TecNews - 12/03/14

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ACÚMULO DE LIXO PREJUDICA SAÚDE DA POPULAÇÃO CARIOCA Fonte: sidneyrezende.com

Independentemente da legitimidade da greve realizada pelos garis no Rio de Janeiro, o acúmulo de lixo gerado em razão da paralisação dos serviços de limpeza urbana ainda deve demorar para que seja totalmente removido da cidade. Assim sendo, todos os detritos reunidos podem criar diversos perigos para a saúde da população carioca. Para que essa situação não se agrave, o biólogo e especialista em controle de vetores e pragas Fábio Castelo Branco alertou para possíveis complicações. “As bactérias presentes no lixo podem transmitir inúmeras doenças, além de contaminar a água. O lixo pode entupir as vias de escoamento de águas pluviais e proporcionar enchentes”, enumera. Ele ainda avisa sobre o retorno de um dos maiores inimigos da saúde pública no Rio e no Brasil. “Isso pode trazer de volta um dos principais inimigos da população no verão: o Aedes aegypti, conhecido como mosquito da dengue”, indica. A lista não termina por aí. De acordo com o especialista, que também é diretor de expansão da Astral (empresa atuante no setor de controle de pragas e vetores urbanos), outros animais podem ser atraídos pelo amontoado de sujeira. “Existem animais que nem sempre são benéficos ao homem. Dentre eles, pragas transmissoras de doenças, como baratas, ratos e até pombos que alimentam-se desse lixo, são os principais responsáveis pelas doenças urbanas”, revela. Logo, as consequências são graves. “Dengue, leptospirose, doenças gastrointestinaise alergias são prováveis de acontecer devido à oferta de alimento que o lixo proporciona para proliferação das pragas”, acrescenta. www.grupoastral.com.br.br


Lixo e acidentes aéreos Qual seria a relação entre o acúmulo do lixo e acidentes áereos? Pode parecer não ter nenhum vínculo, no entanto, os dois problemas possuem ligação direta. Com a sobrecarga nos depósitos de lixo próximos a aeroportos, os detritos atraem pássaros, atrapalhando a trajetória das aeronaves. Fábio Castelo Branco esclarece: “Essa é uma preocupação antiga! Animais que viviam do peixe, não apenas os urubus e as garças, devido à falta do alimento na Baía de Guanabra, que está muito suja, vêm se alimentando de lixo e outros detritos. Causando forte risco quando estão nos principais aeroportos, empresas de táxi áereo e aeroclubes”, elucida. O biólogo ainda chamou atenção para valorização de outros profissionais fundamentais na saúde pública do estado, bem como os garis. “As equipes mais experientes de controle de vetores da prefeitura são constituídas por servidores da própria Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), na chamada divisão de controle de vetores. Única que atua contra ratos, pernilongos e caramujos da cidade! Tão importante quanto as reinvindicações dos garis, seria dar melhores condições de trabalho aos auxiliares de controle de vetores”. Ele ainda complementa. “Assim, creio que mortes poderiam ser evitadas com vigilância, combate e medidas preventivas realizadas por esses 600 profissionais que atuam na cidade”, finaliza.

RATOS VIRARAM ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO, DIZ MORADORA DE COMUNIDADE NO RIO Fonte: boainformacao.com.br

No oitavo dia de greve dos garis da cidade do Rio de Janeiro, a comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá (zona oeste da capital fluminense), viveu um de seus piores momentos, segundo moradores da região. Com a coleta de lixo prejudicada, as sacolas com restos de comida, papéis e embalagens tomaram conta das ruas da favela. Houve dificuldade para transitar nas vias principais, que estão totalmente tomadas por sujeira. Moradora da comunidade há 15 anos, Meiri Cunha, 44, proibiu os três netos de consumirem qualquer alimento comprado nas redondezas. “Não se compra mais carne, pão nem legumes aqui no Rio das Pedras. Meus netos não comem nada comprado nem preparado aqui. Neste final de semana, estou levando todos para outro lugar, porque até o ar daqui está podre. Já vi vermes, ratos e baratas no chão. Nojento demais. Não dá para continuar por aqui até que esse lixo seja todo recolhido”, diz. Mãe de um bebê de três meses, a dona de casa Jessica Sales, 22, reclama da quantidade de moscas e teme a proliferação de doenças. “Isto aqui virou um caso de calamidade pública. É um total abandono. Se para mim é ruim, imagine para o meu bebê. Mesmo com todo o cuidado que tenho, ele pode adquirir micoses e até doenças respiratórias”, alerta a mãe do pequeno José Miguel. Os problemas de saúde temidos por Jessica já estão sendo sentidos pela filha de Marcela de

