Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda. Fevereiro 2018 | EDIÇÃO Nº 71 - Periodicidade Mensal | Venda por Assinatura - 4 Euros
Pontos de Vista no Feminino GERBER TECHNOLOGY FAZ A DIFERENÇA
COLÉGIO GUADALUPE ERASMUS+
Greene’s Tutorial College Ensino de Excelência
André Monteiro e Alexandre lopes Qualidade e diferenciação. É este o lema da “Óculos Para Todos”, uma ótica com um conceito “Smart Cost”
FOTO: rui bandeira
responsável de loja e CEO da “Óculos para todos”
BREVES BREVES
CONCERTO U2
MODA SEM BARREIRAS
modelo mais velha do mundo é cara de campanha Daphne Selfe, de 89 anos, é a modelo mais velha do mundo que ainda exerce a profissão em que trabalha desde os 20 anos. A provar que a idade é só um número e que as barreiras da moda caíram há muito, a super modelo é cara das novas máscaras da Eyeko, uma marca londrina de maquilhagem de olhos. Além de apresentar o novo produto, Daphne lança a questão “What’s your lash story?” (Qual a história das suas pestanas?) onde fala do seu início de carreira, nos anos 50, e no facto de ter sido redescoberta num artigo da Vogue, aos 70 anos de idade. Como referência a esta campanha, a modelo publicou no seu blog homónino um post onde aborda a questão do uso de maquilhagem em pessoas mais velhas, que frequentemente perdem a confiança e deixam de se cuidar. [A maquilhagem] “dá brilho e acentua os meus traços e não há muitos casos em que a maquilhagem no envelhecimento não seja boa ideia”, refere, demonstrando a sua auto-confiança e a ideia de beleza que defende, baseada na ideia de sermos nós próprios.
COMIDA
As melhores dietas de 2018
pontos de vista
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As dietas Mediterrânica e DASH acabam de ser consideradas como as melhores de 2018 pela lista anual da US News World Report. Segundo notícia do El Español, ambas as culturas alimentares ficaram empatadas na primeira posição de um ranking que conta com 39 entradas. Apesar do estilo de alimentação dominante continuar a ser a chamada “dieta ocidental” (pautada pelo excesso de hidratos de carbono refinados e gorduras processadas, favorecem a obesidade e problemas cardiovasculares), estas duas dietas ocupam a primeira posição há vários anos. São sempre eleitas por um painel de médicos e entendidos e estudiosos.
u2 em segundo concerto em lisboa a 17 de setembro O anúncio desta segunda data é feito no dia em que foram postos à venda os bilhetes para o concerto do dia 16 de setembro, que esgotaram rapidamente. Com preços a variar entre os 37 euros e os 325 euros, os bilhetes foram disponibilizados a partir das 10:00 de hoje apenas em algumas lojas Meo e através da Blueticket, depois de ter havido um período de pré-venda no ‘site’ oficial da banda. No ponto de venda estavam disponíveis 770 bilhetes e cada pessoa tinha direito a quatro bilhetes, o que significa que muitos não conseguiram comprar ingressos. Esta será a sexta vez que os U2 atuam em Portugal, oito anos depois de terem feito dois concertos esgotados no Estádio Cidade de Coimbra, em outubro de 2010. Em 1982, tocaram no festival de Vilar de Mouros e em 1993, 1997 e 2005 atuaram no Estádio José de Alvalade, em Lisboa.
sabe o que não deve e não deve colocar no seu cv? Experiência de trabalho irrelevante Colocar todas as experiências de trabalho que já teve é uma das informações que deve evitar colocar no seu currículo, especialmente, se o seu currículo já é bastante longo. Faça uma análise ao que é pedido na oferta de emprego a que está a candidatar-se e elabore o seu currículo com a experiência profissional adequada ao cargo a que se candidata. Dados demasiado pessoais Deve igualmente evitar colocar dados pessoais como o seu estado civil, a sua religião ou o número de segurança social ou número de contribuinte. Apesar de serem informações que normalmente estão presentes nos currículos enviados aos recrutadores, a sua presença não é fundamental. Email pouco profissional Cuidado com o email que utiliza para responder a ofertas de emprego e evite utilizar mails demasiado descontraídos como miss_devil80@gmail.com ou super.benfica68@hotmail.com.
Informação sobre salário Deve evitar este tipo de informação neste documento, uma vez que o currículo é uma forma de mostrar as suas competências para o trabalho que é pedido. A discussão sobre o salário deve vir depois do processo de entrevista. Evite um tipo de letra ultrapassado Esta é uma questão de pormenor e de detalhe mas que pode fazer alguma diferença aos olhos dos recrutadores: Evite utilizar tipos de letra como o ‘Comic Sans’ ou o ‘Times New Roman’ no seu currículo. Estes tipos de letras estão ultrapassados e são considerados “fora de moda”. Leia o artigo “10 passos para transformar o seu estágio num emprego“. Foto Este não é um ponto consensual entre os especialistas de recursos humanos. E há até anúncios de emprego que pedem aos candidatos o envio de uma fotografia que acompanhe o CV. Mas a não ser que seja obrigatório, não deverá incluir a foto no seu currículo.
P 10
P 16 e 17
na MACIAS Y ASSOCIADOS RL, e a realidade de Corporate Governance
e a Inovação como fator de Sucesso
GRENKE
Sara Macias, Advogada e Senior Partner
P 18 e 19
SEG Automotive
e os novos Paradigmas da Mobilidade
Índice DE TEMAS
P 40
P 32 e 33
O Carnaval 2018 é em Loulé
Equipack - 30 anos a fazer a diferença no setor da injeção de plásticos
P 42
Pontos de Vista no Feminino Mulheres que fazem a diferença
FICHA TÉCNICA
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5 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO: João Soares | Miguel Beirão | Vítor Santos Design E PAGINAÇÃO: Mónica Fonseca | Vanessa Taxa Assinaturas Para assinar ligue +351 22 092 68 79 ou envie o seu pedido para Autor Horizonte de Palavras – Edições Unipessoal, Lda Rua Rei Ramiro 870, 2º J, 4400 - 281 Vila Nova de Gaia E-mail: assinaturas@pontosdevista.pt Preço de capa:
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FEVEREIRO 2018
Propriedade, Administração e Autor Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda.
» DESAFIOS DA ÁGUA EM PORTUGAL
“O nosso caminho será sempre percorrido rumo à excelência” “Os SIMAS são uma organização dinâmica, que está sempre a reinventar-se e a procurar seguir as melhores práticas do setor (a nível nacional e internacional)”, afirma Nuno Campilho, Diretor Delegado dos SIMAS de Oeiras e Amadora, em entrevista à Revista Pontos de Vista. Ao longo desta conversa ficamos a saber como a instituição tem sabido reinventar-se e promover um serviço de rigor e excelência em prol das populações e da água. Afinal quais são os grandes desafios que Portugal enfrenta na boa gestão da água? Saiba mais ao longo desta conversa.
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SIMAS assenta num modelo organizacional de gestão focado na otimização de resultados, com vista aos recursos humanos e tecnológicos, de forma a criar valor acrescentado para os clientes e municípios envolvidos. De que forma funciona este modelo? Os SIMAS, ao longo dos anos têm, efetivamente, aplicado os resultados obtidos decorrentes das suas atividades, em investimentos vários com o intuito de criarem, sempre, mais e melhor valor para o cliente. E isso verifica-se nas novas tecnologias que são desenvolvidas para melhorar o relacionamento com os mesmos, com mais rapidez, conforto, eficácia e contribuindo para a redução e, até, para a consequente eliminação do erro. Mas também se verifica ao nível operacional, com a constante intervenção na remodelação e substituição de redes de água e saneamento, com as campanhas de substituição de contadores e com o projeto piloto de telemetria que agora iremos iniciar e que envolve o desenvolvimento de uma nova tecnologia, num ambiente operacional.
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Que tipo de intervenções fazem parte das vossas competências? Todas as intervenções associadas à construção, gestão e manutenção de redes de água, saneamento de águas residuais e recolha de águas pluviais. Acresce, naturalmente, o relacionamento contratual com os munícipes de Oeiras e Amadora, no que diz respeito à ligação à rede pública de abastecimento de água para consumo humano e à rede de saneamento
de águas residuais. Por esse facto, temos uma estrutura associada a um laboratório acreditado, que garante a qualidade da água que é abastecida e recolhida. Como adquirimos água a uma entidade terceira, em alta (EPAL), temos uma rede de reservatórios, nos dois Concelhos, que nos permitem assegurar o abastecimento, à população, na eventualidade de uma interrupção integral do abastecimento por parte dessa entidade, de mais de dois dias. Quais são, na sua opinião, os grandes desafios que Portugal enfrenta na boa gestão da água? O último verão demonstrou que a gestão, distribuição e reserva de água em Portugal está algo desequilibrada. Naturalmente que esta situação, não podendo ser considerada inesperada, aconteceu de uma forma bastante intensa e repentina, o que pode ter condicionado uma melhor resposta por parte de quem tinha a responsabilidade de fazer face a este problema. Sequencialmente e porque já é algo que se arrasta há muito tempo, tarda em ser definitivamente resolvida, a estabilização da gestão territorial da água, em baixa, de acordo com aquilo que é o objetivo deste governo, mas também já era de outros, anteriormente. A intenção é nobre, pois passa por criar dimensão, competitividade e maior justiça social em serviços de pequena dimensão, através da criação de condições para que os mesmos se agreguem. Esta agregação, também poderia criar condições para a captação do financiamento necessário à realização dos investimentos necessários a NUNO CAMPILHO
uma cobertura mais alargada das redes de água e saneamento, algo que é muito difícil de assegurar, de forma competitiva, em muitas regiões do país, onde impera a dispersão territorial. Importa, por fim, de uma vez por todos, fazer aprovar o Decreto-Lei do Regime Tarifário e legislar sobre a construção, gestão e manutenção das redes pluviais, nomeadamente, criando condições para se arrecadarem as receitas necessárias para fazer face a esse investimento (criação de uma nova tarifa?), dado que estamos a falar de uma rede que é propriedade dos Municípios. Não quero deixar de falar de algo que me é muito caro e me acompanha, enquanto profissional do setor, desde há mais de dez anos a esta parte, que tem a ver com a reutilização das águas residuais. Num momento de seca extrema e severa que vivemos, que melhor altura para discutir, legislar e decidir sobre esta matéria? Claro que, enquanto for mais barato continuar a usar água para abastecimento humano para todos os fins, dificilmente se muda o paradigma. É isso e pedirem a Municípios urbanos, como são os nossos, para fazerem campanhas a apelar à poupança da água quando, de acordo com o Plano Nacional para o Uso Eficiente da Água, a pressão hídrica, nacional, situa-se, sobretudo, no setor agrícola, onde se utiliza cerca de 80% de toda a água consumida em Portugal! As alterações climáticas são um assunto preocupante também no que diz respeito a recursos naturais como é o caso da água. Neste momento quais são as principais questões que estão em cima da mesa sobre o assunto? Já tive oportunidade de me referir a esta
Aprender com os melhores não é sinal de impotência, mas, sim, demonstração de humildade e inteligência
tar dos sedimentos contaminados provenientes dos terrenos incendiados e que são arrastados pelas chuvas. Obriga a um maior controlo e monitorização, assim como a um tratamento mais intenso da água, o que poderá aumentar o seu custo, na origem, para além de poder fazer piorar os seus níveis de qualidade, os quais se têm revelado de excelência. Isto é algo que importa dizer, em reconhecimento pelo esforço que tem sido empreendido, ao longo dos últimos anos, pelas entidades gestoras, pelos sucessivos governos, pela entidade reguladora e pela Agência Portuguesa do Ambiente. questão, a propósito do período de seca que vivemos em Portugal. Esta situação não pode ser considerada alheia às alterações climáticas, pois os indicies de pluviosidade têm vindo a reduzir-se drasticamente nos últimos anos e, se isso se tem revelado inevitável e de combate difícil, já a prevenção e as ações que poderiam fazer face às consequências tão gravosas como aquelas que se verificaram este ano, deveriam ter sido mais eficazes e assertivas. Considerando que estamos num ponto sem retorno, espero, sinceramente, que se desenvolvam as politicas públicas no setor, mais adequadas e conducentes às melhores práticas que já se verificam em outros países que sofrem com o mesmo mal. Aprender com os melhores não é sinal de impotência, mas, sim, demonstração de humildade e inteligência. Os últimos incêndios em Portugal trarão mais consequências do que as já registadas? As consequências dos incêndios, para a qualidade da água das albufeiras nas regiões mais afetadas, são violentíssimas, pelo arras-
Recentemente, receberam financiamento do Fundo Ambiental para a aquisição de veículos elétricos para os serviços técnicos de Porto Salvo e Brandoa. Como está a ser a experiência? É uma experiência bem-sucedida e a repetir. Só lamentamos que o financiamento seja, relativamente, escasso e as viaturas elétricas ainda não apresentem o preço competitivo que, com o tempo, espero que venham a apresentar. Acredito que seja este o futuro, mas, à semelhança do que sucede com o preço da água reciclada, também os carros elétricos não podem continuar a ser mais caros do que os carros movidos a combustíveis fósseis. Se assim for, tardaremos a chegar lá. Têm componentes de educação ambiental e de responsabilidade social fortes, como funcionam ambas? Os SIMAS sempre se focaram no seu impacto junto da comunidade. Como tal não têm sido poupados esforços na tentativa de elucidar a população para temáticas como a sustentabilidade ambiental. Sendo a comu-
» DESAFIOS DA ÁGUA EM PORTUGAL
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nidade educativa um dos principais alvos das campanhas de sensibilização, é através dela que tentamos alterar comportamentos, facultando conselhos práticos de utilização da água, através de vários projetos como o Clube da Água, o Programa de Educação Ambiental, as comemorações dos dias nacional e mundial da água ou, mesmo, da peça de teatro “Doce Gotinha”. Também ao nível de campanhas internas, os SIMAS mantêm a preocupação relativamente à sustentabilidade e educação ambiental. Este ano foi lançada a campanha “1 copo 1 litro”, sensibilizando os trabalhadores para o elevado volume de resíduos diários provocados, sobretudo, pelo uso intensivo de recipientes de plástico. Estivemos, também, presentes no Encontro de Delegados BCSD Portugal, afirmando o protagonismo crescente do conceito da sustentabilidade. A assunção de uma gestão prosseguindo práticas corretas, almejando objetivos adequados, assumindo responsabilidades sociais e práticas ambientalmente corretas e coerentes, em consonância com o crescimento económico e a sustentabilidade da organização, é assumida como uma estratégia de desenvolvimento enquanto instrumento privilegiado de reforço da competitividade, de otimização das capacidades e meios internos, e de envolvimento de todos os nossos stakeholders. Para manter o bem-estar do público externo,
e porque o que realmente importa são as pessoas, os SIMAS promoveram, também, diversas campanhas que estão relacionadas com os temas anteriormente referidos. Aí se insere, por exemplo, a campanha de promoção para adesão à fatura eletrónica, bem como a criação dos tarifários social e familiar.
Quais são neste momento as prioridades do SIMAS enquanto entidade de serviço público? Os mesmos de sempre, porque os SIMAS são uma organização dinâmica, que está sempre a reinventar-se e a procurar seguir as melhores práticas do setor (a nível nacional e internacional). O nosso caminho, que nunca terá fim, será sempre percorrido rumo à excelência. À excelência no serviço ao cliente, à excelência na garantia de uma irrefutável qualidade da água, à excelência na equidade e no tratamento diferenciado dos clientes consoante o seu extrato social e familiar, à excelência na prossecução e aplicação das melhores práticas ambientais e sustentáveis, à excelência nos equipamentos que são instalados e na gestão da rede pública que transporta toda a água que é abastecido nestes dois Concelhos. Tudo isto consegue-se com a implementação de novas tecnologias associadas ao serviço ao cliente, às leituras e medições, à gestão interna no apoio à decisão, à gestão comercial; com o continuado investimento na remodelação e substituição de redes; com a prossecução das campanhas de substituição de contadores; com a construção de mais dois reservatórios; com a construção (em curso) do novo edifício de serviços técnicos; com o aprofundamento do nosso envolvimento no Conselho Nacional para o Desenvolvimento Sustentável; e com o desenvolvimento do trabalho que temos vindo a fazer e a acompanhar no seio do fórum iGen, criado no seio da Comissão para a Igualdade no Trabalho e na Empresa. ▪
O que pensa sobre a implementação de projetos de reutilização de águas residuais? Os portugueses vêm o tratamento e a reutilização da água como algo bom? Já abordei esta temática na resposta a uma pergunta anterior. Considero que é um processo inevitável, face à escassez de água com que nos temos defrontado (os tempos áureas, em Portugal era um país cheio de A gestão água, não são mais do que isso, tempos áureos...) e ainda que possam existir eficiente e algumas resistências, não podemos ambientalmente deixar de considerar essa hipótese sustentável dos recursos com a responsabilidade de estarmos perante uma grande oporhídricos passa por…? tunidade. Tem é de se reduzir os custos de produção e tomar por Passa por todos os players neste setor assumirem, boas e factuais, por exemplo, as de forma consciente, as suas responsabilidades; declarações de Filipe Duarte Sanpassa por ter a coragem de contrariar ideias e prátos (por sinal, um dos oradores ticas pré-concebidas, que estão a ser ultrapassadas na Water Summit que iremos pelos acontecimentos e pela realidade que nos realizar no dia 22 de março): entra pelos olhos dentro; e passa por capaci“Deitar na sanita água que bebemos, tar os profissionais do setor para os grandes é um luxo”. desafios que já chegaram e para todos aqueles que aí vêm e que não pedirão licença para entrar.
» MACIAS Y ASSOCIADOS RL OPINIÃO DE SARA MACIAS, Advogada e Senior Partner na MACIAS Y ASSOCIADOS RL
“Apply or explain!”
Que realidade de corporate governance nas empresas ditas familiares?
O presente artigo de opinião não aspira a dar resposta a esta indagação, tão somente pretende refletir sobre o governo societário das empresas familiares portuguesas, e sua adequação a esta dicotomia – Aplicamos ou não aplicamos, e se não aplicamos, então explicamos porque não aplicamos | Apply or Explain.
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s ditas sociedades modernas já interiorizaram o conceito de Corporate Governance, como seja o conjunto de regras e princípios que o órgão de gestão de uma sociedade anónima, deve respeitar no exercício da respetiva atividade – no seu relacionamento interno com os demais órgãos sociais e acionistas, e na relação com entidades terceiras, sejam elas contrapartes negociais , sejam fornecedores, sejam financiadores, credores ou clientes. Em suma, todos quantos possam ser afetados pelo “bom governo” da sociedade. Este conjunto de regras de “bom governo e boas práticas” visam tornar transparente e claros, os atos da Administração, definir os termos em que se afere a responsabilidade dos respetivos membros e assegurar que na mesma se refletem as diversas tendências acionistas. Por audácia da subscritora, utilizou-se o conceito mais esclarecedor e que aprendeu nos ensinamentos do Doutor Paulo Olavo Cunha em Direito das Sociedades, e que desde já aconselha a leitura, a quem se interessa por estes temas ainda tão pouco discutidos e entendidos na maioria do comum dos cidadãos. De forma a refletirmos sobre o tema acima sugerido, fomos investigar o que se entende por empresa familiar (não esqueçamos que estamos no âmbito de sociedades anónimas ... acionistas de um lado e do outro (preferencialmente) órgãos de gestão!! Ora vejamos, as empresas familiares são aquelas em que a pessoa que criou a empresa ou a
adquiriu, detém, por si ou através dos membros da sua família (por laços de sanguinidade ou de parentesco), a maioria dos direitos de voto nas tomadas de decisão; ou aquelas em que pelo menos um representante “de peso” da família está formalmente envolvido na “boa gestão" – ou governance, (conforme já se referiu supra) da empresa. Isto é, a maioria dos direitos de voto para a tomada de decisão são diretos ou instruídos no sentido de voto do núcleo forte da família. De forma geral, e observando o universo das chamadas grandes empresas familiares em Portugal, ou grupos de empresas interligadas entre si, sejam em holding, sejam em SGPS (por optimização fiscal das mesmas) o intrínseco conceito de Corporate Governance não tem realização prática pois verifica-se em simultâneo o controlo total e direto das participações sociais por um ou vários membros da família, e consequentemente a influência nas tomadas de decisão em prol do bem família, e a desgraçada ambição de continuidade do controle de gestão da empresa através dos seus herdeiros. Ora, se considerarmos que este universo assim caracterizado de uma forma sucinta é o apanágio do governo societário das empresas familiares portuguesa, em que moldes se aplica o “ Apply ou explain!” tão ambicionado pelos gurus do Corporate Governance? Este conceito de aplicar as regras (que os próprios criaram) de boa governação, tem o reverso da medalha de terem de explicar, a outros, quando e porque
as quebraram, ou seja têm de dar explicações! As recomendações de quem se interessa por estes assunto vão no sentido de Autorregulação de regras de boa gestão societária, e para tal suscitam-se temas interessantes de reflexão; como sejam a escolha para a composição dos órgãos de gestão com menos familiares e mais elementos profissionais vocacionados para as diversas áreas do negócio, repensar os interesses dos negócios entre a família e a própria empresa, a visão estratégica de desenvolvimento deve atender a critérios de competência, capacidade, experiência e mérito para o desempenho dos cargos de gestão, colocar em prática a eficácias das tomadas de deliberação, exigir as explicações e correções dos comportamentos desviantes das boas práticas de gestão. Em atalhe de foice sempre se dirá que, almeja-se uma grande compreensão destas recomendações porquanto a CMVM e o IPCG celebraram protocolo de cooperação e uniformizaram toda a parametrização e monitorização no Código de Corporate Governance, instrumento jurídico único que articula o cumprimento das recomendações de governo de sociedades e a fiscalização das regras obrigatórias constantes no Código das Sociedades Comerciais. Em súmula, e porque o desafio era refletir sobre o “Apply or explain” da gestão das empresas familiares, que o mesmo seja mote para mais estudos, e mais sugestões se ergam em cada empresa e exponha as fragilidades da não aplicação destas boas práticas de gestão. ▪
DIREITO - PROTEÇÃO DE DADOS «
OPINIÃO DE TÚLIO MACHADO ARAÚJO, PARTNER DA TÚLIO M ARAÚJO, CRISTINA CASTRO & ASSOCIADOS
Proteção de Dados Pessoais e Encarregado da mesma Será que um smartphone, que a empresa lhe cedeu para trabalhar, pode ser causa para a sua entidade patronal ser condenada a pagar uma coima elevadíssima, o que lhe dará direito de o despedir a si? Veremos que a resposta pode ser positiva.
