé direito mínimo Bancadas, 3,00 m, circulação e pias, fogões e passagens mínimas armários de 1,20 m
01
30,00 m²
25,00 m²
01
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
10,00 m²
10,00 m²
01
01
01
Pias e armários
160
Nutricionista
Elaboração do cardápio e controle
Sanitários e vestiários para funcionários
Necessidades fisiológicas, banho e troca de roupa
Depósito de lixo
Armazenagem de resíduos
Depósito
Armazenagem de utensílios
Salão
Área de convivência e alimentação
Sanitário coletivo masculino
Necessidades fisiológicas
01
Pé direito mínimo Mesa, cadeira 3,00 m, circulação e e computador passagens mínimas de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
08
Lavatórios, vasos sanitário, chuveiros e guarda volume
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m 5% do total deve ser P.N.E.
01
30,00 m²
30,00 m²
-
-
-
01
10,00 m²
10,00 m²
01
Armários
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
20,00 m²
20,00 m²
100
Mesas, cadeiras e caixa
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
150,00 m²
150,00 m²
05
Lavatórios e vasos sanitários
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
161
Sanitário PNE individual masculino
Sanitário coletivo feminino
Sanitário PNE individual feminino
Necessidades fisiológicas
Necessidades fisiológicas
Necessidades fisiológicas
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
10
Pé direito mínimo Mesas, 3,00 m, circulação e cadeiras e passagens mínimas computadores de 1,20 m
01
80,00 m²
80,00 m²
01
Mesa, Pé direito mínimo cadeira, 3,00 m, circulação e computador e passagens mínimas cofre de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
01
Pé direito mínimo Mesa, cadeira 3,00 m, circulação e e computador passagens mínimas de 1,20 m
01
20,00 m²
20,00 m²
01
05
01
Lavatórios e vasos sanitários
ÁREA RESTRITA
ADMINISTRATIVO
Secretaria geral
Organização do Centro Cultural e Esportivo
Tesouraria
Contabilidade
Gerência
Administração do Centro Cultural e Esportivo
162
Sala de reunião
Discutir, planejar e apresentar
Sala de informática
Acessos, transmissão, rede, armazenagem do sistema de informação
Arquivo
Armazenagem documentos do Centro Cultural e Esportivo
Enfermagem
Sanitário coletivo masculino
Primeiros socorros
Necessidades fisiológicas
10
Mesas, Pé direito mínimo cadeiras, 3,00 m, circulação e equipamento passagens mínimas de mídia de 1,20 m
01
30,00 m²
30,00 m²
02
Pé direito mínimo Mesas, 3,00 m, circulação e cadeiras e passagens mínimas computadores de 1,20 m
01
20,00 m²
15,00 m²
01
Mesas, Pé direito mínimo cadeiras, 3,00 m, circulação e computadores passagens mínimas e armários de 1,20 m
01
20,00 m²
20,00 m²
01
Mesa, cadeira, computador, armários e maca
Ventilação natural, pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
10,00 m²
10,00 m²
05
Lavatórios e vasos sanitários
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
163
Sanitário PNE individual masculino
Necessidades fisiológicas
Sanitário coletivo feminino
Necessidades fisiológicas
SERVIÇO
Sanitário PNE individual feminino
Necessidades fisiológicas
Vestiário coletivo masculino
Necessidades fisiológicas, banho e troca de roupa
Vestiário coletivo feminino
Necessidades fisiológicas, banho e troca de roupa
01
05
01
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e Lavatório e passagens mínimas vaso sanitário de 1,20 m, peças sanitárias adaptadas
01
2,55 m²
2,55 m²
Lavatórios e vasos sanitários
05
Lavatórios, vasos sanitário, chuveiros e guarda volume
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m 5% do total deve ser P.N.E.
01
20,00 m²
20,00 m²
05
Lavatórios, vasos sanitário, chuveiros e guarda volume
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m 5% do total deve ser P.N.E.
