Tecnews 18/09/13

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CLIENTE FLAGRA RATO ANDANDO EM CARNE DE AÇOUGUE NA BAIXADA FLUMINENSE Fonte: R7

Um cliente de um açougue em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, fotografou um rato que caminhava no meio das carnes expostas na vitrine do estabelecimento. O cliente publicou as fotos em uma rede social, causando revolta de quem comprava no mercado. A fiscalização fechou o estabelecimento por 24 horas. O açougue pode ser multado em até R$ 8.000. O mercado reabriu após cumprir as exigências da vigilância sanitária.

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BRASIL ESPERA RESULTADOS DE VACINA CONTRA A DENGUE PARA 2014 Fonte: Terra

O Brasil espera para 2014 resultados com a aplicação da vacina contra a dengue, que está sendo produzida e testada pela primeira vez no país. Essa declaração foi feita pelo coordenador geral do projeto de estudos clínicos da vacina, Alexander Precioso, em entrevista exclusiva à Efe, na qual também explica como foi desenvolvido o estudo e quais impactos terá no país e na saúde pública. “Esperamos ter todos os resultados de resposta imunológica dos 300 voluntários que participarão do teste, além do perfil de segurança que a vacina tem, até o final de 2014”, disse o coordenador. Segundo Precioso, o projeto coloca o Brasil em destaque, porque os ensaios clínicos e a produção é exclusiva de pesquisadores brasileiros para, no futuro, apresentar a vacina ao Ministério da Saúde que, através do Programa Nacional de Imunização, pode disponibilizar a vacina gratuitamente. “Existem várias pesquisas de dengue no mundo, mas o único local que esta sendo produzido esse tipo de método com o próprio vírus é no Brasil”, destacou Precioso. Apresentando um resultado positivo, a vacina poderá ser exportada para outras áreas de risco da doença como Tailândia, Vietnã e, na América Latina, Venezuela e Colômbia. “Uma vez atendida a demanda nacional, o país pode contribuir com a demanda internacional. Além do desenvolvimento científico, capacitando o Brasil a realizar seus próprios estudos clínicos, o grande impacto positivo será na saúde pública nacional e de outros países nas áreas de risco”, afirmou o pesquisador à Efe. A equipe de estudos e desenvolvimento da vacina é formada por cerca de 20 pessoas com especialidades em pesquisa clínica, produção, controle e regulamentação da vacina diante dos órgãos públicos. “Estamos pesquisando o vírus da dengue há oito anos. A parceria com os Estados Unidos resultou na obtenção, modificação e depois transferência para o Butantã, mas foi no Brasil que surgiu www.grupoastral.com.br


a ideia de fazer um método de prevenção com o próprio vírus”, ressaltou Precioso à Efe. Os estudos resultaram no método do teste, sendo necessária ampla divulgação para encontrar voluntários com idade entre 18 a 59 anos, que passarão por entrevistas, avaliações médicas e exames laboratoriais para confirmar se têm boa saúde e se podem participar. As primeiras 50 pessoas não poderão ter tido dengue e os 250 voluntários restantes serão divididos em dois grupos os que já ficaram doentes e os que não foram infectados pelo vírus. Precioso ainda destacou que os voluntários serão acompanhados por cinco anos, com avaliações anuais para checar se as respostas imunológicas se mantêm e se os anticorpos necessários foram produzidos em cada organismo. Essas informações preliminares irão indicar se a vacina está protegendo e o nível de eficácia que ela possui. Na primeira etapa, os voluntários serão da cidades de São Paulo e Ribeirão Preto, onde ficam os centros de saúde nos quais serão feitos os testes. Em seguida, voluntários de outras cidades do Brasil poderão participar. A vacina já apresentou dados positivos nos Estados Unidos, onde foi testada em animais e algumas pessoas, que não tiveram reações ao vírus, além de ter sido constatada a produção de anticorpos que combatem a doença. Para Precioso as reações esperadas e consideradas “normais e não graves” são dores localizadas, febre e dores no corpo. Os cuidados tomados serão repouso e acompanhamento da equipe médica para cada caso.

PESQUISADORES CONSEGUEM AVANÇOS NO COMBATE DA MALÁRIA NO AMAZONAS Fonte: G1

O número de casos de malária registrou queda de 30% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo com essa redução, a doença ainda é um problema grave na Amazônia. Pesquisas realizadas na região têm apresentado avanços para o controle do mosquito transmissor da malária. Não há outro inimigo capaz de deixar o caboclo da Amazônia mais abatido do que o anopheles darlingi, nome científico do mosquito da malária. Apenas a fêmea transmite a doença e só após ter picado uma pessoa contaminada. A saliva do mosquito tem um parasita, que é um protozoário. Ele entra na corrente sanguínea da pessoa picada, se aloja no fígado e se multiplica. O principal sintoma é a febre, que geralmente aparece depois de duas semanas. O agricultor Manoel Ciro, de 71 anos, vive da agricultura. Desde quando começou a trabalhar na roça, ainda jovem, convive com a doença. “Quando a malária ataca não tem quem resista. Eu desmaiei perto do limoeiro”, diz. Não é só a saúde que sofre. A produção agrícola também. O trabalho nas lavouras fica prejudicado no assentamento com 37 famílias perto de Manaus. “A malária vem interferindo nos trabalhos comunitários, trabalho individual. As pessoas infectadas pelo transmissor da malária estão deixando de vir. Em um calor deste, a pessoa não suporta. Eu acredito que 50% das pessoas já contraíram malária”, diz o líder do assentamento José Rodrigues. Embora seja um mosquito da selva, o problema preocupa mais nas regiões urbanas da Amazôwww.grupoastral.com.br