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no trabalho, mesmo sendo assunto em moda. O Regulamento da protecção dos dados vem proteger o tratamento das informações sobre as pessoas para reduzir o abuso no uso dos mesmos. E estamos a referir-nos a dados pessoais de fornecedores, clientes, concorrentes e trabalhadores, pelo que qualquer destas bases de dados está incluída. Assim, se o telemóvel supra referido, contiver uma base de dados que não só para uso pessoal do seu utilizador, mas para o desempenho do tratamento de dados de forma que não meramente de agenda de contactos pessoais, poderemos estar perante uma violação daquele Regulamento e terá as consequências nefastas referidas. Uma entidade que só se relacione com pessoas colectivas, a jusante e a montante e que não tenha mais do que um trabalhador, está excluído da aplicação deste diploma, como um quiosque, um café de bairro que não recolha dados de clientes para descontos ou uma associação de juntas de freguesias sem trabalhadores da associação usando recursos das associadas e que se dedique por exemplo à contagem dos animais existentes nos territórios das associadas, sem registo de seus donos ou moradas. Excepcionalmente, o DPO (Data Protection Officer / Encarregado de Protecção de Dados) poderá justificar um tratamento menos exigente. O armazenamento de dados pessoais tem que ga-
rantir o uso não abusivo dos mesmos, como por exemplo numa escolinha de futebol para crianças, as fichas em cartão dos sócios serem guardadas à chave, ficando esta na posse de uma pessoa responsável. O tratamento dos dados só pode derivar do consentimento por ser necessário para a execução de um contrato no qual o titular dos dados é parte. Ou para diligências pré-contratuais a pedido daquele, para o cumprimento de uma obrigação jurídica, para a defesa de interesses vitais do titular ou de outra pessoa singular, para o exercício de funções de interesse público ou ao exercício da autoridade pública e para efeito dos interesses legítimos prosseguidos pelo responsável pelo tratamento ou por terceiros, excepto se do interesse ou direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados, em especial se for uma criança. Deixaremos de ser interrompidos por um telefonema de telemarketing. A base de dados, que permitiu esse acesso, poderá ser apagada e o nosso nome deixar de lá constar. Por outro lado, também tem inconvenientes. A base de dados das pessoas que haviam sido objecto de execuções (penhoras) e insolvências era disponível para evitar novos créditos e deixa agora de o ser. A protecção tem custos. Numa sociedade em que o saber não ocupa lugar, o que se sabe deve ser bem guardado. ▪
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eremos também como é que uma pequena coletividade de bairro ou uma empresa com um sócio, um gerente e um trabalhador pode ser objecto de uma coimas até 2% do seu volume de negócios. Se a sua empresa, associação, clube, ginásio, empresa de venda pela internet, café com cartão de fidelização, ou se é empresário individual ou profissional liberal e tem um base de dados, em papel ou informática e nela inclui, seja a que titulo for, pessoas singulares (e não apenas empresas), então a partir de 25 de Maio de 2018, terá que nomear um Encarregado da Proteção de Dados, um jurista com conhecimentos de Direito e das práticas de proteção de dados, quiçá assessorado por um informático. Nos termos do Regulamento (UE) 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho de 27 de Abril de 2016, relativa à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados, terão que se adaptar as bases de dados para garantir o respeito pelos direitos fundamentais, as liberdades e os princípios das pessoas singulares independentemente da nacionalidade, local de residência, respeito pela vida privada e familiar, domicílio e comunicações, liberdade de pensamento, de consciência e religião, de expressão e informação, liberdade de empresa, diversidade cultural, religiosa, linguística e demais dados pessoais. É obrigação também do Estado e entidades a este relacionadas. Estamos na Comunidade Europeia há 30 anos e não é habitual falarmos de aplicação direta de normas comunitárias cujo não cumprimento nos sujeitem um cidadão médio, sem uma lei intermédia regulamentadora, a coimas até dez milhões de euros ou, no caso de uma empresa, até dois por cento do seu volume de negócios anual, correspondente ao exercício financeiro anterior. Assim é importante difundir esta temática, para que ela não fique na sobra, como é o caso da esquecida Lei nº 73/2017 de 16 de Agosto, em vigor desde 17 de Setembro de 2017, que poucos cumprem na obrigação, dentro das empresas com mais de seis trabalhadores, de criação de códigos para a prevenção e combate ao assédio
EQUIPA DA ÓCULOS PARA TODOS
TEMA DE CAPA «
"VENDEMOS SAÚDE"
Qualidade e diferenciação. É este o lema da “Óculos Para Todos”, uma ótica com um conceito “Smart Cost”, único no país. Alexandre Lopes, CEO da ótica “Óculos Para Todos”, é licenciado em Gestão, mas há dois anos decidiu apostar no setor da saúde visual. Com um forte conhecimento em contabilidade e estudos de mercados pensou num modelo de negócio distinto, mas mais do que isso, pensou num modelo para chegar a todos os clientes, com óculos de qualidade e a um preço baixo, até porque, como o próprio afirma, a qualidade não tem de ser cara.
“Óculos Para Todos”
Alexandre Lopes e André Monteiro
+ INOVAÇÃO
Com foco na tecnologia de ponta, na inovação e nas tendências, a “Óculos Para Todos” tem marcado presença em várias feiras internacionais para estar a par das últimas novidades. “Fizemos também um investimento considerável na substituição de todos os nossos equipamentos do laboratório e do gabinete de optometria. Se até aqui tínhamos uma capacidade de corte de cerca de 70 lentes por dia, agora ronda as 120. Dispomos
da mais moderna tecnologia para podermos entregar os óculos aos clientes em menos de 30 minutos (lentes monofocais de stock), sendo o objetivo reduzir ainda mais o tempo de espera”, avança o CEO da ótica. Para além disto, é uma das únicas óticas tradicionais com stock permanente de armações e lentes, são mais de 5 mil armações e cerca de 15 mil lentes monofocais em stock, que consegue satisfazer na hora cerca de 80% dos clientes. Outro aspeto importante é o facto do CEO querer uma oferta de preço cada vez mais baixo, possível através da aquisição de grandes stocks e mantendo uma margem de lucro menor que a praticada na ótica tradicional, até porque como o próprio nome da ótica diz, o objetivo é que os óculos sejam acessíveis a todos. Por sua vez, nas lentes de contacto, a ótica não descura o cuidado com este produto mais sensível. “Trabalhamos com marcas de prestígio no mercado como a Coopervision ou a Disop, em termos de líquidos de manutenção das lente de contacto e para tratamento ocular. Por sua vez os nossos novos fornecedores de lentes oftálmicas, a Optiswiss e Lux-Lens, fabricadas na Suíça e
Alemanha, dão-nos qualidade acrescida pelo mesmo preço”, refere Alexandre Lopes. Quanto às consultas, a “Óculos Para Todos” tem três Optometristas disponíveis, de segunda a sábado, sendo o consultório devidamente certificado pela Entidade Reguladora de Saúde (ERS), no entanto, Alexandre Lopes pensa já num novo consultório e no reforço da equipa nas diversas áreas.
DOIS ANOS EM REVISÃO
“Óculos Para Todos” é já um ponto de referência na cidade invicta e o desejo da abertura de uma nova loja tem ganho força, pelo que já foi pensada e planeada a abertura de uma loja em Lisboa. No entanto, a necessidade de aumentar a capacidade de resposta aos clientes obrigou à renovação do laboratório e do consultório da ótica com equipamento inovador e eficaz, ficando este plano em stand by. Mas tranquilizem-se caros leitores do centro e do sul porque a hipótese não foi descartada. Para já, o objetivo é conseguir corresponder ao aumento de clientes que se tem verificado (atualmente cerca de 80 clientes por dia), como o nosso entrevistado refere, apesar de, no início não ter sido fácil a aceitação deste conceito. “Hoje continuam a existir clientes
13 FEVEREIRO 2018
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culos para todos" destaca-se pelo conceito Smart Cost. “somos a única ótica com este conceito, oferecemos qualidade a um preço baixo, e procuramos continuamente acompanhar a exigência na qualidade e diversidade dos produtos, bem como investir cada vez mais em equipamentos de última tecnologia, ou seja, mais qualidade pelo mesmo preço”, explica Alexandre Lopes Quem por ali passa, na loja número 673 na Rua De Sá da Bandeira, no Porto, pode verificar a diversidade contínua na oferta de produtos, apostando em artigos de titânio e acetato feito a mão, fabricados na União Europeia.
FOTO: RUI BANDEIRA
» TEMA DE CAPA
FOTO: RUI BANDEIRA
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céticos que não vêm à nossa ótica porque têm a ideia de que o “barato sai caro”, no entanto têm sido bastante gratificantes os comentários que temos recebido dos nossos clientes e o aumento considerável de clientes fidelizados. O ceticismo ainda não está completamente desmistificado, mas é sabido que a mentalidade e a cultura são sempre os aspetos mais difíceis de mudar”, adianta Alexandre Lopes. Completados dois anos de existência no passado dia 23 de janeiro, o balanço é positivo. “Em 2017 conseguimos vender duas vezes mais rela-
tivamente a 2016, e neste momento contamos com cerca de 22 mil clientes, 53 mil óculos vendidos e cerca de 7.500 consultas de optometria efetuadas”, afirma Alexandre Lopes. Ligados ao setor da saúde visual, para o nosso entrevistado não faz sentido tentar vender o produto mais caro ao cliente. “Procuramos sempre, em primeiro lugar, informar o cliente sobre o produto mais ajustado às suas necessidades, garantindo-lhe confiança para que não saia da loja com a dúvida de que “o barato sai caro”. Queremos que o cliente saiba que a qualidade
existe e que está na nossa loja”, reforça Alexandre Lopes. Também o serviço pós-venda é um fator fulcral para a ótica que faz a monitorização de todos os clientes. É, igualmente, importante alertar e consciencializar as pessoas para os problemas visuais, proteger e cuidar da sua visão. E a verdade é que há cada vez mais clientes que sabem o que é uma ótica e que produtos estão à venda. “Uma ótica não serve apenas para comprar óculos. Ótica é saúde e tentamos consciencializar o nosso cliente para isso, informamos sobre os
Patrocinadores:
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concorrentes não só produtos que deve usar A partir pelo preço, mas tame de como deve cuidar deste ano já dispomos bém pela qualidade da sua saúde visual. de um retinógrafo, do produto”, explica Por sua vez, os nossos André Monteiro. Optometristas estão onde analisamos, Quanto às lenna linha da frente de forma preventiva tes progressivas, dos cuidados visuais complicações a nível da retina, dividem-se em três primários, desde logo através de um procedimento gamas com tecnosensibilizando e divulnão invasivo, logia Freeform, desde gando mais informaa Intermédia, Persoção ao cliente. A partir e rápido nalizada e a Premium, deste ano já dispomos de a “Óculos para todos” dá um retinógrafo, onde anaespecial atenção à lente Prelisamos, de forma preventiva, mium. “Na concorrência a lente complicações a nível da retina, progressiva pode custar cerca de 500 através de um procedimento não invasieuros, na nossa loja disponibilizamo-la a partir vo, e rápido. A partir deste exame disponibilizados 102 euros”, explica o responsável de loja. mos relatório médico por parte de oftalmologisSaiba que na “Óculos para todos” encontrará tas dos hospitais universitários de Coimbra, com lentes progressivas de qualidade Intermédia, resposta até 72h. Aqui vendemos saúde”, refere com tecnologia Freeform, a partir e 12,50 euros. André Monteiro, responsável da loja. “No atendimento ao cliente apresentamos toda Sempre com o foco na satisfação do cliente, a nossa oferta de progressivo (Intermédia, Persoé feito um trabalho exaustivo para atualizar nalizada e Premium), sendo a lente Premium a diariamente o site com as campanhas, novos lente de topo, com maior campo visual e melhor modelos, mas também com os artigos onde a adaptação, mas temos clientes que já vêm à proótica é notícia e com os comentários dos cliencura da nossa lente intermédia porque já traz tes que têm vindo a confirmar a qualidade dos garantias da sua qualidade através de amigos ou seus produtos. Também na página do Facebook familiares”, diz-nos André Monteiro. se verifica uma interação com os clientes ou Os modelos de armações a 4,99 euros também futuros clientes que vêm sempre esclarecidas serão reforçados. Inicialmente com três modeas suas dúvidas ou questões. los disponíveis, a ótica quer passar a disponibiliQuando questionado sobre o porquê de escozar sete modelos, dando um salto na qualidade. lher “Óculos para todos”, Alexandre Lopes não “Continuamos a ser a única loja na Península tem dúvidas: devido à qualidade-preço, rapidez Ibérica a oferecer produto de qualidade ao mais e atendimento personalizado. “Em dois anos baixo preço do mercado. Conseguimos dividir vendemos mais de 50 mil óculos, temos mais os preços de três a dez vezes, relativamente à de 20 mil clientes e mais de 7000 consultas concorrência”, afirma Alexandre Lopes. marcadas. Felizmente, temos tido considerável Por sua vez, o processo de venda também será afluência no nosso gabinete, é exemplo disso simplificado para que seja ainda mais rápido e as marcações para os sábados serem feitas com eficiente, com recurso à realidade virtual avantrês semanas de antecedência. Estamos com çando na tecnologia e no atendimento percerca de 22 consultas diárias. Temos clientes sonalizado ao cliente. Para tal, a formação dos novos diariamente e muitos já fidelizados. O colaboradores é contínua e uma aposta cons“passa a palavra” e a recomendação dos clientes tante desta ótica. continuam a ser a nossa melhor publicidade", Depois da abertura da segunda loja, a “Óculos adianta o nosso entrevistado. para todos” terá um Call center para conseguir chegar a todas as dúvidas e questões dos seus + QUALIDADE EM 2018 clientes. O novo ano passa por reforçar a qualidade dos produtos da ótica, como já tem vindo a ser referido ao longo do artigo. Ora vejamos. + PRÓXIMO DE TODOS Atualmente as pessoas lidam diariamente Sendo a “Óculos para todos” sensível ao que com luzes prejudiciais à visão, quer pelo uso diz respeito ao bem-estar das crianças (note-se dos computadores, tablets e smartphones. que a campanha de arranque foi direcionada Assim, a “Óculos Para Todos” está a apostar em para crianças), a ótica passará a estar ligada a produtos com tratamento para a luz azul/leds duas associações sem fins lucrativos no Porto: a dos dispositivos eletrónicos, e também no traObra Frei Gil – Ramalde e a Casa do Caminho, tamento anti-reflexo de última geração (super ajudando com a oferta das consultas e dos ócuhidrofóbico sem cor residual), o qual deixa as los às crianças desfavorecidas dos 0 aos 18 anos. lentes mais transparentes e esteticamente mais “Esta parceria fazia todo o sentido, uma vez que bonitas sendo que possui uma camada extra de a ótica surgiu exatamente para chegar a todos uma capa anti-aderente que facilita na limpeza. os que precisem. Temos consciência da necessi“Queremos acompanhar o desenvolvimento no dade de praticar preços acessíveis a todos oferesetor da ótica que tem evoluído a passos largos cendo, ao mesmo tempo, garantia de qualidade, e apresentar sempre produtos com tecnologia dado que o nosso intuito não se baseia unicade última geração. Vamos diferenciar-nos dos mente no lucro”, conclui Alexandre Lopes. ▪
» GRENKE E O RENTING TECNOLÓGICO
“A inovação é a chave do sucesso de qualquer negócio”
MARCO SOUTA
GRENKE e inovação são dois conceitos que andam de «mãos dadas», até porque esta é uma marca, a GRENKE, que desde a sua génese tem vindo a marcar a diferença pela capacidade inovadora que possui. A Revista Pontos de Vista conversou com Marco Souta, Managing Director da Grenke Renting, S.A, onde ficamos a conhecer um pouco mais de uma marca com mais de quatro décadas de experiência na vertente do renting tecnológico.
pontos de vista
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A
GRENKE é uma empresa especialista em renting de equipamentos tecnológicos. Em que aspetos a GRENKE se diferencia no mercado? Que mais-valias oferece? A GRENKE é um grupo financeiro alemão com mais de 40 anos de experiência na área do renting tecnológico e com presença internacional em mais de 30 países. Este background, permite que sejamos reconhecidos como um dos principais especialistas nesta área. Oferecemos soluções para qualquer dimensão de negócio, através de uma equipa de profissionais altamente preparados para, no terreno, conseguirmos oferecer respostas simples, rápidas e personalizadas. A GRENKE foi selecionada pelos European Business Awards 2017/18 - Ones to Watch como uma das empresas a nível europeu que se distinguiu pelo seu crescimento excecional. Que fatores têm contribuído para este crescimento e solidez no mercado? O principal fator de sucesso da GRENKE está assente na cultura que criamos ao longo dos últimos dez anos em Portugal. Uma cultura de aposta
nas pessoas, garantindo o seu desenvolvimento e bem-estar. Internamente acreditamos que temos uma equipa feliz, e trabalhamos e investimos diariamente para que isso aconteça. Temos equipas muito bem preparadas e tentamos ajudar a que estas se superem no atingimento dos seus objetivos pessoais e dos objetivos da empresa. Esta filosofia de crescimento e bem-estar é o que colocamos também nos negócios com os nossos parceiros e clientes. Trabalhamos em parceria, para que as empresas e pessoas cresçam conjuntamente e acreditamos que estes são muito mais do que produtos ou preço, são relações. Procuramos também, de forma muito regular, envolver a nossa equipa, parceiros e clientes, em iniciativas que nos permitam retribuir à sociedade uma parte do sucesso e dos resultados que atingimos. Entendemos que estarmos despertos para outros quadrantes e outras realidades é também fundamental para uma cultura de entreajuda. O facto de esta cultura ser reconhecida internacional, deixa-nos obviamente muito orgulhosos. Tem como foco o apoio financeiro às PME, com
uma ampla oferta de bens tecnológicos financiáveis. Para contextualizar o nosso leitor, o que é o renting de equipamentos tecnológicos? O renting de equipamentos tecnológicos é um veículo que permite às empresas manterem a competitividade, continuando a inovar através do investimento neste tipo de bens. Ao optar pelo renting, estão a optar por uma solução que privilegia a utilização dos bens em detrimento da posse dos mesmos, garantido total flexibilidade no final do contrato. As empresas e os empresários, podem acesso a tecnologia de vanguarda sem comprometerem a sua tesouraria, já que o renting permite um planeamento adequado através de rendas constantes. O cliente escolhe os equipamentos e o fornecedor, e a GRENKE, enquanto locadora, adquire os mesmos colocando-os de seguida é disposição do cliente por um prazo acordado. Tudo isto no espaço de horas, desde a aprovação até à formalização do contrato e entrega dos equipamentos. A GRENKE efetua renting de uma gama muito abrangente de equipamentos, que vão desde equipamentos informáticos (hardware e soft-
ware), equipamento industrial e médico, passando por equipamento desportivo, hoteleiro e até mobiliário de escritório, equipamentos de segurança, eficiência energética entre muitos outros. Porquê fazer um renting em vez de comprar? Que vantagens apresenta? O renting privilegia o conceito da utilização de equipamentos rapidamente depreciáveis em detrimento da posse dos mesmos, e na realidade é este exercício que, como gestores, devemos fazer. Será que a posse serve verdadeiramente de forma eficaz as necessidades das empresas? Defendemos claramente a compra de recursos valorizáveis e a locação de recursos depreciáveis. O fator decisivo na hora de escolher o modelo de financiamento mais adequado ao investimento a realizar é, sem dúvida, o benefício associado à solução. Só dessa forma a decisão será consciente e dará a garantia de ser a melhor opção. O Renting permite maximizar esses benefícios, já que:
Como é que as empresas podem beneficiar, portanto, do renting informático? Mas que desafios também podem enfrentar? As empresas que pretendem ser competitivas e que optam pelo renting sabem que o investimento do seu tempo e capital é bem empregue, porque a sua capacidade de resposta e de inovação as leva ao sucesso nos mercados onde operam. Os desafios passam pela rentabilização do investimento e pela capacidade de serem competitivas. O equilíbrio destes dois fatores, aliados a uma boa gestão de recursos, fazem com que os desafios se prendam mais com a sua capacidade de obter resultados e não tanto com a forma como os investimentos são aplicados. Na realidade, o renting é uma vantagem competitiva, é uma forma de operar, e consequentemente de avançar nos negócios. Sem esta ferramenta, os desafios da aquisição e gestão dos bens depreciáveis pode tornar-se um pesadelo e um entrave à evolução, que exige gestão e tempo. ▪
As empresas que pretendem ser competitivas e que optam pelo renting sabem que o investimento do seu tempo e capital é bem empregue, porque a sua capacidade de resposta e de inovação as leva ao sucesso nos mercados onde operam
→ Reduz a carga fiscal da sua empresa, ao possibilitar a dedução do IVA sobre a totalidade das prestações, permitindo a contabilização como custo operacional das rendas; → Permite alocar todos os seus recursos financeiros à sua atividade, retirando do balanço da sua empresa divida relacionada com este tipo de investimento, mantendo desta forma os seus limites de crédito junto dos habituais parceiros financeiros. Assim, melhorará desde logo o rating da sua empresa já que não aumenta os níveis de endividamento; → Consegue efetuar uma gestão de tesouraria mais eficaz, evitando surpresas ao longo do contrato. Com rendas fixas e periódicas até ao final do contrato, permitir-lhe-á prever a longo prazo quais as despesas que terá de assegurar; → Transporta a possibilidade de negociar os melhores preços das soluções junto dos seus fornecedores, dado que a Locadora pagará a pronto pagamento a totalidade do investimento necessário para que possa usufruir o quanto antes da tecnologia que necessita;
Num mercado cada vez mais globalizado e competitivo, o renting informático pode ser a chave para efetivar o sucesso no tecido empresarial? Acreditamos que a inovação é a chave do sucesso de qualquer negócio. A procura da inovação através da tecnologia e a capacidade de adaptação à realidade de qualquer mercado é algo que deve estar no ADN de qualquer empresa. A GRENKE oferece produtos de renting que aliam estas duas condições já que oferece diversas opções às empresas, que são reforçadas pelas vantagens financeiras que o renting agrega. Optar pelo renting significa adotar uma decisão inteligente face à competitividade.
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Entre muitos outros, estes são apenas alguns dos benefícios que esta solução oferece. Na hora de investir, é importante considerar os factores acima referidos, e percecionar que o Renting não é uma solução para pequenas ou grandes empresas, mas sim cada vez mais uma solução ajustada ao tipo de equipamentos, que lhe permite a garantir a flexibilidade que o seu negócio exige.
» NOVOS PARADIGMAS DA MOBILIDADE
“DIZEMOS O QUE FAZEMOS, FAZEMOS O QUE DIZEMOS”
ALBANO MAGALHÃES
O Grupo Bosch completou o processo de venda e transição da SEG Automotive para uma empresa independente, bem como do seu Centro de Serviços Partilhados em Portugal. A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com Albano Magalhães, General Manager da SEG Automotive Portugal, para perceber o que representa, a nível de gestão, a venda da empresa a um consórcio chinês e o que mudará com esta independência, nomeadamente nas soluções de mobilidade que desenvolvem e comercializam.
