TecNews - 19/11/14

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POMBOS DEIXAM REFEITÓRIO DE ESCOLA INFANTIL CHEIO DE FEZES EM SÃO CARLOS Fonte: G1

Pais de crianças do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Professor Paulo Freire no Jardim Itamarati, em São Carlos (SP), estão preocupados com os inúmeros pombos que sujam o refeitório e o pátio com fezes. A situação ocorre desde junho, quando a creche foi inaugurada no bairro, e eles esperam uma solução para o caso, já que há possibilidade de transmissão de doenças. A Secretaria da Educação informou que espera a chegada de um produto para espantar os pombos do local. A frentista Iris Gonçalves de Melo, tem um filho de 2 anos matriculado na creche. Ela já se queixou com a diretora do local várias vezes, mas até agora não viu nenhuma ação para evitar o contato desses animais com as crianças. “A diretora disse que já entrou em contato com a Prefeitura e fez uma reclamação, mas foi informada que eles estão esperando um produto para fazer a dedetização”, contou. A escolinha atende cerca de 120 crianças no período da manhã e 120 à tarde, da fase 1 a 5 anos de idade. O medo da mãe é que a situação se agrave e alguém contraia uma doença. “As crianças brincam em meio aos cocôs de pombos e elas andam descalças. Se ninguém fizer nada vai acabar o ano e no próximo será a mesma coisa. Eu não tenho o que reclamar dos profissionais que trabalham lá, mas os pombos são ruins. As faxineiras limpam sempre o local, mas elas não vencem, porque são muitos. Limpou, não dá meia hora e já está tudo sujo de novo”, relatou Iris. A estudante Bruna Tangerino da Silva, também tem uma filha de 2 anos na creche e, segundo ela, ter os animais no mesmo ambiente das crianças é preocupante. “Onde eles comem é cheio de www.grupoastral.com.br.br


fezes, toda hora está sujo, é uma nojeira. É uma questão de higiene pelo fato deles ficarem em cima das crianças durante o almoço. A minha neném tem dermatite atópica e o risco dela pegar infecção é bem maior”, disse. Os pais acrescentam que a infestação de pombos é da região e muitos moradores do bairro também sofrem com o problema em casa. “Ainda não soube de nenhum caso de doença entre as crianças ou funcionários, mas espero que eles não deixem chegar a este ponto para fazer alguma coisa”, afirmou Bruna. Medidas A diretora na escola, que não quis se identificar, informou que o problema já existia quando a creche estava sendo inaugurada e que a Prefeitura já analisava o que poderia ser feito. “Desde junho cuidamos do assunto, e sempre tomamos cuidado com as crianças. A gente não pode matar os animais e já conversamos com a Vigilância Sanitária, mas por ser uma infestação local, eles não conseguem combater”, acrescentou. Segundo o diretor administrativo e financeiro da Secretária da Educação de São Carlos, Pedro Carlos Pepe, foi pedido um remédio para passar nas madeiras, calhas, e telhados para espantar os pombos, mas, como foi pedido uma grande quantidade, eles ainda não chegaram. “A empresa que compramos ainda não nos entregou porque foram cerca de 100 galões e cada um custa mais de R$ 500. O produto já foi testado em outras ocasiões e funciona muito bem”, explicou. Ele ainda reforçou que a intenção é passar o produto durante as férias no fim do ano. “Assim que o produto chegar vamos passar na escola toda e também em outras creches da região que passam pelo mesmo problema. Caso não dê certo a saída será colocar redes nos ambientes barrando a entrada de aves nos pátios e refeitórios”, finalizou Pepe. Outro lado Segundo a bióloga do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Isabel Cristina Wenzel, os pombos podem transmitir histoplasmose, doença pulmonar adquirida quando alguém varre as fezes já secas do animal e o pó é inalado. “Isso só acontece com as fezes secas, caso seja limpo todos os dias é raro pegar a doença”, disse. Há também risco de ter criptocopos, que é um tipo de meningite, salmonelose, que ocorre quando o alimento é contaminado pelas fezes dos pombos. A pessoa que ingere corre o risco de ter diarreia com sangue e dor na barriga, além dos piolhos. “É claro, que a maioria das doenças são transmitidas caso o pombo as tenha. Se a criança tiver com imunidade muito baixa tem uma chance maior de infecção, caso ao contrário não é tão fácil contrair algum problema”, destacou Isabel. Ainda segundo Isabel, a creche ou a Secretaria da Educação deve entrar em contato com o Centro de Zoonoses para que haja uma orientação correta das medidas que devem ser tomadas. A bióloga ressaltou que os pombos são importantes para o equilíbrio ambiental. “Essas aves fazem parte do ecossistema, elas têm funções importantes na natureza, caso exterminem elas outras pragas piores podem infestar o local. Por isso é proibido não só matar, mas também alimentar esses animais, pois isso diminuir a perspectiva de vida deles. Há procedimentos corretos para esse tipo de situação para que ninguém seja prejudicado”, concluiu Isabel.

