Tecnews - 29/04/15

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ALOJAMENTO DA UFRJ TEM INFESTAÇÃO DE RATOS E BARATAS E SUPERLOTAÇÃO Fonte: boainformacao.com.br

Ratos, baratas e cupins por todos os lados, infiltrações, emaranhado de fiação à mostra, pisos destruídos, e teto faltando pedaços do forro. Assim funciona o alojamento para estudantes de graduação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). O estado de má conservação dos quartos lembra as construções totalmente insalubres retratadas em “O Cortiço”, no final do século 19, pelo escritor Aluísio Azevedo. Apesar de parecer um prédio abandonado, o alojamento abriga hoje mais de cem alunos que vieram de outros Estados para estudar na cidade universitária. “Quando os ratos invadem os quartos de madrugada, é um alvoroço. É pela cozinha que entra a maior parte dos bichos. Mas o banheiro também está com o forro destruído e cheio de vazamentos. Já chamamos a equipe de manutenção do campus, mas na maior parte das vezes somos ignorados. Quando os funcionários começam algum serviço de reparo, normalmente não terminam”, reclama a estudante Carolina Muniz, 20. Ela deixou a cidade fluminense de Armação de Búzios para se dedicar ao curso de letras na UFRJ. ‘Gente, entrou um rato no meu quarto’ Mais adiante, três estudantes dividem um único quarto. Apenas um deles tem, oficialmente, o direito de ocupar o alojamento. Os outros dois acabaram acolhidos pelo colega. Além do quarto, o trio divide também um guarda-roupas infestado de cupins. “Já cansamos de pedir melhorias, mas não adianta. Só queremos viver com dignidade. Os ratos não param de aparecer, apesar de a reitoria dizer que faz desratização. A nossa solução para combatê-los tem sido os gatos que estão sendo criados no alojamento mesmo sem permissão. Além disso, muitos alunos espalham feijão moído pelos cômodos” conta o baiano Lucas Gomes, 18 anos, que cursa gastronomia. O feijão, segundo ele, funciona como uma espécie de veneno natural contra os roedores. O organismo dos ratos não digere o feijão cru e eles acabam mortos pela fermentação do alimento. “Para piorar mais ainda a nossa situação, agora também temos infestação de cupins. Estamos totalmente abandonados, apesar de estarmos dentro de uma universidade federal. Antes de conseguir um quarto no alojamento, eu dormi durante dois meses em uma barraca no hall. Vim da Bahia para estudar no Rio, mas não tive condições de pagar aluguel. A UFRJ precisa ampliar o alojamento para dar condições mais dignas aos seus alunos”, completa. www.grupoastral.com.br.br


Muitas janelas dos quartos não têm vidros, e pedaços de papelão são usados para proteger o quarto em dias de chuva. As portas das cozinhas dão a tônica do desespero dos alunos para se manter livre dos roedores. “Porta sempre fechada por causa dos ratos”, diz um bilhete fixado por um aluno. Em um grupo criado em uma rede social, os moradores pedem ajuda quando os indesejáveis roedores aparecem. Há relatos até de ratazanas encontradas na cama de alunos. “Gente, entrou um rato no meu quarto. Como devo proceder?”, questionou uma estudante, que teve que passar a noite no quarto vizinho por não ter conseguido se livrar do roedor. Superlotação Estudante de ciências sociais, Jackline Joplin, 21, critica a superlotação do alojamento e cobra a ampliação do número de vagas. “Já morei num quarto com outras cinco pessoas, tudo bem apertado. Eu e outras meninas fomos acolhidas pela dona do quarto. O fato é que com o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) aumentou muito o número de alunos de outros Estados na UFRJ, mas o alojamento não acompanhou isso. É preciso aumentar o número de vagas”, diz a mineira. Também morador não-oficial, Hércules Silva conta que durante um ano pagou aluguel numa vila próxima ao campus. Com o fim de sua bolsa permanência, no entanto, teve que recorrer ao alojamento universitário. “Não vejo a hora de terminar a faculdade e voltar para Minas Gerais. Só moro no alojamento, porque não tenho outra saída”, diz o estudante de química industrial. UFRJ promete obras e ampliação A reitoria da UFRJ informou que o alojamento masculino visitado pelo UOL entrará em obras no segundo semestre deste ano. A previsão inicial é de que a obra fique pronta até agosto do ano que vem. Já o alojamento feminino, esvaziado em março do ano passado para reforma, deve ser entregue em agosto deste ano. Nele haverá 256 vagas, além de camas, estantes, fogão elétrico e até geladeira. Sobre a infestação de roedores, a assessoria informou que a última desratização foi feita há três semanas. Ainda segundo a assessoria, houve incremento do número de alunos de outros Estados nos últimos anos. Em 2010, apenas 1% dos alunos era de outros Estados. Este ano, o percentual chega a 22%.