F pontos de vista
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azemos parte da mobilidade, e especificamente da eletricidade, como componente da mobilidade há mais de cem anos”, começa por referir Albano Magalhães mencionando, igualmente, o conceito de alternador e motor de arranque, uma patente original da Bosch de que a SEG Automotive é herdeira. Esta já celebrou mais de cem anos, e faz do motor de explosão também parte integrante da história da SEG Automotive. Desde 2015, início da preparação desta transição, a SEG Automotive tem vindo a analisar e a desenvolver novas organizações para continuar a prestar serviços aos seus clientes de uma forma totalmente independente. Para assegurar a continuação de processos aos clientes, internos e externos da SEG, foi criada em Setembro de 2016 a SEG Automotive Portugal, o Centro de Serviços Partilhados da SEG Automotive, encarando a nova perspetiva de dimensão e autonomia do grupo. No desenvolvimento da alocação das atividades de eletromobilidade pela Bosch às suas áreas de negócios, a SEG Automotive ficou historicamente encarregada da área do BRS Boost Recovery System. Na prática, trata-se de uma aplicação, que não só faz a junção das suas duas máquinas históricas de apoio ao motor de explosão - o alternador e o motor de arranque -, como permite a implementação de mobilidade
Agora, enquanto grupo independente e autónomo, a estratégia pode passar pelo desenvolvimento de potenciais produtos para um nível superior de eletrificação, e outra posição no futuro da “e-mobility”
100% elétrica, através de uma solução de hibridização suave (“mild-hybrid”). O produto permite aos construtores integrarem facilmente a opção híbrida num motor diesel ou a gasolina, sem alterações muito significativas ao seu layout e com um baixo custo (quando comparado com outras soluções existentes). Outro elemento importante BRS é permitir soluções de base de 24 volts e 48 volts, elementos que poderão ser fundamentais para alimentarem, com as maiores potências requeridas, as necessidades dos
sistemas de veículos autónomos e com maiores níveis de conetividade. “Fomos desenvolvendo este conceito sempre com o objetivo de diminuir as emissões de dióxido de carbono e garantir mobilidade eléctrica. Nos últimos tempos, começamos a ter alguns pedidos para verificar se este conceito pode também ser aliado à função de performance e maior potência, o que faz com que nos vejamos, no futuro, como parte integrante da eletromobilidade total e do apoio da mesma aos motores de combustão”, afirma, confiante, Albano Magalhães. Agora, enquanto grupo independente e autónomo, a estratégia pode passar pelo desenvolvimento de potenciais produtos para um nível superior de eletrificação, e outra posição no futuro da “e-mobility”, algo que seria mais difícil no passado. No entanto, o foco da empresa a médio prazo irá manter-se. O que muda é o potencial de crescimento e de desenvolvimento para novas áreas da e-mobility, que irá ser superior. A sua venda a um consórcio chinês, permite à SEG Automotive alcançar mercados onde o crescimento do setor automóvel é mais significativo com outros trunfos. “A venda foi um processo transparente com todos os colaboradores a nível global. É um indicativo de confiança deles na nossa organização e naquele que é o nosso potencial de
crescimento. Além disso, é positiva a mudança de paradigma gerada com a saída de uma grande corporação, já que agora somos um grupo global de média dimensão e por isso com elementos acrescidos – fundamentais mesmo - de criatividade, autonomia e responsabilidade pessoal. Neste processo percebemos, ainda, que a relevância de quem é o nosso acionista é menor para a indústria do que julgávamos. Importante é que mantenhamos a mesma qualidade, preço e eficiência de sempre”, adianta Albano Magalhães.
A ELETROMOBILIDADE A LONGO PRAZO
O PLANO ESTRATÉGICO DA EMPRESA
“Estamos num mercado ainda muito volátil. Como já referi, a eletromobilidade trata-se de uma megatrend e só saberemos o seu dinamismo e os verdadeiros efeitos dela potencialmente na próxima recessão”, diz-nos Albano Magalhães. Para a SEG Automotive a aposta, no âmbito da eletromobilidade, está no BRM – Boost Recuperation Machine. O BMR da SEG Automotive transforma o motor de explosão convencional (Gasolina ou Diesel), com modificações menores a nível do motor e da transmissão, numa unidade híbrida - reduzindo assim o consumo de combustível e as emissões de dióxido de carbono até 15%.
equipa SEG automotive
PRÍNCIPIOS GUIA
cabe à SEG Automotive estar pronta para conseguir corresponder às necessidades dos clientes e do mercado nesta área e ser um player importante" Com a solução da SEG Automotive de “híbrido suave” de 48 volts, não há necessidade de proteção de alta tensão ou cabos de alimentação especiais. O BRM está posicionado com interface na própria correia de transmissão (tipologia P0), montado no motor e substitui o alternador no seu habitual espaço de montagem. “Somos um dos principais players em termos de hibridização suave de 48 volts e orgulhamo-nos de, com o BRM, melhorar a performance dos carros com motores de combustão e contribuir significativamente para economizar combustível, através do coasting e assegurando sempre um início suave e rápido do motor”, acrescenta o nosso interlocutor. Enquanto empresa pioneira na eletrificação do automóvel, a SEG Automotive tem uma elevada capacidade de inovação e desenvolvimento, bem como é especializada em engenharia e na otimização dos processos desta indústria. Está, por isso mesmo, num ponto privilegiado para industrializar o que o mercado irá solicitar e fazer parte das novas soluções que emergirão da megatrend. “Acima de tudo temos de ter bem presentes a questão da adaptabilidade e do paradigma think global, act local. Numa organização como a nossa, a mesma tem de estar atenta às estratégias globais mais adequadas para implementar a nível local, à medida que as tendências se vão desenvolvendo e sucedendo”, adianta Albano Magalhães.
Enquanto empresa nova que estava a começar em Portugal, foi extremamente importante para a SEG Automotive Portugal definir um conjunto de valores, bem como uma missão, visão e, acima de tudo, aquilo a que a empresa chama de princípios guia. “É aquilo que todos nós tentamos viver dia-a-dia. Parte integrante de ser um colaborador SEG Automotive. Um deles diz respeito ao nosso princípio de manter uma postura clara: We say what we do, we do what we say (Dizemos o que fazemos, fazemos o que dizemos). Na SEG Automotive, sempre assumimos claramente os nossos compromissos de forma a não termos dúvidas daquilo que temos de honrar”, afirma Albano Magalhães. Outro princípio está diretamente relacionado com os clientes. “Costumamos dizer que as perceções do nosso cliente são a nossa realidade. Não contrariamos as suas razões (ou aquilo que podemos entender como perceções), mas trabalhamos com base nelas e no sentido de assegurarmos o melhor caminho ou a melhor decisão. Isso ainda é mais importante num centro de serviços partilhados em que a maioria dos nossos clientes são nossos colegas”, diz-nos, ainda, o nosso entrevistado. A melhoria contínua é, igualmente, um princípio fundamental para a SEG Automotive Portugal. “Temos de ter presente a noção de que hoje estamos bem, mas, se nada fizermos, amanhã dificilmente continuaremos nessa posição. Por isso temos de contribuir para atingir sempre e continuamente um patamar superior. Temos de tornar o excelente mais excelente, dia após dia. Temos de perceber que há sempre algo que pode ser melhorado. Parar é deixarmo-nos ser apanhados e acreditamos que estes princípios fazem parte do nosso sucesso”, alude Albano Magalhães. Quando a SEG Automotive iniciou a 1 de setembro de 2016 tinha apenas três áreas funcionais previstas, hoje tem já seis áreas em funcionamento. O plano passava por contar com cerca de 40 colaboradores, mas hoje já são mais de 70 e com a perspetiva de continuar a crescer. “Trata-se, contudo, de um crescimento sustentável e com os pés bem assentes no chão para continuarmos a manter a qualidade e a excelência com as quais já habituamos os nossos clientes, há mais de um século”, conclui Albano Magalhães. ▪
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Quando questionado sobre o futuro dos veículos totalmente elétricos e sobre se estes tornar-se-ão na única opção, Albano Magalhães responde com alguns exemplos: - Na década inicial deste século com o avanço da tecnologia temia-se que a internet e o online viessem substituir o papel e os meios de comunicação tradicionais. Hoje, podemos constatar que a internet veio complementar o trabalho da comunicação social. - Há dez anos, o mesmo acontecia com o “megatrend” das energias renováveis, pensando-se que rapidamente seriam o único elemento energético futuro. No entanto, hoje as energias renováveis e não renováveis continuam a coexistir, com as primeiras a terem um papel importante no fornecimento de necessidades acrescidas e de forma sustentável, mas longe de ser exclusivo. Não será expectável que aconteça o mesmo com os automóveis elétricos e os automóveis com motores de combustão? “Vamos ter carros com motores de combustão durante muito tempo. O que provavelmente acontecerá é que a eletromobilidade será um conceito inicialmente urbano e de países ricos. Um conceito pensado para as grandes cidades de forma a abranger os transportes públicos, os transportes de mercadorias e transportes com autonomia”, explica o nosso entrevistado. Para Albano Magalhães, a eletromobilidade vai, claramente, fazer parte do futuro, vai ter cada vez mais um peso significativo, mas sobretudo nos países com maior capacidade para construir infraestruturas que suportem a eletromobilidade: “Acho que no passado as megatrends (mega-tendência) anunciadas nunca tiveram o impacto inicialmente “esperado”. Não vejo porque a eletromobilidade será diferente, mas cabe à SEG Automotive estar pronta para conseguir corresponder às necessidades dos clientes e do mercado nesta área e ser um player importante”.
» EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE EXCELÊNCIA
“Greene’s Tutorial College oferece uma experiência educativa sem paralelo”
"O ensino no Greene’s distinguir-se-á sempre por um sentido de sucesso académico e pessoal – é o momento que definirá a vida de cada aluno. Será sempre um período de memórias preciosas e duradouras, de influências e contacto com pessoas extraordinárias". Quem o afirma é Matthew Uffindell, Senior Tutor Greene’s Tutorial College, Oxford, que, em entrevista à Revista Pontos de Vista, abordou a dinâmica desta instituição e de como a mesma tem uma preponderância enorme na vida e no percurso de todos aqueles que por lá passaram.
S pontos de vista
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endo a educação uma das bases essenciais da vida de qualquer pessoa, que papel assume o Greene’s no futuro dos jovens que são formados na instituição? No Greene’s, temos como objetivo principal de garantir uma educação que permita aos nossos alunos enfrentarem os desafios do século XXI. Em Oxford ou no Estoril, a nossa responsabilidade é para com o futuro de cada aluno, individualmente. O colégio trabalha todos os dias para garantir a excelência académica e a obtenção dos melhores resultados possíveis – esta é apenas uma pequena parte de todo um processo. Para nós, A educação envolve conhecer, e desenvolver, o que cada aluno conhece de si mesmo – paixões, competências, fraquezas e poderes. Educação é seguramente um dos pilares fundamentais da vida, mas não obstante, o Greene’s não pretende “incutir” conhecimento, mas sim educar no sentido de “orientar” talentos e qualidades pessoais de cada indivíduo (tal como conota a raiz latina do termo“educação”). Que características podem ser apontadas enquanto retrato da escola? Possuímos um conjunto de características que identificam a nossa formação académica como
única, principalmente pela aplicação do nosso método tutorial. Com o método tutorial, os alunos são ensinados um-para-um ou em pequenos grupos. A ênfase está na compreensão ativa e na assimilação do conhecimento, por contraste com a memorização passiva de factos. Esta metodologia, com enfoque nas perguntas dos alunos e não nas respostas, é tão válida em pleno século XXI quanto era no tempo de Sócrates. Greene’s estimula a mente do aluno promovendo a contínua análise e discussão da matéria, enquanto, em simultâneo, promove o envolvimento em diálogos dinâmicos entre colegas e tutores. Os tutoriais Grenee’s permitem aos alunos aprenderem a melhor forma de planearem e prepararem o seu estudo independente. As estatísticas revelam que dedicar mais tempo ao estudo independente não só é benéfico para o desenvolvimento de técnicas de aprendizagem ativa, como também potencia a inovação e a criatividade. Somos academicamente exigentes. Contudo, a par da busca da excelência académica, reconhecemos que todos somos diferentes e, como tal, que é necessária uma abordagem personalizada. Consequentemente, cada aluno tem um programa académico cuidadosamente delineado para ir ao encontro das suas necessidades
Quais são as mais importantes características do colégio? Os destaques do Greene’s são sem dúvida o Método Tutorial, o Programa de Liderança e as infindáveis oportunidades de interagir com profissionais e líderes internacionais a fim de fazer frente aos problemas do mundo real. Cada aluno, ao longo do seu percurso no Greene’s, tem um Tutor Pessoal com quem se reúne regularmente. O Tutor Pessoal monitoriza o progresso académico e fornece apoio relativo a candidaturas a universidades e escolhas de carreira. Enquanto tal, garantimos que o bem-estar e desenvolvimento pessoal são sempre prioritários, os quais, segundo acreditamos, devem sobrelevar-se à conveniência da instituição. O nosso programa de Liderança, dirigido por Marco Meireles e Dina Mendonça, enfatiza o valor de ‘liderança pessoal’: valores pessoais, consciencialização e responsabilidade, que desenvolve pensadores criativos e confiantes, com uma clara noção de equilíbrio moral. Colaboração com instituições internacionais, apoio a causas de conservação, falar por aqueles que não têm voz, apoiar ativamente os objetivos de desenvolvimento das Nações Unidas; este envolvimento prepara os nossos alunos para a vida, para a universidade, e para carreiras desafiantes e gratificantes. Comemoram 50 anos de existência. O que pode ser dito sobre esses 50 anos? Olhando para há 50 anos atrás, existem dois pontos extraordinários a destacar no inicio do ano de 2018: as poucas mudanças que houve, e o quanto tudo mudou! Estamos ainda sediados no nosso edifício do século XVII no centro de Oxford, Inglaterra, e ainda fazemos uso do método tutorial para
alcançar o sucesso académico e pessoal dos alunos. Ao mesmo tempo, as expectativas e exigências educacionais mudaram imensamente – e o Greene’s adaptou-se a todas elas. A Internet transformou as nossas vidas: as comunicações são instantâneas, e a informação sobre qualquer tópico está disponível em massa. Hoje, mais do que tudo o resto, os nossos alunos precisam de ajuda na seleção e análise de informação e não na localização dessa informação ou na melhor forma de acumular conhecimento. Ter acesso instantâneo a recursos, num mundo que avança em passo acelerado, exige apoio no desenvolvimento das capacidades de rigor académico, na assimilação seletiva de material, e na concentração. Com uma forte tradição académica, alicerçada na mais recente tecnologia, o Greene’s está na vanguarda da educação global e do desenvolvimento de novas aprendizagens. Uma forte tradição académica combinada com a mais recente tecnologia, coloca-nos na linha da frente em Educação Global e desenvolvimento de novos métodos de ensino. De que forma foi assinalado o dia? Continuamos a organizar uma série de atividades para comemorarmos os nossos 50 anos. Grande parte das nossas celebrações foi direcionada para o lançamento do novo colégio em Portugal, no Estoril. Patrocinamos o projeto de conservação do Rinoceronte Branco do Jardim Zoológico de Lisboa, em parceria com a WWF e outras instituições. De forma integrada com o nosso programa de Liderança no Estoril, os nossos alunos estão também envolvidos no desenvolvimento deste projeto. Trabalhamos conjuntamente com o Oceanário de Lisboa, a Mission Blue, e o Marine Stewardship Council (relativamente à compreensão do ambiente marinho) – com viagens educativas abertas à comunidade de estudantes nacional e internacional. O envolvimento com a comunidade local é uma parte essencial da personalidade do Greene’s. Em parceria com Vítor Pomar, um célebre artista Português, vinte e uma pinturas estão em exibição no Greene’s Lisboa, a inspirar novas formas de pensar e de debater a cultura visual
É uma educação com desafios e apoios – incrivelmente recompensadora. A cada ano que passa, pais e alunos confirmam-no, os que foram nossos alunos contactamnos para enaltecerem a educação que receberam no Greene’s, e as pessoas que os inspiraram
"This is the place" do século XXI e o seu impacto. Com workshops programados com Vítor Pomar, os alunos serão convidados a explorar espaço, cor e forma através do golpe de pincel. As pinturas de Vítor Pomar em exposição no colégio estão para venda (uma delas vendida pela leiloeira Tajan em Paris). Parte das vendas contribuirá para uma Bolsa de Estudos criada para alunos que necessitem de apoio financeiro e pretendam estudar no Greene’s Tutorial College. No site podemos encontrar a pergunta “porquê escolher o Greene’s Tutorial College”. Porquê? O Greene’s oferece uma experiência educativa sem paralelo. É pessoal e individualizada. Empenhamo-nos em ir ao encontro das circunstâncias e objetivos pessoais: cada tutorial, apresentação, texto, ato ou serviço, são projetados no sentido de encorajar os alunos a descobrirem os seus interesses, forças e responsabilidades. É uma educação com desafios e apoios – incrivelmente recompensadora. A cada ano que passa, pais e alunos confirmam-no, os que foram nossos alunos contactam-nos para enaltecerem a educação que receberam no Greene’s, e as pessoas que os inspiraram. No Greene’s, os alunos têm acesso a alguns dos mais inspiradores e extraordinários tutores do mundo; homens e mulheres que continuam a atingir patamares de excelência sempre mais elevados, e que são apaixonados por comunicarem a sua aprendizagem com outros. Os alunos são encorajados, pela orientação, pelo exemplo e pelo simples entusiasmo, a agarrarem cada oportunidade para se tornarem mais independentes e motivados, com vista a realizarem grandes feitos, quer na universidade quer na carreira que escolherem. Greene´s – o colégio tutorial mais antigo de Oxford – é especializado em programas indi-
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individuais e particulares. Em termos de curso e de instituição, esta abordagem garante uma correspondência directa entre os alunos e a escolha de universidade, escolha essa que pode levá-los a qualquer universidade do mundo. Mais de 90% dos nossos alunos entram na sua primeira opção de universidade.
» EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE EXCELÊNCIA
Os destaques do Greene’s são sem dúvida o Método Tutorial, o Programa de Liderança e as infindáveis oportunidades de interagir com profissionais e líderes internacionais a fim de fazer frente aos problemas do mundo real
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viduais de A Level – exclusivos para cada aluno e específicos para os seus objectivos e aspirações pessoais. Como funciona o Greene’s Geoscience Diploma? O Greene’s Geoscience Diploma é um exclusivo Greene’s. Atualmente, permite o acesso direto às Universidades de Birmingham e de Portsmouth, na Grã-Bretanha, para alunos interessados numa panóplia de graus académicos relacionados com as Ciências da Terra. Todas as avaliações para o Geoscience Diploma são feitas no Greene’s e, desde que um certo nível seja alcançado, os alunos podem seguir para o curso universitário que escolherem. Não é necessário qualquer exame externo. O Geoscience Diploma envolve uma quantidade considerável de projetos e trabalhos práticos. Cada aluno recebe o seu microscópio e martelo geológico próprios – e é esperado que os usem! Cada aluno realiza um documentário em vídeo a meio do curso, que culmina num projeto de investigação independente. As Geociências são disciplinas complexas e fascinantes, conforme reflete o Diploma no Greene’s. As Geociências podem quase ser descritas como as ciências de tudo, uma vez que os geocientistas estudam como reações passadas criaram o mundo em que vivemos, e como o presente - seja na forma da atividade terrestre ou das forças subterrâneas inanimadas - irá moldar o nosso planeta no futuro. Como tal, os alunos são expostos não apenas à realidade do Parque Jurássico, mas também às sérias e imediatas problemáticas geopolíticas e socioeconómicas implicadas pelas alterações climáticas,
terremotos, vulcões e extração dos recursos naturais cada vez mais escassos. A qualidade académica do Greene’s Geoscience Diploma é reconhecida por duas universidades da Grã-Bretanha mais prestigiadas na área das Geociências. Este reconhecimento reflete também o facto de que o ensino no Greene’s prepara os alunos não apenas para o sucesso na universidade em termos cognitivos, de capacidades práticas e de estudo, mas também para a vida além da esfera académica. O ensino em Portugal é, na sua opinião, e de forma geral, um ensino realmente orientado e direccionado para as gerações futuras? Todas as instituições de ensino por todo o mundo continuam a encontrar dificuldades na adaptação ao século XXI com um sistema escolar concebido na sua essência no século XIX. Estamos todos em busca de uma abordagem que vá ao encontro das exigências sofisticadas da sociedade moderna. Por essa razão, não pode haver uma abordagem de “tamanho único” se afirmamos estar a educar o indivíduo: somos todos diferentes. Esperamos sinceramente que o ensino no Greene’s, em Portugal ou qualquer outra parte do mundo, ofereça mais variedade de escolha e uma visão da educação que seja uma alternativa ao que se encontra de momento disponível. Enquanto educadores e pais, todos desejamos cultivar as capacidades, aspirações e felicidade da próxima geração, e temos uma responsabilidade coletiva que ultrapassa fronteiras de sermos bem sucedidos na nossa missão. ▪
Greene’s Tutorial College O Greene’s Tutorial College distinguir-se-á sempre por…? O ensino no Greene’s distinguir-se-á sempre por um sentido de sucesso académico e pessoal – é o momento que definirá a vida de cada aluno. Será sempre um período de memórias preciosas e duradouras, de influências e contacto com pessoas extraordinárias. Por que motivo os alunos
dizem com frequência que os anos que passaram no Greene’s foram os mais estruturantes das suas vidas? Poderá ser pelo tempo passado, o local, as amizades que fizeram. Para muitos, a resposta é simples: encontra-se na plenitude de uma experiência que mudou as suas vidas.
www.greenes.pt
ERASMUS+ 2018 - MOBILIDADE FUNDAMENTAL«
ERASMUS+
Uma janela para o Mundo O Erasmus+ é um programa da União Europeia para a educação, formação, juventude e desporto que entrou em vigor no dia 1 de janeiro de 2014. Repleto de vantagens, o Erasmus+ assume-se como uma iniciativa essencial para os mais jovens. Fizemos as malas e embarcámos nesta aventura com alguns alunos do Colégio Guadalupe, um estabelecimento de ensino privado que tem no seu currículo internacional um grande enfoque. Cristina Melo é a Diretora Pedagógica do estabelecimento e que nos permitiu estar à conversa com alguns alunos que têm sabido aproveitar as mais-valias do Erasmus+.
