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GOVERNO CONFIRMA TERCEIRA MORTE POR DENGUE NA CAPITAL PAULISTA EM 2015 Fonte: G1
A Secretaria da Saúde do governo do estado de São Paulo informou nesta sexta-feira (20) que um homem de 35 anos, morador de Pedreira, na Zona Sul de São Paulo, morreu por dengue na capital paulista. É a terceira morte pela doença registrada na cidade neste ano de 2015, segundo o governo estadual. A Prefeitura de São Paulo diz que ainda investiga o caso. Uma idosa de 84 anos, moradora de Brasilândia, Zona Norte, e um menino de onze anos, do Jardim Ângela, na Zona Sul, morreram com a doença neste ano. A cidade de São Paulo registrou 1.833 casos de dengue confirmados até a oitava semana de 2015. O número é três vezes maior que o contabilizado no mesmo período de 2014, quando ocorreu 603 casos. Os dados foram apresentados pelo secretário-adjunto municipal da Saúde, Paulo Puccini, na sede da Prefeitura. A região Norte da cidade segue liderando o índice de incidência, com 976 casos. O bairro do Limão foi um dos mais afetados, com 104. “É uma ocorrência elevada, desproporcional, que precisa ser combatida de forma desproporcional”, disse Puccini sobre a região. Dentre as ações previstas, ele mencionou o trabalho em conjunto com a Defesa Civil e demais secretarias. “Envolvimento mais rápido e intenso das nossas secretarias, Defesa Civil, educação e saúde. O que nós estamos fazendo é o correto que tem que ser feito.” O secretário citou como exemplo a presença de 32 viaturas da Defesa Civil, com sistema de alto-falante, que circulam pelos bairros com maior incidência informando a importância do controle. Sete deles estão concentradas no Limão, no Jaraguá, e na Brasilândia, três bairros mais afetados da Zona Norte. www.grupoastral.com.br.br
Fumacê Também foi intensificada a aplicação do inseticida na região. O procedimento, conhecido como fumacê, é realizado nas áreas mais críticas. A Zona Norte é responsável por 53% dos casos de dengue registados nos dois primeiros meses do ano. Apesar do cenário, Paulo Puccini negou que a região esteja vivendo uma epidemia. “Epidemia em dengue todo mundo gosta de falar, mas não existe uma base real científica para falar. Mas é uma ocorrência elevada, desproporcional em relação ao restante do município, que precisa ser combatida de forma mais intensa”. Crise hídrica A Secretaria Municipal da Saúde realizou uma pesquisa sobre a densidade de larvas para identificar a situação da presença da larva do mosquito transmissor e criadouros nos domicílios ocupados. Segundo o secretário, os dados mostram um aumento significativo em recipientes como caixas d’água e baldes. Para Puccini, a crise hídrica é em corresponsável pela elevação dos números. “Os recipientes de armazenamento de água que não existiam ano passado passaram a existir como criadouros de uma forma muito expressiva, três vezes ao que ocorreu em 2014”, disse. “A dengue vem se manifestando sobretudo na Zona Norte que é a área mais penalizada pela falta de água”, completou. Para ele, o problema não é gerado por conta da falta de cuidado no armazenamento da água. “A culpa é do não adequado tamponamento da caixa d água.”