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LEVANTAMENTO MOSTRA SÃO LUÍS EM SITUAÇÃO DE ALERTA PARA A DENGUE Fonte: G1

São Luís é uma das 13 capitais brasileiras que estão em situação de alerta para a ocorrência de epidemias de dengue, segundo dados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). O estudo foi atualizado nesta sexta-feira (14) pelo Ministério da Saúde. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito; de risco quando apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis; e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti. De acordo com o levantamento, Rio Branco é a única capital em situação de risco, com índice de 4,2. Além de São Luís, são 12 as capitais que apresentaram situação de alerta (Boa Vista, Palmas, Salvador, Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, Aracaju, Belém e Porto Velho) e outras 11 estão com índices satisfatórios (Curitiba, Florianópolis, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Macapá, Teresina e João Pessoa). Duas capitais (Manaus e Fortaleza) ainda não apresentaram ao Ministério da Saúde os resultados do LIRAa. O estudo revelou, ainda, onde estão os focos dos mosquito. No nordeste, 76,5% das larvas estão em formas de armazenamento de água, 17,5% em depósitos domiciliares e 6% em espaços em que o lixo não está sendo manejado adequadamente. O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, reforça que a prevenção da dengue é simples. “Em apenas 15 minutos semanais, as famílias podem fazer a inspeção em suas casas, destruindo os focos dos mosquitos dentro de pneus, vasilhas de plantas e outros tipos de recipientes que possam acumular água parada”, frisou. A pesquisa é realizada pelo Ministério da Saúde em 1.737 cidades brasileiras e é considerada um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue. Casos em Açailândia Em Açailândia, a 600 km de São Luís, 366 casos de dengue foram notificados de janeiro a outubro deste ano. Com a aproximação do período de chuvas, a população teme um aumento do mosquito. Destas notificações foram confirmados 43 casos de dengue clássica e 199 casos descartados, índice considerado dentro da margem de controle de acordo com metas do Ministério da Saúde. “Eu tomo todo cuidado do mundo dentro da minha casa, mas não adianta de nada, porque nas áreas próximas ninguém toma cuidado para a gente não sofrer com a dengue”, lamenta a dona de casa, Rosângela Pereira. www.grupoastral.com.br


PROLIFERAÇÃO DO AEDES AEGYPTI E AEDES ALBOPICTUS PREOCUPA MORADORES EM BH Fonte: em.com.br

O verão é dos mosquitos, e quem mora perto de rios, córregos e lagoas em Belo Horizonte e região metropolitana já começa a sofrer na pele com a infestação de pernilongos e outros insetos, como o chamado mosquito-pólvora, também conhecido como maruim e mosquitinho-do-mangue. E quando se fala em Aedes aegypti e Aedes albopicutus, transmissores da dengue e da febre chikungunya, o que é um incômodo se transforma em pânico e risco. “As altas temperaturas do verão e início do período chuvoso favorecem maior densidade desses vetores voando pela cidade, e o risco é maior”, alerta a gerente de controle de zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, Silvana Tecles Brandão. Outra ameaça à saúde pública é o mosquito-palha, transmissor da leishmaniose. A preocupação das autoridades é com o combate ao Aedes aegypti e ao Aedes albopicutus. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas, eles estão presentes em 80% dos municípios mineiros. Em algumas regiões da capital e de Nova Lima, na Grande BH, moradores reclamam que são tantos mosquitos que não é possível mais afastá-los nem com repelentes e inseticidas químicos. Segundo eles, os insetos desenvolvem resistência rapidamente e, quanto mais se usa o spray, mais eles aparecem, principalmente os pernilongos. A impressão é reforçada por especialistas, segundo os quais os produtos para exterminar os insetos têm alta eficácia apenas quando usados contra as larvas. www.grupoastral.com.br


