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SANTOS REGISTRA AUMENTO DE 70% DOS CASOS DE DENGUE Fonte: atribuna.com.br
O número de casos confirmados de dengue em Santos aumentou mais de 70% de um ano epidemiológico para o outro. De junho a junho, entre 2013 e 2014, foram 2.141 casos, enquanto entre o restante de 2014 até a metade de 2015, os registros subiram para 3.697. Em números exatos, são 72,6% de aumento. A quantidade foi informada pelo coordenador de Vigilância em Saúde, Marcelo Brenna, durante apresentação de um balanço do ano epidemiológico de 2014-2015, que acaba de se encerrar. Um novo ano epidemiológico começou no dia 5 de julho, quando foi zerada a contagem de casos. Brenna revelou os números do último período, com casos registrados entre 29 de junho de 2014 e 4 de julho de 2015. Os três meses que mais tiveram registros confirmados de dengue foram março, abril e maio. Somente nesse período de 90 dias, 3.328 pessoas foram contaminadas pelo mosquito Aedes aegypti, o que corresponde a 90% do total de casos no ano epidemiológico inteiro. A semana que mais teve casos registrados de dengue durante o ano inteiro foi entre 9 e 16 de abril, quando 449 pessoas pegaram a doença. O número de óbitos durante os dois anos epidemiológicos foi o mesmo: cinco pessoas. Ou seja, desde 2013 até agora foram 10 óbitos por dengue no Município. Fatores De acordo com Brenna, a diferença do número de casos entre um ano epidemiológico para o outro se deve a alguns fatores que influenciam na ocorrência da doença. Segundo ele, o último período já começou com grande incidência de casos de dengue: foram 41 registros confirmados logo nas primeiras quatro semanas. Ou seja, Santos não teve a fase silenciosa, quando não existe nenhum caso. Já começamos o ano epidemiológico passado na fase intitulada pelo Ministério da Saúde de inicial, quando é confirmado pelo menos um caso”, explica o coordenador. O fenômeno ocorreu porque, de acordo com Brenna, 2014 foi um ano atípico, em que o verão se caracterizou por temperaturas altas, no entanto com um tempo seco. “No verão passado quase não choveu. A incidência da dengue aumenta quando começa o período de chuvas, que só veio depois de maio”. Além disso, entre os meses com mais casos de dengue neste ano epidemiológico (março, abril e maio), foram registrados altos níveis de infestação das fêmeas do mosquito, que transmitem a doença. Brenna explica que 461 armadilhas espalhadas pela Cidade oferecem a possibilidade de controlar o índice médio da quantidade de fêmeas por região. “Toda semana, os agentes vistoriam as armadilhas, contam a quantidade de mosquitos, identificam por espécie e sexo”, afirma. www.grupoastral.com.br.br