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Sumário Executivo e Metodologia
SUMÁRIO EXECUTIVO
O presente estudo avalia a perceção dos portugueses face à área clínica de Ortodontia em quatro dimensões principais:
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1) Caracterização do Paciente; 2) Perceção sobre Aparelhos Dentários; 3) Valor Percebido; 4) Relações Causais.
Dos resultados obtidos, um dos dados mais salientes é a existência de um elevado grau de desconhecimento da população portuguesa face à “Ortodontia” – cerca de metade dos portugueses afirmam nunca ter ouvido falar neste termo e quase metade dos que afirmam conhecê-lo não o sabem explicar corretamente.
De um modo geral, é de notar também uma fraca adesão dos portugueses aos tratamentos de Ortodontia. Embora 9 em cada 10 portugueses que já ouviram falar em aparelhos dentários confiem no seu Médico Dentista para realizar um tratamento ortodôntico, 76,7% nunca colocaram aparelho dentário e quase 80% afirmam não necessitar de um tratamento desta linha.
O presente estudo também aponta para uma prevalência dos tratamentos ortodônticos durante a dentição definitiva, sendo que apenas 10,7% dos portugueses que já ouviram falar em aparelhos dentários afirmam ter usado estes dispositivos médicos durante a dentição decídua.
Identificou-se ainda uma associação semântica entre ‘’aparelhos dentários’’ e ‘’tratamentos com próteses dentárias’’. Com efeito, um em cada quatro portugueses que afirmam necessitar de colocar aparelho justificam essa necessidade com a expectativa de resolver a sua falta de dentes.
Na análise do "Valor Percebido da Ortodontia", a dimensão "Qualidade" destaca-se como a mais valorizada pelos inquiridos (média de 7,41 numa escala de 1 a 10). Ainda assim, as dimensões "Preço", "Emocional" e "Social" apresentam-se também como importantes na perceção do Valor Percebido da Ortodontia, com médias entre 6,40 e 6,57.
O ESTUDO EM 3 GRANDES LEITURAS
Metade dos portugueses nunca ouviram falar em “Ortodontia”
Aparentemente, metade da população não sabe o que é a Ortodontia, ou tem uma perceção incorreta desta área clínica. E dos que afirmam conhecer, na realidade, 47% não sabem do que se trata.
8 em cada 10 portugueses nunca colocaram aparelho dentário
77% dos portugueses que já ouviram falar em aparelhos dentários nunca realizaram um tratamento desta linha. Esta constatação poderia indicar uma grande necessidade de intervenção. No entanto, numa dinâmica de autoavaliação, a grande maioria dos inquiridos (78%) tem a convicção de que, neste momento, não precisa de colocar aparelho.
Ainda assim, num contexto de eventual necessidade, a grande maioria dos respondentes (85%) confia no seu atual médico dentista para realizar um tratamento ortodôntico.
A componente económica, uma retração típica em Medicina Dentária, não parece ser um fator impeditivo: apenas 14% dos portugueses que nunca colocaram aparelho justificam essa decisão com questões financeiras.
A maioria dos portugueses recomenda a colocação de aparelhos dentários
Junto dos portugueses que afirmam conhecer ou já ter ouvido falar em aparelhos dentários, não parecem existir grandes estigmas ou perceções negativas face aos tratamentos ortodônticos.
Pelo contrário, a maioria recomenda e uma elevada percentagem acredita que se trata de um tratamento eficaz.
METODOLOGIA
A análise dos dados do presente estudo recorreu a técnicas de estatística descritiva e indutiva, incluindo análise fatorial confirmatóriae análise de equações estruturais para o estudo das relações causais entre dimensões.
Amostragem aleatória estratificada proporcional por região NUTSII e classe etária.
1451 entrevistas em Portugal, incluindo regiões autónomas, realizadas por telefone entre 29 de Abril e 17 de Maio de 2019.
Homens e mulheres com 15 ou mais anos.
A margem de erro máxima, para um intervalo de confiança de 95%, é de 2,6%.
Resultados globais ponderados pelos pesos de amostragem descritos na tabela.
* Dados Pordata, acessado em 12 de maio de 2019
