TecNews - 01/10/14

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SOBE PARA 33 O NÚMERO DE CASOS DE FEBRE CHIKUNGUNYA EM FEIRA DE SANTANA Fonte: R7

Nesta terça-feira (30), a Secretaria de Saúde de Feira de Santana, localizado a 108 km de Salvador, confirmou 33 casos de Febre Chikungunya no município. Estes casos não relatam viagem a países com transmissão da doença. De acordo com a pasta, entre os dias 6 de julho e 27 de setembro foram notificados 606 casos suspeitos da doença na cidade. Destes, 33 casos foram confirmados – 14 em laboratório e 19 por critério clínico. Outros 11 casos foram descartados e 562 continuam em investigação. Os casos suspeitos estão concentrados na faixa etária de 35 a 49 anos com 172 (28,38%), seguida da faixa etária 20 a 34 anos com 148 (24,42%) e de 50 a 64 anos com 104 (17,16%). O sexo feminino predomina com 386 casos (63,69%) e masculino com 220 (36,31%). De acordo com a Secretaria, foram notificados casos em 42 localidades do município. O conjunto George Américo apresentou 56,76% notificações, seguido pelo bairro Campo Limpo com 13,53%, povoado Rio do Peixe - distrito de Jaguara - com 5,11% e o bairro Sobradinho com 2,47% notificações. Para combater a doença no município, a Secretaria de Saúde intensificou as ações para impedir a proliferação do mosquito aedes aegypti – o mesmo que transmite a dengue – por meio de visitas domiciliares e ações educativas, visando sensibilizar os moradores em acondicionar adequadamente o lixo e evitar água parada. Os agentes de endemias estão concentrados no George Américo e bairros vizinhos realizando trabalho focal e perifocal. Também está sendo usada a bomba costal para emissão do inseticida. Assim como a dengue, a chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictos. Os sintomas da doença são parecidos com a da dengue: dor de cabeça, febre, dores musculares e nas articulações.

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FIOCRUZ PRODUZ MOSQUITO QUE NÃO TRANSMITE DENGUE Fonte: info.abril.com.br

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vão liberar na natureza mosquitos Aedes aegypti que não transmitem o vírus da dengue. O primeiro teste será em Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte da cidade, nesta quarta-feira, 23. É a primeira vez que essa estratégia é testada no continente americano - já há pesquisas em andamento na Austrália, Vietnã e Indonésia. Os ovos dos mosquitos foram contaminados com a bactéria Wolbachia, encontrada em 60% dos insetos, como as drosófilas (pequenas moscas) e pernilongos. Essa bactéria atua como uma espécie de vacina para o Aedes aegypti - ela impede que o vírus da dengue se multiplique no organismo do mosquito, que deixa, assim, de transmitir a doença. A Wolbachia também atua na reprodução dos insetos. Se o macho contaminado fertilizar ovos de fêmeas que não tenham a bactéria, esses ovos não darão origem às larvas. Se macho e fêmea estiverem contaminados, ou se só a fêmea tiver a bactéria, toda a prole carregará a Wolbachia. A bactéria é transmitida naturalmente para as gerações seguintes de mosquitos e o método se torna autossustentável: Aedes com Wolbachia acabam se tornando predominantes na natureza, sem que os pesquisadores precisem liberar insetos contaminados constantemente. Em localidades da Austrália, isso aconteceu em 10 semanas, em média. A pesquisa com a Wolbachia começou na Universidade de Monash, na Austrália, em 2008. Inicialmente, os cientistas esperavam que a bactéria reduzisse o tempo de vida do Aedes, mas descobriram que ela também afeta a reprodução e bloqueia a multiplicação do vírus. “Estamos diante de uma estratégia científica inovadora e segura, que poderá contribuir para o controle da www.grupoastral.com.br