Quais têm sido as principais valias que têm retirado desta iniciativa e de que forma é que a vêm como uma oportunidade a não perder? A experiência de viver durante alguns dias com outros estudantes, partilhar hábitos, perceber o seu modo de estar, é enriquecedor, ajuda-nos a crescer e a ganhar maturidade, a olhar para outras culturas de forma mais recetiva e perceber a riqueza da diversidade, desenvolvendo em nós uma identidade comum – a identidade europeia. Para além disso, viajar com os nossos colegas e professores faz-nos estreitar laços de amizade e entreajuda, que são um prolongamento do nosso dia-a-dia no colégio e uma mais-valia na nossa formação e identidade enquanto alunos do Colégio Guadalupe. “Ao participar nos projetos Erasmus pela primeira vez percebi que que-
ALUNOS DO COLÉGIO GUADALUPE
ria, mais tarde ter a possibilidade de estudar no estrangeiro”, refere Tânia Matias, também aluna do 10º ano. “Este colégio foi a minha escola desde sempre. Entrei aqui com três anos e é com nostalgia que encaro o meu último ano no Colégio. Sou aluna do 12º ano e o programa Erasmus+ foi, sem dúvida, uma das minhas grandes experiências nesta grande escola. Gostaria de ter participado em muitos mais. É viciante conhecer novas culturas, novas pessoas, novos paradigmas de estar e ver o mundo”. Carolina Fernandes, aluna do 12º ano Que experiências têm retirado e de que forma tem sido uma aprendizagem que vos pode ajudar a apoiar no futuro? Acabámos de chegar de Pamplona, em Espanha. Para mim, refere afonso Arsénio, foi a primeira vez que participei num projeto Erasmus+. Estou rendido. Conheci alunos de vários países, vivi numa família que, apesar de não me conhecer, me fez sentir em casa. Diogo Rio refere “tenho participado em vários projetos Erasmus+ e a experiência tem sido sempre muito enriquecedora. Os conhecimentos que tenho adquirido são muito importantes para a minha vida. É possível aprender para além de uma sala de aula. É possível crescer como pessoa e como aluno nesta partilha com alunos e professores de tantos países”. “Desenvolvi muito as minhas competências sociais, linguísticas e académicas. Em maio do ano passado parti-
cipei no projeto “Europe Web Walking” e estou agora a participar num novo projeto “Culture Enriched with Migration”. Ambas as experiências têm sido muito enrquecedoras,” refere Duarte Batista. “O ano passado, em março, viajei para a Holanda com duas professoras e duas colegas. Fiquei com uma família fantástica que me recebeu muito bem. Ainda hoje mantemos contacto e em breve irei encontrar-me, em Lisboa, com eles”. Tânia Matias, aluna do 10º ano. Qual a importância do projeto Erasmus+ para o Colégio Guadalupe? O colégio aposta numa formação global dos seus alunos. As aprendizagens escolares vão muito para além das matérias que os programas e as metas curriculares veiculam. A formação dos nossos alunos é para nós uma grande responsabilidade, o que nos leva a procurar projetos e atividades que os enriqueçam e lhes permitam uma formação integral, tornando-os cidadãos mais completos no seio de uma sociedade multicultural. A cidadania europeia, o desenvolvimento de skills linguísticos, interpessoais, culturais e de empreendedorismo são aspetos que consideramos fundamentais na formação dos nossos alunos. As centenas de alunos que ao longo destes dez anos têm participado neste programa não têm um menor desempenho escolar, pelo contrário, são
alunos com um excelente desempenho académico, muito devido também às múltiplas competências que este programa lhes proporciona, pois é uma lição de vida que os leva a expandir os seus horizontes para além da sala de aula. Estamos muito orgulhosos do que temos proporcionado aos nossos alunos e aos nossos professores. Neste momento estão a decorrer quatros projetos Erasmus+ no colégio e os convites para participar em novos projetos têm surgido de muitos países, fruto do excelente trabalho que alunos e professores têm desenvolvido. O projeto Erasmus + é uma forma ímpar para tornar os nossos alunos e professores agentes de mudança, promotores da ideia de que é importante viver e identificarmo-nos com valores como a solidariedade e a tolerância. Cristina Melo, Diretora Pedagógica do Colégio Guadalupe Nesta entrevista participaram os alunos: Tânia Matias - 10ºB Diogo Rio – 10ºB Duarte Batista – 10º B Afonso Arsénio – 10ºA Lara Alves – 10º B Angelina Rodrigues – 10ºB Duarte Brito – 11ºA Carolina Fernandes -12ºB Beatriz Neto – 12ºB Catarina Castro – 12ºC Ana Xambre – 12ºC Cristina Melo – Diretora Pedagógica
23 FEVEREIRO 2018
O que vos levou a apostar no Erasmus+ e de que forma é que têm vivido esta “aventura”? Desde pequena, ainda sem muita noção do que significava participar em projetos europeus, ouvia os colegas mais velhos falarem da sua experiência no ainda Comenius, hoje Erasmus+. Falavam apaixonadamente das suas viagens à Eslovénia, Islândia, Chipre, Roménia, Turquia, Dinamarca, entre muitos outros países. Habituámo-nos a crescer participando em atividades que o Colégio dinamizava, a receber nas nossas salas de aula professores e alunos de vários países, a assistir a palestras sobre a importância de ser um cidadão do Mundo. Quando chegámos ao terceiro ciclo, os nossos professores falaram-nos da possibilidade de participarmos. Tinha finalmente chegado a nossa vez. Já podíamos fazer “como os mais crescidos”, fazer parte da “família Erasmus”. “Iniciei a minha experiência no projeto Erasmus+ com 12 anos ao receber alunos de outras nacionalidades e achei uma experiência única. Já participei em diferentes projetos e, mais uma vez este ano, faço parte do Clube Erasmus+ que semanalmente nos lança desafios dentro das temáticas dos projetos que a nossa escola tem atualmente”. Lara Alves, aluna do 10º ano.
» ERASMUS+ 2018 - MOBILIDADE FUNDAMENTAL Opinião de Carlos Ramos, Vice-Presidente do Instituto Politécnico do Porto
Politécnico do Porto:
uma estratégia de sucesso na Internacionalização A estratégia de internacionalização do Instituto Politécnico do Porto tem-se baseado em cinco princípios: dinamização da mobilidade internacional; orientação para a internacionalização ligada à empregabilidade; aposta em espaços geográficos fora da Europa; articulação com investigação e inovação; e criação de uma cultura de participação e liderança em projetos especiais.
PERFIL
Carlos Ramos
Vice-Presidente do Instituto Politécnico do Porto
pontos de vista
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O
Politécnico do Porto tem feito evoluir significativamente o número de mobilidades de estudantes, professores e demais funcionários, nos 2 sentidos (incoming e outgoing). É hoje uma das Instituições de Ensino Superior (IES) em Portugal com mais mobilidade internacional, incluindo estudantes internacionais. Para tal foi importante termos adotado uma política de suporte a todas as mobilidades de estudantes nossos que pretendessem ir para outro país ao abrigo do Programa Erasmus+. Foi também importante darmos condições para a vinda de estudantes de outros países (in). Em ambos os sentidos apostámos nas mobilidades para estudos e para estágios. É através das mobilidades do tipo estágio que temos incentivado a ligação à empregabilidade, através do projeto NOWPORTUGAL, um consórcio constituído pelos Politécnicos públicos do Norte de Portugal. Uma aposta diferenciadora que iniciámos foi a participação e sobretudo liderança em projetos especiais do Erasmus+. Somos a a única IES de Portugal que lidera uma Knowledge Alliance, o
projeto Universities of the Future (Indústria 4.0). Estamos no lote das duas IES portuguesas que lideram mais projetos do tipo Capacity Building, liderando os projetos VISIR+ (Laboratórios Remotos) e o LAPASSION (Projetos Multidisciplinares). Somos a IES que lidera mais projetos do tipo Parceria Estratégica, num total de 4 projetos: EFinLit (Literacia Financeira), BlendedAIM (Aprendizagem Mista), I-ACE (Comunicação e Aprendizagem) e DRIVE-MATH (Matemática). Há ainda que referir mais cerca de 30 parcerias estratégicas e 6 projetos do tipo Capacity Building onde somos parceiros. São projeto muito exigentes em termos de preparação e em concursos altamente competitivos, com taxas de aceitação na ordem dos 10 a 15%. A ligação a espaços geográficos fora da Europa foi outra área de sucesso. Grandes projetos de internacionalização liderados por nós envolveram países como Argentina (projetos VISIR+ e GMOsensor – Alimentos Geneticamente Modificados), Brasil (VISIR+, LAPASSION, GMOsensor e ELECON – Eficiência Energética), Chile (LAPASSION), Coreia do Sul (EKRUCAmI – Ambientes Inteligentes), Estados Unidos (DREAM-GO – Redes Elétricas Inteligentes) e Uruguai (LAPASSION). Acrescem a estes os nossos projetos de International Credit Mobility com países tão diversos como a África do Sul, Albânia, Bósnia-Herzegovina, Brasil, Coreia do Sul, Montenegro, Russia e Sérvia. Particular realce merece o Brasil, onde adotámos uma abordagem transversal de atuação, com projetos, duplas-titulações, mobilidades, estudantes internacionais e uma rede de mais de 50 parcerias em funcionamento com IES. O Politécnico do Porto é a única IES de Portugal com memorandos de entendimento assinados diretamente com o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC) do Brasil. Hoje o Politécnico do Porto é uma das instituições europeias mais conhecidas no Brasil, graças a esta política transversal. Normalmente as IES têm duas áreas separadas: a da investigação e inovação, centrada na vertente científica, altamente internacionalizada através de projetos de programas como o Horizon 2020; e a da internacionalização e mobilidade, orientada sobretudo para projetos do programa Erasmus+. Mas não devem ser mundos separados e o Politécnico do Porto compreendeu isso, identificando programas de I&D orientados para a mobilidade internacional de investigadores, sobretudo nas ações Marie Curie do Programa Horizon 2020. Projetos como o ELECON, EKRUCAmI,
GMOsensor e DREAM-GO são projetos desses programas, liderados por alguns dos principais investigadores do Politécnico do Porto. Quando queremos incrementar a nossa internacionalização em um ou mais graus de magnitude importa apostar em ações que agreguem vários objetivos. Foi isso que fizemos no Politécnico do Porto e por isso a nossa estratégia de internacionalização teve tanto sucesso. Mas claro, nada se constrói sem muito trabalho e o sucesso merece ser repartido por todos os que acreditaram na estratégia delineada! ▪
Quando queremos incrementar a nossa internacionalização em um ou mais graus de magnitude imp o r ta ap o s tar em açõ es q u e agreguem vários objetivos
Nome: Enabling Demand Response for short and real-time Efficient and Market Based Smart Grid Operation - An intelligent and real-time simulation approach Referência: H2020-MSCA-RISE Grant Agreement no. 641794 Programa: Horizon 2020 – Marie Curie Actions - RISE Responsável: Profª. Zita Vale Orçamento: 2,16 milhões de euros Duração: 2015-2019 Parceiros: Politécnico do Porto (PT), Universidade de Salamanca (ES), Universidade de Clemson (US), Virtual Power Solutions (PT); Nebusens (ES), S.L Discovergy GmbH (DE) Resumo:
O projeto DREAM-GO combina um lote de parceiros académicos da Europa e Estados Unidos da América, com competências em Sistemas Elétricos de Energia e Inteligência Artificial e um conjunto de empresas Europeias com vista a desenvolver as Redes Elétricas Inteligentes (Smart Grids) do futuro que reúnam o potencial de responder à demanda energética em tempo-real e enquadrada nos novos paradigmas dos Mercados de Energia.
UoF Nome: Universities of the Future – Collaborative digital shift towards a new framework for industry and education Referência: 588409-EPP-1-2017-1-PT-EPPKA2-KA Programa: Erasmus+ Knowledge Alliance Responsável: Prof. Rui Coutinho Orçamento: 967.010,00 euros Duração: 2018-2020 Parceiros: Politécnico do Porto (PT), IKEA Industry (PT), Agência Nacional de Inovação (PT), Universidade de Aalto (FI), Consair Oy (FI), TEK (FI), Politécnica de Varsóvia (PL), Willson & Brown (PL), PKA (PL), Platoniq (ES), JuntaDigital (PT), Inovamais (PT), AYY (FI) Resumo:
O conceito de Indústria 4.0 requer adaptação pró-ativa por empresas / indústrias, IES e governos. Uma das principais preocupações é a transformação das ocupações para uma cultura digital, onde algumas ocupações são ameaçadas, outras estão a crescer e novas ocupações irão emergir. O projeto UoF abordará a lacuna existente na oferta de ensino superior através do desenvolvimento de abordagens inovadoras e multidisciplinares para o ensino e a aprendizagem.
LAPASSION Nome: L atin-America Practices and Soft Skills for an Innovation Oriented Network Referência: 585687-EPP-1-2017-1-PT-EPPKA2-CBHE-JP Programa: Erasmus+ Capacity Building for Higher Education Responsável: Prof. Carlos Ramos Orçamento: 999.310,00 euros Duração: 2017-2020 Parceiros: Politécnico do Porto (PT), Universidade de Ciências Aplicadas de Tampere (FI), Universidades de Vigo e de Salamanca (ES), Institutos Federais Sul-Riograndente, Triângulo Mineiro, Goiás, Maranhão e Amazonas (BR), Universidade da República e Universidade Tecnológica (UY), Universidade Católica e Instituto Professional DUOC (CL), Conselho de Reitores – CONIF (BR), Associação de Empresas de Portugal – AEP (PT) Resumo:
O projeto LAPASSION visa o desenvolvimento de competências transversais e de inovação nos estudantes, através de projetos multidisciplinares desenvolvidos por alunos de diferentes países, graus académicos e áreas científicas, levando ao paradigma de “P”BL –“Passion”-based Learning e dando resposta a desafios lançados por empresas.
VISIR+ Nome: E ducational Modules for Electric and Electronic Circuits Theory and Practice following an Enquiry-based Teaching and Learning Methodology Referência: 561735-EPP-1-2015-1-PT-EPPKA2-CBHE-JP Programa: Erasmus+ Capacity Building for Higher Education Responsável: Prof. Gustavo Alves Orçamento: 668.058,00 euros Duração: 2015-2018 Parceiros: Politécnico do Porto (PT), Universidade de Deusto (ES), Universidade Técnica de Blekinge (SE), Universidade de Ciências Aplicadas Carinthia (AU), Universidade e Instituto Federal de Santa Catarina (BR), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (BR), ABENGE (BR), Universidades Nacionais de Rosário e de Santiago del Estero (AR) Resumo:
O projeto tem por finalidade desenvolver Laboratórios Remotos. O conceito está relacionado com a capacidade de um Laboratório com existência física real poder ser controlado à distância, permitindo que um mesmo laboratório possa receber várias experiências ou uma experiência possa ocorrer em vários laboratórios.
25 FEVEREIRO 2018
DREAM-GO
» Gerber Technology
CIDADE DO CABO: COMPANHIA SWEET-ORR EM GOLDRUSH MOOD Iniciámos reunião com a equipa de gestão na sala de conferências da Cidade do Cabo de Sweet-Orr e estamos radiantes, pois fomos convidados pelo pai, John Jacobs, pelo filho John Denver Berman-Jacob e pela filha Vanessa Govender para uma conversa e um olhar sobre os bastidores do núcleo daquele que é o seu negóciomodelo, algo que se estende por uma área de mais de 5.500 metros quadrados.
M
ilhares de trabalhadores usam-no – o vestuário de trabalho e as roupas de proteção Sweet-Orr - dia após dia nas empresas locais de mineração e transformação, na indústria petroquímica, engenharia, produção de aeronaves e setor automotivo, em diversos serviços de emergência e medicina: atualmente, principalmente, na África do Sul, mas também na Namíbia numa extensão mais pequena no Médio Oriente. Em termos de vendas, a Sweet-Orr & Lybro (Pty) Ltd representa a marca mais forte do país no seu setor de atuação. A empresa desenvolve, fabrica e distribui – em grandes quantodades ou diretamente aos clientes - fardas de trabalho de duas peças, casacos de trabalho, calças e tops e macacões - em algodão muito resistente, top 13 oz. tecidos de ganga do Lesoto e materiais com tratamentos anti-incêndio e ácidos. Os tecidos alongados às vezes também são usados, principalmente na roupa feminina. Além disso, o especialista em vestuário e proteção especialista oferece serviços de consultoria e cumpre as ordens governamentais em conformidade com os requisitos específicos às especificações e quantidades prescritas. Também ganharam um nome devido ao apoio prestado ao cliente no tema certificação e regulação.
"NUNCA DECECIONÁMOS“
pontos de vista
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"Nunca dececionámos“ esta é a premissa de marketing do fabricante para os clientes. Ambicioso, sem dúvida, mas a reputação e o feedback da marca dos clientes confirmam que esta ambiciosa declaração de missão é constantemente alcançada - afinal, afeta a saúde e o bem-estar das pessoas no seu ambiente de trabalho, que aporta todo o potencial de todos os tipos de riscos. Neste campo, há tolerância zero para o erro, simples; esta é a posição rigorosa do diretor geral, John Jacobs. A mesma, aplica-se, tanto à roupa da equipa de saúde, que precisa ser à prova de contaminação com agentes patogénicos, mesmo após lavagens frequentes a altas temperaturas, como acontece com roupas de proteção para trabalhadores que operam num forno. Por este motivo, os testes de processamento e material de amplo laboratório nos laboratórios da empresa constituem um elemento crítico de cada processo de desenvolvimento e fabricação, tanto na criação de protótipos quanto na produção em massa. Tais medidas são, sem dúvida, essenciais, porém, representam custos elevados e frequentemente recorrentes diante de uma concorrência maciça com as importações asiáticas. O diretor executivo Denver Berman-Jacob, que é responsável por futuras estratégias na empresa, responde à pergunta sobre como aborda as crescentes pres-
sões de custos: Através de uma atitude cuidadosa e exigente em relação à tecnologia, e através do uso de software de corte de alto desempenho desde a fase de design do produto até a produção; onde a máxima eficiência e precisão no corte estão preocupados, estamos extremamente bem equipados."
ALTA TECNOLOGIA NO SEU MELHOR
Desde sempre que a Sweet-Orr South Africa conta com a Gerber Technology's software de desenho e escalado de moldes e estudo de mercado AccuMark, assim como com os sistemas de desenvolvimento e sistemas de corte Gerber, fazendo a classificação, seja para encomendas especiais individuais ou para a produção em massa - que inclui classificação e marcação. O diretor geral, John Jacobs, é elogiado pela facilidade do uso do software e hardware e pela cooperação estreita e fiável, o apoio que recebem do parceiro Gerber - Intamarket, que, desde da sua génese, na Costa Leste, não apenas aconselha e orienta os clientes CAD / CAM em Joanesburgo e Durban, mas também mantém um escritório de vendas e serviços em Cabo Ocidental: "Allan, Celeste, Mark e todos os especialistas de aplicações estão a apenas um telefonema de distância, se tivermos dúvidas ou problemas." Na sala de corte, também vemos sistemas de corte “multi-ply” de Gerber em ação: Hoje em dia, na fábrica de produção, dois sistemas de corte de tipo Paragon® processam tecidos de lona em ganga e lona precisamente preparados em camadas de alta camada pelo Xls Spreader, sistema de estendimento sem tensão - para uma produção média diária de 3.500 prontos de peças de roupa. Durante os anos 80, até a década de 90, o lendário sistema de corte S-93 Gerber já era conhecido como o melhor equipamento de alta tecnologia em uso: três gerações de cortadores mais tarde,
a gama Paragon, atual Gerber Technology, oferece não só confiança e precisão, mas também uma transparência total de dados em relação ao desempenho do material, eficiência, fluxo de trabalho geral e muito mais, tudo calculado com a ajuda de centenas de sensores. Tudo isso é-nos explicado pelos gerentes da empresa. Os tempos de transferência geralmente duram dez dias, mas podem ser reduzidos até cinco em casos de emergência“. O princípio, conforme estabelecido por Denver Berman Jacob, é o de manter o progresso a par da tecnologia, ou de preferência, ficar um passo à frente, é consistentemente seguido - seja na sala de costura, no uso de máquinas e equipamentos semiautomáticos, no treinamento do operador ou na produção de costuras triplas. A integração de tecnologia e ferramentas atualizadas é uma tradição da empresa, também em termos de segurança e ergonomia - e o bem-estar dos 300 funcionários, 150 deles da sala de costura Sweet-Orr sozinho. Tudo isto vale a pena: a reputação da marca das roupas de trabalho é alta e os negócios são bons. A presença da marca na A + A em Düsseldorf em outubro de 2017 pode ser considerada como um retorno ao mercado internacional.
Fenómeno da moda Autenticidade
A Sweet-Orr & Lybro foi fundada em 1871 pelo emigrante irlandês James A. Orr em Wappinger Falls, Nova York, no casamento de Gold Rush. O grupo-alvo para o macacão feito de lona pesada, no início de seis costureiras nas máquinas de costura Singer eram, inicialmente, os mineiros americanos, que até agora se estavam a adaptar às próprias fardas. Com os sobrinhos de Orr Clayton e Clinton Sweet, o novo capital e o talento de vendas adicionais apareceram. Os números de produção aumentaram rapidamente de 900 para 3.000 macacões. Estas são as origens da marca nestes primeiros
Toda a variedade de trabalho e vestuário de proteção que corresponde aos requisitos. Vestuário de trabalho e roupas de proteção centradas nas necessidades em toda sua variedade.
“Na Sweet-Orr, todos trabalhamos de forma socialmente responsável”, Monika Kemp, chefe de costura e representante sindical SACTWY na fábrica. Cumprimento dos salários mínimos - não um dado, e não apenas na indústria de vestuário da África do Sul.
Máxima precisão e eficiência no corte: duas máquinas Paragon comandam as toda a produção diária de materiais extra-resistentes e de tecidos especializados.
27 FEVEREIRO 2018
Stonewash Denim - parte da coleção Heritance.
A equipa familiar de gestão: (da esquerda para a direita) Vanessa Govender, Denver Berman-Jacob e John Jacobs
Fotos: yh-f
anos, durante a guerra quando se tratava de evoluir constantemente e testar fardas para responder às maiores exigências. Depois da II Guerra Mundial, foi adicionada uma cooperação de vendas com um parceiro britânico e o “Lybro” ao nome da empresa. Durante décadas, a empresa tem vindo a expandir-se de forma continuada com uma infinidade de atividades pelo mundo interior. No século XX tornou-se o principal fornecedor internacional do segmento. Em 1931, começaram o próprio ramo na África do Sul. Na sequência da turbulência económica vivida por muitas empresas globais, a família proprietária decidiu, no início dos anos 80, retirar o negócio global e desde então concentrou-se no negócio principal da África do Sul, que agora está experimenta um impulso na internacionalização. De acordo com um relatório cuidadosamente analisado pelo New York Times que abordava roupas jeans em 2014, existem algumas indicações de que Sweet-Orr foi o primeiro fabricante comercial de calças de ganga para fazer calças com bolsos reforçados com rebites. Mas, independentemente de quem tenha sido o empreendedor (Levi Strauss ou Sweet & Orr) em 2017, um verdadeiro hype está a desenvolver-se em torno do vestuário de trabalho autêntico proveniente da África do Sul: No início, eram as peças originais, no Japão, de coleções anteriores às peças favoritas absolutas declaradas, estas aos melhores preços em leilão. Os bloguers de moda descobriram o trabalho e explicaram a autenticidade e a longevidade duradoura das peças de Sweet Orr e decidiram que era na mistura e na combinação que estava o sucesso. O entusiasmo, vivido da época vem à memória mente quando Vanessa Govender, responsável pelo desenvolvimento de produtos de gestão, nos apresenta a incubadora para a nova e concentrada linha “Herança”: o desenvolvimento de produto separado O escritório cria as peças para a nova marca Sweet Orr Casual, que segue o clássico programa “Ace of Spades” dos anos 30, que visa a crescente audiência de um novo tipo de consumidor que valoriza a autenticidade e a sustentabilidade sobre a moda descartável. Ao manter a tradição e o património empresarial em mente, ao mesmo tempo em que reconhece, abordando e respondendo profissionalmente às exigências do mercado e às tendências futuras - é isso que faz o espírito de Sweet-Orr. Nos três anos, quando o 150º aniversário da empresa se realiza, o objetivo é conquistar um segmento de mercado novo e adicional - em África e além. [Yvonne Heinen-Foudeh]
Ponto de vista empresarial de John Jacobs: “Como empresário penso que temos de agir de forma inteligente - de todas as maneiras imagináveis”. ▪
» Gerber Technology
Foco na África do Sul - Masimanyane * * Masimanyane é Xhosa, uma das 11 línguas oficiais e administrativas faladas na África do Sul, que significa: vamos ficar juntos. No mundo dos negócios, no entanto, o inglês e o afrikaans prevalecem. A África do Sul é, sem dúvida, um mercado de crescimento, gera bons e médios rendimentos e é um país rico em recursos naturais, com um setor financeiro, jurídico, de comunicações, transportes e energia bem desenvolvido e com os maiores volumes de negociação de ações no continente africano. Está no Top 20 dos mercados mundiais.
