TecNews - 02/09/15

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MORCEGOS SE MULTIPLICAM E ASSUSTAM OS MORADORES DO RIO DE JANEIRO Fonte: O Dia

Moradores de pelo menos 15 bairros do Rio andam assustados com a infestação de morcegos. Especialistas atribuem a proliferação ao desequilíbrio ecológico e ao El Niño, fenômeno que causa alterações no clima. Há pelo menos 43 espécies em circulação por aqui. Três delas são hematófagas: alimentam-se de sangue e podem transmitir a raiva. Milhares de bichos podem ser vistos em árvores, sótãos, porões, espaços entre a parede e aparelhos de ar condicionado e vãos de telhados. O problema é tão sério que só a Unidade de Vigilância e Fiscalização Sanitária em Zoonoses Paulo Dacorso Filho, da Secretaria Municipal de Saúde, já atendeu a cerca de 200 chamadas de moradores este ano, solicitando a captura dos animais. Durante todo o ano passado, foram 241. “Se continuar nesse ritmo, o número de ligações deve dobrar. Mas não há motivo algum para pânico. Os morcegos não atacam ninguém. A maioria se alimenta de frutas e insetos”, ressalta Douglas Marques de Macedo, médico veterinário e subgerente da unidade. Segundo ele, pelo menos 20 pessoas, em média, são mordidas por morcegos no Rio anualmente. “Os números atuais, apesar dessa maior quantidade de pedidos de socorro da população, estão dentro da normalidade”, garante Douglas. Moradores de áreas infestadas se dizem apavorados. “À noite os rasantes dos morcegos parecem filme de terror”, diz Magdalena Alencar, 49, que mora no Itanhangá. INFESTAÇÃO NA UFRJ Os transtornos provocados pelos ‘vampirinhos’ urbanos, além de meter medo em crianças e adultos com seus voos curtos, finos grunhidos e sujeira de fezes, estão interferindo no funcionamento de instituições. É o caso do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Praia Vermelha, que solicitou à organização não governamental SOS Aves e Cia um plano de manejo de várias colônias que passaram a habitar corredores e árvores do estacionamento da instituição. A ONG é parceira da Polícia Federal no combate ao tráfico de animais silvestres. “A melhor solução é retirá-los em caixas e soltá-los em áreas verdes”, ensina o ambientalista e diretor da ONG, Paulo Maia. Segundo ele, invernos menos rigorosos, como o atual, resultante do El Niño, favorecem a proliferação. “É importante lembrar que o abate desse tipo de animal é crime inafiançável. Pela Lei Federal 9.605/98, a pena é de até um ano de prisão. É como matar uma onça”, alerta. Em nota, a UFRJ informou que as obras que realiza no Palácio Universitário “ajudarão a resolver a presença de morcegos”. www.grupoastral.com.br.br


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