ENCONTRO DISCUTE COMBATE À DENGUE E CHIKUNGUNYA NO RIO Fonte: G1
O Ministério da Saúde tem fortalecido as atividades de aprimoramento das ações contra dengue e chikungunya no Brasil. Entre as medidas adotadas está a promoção de atividades de acompanhamento da situação epidemiológica junto aos estados e municípios. Com o intuito de discutir alternativas, o Rio de Janeiro recebe, nesta terça e quarta-feira (24 e 25), a Reunião Macrorregional Sudeste, Sul e Centro-Oeste, sobre dengue e chikungunya. O encontro reunirá representantes, gestores e técnicos, das secretarias estaduais e municipais de saúde das regiões. As reuniões Macrorregionais são estratégicas para o planejamento e fortalecimento das ações de combate à dengue. Além dos estados, participam representantes de municípios com mais de 100 mil habitantes. A ideia é promover o debate a respeito da situação epidemiológica da dengue e da febre chikungunya no Brasil, aspectos clínicos, de vigilância e de diagnóstico das doenças, além dos desafios e perspectivas da vigilância epidemiológica. Nos dias 31 de março e 1º de abril, será a vez de representantes dos estados e municípios das regiões Norte e Nordeste do País participarem do debate. De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, a reunião faz parte de uma estratégia de mobilização para fortalecimento das ações contra www.grupoastral.com.br.br
dengue e chikungunya. Dentre as medidas que devem ser reforçadas está a aplicação do plano de contingência. “Um bom plano de contingencia tem que ter componentes voltados para o enfrentamento da dengue, o que envolve o combate ao vetor, reforço na comunicação e mobilização social, vigilância epidemiológica, investigação oportuna de óbitos e assistência para garantir diagnóstico precoce e tratamento oportuno do paciente com dengue”, orientou. A assistência prestada aos pacientes com dengue e chikungunya também estará na pauta do encontro, uma vez que o manejo adequado do paciente impacta na redução dos casos graves e óbitos. O Ministério da Saúde possui diversas publicações sobre o tema que tem por objetivo auxiliar os profissionais de saúde no atendimento adequado dos pacientes com dengue e chikungunya. Situação no País Até 7 de março, foram notificados 224,1 mil casos de dengue no País. O aumento é de 162%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 85,4 mil casos. Na comparação com 2013, houve redução de 47%, ano em que foi registrado 425,1 mil casos da doença. Embora tenha ocorrido aumento de casos na comparação do período, o número de óbitos caiu 32%, passando de 76 mortes, em 2014, para 52, neste ano. Também houve redução de 9,7% nos registros de casos graves. Em 2015, foram confirmados 102 casos de dengue grave, contra 113 em 2014. O Ministério registrou 913 casos confirmados de dengue com sinais de alarme. Chikungunya O Ministério da Saúde registrou 1.049 casos autóctones confirmados de febre chikungunya, até 7 de março, sendo 459 na Bahia e 590 no Amapá. Em 2014, foram confirmados 2.773 casos autóctones da doença, ou seja, de pessoas sem registro de viagem para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela e Ilhas do Caribe. Os casos foram registrados nos estados do Amapá, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Roraima. Entre 2014 e 2015, foram confirmados 100 casos importados da doença, de pessoas que viajaram para estes países. LIRAa O novo mapa da dengue mostra que 340 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias e 877 estão em alerta. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado no dia 12 de março, revela ainda que outras 627 cidades apresentam índice satisfatório. No total, 1.844 municípios brasileiros realizaram o levantamento, entre janeiro e fevereiro deste ano, um aumento de 26,38% em relação aos participantes de 2014. No ano passado, 1.459 municípios fizeram a pesquisa no mesmo período do ano. O LIRAa é um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue e chikungunya. O levantamento identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito e proporciona informação qualificada para atuação das prefeituras nas ações de prevenção e controle, permitindo a mobilização de outros setores como os serviços de limpeza urbana e abastecimento de água. A região Nordeste concentra a maioria dos municípios com índices de risco de epidemia de dengue (171); seguido do Sudeste (54); Sul (52); Norte (46); e Centro-Oeste (17). www.grupoastral.com.br
Campanha Desde novembro de 2014, o Ministério da Saúde e as secretarias municipais de saúde veiculam a campanha de combate à dengue e ao chinkungunya, que tem como slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”. Para qualificar as ações de combate aos mosquitos transmissores da dengue e do chikungunya, o que inclui a contratação de agentes de vigilância, o Ministério da Saúde repassou um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios brasileiros. Deste total, R$ 121,8 milhões foram para as secretarias municipais de saúde e R$ 28,2 milhões para as secretarias estaduais. O valor representa um subsídio de 12% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde de R$ 1,25 bilhão.
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