TecNews - 09/04/14

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BARATAS, ESCORPIÕES E RATOS SÃO ACHADOS EM HOSPITAL DE CASCAVEL (PR) Fonte: guiamedianeira.com.br

Comunicados internos do Hospital Universitário de Cascavel, no Oeste do Paraná, revelam falhas graves na higiene na unidade. Há relatos da presença de baratas, escorpiões e ratos em setores onde pacientes recebem tratamento médico. Em um trecho de um dos ofícios enviados por enfermeiros à direção do hospital, uma funcionária do Huop faz o seguinte relato: “(...) um outro agravante vem sendo observado internamente, como baratas, formigas, escorpiões e ratos, todos disseminadores de infecção hospitalar. Dentre estes, as formigas acabam por ganhar espaço importante em todas as unidades deste hospital”. No dia 27 de março de 2014, uma enfermeira tentou advertir a direção sobre a dedetização do hospital, que estava atrasada. No comunicado, ela diz que formigas foram encontradas na boca, nos olhos e em feridas de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Além das condições de higiene, a falta de profissionais também aparece nas reclamações. Em outro documento, o Conselho Regional de Enfermagem questiona a sobrecarga da equipe de enfermagem na unidade de cuidados intermediários, onde uma técnica cuidava de 10 recém-nascidos em outubro de 2013. “O ideal seria que um técnico atendesse dois bebês, para que pudesse ter a segurança do atendimento”, diz o técnico em enfermagem Marcelo Oliveira, que também é um dos líderes da greve dos funcionários da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, que começou no dia 18 de março. No dia 1º de abril, os grevistas do Huop foram até a Câmara de Vereadores de Cascavel e falaram das situações de higiene e de falta de funcionários. Eles saíram do plenário com o apoio de vereadores ao movimento grevista, que reivindica melhores condições de trabalho e de salários. A assessoria do Huop nega a existência de pacientes nas situações descritas na reportagem e informou que uma reunião foi marcada para a manhã da quarta-feira (2) para discutir a abertura de um processo administrativo que poderá identificar possíveis irregularidades.

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ANVISA AGORA ADMITE PELO DE ROEDOR EM ALIMENTOS E BEBIDAS Fonte: noticias.portalbraganca.com.br

Problemas frequentes detectados em testes de alimentos realizados pela PROTESTE Associação de Consumidores como fragmento de insetos, de pelos de roedor, entre outros, agora têm limites de tolerância em norma publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 31 de março. Na avaliação da PROTESTE, um ponto negativo da resolução RDC 14/2014 que define limites de tolerância para matérias estranhas em alimentos e bebidas é a tolerância, para fragmentos de pelos de roedores no caso de alguns tipos de alimentos. Para produtos derivados de tomate é tolerado 1 em 100g; canela em pó: 1 em 50g; chocolate e produtos achocolatados: 1 em 100g. Na legislação anterior a presença de pelos de roedores, independente da quantidade, tornava o produto impróprio para consumo humano. No ano passado, por exemplo, análise da PROTESTE encontrou três pelos de roedor em uma amostra de 100 gramas do ketchup da Heinz, importado do México. O produto, um pote de 397 gramas do lote 2C30, foi adquirido em dezembro de 2012 em um mercado de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). Em 2012, a Associação também detectou a presença de pelo de roedor em três amostras de uvas passas e castanha do Pará sem casca, em teste com produtos adquiridos em São Paulo. E em testes de ketchup e molho de tomate, realizados em anos anteriores, o problema também foi detectado. A presença de pelos de roedores nos alimentos evidencia grave falha na implementação das boas práticas de fabricação. Os roedores (rato, ratazana e camundongo) são reconhecidamente vetores mecânicos – animais que veiculam o agente infeccioso desde o reservatório até o hospedeiro potencial, agindo como transportadores de tais agentes, carreando contaminantes para os alimentos. Eles são potenciais transmissores de doenças. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já catalogou cerca de 200 doenças transmissíveis por roedores. De acordo com a Anvisa, a definição de limites de tolerância para produtos de tomate considerou a análise de 7 mil amostras: 12% tinham pelo de roedor. E informou que tolera quando há ocorrência mesmo com boas práticas de fabricação, e sem por em riscos à saúde da população. Ainda assim, a PROTESTE avalia que a nova regulamentação (RDC 14/2014) é muito mais completa e detalhada que a revogada, RDC 175/2003. Ela estabelece limites de tolerância para fragmento de insetos, (indicativos de falhas das boas práticas de fabricação, ou seja, que não representam risco à saúde). Agora, de acordo com o tipo de produto, há um limite máximo. Seguem exemplos: produtos de tomate (molhos, ketchup, etc) – limite de tolerância: 10 em 100g; farinha de trigo – limite de tolerância: 75 em 50g; café torrado e moído – limite de tolerância: 60 em 25g. Em teste de farinha de trigo publicado em 2013, a PROTESTE chegou a encontrar 106 fragmentos de insetos em 50g em uma determinada marca. De acordo com a RDC 14/2014, este produto estaria em desconformidade com a legislação. www.grupoastral.com.br


