TecNews 09/07/14

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MORADORES DE OURINHOS (SP) FECHAM CRUZAMENTO EM PROTESTO CONTRA CASOS DE DENGUE Fonte: G1

Revoltados com os casos de dengue no Jardim Manhatan, em Ourinhos (SP), os moradores se uniram e fizeram um protesto em um dos cruzamento do bairro. Um caminhão foi colocado para impedir a passagem de veículos e na outra ponta os moradores colocaram fogo em pneus. Eles reclamam que existem casos de dengue no bairro e pedem que a prefeitura faça pelo menos o trabalho de nebulização de local, que segundo eles não é realizado. Um dos moradores segurava o exame de dengue feito no filho dele de 14 anos e que deu positivo. Alessandro Elmo dos Santos reclama de não ter recebido atendimento adequado na Unidade de Pronto-Atendimento por isso ele teve que pagar um atendimento particular para o filho. “Nós fomos na UPA e por duas vezes, o médico mandou a gente para casa e quando procurei o atendimento particular ele foi internado na Santa Casa, o médico disse que era grave, que o meu filho poderia ter morrido. Eu paguei mais de R$ 1 mil por dia de internação, tenho todos os recebidos”, afirma o morador. Outro morador carregava um saco plástico com mosquitos transmissores da dengue que ele conseguiu capturar. A polícia foi acionada e negociou com os manifestantes, que aceitaram liberar a rua. Os bombeiros também foram chamados para apagar o fogo. O grupo se reuniu tarde com representantes da prefeitura e ficou acordado que será feito um mutirão de limpeza no bairro. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a cidade www.grupoastral.com.br.br


contabiliza 128 casos da doença e os números não têm aumentado de forma preocupante. “Não podemos deixar de ser vigilantes, porque embora o número não esteja aumentando consideravelmente, ainda temos a dengue na cidade e para combatê-la, é preciso a união de esforços de todos nós. Cada um precisa fazer a sua parte para que consigamos eliminar os criadouros do mosquito transmissor, o Aedes Aegypti e consequentemente a Dengue”, alerta a diretora de Vigilância Epidemiológica Lília Sionéia Béccheri. Para manter sobre controle o número de casos da doença, a vigilância tem realizado diversas atividades, entre elas o arrastão que se iniciou nos bairros com maiores índices de infestação pelo mosquito Aedes Aegypti.

DOIS CASOS DE FEBRE CHIKUNGUNYA SÃO CONFIRMADOS NO RJ Fonte: G1

O Brasil já registrou este ano 17 casos de uma doença parecida com a dengue, chamada “febre Chikungunya”. Como mostrou o Bom Dia Rio nesta segunda-feira (7), dois casos foram confirmados no estado do Rio de Janeiro até agora. Todas as vítimas foram contaminadas fora do país, mas as autoridades estão monitorando a situação, pois milhares de turistas estão chegando ao Rio durante a Copa. A doença, segundo o Ministério da Saúde, é causada por um vírus do gênero Alphavirus e transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes albopictus seus principais vetores. O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Alexandre Chieppe, diz que todo cuidado é necessário para identificar as pessoas doentes e tomar as providências para evitar que a doença seja introduzida no Brasil. Segundo Chieppe, existem condições ambientais e a presença dos mosquitos que transmitem esse vírus, mas ainda não há evidência de que ele circule pelo Rio de Janeiro nem no Brasil. “A febre Chikungunya se parece muito com a dengue. Entretanto, tem uma dor articular muito mais marcada que a dengue. Tem febre, dor no corpo, mas uma dor articular muito mais intensa. Então, pessoas que viajaram para locais na África, na Ásia ou na América Central com transmissão da Chikungunya e que voltaram ao Brasil com febre, dor no corpo e nas articulações devem procurar um serviço de saúde para que seja comunicado esse caso à Secretaria Estadual de Saúde e à prefeitura, para que as medidas necessárias sejam adotadas”, destacou o superintendente. De acordo com Chieppe, as pessoas contaminadas já confirmadas no estado estão bem fisicamente. Foi feita a confirmação laboratorial da doença e realizado o manejo ambiental no local onde esses pacientes moram e trabalham. “Eles estão bem. Essa é uma doença que não tende a apresentar formas graves como a dengue”, disse. Chieppe destacou, porém, que a doença preocupa pelo fato de o Rio ser um centro turístico www.grupoastral.com.br


muito intenso, com pessoas vindo de vários países do mundo, inclusive de locais onde circulam doenças muito diferentes para a população brasileira, como a febre Chikungunya. No entanto, o superintendente disse que as pessoas podem ficar tranquilas porque ainda não há evidência de circulação desse vírus no país. O superintendente explicou que não há tratamento específico para a doença, apenas para aliviar os sintomas, com o uso de remédios.

PARCERIA COM ALEMÃES DEVE AUMENTAR CAPACIDADE DE PREVER DENGUE NO RIO Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br/

Uma parceria entre a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro e o governo da Alemanha pode aprimorar no curto prazo as ações de combate à dengue. Preocupado com sua delegação nos Jogos Olímpicos de 2016, o país europeu firmou um acordo com o Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o governo do Rio para ceder equipamentos e experiência em vigilância epidemiológica para detectar que tipos de vírus estão circulando na cidade com o Aedes aegypti, o mosquito transmissor. Sem essa metodologia, os dados sobre o tipo de vírus predominante em determinada época só podem ser conferidos com um levantamento de sorologia das pessoas já infectadas. A nova técnica consiste em capturar mosquitos e analisá-los, para saber se estão contaminados e com que tipos de vírus. “Fazer essa identificação antes permite que algumas medidas sejam tomadas, para preparar os serviços de saúde e prever uma epidemia com maior grau de certeza”, explicou o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Saúde, Alexandre Chieppe. O projeto está em uma fase piloto e uma equipe de dez agentes já começou a fazer a coleta em áreas próximas aos locais de competição dos Jogos Olímpicos e unidades de saúde da capital. Por enquanto, o interior do estado só será incluído na coleta em casos específicos, como a identificação de um vírus novo em alguma cidade. Além de armadilhas para capturar os mosquitos, eles usam uma espécie de aspirador que suga grandes quantidades do inseto para levá-los ao laboratório, onde são catalogados por gênero e raça. Depois, eles são acumulados em um equipamento que verifica se estão contaminados e por quais tipos de vírus. Além da dengue, a pesquisa pode detectar a entrada do vírus Chikungunya no estado, que, além dos sintomas da dengue, causa dores musculares que podem durar meses. Uma das maiores preocupações, no entanto, é o vírus da dengue tipo 3, que não circula com intensidade no Rio de Janeiro desde 2002. “A população está mais suscetível a ele porque não circula há mais tempo. Todo mundo que nasceu depois disso, por exemplo, não está imune”, explicou. Se os testes detectarem alta circulação do vírus tipo 3, a secretaria deverá intensificar as ações de prevenção e preparar as unidades de saúde para identificar os sintomas da dengue. “Na medida em que vamos tendo os resultados, eles mudam nossa forma de atuação. Se tivermos uma resposta positiva quanto à circulação do vírus tipo 3, isso muda o planejamento já para o ano que vem”. www.grupoastral.com.br


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