I
pontos de vista
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nfelizmente, o lado negro continua. 26 Anos passaram desde o apartheid mas o desemprego, a pobreza e a injustiça social continuam a ser os maiores desafios que esta nação enfrenta. Os municípios das principais cidades da África do Sul - como Masiphumele, Ocean View e Redhill em torno da Cidade do Cabo - ainda são um triste testemunho do passado do país. A moda, a publicidade e a arte da África do Sul, por sua vez, estão cheias de criatividade. A Cidade do Cabo sempre foi diferente, mais alternativa, colorida e talvez até um pouco mais radical: quando, por exemplo, o regime apartheid abriu uma ópera apenas para brancos, o povo da Cidade do Cabo simplesmente se recusou a ir. As empresas de design e as agências de modelagem e publicidade desempenham um papel importante na cena artística e vibrante de África, conhecida pela sua criatividade ilimitada, que se move muito além dos elementos étnicos amplamente esperados, desfruta de um renome mundial e alcança os melhores preços em leilão. Tudo isto tem uma mão em moldar este país e as vidas das pessoas que nele vivem, particularmente na Península do Cabo - na Cidade do Cabo e na região circundante - que está localizado quase na ponta mais ao sul da África. Numa localização privilegiada ao longo do Victoria & Alfred Waterfront, o primeiro mega museu do continente - o Zeitz MOCAA - abriu em setembro de 2017. É dedicado inteiramente à arte contemporânea, exibido num antigo silo de grãos, remodelado pelo arquiteto estrela Thomas Heatherwick. É aqui que Jochen Zeitz, ex-chefe de Puma, mostra a sua coleção. De forma expectável, os rótulos de luxo perduram desde há muito tempo no mercado da África do Sul: Gucci, por exemplo, opera uma joint venture com o parceiro local Gmt Investcorp Limited. A marca italiana também ganhou o controlo das antigas lojas de franquia Gucci em Cape Town e Johannesburg, e assumiu o comando. A nova loja em Joanesburgo abriu recentemente em setembro de 2017 e está localizada na praça Nelson Mandela no distrito de luxo de Sandton. A Gucci, subsidiária do grupo francês de luxo Kering, descreve África do Sul como um mercado dinâmico com um futuro promissor“. O próximo exemplo é Ermenegildo Zegna, que lançou sua primeira loja de roupa masculina premium, a jovem linha ZZ e acessórios na África do Sul em 2015. A localização: o shopping de luxo Diamond Walk de Johannesburg no centro comercial Sandton City. Segundo um porta-voz da empresa, a decisão da empresa de aumentar o compromisso na país reflete a crescente importância do continente africano. A empresa já tem lojas no Egito (2006), em Marrocos (2012) e na Nigéria (2014).
Nuvens no horizonte ...
Representam uma ameaça para o desenvolvimento económico sustentável e um melhor padrão de vida para mais sul-africanos: a decisão do verão passado pela agência de rating Moody‘s para baixar
a classificação de crédito do país para o status de sucata acima do item acima e pela SP & P Global para um nível mais baixo em setembro de 2017 inevitavelmente tornará os empréstimos empresariais nos mercados financeiros internacionais mais penosos. Este movimento expôs o Rand [R] ao aumento da pressão, que caiu 4% em relação ao US $. A SP & P Global atribuiu sua decisão aos muitos indicadores negativos que afetam a economia. A agitação política, as graves alegações de corrupção contra o presidente Jacob Zuma, bem como a demissão do ministro das Finanças, Pravin Gordhan, comprometem o crescimento económico. Numa recente remodelação do gabinete, Gordhan foi substituído por Malusi Gigaba (partido do governo: ANC - Congresso Nacional Africano). Ao assumir o cargo, o ex-ministro dos Assuntos Internos anunciou que a economia do país passaria por um „processo radical de transformação“. Políticamente, muitas pessoas no terreno valorizam a força da Constituição sul-africana e são muitos os que acreditam que será a democracia a levar a bom porto estes tempos turbulentos. Muitos aplaudem que a Constituição exclua um terceiro mandato de cinco anos para o presidente Zuma. A próxima eleição geral acontecerá em 2019, com muitos empresários e associações empresariais a torcerem para que haja umamudanaça e que a vitória seja para o partido da oposição conhecido como D.A. (Aliança Democrática).
TÊXTIL: TUDO PREPARADO PARA OS DESAFIOS FUTUROS
Apesar de todos estes fatores, as perspetivas de sucesso, especificamente para o setor têxtil sãojustas. Esta forte posição deve-se, acima de tudo, a uma série de empresários comprometidos que estão a orientar as empresas para o futuro com estratégias inteligentes de liderança e de vendas, investindo também em formação de produção e na aplicação de tecnologia para uma maior eficiência e garantia de qualidade. Nessa e na próxima edição, a PONTOS DE VISTA falará destas duas empresas, nomeadamente o fabricante de roupas de trabalho Sweet-Orr (a partir da página 20) e da marca de roupas desportivas K-Way. Não de forma surpreendente, a indústria têxtil foi rápida a responder à atual crise económica. Uma conferência convocada pelos setores de têxtil, calçado e de couro, em Durban em setembro passado. Atraiu proprietários, gestores, funcionários governamentais e representantes sindicais, além de 500 funcionários da indústria têxtil, formularam e aprovaram rapidamente um programa destinado a aliviar o impacto negativo da recente e preocupante destruição da classificação de crédito do país. Sem dúvida que o crescimento económico da África do Sul desacelerou nos últimos anos, desacelerando para cerca de 0,3% em 2016. Mesmo que a infraestrutura moderna do país ofereça uma distribuição de bens relativamente eficiente aos principais centros urbanos de toda a região, o fornecimento de eletricidade instável tem retardado o
crescimento. Em resposta, o fornecedor de energia Eskom fez um largo investimento na melhoria da distribuição de energia após as interrupções maciças de 2014 e 2015. Mais recentemente, foram recebidas propostas para a construção de novas plantas de energia nuclear. A taxa de desemprego oficial do país é de 27%, o que é alarmante, e é mais alta entre os jovens negros. A política económica da África do Sul está a concentrar-se no controlo da inflação (ver caixa), embora o desenvolvimento económico também enfrente obstáculos estruturais. Estes incluem: défices educacionais, declínio da competitividade no mercado global e paragens devido a greves. O governo também está sob pressão por parte de alguns, que se mostram interessados em melhorar o acesso a serviços básicos para pessoas com rendimentos abaixo da média e para garantir o crescimento do mercado de trabalho e educação universitária acessíveis. [Yvonne Heinen-Foudeh] Dados Nome do país: República da África do Sul Capital: Pretória Tamanho: 1,219,090 Km² População: 55.9 Milhões de habitantes (2016) PIB: US$ 288.2bn (estimativa de 2017) PIB Per Capita: USD 5,074.1 (estimativa de 2017) Moeda: Rand Inflação (%) 2016: 6.3; 2017: 6.2; Previsão/Estimativa 2018: 5.5 Desemprego (%) 2016: 26.7; projeção; Previsões 2017: 27.4; 2018: 27.7 Média (salário bruto, salário mensal, média anual): 2013: 14,357 Rands; 2014: 15,959 Rands; 2015: 17,022 Rand
Artistas de toda a África participam da cena dos colecionadores sul-africanos. Próximo ponto de encontro da cena: 1:54 Feira Contemporânea de Arte Africana 24 e 25 de fevereiro de 2018, desta vez em Marraquexe. O trabalho na foto é de Virginia Chihota. Vista da Montanha da Mesa por toda a Baía de Isixeko Sasekapa, como Cidade do Cabo é conhecida em Xhosa e no Oceano Atlântico. Os municípios permanecem na realidade da África do Sul. País de extremos: Moyo - um local moderno para jovens sul-africanos.
Cláudio Fernandes, CEO do Grupo Impacting «
TRANSFORME O SEU MODELO DE NEGÓCIO Vamos aqui falar de transformação digital. E o que é verdadeiramente a transformação digital? Cláudio Fernandes, CEO do Grupo Impacting, do qual fazem parte as empresas como Adclick e Impacting Digital, explica-nos que a resposta está na própria palavra “transformação”. Venha connosco saber mais.
TRANSFORMAM IDEIAS EM PROJETOS E PROJETOS EM EMPRESAS
Cláudio Fernandes, juntamente com os seus dois sócios, viu no mercado
digital grandes oportunidades e estava certo. Começaram com uma empresa e hoje são detentores do Grupo Impacting com 150 colaboradores, presentes em 17 geografias e constituído por sete empresas: > Adclick, a primeira empresa do grupo e com dez anos de existência, que se apresenta como sendo um Publisher digital, disso exemplos o E-Konomista e Vida Ativa em Portugal, criador de audiências, procurando oferecer as mais variadas soluções de marketing digital; > Emailbidding, uma ferramenta de optimização para email marketing que permite a Anunciantes e Publishers criar campanhas segmentadas para múltiplas bases de dados, criando um impacto positivo nos subscritores; > Beeleads, foca-se no marketing online no Brasil; > Smarkio, uma empresa tecnológica que detém uma poderosa ferramenta de Marketing Automation multi-canal e Chatbots que revoluciona a comunicação entre as marcas e seus consumidores; > Impacting Digital, uma consultora que dá a cara pelos clientes de transformação digital promovendo soluções de negócio inovadoras; > We Mystic, um Publisher digital; > Pushnews, traz o poder das notificações de envio para os editores de conteúdo. A verdade é que as oportunidades no mercado digital são imensas, “há sempre ideias que podem ser convertidas em projetos e projetos em negócios. Portanto, desde o início sabíamos que não poderíamos ter um modelo de negócio e uma estrutura organizacional comum. Isto porque, um dos principais desafios que qualquer empresa enfrenta é conseguir manter as pessoas motivadas”, refere Cláudio Fernandes. Decidiram, assim, que a melhor forma de crescer seria com empresas independentes, com modelos de negócio claros e bem definidos e com um empreendedor a gerir cada uma das empresas. O Grupo Impacting é visto como uma escola de marketing digital de referência e os seus empreendedores são procurados e requisitados pelas demais empresas do setor. “Ao longo de dez anos conseguimos alcançar um patamar de qualidade elevado. A
CLÁUDIO FERNANDES
nossa estratégia, desde o início, passou por contratar empreendedores. Sempre quisemos que as pessoas olhassem para o negócio como se fosse o seu próprio negócio”, adianta o nosso entrevistado.
OS DESAFIOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Para Cláudio Fernandes, os desafios atuais da transformação digital são idênticos aos desafios de há dez anos: manter os colaboradores motivados, desenvolver e fazer crescer os negócios, bem como ter um papel relevante para os clientes. Outro dos desafios prende-se com a questão da privacidade de dados e da informação. “O digital só funcio-
na se existir informação. Para haver informação é necessária a recolha de dados. Por sua vez, o cidadão, para obter um melhor serviço, tem de dizer mais sobre si próprio para que a informação vá ao encontro do seu campo de interesses”, explica o nosso entrevistado. Contudo, é mesmo isto o que as pessoas querem: informação direcionada ao invés de serem bombardeadas com publicidade e conteúdos que não lhes interessa ou que não corresponde aos seus gostos e preferências. Importa nunca descurar as questões legais relativas à privacidade e proteção de dados, um campo sensível e ao qual o Grupo Impacting dá a devida atenção e relevância. ▪
29 FEVEREIRO 2018
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este artigo vamos tentar descrever o impacto da transformação digital. E dizemos “tentar” porque muito há para dizer sobre este tema. Cláudio Fernandes, que há dez anos viu (e muito bem) no mercado digital uma grande oportunidade, diz-nos que hoje não podemos falar de online e de offline. Tudo o que existe, de uma forma ou outra, já é digital. “Quando falamos de transformação digital estamos a falar já de uma segunda fase do processo de digitalização das empresas. No início as empresas construíram websites e começaram a implementar software interno para facilitar os processos. O processo de digitalização já começou, portanto, há bastante tempo”, começa por explicar o nosso entrevistado. Por isso, porque é que hoje falamos de transformação digital? Para Cláudio Fernandes fala-se de transformação digital colocando o peso na palavra “transformação”. “Muitas empresas adotaram técnicas digitais, mas não se transformaram verdadeiramente. Essa verdadeira transformação tem de assentar em dois pilares: o foco no cliente e o foco no modelo de negócio”, refere o nosso interlocutor. Nos exemplos que hoje são dados de disrupção digital de negócios digitais que acabaram com os negócios tradicionais – como é o exemplo do publishing onde o papel deixou de fazer sentido –, o processo de transformação passou não só pela mudança dos suportes, mas pela mudança do negócio em si. “A transformação digital passa, obrigatoriamente, por transformação. Transformação do modelo de negócio, transformação dos processos internos e externos. As organizações têm de se transformar e têm de ter líderes com visão para transformar o seu modelo de negócio”, afirma Cláudio Fernandes para quem hoje é impossível não se ser 100% digital e para quem os pilares básicos da transformação digital assentam na otimização dos processos internos das empresas, dos seus modelos de negócio e na gestão da relação com o cliente.
» SAVILLS AGUIRRE NEWMAN
O MERCADO IMOBILIÁRIO TEM UMA NOVA MARCA
PATRÍCIA DE MELO E LIZ
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A conceituada Aguirre Newman, adquirida pela multinacional Savills, apresenta-se agora no mercado como Savills Aguirre Newman para aumentar significativamente a capacidade de resposta às necessidades do mercado imobiliário em Portugal. Patrícia de Melo e Liz, Chief Executive Officer da Savills Aguirre Newman, fala-nos mais sobre a importância desta operação.
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Savills plc, uma das grandes consultoras imobiliárias com sede em Londres, concluiu o processo de aquisição da consultora imobiliária Aguirre Newman em Portugal e Espanha. A Aguirre Newman opera há mais de 15 anos no mercado português, tendo progredido nos últimos dez anos sob a gestão dos seus sócios locais, Paulo Silva e Patrícia de Melo e Liz. Sendo líder ibérica em serviços imobiliários há mais de dez anos e numa altura em que o mercado está favorável e em alta, a aquisição da Aguirre Newman pela Savills plc foi um passo muito importante. “Passaremos a fazer parte de uma rede global, o que nos irá possibilitar estar a par com as demais consultoras mundiais presentes no mercado. Sentíamos que na esfera ibérica tínhamos uma posição confortável, mas na esfera mundial, embora já tivéssemos um leque de investidores e clientes internacionais, tínhamos uma forte concorrên-
cia”, começa por explicar Patrícia de Melo e Liz. Com o processo de integração concluído a 2 de janeiro, Patrícia de Melo e Liz vê também nesta fusão um desafio aliciante pelo facto de se tratar do lançamento de uma marca que não existia em Portugal e da entrada efetiva deste grupo imobiliário no país. Por outro lado, esta integração irá permitir o alargamento e a especialização de algumas áreas de negócio, nomeadamente o Facility Management, Hospitality ou, ainda, consolidar áreas como, a Consultoria e o Investimento – Capital Markets e Development que a empresa tem vindo já a trabalhar. Quanto à estratégia da consultora imobiliária, essa não terá uma alteração significativa “uma vez que há valores, uma forma de estar e uma visão que prevalecem desde o início. Contudo alargará, sem dúvida, os nossos horizontes, o nosso target e os nossos mercados de atuação”, começa por referir a CEO da Savills Aguirre Newman.
Sendo líder ibérica em serviços imobiliários há mais de dez anos e numa altura em que o mercado está favorável e em alta, a aquisição da Aguirre Newman pela Savills plc foi um passo muito importante
Note-se que a Savills Aguirre Newman é uma consultora imobiliária que oferece soluções globais, individualizadas ou integradas, nas mais importantes áreas do sector B2B: Investimento; Arquitetura; Agência; Gestão de Imóveis; Research/Avaliações; Hospitality e Asset Management. O seu principal objetivo é criar soluções e oferecer um aconselhamento integral de acordo com as necessidades imobiliárias de cada cliente. “Somos uma empresa já consolidada no mercado, com uma equipa também ela consolidada e experiente, equipa esta que foi excecional durante todo o processo de venda, no decorrer de 2017”.
“PORTUGAL ESTÁ NA MODA”
“O mercado imobiliário sofreu uma explosão que não se esperava. Teve o seu ponto de viragem em 2014 e há um conjunto de fatores que contribuíram para este boom”, explica Patrícia de Melo e Liz. Comecemos pelo interesse dos investidores
REABILITAÇÃO VS CONSTRUÇÃO NOVA
Como players nos projetos de reabilitação, a Savills Aguirre Newman tem sentido um forte crescimento em setores emergentes como é o caso a arquitetura em escritórios e empresas e mercados emergentes como seja o mercado para estudantes devido ao número elevado de estudantes inseridos no programa Erasmus que o país está a receber. “As grandes cidades precisam de projetos de reabilitação e estão ser criados mecanismos interessantes nessa matéria, tanto a nível da legislação como de benefícios”, refere Patrícia de Melo e Liz. No entanto, há lugar para a construção nova. Os indicadores apontam positivamente para a construção nova a nível residencial devido à rentabilidade que esta área oferece, mas faltam escritórios em Lisboa e no Porto, pelo que serão os “senhores que se seguem”.
UMA EMPRESA É FEITA DE PESSOAS
“Somos feitos daquilo com o que nascemos e do que recebemos durante a nossa educação e processos de aprendizagem”, diz-nos Patrícia de Melo e Liz quando questionada sobre as características de um líder. “Acredito que toda a vida devemos ser uma «esponja de informação» para nos inspirar e conduzir a fazer melhor todos os dias”, diz-nos ainda. O que faz todo o sentido quando explica que acredita que um líder revela características de liderança desde muito cedo, mas que estas têm de ser exploradas e enriquecidas com aprendizagens externas e experiência. Há características como a sensibilidade e a perspicácia que são inatas, as chamadas soft skills, mas estas têm de se fazer acompanhar de hard skills e de ser trabalhadas em conjunto. Para a nossa entrevistada a comunicação estreita com as pessoas, a transparência, a atenção ao próximo e o espírito de serviço são valores essenciais quando se fala de gestão de pessoas. “Seja em que posição estejamos temos de estar para nos servir uns aos outros, mesmo quando estamos numa
posição de liderança, estamos a servir as pessoas que nos rodeiam com o nosso exemplo, inspiração, orientação e com conhecimento. Temos de nos manter sempre atualizados para fazê-lo com mestria”, afirma Patrícia de Melo e Liz. Defende que é importante que as empresas percebam que as equipas trabalham bem com a heterogeneidade e que as pessoas não têm de ser todas iguais. “É na complementaridade de formas de trabalhar e de estar que uma empresa enriquece”, realça. Na Savills Aguirre Newman as equipas são motivadas a trabalhar e a comunicar abertamente entre si, para que haja interação consistente e transparência entre departamentos. “O sentido crítico permanente enriquece o trabalho e permite-nos evoluir”, explica a nossa entrevistada.
A MULHER NO SETOR IMOBILIÁRIO
Com um percurso profissional vasto e enriquecedor, Patrícia de Melo e Liz sente que a mulher precisa de se esforçar mais para conseguir sobressair, sobretudo nos momentos de decisão. Defende que não é feminista, mas que é necessário desmistificar a maternidade e mudar o paradigma que a mulher tem de cuidar dos filhos e da casa, não conseguindo conciliar a sua vida profissional com a vida pessoal. “O homem tem a sua forma de estar e a mulher outra, mas complementam-se. É nessa complementaridade que se ganha na abordagem aos desafios e nas metodologias, o que favorece o sucesso das empresas”, elucida-nos. É a única mulher num cargo de topo de uma consultora imobiliária e lamenta que assim seja. Até que ponto as empresas dão a oportunidade às mulheres de fazerem as suas escolhas em termos de carreira? Pergunta. “Sou mãe de três filhos e acredito plenamente que a mulher consegue conciliar a vida pessoal com a vida profissional. Consegue ter a mesma produtividade. O travão sobre o que a mulher pode ou não fazer, é uma questão de mentalidade que tem de mudar”, alerta. Felizmente, hoje em dia o homem também já está integrado no processo da licença da maternidade, equilibrando melhor os papéis da mulher e do homem. Por sua vez, também já se veem empresas que impulsionam uma nova forma de estar, mostrando que a mulher tem as mesmas capacidades que o homem para abraçar funções de topo. ▪
QUEM É PATRÍCIA DE MELO E LIZ Em 2007 funde as duas empresas de que era sócia (Melo e Liz Design e Cosmopolita) com a multinacional espanhola AGUIRRE NEWMAN, assumindo o papel de sócia-executiva da empresa com os pelouros de Arquitetura, Gestão de Imóveis, Marketing e Recursos Humanos. Em 2014, paralelamente às suas funções, abraça um projeto na área da educação, adquirindo o Colégio Grow Up, em Caxias. E aceita fazer parte do Corpo Directivo da Oeiras International School. Em 2017 a Aguirre Newman é adquirida pela multinacional Savills e Patrícia de Melo e Liz assume o cargo de CEO.
31 FEVEREIRO 2018
estrangeiros em Portugal devido aos Golden Visa que contribuiu para despoletar toda a conjuntura que agora se verifica. Ou ainda os preços apelativos que nessa altura, despertaram a atenção dos investidores estrangeiros. A necessidade de reabilitar as cidades e a capacidade dos grandes municípios para o fomentar, também dinamizaram bastante o setor. E ainda, a reabilitação no setor hoteleiro com o aumento e diversificação da oferta turística/ lazer e, consequentemente, o aumento do turismo. “Portugal está, finalmente, a saber vender-se. Porque já há muto o vimos dizendo, Portugal não é só praia e boa gastronomia, temos muito mais para oferecer”, elucida-nos a nossa entrevistada e para quem a crise severa que o país enfrentou trouxe algo de bom. “Deu um abanão nos portugueses que sentiram a necessidade de revelar a sua criatividade e de se reinventarem”, acrescenta Patrícia de Melo e Liz. Diz-se que o português trabalha muito bem sob pressão e em condições adversas, é bem verdade. Vimos surgir projetos, como o alojamento local, hostels, startups e vimos empresas a reinventaram-se. Portugal despertou, finalmente, para a capacidade do que tem para oferecer. Temos bons serviços turísticos, hotéis excelentes, temos uma noção de qualidade muito apurada, boas infraestruturas, manutenção e limpeza dos espaços, em suma, a “arte de bem fazer e bem-receber”.