dengue e para a melhoria da saúde da população”, afirmou o pesquisador da Fiocruz Luciano Moreira, líder do projeto no Brasil. Ele integrava a equipe de cientistas que fez as descobertas na Austrália. A Wolbachia é uma bactéria intracelular, que só pode ser transmitida de mãe para filho, no processo de reprodução dos mosquitos. Além disso, é maior que o canal salivar do mosquito. Ou seja, não sai pela saliva, meio pelo qual o homem é contaminado. Para garantir que não infecta seres humanos e animais domésticos, durante cinco anos, integrantes da equipe, na Austrália, alimentaram uma colônia de mosquitos com Wolbachia, usando seus próprios braços. O projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil foi lançado no Rio de Janeiro, em 2012. Nesses dois anos, os pesquisadores capturaram Aedes aegypti nos locais que servirão de testes, estudaram essas regiões e criaram os mosquitos contaminados em laboratório. Depois de lançados em Tubiacanga, os cientistas poderão avaliar a capacidade dos mosquitos com a bactéria se estabelecerem no meio ambiente e se reproduzirem com os mosquitos locais. Cerca de 10 mil insetos serão liberados semanalmente em Tubiacanga, por até quatro meses. Para reduzir o incômodo da população, a Secretaria Municipal de Saúde fez uma campanha para eliminar focos de criação do mosquito. Depois da Ilha do Governador, os bairros da Urca e Vila Valqueire, no Rio de Janeiro, e de Jurujuba, em Niterói, receberão os mosquitos. Estudos de larga escala para avaliar o efeito da estratégia estão previstos para ocorrer a partir de 2016.

ESTUDANTES DE TUPÃ DESENVOLVEM REPELENTE CONTRA MOSQUITO DA DENGUE Fonte: G1

Estudantes de Tupã (SP) encontraram no óleo de cravo um grande aliado contra o mosquito Aedes Aegypti, o transmissor da dengue. Eles usaram um componente do óleo para desenvolver um repelente e agora esperam interessados na sua comercialização. O experimento foi desenvolvido no laboratório de farmácia da Escola Técnica (Etec). O produto desenvolvido pelo grupo de alunas passou por vários testes na Instituição. O óleo de cravo é manipulado com outras essências e misturado a um creme. Para chegar a esse produto, que tem a mesma consistência de um repelente comprado na farmácia, o grupo fez várias pesquisas sobre a eficácia do óleo de cravo, que tem uma substância inseticida. O eugenol não é tóxico e neutraliza o cheiro da pele do ser humano. É ele que vai afastar o www.grupoastral.com.br


mosquito transmissor da dengue. “Chegamos ao óleo por ele ser mais natural que os produtos industrializados e ele possui um ótimo efeito também”, conta a aluna Natália Matos Lista. O experimento vai passar por outros testes e depois será patenteado. O objetivo é fazer parcerias para que o produto de baixo custo seja distribuído em escolas e creches de Tupã, explica a aluna Márcia Rosa Zompero. “O intuito do produto é a conscientização sobre a importância do uso do repelente e chegamos ao óleo de cravo por ele ser mais natural e possui ótimos efeitos.” Preocupação na cidade A ideia de desenvolver um repelente na Etec de Tupã não surgiu por acaso, só este ano quase 650 pessoas contraíram dengue na cidade. No ano passado o município viveu uma epidemia da doença. Foram mais de 2 mil casos. A secretária de saúde Rosangela de Souza Urel Gaspar diz que o maior desafio é atingir a raiz do problema, acabar com os focos de transmissão. “Todas as outras ações são bem vindas, mas eu reforço que a principal ação é a educação da população com relação a eliminação dos criadouros.” Enquanto novos casos de dengue continuarem a surgir, além dos cuidados em casa para evitar focos, a população busca outros meios para se proteger. Ter uma planta de citronela também pode ajudar a afastar o mosquito transmissor, que não gosta do cheiro da planta. Nas farmácias não faltam repelentes, mas muita gente deixa de usar porque tem alergia. O dermatologista Miguel Angelo de Marchi explica que o repelente desenvolvido pelas alunas a base de óleo de cravo pode ser bem eficaz justamente pela forte presença do eugenol, mas assim como outros repelentes o uso deve ser suspenso em caso de reação. “O eugenol é uma substância muito boa, funciona como repelente natural, muitas vezes melhor do que os industrializados. Porém também deve se tomar cuidado com o quanto passar, a forma de usar, se é diluído, porque ele pode também causar algum tipo de irritação.”

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