01
20,00 m²
20,00 m²
164
Bem-estar funcionários
Descanso
10
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
40,00 m²
40,00 m²
Mesas. Pé direito mínimo Cadeiras, 3,00 m, circulação e armários, passagens mínimas bancada e pia de 1,20 m
01
15,00 m²
15,00 m²
Bancada, cadeiras e armários
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
20,00 m²
20,00 m²
01
20,00 m²
20,00 m²
Sofás, poltronas e TV
Copa funcionários
Refeição
Manutenção
Reparos do Centro de Cultura e Esportes
Almoxarifado geral
Armazenagem equipamentos do Centro de Cultura e Esportes
01
Armários
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
Depósito de lixo
Armazenagem de resíduos
-
-
-
01
10,00 m²
10,00 m²
DML
Limpeza e armazenagem de produtos de limpeza
01
Armários e tanque
Pé direito mínimo 3,00 m, circulação e passagens mínimas de 1,20 m
01
20,00 m²
20,00 m²
10
02
165
TÉCNICO
Reservatórios Geradores Abrigo de gás Telefonia
Reservatórios d'água Quadro de energia Cilindros de gás Quadro de telefônia
-
-
-
-
-
-
-
-
Área restrita e segura Superior e inferior Área restrita e segura Área restrita e segura Área restrita e segura
Tabela 3: Programa de Necessidades. Fonte: Autoria própria, em 02/05/019.
01
100,00 m²
01
100,00 m²
01
50,00 m²
01
50,00 m²
100,00 m² 100,00 m² 50,00 m² 50,00 m²
166
8. CONCEITO A proposta para o Centro de Cultura e Esportes é a interação das estruturas com a comunidade e a transformação de um não lugar em lugar e a não cultura em cultura. O projeto tem como foco a preservação da cultura com a participação dos habitantes, se tornando um equipamento referencial de identidade cultural, com um núcleo central de convivência que servirá de passagem para as áreas internas e externas do centro. O local contará com duas entradas, uma principal pela Av. Pedro de Toledo para valorizar o edifício e facilitar o acesso, e outra para a Rua Paulo de Faria, de menor movimento, para a entrada do estacionamento, visando minimizar a interferência no trânsito. Para que a integração seja alcançada é imprescindível os estudos de fluxos e circulação, visando a acessibilidade e conforto de todos. O estudo do programa mostrou a necessidade de organizar de forma funcional os setores, onde as atividades de cultura aconteceram no prédio como as salas de oficinas, aulas de música e dança, teatro e espaço flexíveis para uso conforme necessidade. E o exterior será voltado ao esporte e lazer com pista de caminha, ciclovia, pista de skate e uma área verde de convivência que interaja com o redor. A transformação acontecerá através de aberturas físicas que se tornaram visualmente convidativas aos moradores. Com controle de segurança, mas sem grades ou obstáculos, acesso livre, diminuindo a insegurança do caminhar, possibilitando a vivência com o meio, modificando o cotidiano da comunidade.
9. PARTIDO ARQUITETÔNICO A área externa terá ligação com o edifício e será usada como passagem pelos moradores, se tornando uma área central de encontro. Para que essa fluidez aconteça, parte do pavimento térreo do prédio será um grande espaço livre, como uma extensão da parte externa, acomodando apenas ambientes de convivência como o restaurante e o espaço para exposições, além dos caminhos de passagem para pedestres e ciclistas que cortaram o terreno. Dessa forma os principais pontos que orientaram o projeto serão:
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A planta do térreo com grande vão livre, como referência o Centro Cultural de São Paulo, as entradas para o edifício acontecem de forma natural e convidativa (figura 154).
Figura 154: Acesso Centro Cultural de São Paulo pelo Rua Vergueiro. Fonte: Centro Cultural São Paulo, Villa Rosa Hotel, 2019.
Acessível para todo os moradores, livre de idade ou condições físicas, por isso deverá ter uma atenção maior com a circulação, piso e passagens. Para alcançar tal objetivo todas as passagens e circulação terão no mínimo 1,20m, e o piso da área externa terá a função de despertar a curiosidade dos usuários (figura 155), um dos elementos que incentivará o uso do local, como no jardim do paisagista Alex Hanazaki no espaço da Deca na Casa Cor São Paulo em 2017, o alternância dos tons e formas junto com a vegetação e o mobiliário estimulará a criatividade dos visitantes.
Figura 155: Jardim sensorial, Alex Hanazaki. Fonte: Deca e Alex Hanzaki criam jardim interativo na CASACOR São Paulo, UOL, 2017.
168
A transformação começará pela setorização, os setores deverão acontecer de forma organizada para que os usuários fluam facilmente pelo local, e apesar da separação dos setores haverá uma ligação entre eles para que todos se sintam convidados a usar todos os espaços e atividades que aconteceram no equipamento, isso acontecerá juntamente com a interação com o entorno mudando não só a paisagem local, mas a vida dos usuários, que terão um equipamento que auxiliará na formação de novos cidadãos e no lazer da comunidade. O uso de transparência tanto na fachada quanto em espaços internos se encarregará dessa interação entres ambientes e o entorno, e para resolver o conforto ambiental os brises como cobogós ou muxarabis são alternativas que não fará com que a transparência seja afetada (figura 156).