» EQUIPACK
HÁ QUASE 30 ANOS A LIDERAR, A INOVAR E A MARCAR A DIFERENÇA NO SETOR DA INJEÇÃO DE PLÁSTICOS Fundada em 1988, a EquiPack dedica-se à comercialização e assistência técnica de equipamentos industriais para a indústria de termoplásticos para todo o país. Foi na sede, na zona industrial da Barosa, em Leiria, que estivemos à conversa com Hugo Brito, diretor comercial da empresa que é líder nacional na comercialização de máquinas para injeção de plásticos.
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m 1988 começámos aliados a uma marca sem expressão no mercado Português e apesar dos bons resultados em 1995 mudámos a parceria e começámos a trabalhar com a Engel – empresa austríaca, líder mundial – até hoje. O nosso trabalho é 100% dedicado à injeção de plásticos. Já lá vão quase 30 anos”, começa por dizer Hugo Brito. “Desde 1988, houve altos e baixos, porém, podemos afirmar que as coisas sempre correram bem. Desde que trabalhamos com a Engel, 2017 foi o nosso melhor ano”. Com um volume de negócios que ronda os 20 milhões de euros, a Equipack é líder de mercado a nível nacional. O crescimento tem sido exponencial e Hugo Brito garante que a crise que o país atravessou há quase uma década não se fez sentir na empresa. A tecnologia fez-se sentir de forma intensa nos últimos anos e segundo o diretor comercial, a parceria com a marca austríaca teve grande influência. “Hoje olhamos para um
HUGO BRITO
automóvel com 20 anos e para outro recente e percebemos claramente a diferença.” Nos equipamentos, os maiores avanços dos últimos 20 anos foram a nível da precisão e da repetibilidade das máquinas de injeção, fruto da exigência do mercado. A grande quantidade de novos polímeros que foram aparecendo, é algo apontado pelo nosso interlocutor como algo desafiante ao desenvolvimento e investigação. A eficiência energética passou a ser também uma preocupação, “hoje as máquinas consomem ¼ daquilo que consumiam há duas décadas, a indústria procura eliminar o desperdício ao máximo. Estas mudanças são muito positivas e faz com que este setor comece a ser mais valorizado. Especificamente, aqui na Equipack, queremos garantir que não falhamos na componente técnica e por isso a formação é levada muito a sério. Não só comercializamos os equipamentos como também temos uma
O QUE SABER SOBRE O SETOR?
Sobre a indústria transformadora de plásticos, existem equipamentos para insuflação, extrusão ou injeção. O uso do plástico é consolidado para a fabricação de diferentes produtos, sendo que atualmente a indústria do plástico é uma das mais importantes na cadeia produtiva do mundo todo e gera milhares de postos de trabalho. A aplicação da moldagem por injeção de plástico é usada amplamente na produção de peças de plástico. A injeção de plásticos está presente em muitos dos objetos com os quais lidamos no nosso dia-a-dia, desde telemóveis, a eletrodomésticos, automóveis… tudo onde haja plástico por moldes, no fundo.
POR ONDE PASSA O DESENVOLVIMENTO
Em Portugal a grande fatia de clientes da Equipack pertence à indústria automóvel ou à indústria da peça técnica. Apesar da concorrência e de um mercado relativamente pequeno, Hugo Brito, explica que em Portugal conseguimos trabalhar bem pela representação – Engel – , pelo reconhecimento dos clientes, pela nossa constante forma de estar na vanguarda em termos tecnológicos e de formação contínua. “2018 Será um bom ano, com perspetivas de crescimento. Em 2017 a facturação foi muito interessante, porém, e tendo em conta a situação actual do setor, estamos muito optimistas para 2018 “. Para que haja um desenvolvimento mais avultado, o nosso entrevistado refere que deverão existir maiores sinergias entre instituições de ensino, indústria (clientes e fornecedores) para que se criem condições melhores e que formalizem uma filosofia mais unânime. ▪
33 FEVEREIRO 2018
Com um volume de negócios que ronda os 20 milhões de euros, a Equipack é líder de mercado a nível nacional. O crescimento tem sido exponencial e Hugo Brito garante que a crise que o país atravessou há quase uma década não se fez sentir na empresa
forte componente na assistência técnica e isso consegue-se com bons técnicos, bem formados. Hoje temos seis técnicos responsáveis apenas pela assistência”.
» PÓLO DE INOVAÇÃO EM ENGENHARIA DE POLÍMEROS EM DESTAQUE
PÓLO DE ENGENHARIA DE POLÍMEROS APOSTA EM PROJETOS E NETWORKING PARA DESENVOLVIMENTO DO SETOR Em 16 anos de atividade o - Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros - tem desenvolvido inúmeros projetos com empresas que têm elevado o setor. António Pontes, Professor e Vice-Presidente, em entrevista fala-nos das iniciativas e da importância das mesmas. Saiba mais.
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PIEP desenvolve a sua atividade em diferentes setores de aplicação que assenta em diferentes tipos tecnologias de processamento. De que competências tecnológicas e científicas falamos? O PIEP reúne competências num conjunto alargado de domínios tecnológicos e científicos, nomeadamente, sistemas de base polimérica, engenharia de produto e de processo, processamento de termoplásticos e compósitos e caracterização de materiais, que lhe permitem suportar de forma integrada todos os processos da cadeia de desenvolvimento de produto e de sistemas de diferentes setores de aplicação. Pode-se mencionar em mais detalhe, o desenvolvimento e otimização de novas formulações de materiais, desde materiais biodegradáveis, nanomateriais e polímeros condutores, o desenvolvimento e design de produtos, e as tecnologias de processamento de polímeros e compósitos. O PIEP possui ainda competências ao nível da caracterização mecânica, térmica, estrutural, reológica, ambiental, químico-física, ótica, morfológica e microestrutural de matérias-primas e de peças em plásticos, que lhe permitem ser um parceiro ativo na resposta ás necessidades mais prementes da indústria. Transferir conhecimentos para indústrias como a do ambiente, energia transportes, calçado, electrónica e construção, é algo que faz parte de inúmeros projetos dos quais o PIEP faz parte. O que pode ser referido sobre os mesmos? O PIEP tem desenvolvido a sua atividade em estreita colaboração com as empresas. Em 16 anos de atividade, são vários os exemplos. Gostaria no entanto de mencionar o projeto Hybridtec, o qual teve como objetivo o desenvolvimento de um processo e produto inovador que permitiu oferecer ao mercado uma nova tipologia de componentes injetados, integrando materiais compósitos e insertos metálicos para aumento do reforço e do seu elevado desempenho estrutural. Este projeto possibilitou a obtenção de um demonstrador, estrutura horizontal de um assento automóvel, que apresenta uma redução de peso superior a 41% e um custo de produção
A transformação digital e a economia circular, faz com tenhamos de pensar em novos materiais, em produtos e processos mais inteligentes e eficientes, o que pressupõem uma nova forma de pensar e de fazer cada vez mais integrada e multissetorial" inferior 13% em relação aos custos de produção de uma estrutura em alumínio. O protótipo desenvolvido foi selecionado pela JEC World 2016 para figurar entre as 20 soluções internacionais mais inovadoras a expor no “AUTO Planet”. Sendo o PIEP, quanto sabemos, a primeira entidade nacional a expor na área “Planet” da JEC, ao lado de outras inovações apresentadas pela Lamborghini, Faurecia e BMW, esta presença permitiu reforçar o seu posicionamento enquanto entidade de referência no desenvolvimento de soluções inovadoras com polímeros e compósitos. Um dos projetos da instituição é promover a participação de empresas nacionais em projetos de I&DT europeus. De que forma funcionam estas iniciativas? Ao nível dos projetos de I&DT europeus, os quais são extremamente competitivos, o PIEP tem assumido um papel ativo na incorporação de empresas nacionais nos consórcios que normalmente integra. A este nível gostaria de destacar o projeto “cTPS - Design of a Crushable TPS for the ERC”, que foi desenvolvido para a Agência Espacial Europeia (ESA) por um consórcio constituído única e exclusivamente por instituições e empresas nacionais, nomeadamente, a ACC -Amorim Cork Composites, o ISQ e a Critical Materials. O projeto, para a Agência Espacial Europeia, permitiu ainda demonstrar a capacidade existente a nível nacional nesta matéria, o que será impor-
tante para o posicionamento deste consórcio nacional para o futuros desenvolvimentos deste tipo de sistemas. Na sua opinião, qual é a importância da existência de uma forte rede de contactos internacionais para o desenvolvimento da indústria do setor e da própria Universidade do Minho? A rede de contactos e de parcerias internacionais é algo que é extremamente importante para o desenvolvimento do setor dos plásticos e moldes em Portugal e para a própria Universidade do Minho. O PIEP tem vindo a aumentar a sua participação em fóruns e plataformas europeias, como por exemplo a ECP4, o que nos tem permitido aumentar a nossa rede de contactos e parcerias e o reconhecimento por parte das entidades públicas e privadas europeias. Quais diria que são os maiores desafios da Engenharia de Polímeros em Portugal? Tendo como base a rápida evolução e transformação do setor dos plásticos e moldes e dos seus setores conexos, nomeadamente, automóvel, aeronáutica, espaço e defesa. É extremamente importante que as empresas, os centros de investigação e as universidades, sejam capazes de criar sinergias e competências para poderem acompanhar esta mudança. A transformação digital e a economia circular, faz com tenhamos de pensar em novos materiais, em produtos e processos mais inteligentes e eficientes, o que pressupõem uma nova forma de pensar e de fazer cada vez mais integrada e multissetorial. Para 2018, que novas iniciativas estão pensadas? Para 2018, o PIEP pretende alavancar uma iniciativa mais estruturada ao nível da dinamização da transferência de conhecimento científico e tecnológico na área dos polímeros e compósitos para a indústria e para a sociedade. A esse nível será realizada a promoção, divulgação, disseminação e transferência de conhecimento científico e tecnológico na área dos polímeros e compósitos e o desenvolvimento de demonstradores tecnológicos inovadores com vista à sua valorização económica. ▪
» PROGRAMA INTERFACE
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“QUEREMOS CHEGAR A TODOS OS AGRICULTORES” Com 19 anos de vida, um dos objetivos do COTR – Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio – é potenciar o desenvolvimento agrário. Gonçalo Rodrigues, Coordenador Executivo do COTR, fala-nos sobre o percurso desta associação sem fins lucrativos que pretende transferir o conhecimento científico e tecnológico para o agricultor e as explorações.
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COTR – Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio – surgiu com o propósito de apoiar o agricultor na conversão de sistemas de sequeiro em sistemas de regadio. Quando o COTR surgiu o Alentejo subsistia, em larga escala, de culturas que não dependessem de água nem de sistemas de rega. Contudo, com o nascimento do Alqueva, tudo mudou. Houve uma alteração completa de paradigma. Pode mesmo dizer-se que existe um antes e um depois do Alqueva na agricultura. O agricultor estava habituado a um meio de produção que não é exatamente igual àquele que hoje conhecemos. Estamos a falar, por exemplo, do olival intensivo e super intensivo que vemos hoje no Alentejo e que não corresponde em nada ao que tínhamos há 20 anos atrás. Numa primeira fase o Centro focou-se, portanto, em projetos de investigação, em colaboração com outras entidades, sobretudo universidades e unidades de investigação, para desenvolver conhecimento e aplicá-lo diretamente junto do agricultor. Em 2009 o seu foco teve de ser repensado; perdendo apoios fulcrais e projetos no âmbito de programas nacionais e programas comunitários Centro teve que se redirecionar a sua estratégia para outras atividades, nomeadamente na prestação de serviços, o que lhe permitiu conhecer a realidade agrícola de uma forma mais aprofundada. Em 2015, no âmbito de uma medida agro-ambiental do PDR 2020, a medida 7.5, relativa ao uso eficiente da água, o COTR recebe um novo alento e posiciona-se como uma entidade de referência a nível nacional. Hoje ocupa-se de um terço de uma medida que abrange cerca 80 mil hectares de área, prestando serviços diretos
GONÇALO RODRIGUES
e indiretos de certificação e de reconhecimento ao agricultor. “Esta nova etapa deu-nos uma margem para voltarmos ao que o Centro era inicialmente, um Centro de desenvolvimento de conhecimento científico e a sua transferência para o consumidor final”, começa por explicar Gonçalo Rodrigues. O COTR passou, portanto, por três fases relevantes para o seu desenvolvimento e crescimento e que contribuíram para que hoje seja o único Centro Operativo dedicado ao regadio a nível nacional.
DESAFIOS ATUAIS
As preocupações atuais do Centro passam, em muito, pela necessidade de cimentar aquela que é hoje a sua posição a nível nacional. “Apesar de estarmos centrados em Beja e no coração do Alqueva, o COTR é um centro operativo
e tecnológico de âmbito nacional. Portanto, o grande desafio é conseguirmos propagar a nossa atividade e influência do norte ao sul do país e alargar a nossa rede de networking”, adianta o nosso entrevistado. O propósito é chegar a mais agricultores, “mas acima de tudo queremos chegar a todos os agricultores, desde o maior ao mais pequeno”. O COTR não pretende centrar-se apenas no grande latifundiário e nas explorações agrícolas de dimensão maior. Quer também focar-se nas parcelas de pequena dimensão e na agricultura familiar que, na ótica de Gonçalo Rodrigues, enfrentam diversos problemas. “Queremos aplicar o conhecimento desenvolvido no auxílio de quem mais precisa e ser um instrumento para alavancar a sua exploração e a sua rentabilidade, com o uso de tecnologia e de metodologias
PROGRAMA INTERFACE
Reconhecido pela ANI – Agência Nacional de Inovação – como Centro Interface, o COTR é classificado como um CIT – Centro de Interface Tecnológico – com o objetivo de capacitar a indústria portuguesa. Este reconhecimento implica, por um lado, a visibilidade do COTR como um Centro com um papel preponderante, bem como significa “uma gratificação e o reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver. Sempre nos considerámos um Centro com um papel relevante, mas até à data não existia nenhum programa que sinalizasse os principais players neste setor”, explica Gonçalo Rodrigues. Por outro lado, para o coordenador executivo do Centro, este reconhecimento acarreta responsabilidades acrescidas. “No entanto, agora, temos mais ferramentas para desenvolver tarefas conjuntas e um trabalho colaborativo mais eficiente e sustentado com outras entidades. De alguma forma este reconhecimento veio alargar a nossa influência a nível nacional”, afirma Gonçalo Rodrigues. Para o nosso entrevistado é importante que os projetos de investigação, depois de desenvolvidos, testados e com resultados obtidos, saiam da gaveta e cheguem até ao principal interessado, o agricultor. “Um programa como este, de grande dimensão, permitirá alcançar este objetivo de forma pensada e sustentada para que o conhecimento não encontre barreiras quando for aplicado. Foi lançada a primeira pedra”, indica Gonçalo Rodrigues. ▪
7ª EDIÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL DE REGA E DRENAGEM O Congresso Nacional de Rega e Drenagem, criado pelo COTR, conta com a sua 7ª edição em junho de 2018. Com uma periodicidade bianual, ao longo destas sete edições tem procurado readaptar-se para conseguir chegar e corresponder às diferentes necessidades do setor. Tem desenvolvido diferentes iniciativas por forma a conseguir integrar diversos participantes, locais e nacionais, para impulsionar o desenvolvimento do congresso. Procura ser um fórum de debate académico, técnico e profissional com foco nas principais novidades e tendências, bem como dúvidas e questões. “Não nos interessa ser um congresso puramente científico, antes um congresso aberto a toda a comunidade onde a teoria se alie à prática. Para chegarmos a este conceito passámos por um processo de maturidade e crescimento com a experiência e feedback dos anteriores congressos”, diz-nos Gonçalo Rodrigues para quem “o mundo mudou e nós temos de mudar com ele”. O agricultor de hoje é dotado de mais conhecimento e competências, procura informar-se e procura a inovação. É mais informado e quer participar nestas iniciativas como parte integrante. Mas não se trata de uma participação em que está apenas sentado num fórum a receber informação científica. “Queremos que haja um contacto entre a academia, os investigadores e o agricultor para que fique a par do que se está a desenvolver e que novidades aí vêm, mas também queremos que haja uma
componente prática para aplicar esse conhecimento”, adianta Gonçalo Rodrigues. O VII Congresso Nacional de Rega e Drenagem irá realizar-se em Monte Real, Leiria, de 27 a 29 de Junho de 2018, sob o lema “Regadio em Mudança: a Modernização na Dinamização do Desenvolvimento Regional”. Pretende-se fugir dos grandes pólos para criar uma proximidade e relação com o agricultor de minifúndios. Trata-se de uma novidade e de um desafio aliciante para o próprio COTR que irá sair da sua zona de atuação. O foco passará, em grande parte, no apoio aos pequenos agricultores, não só devido aos problemas que enfrentam e que se refletem na sua subsistência, mas também para dinamizar as suas explorações. “Trata-se de um evento nacional ímpar dedicado ao regadio e que desde 2005 procura cada vez mais alavancar as capacidades do agricultor e chegar a toda a comunidade”, afirma Gonçalo Rodrigues. O Congresso irá dividir-se em três grandes vertentes: > O debate e apresentação do conhecimento científico; > Sessão de networking onde a academia será chamada para apresentar os seus trabalhos sobre a aplicação da tecnologia na agricultura; > Participação dos congressistas em minicursos.
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inovadoras e eficientes”, elucida-nos o nosso interlocutor. Assim, o COTR assenta em três pilares: o apoio aos agricultores (seja qual a sua dimensão), a investigação e a transferência do conhecimento. “Nesta última vertente, as universidades são as nossas grandes aliadas, não só pela sua tecnologia de ponta e pelo seu capital humano, mas porque resulta numa parceria e numa ponte entre o conhecimento empírico e a sua aplicação na prática”, refere, ainda, Gonçalo Rodrigues.
» PATRIMÓNIO E CULTURA : AS RUÍNAS DA CIDADE ROMANA DE CONÍMBRIGA
RUÍNAS DE Conímbriga NA LISTA DAS "SETE NOVAS MARAVILHAS DO MUNDO" DA BLOOMBERG Depois de em 2015 terem sido incluídas pelo jornal inglês The Guardian numa lista de 10 das melhores ruínas antigas de que provavelmente o grande público nunca ouviu falar, as ruínas da cidade romana de Conímbriga voltaram agora a ser distinguidas pela agência noticiosa americana Bloomberg como uma das “Sete novas maravilhas do Mundo”, por possuírem o “esplendor visual” e o “apelo histórico dos mais famosos monumentos”.
MUSEU MONOGRÁFICO DE Conímbriga BREVE APRESENTAÇÃO
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sta merecida atenção da imprensa internacional por Conimbriga irá contribuir para promover a imagem daquele que é o mais importante sítio arqueológico do período romano existente em Portugal e que em 2017 ultrapassou os 100 000 visitantes. Conhecidas desde o século XIX, foi a partir de 1930 que as ruínas de Conímbriga ganharam importância e as escavações arqueológicas ali efetuadas desde então tem arrojado luz sobre diversos aspetos da cidade, que vão da arquitetura e do urbanismo aos detalhes do quotidiano do cidadão anónimo. Por volta de 136 a.C. os romanos conquistaram Conímbriga, já então um florescente povoado habitado por uma população de origem céltica. Posteriormente, Conímbriga teve amplo desenvolvimento. Ao tempo do imperador Augusto o núcleo urbano foi objeto de um notável projeto urbanístico, que contemplou a construção de uma muralha e o dotou de diversas infraestruturas entre as quais se contam o aqueduto, o fórum e umas termas públicas. Pouco tempo volvido, talvez ao tempo de Cláudio I, era erguido o anfiteatro. A cidade cresceu e os imperadores Flávios (6979 d.C.) elevaram-na à categoria de município. As décadas seguintes foram de prosperidade. Mas o final do século III trouxe ventos de mudança. Conímbriga retraiu-se. No último quartel do século V Conímbriga passou para o domínio dos Suevos, mas a sua importância manteve-se, como atesta o estatuto de sede de bispado que conservou. Sucederam-lhe os Visigodos e, posteriormente os Árabes, de cuja presença a arqueologia vai dando testemunho. Estima-se que, no seu apogeu, Conímbriga pudesse ter cerca de quatro a cinco mil habitantes. Seria uma pequena cidade de província pelos padrões da época. A sua originalidade reside no fato de, contrariamente à maior parte das grandes urbes de então e que ainda hoje se mantém vivas, Conimbriga ter sido desabitada ao longo do tempo, desaparecendo da vista e da memória dos homens nos alvores da Idade Média. Os edifícios e
Museu Monográfico
as ruas onde a vida em tempos pulsara cederam o lugar a ruínas que logo se transformaram em campos agrícolas. Esta interrupção da ocupação do espaço permitiu a conservação e preservação de Conímbriga. Os cerca de três hectares atualmente escavados e expostos ao público representam apenas cerca de um sétimo de toda a área outrora ocupada. A este nível Conímbriga é um caso excecional no quadro da arqueologia do período romano, pois é uma daquelas raras cidades que conserva potencial para ser escavada e conhecida na quase totalidade, revelando – se uma fonte extraordinária de conhecimento sobre aquele que foi um dos maiores impérios de toda a História da Humanidade: o Império Romano.
O PERCURSO DAS RUÍNAS
Ao longo do percurso aberto ao público, é possível ver a imponente muralha tardia, datada de finais do século III, as ruínas das majestosas residências de endinheirados aristocratas e burgueses locais, de que destacamos a esplendorosa Casa dos Repuxos. Jardins interiores, paredes com vestígios de estuques pintados a fresco, pavimentos ricamente decorados por mosaicos ou edifícios termais privados recordam o requinte em que viviam as elites. Mais além, erguem-se os vestígios do aqueduto, das insulae - o equivalente aos modernos prédios de apartamentos, com o piso térreo ocupado por lojas -, o fórum da cidade - centro da vida política e religiosa -, e as grandes Termas do Sul, com a sua magnífica palestra.
O MUSEU MONOGRÁFICO DE CONÍMBRIGA
o Museu Monográfico de Conímbriga, agora Museu Nacional, foi fundado em 1962 e reúne alguns dos objetos que foram encontrados nas escavações. É dedicado inteiramente à explicação e materialização daquele espaço arqueológico, retratando aspetos tão diversos como a vida quotidiana, a arquitetura ou os cultos, merecendo destaque a sala inteiramente dedicada ao Fórum. ▪
Diz-se Monográfico porque, à semelhança dos “museus de sítio”, apenas expõe objetos encontrados nas Ruínas.
As Ruínas de Conímbriga
O planalto onde se encontram as ruínas romanas de Conímbriga foi habitado, pelo menos, desde o século IX a. C., por uma população de tradição indígena, que teve na pastorícia a sua base de subsistência. No ano de 136 a. C., com a chegada dos romanos a esta região, o oppidum de Conímbriga transformou-se numa imponente cidade, possuindo, à semelhança de outras urbes de tradição romana, um fórum, um anfiteatro, conjuntos de balneários, termas, casas senhoriais pavimentadas a mosaico, uma rede viária e todo um conjunto de infraestruturas ainda hoje visitáveis.
O Museu
Fundado em 1962 para albergar os objetos retirados das escavações de Conímbriga, sofreu, entre os anos de 1976 e 1985, uma profunda remodelação que o colocou no panorama de referência da museologia nacional da época. Atualmente, pauta-se entre os mais visitados do país com cerca de 100 000 visitantes anuais.