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Souza. Moradora da comunidade desde que nasceu, Marcela, 28, conta que a filha tem feito nebulização constantemente para aliviar crises alérgicas. “Ratos e baratas já viraram animais de estimação diante de tanta imundície. Os ratos não se assustam mais comigo, nem eu com eles. Infelizmente, já estamos íntimos. As caçambas da Comlurb não dão mais vazão para a quantidade de lixo descartado durante esta greve. Vai demorar muito para essa situação melhorar”, reclama, apontando para uma montanha de lixo formada na rua onde mora. “Minha filha vive à base de nebulização, porque tem crises alérgicas graves. A situação está ainda pior com esse lixo acumulado. Tenho a impressão de que o ar fica contaminado e isso me assusta muito, porque não há nada que eu possa fazer”. Com greve de garis, cariocas veem descaso do poder público Motorista da região há 14 anos, Arilson Martins, 44, conta que nunca tinha visto uma situação tão degradante. “Ratos e baratas passaram a fazer parte da minha rotina nesta semana. Já dirigi ônibus em vários bairros das zonas oeste, sul e norte. Nunca tinha visto tanta sujeira. Algo tem que ser feito o mais depressa possível. Os garis até passaram por aqui hoje, mas eles não estão dando conta. Talvez porque estejam em pequeno número”, atenta. Nas principais vias da região, como rua Nova, avenida Engenheiro Souza Filho e Estrada de Jacarepaguá, os pedestres tentam desviar das montanhas de lixo formadas nas esquinas. Alguns se aventuram na beira da estrada. A reportagem do UOL esteve na comunidade nesta sexta-feira (7) e viu uma equipe com quatro caminhões e uma retroescavadeira que fazia o recolhimento de lixo na favela. Em greve desde o último sábado (1°), os garis da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) participaram de nova manifestação ontem. Uma audiência de conciliação entre a companhia, sindicato e funcionários foi marcada para a próxima terça-feira (11), às 15h, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Os garis exigem aumento salarial, pagamento de horas extras e reajuste do auxílio refeição, entre outras reivindicações. Pelo acordo coletivo anunciado na segunda-feira (3), os garis terão 9% de aumento salarial (o piso passará de R$ 802 para R$ 874), mais 40% de adicional de insalubridade. Segundo a Comlurb, com isso, o vencimento inicial passará a ser de R$ 1.224,70. Além do aumento salarial, o acordo garantiu mais 1,68% dentro do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, com progressão horizontal. Os garis, no entanto, consideram a proposta insatisfatória, já que pedem um piso salarial de R$ 1.200.

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FUNCIONÁRIOS CONVIVEM COM BARATAS E RATOS NO PS INFANTIL DE FRANCA, SP Fonte: expressomt.com.br

Pacientes do pronto-socorro infantil e do Núcleo de Gestão Assistencial (NGA) de Franca (SP) estão sendo atendidos em um prédio que não tem condições sanitárias para receber a população. A afirmação é do diretor Ricardo Veríssimo Júnior, responsável por todos os prontos-socorros da cidade, que há dois meses entregou um ofício para a Secretaria da Saúde pedindo a interdição do PS Infantil por conta de inúmeras irregularidades no imóvel. No documento, encaminhado em 14 de janeiro, o diretor pede a transferência do pronto-socorro para outro lugar. Ele afirma que o prédio apresenta “odor fétido causado por fezes de pombos, pombos mortos no forro em processo de putrefação e escorrimento de água pútrida do forro para o interior do prédio”. Ricardo Veríssimo Júnior ainda alertou para o risco iminente de transmissão de doença por conta dos pombos. Com medo, os funcionários do pronto-socorro preferem não se identificar, mas dizem que é comum encontrar ratos, baratas e pombas no local. Segundo os servidores, a situação piora ainda mais quando chove e até mesmo um gambá morto foi encontrado perto da cozinha do PS na semana passada. As condições insalubres do pronto-socorro infantil também foram alvo de outro ofício entregue à Prefeitura pelo Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais de Franca em novembro do ano passado. No documento, o sindicato alerta para a presença de “baratas, morcegos e piolho de pombos” no prédio municipal e para o risco de contaminação dos equipamentos e medicamentos que ficam no local. “As reclamações sobre esse prédio onde funciona o pronto-socorro infantil acontecem há muito tempo. Os funcionários pedem melhores condições de trabalho e os pacientes reclamam muito. A situação é precária, são muitos bichos que ficam no local e o mau cheiro é muito grande”, comentou o presidente do sindicato, Luís Fernando Nascimento. Prefeitura Por telefone, o chefe do setor de comunicação da Prefeitura de Franca, Marcelo Facuri, informou que a Vigilância Sanitária e a Secretaria da Saúde realizaram uma inspeção no pronto-socorro infantil no final de janeiro e que existe um projeto para mudança de local. Facuri destacou ainda que a situação não causa riscos para os pacientes e que nos próximos dias a Prefeitura vai anunciar medidas para solucionar o problema.


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