Figura 156: Muxarabis. Fonte: Muxarabi, Fachada que Respira, Supérfluo Necessário, 2016.
A execução de uma área verde em meio as instalações de esporte e lazer fará com que o público sinta vontade de usar e preservar, equipamentos de destaque que aguçaram a curiosidade e a criatividade serão os responsáveis por item, como na imagem de referência (figura 157), playgrounds projetados para despertar sensações e habilidades das crianças, na praça suspensa mobiliários onde os visitantes poderão descansar e interagir com o próximo e o entorno.
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Figura 157: Playground. Fonte: Playground on a Hill: Queenston Park Playground in Coquitlam, Pinterest, 2015.
Utilização de técnicas construtivas tradicionais para que o edifício se integre com a paisagem local e seja economicamente viável, O revestimento da pista de pump track será asfalto-borracha (figura 158), que tem na sua composição pó de pneu, com a intenção de conscientizar a população além de garantir um produto de maior qualidade, sustentabilidade e segurança.
Figura 158: Pista de Pump Track. Fonte: Pump Tracks 101: Q&A with A Pump Track Builder, Bicycling, 2018.
Esses elementos de interação da comunidade com o Centro resultarão na preservação tanto da cultura quando do local, uma vez que quando a população começar a realizar as atividades que serão propostas e os equipamentos criarão a consciência de conservação. Esse processo acontecerá gradualmente, será necessário programas para incentivar tal cuidado, mas o fato de transformar um lote
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abandonado em um equipamento de lazer para a comunidade servirá de grande estímulo para tal feito. Tratando de transformação, como falado anteriormente esse item se iniciará na elaboração de um projeto que reabilitará um terreno, trazendo novo uso onde os habitantes poderão utilizar, o programa de necessidades criado pensado especialmente para esse público será o grande responsável dessa transformação de um não lugar em lugar, e de não cultura em cultura, a criação de espaços para trabalhar com essa população em oficinas de arte, música, dança e esporte irá mudar não só o dia a dia dessas pessoas, mas também o pensamento crítico. Essa mudança também acontecerá através da preservação da cultura, a praça de eventos e o espaço para exposição receberá atividades culturais para que a população tenha fácil acesso, e um painel de grafite, feito por um artista local (figura 159), será elaborado na face da entrada dos veículos, de forma a potencializar a cultura da comunidade.
Figura 159: Grafite do artista Pedrox. Fonte: Instagram @pedroxluis72, 2016.
Um fator a ser pensado para essa transformação acontecer, é que o público use esse local, e um dos fatores essenciais para isso acontecer é a segurança, tanto no sentido de acessibilidade como tratado anteriormente quanto criminalidade. O Centro será implantando em uma periferia da cidade, apesar do lote ficar em uma das principais avenidas e de outros equipamentos urbanos pode gerar certa insegurança, principalmente no período noturno, já que a área externa será aberta sem nenhuma grade ou portão. Para resolver tal questão foi pensado em um elemento fundamental
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para tornar o espaço mais seguro, iluminação, pegamos como referência algumas imagens de projetos de espaços públicos onde esse elemento acontece tanto por postes, quando no piso e no mobiliário (figura 160 e 161).
Figura 161: Iluminação piso. Figura 160: Iluminação espaço público. Fonte: Iluminação de jardim: dicas para fazer e
Fonte: Entenda quais são os melhores modelos de LED para o seu jardim, Pinterest, 2017.
60 inspirações, Decorfacil, 2019.
Além da área exclusiva para policiamento, o anfiteatro e a praça de eventos também auxiliarão na questão da segurança, já que esses espaços irão movimentar o Centro até no período noturno (figura 162), e essa movimentação de pessoas ajuda a inibir criminalidade, já que terão mais olhares voltados para o local, isso fará com que as pessoas, mesmo que não estejam em um evento, utilizem o lugar como passagem e para praticar as atividades oferecidas, tornando o local mais seguro de caminhar do que as calçadas, sem carro ou passagens estreitas e irregulares. As grandes aberturas do edifício também auxiliaram nesse quesito, já que isso fará uma interação do interno e o externo, fazendo com que a movimentação dos ambientes internos dos alunos, espectadores e funcionários criará uma ligação com o exterior, transmitindo maior sensação de segurança não só para os usuários, mas também para os moradores.
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Figura 162: Iluminação pública noturna. Fonte: Lighting boulevard Scheveningen Product design by ipv Delft, Pinterest, 2019.
10. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO O primeiro estudo de setorização foi pensado em criar uma passagem no meio do edifício que cortava o lote na diagonal, assim como a setorização dos espaços culturais e esportivas ficariam separadas em áreas internos e externos, respectivamente. O segundo estudo foi elaborado a partir da primeira ideia, um esboço mais aprofundado foi feito na área externa do projeto, espaço destinado a prática de alguns esportes e lazer da população. No terceiro estudo algumas alterações foram realizadas devido a topografia do terreno, setorização e fluxos elaborados. O esboço criado manteve a primeira ideia da área externa e do edifício, onde o estacionamento ficou localizado no subsolo, no térreo a biblioteca, comedoria e espaço de exposição, já no primeiro andar destinado ao centro de formação cultural e esportiva, e no ultimo pavimento o anfiteatro e seus apoios. No estudo final os ambientes foram divididos, assim como elaborado as aberturas e acessos, a divisão dos setores nos andares permaneceu como no estudo anterior, apenas alguns acessos foram modificados, e algumas alterações urbanas foram realizadas, como a baia de ponto de ônibus. A área externa permaneceu com a mesma disposição, a feira livre que hoje acontece na Av. Pedro de Toledo será transferida para a praça de eventos, com os mesmo dias e horários, com objetivo de permanecer o trajeto do ônibus e livrar o trânsito da R. Paulo de Faria que congestiona
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devido sua largura não atender perfeitamente o fluxo de transporte públicos, isso também será uma forma dos habitantes ocupar o equipamento urbano, se interessando mais pelas atividades oferecidas, integrando o projeto com o bairro. O acesso direto para a creche facilitará a interação das crianças com as atividades pensadas para elas, como o espaço para leitura infantil na biblioteca, e o anfiteatro que poderá receber peças e apresentações voltadas a esse público, assim como para as crianças da escola primária. Os diversos acessos que ligam a pista de caminhada foram pensados para que os moradores continuem usando o lote para circular, a ideia é que eles façam o percurso em um local mais seguro, agradável e ao mesmo tempo pratiquem a caminhada como atividade física, já que o trajeto é sinuoso e tem vários desníveis. A maquete digital está sendo desenvolvida a partir do estudo final, para essa etapa alguns detalhes minuciosos não foram executados visto que o objetivo é ter uma melhor visualização da volumetria, setorização e da topografia desse estudo preliminar, que servirá de base para futuras alterações que serão executadas a partir do diagnóstico de questões a serem solucionadas.
RUA PAULO DE FARIA
LEGENDA
PUMP TRACK
PASSAGEM SETOR CULTURAL SETOR ESPORTIVO
N
CICLOVIA CENTRO CULTURAL STREET PARK
QUADRA POLIESPORTIVA
EVENTOS
PLAYGROUND
AVENIDA PEDRO DE TOLEDO
IMPLANTA A
RUA PAULO DE FARIA APOIO BIBLIOTECA
N
VERTICAL
BIBLIOTECA ACERVO
PUMP TRACK
APOIO COMEDORIA
COMEDORIA EVENTOS
ACESSO CRECHE
QUADRA POLIESPORTIVA
STREET PARK
PASSAGEM PASSAGEM BIBLIOTECA PLAYGROUND
CICLOVIA
PISTA CAMINHADA
ACESSO PRINCIPAL
AVENIDA PEDRO DE TOLEDO A
IMPLANTA APOIO ANFITEATRO APOIO BIBLIOTECA
VERTICAL
APOIO COMEDORIA
APOIO ESPORTE
VERTICAL
APOIO CULTURAL
APOIO VERTICAL
ENTRADA VERTICAL
BILHETERIA
PALCO FOYER
BIBLIOTECA ACERVO
COMEDORIA
ESPORTE
PLATEIA
CULTURAL
PASSAGEM ACESSO CRECHE
PASSAGEM BIBLIOTECA
PLANTA
ESTACIONAMENTO
PLANTA
PLANTA SUBSOLO
PLANTA
N
RUA PAULO DE FARIA PUMP TRACK
3.50
PARA LIVROS
S FEMININO
S
FRIA
5.00 5.85
6.81
VOLUME