Serviços
O Museu Monográfico de Conímbriga possui Serviços Educativos, Biblioteca, Loja, Restaurante, Cafetaria, Auditório, Laboratório e Oficina de Restauro.
Perspectivas
O Museu Monográfico de Conímbriga procura ser um espaço de referência na forma de encarar a museologia atual, tendo como políticas de atuação a integração da comunidade local nos desígnios da instituição e o estabelecimento de laços de cooperação e de parceria com a sociedade em geral.
Informações
Museu Monográfico de Conímbriga Museu Nacional , 3150-220, Condeixa-a-Nova 239 941 177 | Facebook | Twitter E-mail: geral@mmconimbriga.dgpc.pt Coordenadas GPS: 40º05'55.16''N 8º29'24.87''O
» WEB SUMMIT | CARNAVAL DE LOULÉ 2018
WEB SUMMIT DÁ O MOTE PARA A FOLIA DO CARNAVAL DE LOULÉ 2018
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FOTO: DaCRUZ pHOTO ©
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m Loulé, o Carnaval volta à tradição do corso em três dias seguidos (domingo, segunda e terça-feira), ao contrário do que tem acontecido nos últimos anos com o desfile a sair para a rua no sábado em vez da segunda-feira. Se a sátira política, social ou desportiva continua a ser um dos principais ingredientes deste desfile, também os carros alegóricos (este ano serão 14) são um motivo para que os foliões escolham Loulé para festejar o Carnaval “à grande e à louletana”. Uma equipa de artistas e criativos elabora, ao longo de meses, os carros que nestes dias encantam o público pela beleza, colorido e imaginação com que são concebidos. Os principais temas e factos que marcaram a vida nacional e internacional estarão representados nestes carros alegóricos, com as várias centenas de figurantes a encarnarem as personalidades que estiveram em destaque. Ano após ano, Cristiano Ronaldo tem sido um dos reis da festa louletana e, em 2018, volta a sentar-se no trono, num carro dedicado ao Mundial de Futebol que este ano decorre na Rússia, com Vladimir Putin a dar as boas-vindas. E no campo futebolístico, não podia faltar a rivalidade entre os três grandes. Desta vez, os presidentes do Sporting e FC Porto vão fazer uma caça à águia encurralada na “central de emails”. Na política nacional, a “geringonça” prepara-se para participar na festa web summit num cruzeiro muito animado. Do Governo para a Europa, Mário Centeno junta-se a Angela Merkhel num carro dedicado às finanças da União Europeia. Estes são alguns dos episódios retratados em mais uma edição do Carnaval de Loulé. Grupos de animação em representação das associações do Concelho, escolas de samba com as esculturais bailarinas prontas para horas de muito ritmo no pé, gigantones e cabeçudos juntam-se à festa. Um detalhe comum a todos os carros alegóricos deste desfile será a alusão à tecnologia que estará não só nos carros mas em toda a decoração do recinto, apresentando, assim, um mundo virtual neste sambódromo louletano. Este ano o Carnaval de Loulé homenageia mais uma das figuras que contribuíram para engradecer a sua história: Fernando Semião. Depois de Jú-
FOTO: DaCRUZ pHOTO ©
Nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro, a animação vai invadir a Avenida José da Costa Mealha, em Loulé, durante três dias de desfile daquele que é o mais antigo corso carnavalesco de Portugal. Este ano, o tema para esta paródia que atrai milhares de visitantes vai ser “Carnaval Summit de Loulé”, numa brincadeira à cimeira mundial dedicada à tecnologia e empreendedorismo que decorreu nos dois últimos anos em Lisboa.
lio Guerreiro “Cachola”, Inácio Nunes “Favas”, José Baptista, Professor Duarte e Luís Furtado, é a vez deste folião que, ano após ano, deu vida ao corso com a sua boa disposição ser recordado durante o desfile. Com mais de um século de história, o Carnaval de Loulé é uma manifestação etnográfica ímpar, tradição bastante enraizada, e que constitui o principal cartaz do Algarve durante a chamada época baixa do turismo. Esta é, pois, uma oportunidade para os muitos foliões que escolhem esta altura do ano para uma escapadinha conhecerem uma cidade que é sede do maior concelho algarvio, localizada no barrocal, repleta de tradições e História. O desfile arranca às 15h00. O preço das entradas é de 2 euros. As receitas arrecadadas irão reverter para causas solidárias e também para as associações participantes no corso.
Baile de Gala e atividades desportivas
Para além do desfile que acontece durante três dias, o programa de Carnaval de Loulé 2018 apresenta uma série de atividades que pretendem dinamizar a cidade nesta época do ano em que são muitos os turistas que escolhem Loulé para umas miniférias. O Baile de Gala dedicado ao “Loulé Summit” irá reunir os foliões na noite de segunda-feira, dia 12, no “Palácio” do NERA, na Zona Industrial. Pretende-se que esta seja uma noite cheia de glamour e folia. O público é convidado a vestir-se de acordo com o tema e a participar nesta festa animada pela Arte & Música Big Band e Banda Fora D’Horas. O Desporto irá também estar em destaque nestes dias, com eventos emblemáticos nos calendários das respetivas modalidades nesta altura do ano: Torneio Internacional de Vela Carnaval de Loulé (10, 11 e 12 de fevereiro, em Vilamoura), Marcha-Corrida de Carnaval (9 de fevereiro, com partida na Praça da República, a partir das 20h00), Etapa Regional de Surf (10 e 11 de fevereiro, Praia da Falésia, das 8h00 às 18h00), Grande Prémio de Atletismo Carnaval de Loulé (11 de fevereiro, 9h30, Avenida José da Costa Mealha) ou Vilamoura Atlantic Tour (arranca dia 13 de fevereiro). ▪
PONTOS DE VISTA NO FEMININO
» CÁTIA ARNAUT, PRACTICE MANAGER DA BLUE INFINITY, EM ENTREVISTA
Cátia Arnaut é a gestora responsável pela unidade de Digital Marketing Project Management na blue-infinity Linked by Isobar. Começou a sua carreira como gestora de projeto, onde fez grande parte do seu percurso profissional até à data. Porém afirma que a sua gestão vai muito para além de projetos e que é transversal a tudo aquilo que uma empresa necessita, nomeadamente, uma gestão eficaz de pessoas. Conheça a sua história.
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omeçou nas telecomunicações e mais recentemente conheceu o mundo das novas tecnologias, “duas indústrias para as quais gerir sem metodologias de gestão de projeto como base não faria qualquer sentido, na medida em que a natureza do próprio negócio assim o exige”. Já com uma experiência notável, a gestora teve uma experiência internacional em dois países, e afirma que “mudou a forma de como hoje olha para as empresas e para as pessoas”.
DUBAI E ANGOLA
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Saiu de Portugal em 2012 e partiu primeiramente para o Dubai enquanto PMO, enquadrada num programa de excelência, que visava a consolidação da empresa e a otimização de processos. Lá permaneceu um ano, e afirma que o choque cultural é significativo para uma mulher expatriada – no Dubai não é significativo ser-se expatriado, salvo o facto de ser mulher, mãe, divorciada e numa posição de liderança - estava preparado um cocktail que define como “desafiante”. No edifício onde trabalhou lidou com pessoas de 52 nacionalidades e por isso garante que a sensibilidade e a compreensão para as diferenças são características que ficaram mais aguçadas, porque “apesar de falarmos todos inglês as dissemelhanças são muitas”. Ao final de um ano surge a oportunidade de ir para Angola e Cátia aceita. “Sempre tive uma paixão e curiosidade por África, apesar de na altura não conhecer praticamente nada do continente, sentia que em algum momento aquela terra faria parte do meu percurso e assim foi”. A vida assim aconteceu e Cátia esteve quatro anos em Angola, três anos e meio dos quais na Angola Telecom, na implementação do projeto de reestruturação da empresa. Descreve-se como uma pessoa que precisa de motivação e de sentir que tem uma missão a cumprir e que
não serve para apenas “marcar passo”, por isso percebeu que o seu tempo na Angola Telecom estava esgotado e era altura de abraçar outro desafio. “Neste sentido, surge a hipótese de deixar as telecomunicações e abraçar o mundo das TI’s. O projeto era muito interessante, passaria por criar uma direção com três áreas de negócio distintas, com uma dimensão financeira muito atrativa e difícil de encontrar a nível mundial”, explica. Abraçou o desafio, que classifica como “muito interessante” e onde conseguiu traçar objetivos e atingi-los num curto prazo. No entanto, tinha chegado a altura de ponderar a vida de expatriada, que para a nossa interlocutora teve desde o início uma data de validade, e voltou. Na época, sabia que o destino seria a Europa, o país seria ainda incerto. Foi contudo em Portugal que encontrou um lugar onde hoje diz ser feliz e que a fez encerrar o capítulo África.
BLUE-INFINITY LINKED BY ISOBAR
"Muito embora as minhas raízes estejam em Portugal, estava à procura de uma nova oportunidade que me permitisse crescer profissionalmente, enquanto em paralelo fosse possível alavancar e tirar partido da minha experiência na gestão de projetos de elevada complexidade e dimensão. A blue-infinity Linked by Isobar pareceu-me muito interessante, já que é uma organização verdadeiramente global, com clientes em todas as indústrias operando a uma escala mundial, com equipas internacionais, que trabalham independentemente do lugar físico onde se encontram para criar e desenvolver soluções digitais. A blue-infinity Linked by Isobar é uma empresa dinâmica e desafiadora, o local certo para expandir a minha carreira já que aqui verdadeiramente se acreditam em ideias sem limites. É uma organização especializada em transformação digital, ajudando as marcas e os negócios a agarrar todo o potencial do digi-
tal através de uma combinação única de estratégia, marketing, criatividade e tecnologia. As nossas competências técnicas especializadas ao nível do design, consultoria e tecnologia asseguram soluções de market-leading brand commerce para os nossos clientes a uma escala global. Na blue-infinity Linked by Isobar sou responsável pela gestão da unidade de Digital Marketing Project Management e pela implementação de um quadro metodológico ao nível da gestão de projetos, comum a toda a organização. Sou por isso responsável pela gestão e acompanhamento de todos os Project Managers de forma a garantir os mais elevados padrões de performance e qualidade na gestão de projetos. Também trabalho junto do PMO no sentido de assegurar que as melhores práticas e processos são seguidos por todos, e alvo de uma melhoria contínua, para se adaptarem à constante mudança nos paradigmas dos projetos e da procura dos nossos clientes." A organização opera globalmente e a sua sede é na Suíça. Neste momento a operação está ainda potenciada pelo poder e escala da Dentsu Aegis Network, que conta com 45.000 especialistas em 145 países. Portugal é a região que apresenta um maior crescimento com equipas de “Digital Addicts” tanto em Lisboa como em Leiria. As sinergias que criaram ao trabalhar como uma equipa única estão a projeta-los para a frente e as perspectivas de crescimento são muito animadoras. "São tempos muito entusiasmantes!" Refere Cátia.
VIDA PROFISSIONAL VS MATERNIDADE
Mãe de uma menina com dez anos, a Laura, Cátia não é só mais uma mãe que equilibra uma vida profissional com a familiar, é uma mãe que está na vida da filha o máximo de tempo que consegue porque é ela o seu maior projeto de vida. Porém, o trabalho é por si considerado um complemento essencial
sua realização pessoal e por isso “há que equilibrar tudo”, garante. “O primeiro dia em que tive que voltar a trabalhar após a minha licença de maternidade foi horrível, senti-me a pior mãe do mundo. Chorei imenso. Achei que era algo muito ingrato. Passada essa fase aprendi ao longo do tempo, até porque gosto muito daquilo que faço, que preciso deste complemento (trabalho) enquanto ser humano, e que também é necessário garantir que há espaço para as duas coisas. Quando estou a trabalhar, estou de olho no telemóvel para o caso de acontecer alguma coisa mas estou sempre focada e dedicada. Quando estou em casa ou em algum momento de lazer com a minha filha, sou 100% dela. Desligo de tudo. Estou a sério. Não fui mãe por acidente mas por opção, e com isso obviamente a consciência da responsabilidade inerente veio juntamente. Se eu preferia ter mais tempo? Sim, claro! Mas olho para a vida dela e vejo que ela tem tão pouco tempo quanto eu, que é algo que me custa, o facto de ela quase não ter tempo para brincar faz-me confusão. O fim-de-semana torna-se o nosso tempo de qualidade, temos de arranjar sempre algo que nos arranque de casa e que permita descobrir algo diferente”.
culturas esse facto não ser reconhecido, elas têm um enorme poder que nem sempre elas mesmas o reconhecem. No entanto, se lhes dermos esse empoderamento elas vencem sem dúvida nenhuma”, conclui. A nossa entrevistada garante que a mentalidade pouco orientada para a valorização do capital humano a par da falta de paridade efetiva não traz grandes benefícios, e que aquilo a que tem assistido mostra “que se dermos a oportunidade a quem merece obtemos inevitavelmente bons resultados”. ▪
CÁTIA ARNAUT
SE PUDESSE MUDAR ALGO NO MUNDO EMPRESARIAL O QUE SERIA?
“Talvez mudasse muita coisa. Não é o caso da blue-infinity Linked by Isobar, até porque é a primeira empresa em que estou e que sinto que as coisas são realmente diferentes e que passam da teoria à prática, nomeadamente no que toca ao tratamento das pessoas. A minha experiência diz-me que as empresas são as pessoas, e enquanto não trocarmos a mentalidade de que é realmente importante dar valor ao indivíduo e à equipa para que a empresa possa crescer, vai ser impossível. Os números são essenciais, claro, sem eles não fazemos grande coisa, mas sem pessoas não fazemos mesmo nada! Esta é a minha experiência pessoal… de quem liderou várias equipas completamente diferentes”. Cátia conta que na blue-infinity Linked by Isobar, o espírito de valorização e de envolvimento das pessoas não está escrito em nenhuma parede, vive-se diariamente, na forma como as pessoas trabalham, descontraídas, valorizadas e, por isso, mais produtivas. “Quem gere empresas deve ter em perspetiva que as pessoas têm de se sentir confortáveis e que sintam que fazem parte de um objetivo, seja ele qual for”, prossegue. “Outra coisa que considera importante mudar é referente ao papel da mulher. A mulher é completamente vital – e este não é um comentário sexista - na Europa o que temos é uma paridade maior mas se olharmos do ponto de vista salarial, essa paridade não existe. Curiosamente em África quem quiser implementar um projeto, seja de que tipo for, se não tiver mulheres envolvidas, está condenado ao fracasso. Há países mais matriarcais que outros, mas mesmo em países mais patriarcais as mulheres estão muito melhor preparadas, porque têm vidas muito mais duras e exigentes, nomeadamente do ponto de vista da responsabilidade familiar, elas educam, alimentam… Apesar de em algumas
"Os números são essenciais, claro, sem eles não fazemos grande coisa, mas sem pessoas não fazemos mesmo nada! Esta é a minha experiência pessoal… de quem liderou várias equipas completamente diferentes”
PONTOS DE VISTA NO FEMININO
» Cidália Ribeiro, EM ENTREVISTA
CADA PESSOA É UMA PESSOA E CADA CASA É UMA CASA
Cidália Ribeiro, Consultora Imobiliária na Keller Williams, trabalha há 14 anos neste setor. Afirma que não “vende casas”, até porque esta é “uma atividade de pessoas para pessoas e de relacionamentos”. Venha connosco saber mais.
CIDÁLIA RIBEIRO
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idália Ribeiro começou, verdadeiramente, a traçar o seu caminho nesta atividade quando surgiu a oportunidade de integrar uma imobiliária com uma dimensão e estrutura significativas e com uma forte capacidade de recrutamento e acompanhamento dos comerciais. Aqui, teve a oportunidade de começar a destacar-se pelo seu trabalho. Depois, surgiram os desafios. Desafios esses que passam pelo relacionamento interpessoal, pela confiança que têm de ganhar dos clientes, pelo fazer acreditar no que é feito neste setor ou, ainda, pelo deslumbramento. “É fácil deslumbrarmo-nos nesta atividade, mas temos que ter noção que é uma profissão de altos e baixos”, começa por referir a nossa entrevistada para quem, este percurso é, em si próprio, um desafio. “À medida que vamos crescendo vamos saindo da nossa zona de conforto e é importante estarmos rodeados de pessoas mais experientes que nos podem a ajudar a percorrer esse caminho. Sozinhos não conseguimos”, explica Cidália Ribeiro. Outro dos desafios poderia passar pela desigualdade de género, visto tratar-se de um mercado que lida com setores mais orientados para o género masculino. No entanto, Cidália Ribeiro nunca encarou esse aspeto como um obstáculo, antes como um desafio onde encontrou soluções para o ultrapassar. “Não podemos ir contra uma parede até ela cair, mas sim saber contorná-la. Para isso é importante encontrar as pessoas certas para trabalharmos”, afirma. Explica que, por vezes, as dificuldades que encontramos em ultrapassar alguns desafios prende-se com a falta de experiência ou alguma imaturidade normais quando estamos no início de uma atividade. “Nestes casos, a resiliência e a persistência são fundamentais. Senti que os desafios eram maiores à medida que ía evoluindo no mercado imobiliário, mas com o tempo fui ganhando ferramentas e audácia para os superar”, acrescenta Cidália Ribeiro.
OPINION MAKER DO MERCADO IMOBILIÁRIO
Com objetivos bem definidos e estruturados, Cidália Ribeiro sabe para onde quer ir e como tem de fazer para lá chegar. Tem paixão pelo que faz e sabe. procura informar-se e atualizar-se constantemente sobre esta atividade e sobre o que a rodeia. Gostava de ser uma opinion maker do mercado imobiliário e, juntamente com os objetivos que quer alcançar, já começou a redefinir a sua estratégia, bem como o seu plano de comunicação de informação. Sabemos que, hoje em dia, as tecnologias trabalham a favor das empresas. Sites, redes sociais, vídeos e imagens são mais apelativos e são a porta de entrada para se conhecer uma empresa. “Nem sempre se consegue mostrar o potencial de uma casa através de fotografias, o vídeo vem complementar, dinamizar e ampliar a promoção da sua casa”, pode ler-se no site de Cidália Ribeiro. “Estes vídeos técnicos do setor imobiliário trazem
A KELLER WILLIAMS
Cidália Ribeiro abraçou este projeto da Keller Williams logo no momento em que a marca entrou em Portugal. “O objetivo da Keller Williams para cada um de nós é que sejamos um millionaire real estate agent, por isso toda a formação dentro da Keller Williams está estruturada para isso mesmo. Desde a formação inicial, de forma a que os colaboradores se integrem nos métodos e sistemas de trabalho da empresa, passando pelo apoio durante o processo inicial de angariação de clientes e, desenvolvimento de toda a atividade, passando pelo o apoio nos processos de compra e venda, faz com as pessoas acreditem que é possível alcança-
rem os seus objetivos”, explica a nossa entrevistada. Esta formação contínua durante todo o desenvolvimento e crescimento dos colaboradores dentro da empresa permite-lhes mudar a forma de pensar. “Muitas vezes não conseguimos chegar mais longe exatamente porque os nossos pensamentos nos limitam. Como Osho diz no título do seu livro: “Saia da sua frente”. Se conseguirmos mudar a forma como pensamos, automaticamente mudamos o que sentimos, o que resulta na mudança do nosso comportamento”, elucida-nos Cidália Ribeiro. A Keller Williams é, para Cidália Ribeiro, uma excelente ferramenta de motivação e uma escola de aprendizagem que “nos ajuda a construir a nossa bagagem e a solidificá-la. Dá-nos asas para crescer e para nos identificarmos com um negócio que sentimos como sendo nosso”, acrescenta.
“NÃO VENDEMOS CASAS”
Para Cidália Ribeiro o processo de venda de um imóvel não se trata apenas de vender uma casa. “Não vendemos casas. Isto é uma atividade de pessoas para pessoas e de relacionamentos. Quando falamos em “vender” implica estar a forçar alguém para comprar algo que pode não ser o que quer. Não é isso o que fazemos”, começa por referir. Com o mercado imobiliário português ao rubro e bastante atrativo é necessário perceber muito bem o que é o cliente quer, o que não gostaria, de todo, de ter na sua casa e aquilo que é prioritário para ele numa casa. “Temos de traçar um perfil, qualificar as pessoas e, no momento em que está a ver o imóvel, perceber se há alguma empatia entre a pessoa
e a casa. Temos de saber ler bem a sua expressão corporal e a sua comunicação não-verbal”, adianta a nossa entrevistada. Cada pessoa é uma pessoa e cada casa é uma casa.” Não podemos ter o mesmo tratamento e fazer as mesmas perguntas a todos os nossos clientes. A compra de uma casa é uma compra bastante emocional. É, muitas vezes, a decisão mais importante da vida de muitas pessoas”, afirma Cidália Ribeiro.
GESTÃO DE PESSOAS
Para uma boa gestão de pessoas é importante, acima de tudo, conhecê-las muito bem e perceber onde é que elas podem brilhar, diz-nos Cidália Ribeiro. “Recrutar uma pessoa para um determinado cargo quando, na realidade, ela brilha noutro, é estar a apagar essa pessoa. Isso vai refletir-se na sua rentabilidade”. Portanto, ler as pessoas e perceber onde é que se integram melhor, nas atividades, de acordo com a sua maneira de ser é um bom caminho. “Temos de ouvi-las e ouvir as suas necessidades e tentar perceber quais são as suas ambições. Porque quando temos uma equipa essa equipa tem de caminhar lado a lado como se fôssemos todos um só para alcançar resultados”, explica Cidália Ribeiro. Ainda, sobre a igualdade de género, a nossa entrevistada defende que esta é uma atividade que se adequa perfeitamente tanto a homens como a mulheres. “Ela precisa do lado masculino, pragmático e com uma visão mais lúcida e clara. Por sua vez, é necessária a sensibilidade da mulher com o seu lado acolhedor para compreender e ser empática em determinadas situações”, conclui. ▪
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mais visibilidade o que acarreta, por conseguinte, credibilidade. Isto porque quem dá a cara não tem nada a esconder”, afirma a nossa entrevistada. Encontra-se, portanto, a reunir ferramentas que se encaixam consigo e que lhe permitirão percorrer o seu caminho até aos resultados que quer alcançar. “De uma forma leve, atrativa e motivadora conseguimos alcançar as metas pretendidas e conseguimos fazer com que as pessoas sintam confiança nos processos de compra e venda e nos seus investimentos”, diz-nos, ainda, a nossa entrevistada. Cidália Ribeiro promove, igualmente, através de vídeos, o auto-conhecimento para ajudar as pessoas a ultrapassarem os seus próprios desafios, obstáculos e limitações. E para também elas terem sucesso. “Mudar o nosso pensamento vai ajudar a mudar o nosso comportamento e os resultados serão diferentes”, afirma.
PONTOS DE VISTA NO FEMININO
» MARTA DO NASCIMENTO, DIRETORA DO AQUI HÁ GÉNIO, EM ENTREVISTA
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A DIFERENÇA NA EDUCAÇÃO E NA LIDERANÇA
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MARTA DO NASCIMENTO
O Aqui Há Génio destaca-se pelo seu modelo inovador de proximidade com os alunos que o procuram. Marta do Nascimento, Diretora do centro, em entrevista, fala-nos sobre o modelo de formação e de como o mundo empresarial ainda hoje olha para as mulheres.