Além disso, há tolerância para bárbulas (exceto de pombo – ex: em chá de boldo – 70 em 25g; chás compostos – 50 em 25g nós chás compostos que contenham boldo); insetos inteiros mortos (que não indiquem risco à saúde – ex: chá de camomila, de menta ou hortelã – 5 em 25g; orégano – 20 em 10g), fungos filamentosos e areia. Apesar de não indicarem risco, nenhum consumidor gostaria de saber que tem em seu alimento, mesmo sem ser visível a olho nú, bárbulas de aves ou insetos mortos, por exemplo. A nova norma define dois tipos de matérias estranhas, as que indicam risco à saúde e as que não apresentam riscos, mas demonstram falhas no processo de produção, manipulação ou armazenamento. Antes não havia limites de tolerância claros para as matérias consideradas prejudiciais à saúde, cabendo à fiscalização avaliar caso a caso a situação de risco. Todos os limites estabelecidos referem-se a fragmentos microscópicos que podem estar presente no processo de produção do alimento, mas que não podem ser totalmente eliminados mesmo com a adoção das boas práticas.

O LUXO DO LIXO PRODUZIDO PELO RIO DE JANEIRO Fonte: sidneyrezende.com

O “Rio de Janeiro continua lindo”, mas não está limpo. A recente greve dos garis na Cidade Maravilhosa colocou em evidência a deficiente conservação do meio ambiente realizada pelas autoridades. Entretanto, o problema é mais complexo do que a grande quantidade de lixo acumulado nas ruas durante dias. Mesmo sendo uma das metrópoles mundiais, o Rio não possui um modelo de reciclagem para tratamento dos detritos produzidos. Esta ação poderia ser a solução ideal a fim de minimizar o impacto sofrido pela natureza, dizem especialistas. “Deve-se pensar em um tratamento de lixo mais eficaz, com menor potencial de redução de impactos ambientais. A reciclagem é a opção mais adequada, visto que além de reduzir a quantidade de lixo enviada para um aterro sanitário, é possível reaproveitar materiais que seriam descartados”, explica Rogério Fernandez, Engenheiro Agrônomo e diretor técnico do Grupo Astral, empresa especializada em controle de pragas. Ele ainda acrescenta outros benefícios: “Essa medida aqueceria novas ofertas de trabalho e evitaria exploração demasiada de recursos naturais”. Atualmente, a partir de informações emitidas pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), todo o lixo produzido pela população carioca pode ter os seguintes destinos: a Central de Tratamento de Resíduos (CTR), em Seropédica ou Aterro de Gericinó, na Zona Oeste, que terá atividades encerradas no dia 4 de abril. Especialista em Engenharia Ambiental, Rogério elogia o progresso quanto ao encerramento de atividades em lixões, mas acredita em modelos mais adequados. “A opção de levar o lixo do Rio de Janeiro de um lixão (Jardim Gramacho) para aterros sanitários, já é um excelente avanço. Entretanto, (o aterro) por mais controlado que seja, pode ser preterido por modelos de reciclagem”, julga. A coleta seletiva de materiais recicláveis ainda é bastante recente na vida dos cariocas, uma vez que ações do governo iniciaram em junho do ano passado. Segundo a Comlurb, esse tipo de www.grupoastral.com.br


atividade vem sendo ampliada na cidade, atendendo 68 bairros hoje em dia. Ainda assim, é uma porcentagem mínima que sobrecarrega os aterros sanitários, na opinião do engenheiro. “O Rio recicla somente 1% de seu lixo. É um percentual ainda muito baixo, que ocasiona no direcionamento de enormes quantidades de lixo para as centrais de tratamentos de Seropédica e Gericinó”, explica. ‘Tratamento do lixo cabe ao governo municipal’, afirma especialista Para Rogério Fernandez, a responsabilidade no tratamento dos detritos seria das autoridades regionais em uma via de mão dupla com a conscientização da população. “O tratamento do lixo cabe aos governos municipais. O modelo de reciclagem deve ser implantado paralelamente à conscientização da população, a fim de que funcione de forma potencializada. Não dá para conseguir resultados positivos e duradouros, caso não haja uma população informada sobre o motivo desta ação”, afirma. No entanto, o mercado da reciclagem é independente no Rio de Janeiro, dependendo exclusivamente do trabalho dos chamados catadores. Mesmo assim, a Comlurb e a prefeitura iniciaram em janeiro deste ano as operações da única Central de Triagem (CT) de materiais recicláveis da cidade, em Irajá, no Subúrbio carioca. De acordo com a companhia, o local - que pode receber até 20 toneladas/dia - vai gerar até 200 postos de trabalho para catadores. Além disso, a instituição promete realizar uma campanha nas mídias sociais para incentivar a adesão da coleta seletiva na população. Porém, o especialista alega que as campanhas promovidas tanto pela Comlurb, quanto pelo governo não são suficientes. “Esses projetos são insuficientes para uma cidade como o Rio de Janeiro, que receberá partidas da Copa do Mundo e vai sediar Olimpíadas nos próximos dois anos”, condena. Ele também ressalta que a cidade possui total capacidade de realizar programas de reciclagens bem-sucedidos como os de lugares na Europa. “O Rio tem condições de realizar um projeto de reciclagem semelhante aos de países europeus. Contudo, algumas etapas devem ocorrer antes dessa ação em grande escala”, finaliza. Enquanto isso, o luxo do lixo produzido pela Cidade Maravilhosa cotinua sendo desperdiçado.

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