TecNews - 15/10/14

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FEIRA DE SANTANA JÁ TEM 274 CASOS CONFIRMADOS DA FEBRE CHIKUNGUNYA Fonte: R7

O número de casos confirmados da febre Chikungunya em Feira de Santana, a 108 km de Salvador, saltou de 156 para 274, segundo informações da Secretaria de Saúde do Município, divulgadas nesta terça-feira (14). Os casos confirmados não relatam viagem a países com transmissão da doença, sendo considerados autóctones. De acordo com a secretaria, entre 06 de julho a 11 de outubro, foram notificados 922 casos suspeitos de chikungunya, sendo 274 confirmados, 38 descartados e 610 continuaram em investigação. Com 268 casos suspeitos, a faixa etária de 35 a 49 anos concentra o maior registro da febre, seguida da faixa etária de 20 a 34 anos, com 247. O menor registro de casos ocorre na faixa etária de 50 a 64, com 149. O sexo feminino predomina com 606 e masculino 316. Foram notificados casos da doença em 63 localidades do município. O bairro de George Américo lidera com 407 registros, seguido pelo bairro Campo Limpo (161); Sítio Novo (47), Povoado Rio do Peixe (Distrito de Jaguaquara) (31), Cidade Nova (27), Sobradinho (25) e Pampalona (16). Ainda de acordo com a secretaria, não foi registrado nenhum óbito em decorrência da doença.

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CONFIRMADO O PRIMEIRO CASO DE CHIKUNGUNYA EM MINAS GERAIS Fonte: G1

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou o primeiro caso de febre chikungunya dentro do território mineiro. A paciente é uma mulher, de 48 anos, moradora da cidade de Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os sintomas começaram a se manifestar no dia 27 de agosto, e o caso foi confirmado mais de um mês depois. Na última sexta (10), uma equipe da SES esteve na casa da paciente que estava com dores nas articulações. Segundo o órgão, ela não viajou para regiões endêmicas. Portanto, é provável que a mulher tenha contraído a doença em Matozinhos. A febre chikungunya foi confirmada por exames feitos pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Segundo a coordenadora Programa Estadual de Controle da Dengue, Geane Andrade, medidas foram tomadas para conter o avanço do vírus na cidade. “Primeiro lugar, foi feita a investigação epidemiológica do caso para caracterizar o risco e planejar as ações. As ações, então, são o envio de força tarefa ao município de Matozinhos e também as ações de controle vetorial, como carro de UBV [fumacê], para que seja minimizando o risco de transmissão para a população”, destacou. De acordo com a SES, há uma possibilidade que o vírus tenha chegado a Matozinhos durante um evento, que contou com a participação de pessoas de diversos estados, inclusive da Bahia, onde há casos confirmados. A secretaria ainda investiga cinco casos suspeitos nas cidades de Montes Claros, Contagem, Belo Horizonte, Viçosa e Coronel Fabriciano. Segundo Geane, estes municípios também já estão recebendo atenção especial. “Através das Superintendências Regionais de Saúde, os técnicos do estado fizeram as mesmas atividades que fizeram em Matozinhos nestes outros municípios”, diz. Segundo a coordenadora do programa, um dos vetores da chicungunya é o mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A doença também pode ser transmitida pelo Aedes albopictus, mais comum em áreas rurais. Geane ainda ressalta que os sintomas são, inicialmente parecidos, mas, no caso de contaminação por chicungunya, há maior intensidade de dor. Devido à semelhança entre as doenças, as campanhas publicitárias que visam ao combate à dengue também vão buscar a prevenção da chicungunya em Minas Gerais. “O recado para a população, as orientações são exatamente os mesmos [...] É importantíssimo que, neste momento os depósitos de água sejam muito verificados e cuidados [sejam tomados] dentro de casa”, diz. Geane afirma que o estado está em alerta máximo. “Nós trabalhamos com grande risco de transmissão, principalmente, pelos fatores que a gente tem. A transmissão se dá pelo mesmo vetor que transmite dengue, e que é um vetor que está amplamente distribuído no nosso estado, além do [Aedes] albopictus, que está distribuído em diversos municípios. Além dessa questão nós temos a suscetibilidade de toda a população, toda a população suscetível a um vírus que nunca circulou no nosso meio. E, além dessa questão, municípios perto da fronteira com o esta-