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Aqui Há Génio realiza previamente uma entrevista com alunos e pais e, posteriormente, uma avaliação das dificuldades e necessidades de cada aluno. Que outros fatores têm contribuído para a diferenciação do Centro de Estudos e Formação no mercado? De facto, o Aqui Há Génio realiza previamente uma entrevista que culmina com uma avaliação das dificuldades e necessidades de cada aluno, onde conseguimos traçar um plano individual e personalizado à medida de quem nos procura, sejam alunos com dificuldades ou apenas alunos que queiram melhorar o que já têm de bom. Mas a verdadeira essência e o que nos diferencia é a forma como trabalhamos, é a nossa postura e o que colocamos de cada um de nós no que fazemos. Costumo dizer que não somos melhores do que outros institutos já existentes, somos apenas diferentes. Somos diferentes porque no que diz respeito ao Centro de Estudos tudo foi pensado por alguém com formação em Psicologia, o que faz com que tenhamos em conta não só o resultado, mas o processo e o caminho que percorremos até o atingir. A nós interessa-nos principalmente o bem-estar emocional dos nossos alunos, sedimentar através de reforço positivo o que é trabalhado, colmatar as lacunas existentes não com o “despejar” de matéria, mas trabalhar com estratégias adaptadas a cada um e, por vezes, estratégias pouco convencionais, dado que surgem da nossa intuição, da nossa experiência. A nossa diferenciação surge a partir do momento em que estamos sempre disponíveis para os nossos alunos, para ouvir que se chatearam com a amiga ou que terminaram com a namorada; estar junto deles quando uma lesão não os deixa fazer o desporto que tanto amam e como isso os deixa frustrados; ouvir semanas após semanas, meses após meses falar acerca da mesma rapariga; dar-lhes o “colo”
Enquanto Diretora Técnica e Pedagógica do Aqui Há Génio, quais são as suas maiores preocupações? As nossas preocupações passam pela fidelidade a nós próprios e ao nosso lema, de forma a manter sempre acesa a chama do interesse que conseguimos que os alunos tenham. É um desafio constante e diário manter o compromisso e o rumo destes miúdos, dado que hoje vivemos numa sociedade com demasiados estímulos e que facilmente os poderão desviar do seu caminho. “Cada aluno é um aluno diferente e com necessidades diferentes”. Este será sempre o lema do Aqui Há Génio? Esse será sempre o lema deste instituto. Esse lema diz que somos todos diferentes, todos necessitamos de algo diferente e que isso não é mau! Esse lema diz que na nossa diferença, todos necessitamos de estar sempre disponíveis para trabalhar na diferença e com a diferença de cada um. Costumo dar um exemplo real e prático que acompanhámos, se com dois gémeos que têm a mesma educação, que frequentam a mesma escola e a mesma turma temos de fazer um trabalho diferente, quanto mais com todos os outros. É cada vez maior o número de mulheres que ocupam lugares de liderança e de chefia nas empresas e é defendido que as diferenças, vantagens e perspetivas das mulheres têm um forte impacto nas organizações. Concorda? Concordo, claro. Neuro biologicamente somos diferentes. Homens e mulheres têm cérebros diferentes. Está comprovado que o cérebro dos homens é maior, mas o das mulheres é mais desenvolvido em certas zonas ligadas à inteligência,
zonas estas associadas à memória, aos sentidos, à aprendizagem e à tomada de decisões. Assim como, já se comprovou através de estudos que se atribuirmos uma tarefa a um homem e a uma mulher, que envolva tanto o pensamento lógico, como o intuitivo, a mulher irá cumprir melhor a tarefa, dado que elas são melhores a conetar o lado direito com o lado esquerdo do cérebro. A biologia já nos dá vantagem para exercermos com sucesso funções de chefia, a natureza já nos prepara para isso mesmo. Contudo, a capacidade de liderança, a meu ver é definida pelas características de cada um e não pelo facto de sermos homens ou mulheres. A realidade é que a capacidade de comunicação ou de empatia das mulheres é maior, sendo um ponto a nosso favor. Assim como a nossa capacidade de assertividade.
tou obstáculos pelo facto de ser mulher? Obstáculos propriamente ditos não posso dizer que sim, até porque estou numa chamada “profissão de mulheres”. Contudo penso que a discriminação que existe é muito subtil. O juízo que se tem sobre a tomada de decisão se se é homem ou mulher é diferente, tal como referi. Sendo homem a decisão é avaliada de acordo com a racionalidade, mas se se é mulher a decisão é avaliada de forma subjetiva e até transportado para a própria pessoa, para o seu caráter. Para além disso, somos tidas como fracas, vulneráveis, frágeis, quando na realidade não tem de ser assim. Mas se uma mulher se mostra imponente, decidida, forte assusta e somos tidas como autoritárias. É difícil de gerir não a nossa atitude, mas o impacto que tem nas outras pessoas.
No entanto, esta tendência ainda não permite falar de paridade na distribuição dos lugares de chefia e liderança. Ainda temos um longo caminho a percorrer? Nasci nos anos 80 e faço parte duma geração que começou a marcar, de alguma forma, a diferença. Pouco antes de entrar na Universidade registou-se um boom na entrada de mulheres no Ensino Superior e, principalmente com acesso a bolsas de investigação nas diversas áreas das Ciências. Apesar de não se poder falar de paridade na distribuição dos lugares de topo nas empresas o problema não é intrínseco, não vem da educação ou da nossa falta de ambição, mas sim, a meu ver dos obstáculos que nos são colocados para chegarmos a esses ditos lugares de poder. É normal um homem assumir um lugar de poder, onde as suas decisões são avaliadas de forma muito prática e racional, são vistas se são justas ou injustas, se estão certas ou erradas. No caso de uma mulher esta avaliação é bem diferente. Se tomarmos determinada decisão esta será vista de acordo com algo mais íntimo, somos vistas como uma pessoa má, autoritária ou simpática. Há dois pesos e duas medidas, não somos avaliados e tidos da mesma forma. Cultural e socialmente temos um longo caminho a percorrer, estamos mais perto, mas ainda há muito a fazer.
Que desafios enfrentam atualmente as mulheres que estão em cargos de liderança? Os desafios têm a ver com situações emocionais ligadas à família. Um cargo de liderança traz necessidade de dedicação à carreira, darmos de nós e tirarmos tempo de algum
Marta do Nascimento é licenciada em Psicologia, com pós-graduação em Psicoterapias e Aconselhamento. Durante o seu percurso profissional enfren-
lado. No entanto do outro lado está a família onde somos esposas, mães, filhas, donas de casa. Esse é um preço a pagar, o tirar tempo e disponibilidade mental de algum lado. Em casa temos quem precisa do nosso tempo, da nossa disponibilidade mental, que estejamos a 100% para alguém que gatinha até nós ou que pede para lhe contarmos uma história. A nossa natureza fez-nos de uma forma, mas não nos preparou para tudo o que temos de enfrentar. Mas todos os dias temos de provar e provamos que conseguimos ser chefes, líderes de empresas com uma presença e atitude que faz com que uma equipa confie em nós; todos os dias temos de provar e provamos que somos umas Super Mães que sabemos o fim de todas as histórias e fazemos com que o fim de dia seja o melhor momento desde que acordaram; todos os dias temos de provar e provamos que somos as esposas por quem se apaixonaram mesmo com aquele ar cansado; todos os dias temos de provar e provamos que somos as melhores donas de casa e que ao pé de nós a Cinderela não teria hipótese. ▪
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que precisam quando o pai está fora em trabalho; dar-lhes o conselho de que deviam enviar determinada SMS aquela rapariga... Desta forma criamos um compromisso com eles, se nós estamos eles também estão e assim fazem a parte deles. Todas estas questões têm a maior das importâncias para nós e ao estarmos disponíveis para eles nesses aspetos da sua vida conseguimos aliviar a tensão causada, fazendo com que surja uma disponibilidade da parte deles. E porque de facto nos importamos. Passamos isto aos nossos alunos e aos nos formandos. A disponibilidade, o empenho, o amor pelo que fazemos.
PONTOS DE VISTA NO FEMININO
» TERESA PONCE de LEÃO, PRESIDENTE DO LNEG, EM ENTREVISTA
“Perdoem-me as mulheres, não tenho razão de queixa” Teresa Ponce de Leão é uma mulher com uma carreira para lá do que a expressão bem-sucedida significa. Em entrevista, explica o seu percurso, fala dos obstáculos que ultrapassou e do que a experiência lhe ensinou.
É
doutorada em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, docente na FEUP, investigadora sénior do INESC no Porto e desde 2009, Presidente do Conselho Diretivo do Laboratório Nacional de Energia E Geologia (LNEG). É uma mulher das geociências e das engenharias. O que a fascina nestes dois mundos? Para completar a minha apresentação devo acrescentar que também fui vice-presidente e presidente em exercício entre 2004 e 2009 do ex-INETI, cujas competências em Energia e Geologia transitaram para o LNEG. Saliento este facto, pois a gestão desta transição foi particularmente exigente. Sou engenheira e nunca teria a veleidade de dizer que detenho competências nas geociências, mas aprendi muito sobre esta área científica, principalmente a perceber e valorizar a importância das Ciências da Terra. Esta área científica combina de forma sistematizada os conhecimentos da física, da geografia, da matemática, da química e da biologia. É interdisciplinar e produz o conhecimento necessário para um adequado ordenamento do território e para aumentar o conhecimento sobre os recursos geológicos. É uma área pilar para garantir a segurança do cidadão e impulsionar a economia. O LNEG é o Serviço Geológico Nacional e, neste momento, sou presidente dos Serviços Geológicos da Europa, EuroGeoSurveys.
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Quais as principais alterações que o cargo de Presidente do LNEG implicaram na sua vida? Ter uma vida muito menos presente junto da família, estar mais distante da minha carreira como docente universitária, mas em simultâneo permitir-me um conhecimento alargado e uma maior abertura ao que se passa pelo mundo, principalmente nas nossas áreas de trabalho. Ser mais gestora da investigação do que praticante. Ter um pouco de mundo ajuda na clarividência. Aprendi a importância de constituir boas redes de trabalho e saber partilhar o conhecimento. A adequada partilha é a base do sucesso. Tanto a engenharia como a ciência foram campos que sofreram inúmeras mudanças ao longo dos anos. Qual o momento mais desafiante da sua carreira e porquê? Transformar o LNEG numa instituição capaz de ombrear com os melhores da Europa e do Mundo. Para isso foi necessário mudar a forma como se faz investigação e mudar mentalidades muito enraizadas. Foi necessário investir na internacionalização através da participação ativa
em redes de referência como a European Energy Research Alliance ou os EuroGeoSurveys. Foi fundamental criar novas regras de avaliação da atividade necessariamente alinhada com a missão, quer nacional quer europeia. Só o que medimos existe e tudo que se faz no LNEG implica a estimação do impacto para a sociedade e para as políticas públicas. Ter papel ativo na Energy Transition de que tanto se fala na Europa e no Mundo, em particular nos países da OCDE, tem sido muito gratificante e demonstrativo de que o LNEG segue a trajetoria correta. Somos uma instituição repositório de uma enorme quantidade de informação, quer na geologia quer na energia. Tem sido uma preocupação constante trabalhar essa informação de modo a colocá-la em estado de prontidão para as necessidades da sociedade. Teresa Ponce de Leão
Sempre vivi num mundo predominantemente masculino. Primeiro porque o meu curso era pouco escolhido por mulheres cuja tendência apesar de mais atenuada ainda continua. O meu mundo laboral sempre foi altamente masculino, perdoem-me as mulheres, não tenho razão de queixa
Em algum momento do seu percurso profissional, o facto de ser mulher, foi um entrave? Já tive um episódio, no início da minha carreira, em que o facto de ser jovem e mãe prejudicou abraçar um novo desafio. No entanto, não posso afirmar com segurança que esse caminho fosse melhor do que o que segui mais tarde. Terão as mulheres de se destacar de forma diferente dos homens para que sejam valorizadas no mundo laboral? Sempre vivi num mundo predominantemente masculino. Primeiro porque o meu curso era pouco escolhido por mulheres, cuja tendência, apesar de mais atenuada, ainda continua. O meu mundo laboral sempre foi altamente masculino, perdoem-me as mulheres, não tenho razão de queixa. O que considera necessário para se conseguir construir uma carreira sólida e bem-sucedida? Observar o mundo à nossa volta. Construir parcerias sólidas e criar as condições para trabalhar em rede. Ter a humildade e a consciência de que não sabemos tudo, que é preciso apostar no aumento do conhecimento institucional. Investir na aprendizagem permanente principalmente das equipas que nos rodeiam. Saber ouvir sem preconceitos, mas ter uma enorme perseverança na persecução dos objetivos. Criar equipas de confiança. Sozinhos não conseguimos chegar, os bons resultados são sempre o fruto de um trabalho de equipa. Saber delegar e acreditar na capacidade dos outros e ter tolerância ao erro. ▪
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» Ângela Marcos em entrevista
PENSAR E FAZER ACONTECER Ângela Marcos apaixonou-se pela arquitetura no Brasil Hoje trabalha na TecBau, uma empresa de engenharia e sente que o seu trabalho é “totalmente viciante”. Conheça a mulher que afirma que “a atribuição de poder é o que torna cada indivíduo responsável por si e pelo trabalho que tem a seu cargo”.
Trabalha na Tecbau, uma empresa de engenharia. Como se dá o cruzamento destes dois mundos? Comecei a trabalhar com a Tecbau, antes de fazer parte da equipa Tecbau. Nessa altura, a empresa encontrava-se totalmente organizada para a Construção. De forma natural, as partilhas de knowhow foram surgindo e a relação entre Projeto e Obras (nos investimentos do Grupo), foi-se adensando ao ponto de expandir a área de projeto a investimentos exteriores. Hoje, está totalmente adquirida a dinâmica intrínseca ao fazer arquitetura. A Tecbau tem sido uma excelente escola ao nível do conhecimento mais aprofundado da dinâmica das obras e do mundo empresarial. Tive a sorte de ter sido convidada para integrar um sistema profundamente vivo, agressivo no que isso tem de estimulante, e, como volátil que é, é a incubadora ideal para novas apostas e novos desafios. Arquitetos e engenheiros formam equipas multidisciplinares, cujo conhecimento não é possível manter reservado. A partilha tem que ser tanto maior, quanto a complexidade do trabalho. O sucesso de uma obra, será sempre o sucesso da equipa. Há orgulho e cumplicidade em fazer parte de um projeto em que os níveis de exigência foram elevados, e, consequentemente, obrigaram a muitas horas de entrega. Quem está, faz parte da história.
Quanto mais seguros tecnicamente forem os Arquitetos e os Engenheiros, mais claro está, o limite da intervenção de cada um, e a ideia de que o sucesso do trabalho de um, é o sucesso, dos outros.
Ângela Marcos
O que mais gosta no seu trabalho? O meu trabalho é viciante. Há sempre uma luta pela superação, quer em termos técnicos, quer em termos humanos. Nunca o consegui encarar como um trabalho, mas, antes, como um modo de vida. Há algum projeto que a tenha marcado de forma especial? Gosto de desafios. A possibilidade que se abre em cada nova aposta faz-nos vibrar na frequência dos sonhos. Há sempre alguma coisa de alma nova em cada novo trabalho. Todos os projetos obrigam a um envolvimento e, da cabeça para a mão e da mão para a cabeça, levam-nos para um mundo que tem sempre alguma coisa de experimental. Acredito que é necessário manter alguma “ingenuidade” para haver vontade de sair do terreno seguro. Esse pode tornar-se pouco fértil, incapaz de fazer disparar a adrenalina e de empurrar os limites mais para a frente. Desde o projeto que parece mais insignificante ao que parece mais dignificante, de todos, tenho uma história para contar. Alguma vez sente que lhe foram vedadas metas pelo facto de ser mulher? Simplesmente não permito. Tenho orgulho em ser mulher. Não vivo em guerra, mas se tiver que a travar... Acredito que os lugares se conquistam por competência e por empatia. Há uma mesquinhez associada ao pensamento sexista. Nesse caso, eu nunca seria a escolha, porque não teria admiração por quem arbitrava e, consequentemente, não haveria empatia.
Três coisas que destaca como mais importantes num ambiente laboral. Empowerment. Honestidade. Lealdade. A atribuição de poder é o que torna cada indivíduo responsável por si e pelo trabalho que tem a seu cargo. A realização faz milagres ao nível dos resultados. As pessoas tornam-se proativas. O contrário disto, é viver constrangido. Trabalhar só para cumprir, coloca a questão: “Estou a conseguir?” Não é possível transcendermo-nos se vivermos a medo. Os objetivos têm que estar traçados segundo a coordenação do todo. Depois, cada um, terá que tomar para si, as rédeas do seu trabalho, resolver, criar e acrescentar valor. Quanto à honestidade e à lealdade são questões de caráter. Uma pessoa muito capaz em termos humanos tem a possibilidade de vir a ser um excelente profissional, enquanto quem tem algum raquitismo ao nível do desenvolvimento da personalidade, pode até conseguir resultados perfeitos numa determinada altura, mas, no tempo, consegue infetar e secar uma equipa. Considero-me uma pessoa com sorte, trabalho com uma equipa de luxo. ▪
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que a levou a escolher arquitetura como carreira? O que ambicionava na época reflete-se no presente? A escolha teve um enquadramento puramente emocional. Foi o contacto com as Rotring e o papel de esquiço, na faculdade de arquitetura Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, que me levaram a ver-me neste papel. Anos mais tarde, tive o prazer de trabalhar com a arquiteta, que na altura, era estudante, e me apresentou este mundo. O que me fascinava era a possibilidade de pensar e fazer acontecer. Hoje, continua a ser o que me fascina.
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» INÊS ORTEGA, FUNDADORA DA iBRANDING
iBranding para uma ativação e construção de marca eficaz Inês Ortega fundou com o seu sócio Mário Vieira a iBranding que chegou ao mercado para “simplificar a vida dos empreendedores através de um conjunto de ferramentas essenciais para alavancarem com as suas marcas e projetos”. Descubra mais sobre os projetos inovadores desta empresa que auxilia novos negócios".
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iBranding “foi criada para desenvolver marcas criativas para empreendedores apaixonados”. Que necessidades específicas veio e empresa colmatar no mercado em que atua? Muitas vezes assume-se que um bom produto se vende por si só, fazendo, com que, por vezes boas ideias se percam no mercado por não se saberem comunicar. Acreditamos que quando se abre um negócio a marca é um dos pontos cruciais para o seu sucesso, no entanto, a falta de conhecimento, e por vezes de orçamento para se contratar profissionais na área são escassos. A verdade é que muitos empreendedores não têm conhecimentos suficientes sobre o branding, e da sua importância para terem uma presença forte no mercado, e de alcançarem com sucesso o seu público-alvo.
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Oferecem “kit’s” para negócios iniciantes. Quais são eles? Neste momento, estamos presentes no mercado com dois produtos: o iBranding[KIT] e o Kit do Empreendedor®. O iBranding[KIT] foi criado de forma a simplificar a vida aos empreendedores, dando-lhes as ferramentas e o apoio necessário para comunicarem a sua marca com mais impacto. É um kit que dá ao empreendedor uma vantagem competitiva e autonomia sobre a sua marca, sendo composto por: Estratégia de Marca, Logotipo, Manual de Identidade Visual, Cartões de Visita (impressos), Templates e Pen (de todos os ficheiros). O Kit do Empreendedor® consiste num conjunto de ferramentas e apoio técnico que um empreendedor necessita para alavancar o seu projeto, estando disponível em vários formatos, que se adaptam ao empreendedor e às suas necessidades, e que podem ser adquiridos separadamente. Consiste no Modelo e Plano de Negócios, na Comunicação e Estratégia da Marca, e no Apoio Financeiro e Apoio Jurídico. Fale-nos mais um pouco do trabalho e projetos que a empresa desenvolve. O nosso trabalho foca-se sobretudo na construção e ativação de marcas. O iBranding[KIT] é sem
INÊS ORTEGA
dúvida a nossa estrela, é o best-seller. Muitas vezes é através dele que os nossos clientes acabam por sentir a necessidade e a importância de ter um plano de negócios. Acabamos por atuar também nesta vertente, voltando um pouco “ao inicio” e ajudando a dar estrutura ao negócio. Temos vindo a dar alguns workshops de “Branding para Empreendedores” a convite de algumas entidades como a Santa Casa da Misericórdia de Almada, do PAE: Programa de Apoio ao Empreendedorismo de Almada, das Mulheres à Obra. Também temos uma oferta formativa que temos vindo a dinamizar com recursos próprios. Como descreve o acompanhamento aos clientes que vos procuram desde o primeiro instante até à fase final? Trabalhamos numa base de empreendedor para empreendedor. Sempre que possível todos os passos são acompanhados e discutidos com o cliente, presencialmente ou por videoconferência. Apesar do iBranding[KIT] ter um valor fixo, fazemos sempre um briefing com o cliente, onde discutimos a sua marca e qual o modelo de negócio a implementar no mercado. A partir daqui, definimos quais os “pro-
dutos” que estarão incluídos no kit daquele cliente específico. Quais diria que são as maiores dificuldades dos profissionais, principalmente, numa fase inicial do negócio? Diria que atualmente os empreendedores com quem trabalhamos têm tantas áreas para dominar, desde a logística, aos recursos humanos e investimento, que nem sempre têm a marca na sua lista de prioridades. Embora considerem que a marca é um dos pontos cruciais, na altura de se lançarem no mercado pedem um logotipo, pois não sabem ao certo do que vão precisar para comunicar a sua marca, muitas vezes o branding é visto como um custo, esquecendo-se que se trata de um investimento com retorno garantido. Também temos vindo a observar que muitas vezes a ideia de negócio ainda não está bem definida, e a ausência de um plano de negócios que suporte a ideia que pretendem concretizar. Sendo na maioria dos casos profissionais altamente qualificados, custa-lhes por vezes desenvolver o plano de negócios e, em particular, uma visão clara do que pretendem para a “sua Marca”. “Somos uma equipa de criativos, arrojados e apaixonados pelo que fazemos”. A solidez de uma equipa é muito importante neste tipo de trabalho? Porquê? Claramente que sim. A criatividade é algo que tem muito a ver com a partilha de ideias e conceitos. Somos apaixonados pelo que fazemos, pois para nós a paixão que se tem pelo negócio que se vai lançar é extremamente importante. É importante garantir que com o passar do tempo essa paixão não desapareça. O caminho do empreendedor é como a ponta de um iceberg muitas vezes só vemos o topo e avaliamos o sucesso da empresa pelos seus resultados económicos, esquecendo a disciplina, a persistência, o talento e sobretudo a paixão do empreendedor em acreditar no seu produto e não desistir que o tornou possível. Ter uma equipa sólida, que partilhe os mesmos valores e visão, é muito importante, pois isso dá coerência à marca. Assim como também é importante que os stackholders entendam e comunguem da mesma filosofia de negócio. ▪