nia. Em Manaus, por exemplo, cerca de 300 mil pessoas, 16% por cento da população, vivem em áreas consideradas de risco. Os maiores focos de contaminação no município de Manaus ficam na periferia da capital, onde a ocupação urbana avançou sobre a floresta. Quando isso acontece, o mosquito substitui suas fontes naturais de alimentação pelo sangue humano. A malária não tem vacina. O exame é simples, feito nos postos de saúde. Os agentes que trabalham no combate fazem o acompanhamento das pessoas contaminadas que vivem em comunidades mais distantes dos postos. Eles levam o remédio contra malária para os pacientes. O tratamento dura até dez dias e se for interrompido a doença volta. O biólogo Wanderli Tadei é o coordenador da pesquisa sobre a malária desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Toda semana, os cientistas visitam comunidades onde há alta incidência da doença. Um dos desafios do trabalho foi conhecer o comportamento do mosquito. Uma das descobertas está relacionada ao ciclo das águas. A pesquisa já confirmou que quando as águas começam a subir, entre novembro e dezembro, aumentam também os casos de malária na Amazônia. O mosquito se reproduz nos igapós, nas regiões inundadas da selva. “O igapó é um local estável. Então, há possibilidade de formação de todas as algas. Tudo que é necessário para a fêmea por seus ovos e desenvolver as larvas. Com este refluxo das águas, que é o que no momento nós estamos, a fêmea não vai jamais por ovos porque não tem condições de reprodução. Então, ela procura locais mais estáveis de água que são represas, que foram feitos, e tanques de piscicultura. É ali que ela acaba aninhando neste período pra ter a reprodução dos mosquitos”, diz Tadei. Antônio Francisco da Silva, um dos ajudantes do professor Wanderli Tadei, se prepara para coletar os mosquitos, a parte mais arriscada da pesquisa. Ele usa meia preta para atrair o inseto, que gosta de cores escuras. Com um sugador bucal ele faz a captura. “Tem que estar bem paramentado para não ser picado e ter sorte para o mosquito infectado não te pegar. Picado sempre vai ser, mas se ele não tiver infectado a gente continua dando sorte, se livrando”, diz Silva. As prevenções são as conhecidas: borrifar as paredes com inseticida, fechar portas e janelas com telas e usar o fumacê, que mata e expulsa os insetos. No laboratório, a pesquisa avança em outras áreas. Depois de anos de estudo, o professor Wanderli Tadei e cientistas de várias outras instituições acabam de conseguir fazer o mapeamento genético do mosquito da malária. “O mapeamento destes genes nos permitirá entender a dinâmica destes genes que normalmente ficam resistentes ao inseticida que é utilizado em ações de controle”, diz. Também estão avançados os estudos para a produção de um repelente de longa duração na pele. Os testes são feitos com mosquitos de laboratório. Os próximos passos serão avançar na área da nanotecnologia, técnica que desenvolve microcápsulas que podem compor até tecidos de roupas. Pode parecer um pequeno avanço, mas é um passo muito importante no combate dessa doença que ainda faz sofrer milhares de brasileiros na Amazônia.com mais incidência mulheres grávidas que não grávidas. As mudanças hormonais e fisiológicas foram apontadas como alguns dos prováveis fatores. www.grupoastral.com.br


O pesquisador Ricardo Lourenço de Oliveira, do Instituto Oswaldo Cruz, sugere ainda outra possibilidade para combater a malária: a manipulação genética do mosquito a fim de impedir o reconhecimento de determinadas substâncias odoríferas. “Isso faria com que o mosquito tivesse dificuldade em conseguir localizar as pessoas”, teoriza. Outra alternativa seria a produção de moléculas que funcionariam como repelente exalado naturalmente, também como forma de evitar que o mosquito encontrasse facilmente os humanos. “Trabalhar com alterações genéticas é uma tendência nessa área”, complementa. Não existe vacina Essas soluções podem reduzir o número de contágios, uma vez que ainda não existe vacina eficaz para prevenir a doença. Pós-doutor pelo Instituto Pasteur, Oliveira explica que a dificuldade está na grande variabilidade genética do parasita da malária, que se reproduz de forma sexuada no mosquito. Além disso, embora o Plasmodium faciliparum seja o causador da forma mais grave da doença, ainda são encontradas outras variantes do parasita no Brasil, como o Plasmodium vivax, responsável pela maioria dos casos. O próprio cientista foi vítima do mosquito. Enquanto capturava amostras para pesquisa, ele foi picado e contaminado pelo Plasmodium vivax. Outros 200 milhões de casos são registrados a cada ano no mundo, causando 770 mil mortes a cada 12 meses. “Malária é uma coisa muito ruim”, resume Oliveira.

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