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FUNCIONÁRIOS DENUNCIAM INFESTAÇÃO DE RATOS EM MATERNIDADE DE SÃO PAULO Fonte: ultimosegundo.ig.com.br

A denúncia de que ratos infestavam a Maternidade Leonor Mendes de Barros, no Belém, zona leste de São Paulo, já havia sido feita em julho do ano passado aos administradores. O assunto, no entanto, só ganhou os corredores do hospital referência em cirurgia de alto risco quando, no último dia 25, o forro de uma das recepções cedeu e um rato caiu sobre a cabeça da chefe da recepção, que buscou atendimento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Desde então, a área foi isolada e aguarda reforma. Funcionários do complexo consultados pelo iG confirmaram não apenas a história, mas uma série de irregularidades alertadas no ano passado por um relatório técnico redigido pelo Instituto Síntese. Na ocasião, os técnicos relataram aos administradores as condições do prédio, com fiação elétrica exposta, telhas quebradas, vazamento nos telhados e infiltração nas paredes que já danificavam os prontuários, guardados em uma sala que “inunda quando chove”. O ambiente, impróprio para os funcionários da limpeza e manutenção, era propício para a procriação dos ratos. Uma funcionária, que prefere não se identificar, disse que a presença desses animais é tão comum que ela nem se assusta mais quando encontra algum pela frente “às vezes vivo, às vezes agonizando”. O ambiente, impróprio para os funcionários da limpeza e manutenção, era propício para a procriação dos ratos. Uma funcionária, que prefere não se identificar, disse que a presença desses animais é tão comum que ela nem se assusta mais quando encontra algum pela frente “às vezes vivo, às vezes agonizando”. O relatório denuncia ainda ausência de brigada contra incêndio, banheiros com infiltração, portas de madeira mofadas, carrinhos de medicamentos enferrujados e teto da farmácia deteriorado. O que diz o hospital? De acordo com a assessoria da maternidade “de forma nenhuma existe uma epidemia de ratos na unidade. O hospital possui contrato com empresa altamente capacitada de eliminação de insetos e roedores que realiza ações periodicamente. Desde janeiro deste ano até agora, 5 ações de desratização e 6 de desinsetização foram feitas na unidade, incluindo esta quarta-feira, dia 16.” Em relação a infiltrações e vazamentos, “o hospital conta com uma equipe de manutenção técnica em período integral, 24 horas por dia, que é acionada sempre que necessário. Entre os dias 23/03 e 01/04 foram realizados diversos reparos estruturais na UTI Neonatal, Recepção e setor de Registro Geral. A unidade monitora constantemente suas condições estruturais, mas é impossível realizar qualquer reparo ou intervenção, por menor que seja, de um dia para o outro, já que o fluxo de pessoas é muito alto na unidade e são necessários alguns procedimentos prévios como isolar o local, remanejar pacientes e disponibilizar instalações para recebe-los.” Sobre as fotos publicadas na reportagem, a assessoria disse duvidar que elas sejam recentes e “não confia” em denúncias feitas “por funcionários que não se identificam”. www.grupoastral.com.br


