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MOSCA PARASITA TRANSFORMA ABELHA EM ‘ZUMBI’, SEGUNDO CIENTISTAS Larva de mosca alojada no abdômen faz abelha andar sem direção e morrer Fonte: G1

Uma mosca parasita provoca um comportamento estranho em abelhas, segundo descoberta acidental de pesquisadores dos Estados Unidos. Elas abandonam a colmeia e passam a se comportar de forma desorientada, com dificuldades para se sustentar em suas patas, e morrem em seguida. Segundo os próprios autores do estudo publicado pela revista científica “PLoS One”, os movimentos lembram o de um zumbi. Isso acontece quando a mosca da espécie Apocephalus borealis põe seus ovos no abdômen da abelha. Uma semana após a morte do hospedeiro, as larvas saem para o mundo através do tórax e da cabeça das abelhas. A descoberta explica um fenômeno observado desde 2006, que tem afetado a produção de mel no país. A chamada “desordem de colapso da colônia” é um mistério que aumentou o número de mortes de abelhas usadas comercialmente. A descoberta começou de forma acidental. John Hafernik, professor da Universidade Estadual de São Francisco, nos EUA, buscou abelhas perto dos postes da faculdade para alimentar um grupo de louva-a-deus de outra pesquisa. Hafernik esqueceu o vidro com as abelhas em cima da mesa e, dias depois, havia um grupo de larvas de mosca no pote. A partir daí, sua equipe conduziu a pesquisa que percebeu o comportamento anormal das abelhas. Exames mostraram que tanto as abelhas quanto as moscas estavam infectadas por um vírus e um fungo. Por isso, o próximo passo é descobrir precisamente como o parasita está provocando essas reações.

CUPINS DESTROEM CASAS E MÓVEIS EM BAIRRO DE MARINGÁ

Visitantes indesejados vem tirando o sono dos moradores Moradores de um bairro de Maringá não sabem mais o que fazer para se livrar da praga que vem destruindo casas e móveis. Os visitantes indesejados estão tirando o sono de gente como Dona Maria. Ela mostra como a árvore em frente a sua casa está infestada.

http://video.globo.com/Videos/Player/ Noticias/0,,GIM1756049-7823-CUPINS+DESTRO EM+CASAS+E+MOVEIS+EM+BAIRRO+DE+MARIN GA,00.html

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MOSQUITO DA DENGUE JÁ RESISTE A INSETICIDA, MOSTRA ESTUDO Emprego excessivo do produto induz o mosquito a uma resistência maior Fonte: Jornal Agora MS

A lógica de que exagerar na dose de analgésicos pode tornar a pessoa mais resistente à dor se aplica ao veneno para o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. Uma pesquisa da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu aponta que o emprego excessivo de inseticidas, tanto o aplicado pelas prefeituras quanto os usados em casa, induz o mosquito a ter uma resistência genética maior ao veneno. O trabalho fez o mapeamento genético de 95 mosquitos em sete cidades paulistas, com diferentes incidências de casos de dengue. Em laboratório, também foi avaliado como o organismo das larvas do inseto respondia ao veneno.

Mapeamento A resistência dos insetos a diferentes venenos já vem sendo mapeada pelo Ministério da Saúde e por órgãos estaduais. Em São Paulo, o acompanhamento é feito pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias). O estudo também toma por base a série histórica dos dados de resistência, catalogados desde 1996 em diferentes cidades pela Sucen. A estimativa aponta, por exemplo, que, enquanto em Marília, com poucos registros de dengue, os inseticidas públicos matavam ao menos 80% dos mosquitos, em Santos a taxa de sucesso chegava à metade em alguns casos. “É preciso periodicamente analisar a eficácia, porque a resistência é um processo. O que é bom hoje pode não ser no próximo verão”, diz Maria de Lourdes Macoris, que trabalha na Sucen de Marília e é autora do estudo. Em laboratório, foram selecionadas cerca de 150 larvas do mosquito para cada cidade estudada. Nessa fase, a da análise bioquímica, o metabolismo das larvas mais resistentes ao inseticida mostrou maior atividade das enzimas do grupo das esterases, ligadas à capacidade de neutralizar o veneno. O estudo também analisou o material genético de 95 mosquitos, nascidos de ovos obtidos em cada um dos municípios escolhidos. Segundo a pesquisadora, o material genético de cada grupo de mosquito variou muito, o que revelou um baixo fluxo gênico, ou seja, pouca mistura entre as diferentes populações do inseto.

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Variado Como a genética do Aedes revelou ser muito variada de uma localidade para outra, isso indica, de acordo com Macoris, que o mosquito tende a se estabilizar em cada local e a desenvolver diferentes níveis de resistência a inseticidas, conforme a exposição do animal à substância. Órgãos públicos já controlam o veneno, diz a pesquisadora, mas a orientação é que, dentro de casa, o uso seja moderado.“Ainda existe essa cultura nas pessoas de acreditar na eficácia do inseticida em casa”, afirma. O Ministério da Saúde também alerta para o uso doméstico exagerado de inseticidas contra o mosquito. Há 12 anos, o governo criou um sistema de monitoramento da eficácia dos venenos aplicados. Vinte cidades paulistas foram selecionadas. A cada dois anos, as prefeituras recolhem ovos do mosquito para serem analisados em laboratórios da rede pública de saúde. O veneno é trocado sempre que a taxa de resistência fica muito alta.

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