20.06
COZINHA COMEDORIA
S
ESTOCAGEM
MASCULINO
CAIXA
5.00 20.12
TERMINAL DE CONSULTA
6.18
7.51
3.09
SALA DE
6.81
4.11
3.52
3.52
DE LIVROS
DE LIXO
2.77
3.67
SALA DE
2.84
CONTROLE DE ABASTECIMENTO
4.85
CENTRAL DE
ACERVO
STREET PARK
HEMEROTECA
20.91
6.31
4.26
16.99
13.84
13.81
12.82
COMEDORIA HALL
LEITURA INFANTIL
QUADRA POLIESPORTIVA
EVENTOS
GUARDA VOLUME
PLAYGROUND
CICLOVIA
PISTA CAMINHADA
ACESSO PRINCIPAL
AVENIDA PEDRO DE TOLEDO
IMPLANTA N
N
CARGA E DESCARGA
CONTROLE DE ABASTECIMENTO
CAIXA
5.00 20.12
6.18
TERMINAL DE CONSULTA
SALA DOS PROFESSORES
5.85
4.11
MULTIFUNCIONAL
5.01
9.72 SALA DE TECNOLOGIA
CENTRAL DE
ACERVO
DML
5.96
SALA DE
5.03
SALA DE
SALA DE
COLETIVA
COLETIVA
GUARDA VOLUME
12.90
ESTOCAGEM
MASCULINO
4.81 SALA DE ATIVIDADES
MASCULINO
7.31SALA DE INDIVIDUAL
7.15
3.10
20.06
S
COZINHA COMEDORIA
6.18
VOLUME
DE LIXO
S FEMININO
6.05 ALMOXARIFADO GERAL
9.86
13.07
9.72
FRIA
5.85
S
10.05
SALA
5.00 5.76
FEMININO
7.51
3.09
S
6.81
4.11
3.52
3.52
PARA LIVROS
6.81
DE LIXO
4.92
3.50
2.77
SALA DE DE LIVROS SALA DE
6.05 S
2.84
3.67
4.85
4.11
N
ESTACIONAMENTO 107 VAGAS
HEMEROTECA COMEDORIA
INFANTIL
PLANTA
12.87
SALA DE
41.02
10.02
6.31
SALA DE
9.95
20.91
13.57
13.57
OFICINA DE CULTURA
SALA MULTIUSO
4.26
LEITURA INFANTIL
5.03
8.67
12.82
13.81
16.99
13.84
HALL
PLANTA
82.29
PLANTA SUBSOLO N
N 5.80
MASCULINO
8.43
5.29
11.21
20.98
BILHETERIA / CHAPELARIA
FEMININO PALCO
7.00
MASCULINO
INFERIOR
10.38
S
10.26
6.90
S
22.56
4.26
COPA
11.21
2.81
3.46
16.08
5.27
PLANTA MEZANINO
22.56
PLANTA
43.59
17.50
43.58
7.99
5.85
7.71
5.31
FOYER
21.56
5.29
15.80 SALA DE ESTUDOS
5.28
6.28 6.48
13.85
14.64
6.29
19.71
PLANTA
6.46
29.49
8.39
6.31
5.11
ACERVO
4.26
8.09
5.00
6.18
TERMINAL DE CONSULTA
5.11
MASCULINO
CAMARIM COLETIVO FEMININO
3.21
5.85
4.26
S
6.62
4.04
6.15
3.40 2.98 S
10.11
8.01 SALA
4.19
3.67
7.00
SALA DE
6.62 CAMARIM COLETIVO MASCULINO
5.93
3.08 4.79
N
N
PLANTA
177
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS O meio que habita pertence ao homem, os espaços públicos têm a função de estabelecer essa relação e ser cenário de interação social. A proposta desse trabalho é requalificar um espaço esquecido e devolve-lo a sociedade para que possa ser ocupado de forma consciente e justa. Os levantamentos realizados nessa pesquisa foram ferramentas primordiais para diagnosticar fraquezas e potencialidades da área de intervenção, dessa forma será possível elaborar estudos na próxima etapa do trabalho que solucionaram tais problemas. O projeto elaborado terá como elementos fundamentais a relação com o entorno, o conforto e segurança dos usuários por meio de soluções arquitetônicas tratadas anteriormente. A implantação de tal equipamento em uma periferia não se trata só de oferecer um serviço à população, mas no respeito, igualdade e valorização entre os homens. Promover cultura e esporte para indivíduos em situação vulnerável faz com que sejam reinseridas na sociedade. A arquitetura tem essa função, pensar em soluções em escalas macro que afetam no meio urbano, influenciando o comportamento dos habitantes.
178
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Cultural
e
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Cultural
e
Recreativo,
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Pinheiros.
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Centro
de
Esportes
Radicais
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São
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de
Esportes
Radicais
recebe
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meteorológicas
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