A comerciante Rosalina Antônia de Oliveira Reis, de 46 anos, mora no Bairro Xangrilá, na Região da Pampulha, e, segundo ela, a proximidade da lagoa contribui para a infestação de mosquitos em casa. “É tanto pernilongo que só falta eles carregararem a gente. Os repelentes estão servindo de xarope para eles. Não fazem mais efeito nenhum”, reclama a comerciante, que sempre fecha portas e janelas de casa ao entardecer, para proteger a mãe, de 81, e os sobrinhos das picadas. O ventilador tem ajudado também na hora de dormir, segundo ela. “Se deixar, os pernilongos tomam conta da casa e a gente fica do lado de fora”, disse a comerciante, que está preocupada com os mosquitos transmissores da dengue e da febre chikungunya. “Não deixo água acumulada nos pratinhos de planta e sempre coloco areia. Minha mãe não aguentaria a febre chikungunya. Se a dengue já deixa a pessoa quase morta, essa doença é pior ainda”, disse Rosalina. A cuidadora de idoso Rosângela Falamiel, de 51, mora no Bairro Braúnas, também na Pampulha, e conta que teve dengue há dois anos, o que aumenta a sua preocupação com os mosquitos em casa. “Fiquei vários dias internada no hospital. Estou assustada com tantos pernilongos na minha casa. Eles não podem nem encostar que já fico com medo de pegar dengue”, disse Rosângela, que gasta um spray de inseticida por semana e reclama que não resolve. A dona de casa Elizete Fernandes, de 50, moradora do Belvedere, Região Centro-Sul da capital, é outra que reclama dos pernilongos. “Antes, não tinha. Agora, eles tomaram conta da minha casa”, disse. O vigia Hudson Spósito, de 29, trabalha na portaria de um condomínio residencial em Nova Lima e reclama do mosquito-pólvora. “Eles sempre aparecem no fim da tarde e à noite. Preciso fechar a janela da guarita para ter sossego. Quanto mais faz calor, mais mosquito tem. Os pernilongos também não dão sossego”, reclama. O jardineiro Alex Ermínio mora e trabalha em um condomínio vizinho. Ele conta que o mosquito-pólvora sempre ataca no fim da tarde e à noite. “Ninguém aguenta mais ficar do lado de fora de casa”, disse. A maior preocupação dos moradores, segundo ele, é com os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopicutus. “Todas as casas têm bromélias no jardim e elas acumulam água da chuva em sua folhas. A maioria das casas também tem piscina”, disse. Segundo ele, o serviço de zoonose de Nova Lima tem dado prioridade à região. A enfermeira Kátia Ramos, de 55, é uma das moradores preocupadas com os mosquitos transmissores de doenças. “Moramos numa região com muitas nascentes e vegetação. É normal ter inseto. A minha preocupação é com o mosquito da dengue”, disse. Para evitar a sua reprodução, ela conta que pulveriza suas bromélias com água sanitária e joga água entre as folhas para renovar a que estava acumulada. Maior incômodo ocorre à noite O professor do Departamento de Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) www.grupoastral.com.br


Álvaro Eduardo Eiras, que é entomologista, que estuda os insetos sob todos os seus aspectos e relações com o homem, as plantas, os animais e o meio ambiente, mora no segundo andar de um prédio do Bairro Ouro Preto, na Pampulha, e conta que nunca viu uma infestação tão alta de mosquito, nos 15 anos em que está naquela residência. A infestação maior, segundo ele, é dos mosquitos da família Culex, que sãobem diferenciados dos transmissores da dengue e da febre chikungunya. “O mosquito Culex tem hábito noturno. Pica as pessoas de noite”, disse. O professor explica que os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopicutus são da família dos Culicídeos e que os dois são transmissores da dengue e das febres amarela e chikungunya. “A diferença entre eles é o hábito. O albopicutus gosta de mata verde, florestas, troncos onde há água acumulada. O aegypti é mais doméstico, gosta de vaso de planta, de água parada no ralo.”

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