TecNews - 19/03/14

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BRASILEIRA É ATACADA POR “BED BUGS” EM ORLANDO Fonte: oglobo.globo.com

A jornalista Adriana Bittencourt vai processar o Hotel Blue Heron Beach Resort, de Orlando, na Flórida, depois de ter sido atacada por dezenas de bedbugs, insetos da família do percevejo. Eles se escondem principalmente nas frestas e nas cobertas das camas e estavam por toda parte no quarto em que ficou. Adriana, que passou as férias nos Estados Unidos com a filha de três anos e o marido, levou mais de 200 picadas por todo o corpo, veja na foto como ficou seu rosto. Ela publicou um alerta no Facebook contando a história. A viagem, planejada com meses de antecedência, teve que ser interrompida. Foram três dias de idas e vindas a médicos e farmácias. “Comecei com umas mordidas nos pés e pernas e só desconfiei que não eram meros mosquitos quando uma das picadas inflamou e formou bolha. Tive que tomar 10 dias de antibiótico por causa dessa picada. Pesquisando na internet, descobri que poderia ser o tal do bedbug. Mas como cheguei cansada de um dos parques, quase meia-noite, resolvi trocar de cama (sai da de casal para uma de solteiro) e pedir para mudar de quarto no dia seguinte”, contou Adriana. A troca, porém, se revelou ainda pior. A descrição do caso dá até nervoso. “Eram tanto bichos que cheguei a despertar de madrugada e encontrar dezenas deles andando na minha blusa e rosto. Entrei numa banheira quente, joguei a roupa fora, mas o estrago já estava feito. Fiquei com mãos e rosto deformados de tantas picadas, mudei de hotel, tive que lavar e secar - em altas temperaturas - todas as roupas que estavam nas malas, tive que me consultar com um médico lá da Florida pois, por conta das muitas mordidas, desenvolvi uma reação alérgica que poderia resultar em edema de glote”. Segundo Adriana, ao reclamar com o gerente do hotel, ele sugeriu que ela tinha trazido os insetos do Brasil. “Tive que voltar ao quarto, recolher os bichos num saco, e levar à portaria para ele se dar conta do problema. Pedi o estorno da diária no meu cartão e eles só fizeram isso quando ameacei chamar a polícia”, diz a jornalista, que vai processar o hotel.

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NINGUÉM VAI IMPEDIR O GOL DO ‘AEDES’? Fonte: oglobo.globo.com por ROGÉRIO CATHARINO FERNANDEZ Diretor Técnico de Franquia da Astral Saúde Ambiental

Todas as 12 cidades escolhidas para sediar os jogos da Copa do Mundo no Brasil se comprometeram a realizar uma série de melhorias destinadas à realização do evento. A maior parte dos projetos tem como foco a infraestrutura urbana e a segurança. No entanto, nenhuma medida preventiva com relação às pragas urbanas foi tomada, principalmente nas regiões de maior concentração de público e atletas — característica que, por si só, eleva o potencial de transmissão de doenças por vetores e pragas. O vetor da dengue (Aedes aegypti), doença que mata, por exemplo, precisa de pouco para se desenvolver. Basta um local com água, alimento, abrigo e acesso que o mosquito se desenvolve rapidamente. Adicionalmente a essas informações, nos últimos meses surgiram publicações em diversas mídias alertando para o risco em potencial de uma epidemia de dengue durante a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Em novembro, o pesquisador britânico Simon Hay, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Oxford, publicou um artigo na revista “Nature” advertindo e chamando a atenção do mundo inteiro para esse perigo. Na publicação, Simon aponta três cidades como sendo de maior potencial de risco: Fortaleza, Natal e Salvador. Isso se deve, principalmente, ao fato de se tratar, nessas regiões, de um período de chuvas antes e durante a ocorrência dos jogos da Copa. O artigo circulou na mesma semana em que novos dados divulgados pelo governo revelaram que o número de mortes por dengue no Brasil praticamente dobrou — de 292 em 2012, para 573 entre janeiro e outubro de 2013 (96% a mais). Os casos graves também tiveram elevação, de 3.957 para 6.566 (um aumento de 65% em relação a 2012). Em 2010 foram registradas 638 mortes e 16.758 casos graves. De 1.315 cidades avaliadas, 682 (51%) não estão em nível satisfatório de contenção do mosquito Aedes aegypti (transmissor do vírus da dengue). Do total, 157 estão em situação de risco, e 525, em alerta. Só em 2013, o país notificou mais de 1,4 milhão de casos suspeitos da doença. O Sudeste foi a região com o maior número de notificações, responsável por 63,4% do total, seguido do Centro-Oeste, com 18,4%. Esses dados revelam a necessidade iminente de um olhar cuidadoso e profissional para a questão da dengue e do controle do seu mosquito transmissor, o Aedes aegypti, principalmente levando em conta os grandes eventos que irão trazer um grande número de pessoas para o nosso país. Além da dengue e de seu mosquito vetor, outras pragas podem se beneficiar das atividades turísticas e ameaçar a saúde de milhares de pessoas, como o percevejo de cama, ou bed bug, inseto hematófago (que se alimenta de sangue) com maior ocorrência na Europa e Estados Unidos, mas também presente no Brasil, que pode ser transportado nas roupas e bagagens de atletas e turistas, se disseminando com facilidade em diversos locais, principalmente na rede hoteleira que receberá milhares de hóspedes de várias partes do mundo. As barreiras sanitárias www.grupoastral.com.br


são fundamentais neste momento. O aumento da concentração e circulação de pessoas que caracteriza os grandes eventos como a Copa do Mundo é um fator de risco comprovado e bem conhecido pelos profissionais do setor de controle de pragas e vetores urbanos. Nesse contexto, é importante ressaltar que, de acordo com o membro do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo Claudio Gustavo Noro (em entrevista publicada na “Astral em Revista”, 2012), tanto a Argentina quanto a Espanha quase perderam a chance de realizar as Copas em seus países por conta de problemas sanitários, dentre eles a ocorrência de pragas e vetores urbanos. Somado a isso o fato de o Brasil ser um país tropical endêmico de diversas pragas que podem causar doenças e prejuízos econômicos significativos, temos um cenário que certamente carece de atenção redobrada dos setores públicos e privados envolvidos com a realização dos jogos.

GOIÂNIA LIDERA DISPARADA CASOS DE DENGUE NO BRASIL Fonte: jornalargumento.com.br

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira os números da dengue e os casos a doença tiveram queda de 80% na comparação com o primeiro bimestre do ano passado. Foram 87 mil notificações entre janeiro e fevereiro de 2014, contra 427 mil no mesmo período de 2013 Goiânia lidera como a cidade que apresentou o maior número de casos de dengue, com 6.089. Outros dois municípios goianos fecham a lista dos três primeiros: Luziânia (2.888) e Aparecida de Goiânia (1.838). Belo Horizonte, que é maior que a capital de Goiás, registrou 1.647 casos e até São Paulo teve menos, como 1.536. Para o ministro Arthur Chioro, apesar da redução nos números da dengue – resultado do esforço conjunto da população e dos governos municipais, estaduais e do Ministério da Saúde – é preciso manter as ações de prevenção. “Nós não podemos baixar a guarda. Não é porque estamos conseguindo, ainda que parcialmente, um excelente resultado em relação à dengue que deixaremos de nos preocupar nos próximos meses ou anos. Portanto, temos que continuar com esse esforço contínuo da sociedade e do poder público para garantir a segurança e saúde da população”, ressaltou.

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