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PESQUISA DESENVOLVE ÓLEO NATURAL CONTRA PRAGAS Método para preservar princípio ativo de bioinseticida Fonte: Exame
O nim ou neem (Azadirachta indica), planta natural do sudeste da Ásia, é considerado uma fonte promissora para a produção de inseticidas orgânicos. Na agricultura, essa árvore da família Meliaceae é utilizada em diversas regiões para o controle de pragas, agindo sobre cerca de 400 espécies de insetos. Com crescimento rápido e copa densa, o nim chega a alcançar 15 metros e pode ser cultivado em regiões de clima quente e solos bem drenados. No Brasil, as primeiras introduções feitas de forma oficial foram pela Fundação Instituto Agronômico do Paraná, em 1986, com sementes procedentes das Filipinas e, em 1989, com sementes da Índia, Nicarágua e República Dominicana. Na década seguinte, suas propriedades se tornaram mais conhecidas, dando início a plantios comerciais em diversos estados. Especialistas apontam que sua extração no Brasil ainda precisa de ajustes. O óleo extraído por aqui, por exemplo, tem seu princípio ativo (a azadiractina) degradado quando exposto ao sol. Mas um projeto de pesquisa conduzido em São Carlos conseguiu otimizar o processo de extração e, por meio da nanoencapsulação do óleo, preservar as propriedades inseticidas do nim. “Essa instabilidade da azadiractina sob a radiação solar é algo por demais dispendioso na lavoura, uma vez que o agricultor tem de aplicar diversas vezes o óleo”, disse Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva, professora do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ela coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Controle Biorracional de Insetos Pragas, financiado pela Fapesp e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que tem por objetivo estudar compostos não tóxicos ao ser humano e que possam controlar doenças e o comportamento de pestes na agricultura.
MOSCAS FÊMEAS ESCOLHEM VÁRIOS PARCEIROS PARA EVITAR GENE RUIM, DIZ ESTUDO Fonte: Folha
Evitar um gene maléfico à descendência é a razão pela qual as moscas fêmeas preferem ter vários parceiros em vez de um só. A conclusão é de um estudo realizado por uma equipe internacional de cientistas, publicado pela revista “Science”. A poliandria, a prática feminina de se ligar a vários machos, é muito comum no reino
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animal, mas os motivos desta conduta são ainda uma incógnita, principalmente porque, em algumas espécies, o custo pode ser muito alto - nas fêmeas da mosca-das-frutas Drosophila melanogaster, por exemplo, causa a morte. A equipe liderada por Nancy Weller, da Universidade de Exeter (Reino Unido), descobriu que em outro tipo de mosca-das- frutas, a Drosophila pseudoobscura, a poliandria tem um sentido: melhorar a saúde da descendência. Alguns machos desta espécie têm em seu cromossomo X o gene SR (do inglês “sex ratio”), que os especialistas classificam como um gene egoísta. Este tipo de elemento genético está presente no genoma dos organismos e, de várias maneiras, podem “manipulá-lo” para cumprir seu objetivo: estar no máximo número possível na geração seguinte. No caso do “sex ratio”, o que ele faz é matar os espermatozóides que não levam uma de suas cópias (ou seja, os espermatozóides que levam um cromossomo Y) para poder aumentar, assim, sua freqüência ao longo do tempo em relação a outros genes. “Por isso se chamam genes egoístas, porque o resto de genes é herdado normalmente de uma maneira equitativa”, afirma a pesquisadora. As moscas fêmeas, logicamente, não têm interesse em ter uma descendência com uma fertilidade reduzida por causa deste elemento. Por isso, no processo de escolha, não têm como parceiros os machos portadores do gene SR. O problema é que elas não podem diferenciá-los. Portanto, a estratégia que adotam é copular com vários machos, para ter mais chances de fazê-lo com um “bom”. Para comprovar isso, os pesquisadores expuseram as fêmeas a machos portadores do gene SR e seguiram o comportamento na hora da escolha dos parceiros durante várias gerações. Após dez gerações, determinaram que as fêmeas tinham desenvolvido a capacidade de escolher novos parceiros com mais rapidez; passaram de copular a cada 3,25 dias a fazê-lo a cada 2,75 dias. Com esta conduta, diz Weller, as moscas promovem a competição entre espermas e diminuem o risco de que o pai de seus filhos seja um macho SR.
VESPEIRO GIGANTE VIRA ATRAÇÃO DE SÍTIO Fonte: Page Not Found
A estudante de engenharia de controle e automação Priscila Antunes, de 22 anos, diz ter encontrado o maior vespeiro de que tem notícia. E as dimensões e as imagens são mesmo surpreendentes. Segundo Priscila (na foto acima), o ninho mede 1,20 metro de largura, 1,53 metro de comprimento e de altura máxima de 1 metro, tendo aproximadamente 1,53 metro cúbico de volume. “O vespeiro foi encontrado no sítio do meu pai, Aureliano Xavier Antunes, em Fraiburgo, centro-oeste de Santa Catarina. Ele é engenheiro agrônomo e planta maçãs. O local do vespeiro é um banheiro antigo que não utilizamos há alguns anos. Ele matou as vespas pois elas ficavam em uma área muito próxima ao pomar de maçãs e apresentavam riscos durante o período de colheita. Impressionada com o tamanho, resolvi medir e tirar algumas fotos, e agora estudamos alguma maneira de conservar o vespeiro. Após uma breve pesquisa, não achei nenhum registro de vespeiro maior que esse no Brasil”
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