PESQUISA INDICA POR QUE MOSQUITOS PICAM ALGUMAS PESSOAS MAIS QUE OUTRAS Fonte: BBC Brasil

Por que mosquitos picam algumas pessoas mais do que outras? Segundo um estudo, isso poderia estar ligado aos genes que controlam o odor corporal. Cientistas da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos agruparam 19 gêmeos não-idênticos e 18 gêmeos idênticos para testar a atração a mosquitos. Eles descobriram que gêmeos idênticos atraíam a mesma quantidade de picadas, sugerindo a influência de fatores genéticas nesse processo. Em uma série de testes, cada gêmeo colocou uma mão no final de um túnel de vento em formato de “Y”. Então, bombeou-se ar para dentro do túnel, levando consigo odor. Depois, enxames de mosquitos foram liberados, movendo-se para longe ou perto de cada mão. No caso dos gêmeos idênticos - que compartilham grande parte do material genético - houve uma distribuição uniforme dos mosquitos. Isso sugere que os insetos não tinham preferência pelo cheiro de uma mão ou outra.Água Branca (11%), Alagoa Grande (6,5%), Alagoa Nova (7,5%), Amparo (4,3%), Aparecida (4%), Araruna (5,4%), Areia de Baraúnas (4,6%), Barra de Santana (4,1%), Bom Jesus (11,1%), Bom Sucesso (11,5%), Brejo dos Santos (8,3%), Cacimba de Dentro (4%), Caiçara (4,3%), Cajazeiras (9,4%), Campina Grande (4,4%), Caraúbas (7,2%), Carrapateira (5,3%), Catolé do Rocha (19,2%), Desterro (17,5%), Emas (4,6%), Fagundes (6%), Frei Martinho (5%), Imaculada (8,1%), Itabaiana (6,5%), Itatuba (5,2%), Jericó (4,7%), Juazeirinho (7,2%), Juripiranga (5,6%), Lagoa Seca (7,1%), Malta (11,4%), Maturéia (4,6%), Monteiro (6,1%), Mulungu (4,4%), Ouro Velho (8,2%), www.grupoastral.com.br


Patos (5%), Pedra Lavrada (5,3%), Picuí (7,2%), Puxinanã (10,3%), Queimadas (4,1%), Riachão do Poço (4,1%), Riacho dos Cavalos (6%), Salgadinho (4%), Santa Terezinha (5,6%), São Bento (7,9%), São José de Caiana (4,5%), São José dos Ramos (4,1%), São Sebastião do Umbuzeiro (6,7%), Sapé (4,4%), Seridó (7,4%), Serra Grande (4,5%), Solânea (7,6%), Sousa (4,3%), Teixeira (6,9%). Por outro lado, resultados com testes em gêmeos não-idênticos - que dividem menos genes foram mais variados. Pesquisadores acreditam que a atratividade a mosquitos pode estar relacionada a genes ligados ao odor corporal. O próximo passo é descobrir quais genes específicos estariam envolvidos. Novas pesquisas já estão sendo realizadas. “Se entendermos a base genética para a variação entre indivíduos, será possível desenvolver maneiras sob medida para controlar melhor os mosquitos, e desenvolver novas maneiras de repeli-los”, disse James Logan, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, principal autor do estudo. ‘Intrigante’ Comentando a pesquisa, o professor David Weetman, da Escola de Medicina Tropical de Liverpool, disse que o resultado é “intrigante”. “É a primeira vez que uma base genética foi demonstrada”, disse. “Mas mosquitos não são atraídos apenas pelo cheiro - fatores como o dióxido de carbono também desempenham um papel. “Estudos maiores deverão ajudar a avaliar o grau de relevância destas descobertas fora do laboratório, onde outros fatores podem ser importantes”.

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