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do da Bahia, que já tem transmissão comprovada e autóctone. Isso nos deixa em alerta máximo”, afirma. Na próxima semana, cerca de 250 médicos serão capacitados em Minas e, no fim do mês, o estado vai lançar um plano de contigência. De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde (MS), divulgada no dia 9 de outubro, 173 casos internos da doença foram registrados em território nacional, sendo 156 na Bahia e 17 no Amapá. A doença O vírus chikungunya foi identificado pela primeira vez entre 1952 e 1953, durante uma epidemia na Tanzânia. Mas casos parecidos com essa infecção – com febres e dores nas articulações – já haviam sido relatados em 1770. O agente transmissor é o mosquito Aedes aegypti, mesmo causador da dengue, e Aedes albopictus. Quais são os sintomas? Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares. Tem tratamento? Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.

PESQUISA CIENTÍFICA AJUDA A IDENTIFICAR FOCOS DE CHIKUNGUNYA EM OIAPOQUE Fonte: G1

Uma pesquisa científica desenvolvida por alunos do curso de enfermagem do campus binacional da Universidade Federal do Amapá (Unifap) em Oiapoque, distante 590 quilômetros de Macapá, ajudou a prefeitura a mapear o nível de infestação do mosquito Aedes aegypti, agente transmissor da dengue e chikungunya através de um método que mede a quantidade de ovos depositados por fêmeas do mosquito em bairros da cidade (veja vídeo acima). Os resultados do estudo ajudaram a Secretaria Municipal de Saúde a atuar nas áreas em situação mais crítica. Segundo o professor Arnaldo Balarini, especialista em epidemiologia, os experimentos começaram há três meses, antes de o vírus chegar à cidade através da fronteira com a Guiana Francesa. Inicialmente, o estudo tinha o objetivo de medir a densidade vetorial do município com base nos índices de dengue e malária, doenças consideradas comuns na região.

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“Quando surgiram os primeiros casos de chikungunya, vimos que as autoridades ficaram em alerta por ser um vírus novo no estado. Foi a partir daí que começamos a fazer o controle vetorial no município”, reforçou o professor. Para fazer o levantamento dos focos foram colocadas 40 armadilhas no interior de casas localizadas nos sete bairros do município. Cada objeto é feito com recipientes de plástico e uma palheta de compensado que é presa a ele. Para iniciar os estudos, os acadêmicos colocaram na armadilha uma quantidade de água e na madeira uma espécie de substância que atrai o inseto para a armadilha. Depois de dois ou três dias as palhetas eram recolhidas e depois analisadas em laboratório. Segundo Balarini, a infestação é analisada de acordo com a quantidade de ovos encontrados no objeto. Ele explica que uma fêmea do Aedes aegypti tem capacidade de depositar até 30 ovos num tempo de vida de até duas semanas. Quando é encontrado um número superior na armadilha, aponta que a área estudada apresenta risco evidente de infestação. Os pontos pretos na superfície da palheta são os ovos do inseto. “Os resultados são preocupantes em razão de 43% das armadilhas terem tido resultados positivos. Em cada palheta chegamos a encontrar entre 120 e 150 ovos eclodidos, além de larvas. Os resultados dessa pesquisa são suficientes para dizermos que estamos enfrentando uma grande epidemia da febre chikungunya”, afirmou. Segundo o levantamento, o bairro Planalto é o que possui o maior índice de infestação do agente transmissor da doença. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a área detém 50% das 315 notificações e dos 15 casos confirmados da febre em Oiapoque. O bairro foi um dos primeiros a receber a ação de limpeza e monitoramento de casas, promovida pela secretaria, Exército Brasileiro, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.

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